sábado, 10 de outubro de 2020

.: Luto na música: o adeus de Eddie Van Halen e o que o rock perde sem ele


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico musical. 

No início da semana, fomos surpreendidos pelo anúncio da morte do guitarrista Eddie Van Halen que, junto com o irmão Alex, fundou a banda Van Halen nos anos 70. Além dos discos com momentos memoráveis, Eddie deixa um legado importante como músico, levando seu estilo virtuoso nos solos ao mais alto patamar da genialidade.

Ele vinha se tratando de um câncer na garganta há dez anos. E nos últimos anos as aparições dele ficaram cada vez mais raras, indicando que poderia haver algo de errado com sua saúde. E a triste notícia foi confirmada pelo seu filho, Wolfang, que também tocava baixo na última formação da banda.

Em termos de fases, podemos separar o Van Halen  em duas etapas. Uma inicial com o vocalista David Lee Roth, no período de 1974 a 1985, e depois com Sammy Hagar de 1985 a 1996. Em ambas as fases há momentos de genialidade pura, com um hard rock poderoso inspirado basicamente pelo rock dos anos 70 e 60. Houve ainda um terceiro vocalista (Gary Cherone, que foi integrante da banda Extreme), mas só durou um álbum apenas.

Os críticos consideram os álbuns da fase inicial do Van Halen como essenciais para entender como Eddie revolucionou a forma de tocar o instrumento. Mas é fato que a fase com Sammy Hagar também produziu momentos bem interessantes e intensos.Na minha opinião, todas as fases da banda merecem ser conferidas.

É fato que a banda não produzia um trabalho de estúdio desde 2012. Em 2013, foi anunciada uma parada por causa de uma operação que Eddie faria para tratar uma diverticulite. Desde então o público viva a expectativa de uma volta da banda aos palcos, que acabou não se concretizando.

Eddie Van Halen pode ser considerado um dos últimos guitar hero do rock. Apesar de ter um estilo muito diferente de Jimi Hendrix, ele também conseguiu inspirar e influenciar várias gerações de guitarristas. Joe Satriani, por exemplo, admite a influência de Eddie em seu trabalho com a guitarra. Mas podemos incluir outros como Yngwie Malmsteen e Steve Vai, só para citar dois exemplos de músicos virtuosos. É claro que o falecimento de Eddie deixa uma lacuna enorme no cenário do rock. Mas por outro lado, seu legado permanece e continuará a inspirar as novas gerações no futuro.

"Jump"

"You Really Got Me"

"Dreams"

.: "Verlust", novo filme de Esmir Filho, com Andréa Beltrão e Marina Lima


"Verlust", novo filme de Esmir Filho, com Andréa Beltrão e Marina Lima está na 44ª Mostra Internacional de Cinema. Esse é o terceiro longa do diretor de “Os Famosos e os Duendes da Morte” e “Alguma Coisa Assim”. Foto: cena do filme Verlust - Ismael Caneppele, Marina Lima e Andréa Beltrão

Novo filme de Esmir Filho, "Verlust" é um drama sobre indivíduos que vivem em uma atmosfera sufocante. O longa-metragem acompanha a poderosa empresária musical Frederica (Andrea Beltrão) que, isolada na praia ao lado do marido fotógrafo (o ator chileno Alfredo Castro) e a filha adolescente (Fernanda Pavanelli), concentra-se nos preparativos de uma esperada festa de réveillon, e ainda tem que administrar a vida e carreira do ícone pop Lenny (Marina Lima), que está produzindo uma obra misteriosa ao lado do escritor João Wommer (Ismael Caneppele). Quando um ser das profundezas do mar surge em sua praia, a crise se instaura e Frederica terá que enfrentar seu maior medo: a perda. 

Presos a um círculo de fama e poder, atados a convenções sociais, sujeitos ao jogo de aparências e expostos aos olhos censores da sociedade, cada personagem sente dificuldade em repensar seus relacionamentos, já que são sufocados pelo domínio de signos e significados, gêneros e catalogações, que os impossibilitam de aceitar o desejo como força que move os corpos para novos encontros. 

O ano novo é símbolo do despertar. A localização é uma praia isolada, paraíso impenetrável que proporciona a ilusão de segurança para os personagens. "Verlust" é um diálogo entre cinema e literatura. Enquanto o filme narra o ponto de vista dos personagens que se projetam na criatura do mar encalhada, o livro homônimo de Ismael Canappele (lançado pela editora Iluminuras) narra em primeira pessoa o ponto de vista da criatura do mar, que deseja se desprender do seu coletivo e procurar sozinha o ambiente respirável de onde partiu há séculos.

Isolada na praia, a poderosa empresária Frederica (Andrea Beltrão) prepara a festa de réveillon que todos esperam. Em meio à crise do casamento com o fotógrafo Constantin (Alfredo Castro) que afeta diretamente a filha adolescente (Fernanda Pavanelli), ela ainda tem que administrar a vida e carreira do ícone pop Lenny (Marina Lima), que decidiu escrever uma obra misteriosa ao lado do escritor João Wommer (Ismael Caneppele). Quando uma criatura estranha surge do fundo do mar, a crise se instaura na teia de afetos e Frederica terá que enfrentar seu maior medo: a perda.

Dentro do contexto global de pandemia, "Verlust" propõe um pensamento sobre um estilo de vida que não surte mais efeito nos dias de hoje. Castelos de areia têm seu tempo contado. A posse, as proclamações, os predicados, tudo isso não define um ser humano. A ruína e o desamparo devem acontecer para que se funde um corpo novo. A criatura é tudo aquilo que desconhecemos e que se coloca à nossa frente, tornando-nos impotentes. A crise é um processo de transformação. É preciso refletir à sua maneira diante do desconhecido que nos amedronta e nos ameaça. Com um futuro incerto pela frente, resta-nos sair fora da ordem que nos individualiza, é preciso nos desamparar. O que nos desampara nos recria. Se quisermos ver a força da transformação, é necessário que nos deixemos afetar pelo assombro de uma criatura nunca antes vista, para então instaurar um novo corpo e uma nova forma de ser.

