quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

.: "Machomachine", espetáculo de dança online, estreia nesta quinta


Protagonizado pelos bailarinos Wilson Aguiar e Tatiane Trujillo com direção de Luciana Canton, o espetáculo é apoiado pela lei Aldir Blanc e estreia nos canais das Oficinas Culturais, do Atelier Cêncico e do CRD- Centro de Referência da Dança. Machomachine investiga a masculinidade tóxica e a problematiza como a origem de muitos males envolvendo a opressão da mulher na sociedade contemporânea. 

Pelos canais do YouTube e Facebook das Oficinas Culturais, programa da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo e gerenciado pela Poiesis, e do Atelier Cênico e do CRD- Centro de Referência da Dança, o espetáculo ficará em cartaz on-line nos dias de 25 de fevereiro a 7 de março. "Machomachine" coloca frente a frente os princípios e energias do masculino e do feminino através de um espetáculo de dança-teatro, trabalhando a objetificação da mulher, a diminuição de sua capacidade intelectual, a tendência a definir a mulher como “histérica” e “louca” e também o dano que a manutenção da ideia de masculinidade hegemônica causa para os homens.  

O espetáculo também aborda como o machismo, o sexismo, a misoginia e a cultura do estupro são fomentadas desde a infância e acabam formando gerações. “O que começa na infância com piadas sexistas evolui rapidamente para a competitividade compulsiva sexual entre os adolescentes e delas vem legitimada a permissividade do estupro e do assassinato. Os exemplos são infinitos e constantes, e provam a imensa violência contra a mulher em nossa sociedade, que cria cada vez mais machosmachines, máquinas de machismo cego e intolerante”, comenta a diretora.

O coreógrafo e bailarino Wilson Aguiar se cercou de duas mulheres, a diretora de teatro e cinema Luciana Canton, e Tatiane Trujillo, bailarina e atriz, para desenvolver neste projeto a coreografia que enfrenta as questões da masculinidade tóxica. A narrativa do espetáculo foi inspirada em conto de 1843 de Edgar Allan Poe que trata de um feminicídio e trabalhada a partir de relatos atuais de mulheres cedidos para esse trabalho.  Este espetáculo foi financiado pela Lei Aldir Blanc através do ProAC Expresso Lab da Secretaria Estadual de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo e do Governo Federal.

"Machomachine" é um espetáculo de dança- teatro que trabalha as questões da masculinidade tóxica, personificadas por um homem cisgênero (Wilson Aguiar) e uma mulher cisgênera (Tatiane Trujillo). A máquina hegemônica de produzir sexismo, misoginia, machismo, cultura do estupro e feminicídio é desmembrada em cenas criadas pela bailarina, a diretora e o coreógrafo.  

Serviço:
"Machomachine"
De 25 de fevereiro a 7 de março | sempre às 20h - Temporada online
Quintas e sextas-feiras, nos canais do YouTube e Facebook do Atelier Cênico, e das Oficinas Culturais
Sábados e domingos, nos canais do YouTube e Facebook do Atelier Cênico e do CRD.
Duração: 40 minutos
Classificação indicativa: 14 anos

Ficha Técnica: 
Bailarines:
Tatiane Trujillo e Wilson Aguiar 
Direção e figurino: Luciana Canton
Coreografia e cenografia: Wilson Aguiar 
Produção: Gustavo Valezzi
Design Gráfico: Crioula Design
Realização: Atelier Cênico

Sobre o Programa Oficinas Culturais
Como uma iniciativa da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo e gerenciado pela Poiesis – Organização Social de Cultura, o Programa Oficinas Culturais dialoga com o interior por meio de dois festivais (FLI – Festival Literário e MIA – Festival de Música Instrumental), Jornadas de Gestão Cultural, Ciclos de Estudos sobre Cultura Tradicional e Contemporaneidade, Programa de Qualificação em Artes que dá orientação artística a grupos, companhias ou coletivos de dança e teatro no interior, litoral e região metropolitana de São Paulo, e o Programa de Formação no Interior que oferece atividades formativas.

Além disso, na cidade de São Paulo, o programa realiza atividades de formação e difusão em três espaços:  Oficina Cultural Oswald de Andrade (Bom Retiro), Oficina Cultural Alfredo Volpi (Itaquera) e Oficina Cultural Maestro Juan Serrano (Taipas).

Sobre a Poiesis
A Poiesis - Organização Social de Cultura é uma organização social que desenvolve e gere programas e projetos, além de pesquisas e espaços culturais, museológicos e educacionais, voltados para a formação complementar de estudantes e do público em geral. A instituição trabalha com o propósito de propiciar espaços de acesso democrático ao conhecimento, de estímulo à criação artística e intelectual e de difusão da língua e da literatura.


