segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

.: Diário de uma boneca de plástico: 11 de fevereiro de 2019

Querido diário,


Há tempos não escrevo aqui, pouco mais de um mês, para tentar ser exata, mas hoje não tenho como deixar de registrar algo ocorrido que mexeu muito comigo. E estou tão triste como se perdesse alguém que convive comigo.


Cuidando de casa, no período da tarde, lembrei de ligar a televisão no maior estilo rádio, para ouvir o telejornal com Sandra Annenberg -jornalista que muito admiro- e segui nos serviços. Pensando em vir para o escritório e produzir meus textos, então, vi apenas o anúncio de que uma aeronave havia caído na Anhanguera e que duas pessoas, os ocupantes do helicóptero, estavam mortas.

Contei isso para maridão, pelo WhatsApp e desliguei o aparelho da sala. Eis que já diante do computador, vejo uma mensagem de minha mãe: naquele helicóptero estava o jornalista Ricardo Boechat. 

Ainda estou incrédula. Sem conseguir produzir o que deveria... 

Triste, não somente pela pessoa que se foi, mas por tudo o que esse homem representou para o jornalismo no Brasil e para mim, até antes de cursar Jornalismo. 

É, diário, já tinha lhe contado sobre a minha admiração, mas ter a certeza de que na rádio ou no telejornal, não mais terei aquela voz agradável e transmissora de informações lúcidas, já dói e entristece. 


Agora, sem esse grande representante, definitivamente muito estará facilitado, pois "o problema do jornalismo está nas 'fuck news'"!


Beijinhos pink cintilantes e até loguinho,

Donatella Fisherburg



Redes sociais:

facebook.com/Photonovelas
twitter.com/DonaFisherburg
instagram.com/donatellafisherburg

.: "Not a Robô" by Larissa Barcellos, uma análise visceral sobre tecnologia


“Not a Robô” é a combinação de palavras, desenhos e cores; sua própria linguagem visual onde a artista Larissa Barcellos intitulou como "Into The Mirror", conceito que tem como principal característica a pintura sobre o vidro duplo e sobreposto. 

O método de produção remete ao espelho, pois tudo que é colocado na frente fica invertido, e na pintura em vidro não é diferente. O processo é pensado e realizado invertidamente. As palavras usadas frequentemente são como poesia concreta, e quando lidas em voz alta, parecem um poema sonoro, que cria uma espécie de estrutura paralela da obra. Por meio disso, você se sente seguro ao ver as imagens criadas pela artista - mas então é interrompido por desenhos das partes internas do corpo, elementos biológicos que são acrescentados à construção da imagem: cérebro, estômago, um coração abstrato longe do seu real simbolismo.

O propósito é a linha tênue entre dois corpos; o Homem e a Máquina do século XXI. É uma linha inimitável criada pela artista, que dá o poder à sua arte. A linha artística da Larissa define os corpos em evolução como a demarcação entre o interior (ser) e o exterior (tecnologia). As pressões do mundo contemporâneo comprimem a prestação dos corpos e ambos levam ao caos.

É verdade que toda palavra e desenho começam com uma linha. E cada palavra escrita é uma linha, e toda linha é um desenho. Uma linha única encontrada em poucos outros artistas da história da arte: Keith Haring, Jean Basquiat, Warhol e Picasso.

Concentrar-se no trabalho de Larissa Barcellos é reconhecer toda complexidade formal e o impressionante comando que tem em cada pincelada, rabisco, pontos e gotas de tintas, cada detalhe sinaliza esta notável convicção em refletir sobre o caminho que a humanidade está percorrendo a largos passos. Isso remonta à linha em seu trabalho, tanto como autoral quanto como uma progressão contínua de ideias, que se desenvolvem através da experiência e refletidas de volta para o espectador.

O ponto de partida da exposição está ancorado num espantosa série de pinturas, duas antigas, raramente vistas - e obras contemporâneas, retratadas como "robonóides" imaginários feitos sobre o vidro duplo. Abrindo um momento chave para questionar a representação pictórica da história do amanhã e o mundo que nos pertence.

