domingo, 13 de setembro de 2020

.: Entrevista: Reynaldo Gianecchini fala da experiência de rever estreia na TV


Em entrevista, o ator relembra o trabalho na novela, de volta no "Vale a Pena Ver de Novo". Foto: Globo/João Miguel Júnior

Reynaldo Gianecchini e Juliana Paes têm em comum alguns encontros na vida profissional, como recentemente em "A Dona do Pedaço", mas nunca irão esquecer a experiência de estrearem juntos na televisão em horário nobre, com pouquíssima bagagem como atores. Para os dois, rever as cenas de Edu e Ritinha em "Laços de Família", no "Vale a Pena Ver de Novo", traz uma intensa mistura de lembranças e sensações. Na entrevista abaixo, o ator relembra o trabalho, as recordações dos bastidores, a relação com o elenco e também conta como está vivendo o momento atual. Exibida no "Vale a Pena Ver de Novo", "Laços de Família" é escrita por Manoel Carlos, com direção geral e de núcleo de Ricardo Waddington.

Como era o Reynaldo Gianecchini da época das gravações de "Laços de Família"?
Reynaldo Gianecchini  - 
Eu era um jovem de 27 anos, numa fase de muita transformação, tinha acabado de voltar da Europa, onde morava, acabado de me casar com a Marília Gabriela e de começar a estudar para uma nova profissão, tinha feito minha primeira peça no teatro. Foi uma fase muito intensa. Eu era um cara com muita vontade de aprender e descobrir essa profissão. De cara estreei numa novela do horário nobre, sem ter buscado isso. Fui convidado para um teste depois que um produtor de elenco assistiu a peça que eu fazia. E fui de uma hora para outra para o lugar de pessoa pública, aprendendo a conviver com todas aquelas mudanças, tão repentinas e radicais.

Qual a maior lembrança que guarda do trabalho?
Reynaldo Gianecchini - 
Eu tenho muito forte na minha memória o carinho que recebi dos colegas do elenco, principalmente da Marieta Severo e da Carolina Dieckmann, com quem eu mais trabalhava. De cara foi para mim uma loucura pensar que eu ia fazer par romântico com a Vera Fischer, a musa que eu cresci assistindo. A Juliana Paes começando comigo me marcou também. Apesar de não termos contracenado muito, eu tenho um enorme carinho pelo o que a gente viveu junto nessa novela. E também lembro que tinha muito receio de não dar conta daquele trabalho todo, já que eu não tinha experiência nenhuma e, ao mesmo tempo, muita vontade de aprender. Eu tinha um olhar muito atento para tudo. A sensação que me acompanhava diariamente quando eu voltava para casa era que eu havia assimilado muita informação, muito aprendizado e excelentes trocas. Aprendi muito com aquele elenco fantástico, não poderia ter estreado numa novela melhor. Fui muito amparado e consegui dar continuidade à minha carreira. Poderia ter sido um desastre e eu nunca mais ter feito nada na televisão.

Como recebeu a notícia da reprise da novela após 20 anos?
Reynaldo Gianecchini - 
Eu adorei saber que a novela iria ser reprisada agora, 20 anos depois da estreia. Primeiro porque é uma novela muito bem escrita, com um elenco excelente. Eu sinto que tem muita gente querendo rever e uma geração nova que irá gostar de assistir. Eu acho que a novela ainda é muito interessante de ver, não ficou datada. E também é muito bom acompanhar um trabalho sem a ansiedade do momento. É gostoso olhar com mais calma os seus erros e acertos sem se julgar tanto.

Como foi o retorno do público na época da novela, especialmente pelo Edu ter se envolvido com mãe e filha... Passados 20 anos, as pessoas ainda comentam sobre esse trabalho com você?
Reynaldo Gianecchini - 
Eu lembro que na época as pessoas aceitaram muito bem o romance do rapaz jovem com a mulher mais velha. E acho que por isso existiu uma dificuldade do público de sair desse romance para ele engrenar com filha. Mas o Maneco foi um mestre em conduzir lindamente a trama para que as pessoas começassem a aceitar ele com a Camila, entendessem os novos rumos e ter carinho por esse casal também. É impressionante como até hoje falam comigo sobre "Laços de Família", principalmente, no exterior. Tanto na Europa quanto na América Latina sempre tem gente que vem falar comigo. Eu acho incrível essa força da comunicação, a forma como a novela chegou no coração das pessoas.