.: Luiza Ambiel lança o podcast “Lixadas da Luiza”

Foto: Márcio Pilot


Com temáticas diversas, terá episódios semanais


Em guinada com seus projetos, Luiza Ambiel apresenta mais uma novidade: o podcast “Lixadas da Luiza”. Disponível na plataforma Spotify, o programa tem como objetivo debater assuntos do universo feminino e corriqueiros, de maneira leve e engraçada. No episódio desta semana, Luiza e Fernanda Martins, discutem as histórias de ‘galhadas’, as terríveis traições. A autora da história foi uma amiga, que recebeu codinome de Gabriela.

Com novos episódios todas as quintas-feiras, o podcast contará semanalmente histórias de amigos, fãs e até mesmo de famosos. No próximo dia 25, haverá a história será de uma seguidora, mostrando que hoje, depois da dor sofrida por uma traição, é possível rir dos acontecidos e levar como lição de vida.

Para fazer jus ao nome do podcast, durante cada episódio, Luiza irá soltar as suas famosas lixadas, que já renderam muitas polêmicas. Tudo sobre a vida dos famosos e fofocas exclusivas.


quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

.: Entrevista: Karol Conká assume todos os erros cometidos no "Big Brother"


"Eu fui ficando triste e me sentia confortável em praguejar.", CONKÁ, Karol.
Foto: Globo/João Cotta
 

Karol Conká entrou no "Big Brother Brasil" disposta a viver novas experiências. Segundo a agora ex-participante, sua “animosidade” teria atrapalhado a convivência na casa: “Acabei me irritando facilmente, entendendo coisas de maneira errada e entrando na personagem de vilã. E saí batendo recorde. Essa personagem veio com a tristeza de estar fora do controle”, explica. Na passagem pelo BBB, Karol fez amizades com as quais criou identificação e protagonizou “tretas” com vários participantes.

Ao contrário do que pretendia, ela se envolveu em um romance e, após deixar a casa, diz que não se reconhece na narrativa da qual participou. Eliminada no paredão com Gilberto e Arthur, a cantora e apresentadora fez história ao registrar o maior índice de votação do programa: 99,17%. Na entrevista a seguir, Karol Conká avalia seus erros e acertos no reality, comenta sobre as relações com os brothers e conta o que leva de aprendizado dessa experiência.  


Que balanço você faz da sua trajetória no BBB. Deu tempo de pensar nisso?
Karol Conká -
Acho que eu comecei bem, mas logo depois me perdi no jogo. Acabei me irritando facilmente, entendendo coisas de maneira errada e entrando na personagem de vilã. E saí batendo recorde. Essa personagem da vilã veio com a tristeza de estar fora do controle. A sensação que eu tinha era a de que eu estava ficando amarga a cada dia e me distanciando de quem eu realmente sou aqui fora. Eu fui ficando triste e me sentia confortável em praguejar. Cheguei a falar que queria sair, porque eu estava me distanciando de mim mesma. Mas percebi o quanto foi importante essa experiência para eu me conhecer. Só que quando eu falo “para eu me conhecer” é um pouco estranho porque eu realmente não sou desse jeito. Foi “me conhecer dentro desse jogo”, aqui fora eu não sou assim. Se eu fosse, não teria chegado onde eu cheguei, e nem no "BBB".
 

O que mais te surpreendeu durante a sua participação no programa?
Karol Conká - 
A minha falta de noção. Eu sou muito sensata, as pessoas me falam muito isso. E a minha falta de sensatez no confinamento foi algo que me surpreendeu.
 

Qual foi seu maior acerto e o seu maior erro dentro da casa?
Karol Conká - 
Meu maior acerto foi ser sincera, falar para as pessoas todas as coisas positivas que eu estava pensando e tinha para dizer. E os looks também (risos)! Meu maior erro foi ter mergulhado na tristeza de não poder estar no controle da minha vida. Eu conseguia controlar as lágrimas, mas o resto não controlava, não.
 

Você foi a participante que esteve em mais pódios no jogo da discórdia do “pódio dos finalistas”. A que atribui esse reconhecimento dos seus companheiros de confinamento?
Karol Conká -
Convivendo, as pessoas podiam me sentir melhor e tinham um carinho por mim. Havia muita gente ali que me achava forte e querida. Acho que esse pódio mostra para o público que eu não sou tão vilã assim.
 

A visão do público é muito diferente do que você enxergava dentro do reality?
Karol Conká - 
É uma visão exagerada, mas eu super entendo. Se o público estivesse lá dentro, ia apenas pensar que eu estava com um problema de animosidade, não que eu sou uma vilã real. Mas houve momentos em que eu brinquei de ser vilã com o Nego Di. Acho que não teria muita graça um programa inteiro com todo mundo só sendo fofinho. Então acabei me deixando levar.
 

Você esteve no centro de várias discussões com os participantes. Imaginava que isso poderia acontecer? 
Karol Conká -
Não imaginava. Senti, em determinado momento, que eu estava sendo uma perturbação na casa, e por isso falei que precisava ir embora. A minha boca não para de falar, eu confundia a galera porque eu já estava confusa. 
 