Não é à toa que a compositora Marina Lima se uniu ao projeto para interpretar Lenny. Com uma extensa carreira e ícone de uma geração, Marina superou traumas e foi capaz de se reinventar. Ela personifica Lenny e seu constante movimento de busca. O disco “Marina Lima” é um objeto importante para as personagens principais, de forma que vida e obra se misturam. Para dialogar com essa grande artista, uma outra grande artista integra o elenco. Grande força dos palcos brasileiros e presença marcantes em obras audiovisuais nacionais, Andrea Beltrão traz para Frederica toda sensibilidade e poder que a personagem exala. 

Completam o elenco, Ismael Caneppele, que interpreta outro personagem emprestado da vida real, o escritor João. Ismael, colaborou com o roteiro, escreveu o livro que narra o ponto de vista da criatura do mar e assim como o escritor na vida real, o personagem passa por uma crise na trama e descobre sua voz na voz da criatura. Junto a eles, somam-se o lendário ator chileno Alfredo Castro, como marido fotógrafo de Frederica e Fernanda Pavanelli, contrabaixista clássica, que dá vida à Tuane, filha de Frederica, e foi encontrada através de uma pesquisa de elenco pelas orquestras jovens de São Paulo.

"Verlust" foi escrito e produzido ao longo de dez anos, explica o diretor Esmir Filho. “Mais uma vez, trata-se de uma parceria minha com o escritor Ismael Caneppele (como no filme "Os Famosos e os Duendes da Morte"), em um diálogo entre dois tipos de arte que subverte os limites da adaptação. Enquanto o filme narra o ponto de vista dos personagens que se projetam na criatura encalhada, o livro de Ismael - que será lançado pela editora Iluminuras - narra em primeira pessoa o ponto de vista da criatura marinha, que deseja se desprender de seu coletivo e procurar sozinha o ambiente do qual partiu há séculos.”.

“Como roteirista e diretor, acredito que o roteiro é um ponto de partida. É imprescindível estar aberto aos possíveis caminhos que o processo venha apontar. O que mais me interessa no cinema é trabalhar com pessoas reais, atores ou não, que tragam consigo seus depoimentos pessoais para o filme, colaborando com suas vivências e criando novas camadas para a narrativa ficcional.”, completa Esmir.

Uma coprodução internacional Brasil - Uruguai, reconhecida oficialmente pela Ancine e pelo ICAU. "Verlust" é coproduzido pelas brasileiras Casa de Cinema de Porto Alegre, Saliva Shots, Canal Brasil e Globo Filmes e pela empresa Oriental Features do Uruguai. O filme conta com investimento do FSA/BRDE, Ibermedia, e apoio do Moulin d'Andé CECI – programa internacional de desenvolvimento do CNC (França). 

Sobre Esmir Filho
Apontado por críticos e profissionais da área como talentoso cineasta da nova geração, Esmir Filho viajou com seus filmes para diversos festivais nacionais e internacionais, colecionando prêmios. Seu primeiro longa- metragem "Os Famosos e os Duendes da Morte", baseado no livro que pode ser comprado neste link) é distribuído pela Warner Bros no Brasil, foi o grande vencedor do Festival do Rio 2009, além de ter sido selecionado para o Festival de Berlim e Locarno e conquistado prêmios de melhor filme, direção e crítica nos festivais de Havana, Valdívia, Granada, Guadalajara. 

O longa-metragem também estreou em circuito comercial nos cinemas da França, Japão e Portugal. É co-autor do hit da internet "Tapa na Pantera", com mais de 15 milhões de acessos no YouTube. Seu curta "Alguma Coisa Assim" ganhou o prêmio de melhor roteiro no Festival de Cannes 2006, enquanto "Saliva" foi escolhido para ser o curta-metragem representante do Brasil na corrida para o Oscar 2008. Em 2012, foi condecorado com o prêmio de cinema da Academia Brasileira de Letras. Dirigiu e produziu a peça instalação live cinema "Kollwitzstrasse 52", que ficou em cartaz no MIS - Museu de Imagem e Som. 

Em julho de 2017, lançou seu novo longa-metragem "Alguma Coisa Assim", uma co-produção Brasil-alemanha, continuação do curta homônimo premiado em Cannes. Lançou esse ano “Boca a Boca”, série original da Netflix, como showrunner e diretor. Está se preparando para lançar “Verlust”, uma coprodução Brasil- Uruguai com a Globo Filmes. 

Ficha técnica
"Verlust"
Empresas produtoras:
Casa de Cinema de Porto Alegre, Saliva Shots, Oriental Features.
Em coprodução: Canal Brasil, Globo Filmes.
Distribuição: Elo Company.
Direção: Esmir Filho.
Roteiro: Esmir Filho, Ismael Caneppele.
Produção: Nora Goulart, Diego Robino Picón.
Coordenação Saliva Shots: Thereza Menezes.
Produção executiva: Nicky Klöpsch, Santiago Lopez.
Direção de produção: Glauco Urbim, Pedro Barcia.
Diretor de fotografia: Inti Briones.
Direção de arte: Mariana Urizza.
Figurino: Dudu Bertholini, Cintia Kiste.
Maquiagem: Britney Federline.
Técnico de som: Fabian Oliver.
Editor de som: Martin Grignaschi.
Montagem: Germano Oliveira.
Elenco principal: Andréa Beltrão, Marina Lima, Alfredo Castro, Ismael Caneppele, Fernanda Pavanelli.
Duração: 110 minutos.
Ano: 2020.
Gênero: drama.
País: Brasil e Uruguai.
Classificação indicativa: a definir.