Na sua opinião, por que a trama mobilizou tanto o público brasileiro?
Reynaldo Gianecchini - 
É muito bem escrita, com diálogos muito sensíveis do Manoel Carlos, com personagens muito bem construídos, com diversas histórias muito gostosas de acompanhar. Personagens muito queridos que o público se identificava, uma trilha sonora maravilhosa de Bossa Nova, o Rio de Janeiro deslumbrante e o charme do bairro do Leblon. São muitos apelos visuais maravilhosos. Mas nada disso seria tão legal se realmente não tivesse uma boa história junto.


Como tem sido sua vida desde o início da pandemia?
Reynaldo Gianecchini - Minha vida na pandemia tem sido relativamente suave, tenho ficado em casa, estou recluso há seis meses. E tenho focado em muita coisa boa que eu não tinha muito tempo para fazer antes. Tenho cantado e dançado, trocado muito afeto com as pessoas próximas, além de ler e ver filmes e séries. Estou achando um período muito fértil, apesar da turbulência.




.: Ensanguentada, Dulce María faz campanha contra tauromaquia


Coberta de sangue e com uma bandeira de toureiro nas mãos, a cantora e atriz mexicana Dulce María lidera uma campanha contra as touradas pela organização Peta Latino. 

A cantora Dulce Maria procura demonstrar que as touradas são eventos violentos que maltratam os animais sem motivo e busca sensibilizar a população para que estes atos deixem de se justificar a favor da cultura. “Não se deixe enganar. A tourada é tortura, não cultura. Não a apoie”, diz o cartaz em que a atriz aparece, que convida seus seguidores a não fazerem parte.

“Como mexicana, digo a vocês, há belas tradições que valem a pena promover e que vão passando de geração em geração, mas há coisas que como seres humanos estamos evoluindo em consciência”, afirma a cantora no vídeo que faz parte da campanha. Você pode assistir neste link: https://www.instagram.com/tv/CE9neYDCOY1/?utm_source=ig_embed.  

“Eles expõem a dor e tudo que um animal está passando, que ele não tem culpa, é horrível e é muito triste que torturem um animal e que seja para o entretenimento de muita gente, que aplaudam e fiquem felizes enquanto torturam um ser vivo”, acrescenta o mexicana. Peta é uma ONG animalesca que tem se caracterizado por lutar contra o abuso de animais por estar presente em diferentes áreas sociais. Sua atenção está voltada para os maus-tratos aos animais por longos períodos de tempo, como ocorre nas fazendas industrializadas, nas indústrias têxtil, farmacêutica e de entretenimento. No entanto, também incluem violência doméstica e o extermínio de “pragas”.

Sob o lema "os animais não são nossos para diversão", a organização é uma das maiores cujo objetivo é zelar pelos direitos dos animais. A Tauromaquia, numa das suas principais expressões, tourada ou corrida de touros, é um evento que consiste na lide de touros bravos, a pé ou a cavalo. Além da Espanha, as touradas são disputadas em países como México, Peru e Colômbia. Na maioria das nações, contudo, elas são proibidas.




sábado, 12 de setembro de 2020

.: Diário de uma boneca de plástico: 12 de setembro de 2020


Querido Diário,

Sempre amei estar nas Redes Sociais, mas desde o fim do Orkut... Percebo que nenhum outro me agrada tanto.

A verdade é que detesto o Facebook, não sei explicar.

Adoro o Twitter, espaço que frequento há mais de 10 anos para me informar, mas penso que as Redes Sociais são puro entretenimento.

Logo, até recentemente ainda estava nos encantos do Instagram. Eu até tive que colocar um despertador para me lembrar de que estava tempo demais ali. 

Eis que hoje em dia, o máximo que faço é abrir, rolar o feed e sair. Sei lá! Desencantei daquilo total. 

Culpa do YouTube? Talvez! Ando mais animada com a ideia de ficar de vídeo em vídeo. 

Ah, meu querido diário... o que está acontecendo comigo?!

Beijinhos pink cintilantes e até amanhã,

Donatella Fisherburg

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.: Entrevista: Juliana Paes fala sobre a experiência de rever estreia na TV


Em entrevista, a atriz relembra o trabalho na novela, de volta no "Vale a Pena Ver de Novo". Foto: Globo/João Miguel Júnior

Juliana Paes e Reynaldo Gianecchini têm em comum alguns encontros na vida profissional, como recentemente em "A Dona do Pedaço", mas nunca irão esquecer a experiência de estrearem juntos na televisão em horário nobre, com pouquíssima bagagem como atores. Para os dois, rever as cenas de Ritinha e Edu em "Laços de Família", no "Vale a Pena Ver de Novo", traz uma intensa mistura de lembranças e sensações. Na entrevista abaixo, a atriz relembra o trabalho, as recordações dos bastidores, a relação com o elenco e também conta como está vivendo o momento atual. Exibida no "Vale a Pena Ver de Novo", "Laços de Família" é escrita por Manoel Carlos, com direção geral e de núcleo de Ricardo Waddington.