Isso te prejudicou no jogo?
Karol Conká -
Sim. Eu sou muito intensa. A última vez que eu me reuni em uma casa com várias pessoas foi aos 16 anos, com amigos. Eu já recusei vários convites de amigos próximos para ir para a praia, viajar, porque eu não gosto muito de bagunça, tenho pavor de sujeira. Isso foi me deixando meio “lelé” no "BBB". Eu limpava tudo todo dia, ficava focada naquilo. Eu imaginei que isso poderia me causar problemas, mas não imaginei que seria nessa proporção.
 

Que momentos você destacaria como mais especiais para você durante o confinamento?
Karol Conká -
O mais especial foi sentir afinidade por um número de pessoas que eu não esperava. Eu achei que me sentiria muito deslocada, então foi muito legal encontrar pessoas que pensavam como eu. Eu me diverti muito. Fora as festas! Se tivesse festa dia sim, dia não, talvez a Carminha e a Nazaré não tivessem nascido em mim (risos).
 

Alguns participantes apontaram divergências entre suas falas e o que de fato acontecia na casa. Você acredita que pode ter interpretado de forma errada algumas situações?
Karol Conká -
Chegou um ponto da minha loucura em que eu realmente acreditava naquelas coisas, não fazia por maldade. E outras pessoas também achavam a mesma coisa que eu, então foi uma loucura coletiva o que rolou. Até mesmo com o Lucas. A casa toda tinha medo das explosões dele, mas tinha o momento de susto e o momento de acolhimento. Tanto é que a gente fez as pazes lá dentro, ele chegou a me agradecer, dizendo que eu lembrava a avó dele. Eu não sabia se isso era bom ou ruim, mas acho que ela não ficou feliz com a comparação (risos).
 

Você não pretendia se envolver com ninguém no "BBB", mas acabou se relacionando com o Arcrebiano. O que você pode comentar sobre esse relacionamento?
Karol Conká - 
Mais um sinal de loucura! Ele vinha falar comigo, os amigos em volta incentivando, o Nego Di com aquele jeito dele loucão dizendo: “Vai, te permite”. E eu também pensei: “É, se eu me permitir assim, vou ficar mais leve”. Mas não foi o que aconteceu. E fiquem calmos que eu não tenho intenção nenhuma com o Bil (risos)!
 

Você falou que gostaria de sair neste paredão e, na última festa, voltou atrás. Chegou a comentar que estava falando isso na frente dos brothers para confundi-los. De fato pensava que já tinha cumprido sua missão no programa ou foi uma estratégia pensada?
Karol Conká - 
Eu pensei mesmo que já tinha cumprido minha missão. Eu estava feliz na festa, então não queria sair dali por causa da festa mesmo. Mas no dia seguinte eu já tinha voltado a falar que não queria ficar na casa. Eu estava confusa e confundindo todo mundo!
 

Pretende trazer alguma amizade que fez no "BBB" para sua vida?
Karol Conká - 
Eu pretendo, sim. Conheci uma pessoa muito incrível no Nego Di, ele é muito divertido. O Lucas também, e eu já deixava isso claro na casa. A Lumena, o Projota, que eu já conheço. O Gil, a Juliette, que muita gente aqui fora pode pensar que é mentira, mas não é! É só assinar o "BBB" para ver que é real. Eu comecei a gostar muito dela, ela foi muito minha fair player. Além de Sarah, Rodolffo e Caio.
 

Para quem fica sua torcida?
Karol Conká - 
A minha torcida sempre foi para o Gil. Eu acho ele a cara do "BBB"! Todas as vezes que ele se sentia mal, eu ia dar apoio. Quando ele foi ao paredão junto com a Juliette, eu fui a pessoa que ficou com eles na piscina, cantando Lady Gaga, porque eu tinha certeza de que eles não iriam sair. Fiquei muito feliz de ter conhecido o Gil.
 

Qual é o maior aprendizado que você leva dessa experiência?
Karol Conká - 
Tem tantos... Mas o maior foi não deixar a animosidade me desequilibrar. Vou procurar a terapeuta, inclusive (risos)!
 

Se pudesse, faria algo diferente?
Karol Conká - 
Eu teria me preparado melhor para entrar no "BBB". Deveria ter aprendido a lidar melhor com meus demônios, porque lá dentro teve muito gatilho que despertava coisas em mim que ninguém tem culpa.
 

Quais são seus planos daqui para frente?
Karol Conká - 
Vou trabalhar no meu novo álbum e procurar uma terapia (risos)! Mas é importante frisar que dentro daquela casa as coisas se maximizam, é outro rolê. Então, mais uma vez, eu digo que seria impossível eu chegar onde cheguei se eu fosse essa pessoa que fui no "BBB" a vida inteira.

 

.: Crítica: “Christabel” em uma lista de 11 motivos para assistir


Por 
Helder Moraes Miranda, editor do Resenhando.

