sábado, 15 de outubro de 2016

.: Robert Herjavec, do "Shark Tank", ensina a criar o próprio sucesso

Livro de Robert Herjavec, um dos líderes de negócios mais reconhecidos da América do Norte e estrela do programa "Shark Tank", da ABC, ensina as pessoas a desenvolverem técnicas de venda.

Conhecido como o “Bom Tubarão”, Robert Herjavec desenvolveu uma abordagem honesta e legítima para a vida e também para as vendas. Ao pensar em como levar isso não apenas aos seus telespectadores do programa "Shark Tank" – também exibido no Brasil pelo Canal Sony, com o nome "Shark Tank - Negociando com Tubarões" –, mas sim a todos, o americano escreveu o livro "Você Não Precisa Ser Um Tubarão", publicado pela Primavera Editorial.

A obra trata de vender. Vender os serviços e produtos. Vender os sonhos aos outros. E até vender a si próprio, o que, para algumas pessoas, pode ser a tarefa mais desafiadora de todas.

"Não importa o que você almeje ou quem você queira se tornar, a habilidade de vender qualquer coisa – inclusive a si mesmo – é um dos talentos mais gratificantes a se adquirir. Por quê? Porque é universal. É difícil imaginar qualquer aspecto de vida que não se beneficie do conhecimento e da prática de fazer uma venda", diz ele.

Com uma linguagem simples e objetiva, Robert transmite ensinamentos mesclando-os com a sua forte história. O autor transcende técnicas de vendas puras ao ensinar a “pessoas não-comerciais” o que elas precisam saber para vender não apenas objetos, mas o seu próprio sucesso.

O livro não trata de apostas altas, nem de nenhum outro tipo de jogada. É sobre a realidade das vendas como uma parte crítica e com frequência subvalorizada dos negócios.

Em "Você Não Precisa Ser Um Tubarão", é possível visualizar que o sucesso está dentro de cada um e, para atingir os objetivos, é necessário ser capaz de se comunicar com os outros e se posicionar.

Sobre o autor:
Robert Herjavec é um dos líderes de negócios mais reconhecidos da América do Norte. Um empresário dinâmico, Robert construiu e vendeu várias empresas de TI para grandes jogadores, tais como AT&T. Em 2003, Herjavec fundou o Grupo Herjavec, reconhecido como líder global em segurança de informação especializada em serviços gerenciados de segurança, conformida­de, resposta a incidentes e os esforços de correção para as organizações de nível empresarial.

.: Jacob Collier, o homem banda - Por Luiz Gomes Otero

Por Luiz Gomes Otero
Em outubro de 2016

O músico britânico Jacob Collier é um daqueles talentos raros. Além de ser um multi-instrumentista e compositor, ele ainda consegue cantar em vários tipos de tons. Seu álbum de estreia, intitulado "In My Room", impressionou até mesmo o veterano produtor musical Quincy Jones, que fez questão de apadrinhar o músico estreante.

A sonoridade de "In My Room" oscila entre o jazz e a música pop. "Savior", por exemplo, tem toques soul, enquanto que a faixa que abre o disco, a animada "Woke Up Today", tem uma sonoridade ligada com o smooth jazz.

Os momentos mais intimistas são destaque nesse interessante trabalho musical de Collier. A faixa título do disco ("In My Room") é de uma delicadeza ímpar, assim como a balada "Hideway", que leva o ouvinte a viajar dentro da melodia singela e igualmente delicada. O mesmo tipo de análise vale para a faixa "In the Real Early Morning".

Há momentos de descontração, como a releitura do tema do desenho animado "Flinstones", com direito ao grito “iabadabadu” no meio dos acordes incrivelmente jazzísticos produzidos pelo arranjo.

Interessante observar que em entrevistas recentes ele cita a música brasileira como uma de suas referências. Diz conhecer até o grupo vocal "Boca Livre" e o músico Ivan Lins como talentos raros de nossa música.

Vale citar que Collier toca todos os instrumentos com virtuosismo. E canta todas as vozes que são ouvidas no disco. Daí o seu apelido de "homem banda", o cara que consegue levar sozinho o seu som de uma forma brilhante, sempre.