.: Filme "O Chão Sob Meus Pés" é uma corajosa declaração feminista


O drama psicológico "O Chão Sob Meus Pés", de Marie Kreutzer, indicado ao Urso de Ouro do 69º Festival de Berlim e distribuído pela Supo Mungam Films, entra em circuito no Brasil diretamente no streaming (Now e Vivo Play) e faz seu lançamento dia 8 de outubro. Sua estreia aconteceria em 19 de março, semana em que a maioria dos cinemas do país começaram a ser fechados devido à pandemia de coronavírus.

O longa austríaco traz a história de Lola (Valerie Pachner), uma consultora de negócios com trabalho incessante, que gerencia sua vida pessoal com a mesma eficiência implacável que usa para otimizar margens de lucro. Ela mantém em segredo seu relacionamento com sua chefe Elise (Mavie Hörbiger), bem como a existência de sua irmã mais velha, Conny (Pia Hierzegger), que tem uma longa história de doença mental. Entretanto, quando recebe a notícia de que sua irmã tentou suicídio, se vê obrigada a incluí-la em seu cotidiano. A nova rotina faz Lola começar a perder o controle sobre a realidade.

Segundo a diretora, inconscientemente, Lola foi inspirada em "Marnie" ("Marnie, Confissões de Uma Ladra") de Alfred Hitchcock. "O que elas têm em comum é sua independência, sua maneira de viver sem precisar confiar em ninguém, recusando a ver sua própria escuridão. Elas estão totalmente sozinhas e isso as tornam personagens muito comoventes e vulneráveis, ao mesmo tempo em que são "difíceis", observa Marie.

Exibido no Festival Mix Brasil e no Festival do Rio, o filme é uma corajosa declaração feminista, através dos medos de sua protagonista em ter um desempenho inferior em um mundo profissional cruel dominado por homens. Com uma atuação memorável de Valerie Pachner ("Um Vida Oculta") como a protagonista Lola, o quarto longa-metragem da diretora Marie Kreutzer é uma obra inteligente e um retrato muito bem construído de uma mulher no século XXI.

Sobre a diretora
Marie Kreutzer nasceu em Graz, na Áustria, em 1977 e estudou roteiro na Academia de Cinema de Viena. Seu primeiro filme, "The Fatherless", estreou no Festival de Berlim no Panorama Especial em 2011, recebendo Menção Especial por "Melhor Primeiro Longa Metragem". Seu segundo filme, "Gruber is Leaving" (2015), foi nomeado para o Prêmio de Cinema Austríaco e recebeu Menção Especial como "Melhor Filme" no Festival de Zurique. Em 2016, seu terceiro filme "We Used to be Cool" também estreou no Festival de Zurique em competição. "O Chão Sob Meus Pés" é o mais novo filme de Marie Kreutzer como roteirista e diretora e estreou na Competição do Festival de Berlim em 2019.

Trailer de "O Chão Sob Meus Pés"| Der Boden unter den Füßen 

Onde: NOW e VIVO PLAY
Elenco: Valerie Pachner, Pia Hierzegger e Mavie Hörbiger
Produção:  Áustria, 2019| 108 minutos
Direção: Marie Kreutzer                                         
Distribuição: Supo Mungam Films
Gênero: Drama/Suspense
Classificação Indicativa: 14 anos
Nas redes sociais: https://www.facebook.com/SupoMungamFilms, https://www.instagram.com/supomungamfilms

Festivais e Prêmios
Festival de Berlim –
Indicado ao Urso de Ouro
Festival de Guadalajara - Prêmio MAGUEY de Melhor Atuação (Valerie Pachner)
L.A. Outfest – Melhor Filme Internacional
Festival MixBrasil
Festival do Rio
German Screen Actors Awards –
Prêmio de Melhor Atriz (Valerie Pachner)
Indicado a 10 prêmios no Austrian Film Award incluindo Melhor Filme, Direção e Atriz
Vencedor na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante (Pia Hierzegger)


.: "O Livro dos Prazeres" na 44ª Mostra Internacional de Cinema


No ano do centenário de Clarice Lispector, "O Livro dos Prazeres", de Marcela Lordy, é selecionado para a 44ª Mostra Internacional de Cinema. O longa é livremente inspirado na obra da escritora e traz no elenco Simone Spoladore e Javier Drolas. Foto: Wladimir Fontes

Primeiro longa de ficção da diretora Marcela Lordy, "O Livro dos Prazeres" é uma livre adaptação da obra “Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres”, de Clarice Lispector, uma das mais importantes escritoras em língua portuguesa do século XX. Uma coprodução Brasil-Argentina, entre bigBonsai, Cinematográfica Marcela, Rizoma Films, República Pureza e Canal Brasil, o filme traz para os tempos atuais a narrativa do livro publicado em 1969.

No ano do centenário de Clarice Lispector, o filme foi selecionado para a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que acontece entre 22 de outubro a 4 de novembro, na competição Novos Diretores, e também para a Competição Oficial do Festival de Vitória de 24 a 29 de novembro.

Ainda no contexto das comemorações e eventos que marcam os 100 anos da escritora, o filme e a diretora farão parte de um Colóquio Internacional promovido pela Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade de São Paulo nos dias 19, 20 e 21 de outubro, em uma mesa com a psicanalista Maria Lucia Homem - "Mesa 12, Clarice no Cinema", dia 21 das 15h45 às 16h30.