Quais sensações rever "Laços de Família" no "Vale a Pena Ver de Novo" desperta em você?
Juliana Paes -
É uma grande mistura de sentimentos. Ao mesmo tempo em que fico feliz da vida porque estou relembrando como tudo começou, sinto uma certa insegurança porque foi o meu primeiro trabalho, e como eu estava crua (risos). Eu sou uma cria da TV Globo e os grandes atores da casa foram meus mestres. Acho que talvez por isso eu tenha aprendido bem, modéstia à parte (risos).

"A Força do Querer" vem aí novamente e você também está no ar em "Totalmente Demais". Como é a sensação de reviver esses trabalhos tão diferentes?
Juliana Paes -
É muito gostoso porque quando você está fazendo o trabalho sempre tem aquela tensão da recepção do público, da crítica, mas depois que tudo foi feito, bem aceito e um sucesso, a sensação é de muito orgulho e de plena satisfação.


Como foi o trabalho em "Laços de Família"?
Juliana Paes -
Foi um processo de enorme aprendizado. Eu me lembro de passar muito tempo esperando, porque não estava em muitas cenas, mas eu não ia para o camarim. Eu ia para o set aprender. Ficava vendo como os atores faziam, como eles ensaiavam e decoravam o texto. Aprendi muito com a Marieta Severo, nos ensaios ela fazia já quase para valer, e eu tentava absorver ao máximo assistindo. Percebi também o valor dos preparadores de elenco. Mesmo o ator sendo mais experiente, é importante ter esses profissionais sempre por perto.


Quais as principais lembranças que guarda do período de gravações?
Juliana Paes -
Eu guardo lembranças maravilhosas. Para mim tudo era novidade, o crachá era novidade, pendurar o crachá da TV Globo no meu pescoço era uma sensação maravilhosa. Quando eu entrava no estúdio era como se eu estivesse na Disney, sabe? 


Qual a cena foi mais marcante para você?
Juliana Paes -
A cena mais icônica da Ritinha com certeza é a cena da piscina, quando o Danilo (Alexandre Borges) tenta esconder a Rita da Alma (Marieta Severo) dentro da piscina.


Como foi recebida e como era a relação com o elenco com quem você mais contracenava?
Juliana Paes -
Essa parte foi maravilhosa, eu nunca pensei que iria ser tão bem recebida. E isso foi uma das coisas que me tiraram o sono antes de começar o trabalho. Eu achava que iria ficar deslocada, mas foi o contrário. Todos me tratavam com muito respeito e carinho, perguntavam coisas, eram interessados na minha história, queriam saber como que eu tinha chegado ali. Eu me senti muito querida e abraçada.


Como foi o retorno do público na época da novela? Passados 20 anos da exibição original, as pessoas ainda comentam sobre esse trabalho com você?
Juliana Paes -
Comentam muito até hoje. Na época, as pessoas falavam que eu iria longe na profissão. A Marilia Garbriela, que era casada com o Gianecchini, falou para mim na festa de "Laços de Família" que eu trabalharia muito dali em diante. Foi muito importante ter esse voto de confiança das pessoas.


Como está lidando com a rotina atual? Incluiu alguma nova atividade ou aprendizado?
Juliana Paes -
Fiz muito bolo, né? Depois de Maria da Paz, coloquei em prática todo o meu aprendizado (risos). E comecei a fazer Ioga, que era uma coisa que eu queria muito, mas achava que não teria flexibilidade para fazer. Estou indo bem, me desenvolvendo a cada dia, e muito feliz com mais essa experiência. 




.: Time de astros do rock se reúne para homenagear Ginger Baker


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico musical.

Uma reunião de lendas do rock clássico subiu ao palco em Londres na noite do dia  17 de fevereiro (antes da pandemia da Covid-19 se espalhar pelo mundo)  para celebrar a memoria do baterista Ginger Baker, que faleceu aos 80 anos em outubro de 2019. O evento, que foi registrado em CD duplo,  foi idealizado por Eric Clapton, com quem Baker tocou em duas bandas (Cream e Blind Faith) nos anos 60. E serviu para revisitar a obra musical que o músico ajudou a construir e que ainda serve de referência para os que tocam rock pelo mundo afora.