"Not a Robô"
Série “Into the Mirror”, by Larissa Barcellos
Local: Galeria Plexi, Rua Patizal 76 – Vila Madalena
Até 18 de fevereiro de 2019
Horário: segunda a sexta das 9h às 22h – Não abre aos sábados, domingos e feriados
Entrada franca

.: Roberto Marques será conselheiro de Roberto Justus em "O Aprendiz"


Com sua nova temporada pronta para estrear a partir do próximo mês de março, "O Aprendiz" já tem o seu casting para 2019 definido e traz pelo menos uma grande surpresa positiva para os fãs. Além da já tradicional apresentação do empresário Roberto Justus e da participação de Vivianne Brafmann, vencedora da primeira edição do programa, em 2004, como uma de suas conselheiras, neste ano "O Aprendiz" contará com um "reforço" de peso: José Roberto Marques, maior referência em coaching no Brasil e fundador do Instituto Brasileiro de Coaching - IBC.

Depois de se conhecerem em 2018, Roberto Justus, que detém os direitos exclusivos de produção de "O Aprendiz" para a televisão brasileira, e José Roberto Marques iniciaram conversas sobre qual seria a melhor maneira do presidente do IBC contribuir com os participantes do programa e enriquecer o conteúdo em si. A solução encontrada foi a de contar com JRM como um dos conselheiros do programa.

O presidente do IBC afirma que ficou muito honrado com o convite por parte do Roberto. "Espero poder contribuir muito para que ele tome as melhores decisões ao longo do programa. Também quero ajudar os participantes, tanto antes quanto depois das provas, com dicas valiosas e um olhar diferente sobre os desafios que vão aparecer".

Para ele, "O Aprendiz" é um reality-show que favorece o desenvolvimento pessoal e profissional a todo instante, o que é um grande diferencial. "A gente se envolve com esse tipo de programa tanto no nível intelectual quanto no emocional porque sabe que ali estão grandes histórias e grandes lições. Com certeza, essa é uma experiência que trará muitos novos aprendizados também para mim", diz JRM. As gravações para a temporada 2019 de "O Aprendiz" terão início em fevereiro e o programa vai ao ar em março.

.: Teatro Porto Seguro recebe Arnaldo Antunes com novo show rstuvxz

Crédito: Márcia Xavier
Arnaldo Antunes mostra o novo álbum "rstuvxz", dia 19 de fevereiro, terça-feira, às 21h, no Teatro Porto Seguro, acompanhado por Betão Aguiar (baixo, violão de nylon, guitarra e vocais) e Curumin (bateria, programações, percussão, vocais e violão).

Gravado em 2018, o trabalho, 19º solo de sua carreira, expande o conceito do diálogo entre o rock e o samba. No show, o compositor mostra as músicas do álbum homônimo e faz um resgate de composições marcantes de sua carreira como Fora de Si, Essa Mulher e Televisão (parceria com Tony Bellotto e Marcelo Fromer).

O repertório também inclui sambas como "Alegria" (Arnaldo Antunes), "Talismã" (Arnaldo Antunes/Marisa Monte/Paulinho da Viola) e "Só Solidão" (Arnaldo Antunes/Márcia Xavier) e, canções de outros autores, como "Vou Festejar" (Jorge Aragão) e "Exagerado" (Cazuza), em novas releituras.

Produzido por Curumin, rstuvxz tem parcerias com Marisa Monte, Cezar Mendes, Pretinho da Serrinha, Carminho, Pedro Baby, Carlinhos Brown, André Lima, Paulo Miklos e Brás Antunes, além do resgate de uma antiga parceria com Marcelo Fromer, "Se Precavê". Das 13 músicas que completam o trabalho, só "Pense Duas vezes Antes de Esquecer", parceria com Marcelo Jeneci e Ortinho, não é inédita. A faixa foi gravada anteriormente por Jeneci e Ortinho e agora ganhou uma nova versão. 

Dia 19 de fevereiro – Terça-feira, às 21h
Ingressos: plateia: R$ 160,00 / frisas: R$ 120,00 / balcão: R$ 100,00
Classificação: livre.
Duração: 80 minutos.
Gênero: MPB/Rock.