"O Livro dos Prazeres" acompanha Lóri (Simone Spoladore), uma professora que vive a monotonia de uma rotina de trabalho e relacionamentos furtivos até que conhece Ulisses (Javier Drolas), um professor de filosofia argentino, egocêntrico e provocador. É com ele que Lóri aprende a amar enfrentando sua própria solidão. Uma jornada de investigação íntima, de cara a cara com a angústia e a dor, numa trajetória só possível pelo encontro, troca e aprendizado entre os dois.

“O filme é um romance psicológico erótico sobre o ponto de vista de uma mulher contemporânea em busca de conexões afetivas reais”, coloca a diretora Marcela Lordy. “A vontade de adaptar ‘Uma Aprendizagem ou Livro dos Prazeres’ para o cinema surgiu da minha necessidade de olhar mais de perto para a velocidade com que as relações afetivas se formam e se desfazem nos dias de hoje. Estava morando sozinha pela primeira vez quando me deparei com Lóri e seus desafios existenciais da maturidade. Ao ler o livro, senti que havia algo sagrado ali sobre o amor e a autorrealização feminina na sociedade patriarcal brasileira que ainda precisava ser resgatado”, completa. Algo difícil, não só na literatura da época, mas ainda nos dias de hoje, mais de 50 anos após a publicação do livro.

"O Livro dos Prazeres" acompanha Lóri em sua descoberta de si, do outro e do mundo. Um cinema da normalidade, das coisas não-extraordinárias, propondo, no entanto, um olhar extraordinário sobre o cotidiano. Esta narrativa sensorial sugere a possibilidade de uma relação amorosa estável desconstruindo o mito do amor romântico no qual a obrigação de fazer o outro feliz sai do cônjuge e vai para o indivíduo e suas escolhas.

“No momento em que o cinema brasileiro vive um processo de desmonte e asfixia de recursos, o filme rodado no Rio de Janeiro, - em locações presentes no livro como a orla da praia do Leme e a Floresta da Tijuca, - já se torna resistência no cinema autoral”, diz a diretora. Desde a primeira versão do roteiro, o papel de Lóri já era da atriz Simone Spoladore, com quem Marcela Lordy trabalhou anteriormente no telefilme A Musa Impassível e no curta metragem Sonhos de Lulu. Já o ator argentino Javier Drolas entrou no projeto por seu talento, proximidade com a cultura brasileira e pelo fato do “"O Livro dos Prazeres" ser uma coprodução com a Argentina.

Com roteiro da também argentina Josefina Trotta em parceria com a própria diretora Marcela Lordy e com produção de Deborah Osborn e Marcela Lordy, "O Livro dos Prazeres" conta com a fotografia de Mauro Pinheiro, direção de arte de Iolanda Teixeira, montagem da argentina Rosário Suárez e trilha sonora original de Edson Secco. O longa tem participação especial da artista plástica Letícia Ramos criando os intertítulos do filme em 16mm, do artista visual Pedro Cezar Ferreira nas aquarelas e do fotógrafo Wladimir Fontes, em imagens de pinhole e still q aparecem ao longo do filme. A distribuição no Brasil é da Vitrine Filmes.

Sobre a diretora
Marcela Lordy é diretora, roteirista e produtora. Graduada em cinema na FAAP, estudou direção de atores na EICTV, em Cuba e foi assistente de importantes cineastas como Walter Salles, Hector Babenco e Carlos Nader. Entre o cinema, a televisão e as artes visuais seus filmes "Sonhos de Lulu" (2009), "A Musa Impassível" (2010), "Aluga-se" (2012) e "Ouvir o Rio: uma Escultura Sonora de Cildo Meireles" (2012) foram programados e premiados em diversos festivais e museus mundo afora. Seu curta "Ser O Que Se É" (2018) virou um fenômeno digital com 5 milhões de visualizações em um mês. Para a televisão dirigiu episódios da série infantojuvenil "Julie e os Fantasmas", vencedora do APCA 2011 e indicada ao Internacional Emmy Awards 2012, e "Passionais" veiculada na Globosat.

Em 2012, fundou a Cinematográfica Marcela, uma produtora independente de caráter cultural passando a coproduzir os filmes de sua autoria. Júri e parte da comissão de seleção de diversos festivais e editais, coordenou a cadeira de documentário da AIC de 2014 a 2017. Coroteirista dos seus curtas e longas, este ano estreia "O Livro dos Prazeres", seu 1º longa-metragem de ficção, em coprodução com a bigBonsai, República Pureza e a produtora argentina Rizoma Films. Atualmente desenvolve a série ‘Made in China’, com a Mar Filmes e ‘Aline’, seu 2º longa de ficção com a Klaxon e a Sudaca Films do Peru. 

Sobre a produção
"O Livro dos Prazeres" é uma coprodução internacional entre o Brasil e a Argentina. O filme é o primeiro longa-metragem de ficção da bigBonsai, que já possui vasta experiência na produção de documentários, conteúdo para marcas e programas de TV e da Cinematográfica Marcela, produtora criada pela diretora para coproduzir os filmes de sua autoria.

A Rizoma Films é uma das mais importantes produtoras argentinas da atualidade, sendo responsável por filmes de forte repercussão internacional como “Medianeras” (Gustavo Taretto) e “Whisky” (Pablo Stoll e Juan Pablo Rebella). Já a coprodutora carioca República Pureza é conhecida como uma das mais importantes produtoras de cinema autoral do país. O filme também conta com a coprodução do Canal Brasil.