Há muita sensualidade e poesia em “Christabel”, filme brasileiro que chega aos cinemas dia 25 de fevereiro e caminha pelo romance gótico e pelo cinema fantástico ao abordar temáticas que ainda hoje são tabus. O filme é dirigido por Alex Levy-Heller e tem no elenco principal os atores Milla Fernandez, Lorena Castanheira e Julio Adrião. Com produção da Alelo Filmes e distribuição da Pipa Pictures, o longa-metragem é uma boa oportunidade para expandir a mente. O Resenhando.com listou 11 motivos para você assistir "Christabel" no cinema mais próximo de sua casa.


1. Filme é baseado em poema escrito no século XIX. 
Poético, sensual e misterioso. Assim pode ser definido o poema poema vampírico homônimo escrito no século XVIII pelo britânico Samuel Taylor Coleridge (1772-1834), que inspirou o filme "Christabel", que mantém a mesma atmosfera de mistério desta narrativa 
clássica.  Preservar o aspecto lúdico e poético da obra no filme foi a principal preocupação do diretor do fole. No poema, podem ser encontrados temas que, apesar de serem expostos em 1816, quando foi publicado, ainda hoje soam polêmicos e geram debates. O poema pode ser lido neste link.


2. Diferenças entre o poema e o filme são muito criativas. 
Nesta livre adaptação cinematográfica da obra de Samuel Taylor Coleridge, ao invés da Inglaterra do séc XVIII, a história acontece no coração do Brasil atual; o castelo do Barão é agora um lar humilde no Cerrado. O Barão do poema é um pobre trabalhador rural no filme brasileiro. Ele é Seu Leonel (Julio Adrião), que vive com sua filha, a bela Christabel (Milla Fernandez). A personagem Geraldine (Lorena Castanheira) surge como uma mulher misteriosa, livre e independente que abala a relação entre Christabel e o pai.  Coleridge não chegou a finalizar o poema. Coube a Levy-Heller, diretor e roteirista do filme, criar um final próprio, em um exercício de empatia, imaginar como o poeta teria finalizado o poema.


3. Interpretação de atrizes contribuem para a força do filme.
As atrizes Milla Fernandez e Lorena Castanheira fizeram bonito em "Christabel". Sem contar que a química entre as duas atrizes é quase que mais um personagem do filme. Está em todas as cenas, quase pode ser tocada. A paixão e a liberdade das personagens florescem na personalidade e na maneira de ver a vida da personagem principal. Christabel desabrocha nos gestos, nos toques e nos olhares entre as duas mulheres. 


4. Feminismo e "As Pontes de Madison" presentes no filme. 
C
hristabel se sente atraída não apenas por Geraldine, mas também pelas ideias de liberdade, independência e do papel da mulher na sociedade atual - assuntos que Christabel parecia ignorar. Nesse contexto, "Christabel" dá uma valiosa contribuição ao feminismo. Há, também, questões que podem ser relacionadas a outro filme de bastante sucesso: "As Pontes de Madison", com  Meryl Streep e Clint Eastwood. Tal qual o personagem forasteiro que aparece na vida de Madison no filme norte-americano, Geraldine mexe com os instintos de Christabel, desestabilizando suas convicções e promovendo ruptura das tradições. "Christabel" é um filme sobre anseios e as oscilações de se fazer o que quer ou o que esperam que seja feito.


5. Fotografia do filme é indiscutivelmente bela. 
O que ninguém poderia imaginar é que o poema gótico britânico do século passado pudesse originar um filme brasileiro, em um lugar distante da natureza brasileira. A fotografia, no entanto, é um dos elementos de destaque do filme. Todos os ângulos de "Christabel" parecem ter sido pensados para encantar o espectador, como uma bonita pintura de diversas camadas. Segundo o diretor, o  tempo, o ritmo, o tom e a fotografia, foram pensados no intuito de fazer a poesia emergir através das imagens.


6. Filme mistura romance e temas sobrenaturais.
Há diversas interpretaçõessobre os desdobramentos que Geraldine traz para a vida de Christabel. Ela, que entra após ser convidada, como uma autêntica vampira, encanta quem passa por ela. 
Seu Leonel, típico homem da roça, acostumado com uma vida amargurada, enxerga em Geraldine uma ameaça à estrutura da vida em que ele está acostumado e, mesmo assim, é seduzido pelos encantos da misteriosa forasteira. Christabel, acostumada a fazer tudo o que esperam dela, também entra em um dilema ao se apaixonar por uma mulher sem saber que ela é uma vampira.


7. Manga fez história antes de "Me Chame pelo Seu Nome".
A famosa cena do pêssego com Timothée Chalamet em "Me Chame pelo Seu Nome" não inspirou o filme "Christabel", ao contrário do que muitos podem pensar. Gravado em 2018, a cena do filme já estava pronta quando o diretor de "Christabel" soube do filme. A cena da manga é a mais sensual do cinema nacional em muitos anos. Neste trecho, é possível ver a entrega da atriz à personagem.  