"Saviour"


 "Flinstones"


"Hideway"


 "In My Room"



Sobre o autor
Luiz Gomes Otero é jornalista formado em 1987 pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Trabalhou no jornal A Tribuna de 1996 a 2011 e atualmente é assessor de imprensa e colaborador dos sites Juicy SantosLérias e Lixos e Resenhando.com. Recentemente, criou a página Musicalidades, que agrega os textos escritos por ele.

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

.: "De Férias Com o Ex Brasil": sexo, machismo e preconceito na estreia


Por Helder Miranda
Em outubro de 2016

CONTÉM SPOILERS 

Ousado, politicamente incorreto, divertido, polêmico e bagaceira, "De Férias com o Ex - Brasil" mostrou a que veio logo no primeiro episódio. Com o mesmo narrador das edições gringas dubladas (e boa parte da graça do programa está naquela voz que descreve as "desventuras" de participantes que exalam testosterona e progesterona por todos os poros em seus corpos sarados) é promessa de entretenimento puro às 22 horas das próximas quintas-feiras, na MTV. Mas chama atenção não haver nenhum negro entre os participantes, em um país tão miscigenado quanto o Brasil.


O programa é tudo o que um reality-show deveria ser e, ao mesmo tempo, não ser. "Deveria ser", e é, porque é anárquico e, ao mesmo tempo, mostra homens e mulheres dispostos a fazer o que tiverem vontade com o próprio corpo, principalmente sexo. Mas, ao mesmo tempo, "não deveria ser", e é, porque ultrapassa muitos limites do que se vê na televisão "metida a moderninha" mas, no fundo, bem conservadora. Mas quem, em sã consciência, liga para a "sagrada família" quando assiste esse tipo de programa que joga no lixo qualquer manifestação de moralidade? 

O que se busca em "De Férias com o Ex Brasil" é, além de muita putaria escancarada e sem meio termo, dar boas risadas com os comentários sem filtro que os participantes fazem entre si. Tão indomáveis, mas, mesmo assim, controlados o tempo todo por um aparato tecnológico, já que estão à mercê de um divertido "Tablet do Terror" que, ao melhor estilo "reizinho mandou, fazer o quê?" dita as regras e ordena o que os participantes devem fazer e, diretamente, interfere nos rumos dos acontecimentos.

Entre os comentários crus, que podem chocar os desavisados, está o da bailarina Michelle Alveia que, obedecendo ao "Tablet do Terror", levou o modelo Iure Meirelles para o quarto reservado. Entrou na banheira com ele, ficou de conchinha mas, sabendo que uma das companheiras de confinamento estava interessada no rapaz, não quis beijá-lo... No entanto, no dia seguinte, embora não quisesse o beijo, ela revelou que pegou no pênis dele e disparou que nunca havia visto uma "piroca tão grossa". Mas o programa é, também, sobre os "barracos" e, como nas edições estrangeiras é permitido agressão física, pode-se esperar tudo.

O modelo Iure, além de ter sido comentado de maneira indiscreta por Michelle, também se destacou pelos desentendimentos com a estudante de moda Anna Clara Maia. Tudo porque, com objetivo de preparar algum drinque, ele estava picotando gelo na pia, que pegou no rosto dela, que estava bem ao lado. Num mundo civilizado, ele pediria desculpas e ela, que não estava fazendo nada, sairia do lado dele para deixá-lo terminar o serviço. 

Mas, em se tratando do "De Férias com o Ex"... ficaram discutindo. Acredito que ele não teria se inflamado tanto se o oponente na discussão fosse um homem. Nas imagens, o que se vê é um rapaz descontrolado e machista querendo partir para cima de uma mulher e impor à força quem está com a razão. Depois, quando parece que tudo se encaminha para uma espécie de trégua, em outro ambiente, ele se exalta novamente e chama a moça de "mongolóide", um termo pejorativo ainda utilizado para pessoas portadoras de síndrome de down


Essa referência não cabe nesse mundo politicamente correto, mas nunca deveria ter sido inserida em um programa com tamanha visibilidade. Pior para Iure, que se prejudicou ao depreciar alguém utilizando-se dos próprios preconceitos e, num embate em que ficou claramente desestabilizado. Mas o politicamente correto não é, nem nunca foi e será, o forte do "De Férias com o Ex".