Ficha técnica - "O Livro dos Prazeres"
Direção:
Marcela Lordy.
Elenco: Simone Spoladore (Lóri), Javier Drolas (Ulisses), Felipe Rocha (Davi), Gabriel Stauffer (Carlos), Martha Nowill (Luciana) e Teo Almeida (Otto).
Participação especial: Leandra Leal, Julia leal Youssef e Ana Carbatti.
Produção: Deborah Osborn, Marcela Lordy, Felipe Briso e Gilberto Topczewski.
Coprodução: Hernán Musaluppi, Natacha Cervi e Marcello Ludwig Maia.
Produtoras associadas: Camila Nunes, Simone Spoladore.
Roteiro: Josefina Trotta e Marcela Lordy.
Direção de fotografia: Mauro Pinheiro Jr, ABC.
Montagem: Rosário Suárez, SAE.
Desenho de som e música original: Edson Secco.
Direção de som: Federico Billordo.
Direção de arte: Iolanda Teixeira.
Produção executiva: Marcello Ludwig Maia, Deborah Osborn, Camila Nunes e Rocío Scenna.
Direção de produção: Manuela Duque.
Assistência de direção: Renata Braz.
Produção de elenco: Marcela Altberg e Gustavo Chantada.
Preparação elenco: Tomás Rezende.
Empresas produtoras: bigBonsai e Cinematográfica Marcela.
Empresas coprodutoras: Rizoma, República Pureza e Canal Brasil.
Distribuidora: Vitrine Filmes.




.: "Acossado", de Godard, homenageado no Festival Varilux de Cinema Francês


Jean-Paul Belmondo e Jean Seberg em cena de "Acossado"’, de Godard, filme fundador da nouvelle vague, que completa 60 anos e será exibido nos cinemas na programação do festival. Foto: divulgação.

O clássico homenageado na 11ª edição do Festival Varilux de Cinema Francês completa 60 anos em 2020: “Acossado”, filme de estreia de Jean-Luc Godard, um dos integrantes da Nouvelle Vague. Lançado em 1960, o longa foi protagonizado pelo estreante Jean-Paul Belmondo e pela atriz norte-americana Jean Seberg, que se tornaria uma das musas do movimento.  O Festival Varilux acontece entre 19 de novembro e 3 de dezembro em cinemas de todo o Brasil.

Na trama, o anti-herói Michel Poiccard (Belmondo), um jovem de 26 anos, rouba um carro e mata um policial durante a fuga de Marselha para Paris. Ele se apaixona por Patricia Franchini (Seberg), uma linda garota americana que vende jornais na Champs-Élysées. Poiccard tenta persuadi-la a fugir com ele para a Itália, sem lhe contar que é foragido da justiça. No entanto, por ter matado o policial, Michel passa a ser procurado pela polícia e seu rosto acaba estampado em todos os jornais. Acuado, se esconde enquanto tenta traçar um plano que o levará até Roma, onde acredita que estará seguro.

Além das cenas que mostram o caos das ruas parisienses, o filme também centra, em boa parte, na intimidade do casal. Num quarto de hotel, os dois passam as noites juntos e dividem intensos diálogos, diversificando momentos de tédio e de paixão.

“Acossado” foi filmado em menos de quatro semanas, com cenas de rua feitas sem permissão oficial. Godard produziu o roteiro do filme enquanto as filmagens já aconteciam, e costumava a escrever as cenas na manhã do dia em que seriam filmadas. Com o objetivo de registrar uma maior espontaneidade, o cineasta só apresentava o texto aos atores conforme o andamento das gravações, revolucionando os paradigmas do cinema da época.

O Festival Varilux de Cinema Francês 2020
Um clássico e 16 longas-metragens inéditos e recentes (2019/2020) da cinematografia francesa integram a seleção do Festival Varilux 2020. Entre eles, um documentário e 15 longas de ficção com gêneros como comédia, drama e animação. Ainda não há um número definido de cidades e de cinemas participantes. Devido à pandemia do coronavírus, alguns cinemas terão a opção de programar o festival em datas diferentes - até o final de fevereiro de 2021. O importante, de acordo com a Bonfilm, produtora do evento, é que os filmes cheguem ao público em todo Brasil e contribuem para a retomada dos cinemas do país.

O patrocinador principal é o grupo Essilor Varilux e seu apoio se dará por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O festival conta também com o apoio da Embaixada da França, das Alianças Francesas do Brasil e da Unifrance. Outros parceiros são Ingresso.com, Club Med e Dispositiva, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura do Rio de Janeiro.

Sobre a Bonfilm
Produtora e distribuidora, a Bonfilm é realizadora do Festival Varilux de Cinema Francês, que completou dez anos em 2019. Sucesso de público e mídia, o evento esteve no ano passado em 86 cidades e 23 estados brasileiros. Nesses dez anos foram realizadas cerca de 35 mil sessões e somou um público de mais de um milhão de espectadores (1.064 milhão).  Desde 2015, a Bonfilm realiza também o festival de filmes ópera "Ópera na Tela" ao ar livre no Rio de Janeiro e em cinemas de todo Brasil. Em 2019 promoveu uma primeira edição em São Paulo.

Sobre a Essilor
Líder mundial em lentes oftálmicas para óculos, a Essilor International cria desenhos, produz e comercializa uma vasta gama de lentes corretivas.  Sua missão é melhorar vidas através da visão. Para cumprir esta missão, a empresa investe anualmente 200 milhões de euros em pesquisa e desenvolvimento e seu espírito inovador foi atestado pela revista norte americana Forbes onde figurou por oito anos consecutivos, até 2018, no ranking das 100 Empresas Mais Inovadoras do Mundo. Além disso, em 2015 a companhia foi listada entre as 50 empresas da FORTUNE's Change the World List. As marcas mais emblemáticas da Essilor International são: a lente multifocal Varilux®, a fotossensível Transitions®, o antirreflexo Crizal®, a lente solar polarizada Xperio®, a antiembaçante Optifog™, a lente Eyezen™ que reduz o esforço ocular na leitura em telas, e, lançada em 2019, a lente com proteção dupla contra raios UV e luz azul-violeta nociva Blue UV Filter™.  A empresa também desenvolve e comercializa equipamentos, instrumentos e presta serviços aos atuantes no mercado óptico.  