O concerto foi batizado como "Eric Clapton & Friends: A Tribute to Ginger Baker" e aconteceu no Eventim Apollo Hammersmith em Londres. Nele estiveram estavam lendas como Steve Winwood (que formou Blind Faith com Baker, Clapton e Rick Grech), Ron Wood (dos Rolling Stones), Roger Waters (fundador do Pink Floyd) e Nile Rodgers (da banda Chic), Kenney Jones (baterista da banda Faces), Paul Carrack, Chris Stainton nos teclados, o baterista Steve Gadd, e o filho de Baker, Kofi Baker, entre outros.

A importância de Baker na história do rock passa pela sua técnica incrível ao tocar bateria, sempre com uma influência direta da percussão de origem africana e pela sua experiência no circuito do jazz de Londres, que contribuiu muito para sua formação como músico profissional. Ele foi um dos primeiros a usar dois bumbos na bateria, influenciando outros percussionistas de bandas de rock, como Keith Moon, da banda The Who, por exemplo.

O setlist de 15 músicas homenageou a vida de Baker na música. E naturalmente incluiu o trabalho de Clapton e Baker juntos nas bandas Cream e Blind Faith. O número final da noite, a canção Crossroads, permitiu que muitas das lendas da guitarra tivessem a oportunidade de mostrar seus solos. Entre os momentos mais marcantes estão as versões de Badge (com Clapton e Ron Wood nas guitarras), Presence Of The Lord (com destaque para Steve Winwood no vocal) e White Room (com Roger Waters no baixo e Clapton no vocal e guitarra).

Antes de qualquer música ser tocada, um tributo filmado a Baker, com muitos clipes de performances do músico ao vivo foi mostrado na tela grande atrás do palco. Clapton então falou. “Algumas dessas coisas foram há 50 anos, mas parece que foi ontem. Eu costumava chamá-lo de Peter Edward ... e acho que ele está aqui ... em algum lugar".

"Badge"

  
"White Room"

"Crossroads"

.: Eduardo Martini estreia monólogo “A Vida é Sua, A Norma é Nossa”


Escrita por Anderson Dy Souza, a comédia inédita trata de temas como a solidão e o mau uso de informações da vida alheia. Fo
to: Studioum - Ricardo Pepeliskof

Após apresentar três consagrados espetáculos de sua carreira por meio da plataforma Sympla, Eduardo Martini estreia na próxima quinta-feira, 17 de setembro, às 21h00, também na Sympla, o monólogo “A Vida é Sua, A Norma é Nossa”. Os ingressos podem ser adquiridos na plataforma, por valores entre R$30 (valor integral) e R$15 (meia entrada).

Com direção, figurino e trilha sonora sob a criação do próprio Eduardo, o espetáculo é da autoria do também comediante Anderson Dy Souza. Em cena, Martini encarna Norma, uma solitária cinquentona que entediada com o monótono cotidiano, acaba se metendo com a vida alheia, causando confusão ao embaralhar informações. “A Norma representa esse pessoal que acha que está por dentro de tudo, mas na verdade, não está. Ela conclui a vida dos outros com informações imprecisas, não medindo as consequências. Por conta da solidão, ela sente essa necessidade de informações alheias. Muitas pessoas são assim”, relata Eduardo Martini.

Idealizada para ser apresentada presencialmente, “A Vida é Sua, A Norma é Nossa” marca os 43 anos de carreira de Eduardo Martini, que em 2019 foi um dos homenageados do Prêmio do Humor, criado por Fábio Porchat. O ator foi reconhecido por sua contribuição para o teatro paulistano.

Sobre Eduardo Martini
Ator, diretor e produtor, Eduardo Martini tornou-se ícone da comédia brasileira, trabalhando ao lado de nomes como Chico Anysio, em “A Escolinha do Professor Raimundo” e Dercy Gonçalves. Estudou na Actor’s Studio e na prestigiada Alvin Ailey American Dance Theater, ambas em Nova York. Martini compôs o elenco de novelas como “Deus nos Acuda”, de Silvio de Abreu e “O Clone”, de Glória Perez. Participou também do programa de Hebe Camargo com a personagem Neide Boa Sorte, tirando gargalhadas da apresentadora.