8. Filme contou com o fator sorte em relação aos morcegos. Parece mentira, mas é uma feliz coincidência. Aoo contrário do que muitos podem pensar, morcegos adestrados não foram "contratados" para fazer 
"Christabel". Acontece que a casa alugada para locação do filme contava com a presença desses pequenos animais que, diretamente, estão relacionados ao tema vampirismo. Foram feitas algumas ações para afastá-los, mas eles permaneceram lá, sem fazer mal a ninguém, de cabeça para baixo. Os atores foram perdendo o medo e se acostumando com a presença desses bichos, o que abrilhantou ainda mais o trabalho. 


9. Falta de luz deixou cenas do filme mais belas.
Outro fator sorte foi a falta de iluminação em alguns momentos durante as gravações. Uma cena, durante a conversa entre os personagens do filme, foi feita à luz de velas porque faltou luz. O que poderia ser um problema tornou as imagens ainda mais bonitas e acolhedoras. Parece que o público de 
"Christabel" está espiando os personagens por uma fresta ou pelo buraco da fechadura.


10. "Christabel" foi o primeiro filme de... Milla Fernandez que, aos 18 anos, foi a 
protagonista de "Christabel". Por esse trabalho, qual foi indicada ao Prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cinema de Pernambuco (2018). Em 2018, participou da primeira fase da novela “O Sétimo Guardião”, de Aguinaldo Silva, e no teatro, entre outros trabalhos, fez “Mulheres”, escrito por ela.. Também é o primeiro longa-metragem de ficção de Alex Levy-Heller. Ele é diretor de “Jovens Polacas", que trata de uma história real, e “O Relógio do Meu Avô”, um documentário. 


11. Filme resgata música diretamente do "Cassino do Chacrinha". Sucesso nos anos 80, Markinhos Moura era figurinha carimbada em programas como o "Cassino do Chacrinha", um fenômeno de audiência na época. A música "Anjo Azul", que faz parte da trilha sonora do filme e é tema das duas protagonistas, representa um dos maiores sucessos desse cantor, que começou a carreira como ator e aos poucos conquistou o Brasil.

Ficha Técnica
"Christabel". Romance, Ficção - Brasil, 2018. 112 minutos.
Baseado no poema original "Christabel", de Samuel Taylor Coleridge.
Site: https://www.christabelmovie.com/.
Facebook:  https://www.facebook.com/christabelfilme.
Elenco: Milla Fernandez, Lorena Castanheira, Julio Adrião, Nill Marcondes, Alexandre Rodrigues e Camila Mollica.
Direção e roteiro: Alex Levy-Heller.
Produção: Lorena Castanheira, Marcelo Pedrazzi, Rodolf Mikel, Alexandre Rocha e Alex Levy-Heller.
Direção de fotografia: Vinicius Berger.
Direção de arte: Deborah Levy Epstein.
Mixagem de áudio: Gabriel Pinheiro.
Produção de elenco: Vanessa Veiga.
Finalização: Afinal Filmes.
Distribuição: Pipa Pictures.

"Christabel" - Trailer oficial de 2021


.: Kylie Minogue será a próxima homenageada no POPline.space

A exposição que conta a trajetória da boyband latina, feita em parceria com a Sony Music, encerrará hoje, dia 24/02, para receber mais uma grande exposição


A próxima homenageada no POPline.space é a cantora Kylie Minogue, que estreia no dia 25 de fevereiro em parceria com a gravadora BMG. Uma linha do tempo retrata a carreira da artista, guiando os fãs para uma sala multimídia onde serão exibidos conteúdos exclusivos como bastidores de clipe, turnês e momentos especiais da carreira da diva. 

E por falar em exclusividade, os fãs que visitarem o Popline.space ganham um pôster exclusivo da artista! Atenção aos colecionadores de plantão! Durante o período de exibição da timeline, todo o catálogo de discos da Kylie Minogue em CD e LP estarão com descontos de 5 a 15% nas compras online ou na loja física da Regards. 

Para a visitação é necessário agendamento no popline.space, para evitar possíveis aglomerações no local.

Sobre o POPline.space: O POPline.Space é um espaço multiuso localizado no Via Parque Shopping, no Rio de Janeiro. No local, todas as ativações são gratuitas, mas precisam de agendamento prévio através do site POPline.space para evitar aglomerações.

Alguns eventos como o Mariah Carey Day e o Primeiro Play de Clipes de artistas como Luísa Sonza, Léo Santana e Jorge e Mateus, já aconteceram por lá! Além disso, mensalmente, acontece também a gravação do programa de rádio POPline na FM O Dia.

Foto: divulgação

Diversos artistas já passaram pelo POPline.Space, onde também gravaram entrevistas exclusivas no estúdio. Entre grandes nomes da música que já visitaram o local estão Pocah, Pedro Sampaio, Dennis, PK, Mumuzinho, Pedro Calais do LAGUM, JonJon, WC No Beat e Tico Santa Cruz, vocalista do Detonautas.