Entre os destaques, além de Michelle, a queridinha das redes sociais no primeiro episódio, Iure e Anna, também brilhou o veterano André Coelho, com um bigodinho para lá de cafona, que já causou muito no "Are You The One Brasil" e até hoje, é uma promessa nunca cumprida de uma das edições anteriores do "Big Brother Brasil". Das mulheres, quem ofuscou as outras participantes foi Gabi Brandt, a ex-namorada de André que, com pinta de ser "famosinha" na internet, distribuiu charme, beleza, simpatia e empoderamento feminino. 

Escalada pelo "Tablet do Terror" para um passeio com o pagodeiro Gui Araújo, ela já trocou uvas de uma boca para outra com ele, e deixou a promoter Nathalia Andrade, com quem o músico já havia trocado carícias, a ver navios. "Perdeu a melhor foda da vida dele", vociferou a moça, trocada pela ex que saiu do mar.

Sobre o autor
Helder Miranda é editor do Resenhando.com há 12 anos. É formado em Comunicação Social - Jornalismo e licenciado em Letras pela UniSantos-Universidade Católica de Santos, e pós-graduado em Mídia, Informação e Cultura pela USP. Atuou como repórter em vários veículos de comunicação. Lançou, aos 17 anos, o livro independente de poemas "Fuga", que teve duas tiragens esgotadas.

.: De férias com o EX - Brasil: O fogo não é exclusivo na terra da Rainha

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em outubro de 2016



CONTÉM SPOILERS!



A MTV Brasil decidiu meter as caras em projetos gringos em versões tupiniquins: "Are You The One - Brasil", "Catfish Brasil" e o estreante "De Férias com o Ex - Brasil". Confesso que não lembro exatamente quando foi a primeira vez que vi "De Férias com o Ex". A verdade é que, embora o nível dos acontecimentos não fossem dos mais elevados, amei ver toda aquela espontaneidade entre desconhecidos. 

Estava diante de uma produção inglesa que mais parecia novela da Manchete, com um elenco jovem. Embora o sexo seja sempre o objetivo dos participantes, mesmo diante das câmeras instaladas numa mansão capa de revista, o programa sabe envolver. Como? A edição é extremamente boa, assim como a voz do narrador que anuncia a aproximação da chegada de algum ex ou resume em tom de brincadeira alguns imbróglios da trama. Pronto! Fui fisgada.

quinta-feira 13 da estreia da versão brasileira chegou. Para apimentar as emoções, antes de o relógio marcar 22 horas, um esquenta com a reprise do último "De Férias com o Ex", exibido na maior estilo "All Stars". Enquanto assistia o finalzinho do programa que trouxe Gaz mais uma vez, a estreia se aproximava e só conseguia pensar: Por favor, que o narrador seja o mesmo!

Tcharam! A voz incomparável surgiu e os participantes foram chegando. Ponto positivo. Entre os rostinhos novos, um velho conhecido: André Coelho. Sim! Ele que tentou a fama na Casa de Vidro do "Big Brother Brasil", deu uma de galã -sem ser- em "Are You The One Brasil", foi o último rapaz a entrar para o grupo de solteiros na Praia da Pipa, no Rio Grande do Norte.

Um lindo dia de sol, cinco homens e cinco mulheres. Hora de seguir para o lugar das tretas e loves. Em tempo, o cenário é muito bem adaptado, casa paradisíaca ao extremo, enquanto que o roteiro segue o mesmo formato e é, visivelmente, interpretado por contratados de agências. Resultado? "De férias com o EX - Brasil" não deixou a desejar já no primeiro episódio. 

De fato, eu, em minha inocência, desacreditava que alguns jovens brasileiros teriam capacidade de protagonizar uma versão desse programa. Estava certa de que seria algo bem light. Ops! Ledo engano. A turma já mostrou que a galera não tem papas na língua e fazem mesmo o que querem, inclusive sexo.