Teatro Porto Seguro
Al. Barão de Piracicaba, 740 – Campos Elíseos – São Paulo.
Telefone: (11) 3226.7300.
Bilheteria: De terça a sábado, das 13h às 21h e domingos, das 12h às 19h.
Capacidade: 496 lugares.
Formas de pagamento: cartão de crédito e débito (Visa, Mastercard, Elo e Diners).
Acessibilidade: 10 lugares para cadeirantes e 5 cadeiras para obesos.
Estacionamento no local: Estapar R$ 20 (self parking) - Clientes Porto Seguro têm 50% de desconto.
Serviço de Vans: transporte gratuito Estação Luz – Teatro Porto Seguro – Estação Luz. O Teatro Porto Seguro oferece vans gratuitas da Estação Luz até as dependências do Teatro. Como pegar: Na Estação Luz, na saída Rua José Paulino/Praça da Luz/Pinacoteca, vans personalizadas passam em frente ao local indicado para pegar os espectadores. Para mais informações, contate a equipe do Teatro Porto Seguro. Bicicletário – grátis.

Gemma Restaurante: terças a sextas-feiras das 11h às 17h; sábados das 11h às 18h e domingos das 11h às 16h. Happy hour quartas, quintas e sextas-feiras das 17h às 21h.
Vendas: http://www.tudus.com.br
Facebook: facebook.com/teatroporto
Instagram: @teatroporto

.: Gilberto Freyre em 26 crônicas para o público jovem, nove inéditas em livro


"Gilberto Freyre – Crônicas Para Jovens" é uma antologia de textos do autor que tocam em temas cotidianos como a modernização das cidades, alimentação, gastronomia, ecologia, infância e outros. A seleção e o prefácio são de Gustavo Henrique Tuna, doutor em História Social pela Universidade de São Paulo e especialista na obra de Gilberto Freyre. 

No prefácio, Tuna assinala que “o leitor deste conjunto de textos de Gilberto Freyre poderá vê lo em ação exercitando seu pensamento em poucas linhas, diferentemente dos longos ensaios e livros que o tornaram célebre. Nestas reflexões breves, contudo, é possível apreender como ele captava e compreendia as lições do passado e as dinâmicas sociais de seu tempo.”

As 26 crônicas selecionadas para este livro, sendo 9 delas inéditas em livro, permitem que os leitores vislumbrem a percepção luminosa de Gilberto Freyre sobre a vida em movimento. Temos aqui um dos maiores intérpretes do Brasil expondo sua visão sobre culturas, experiências e dilemas, sempre oferecendo a fértil perspectiva de um observador perspicaz da ação humana.

Sobre Gilberto Freyre 
Gilberto Freyre nasceu no Recife, Pernambuco, em 1900. Foi sociólogo, antropólogo, historiador, romancista, poeta e jornalista. Estudou nos Estados Unidos, onde se formou bacharel em Artes Liberais pela Universidade de Baylor, Texas, em 1920, e Master of Arts pela Universidade de Columbia, Nova York, em 1922. 

Em 1933, seu livro "Casa-grande & Senzala" imprimiria novos rumos nos estudos do passado nacional. Nele, Freyre realçou o papel que a miscigenação racial teria exercido na formação histórica brasileira, destacando a presença ativa do escravo negro africano nesse processo. Lançando mão de uma ampla gama de documentos, o sociólogo pernambucano construiu uma interpretação inovadora a respeito do passado da nação, realçando os elementos do cotidiano dos povos. Ao longo de sua vida, Freyre recebeu muitos prêmios e títulos nacionais e internacionais. Lecionou em universidades europeias e norte-americanas, e teve muitos de seus livros traduzidos para diversos idiomas. Faleceu no Recife, em 1987.

Sobre o selecionador 
Gustavo Henrique Tuna é doutor em História Social pela USP e mestre em História Cultural pela Unicamp, onde defendeu em 2003 a dissertação de mestrado "Viagens e Viajantes em Gilberto Freyre". Foi autor das notas ao livro "De Menino a Homem", de Gilberto Freyre (vencedor na categoria Biografia do Prêmio Jabuti 2011) e responsável pela seleção e prefácio do livro de "Rubem Braga O Poeta e Outras Crônicas de Literatura e Vida" (vencedor na categoria Crônica do Prêmio Jabuti 2018).

.: Outback presenteia clientes com canecas em seis cores diferentes


Ícone da marca ganha ainda mais estilo e pode ser levado pra casa na compra de uma Super Wings e dois Chopp Brahma 340ml

O Outback Steakhouse vai enlouquecer os apaixonados por suas famosas canecas. Mais uma vez os clientes levarão o cobiçado ícone da marca para a casa, mas com uma novidade cheia de estilo: esse ano, as tradicionais canecas chegam bem diferentes, coloridas e customizadas com frases que têm tudo a ver com os momentos vividos dentro do restaurante. 