O POPline.Space também é um espaço de compras para os amantes da música! Por lá está ativada a loja Regards, onde é possível  encontrar produtos para colecionadores, como CD, DVD e vinil, além de merchandising e produtos licenciados de artistas como Preta Gil, Luísa Sonza, Gabriel o Pensador e Anne Louise, que vão de esmaltes a roupas e até livros.

O POPline.space fica localizado no Via Parque Shopping (Entrada D) na Barra da Tijuca.

.: Peça "Violeta" aborda envelhecimento feminino com boneca hiper-realista


Espetáculo "Violeta" usa boneca hiper-realista e linguagem do Teatro de Objetos para refletir sobre envelhecimento feminino. Peça é uma versão mais profunda de Naïfs, performance da atriz, marionetista e puppeteer Daiane Baumgartner que já fez sucesso em países como Cabo Verde, França, Portugal e Romênia. Temporada acontece online e gratuitamente entre os dias 18 e 27 de março. Foto: Leticia Lima

Entre os dias 18 e 27 de março, você tem a chance de assistir online o belíssimo espetáculo "Violeta", da bonequeira, marionetista e puppeteer Daiane Baumgartner.  O trabalho mescla música, poesia, teatro de bonecos e teatro de objetos para refletir sobre envelhecimento feminino. Na trama, uma boneca hiper-realista interpreta Violeta, uma senhora que está em busca da tão sonhada liberdade. Um encontro inusitado com um jovem músico a faz repensar seus valores  

Em 2018, a atriz, bonequeira, marionetista e puppeteer Daiane Baumgartner se juntou ao multi-instrumentista João Sobral e criou a performance Naïfs, que usava uma boneca hiper-realista para abordar questões relacionadas ao envelhecimento da mulher. A montagem ganha uma nova versão, com uma dramaturgia mais vertical. E esse trabalho, agora chamado de Violeta, faz uma temporada online e gratuita entre os dias 18 e 27 de março, com sessões às quintas, sextas e sábados, às 19h, no canal do YouTube @DaianeBaumgartner.

Para essa montagem, Daiane aprofundou as reflexões sobre temas como solidão da mulher idosa, conflitos geracionais, medos, anseios, opressão, preconceito e fundamentalismo religioso. A história também ganhou o apoio da linguagem do Teatro de Objetos, por meio da parceria com duas pesquisadoras da área: a dramaturga, artista visual e contadora de histórias Mônica Estela e a bonequeira em formação pela SP Escola de Teatro Priscila Krugner. O trio assina a direção do espetáculo.  

Na trama, Violeta, uma boneca hiper-realista em tamanho real, é uma mulher de 84 anos sem estudo que foi trabalhar na lavoura muito cedo e se casou na adolescência. Passou a vida toda cuidando dos filhos, costurando e indo à igreja. Com a morte do marido, ela decide morar com a filha e parte levando todos os seus pertences. Enquanto espera o trem, Violeta conhece o músico Antonio Bento, cujas canções a transportam em uma viagem por suas lembranças. E todo esse percurso poético a ajuda a conquistar a tão sonhada liberdade.

Assim, com o auxílio de músicas e poemas de João Sobral, único artista brasileiro que possui um inovador instrumento de cordas chamado Vassonora, feito a partir de uma vassoura, a narrativa mostra a importância de valorizar o agora e problematiza a forma como os idosos são vistos na sociedade.

Uso da internet em cena
Para Daiane, o uso da internet potencializou a narrativa. “Como eu manipulo a Violeta, nas apresentações presenciais o público sempre me vê. Mas na construção dessas cenas virtuais, eu consigo deixar apenas a boneca aparecendo. Dessa forma, posso trabalhar melhor o olhar e o gestual dela, com movimentos mais minimalistas”, conta. 

O espetáculo também passou a se relacionar com a linguagem audiovisual, característica que a artista também quer explorar. “Faremos cenas mais aproximadas, com cortes bem parecidos com os encontrados no cinema”, completa. A presença dos poemas de Sobral é outra novidade da montagem virtual. Com a possibilidade de criar cenas individuais para o músico e para a boneca, a poesia surge para comentar o que está acontecendo com Violeta.     

A performance Naïfs, que deu origem ao Violeta, estreou em julho de 2018 e já percorreu vários países, como Cabo Verde, Portugal e Romênia, além de participar do maior festival de bonecos do mundo, o 20º Festival Mondial des Theatres De Marionettes, em Charleville-Méziéres, na França.

O projeto Violeta é contemplado pela Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo e do Ministério do Turismo, Governo Federal.

O surgimento de Violeta
A história de "Violeta" começa em 2016, quando Daiane Baumgartner participa do workshop de Construção de Bonecos com a artista russa Natacha Belova, uma das maiores referências mundiais no Teatro de Formas Animadas.

Um ano após a vivência, a puppeteer mergulhou na história das mulheres de sua família e criou a Violeta. Suas principais referências foram a avó materna Amélia Ceccatto e a mãe Marilei Baumgartner.