Por quê? Com tranquilidade, a bailarina Michele confessou às meninas, que enquanto ficou na suíte master com o modelo Iure, pegou o "varão dele", o qual era desproporcional devido a grossura. "Nunca vi piroca tão grossa". Diante do depoimento, só pude pensar no Gaz, famoso justamente por sua "tromba". E as pérolas não param por aqui, a promoter Nathália, em um momento de fúria, por ser deixada de lado pelo pagodeiro Gui, revelou: "Ele perdeu a melhor foda da vida dele".

Viu, só? Não é só na terra da Rainha que as coisas pegam fogo por baixo.


Reality Show: De férias com o EX - Brasil
Temporada: 1
Episódio: 1
Exibido em: 13 de outubro de 2016.
Horário: 22 horas


*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

.: Kéfera canta pela primeira vez na televisão em entrevista polêmica


Uma das youtubers mais famosas do país, Kéfera Buchmann é a convidada do Programa do Porchat desta quinta-feira, dia 13 de outubro. No ar a partir da 00h15, a entrevista com ela promete dar o que falar: cheia de revelações polêmicas e curiosas. A jovem, que estrela seu primeiro filme “É Fada”, faz até o apresentador Fábio Porchat cair na risada. Kéfera também mostra um lado pouco conhecido do público ao cantar e dançar a música “Eu Sou Fadona” pela primeira vez na televisão. Animado, Fábio arrisca alguns passos ao som do hit pop.

.: "Anavitória": músicas de balada com as amigas a cantar no chuveiro‏

"Anavitória", a dupla que estourou na internet e vem ganhando fãs e lotando casas de shows por todo Brasil, parou entre um compromisso e outro para contar suas músicas prediletas para diversas situações do dia a dia.

Super bem humoradas e espontâneas Ana e Vitória foram desafiadas a contar qual a primeira música que vem a cabeça quando pensa em um tema. De Marília Mendonça a Beyoncé, a playlist pode ser acessada no "Deezer", o maior catálogo de streaming de música mundial em qualquer dispositivo: smartphone, tablet, PC, laptop, sistema de home sound, sistema de áudio multimídia de autos ou Smart TV.

O conteúdo é exclusivo para o "Deezer Moods", série de entrevistas em vídeos com artistas brasileiros no qual eles escolhem faixas para cada tema, a seleção também vira uma playlist e pode ser acessada na plataforma da "Deezer".

"Deezer Moods Anavitória"

"Bom Dia" de domingo - "Amanheceu", Lorena Chaves
Favorita do momento - "Moça Bonita", Geraldo Azevedo
Baladas com as amigas - "Side to Side", Ariana Grande e Nicki Minaj
Por do sol acústico - "Quadro Verde", Rubel
Jantar romântico - "Wherever You Are", Angus & Julia Stone
Para cantar no chuveiro - "Diva", Beyoncé
Fim de Semana na Praia - "Catch & Release", Matt Simons
Fossa corta-pulso - "Eu Sei de Cor", Marília Mendonça
Minha trilha de carnaval - "Paredes", Jorge & Mateus
Para curtir um chamego - "Ensaio Sobre Ela", Cícero

.: Aprenda a colocar-se sempre em primeiro lugar

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em setembro de 2016




Ter a avó viva e lúcida aos 84 anos é um presente, ainda mais com a história de vida, incluindo a vitória de um câncer. Por tomar tantos outros remédios, deixou o de labirintite de lado, que não a perdoou, mandando-a ao chão por três vezes seguidas. Susto em nós? Não maior do que em minha mãe, mas estamos juntos nessa. Esse é o bom de se ter uma família pequena.

A questão é que domingo, o único dia que tinha para descansar, já mudou de figura. É preciso encontrar energia e alegria, pois agora, são para ela. Assim, ficamos em família. Claro! Não perco por nada! Preciso curtir o que tenho por direito. Aproveitar os momentos, sempre.

Até que um dia, isso implicou na chegada tardia em casa. Assim, perdemos a única vaga que não implicaria em deixar o carro atrás de outro, pois chegamos junto com o vizinho que, no caso, esperava o portão do carro abrir. Aquela noite o carro dormiria atrás de outro. Fazer o que, né? Melhor do que deixá-lo na rua.