Entre seus projetos no teatro, destacam-se “A Chorus Line”, “Splish Splash”, “Não Fuja da Raia”, “Na Medida do Possível”, “Quem Tem Medo de Itália Fausta?”, “I Love Neide” e “Até que o Casamento nos Separe”, em parceria com sua amiga e também atriz Suzy Rêgo. Engajado em causas sociais e inclusivas, Eduardo Martini também é o criador do primeiro Festival LGBTQ+ de teatro, que estreou em 2019 no antigo Teatro Décio de Almeida Prado, recém-transformado no Centro Cultural da Diversidade.

Serviço
"A Vida é Sua, A Norma é Nossa"
Quinta-feira, 17 de setembro, às 21h
Ingressos: R$ 30 (valor integral) e R$ 15 (meia-entrada) em sympla.com.br
Duração: 70 minutos
Classificação indicativa: 12 anos

Importante
1. Baixar o aplicativo Zoom zoom.us
2. Fazer um cadastro e logar no site sympla.com.br
3. Acessar a área Meus ingressos e clicar em acessar transmissão (disponível 15 minutos antes do horário de início do evento).




.: “Diários de Wuhan”, o livro que viralizou na web e foi proibido na China

Publicado como web diário, o livro é mais que um relato dos fatos, mas dos sentimentos, das reações das pessoas na cidade-epicentro da pandemia.

Janeiro de 2020. Um vírus desconhecido assola uma pequena cidade chinesa chamada Wuhan. Ninguém sabe exatamente como combater a contaminação, que avança rápido e ameaça ultrapassar as barreiras do país. Medo. Incerteza. Desinformação. Em meio a essa pandemia uma voz surge para narrar os acontecimentos em tempo real, numa espécie de diário online diretamente da cidade onde tudo começou. Fang Fang queria dividir não apenas com seus vizinhos, mas com o mundo, como era fazer parte de um momento tão assustador.

A Faro Editorial lança este mês um dos livros que mais tem causado polêmica na China e tem levantado um exército de trolls na internet para tentar encobrir o que a escritora Fang Fang relatou em seus “Diários de Wuhan”. Construído em uma narrativa de diário em tempo real, Fang Fang dividiu com o mundo como foi viver os momentos aterrorizantes de uma pandemia, sem informação, sem ajuda, e ainda com o risco de ser calada.

Fang Fang – pseudônimo da premiada escritora chinesa Wang Fang - começou a relatar, em uma espécie de diário online, o que estava acontecendo na cidade de Wuhan. A região havia acabado de decretar lockdown por conta de um vírus desconhecido e altamente contagioso. Municiada de informações desencontradas e de medo, Fang decidiu escrever esses textos como uma forma de relatar o que era descoberto ao longo dos dias, os erros e os acertos no combate ao vírus e como estava a rotina dos cidadãos confinados.

Mas, o relato verdadeiro e pessoal de Fang acabou despertando a ira do Partido Comunista em Pequim, que derrubou suas postagens, proibiu a publicação dos textos em livro e iniciou uma forte campanha de desmoralização da escritora pela internet. De desabafo de uma cidadã comum a acusação de ficção orquestrada pelo Ocidente, “Diários de Wuhan” apresenta um cenário visceral do que foi a descoberta do vírus Covid-19 na cidade do seu epicentro e como os cidadãos e governantes de Wuhan lidaram, ou não, com o que acontecia ali.

Ao reivindicar o dever de registrar os fatos, ela também se manifesta contra a injustiça social, abuso de poder e outros problemas que tornaram a epidemia uma catástrofe. Enquanto a autora documenta, em tempo real o início da crise, somos capazes de identificar padrões e erros que estão sendo repetidos em todo o planeta.

Sobre a autora:
Fang Fang é o pseudônimo de Wang Fang, escritora chinesa premiada. Nasceu em Nanjing, província de Jiangsu e foi para a Universidade Wuhan em 1978 para estudar literatura chinesa. Em 1975, começou a escrever poesia; em 1982, lançou seu primeiro romance e em 1987, sua obra-prima "Feng Jing", conquistando inúmeros prêmios. Você pode comprar o livro neste link.




.: "Alice no País das Maravilhas", clássico da literatura mundial, é relançado


“— Quem... é... você?..
. — Inquiriu a Lagarta.

Alice respondeu:

— Eu… Neste momento, não sei dizer muito bem, Senhora. Sei quem eu era quando acordei hoje de manhã, mas creio que deva ter mudado várias vezes desde então.”