São seis cores para escolher: vermelha, laranja, azul, verde, amarela e roxa. Entre as frases, clássicos como “never put off till tomorrow the fun you can have today” ilustram os itens. Para ganhar, basta comprar uma Super Wings (15 sobreasas de frango empanadas) e dois Chopp Brahma 340ml. O combo dá direito a uma caneca colorida na hora. A promoção é válida em todos os restaurantes brasileiros da rede aos domingos a partir das 17h e de segunda a quinta-feira durante o horário de funcionamento das unidades. A ação não é válida em feriados e acontece até 17/3 ou enquanto durarem os estoques. O regulamento completo pode ser conferido no site www.outback.com.br/canecas.

“A cada ano queremos oferecer aos clientes a nossa famosa caneca de um jeito diferente, divertido e cheio de estilo. Essa ação já se tornou uma tradição e  permite que o cliente leve pra casa um pouco do nosso #MomentoOutback. Além disso, é uma forma de estarmos sempre presentes em momentos importantes da vida dos nossos clientes e, assim, aumentar ainda mais a conexão entre nós”, diz Renata Lamarco, diretora de Marketing do Outback Brasil.

.: E os vencedores do Grammy 2019, foram... Confira!

No domingo, dia 10 de fevereiro foram entregues os gramofones aos vencedores da 61ª edição do Grammy, maior prêmio da indústria da música. Confira a lista dos vencedores de todas as principais categorias.


MELHOR ÁLBUM DO ANO
"Golden Hour", Kacey Musgraves

GRAVAÇÃO DO ANO
"This Is America", Childish Gambino



MELHOR ARTISTA REVELEÇÃO
Dua Lipa

MELHOR ÁLBUM DE RAP
"Invasion Of Privacy", Cardi B

MELHOR ÁLBUM DE R&B
"H.E.R.", H.E.R.

MELHOR CANÇÃO DE RAP
"God's Plan", Drake

MELHOR ÁLBUM COUNTRY
"Golden Hour", Kacey Musgraves

CANÇÃO DO ANO
"This Is America", Childish Gambino

MELHOR PERFORMANCE POP DUO/GRUPO
"Shallow (With Bradley Cooper)", Lady Gaga

PRODUTOR DO ANO (NÃO CLÁSSICO)
Pharrell Williams

MELHOR PERFORMANCE DE RAP (CANTADA)
"This Is America", Childish Gambino

MELHOR PERFORMANCE DE RAP
"King's Dead", Kendrick Lamar e "Bubblin", Anderson Paak (EMPATADOS)

MELHOR ÁLBUM DE ROCK
"From The Fires", Greta Van Fleet

MELHOR CANÇÃO DE ROCK
"Masseduction", St. Vincent

MELHOR PERFORMANCE DE METAL
"Electric Messiah", High On Fire

MELHOR PERFORMANCE DE ROCK
"When Bad Does Good", Chris Cornell

MELHOR ÁLBUM URBANO CONTEMPORÂNEO
"Everything Is Love", The Carters

MELHOR CANÇÃO R&B
"Boo'd Up", Ella Mai

MELHOR PERFORMANCE R&B TRADICIONAL
"Bet Ain't Worth The Hand", Leon Bridges e "How Deep Is Your Love", Pj Morton (EMPATADOS)

MELHOR PERFORMANCE DE R&B
"Best Part (Feat. Daniel Caesar)", H.E.R.

MELHOR ÁLBUM DE REGGAE
"44/876", Sting e Shaggy

MELHOR ÁLBUM DE MÚSICA ELETRÔNICA/DANCE MUSIC
"Woman Worldwide", Justice

MELHOR GRAVAÇÃO DE DANCE MUSIC
"Electricity (feat. Dua Lipa)", Silk City



MELHOR ÁLBUM DE POP
"Sweetner", Ariana Grande

MELHOR ÁLBUM DE POP VOCAL TRADICIONAL
"My Way", Willie Nelson

MELHOR PERFORMANCE DE POP SOLO
"Joanne (Where do You Think You're Goin') (Piano Version)", Lady Gaga