Entretanto, a maior surpresa não foi a de ser acordada antes das 7 horas da manhã para que o outro carro pudesse sair, mas a de constatar que o vizinho que chegou milésimos de segundos antes, na noite anterior, aquele que esperava o portão abrir, já havia saído com o carro. Pensei: Sério? Custava perguntar: Vão sair cedo, pois eu vou! Use a vaga, vocês só saem com o carro de tarde mesmo.

Essa é a postura da maioria: feijão pouco, o meu pirão primeiro. Abrir um sorriso, dar bom dia, além de escolher lindas palavras para tratar o outro. Só na frente é fácil e mecânico. O pensar no outro não existe na prática. Sem maldade? O que desaponta é a falta de consideração, aquela que acreditei um ser praticável. É a lei do cada um por si, sempre. Um dia aprendo! Por favor, sem esse papo de que gentiliza, gera gentiliza. A vida adulta nos faz desacreditar em quase tudo.


*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm

.: 6x5: AHS traz novo personagem, jorra sangue e tem desfecho fraco

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em outubro de 2016



CONTÉM SPOILERS!




O quinto episódio de "American Horror Story: My Roanoke Nightmare", começa com o relato de uma historiadora que volta e muito ao passado. Para a nossa alegria, finalmente, Evan Peters entra em cena como Edward Felippe Mott, com direito a batom na boca, beijo gay e detalhes sobre a história da casa dos Miller. "Pare de falar e faça amor comigo" é o pedido do parceiro do mimado Mott. Está certo, ao curtir a carne antes do churrasco de The Butcher, claro!

Ainda em dois dias as coisas ficam estranhas para o fanático por quadros: todas as obras dele foram destruídas. Quanta ousadia! Com chilique, ira, sangue e uma gigante fogueira, a trama ganha um ritmo efervescente. Que morte pavorosa! Evan Peters manda bem mais uma vez! 



Retornando ao drama dos Miller, diante de The Butcher e sua trupe, uma ligação ao 911. Que americano do norte não faria o mesmo, né? O uso das sombras e muita escuridão tornam as sequências mais medonhas tal qual os clássicos de terror e suas coisas do além. Logo, a casa ganha vida, literalmente. Então, susto garantido! Em contraponto, o que é um Piggy Man para quem está cercado por tantos fantasmas maquiavélicos?

O curioso é que desta vez Evan Peters "parece" ser um fantasminha bem camarada. Novamente, foi o personagem dele quem construiu o espaço, desta vez o objetivo é de refúgio. Que sina da engenharia!! Em contrapartida, é Denis O'Hare quem leva a pior, embora a satisfação em rever Frances Conroy atuando em AHS seja extrema. Qual é o recadinho fofo dela? Os Millers não deveriam ter comprado a casa.

O retorno de Adina Porter e Angela Bassett só completa e enriquece a trama que ganha mais apelo. Enquanto, a aventura do casal Miller e Flora tentando escapar da morte toma o pior dos rumos, muito sangue jorrado nas cenas. Eis que Wes Bentley finalmente rouba a cena e nos enche de orgulho. Boa participação! Em tempo, para os mais fracos, esse episódio é tão chocante quanto o anterior. Por sorte, grande parte do que acontece é em plena escuridão. A cena final? É bem insossa, o que não reflete todo o ritmo alucinante deste quinto episódio.


Seriado: American Horror Story: My Roanoke Nightmare
Temporada: 6
Episódio: 5 - "Capítulo 5"
Exibido em: 12 de outubro de 2016, EUA.
Elenco: Lagy Gaga, Sarah Paulson, Wes Bentley, Denis O'Hare, Matt Bomer, Evan Petters, Kathy Bates, Angela Bassett, Cuba Gooding Jr., Adina Porter, Leslie Jordan 


*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm



quarta-feira, 12 de outubro de 2016

.: 1x3: Com cordeiro imolado, "O Exorcista" pede para deixá-los entrar

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em outubro de 2016



CONTÉM SPOILERS!



A parceria de um exorcista que ama o que faz e age por impulso e um padre bondoso que só quer agradar os fieis e receber bem o Papa. Vale tudo para tentar salvar uma (ex-) boa menina cercada pelo demônio. Até a mãe, Angela Rance (Geena Davis), ressalta: "Ela não é ela mesma!". Este é o pano de fundo de "O Exorcista", no terceiro episódio intitulado "Let ´Em In", que traz novos sinais de que algo muito horrível está prestes a acontecer.