sexta-feira, 9 de outubro de 2020

.: Mia Couto participa de palestra on-line gratuita do Laboratório de Redação

O evento, aberto ao público, numa iniciativa do Laboratório de Redação do prof. Adriano Chan,  contará ainda com o ator brasileiro Expedito Araújo lendo o conto “Chovem Amores na Rua do Matador”, do autor moçambicano 

Um dos mais importantes autores contemporâneos em língua portuguesa, o moçambicano Mia Couto participará, no dia 10 de outubro, sábado, a partir das 14h30, do evento intitulado “A Criação Literária”, como parte da programação de encontros on-line nas plataformas do Laboratório de Redação – que tem à frente o professor Adriano Chan.

Antes, o ator brasileiro radicado em Moçambique, Expedito Araújo, fará a leitura dramática do conto “Chovem Amores na Rua do Matador”, obra de autoria de Mia Couto.

Estes encontros têm por objetivo ampliar o repertório das alunas e alunos do laboratório, que se preparam para os exames de redação dos principais vestibulares do país, além do Enem. Este formato de encontros literários, em que textos de importantes autores e autoras são lidos por uma atriz ou ator, já contou com as presenças de Lilia Schwarcz, Hilton Cobra, Rodolfo Neves, Leonardo Miggiorin, entre outros.

Os interessados poderão assistir diretamente pelo canal do Laboratório de Redação no Youtube, no link youtube.com/channel/redacaoadriano.


Mia Couto:
Mia Couto, pseudônimo de António Emílio Leite Couto (Beira, 5 de Julho de 1955), é um biólogo e escritor moçambicano. Com catorze anos, teve alguns de seus poemas publicados no jornal Notícias da Beira e três anos depois, em 1971, mudou-se para a cidade capital de Lourenço Marques (agora Maputo). Iniciou os estudos universitários em medicina, mas abandonou no terceiro ano, passando a exercer a profissão de jornalista depois do 25 de Abril de 1974.

Foi nomeado diretor da Agência de Informação de Moçambique (AIM) e formou ligações de correspondentes entre as províncias moçambicanas durante o tempo da guerra de libertação. Trabalhou como diretor da revista Tempo até 1981 e continuou a carreira no jornal Notícias até 1985. Em 1983, publicou o seu primeiro livro de poesia, “Raiz de Orvalho”, com poemas contra a propaganda marxista militante. Dois anos depois, demitiu-se da posição de diretor para continuar os estudos universitários na área de biologia.

É o escritor moçambicano mais traduzido. Em muitas das suas obras, tenta recriar a língua portuguesa com uma influência moçambicana, utilizando o léxico de várias regiões do país e produzindo um novo modelo de narrativa africana. “Terra Sonâmbula”, o seu primeiro romance, publicado em 1992, ganhou o Prêmio Nacional de Ficção da Associação dos Escritores Moçambicanos em 1995 e foi considerado um dos dez melhores livros africanos do século XX por um júri criado pela Feira do Livro do Zimbabué. Em 2013 foi homenageado com o Prêmio Camões, que lhe foi entregue a 10 de Junho no Palácio de Queluz pelas mãos do presidente de Portugal Cavaco Silva e da presidente do Brasil, Dilma Rousseff.

Laboratório de Redação: No Laboratório de Redação, os alunos têm à disposição um curso livre, especializado em ensinar aos vestibulandos técnicas de redação por meio de um método inovador, criado pelo professor Adriano Chan (formado em Letras com ênfase em Latim e Português, e especialização em Linguística e em Filosofia, mestrado em Comunicação), que vai na contramão dos conceitos tradicionais ensinados nos  cursinhos: a Linguística Cognitiva.

Em 16 anos de atuação o Laboratório de redação acumula resultados expressivos: mais de 90% de alunos aprovados nas mais concorridas universidades públicas e privadas brasileiras; 90% com notas acima de 920 pontos na redação do Enem; 03 redações com notas máximas no Enem; 49 notas máximas na Fuvest; 72 notas máximas na Unicamp e incontáveis notas máximas na Unifesp.


LABORATÓRIO DE REDAÇÃO – PALESTRA COM LEITURA DRAMÁTICA

Data: 10 de outubro, sábado

Horário: 14h30

Palestrantes: Mia Couto

Tema: A Criação Literária

Conto: Chovem Amores na Rua do Matador, de Mia Couto

Convidado Especial: Expedito Araújo

Transmissão no link: youtube.com/channel/redacaoadriano


.: Universo Invertido: Wanessa Camargo lança novo álbum hoje

"Universo Invertido", traz a reconexão consigo mesmo e mostra um lado místico da cantora

Em meio à produção de um álbum comemorativo dos 20 anos de carreira, Wanessa não se conteve e, diante de inúmeras ideias, resolveu tirar do papel um projeto e alimentar seu público com novas músicas. Universo Invertido - que além de canções inéditas inclui os lançamentos mais recentes da artista – já estava sendo preparado desde o ano passado, e nesta sexta-feira (9) os fãs vão conseguir ter a real perspectiva do que todas essas músicas, de fato, significam para a cantora.

Trazendo simbologias, astrologia e o contato de Wanessa com o lado místico – ao qual acontece de longa data, com a artista já tendo falado publicando sobre seus estudos filosóficos e sua iniciação na cabala na década passada -, o projeto mostra a evolução da cantora através da tracklist do álbum, que conta uma história do início ao fim.

A narrativa gira em torno de sua própria vida, da busca pelo amor próprio, passando por momentos onde a cantora quis desistir, conflitos de relacionamentos – sejam eles de amor ou familiares -, encerrando no momento onde ela se sente bem com ela.