Esta é a história sobre uma garotinha caindo de um buraco de coelho que se tornou a heroína mais popular da literatura inglesa, e um dos personagens mais queridos da literatura mundial! A Faro Editorial lança este mês sua edição do clássico de Lewis Carroll que encanta gerações, "Alice no País das Maravilhas". Com as ilustrações originais que deram vida aos personagens, a obra, traduzida por Thereza Christina Motta, primou pela fidelidade ao universo único criado por Lewis Carroll .

Talvez Alice não seja mais que um sonho, um conto de fadas sobre os desafios e tribulações do crescer — talvez seja a visão de que o mundo adulto parece estar de cabeça para baixo quando visto pelos olhos de uma criança... Enquanto Alice explora um mundo subterrâneo bizarro, ela encontra um elenco de personagens estranhos e fantasiosos: o apressado Coelho Branco, o Chapeleiro Maluco, o sorridente gato Cheshire, os gêmeos, a terrível Rainha de Copas e outras criaturas extraordinárias.

Perca-se nesta aventura através dos olhos de Alice nesse maravilhoso mundo nonsense, repleto de significados criados por meio de sátiras, alegorias e metáforas, que encobrem profundas revelações. 

“Naquela direção mora o Chapeleiro e, na outra, a Lebre Maluca — disse o Gato — Pode escolher quem visitar, ambos são doidos.

— Mas não quero conhecer doidos — replicou Alice.

— Ah, mas isso é impossível evitar. Somos todos doidos por aqui. Eu sou doido. Você é doida...

— Como sabe que sou doida? — perguntou Alice.

— Deve ser — disse o Gato — senão não estaria aqui.”


Sobre os autores
Lewis Carroll (1832-1898)
foi um poeta, romancista e matemático inglês. Alice no país das maravilhas é sua obra mais famosa e, de tão singular, gera inúmeras teorias sobre a sua vida, a inspiração para Alice e a criação de suas histórias.

Sir John Tenniel (1820-1914) foi um ilustrador inglês. Seu trabalho mais conhecido são as ilustrações para as obras de Lewis Carroll. Tenniel nasceu cego de um olho, mas era conhecido por sua memória fotográfica prodigiosa, pois desenhava sem modelos. 

Você pode comprar o livro neste link.




sexta-feira, 11 de setembro de 2020

.: Entrevista: Walcyr Carrasco comenta o sucesso de "Eta Mundo Bom"


Walcyr Carrasco relembra o trabalho ne "Eta Mundo Bom", sucesso na primeira exibição e na reprise, que tem o último nesta sexta-feira. Foto: Globo/Paulo Belote 

Durante a primeira exibição em 2016, "Eta Mundo Bom!" foi um fenômeno de audiência no horário das seis. A história de Candinho (Sergio Guizé) e seu incansável lema "Tudo o que acontece de ruim na vida da gente é pra 'meiorá'", as situações hilárias na fazenda Dom Pedro II, e as tramas na charmosa São Paulo da década de 1940, entre outras qualidades da obra, seduziram os telespectadores.

A exibição no "Vale a Pena Ver de Novo" mostra que a trama mantém a mesma força nos dias atuais, com repercussão intensa nas redes sociais e a melhor performance de audiência da faixa horária dos últimos dez anos. O autor Walcyr Carrasco acredita que a pandemia fez com que a novela chegasse em um momento em que todos ansiavam por uma história leve e divertida como "Eta Mundo Bom!". "É uma novela que escrevi com o coração e um olhar otimista sobre a vida. Acredito que a mensagem positiva da trama, que se renova a cada capítulo, faz o espectador se sentir bem durante esse momento difícil que vivemos", analisa Walcyr.     

Na última semana de exibição da novela, que está dividindo o "Vale a Pena Ver de Novo" com a estreia de "Laços de Família", outro grande sucesso da teledramaturgia, o público relembra desfechos marcantes, como o casamento de Candinho e Filomena (Débora Nascimento) e o final trágico dos vilões Sandra (Flávia Alessandra) e Ernesto (Eriberto Leão). Nesta entrevista, Walcyr Carrasco reflete sobre o sucesso da trama nos dias atuais e fala sobre seus sentimentos ao rever a novela. Exibida no "Vale a Pena Ver de Novo", "Eta Mundo Bom!" é escrita por Walcyr Carrasco, com direção geral e de núcleo de Jorge Fernando.