MELHOR CANÇÃO DE COUNTRY
"Space Cowboy", Kacey Musgraves

MELHOR PERFORMANCE DE DUO/GRUPO DE COUNTRY
"Tequila", Dan And Shay

MELHOR PERFORMANCE SOLO DE COUNTRY
"Butterflies", Kacey Musgraves

MELHOR FILME
"Quincy" (Quincy Jones), Alan Hicks e Rashida Jones (diretores)

MELHOR CLIPE
"This Is America", Childish Gambino

MELHOR ÁLBUM LATINO DE ROCK, MÚSICA URBANA OU ALTERNATIVA
"Aztlan", Zoé

MELHOR ÁLBUM LATINO DE POP
"Sincera", Claudia Brant



MELHOR MÚSICA ESCRITA PARA FILME
"Shallow (With Bradley Cooper)", Lady Gaga




MELHOR TRILHA SONORA (CANÇÕES ORIGINAIS) PARA FILME
"Pantera Negra", Ludwig Goransson



MELHOR TRILHA SONORA (COMPILAÇÃO) PARA FILME
"The Greatest Showman Soundtrack", O Rei do Show

MELHOR ÁLBUM FOLK
"All Shore", Punch Brothers

MELHOR ÁLBUM DE BLUES CONTEMPORÂNEO
"Please Don't Be Dead", Fantastic Negrito

MELHOR ÁLBUM DE BLUES TRADICIONAL
"The Blues Is Alive And Well",Buddy Guy

MELHOR ÁLBUM DE AMERICANA
"By The Way, I Forgive You", Brandi Carlile

MELHOR MÚSICA ROOTS NORTE AMERICANA
"The Joke", Brandi Carlile

MELHOR ÁLBUM ROOTS NORTE AMERICANO
"The Joke", Brandi Carlile

MELHOR ÁLBUM GOSPEL
"The Hiding Place", Tori Kelly

MELHOR CANÇÃO GOSPEL
"Never Alone", Tori Kelly e Kirk Franklin

MELHOR REMIX
"Walking Away (Mura Masa Remix)", Haim (remixado por Mura Masa)

MELHOR ÁLBUM ALTERNATIVO
"Colors", Beck

domingo, 10 de fevereiro de 2019

.: CD e DVD mostram a despedida musical de Célia, por Luiz Gomes Otero


Por Luiz Gomes Otero*, em fevereiro de 2019.

Falecida em 2017 aos 70 anos, a cantora Célia teve lançado um CD e DVD de um show realizado dois anos antes de sua morte. E o lançamento póstumo confirma o que já se sabia: ela foi uma interprete de voz forte e afinada que sempre mereceu um espaço maior na mídia.

"O que Não Pode Mais se Calar" é o nome do DVD+CD idealizado e produzido pelo DJ Zé Pedro, dirigido por Murilo Alvesso, com arranjos e direção musical de Rovilson Pascoal. Mas a estrela realmente é Célia, que deu uma intensidade na medida certa para uma série de composições, algumas delas desconhecidas do grande público.

Entre essas músicas, há "Abrace Paul McCartney" (de Joyce Moreno, 1971), "Vida de artista" (Zé Rodrix e Luiz Carlos Sá, 1972), "Na Boca do Sol" (Arthur Verocai e Vitor Martins, 1972), "Abandono" (Ivor Lancellotti, 1974), "Mãe, Eu Juro" (samba de Peteleco e Marques Filho, de 1957) e "Cigarro" (Zeca Baleiro, 2005). 

Ficou ótima a versão de Célia para "Se o Caso é Chorar", de Tom Zé, com a batida irresistível do samba contrastando com a melancolia da letra do genial compositor baiano. E dispensa comentários a sua versão de "Muito Romântico", de Caetano Veloso. Simplesmente genial.

Célia é um daqueles casos que são difíceis de se explicar na nossa música popular. Como é que alguém com um talento tão visível pode ter ficado tanto tempo afastada dos holofotes da mídia? Em que pese que sua carreira sempre se desenvolveu de forma ininterrupta, mesmo sem uma divulgação maior de seu trabalho.

Esse lançamento, ainda que póstumo, faz justiça para a obra dessa genial intérprete. Espero que consigam relançar os álbuns de estúdio dela, que tem muitos momentos marcantes e outras interpretações geniais.