A boneca participou do espetáculo “Cabaret Famulus” do Coletivo Du-Plo Laboratório de Marionetes, em 2017, e de experimentações na linguagem do teatro de rua, em 2018, o que deu origem à performance Naïfs.

Sobre Daiane Baumgartner
Formada em Artes Cênicas, foi coordenadora e bonequeira da Companhia da Sombra. Fez cursos com pesquisadores da linguagem do Teatro de Sombras e fez o Workshop de Construção de Bonecos com Natacha Belova. Ganhou diversos editais de produções e circulações de espetáculos como: ProAC 10/2014, CAIXA Cultural 2015/2016, ProAC 03/2016, ProAC 36/2017 e editais municipais de Rio Claro em 2018 e 2019. Atualmente está aprimorando um trabalho que circulou por festivais internacionais em Portugal, Romênia, Cabo Verde além de estar presente no 20º Festival Mondial des Theatre de Marionnette em Charleville na França.

Sobre João Sobral
João Sobral é brasileiro, um jovem artesão no ofício e a serviço do som, constrói ritmos, melodias e canções. Seu repertório vai do lúdico ao índigo em experimentações de texturas que transitam entre o acústico e o eletrônico. Das infuências às afluências dos grandes artistas brasileiros e das singularidades regionais do país, vai também do folclórico ao contemporâneo. Do Brasil para o mundo, sua obra chega em Londres pelo pesquisador musical especialista em música brasileira e Dj Gilles Peterson.

Sinopse
Depois da perda de seu marido, Violeta vai para a casa de seus filhos levando tudo o que tem. Na estação de trem encontra Antonio Bento, um músico de rua e inventor que passa seus dias ali na estação, entre chegadas e partidas. Desse encontro somos convidados a assistir e a participar das lembranças e recordações, dores e amores da vida dessa senhora, que nos mostra como é importante valorizar o agora!

Ficha técnica
Concepção, pesquisa e boneca: Daiane Baumgartner
(@daianebaumgartner)
Direção coletiva: Daiane Baumgartner, Mônica Estela (@monica.estela.artes) e Priscilla Krüger (@kruger.pri)
Música original e dramaturgia sonora: João Sobral (@sobralzileiro)
Edição de som: Leo Bortolin (@somdeblackmaria)
Captação de imagem: Gabriel Rais (@gabrielrais)
Edição: Leticia Lima (@leticialimaph)
Comunicação visual: Laura Kimm (@laura_kimm_)
Apoio: Fusteria (@fusteriarc)
Produção: Daiane Baumgartner, Erika Layher (@erikalayher) e Geovana Oliveira (@geoliveir)
Assessoria de imprensa: Canal Aberto (@canal_aberto)

Serviço
"Violeta"
De 18 a 27 de março
Quintas, sextas e sábados, às 19h
Ingressos: grátis
Exibição pelo canal do YouTube @DaianeBaumgartner
Duração: 50 minutos | Classificação: livre


.: Diário de uma boneca de plástico: 24 de fevereiro de 2021

Querido diário,

Minha dona e o marido montaram uma lojinha no Enjoei (enjoei.com.br/@resenhando) e com o nome do Resenhando. Eis que um erro, zerou tudo. Eram 60 ou mais itens anunciados. 

Esse transtorno aconteceu depois de uma compra em que os Correios retornaram com dois livros da Marylin Monroe, "Blonde 1 e 2", alegando não existir o número do comprador, no endereço da etiqueta.

Os livros voltaram. Eles escreveram um e-mail para o comprador que não deu qualquer resposta, nem mesmo a respeito do problema que acontecia conosco pela primeira vez. 

Ah! Se arrependimento matasse, eles não teriam escrito aquele e-mail avisando que os livros -que constavam como entregues- haviam retornado e, logo, entrariam em contato com o Enjoei para solucionar tal problema.

Preocupados em resolver a situação, entraram em contato com o Enjoei que enviou uma resposta padrão, enquadrada como "cancelamento de compra/venda". 

Ué! O endereço do comprador estava errado ou os Correios não fizeram o trabalho e a loja do Resenhando foi quem pagou. Ganhou a marca vermelha de compra cancelada e, para caprichar o serviço, todos os mais de 60 itens foram apagados.

Os meus donos entraram em contato novamente com o Enjoei alertando tal problema, mas receberam em retorno um e-mail com nenhuma mensagem escrita -totalmente em branco-, mas com o pedido para avaliar o atendimento.

Brincadeira, né?! Infelizmente, não foi...

Por outro lado, com os livros em mãos, ambos foram anunciados no Mercado Livre em um valor maior, além da não cobrança de diversas e altas taxas, foram vendidos dentro de 24 horas. Em questão de dias... o valor irá direto para o Mercado Pago e dará um jurinhos em algum tempo. Como as coisas são, não é?