Eu sei que alguns fãs vão ficar um pouquinho chateados de ouvir algumas canções que eles já conhecem nesse álbum. Mas o que eu quero que o meu público entenda é que agora eu sou uma artista livre e independente, então eu faço aquilo que eu desejo sem me preocupar com questões mercadológicas. O conceito desse álbum e toda a sua criação por trás, traz muitos significados, que eu quis colocar inclusive para que os meus fãs se aproximem ainda mais de mim através do mistério – e descubra coisas da minha vida que ninguém ainda sabe! O Universo Invertido é um pouco da minha história dos últimos cinco anos, e na comemoração que estamos passando juntos na minha carreira, haverá muitas coisas que eles ainda irão descobrir.” – conta Wanessa.

Sozinha, a última faixa que compõe o álbum e o primeiro single oficial do projeto, traz um reggaeton animado e divertido, com Wanessa Camargo se empoderando e dizendo para todas as mulheres que é melhor ficar sozinha do que sofrer.

O novo single também ganhou um videoclipe, que foi gravado em um casarão no bairro do Morumbi em São Paulo, e mostra a cantora chegando em casa depois de um longo dia de trabalho e, ao se ver na televisão, percebe que ela mesma se basta. A inspiração? Dançar sem parar por toda a casa. As imagens são um reflexo de como a cantora é em sua intimidade, onde tem o costume de, durante a madrugada, dançar e cantar pela casa.

Universo Invertido, que será lançado em versão física standard e deluxe no fim deste ano, trará surpresas e faixas exclusivas na versão para colecionadores.

Ouça aqui Universo Invertido completo: onerpm.com/universoinvertido

Assista:



.: Segunda-feira: Luiz Henrique Mandetta é entrevistado no Roda Viva

Estão na bancada do programa, o biólogo Atila Iamarino e a microbiologista Natalia Pasternak ao lado dos jornalistas Claudia Collucci, Eduardo Carvalho e Luiz Megale

Para falar sobre os bastidores da luta contra o Coronavírus, no período em que foi Ministro da Saúde, de suas divergências com o presidente Jair Bolsonaro, além de outros assuntos, o médico Luiz Henrique Mandetta estará no centro do Roda Viva, na próxima segunda-feira (12/10). Com apresentação de Vera Magalhães, o programa vai ao ar, a partir das 22h, pela TV Cultura, Rádios Cultura FM e Brasil, site da emissora, Twitter, Facebook, YouTube e LinkedIn.

O ex-ministro acaba de lançar o livro Um Paciente Chamado Brasil, em que narra, entre outras coisas, as disputas travadas com o presidente Jair Bolsonaro. Mandetta defendia um isolamento social rigoroso, contrariando o presidente que, desde o início, insistia em tratar a pandemia como um mal passageiro. Outro ponto de discórdia entre eles era a questão da cloroquina, remédio de eficácia não comprovada que Bolsonaro pretendia distribuir em ampla escala.

Luiz Henrique Mandetta foi Ministro da Saúde entre janeiro de 2019 e abril de 2020, quando foi demitido. Há quem atribua seu afastamento também à popularidade que vinha desfrutando, o que teria despertado ciúmes no presidente e entre seus filhos.

Formado em Medicina pela Universidade Gama Filho, do Rio de Janeiro, Mandetta especializou-se em Ortopedia na Universidade Federal do Mato Grosso e também no Scottish Rite Hospital, em Atlanta, nos Estados Unidos. Ele foi secretário de Saúde em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Em 2010, foi eleito deputado federal pelo DEM, sendo reeleito em 2014, cargo que ocupava quando foi convidado por Bolsonaro para assumir o Ministério da Saúde.

O Roda Viva conta com uma bancada de entrevistadores formada por Natalia Pasternak, microbiologista e presidente do Instituto Questão de Ciência; Atila Iamarino, doutor em microbiologia e divulgador científico; Claudia Collucci, jornalista de saúde do jornal Folha de S. Paulo; Eduardo Carvalho, jornalista e Luiz Megale, âncora da rádio BandNews FM. Há ainda a participação do cartunista Paulo Caruso.


.: O Coração do Rei: 12 de outubro de 1798, nasce dom Pedro I

"O Coração do Rei": romance histórico revela fatos da vida e nuances inéditas de dom Pedro I. Iza Salles apresenta um dos períodos mais ricos e significativos da história do Brasil sob a ótica de seu principal protagonista

Muito já se escreveu sobre o primeiro imperador do Brasil, mas nada que se compare aos comentários apresentados em "O Coração do Rei - A vida de dom Pedro I: o grande herói luso-brasileiro". Publicada pela Edições de Janeiro, a obra externa facetas pouco conhecidas do jovem impetuoso em seus 36 anos.

Com curiosidade jornalística, apurada pesquisa em documentos e periódicos de época e um prazeroso estilo literário, a jornalista e escritora Iza Salles vai além. Retrata um estadista astuto, negociador, gestor, respeitoso filho, pai apaixonado e um defensor das liberdades democráticas, ainda que nascido em berço autoritário.

O absolutismo que moldara na infância sua índole indomável nele se alternava com a admiração incontida pelos princípios do constitucionalismo, por cuja beleza fora arrebatado muito jovem. Resistia a se deixar comprimir nos moldes constitucionais, mas, ao mesmo tempo, submetia-se a eles. (O Coração do Rei, p.253)

O fio condutor da emocionante narrativa é frei Antônio de Arrábida, religioso que acompanhou dom Pedro em praticamente toda a sua vida. A escolha de um narrador para contar a história nasceu das muitas referências feitas por Otávio Tarquínio de Sousa ao frei nos três volumes de sua obra, “A vida de Pedro I”. A importância do religioso na trajetória do rei tinha sido, até então, ignorada.