"Se o Caso é Chorar"

"Muito Romântico"


"Crua"

*Luiz Gomes Otero é jornalista formado em 1987 pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Trabalhou no jornal A Tribuna de 1996 a 2011 e atualmente é assessor de imprensa e colaborador dos sites Juicy Santos, Lérias e Lixos e Resenhando.com. Criou a página no Facebook Musicalidades, que agrega os textos escritos por ele.

.: "Besta Fera" é tradução precisa de Jards Macalé no Brasil de 2019


*Por Fred Coelho, em fevereiro de 2019.

Apesar do rosto na penumbra, um halo faz com que a foto de Cafi para a capa de Besta Fera seja o registro definitivo de uma iluminação. Após vinte anos sem lançar um trabalho de composições inéditas (o último foi "O Q Faço É Música", de 1998), Jards Macalé apresenta em seu novo disco a expressão exata de sua atualidade provocadora. 

Fruto de um projeto realizado através do programa de patrocínios Natura Musical e gravado nos estúdios Red Bull de São Paulo, Besta Fera aprofunda a excelência de sua discografia, iniciada em 1972 pelo mitológico long-play gravado ao lado de Lanny Gordin e Tuti Moreno. Ao mesmo tempo, ele é um convite irrecusável para que novos ouvintes adentrem um universo sonoro único chamado Jards Macalé. Em tempos de audições fragmentadas em múltiplas frentes e plataformas, "Besta Fera" é um disco que apresenta, simultaneamente, canções que funcionam tanto em sua força única quanto no conjunto de uma verdadeira obra.

Essa sonoridade, impactante já em sua primeira audição, é fruto do encontro entre velhos e novos amigos do músico carioca. Na sua bagagem de 50 anos de estrada com a canção popular, Macalé assume a direção musical do disco para costurar referências como Gregório de Mattos (cuja presença ecoa o parceiro Waly Salomão) e Ezra Pound (que, se o primeiro poema gravado por Macalé foi "Luz", presente no disco "Let's Play That", gravado em 1983, agora, afinado com os tempos que atravessamos, surge com "Trevas"), parcerias históricas como José Carlos Capinam e homenagens como a Renô, amigo do tempo de andanças com Hélio Oiticica. Tais nomes, fazem a síntese, que só um artista como Macalé é capaz, entre a formação crítica de sua geração e a formação noturna, malandra, lírica e violenta do Rio de Janeiro.

Esses velhos companheiros de estrada batem papo com os novos parceiros, cujas trajetórias sólidas nos últimos anos casam perfeitamente com a caminhada de Jards e acrescentam a presença da cena musical contemporânea de São Paulo. A banda é formada por Kiko Dinucci (violão e sintetizadores) e Thomas Harres (bateria e percussão), responsáveis pela produção musical, além de Pedro Dantas (baixo) e Guilherme Held (guitarra). Os quatro foram colaboradores de Jards nos arranjos ao lado de Romulo Fróes (diretor artístico do disco) e Thiago França (responsável pelo arranjo orquestral da música "Buraco da Consolação"). Rodrigo Campos, Juçara Marçal, Ava Rocha, Clima e Tim Bernardes também têm participações brilhantes, sejam como músicos, sejam como compositores (ou ambos, no caso de Tim).

Sobre os arranjos, cada uma das canções traz elementos cujas camadas fazem com que os que conhecem a obra fundamental do músico, cantor e compositor, encontrem referências sutis, sacadas secretas, memórias melódicas. São momentos em que a sonoridade inovadora de seus álbuns antológicos dos anos 1970 e 1980 se faz presente sem precisar soar como passadismo ou homenagem engessada. É o entendimento, por parte dos músicos, produtores e arranjadores, de que a música de Macalé sempre é atual, em qualquer tempo. Além disso, sua dedicação técnica nas gravações de todos os seus trabalhos e sua formação erudita – de copista de orquestras a diretor musical de discos e shows importantes de sua geração – garantem que essa qualidade pessoal seja sempre renovada por ideias em ebulição.