Como o hoje é o resultado de escolhas do passado, um recapitula para cinco meses antes. Katherine e a "melhor amiga", Julia, no carro em movimento, trocam galanteios, minutos antes do fatídico acidente. Detalhe que a outra não tem "rosto", embora a motorista da rodada elogie justamente essa parte do corpo como uma das que a atrai. Esta é a "love story" 
de Kat e Julia com final trágico.

Assim como a abertura de "O Exorcista" que traz a luz e a escuridão extremamente próximas, no terceiro episódio, um fanático com megafone grita: "invasores vivem entre vocês". Entretanto, um combatente ao mal que ronda os Rance surpreende: É o pai: Henry (Alan Ruck). Neste episódio, o personagem que sofre espasmos de memória, devido a um acidente com um andaime, é mais efetivo na trama -mas nem tanto. Além de mostrar consciência do problema que o atingiu, revela a percepção do que acontece com Casey. Ponto positivo para o enriquecimento da narrativa.


A série que traz até "um cordeiro imolado" tem um toque tão novelesco que quando Henry questiona padre Tomas sobre o que deve fazer, quem é que entra pela porta da igreja? Bingo! O cara do seriado: Padre Marcus (Ben Daniels). Em tempo, é preciso dar crédito a Daniels que transmite com propriedade o que vive enquanto o personagem. Em certos momentos, fica a impressão de que ele é o tiozão dos irmãos Winchester, da série "Supernatural". 

A atuação de Ben Daniels é tão impecável que convence com facilidade. A revolta do excomungado é intensa e atinge diretamente quem acompanha a trama. Embora a igreja tenha lavado as mãos, padre Tomas entra na briga para salvar a família Rance. A dupla, então, passa a ter o mesmo propósito, embora estejam separados.

Vale ressaltar que quando Padre Marcus começa a questionar se Casey ama a irmã egoísta Kat, o interrogatório é de puro deleite. Hannah Kasulka, a pequena endemoninhada da série aproveita da parceria com Daniels. Muita sorte! Luzes piscando, quadro caindo, bíblia sendo desfolhada, objeto rodando, mesa tremendo e conversa em Aramaico. Que cena! 

Por outro lado, a relação de Casey com o coisa ruim é tão intensa que assusta. Seja na cena do roubo do vestido ou do beijo que sela uma sequência pavorosa no trem. Um tanto que "Carrie, a Estranha", com direito a morte em público e urina no chão. E mais uma vez, a série fecha outro episódio com chave de ouro. Que a próxima sexta-feira chegue logo. Amém!


Seriado: The Exorcist
Temporada: 1
Episódio: 3 - "Let ´Em In"
Exibido em: 7 de outubro de 2016, EUA.
Elenco: Alfonso Herrera (Padre Tomas Ortega), Ben Daniels (Padre Marcus Lang), Hannah Kasulka (Casey Rance), Brianne Howey (Katherine Rance), Alan Ruck (Henry Rance), Geena Davis (Angela Rance)


.: Eliminado põe em cheque credibilidade do "MasterChef"


Por Helder Miranda
Em outubro de 2016

CONTÉM SPOILERS DO "MASTERCHEF PROFISSIONAIS" E "RUPAUL'S DRAG RACE ALL STAR 2"!

Assim como a frase "de boa intenção o inferno está cheio", os realities em geral padecem de um mesmo tipo de gente: os falastrões. Não se sabe se o chef Ricardo, com 16 anos de experiência, foi tomado por um "sincericídio" gigantesco ou se simplesmente estava despeitado ao declarar, logo após ser elimado do "MasterChef Profissionais" que já sabia quem era o vencedor do programa transmitido pela Band nas noites de terça-feira.

Embora questionado pela apresentadora, Ana Paula Padrão, que deveria ter insistido mais para que não restasse dúvidas sobre a idoneidade do programa, Ricardo não respondeu ao certo de quem se tratava, mas apontou para três possíveis finalistas. Dois deles se destacaram no primeiro episódio por motivos antagônicos. 