Em "O Coração do Rei", outros três religiosos ajudam a narrar os acontecimentos nos dois lados do Atlântico, e que fazem emergir o perfil de dom Pedro de forma precisa. Ao fim da obra, o leitor pode constatar – com ajuda da autora - que, na verdade, trata-se dos três maiores historiadores brasileiros do século XX, hoje quase esquecidos, a quem Iza Salles presta homenagem.

Mais uma bela surpresa trazida pela escritora, jornalista formada em 1965 pela então Universidade do Brasil, presa política pela ditadura em 1970, e repórter em jornais de resistência como Opinião e Pasquim. Às vésperas de completar o bicentenário da nossa independência – em 2022 –, o livro prenuncia os eventos comemorativos que terão como marco a reinauguração do Museu do Ipiranga, marco da emancipação brasileira.


Ficha técnica 

Título: O Coração do Rei

Subtítulo: A vida de dom Pedro I: o grande herói luso-brasileiro

Autor: Iza Salles

Editora: Edições de Janeiro

ISBN: 978-85-9473-035-0 

Páginas: 360

Formato: 16x23 cm

Preço: R$ 69,00 

Sobre a autora: Formada em jornalismo em 1965 pela então Universidade do Brasil, Iza Salles começou como repórter no Jornal do Brasil e no Diário de Notícias. Em seguida, foi bolsista do governo francês pela Fondation des Sciences Politiques, entre 1966 e 1967. Após retornar ao país, foi presa pela ditadura em 1970, respondendo a processos em São Paulo e no Rio de Janeiro. Trabalhou nos jornais de resistência Opinião e Pasquim com o nome de Iza Freaza e voltou à Europa em 1977 com nova bolsa de estudos dada pelo Journalistes en Europe. Morou dois anos entre Madri e Paris, e mais de cinco em Roma. Retornou ao Brasil em 1984 como correspondente do jornal Expresso, de Portugal (1981-2003). "O Coração do Rei" é o seu segundo livro. O primeiro, "Um cadáver ao sol", foi publicado em 2005. 

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

.: Tirullipa e Whindersson Nunes estrelam comédia "Detetive Madeinusa"

Detetive Madeinusa tem história criada por roteiristas do Sensacionalista e do Zorra. Foto: Instagram


As filmagens de "Detetive Madeinusa", coprodução da Galeria Distribuidora com a Formata Produções e o Grupo Telefilms, começam em 12 de outubro na cidade de São Paulo. O filme será protagonizado por Tirullipa no papel de Madeinusa, um ex-político que vira detetive por acaso. Já Whindersson Nunes dá vida ao excêntrico lobista Neldson, o primeiro cliente do investigador.

Além da dupla, o longa traz Gessica Kayane, Rafael Cunha e Antonio Tabet, outros fenômenos do humor e das redes sociais. Klebber Toledo, Aisha Jambo e Luana Tanaka completam o elenco de "Detetive Madeinusa".

Na comédia, Madeinusa é um novato no mundo das investigações bastante atrapalhado. Ele é contratado por Neldson, lobista bilionário, para investigar o roubo de um boi premiado. Para desvendar o caso, o detetive formará uma equipe com seu assistente Uóston, a garçonete e vidente Marcela, a atendente da loja de acessórios para detetives Larissa e a hacker Zuleide.

Escrito por Leonardo Lanna, Martha Mendonça e Nelito Fernandes, do Sensacionalista, e Vinicius Antunes e Daniel Belmonte, do Zorra, "Detetive Madeinusa" terá direção de Rodrigo Van Der Put. A produção é da Formata Produções, em coprodução com a Galeria Distribuidora e o Grupo Telefilms. A distribuição será da Galeria Distribuidora.

Sobre a Galeria Distribuidora: A Galeria Distribuidora é uma companhia brasileira que distribui longas-metragens nacionais e internacionais. A inovação e o dinamismo são as diretrizes para o trabalho da Galeria, que participa de forma colaborativa desde a concepção dos projetos com as maiores produtoras do Brasil. Focada em títulos comerciais e com grande apelo junto ao público, a empresa apresenta em seu portfólio filmes como Ana e Vitória, Cinderela Pop e Os Exterminadores do Além Contra a Loira do Banheiro. A Galeria Distribuidora é responsável por um case inédito no mercado cinematográfico local: lançar simultaneamente "A Menina Que Matou Os Pais" e "O Menino Que Matou Meus Pais", dois longas com pontos de vista diferentes sobre a mesma história.

Sobre a Formata Produções: Fundada em 2015 por Daniela Busoli, produziu até então mais de 550 horas de conteúdo. A Formata tem em seu DNA a criação de formatos originais como entre eles “Adotada” (MTV) que foi indicada ao Emmy Internacional em 2016, “Entubados” (Canal Sony) finalista do Prêmio International Format Awards em Cannes 2017, e Fábrica de Casamentos (SBT/Discovery H&H). No cinema foi responsável pelos longas “Os Parças” (indicado ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro como Melhor Comédia) e “Os Parças2”, ambos grandes sucessos de bilheteria. Entre as produções de ficção estão a série juvenil Z4 (parceria de SBT e Disney Channel, indicada ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro em 2019), e a novela bíblica Jezabel (RecordTV). Entre seus próximos lançamentos estão o longa “A Suspeita”, estrelado e coproduzido com Glória Pires, a minissérie “Betinho” em coprodução com o Afroreggae Audiovisual para o Globoplay, a comédia “Detetive Madeinusa” com Tirullipa e Whindersson Nunes, o live action “Os Aventureiros” com Luccas Neto, e a comédia “Os Desempregados” com Samantha Schmutz.

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