As levadas de diferentes caminhos, forças, tons e timbres, fazem com que Macalé explore todas suas vertentes – do sussurro em voz e violão ao rock rasgado, do clima agônico de Lupicínio Rodrigues e Jamelão ao baile de orquestras como a sua dileta Tabajara, da batida bossa nova redonda ao reggae com rabeca, do samba levado por cavaco, percussão (com Ariane Molina e Thai Halfed) e coro (da Velha guarda musical da Nenê de Vila Matilde, composto por Laurinha, Clara e Irene) ao experimentalismo em sonoplastias, fitas cassetes e samples. Sempre inquieto e em movimento dentre as várias artes que convive, Macalé nunca perdeu de vista o caráter ampliado da canção popular brasileira. Cinema, poesia, teatro, performance, artes visuais, crime, filosofia, literatura, botequins, matas, mares e muitas outras frentes se fazem presentes na obra de Macalé, o que não seria diferen te em Besta Fera.

Vale também ressaltar que o grupo reunido ao redor de Jards Macalé para a gravação de seu novo disco é praticamente o mesmo que, recentemente, revolucionou a obra de Elza Soares em seus trabalhos "A Mulher do Fim do Mundo" (2015) e "Deus É Mulher" (2018). A informação, aqui, serve para lembrarmos que esses músicos escutaram com a máxima atenção a obra dos mestres. Foi a partir dessa audição interessada e atenta que, nos últimos anos, conseguiram criar coletivamente novos momentos artísticos sem perder de vista as identidades sonoras dessas trajetórias. No caso de "Besta Fera", essa fidelidade com a obra está registrada justamente ao encararem todos os desafios de um trabalho em estúdio com Macalé e colaborarem para um resultado contundente de um criador em seu auge. Exigente, experimental e rigoroso, Macalé tem como marca em sua careira tirar o máx imo possível do estúdio, principalmente quando mergulha em um trabalho de canções inéditas, podendo desenvolver suas ideias durante o processo de gravação.

Até tempos atrás, Macalé era um artista cujos supostos fins e maldições eram sempre relembrados ao falarem de seu trabalho. Com oito discos nos últimos vinte anos, todos bem recebidos por público e crítica, não há mais a menor dúvida de que sua produção cresce a cada dia, assim como sua influência sobre novas gerações. Por ser um artista contemporâneo de todos os tempos, Macalé faz de Besta Fera um comentário preciso, lírico e feroz na justa medida sobre o Brasil de hoje. Prepare-se para adentrar um mundo entre trevas, bombas Hs, túneis de cidades más, águas fundas, olhos de sangue, ignorâncias dos homens, beiras e obstáculos. Temas cuja força crítica é iluminada por arranjos e vozes certeiras. Aqui, não há margens, e sim um centro irradiador de canções feitas no calor de quem está sempre pronto para novos combates. Besta Fer a é a prova de que Jards Macalé está vivíssimo, quente, iluminado e bem acompanhado. Um disco que diz, com todas as letras, os delírios e belezas de um faquir da dor. Eis sua versão sobre nossos tempos – e, principalmente, contratempos.

.: Ivete Sangalo e Claudia Leitte cantam juntas em “Lambada (Corpo Molinho)”

Apontadas como rivais no passado, Ivete Sangalo e Claudia Leitte 
agora parecem amigas íntimas. Crédito: Rafa Mattei
O último clipe do EP “Carnaval com Ivete – Live Experience” acaba de ser disponibilizado na página oficial de Ivete Sangalo, no YouTube. Em “Lambada (Corpo Molinho)”, a cantora divide o palco com Claudia Leitte.  

O EP de quatro faixas é só o primeiro lançamento da cantora baiana para divulgar o DVD “Live Experience”, gravado nodia 8 de dezembro passado, em São Paulo. O clipe da primeira faixa, “Teleguiado”, foi lançado de forma inovadora, 30 minutos após a gravação. 

O segundo clipe, da música “Mainha Gosta Assim”, com participação de Leo Santana, foi lançado no mesmo dia do EP, 25 de janeiro. A terceira faixa, o medley “Oba, Se Joga” / “Lambada da Delícia”/ “Cadê Meu Coco”, teve o clipe divulgado no dia 31 de janeiro. “Lambada (Corpo Molinho)” é uma lambada escrita por Samir e Tierry e produzida por Radames Venâncio.


“Lambada (Corpo Molinho)”


“Mainha Gosta Assim”


“Oba, Se Joga” / “Lambada da Delícia”/ “Cadê Meu Coco”

← Postagens mais recentes Postagens mais antigas → Página inicial
Tecnologia do Blogger.