Como foi a experiência de rever a obra já finalizada? E qual sua sensação após a novela ser novamente um grande sucesso?
Walcyr Carrasco -
Foi maravilhoso rever a obra, a qualidade da interpretação do elenco e a direção inesquecível do Jorge Fernando. 

Qual sua sensação após a novela ser novamente um grande sucesso?
Walcyr Carrasco - 
Fiquei muito feliz com o sucesso nesse momento difícil que vivemos, porque escrevi essa novela com o coração, com meu olhar otimista sobre a vida.


Quais são os maiores acertos da trama para ser um sucesso tão grande na sua opinião?
Walcyr Carrasco - Acho que o principal é o tom leve e bem humorado da história e a mensagem positiva que se renova a cada capítulo.


A atuação de algum ator ou atriz do elenco te surpreendeu na época e novamente agora? Houve alguém que você não tinha trabalhado antes e quis repetir a experiência?
Walcyr Carrasco - 
Tanto os atores com quem eu já costumava trabalhar, como a Elizabeth Savalla, e o Sergio Guizé, que trabalhei pela primeira vez em"Eta Mundo Bom!", contribuíram muito para o sucesso da novela. Eles foram maravilhosos! Quem acompanha o meu trabalho sabe que busco trabalhar novamente com vários atores. O Guizé fez mais duas novelas comigo depois dessa.   


O trabalho de Sergio Guizé sem dúvida foi muito importante para o sucesso da trama. Na sua opinião quais principais qualidades ele apresentou ao longo da novela ao viver Candinho?
Walcyr Carrasco - 
Sergio Guizé entendeu perfeitamente a essência do personagem e o jogou para cima. Dessa forma o transformou em um ícone, um sucesso absoluto.


Revendo a trama você mudaria o final de algum personagem? Considera o desfecho de Sandra ainda surpreendente?
Walcyr Carrasco - 
Não mudaria nada, não é à toa que depois de quatro anos, em um momento tão diferente, a novela voltou a ser um sucesso.


Como foi o retorno do público durante a reprise?
Walcyr Carrasco - 
Recebo muitas mensagens pelas redes sociais. Neste momento, o público torce bastante por seus personagens preferidos e principalmente querem que a Sandra tenha seu merecido castigo! É muito interessante acompanhar.

.: Bianca Bin e Rainer Cadete falam sobre casal #Maricel em novela

Atores comentam sobre a parceria que levou ao enorme sucesso do casal. Foto: Globo/Cesar Alves

Em 2016, guando gravavam "Eta Mundo Bom!", Bianca Bin e Rainer Cadete se surpreenderam com a repercussão gerada pelos personagens Maria e Celso. Depois de um início conturbado, em que o sobrinho de Anastácia (Eliane Giardini) chegava a ser agressivo com a jovem, a relação entre eles se transformou aos poucos e ganhou uma enorme torcida do público. Agora, com a reprise no "Vale a Pena Ver de Novo" chegando ao fim, os atores ainda recebem uma enxurrada de mensagens nas redes sociais, comprovando que o casal caiu novamente nas graças do público.

Amigos há muitos anos, Bianca e Rainer creditam boa parte do sucesso à sintonia que conseguiram estabelecer juntos em cena. Abaixo, em entrevista, os atores comentam a parceria na construção do casal, a repercussão dos personagens, as lembranças que guardam do trabalho e a importância da mensagem positiva da novela. Exibida no "Vale a Pena Ver de Novo", "Eta Mundo Bom!" é escrita por Walcyr Carrasco, com direção geral e de núcleo de Jorge Fernando.


Entrevista com Bianca Bin

Como foi a construção do casal, que começou com uma relação complicada e conquistou a torcida do público?
Bianca Bin -
Poder contar com a parceria do Rainer foi fundamentável para o sucesso do casal. Ele, além de um excelente ator, é o meu melhor amigo. Uma parceria melhor do que essa não poderia haver, né? É muito mais fácil construir uma boa parceria se temos liberdade e nos sentimos à vontade com o outro. Confiamos um no outro, nos entregarmos inteiramente aos personagens, criamos juntos, rimos de nós mesmos.

Como tem sido a experiência de rever a novela, agora sem a cobrança de estar no meio do trabalho?
Bianca Bin - 
Deliciosa. Agora sinto que as críticas já não se fazem mais necessárias, o meu olhar está menos julgador e muito mais carinhoso. Esse é um trabalho que tenho muito orgulho de ter feito. Assistir agora é como uma celebração, lembrar das histórias com o Jorginho (Fernando), e de todos os amigos e parceiros queridos que fizeram parte da minha vida naquela época.