Dário, o santista, é o típico "mocinho do 'MasterChef'" e, até agora, vem se mostrando boa praça, meio galã e extremamente talentoso. Ivo, por sua vez, também se destaca pelos pratos elaborados e impecáveis - afinal, são 25 anos de profissão - mas, também, pelo traço de vilania que talvez a edição saliente mais e que, de acordo com a chamada do terceiro episódio, voltará a dar as caras, quando ele baterá de frente com a chef Priscylla - outra mulher, o que pode fazer com que o rótulo de machista se torne um consenso. Ivo ficou marcado no episódio piloto pela atitude intempestiva com que tratou a chef Izadora, que acabou sendo eliminada e colocando nele o "demérito" de tê-la desestabilizado e, sendo assim, atrapalhado todo o desempenho dela.

Ricardo, o eliminado do segundo episódio do "MasterChef Profissionais", pode ter tido sorte ao sair tão cedo. Se ele saiu fazendo o "papelão" de dizer que "sabia quem seria o vencedor", coisa de quem não sabe perder, o que mais ele faria nesta competição se tivesse oportunidade? O que ele apresentou, além de alguns pratos elogiados, foi uma espécie de autoconfiança que beira a empáfia. Num único episódio, ele questionou a decisão dos jurados no depoimento, afirmou com todas as letras que o prato dele deveria tê-lo levado ao mezanino e, consequentemente, salvá-lo da eliminação, e disse a Paola Carosella que "cozinha é gosto pessoal", ao que ela rebateu que realmente é isso, mas são três os jurados, no caso de restar qualquer dúvida entre eles. 

Há inúmeros casos de participantes que saem reclamando dos programas que participaram e justificam nos outros, nunca neles, a culpa de terem saído com imagens arranhadas. No caso de PhiPhi O'Hara, da segunda temporada de "Rupaul's Drag Race All Star", foi a edição que retiraou do contexto tudo o que ela falou ou fez. Quando a apresentadora Rupaul Charles a parou de seguir no Twitter, ela abriu o berreiro no Instagram e soltou uma metralhadora verborrágica contra o programa que a projetou mundialmente. Sem a imagem arranhada, mas sentindo-se prejudicada, Fani Pacheco, do "Big Brother Brasil", está processando a Rede Globo, emissora do programa que participou mais de uma vez, porque afirma que a produção retirou um medicamento imprescindível para ela. 

Sempre soube de reclamações póstumas, mas nunca vi caso semelhante ao de Ricardo. Ele nem saiu do programa e fez uma declaração que joga fora toda a credibilidade do "MasterChef Profissionais". Dizer que "sabe" quem ganhará o programa insinua que já há um participante escolhido pela emissora para vencer essa competição. Claro que já há um escolhido pela audiência feminina e este é Rodrigo que, de acordo com as enquetes feitas pelo Twitter, é quem tem mais torcida. Não importa se os pratos que ele oferece aos jurados são medianos ou se ele ainda não mostrou a que veio mesmo sendo dono de um restaurante, basta ser bonito.

Acredito que todos esperassem mais do nível dos participantes que, desde o primeiro programa, vem cometendo erros primários, como uma das primeiras eliminadas que estudou na renomada "Le Cordon Bleu" e serviu macarrão empapado... Até mesmo o próprio Ricardo, que tentou fazer um purê de inhame em uma prova cujo tempo total era de dez minutos. Leigos até podem "passar batido" dessa informação, outros têm ideia de que não daria tempo, mas para profissionais que vivem da cozinha, não saber o que irá preparar diante de uma série de ingredientes, é inaceitável. Mas, se Ricardo acredita - realmente - que o vencedor do programa já está escolhido, mais coerente com ele mesmo seria nem participar da repescagem.

Sobre o autor
Helder Miranda é editor do Resenhando.com há 12 anos. É formado em Comunicação Social - Jornalismo e licenciado em Letras pela UniSantos-Universidade Católica de Santos, e pós-graduado em Mídia, Informação e Cultura pela USP. Atuou como repórter em vários veículos de comunicação. Lançou, aos 17 anos, o livro independente de poemas "Fuga", que teve duas tiragens esgotadas.

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