Quais as lembranças que ficaram desse trabalho?
Bianca Bin -
 Só guardo boas lembranças. Foi uma escola estar diariamente com Eliane Giardini e Marco Nanini. Trocar em cena com eles foi muito agregador, a experiência e o talento deles são provocação e inspiração a todo o tempo. Mas, ainda mais legal do que isso, foi ter tido a oportunidade de conviver com o lado humano deles, atrás das câmeras. São pessoas incríveis! Sinto muitas saudades. Falando por todo o elenco, fomos muito felizes durante o trabalho e acho que esse também é um dos grandes motivos do sucesso de "Eta Mundo Bom!".


A reprise da novela tem sido um alento para muita gente, principalmente pelas mensagens positivas que a trama traz. Qual foi o grande ensinamento que este trabalho trouxe para você?
Bianca Bin - 
Acredito que o de sempre voltar o meu olhar para a metade do copo que está cheia. O otimismo, a alegria, as músicas, os cenários de época que nos remetem aquele tempo bom, onde o valor das coisas mora na simplicidade, ensinam e ajudam muito a todos nós, principalmente num momento triste e de tantas perdas como esse que estamos vivendo agora. "Eta Mundo Bom!" é mesmo um grande alento para tempos difíceis.

Entrevista com Rainer Cadete

O casal Maria e Celso está fazendo tanto ou mais sucesso do que na exibição original. Como tem sentido o retorno nas redes sociais?
Rainer Cadete -
Estou recebendo uma enxurrada de mensagens de pessoas que estão assistindo à novela e não perdem um capítulo. Sentir esse carinho tem sido tão prazeroso quanto da primeira vez que a trama foi exibida. Eu gosto de acompanhar tudo o que estão falando e postando a respeito da novela. Fico muito feliz com os comentários de que a novela proporciona um alívio para quem assiste, um respiro das notícias sobre a pandemia, tão tristes de se acompanhar.


Ao longo da trama, Celso e Maria ganharam cada vez mais espaço e foram se tornando o casal queridinho do público da novela. Isso te surpreendeu na época?
Rainer Cadete -
Sim, bastante. Acredito que texto do Walcyr Carrasco, a direção do Jorge Fernando e a sintonia entre os personagens caíram no gosto de quem acompanhou a trama e torceu pelo amor do casal #Maricel. Minha relação com a Bianca sem dúvida também fez bastante diferença. Estar em cena com ela foi um deleite, é uma atriz talentosa e uma amiga muito querida. Esse trabalho também foi uma celebração dos nossos muitos anos de amizade.

O Celso começa a história como vilão ao lado de Sandra (Flávia Alessandra) e é transformado pela relação com a Maria. Acredita no poder transformador do amor?
Rainer Cadete -
Celso tinha uma personalidade flácida e era influenciado pela irmã, mas viveu um lindo processo de transformação a partir do momento em que descobriu o amor. Eu acredito plenamente nisso, no poder revolucionário que o amor nos proporciona em todos os aspectos da vida.

A mensagem principal da novela é "tudo o que acontece de ruim é para melhorar", que ganha mais importância nesses tempos difíceis. Como você enxerga isso diante da realidade que estamos vivendo?
Rainer Cadete -
"Eta Mundo Bom!", além de entreter, transmite uma mensagem de otimismo. O otimismo na trama fala sobre ter a consciência de que tudo passa, que a vida é transitória. Eu tenho muito orgulho de fazer parte desse projeto que tem levado alegria para tantas pessoas nesse momento.

Você participou de algumas novelas do Walcyr Carrasco, sempre com papéis memoráveis. Conte um pouco sobre essa parceria.
Rainer Cadete -
Minha primeira novela foi "Caras e Bocas", também escrita pelo Walcyr e dirigida pelo Jorginho, onde fiz o protagonista na fase jovem, mas que, durante toda a trama, voltava em flashbacks. Cada personagem que o Walcyr escreveu para mim tem um sentido que vai além do entretenimento, existe uma mensagem bonita em cada um deles. Como o Rafael, de "Amor à Vida", que estava presente na trama sobre o autismo com a personagem da Bruna Linzmeyer. O último, que foi o Téo de "A Dona do Pedaço", que tratou sobre relacionamento abusivo. Isso me orgulha muito nos meus trabalhos com o Walcyr.

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