Agora, os produtos para venda serão reanunciados... Mas, alguns já estão no Shopee: shopee.com.br/resenhando

Beijinhos pink cintilantes e até amanhã,

Donatella Fisherburg

Foto do meu ensaio fotográfico "Livin' On A Prayer": photonovelas.blogspot.com/2016/07/livin-on-prayer.html


.: Casa das Rosas e Casa Mário de Andrade oferecem cursos online


Museus Casa das Rosas e Casa Mário de Andrade oferecem cursos continuados on-line. Atividades de poesia e de gestão cultural integram a programação. Casa das Rosas e Casa Mário de Andrade. Fotos: André Hoff.

Os Museus Casa das Rosas e Casa Mário de Andrade, equipamentos da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo e gerenciados pela Poiesis, iniciam 2021 com uma programação on-line de cursos continuados para os interessados em literatura e gestão cutlural.

Por meio de aulas teóricas e práticas, o curso Poesia Expandida, do Centro de Referência Haroldo de Campos da Casa das Rosas, aborda o universo da poesia nas diversas possibilidades expressivas da palavra, do som e da imagem e explora a criação poética em diferentes suportes. Os interessados devem preencher a ficha de inscrição com três trabalhos poéticos de sua criação que podem ser poemas, poemas visuais e/ou performances poéticas vocais e corporais. As inscrições ficam disponíveis até o dia 3 de março neste link. Os encontros acontecem de março a junho de 2021, às quintas, das 19h às 21h, e aos sábados, das 10h30 às 13h30.

O Centro de Pesquisa e Referência do museu Casa Mário de Andrade oferece a 2ª edição do Programa Formativo Patrimônio, Memória e Gestão Cultural, um conjunto de cursos e atividades relacionados à preservação e gestão do patrimônio cultural brasileiro, que visa a colaborar para a preparação de profissionais da área. A cada ano, um novo ciclo se inicia, abrindo vagas para a nova turma. O Programa permite que o inscrito conclua todas as atividades dentro de um ano ou frequente as aulas durante mais de um ciclo, conforme a sua disponibilidade. A grade curricular é composta por oficinas e cursos obrigatórios e por atividades complementares, oferecidas regularmente na programação do museu Casa Mário de Andrade.

A seleção será feita com base no currículo do candidato e uma carta de intenção que justifique seu interesse em cursar o Programa. As inscrições para o próximo ciclo do Programa Formativo "Patrimônio, Memória e Gestão Cultural", a ser realizado de abril a setembro de 2021, estão abertas e poderão ser feitas neste link até 8 de março.

Serviço
Poesia Expandida
De março a junho, em dois encontros semanais: às quintas, das 19h às 21h, e aos sábados, das 10h30 às 13h30.
Inscrições: de 18 de janeiro a 3 de março, neste link.


Programa Formativo de Patrimônio, Memória e Gestão Cultural
De abril a setembro, com início no dia 13 de abril
Inscrições: até 8 de março, neste link.

Horário das aulas:
Patrimônio Cultural: Aspectos Históricos e Teóricos
Terças-feiras, das 19h às 21h.

Gestão do Patrimônio Cultural
Quintas-feiras, das 19h às 21h.

Estudos de Casos, Pesquisa e Orientação de Trabalhos
Sábados, das 10h às 13h.

Sobre a Casa das Rosas
A Casa das Rosas - Espaço Haroldo de Campos é um museu dedicado à poesia, à literatura, à cultura e à preservação do acervo bibliográfico do poeta paulistano Haroldo de Campos, um dos criadores do movimento da poesia concreta na década de 1950. Localizada em uma das avenidas mais importantes da cidade de São Paulo, a Avenida Paulista, o espaço realiza intensa programação de atividades gratuitas, como oficinas de criação e crítica literárias, palestras, ciclos de debates, exposições, apresentações literárias e musicais, saraus, lançamentos de livros, performances e apresentações teatrais. O museu está instalado em um imponente casarão, construído em 1935 pelo escritório Ramos de Azevedo, que na época já tinha projetado e executado importantes edifícios na cidade, como a Pinacoteca do Estado, o Teatro Municipal e o Mercado Público de São Paulo.

Sobre a Casa Mário de Andrade
A Casa Mário de Andrade funciona no endereço da antiga casa do escritor Mário de Andrade, um dos principais mentores do modernismo brasileiro e da Semana de Arte Moderna de 1922. O museu abriga uma exposição permanente, que é aberta à visitação, com objetos pessoais do modernista, além de documentos de imagem e áudio relacionados à sua trajetória. O museu também realiza uma intensa programação de atividades culturais e educativas. A Casa integra a Rede de Museus-Casas Literários da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, gerenciada pela Poiesis.

Sobre a Poiesis
A Poiesis - Organização Social de Cultura é uma organização social que desenvolve e gere programas e projetos, além de pesquisas e espaços culturais, museológicos e educacionais, voltados para a formação complementar de estudantes e do público em geral. A instituição trabalha com o propósito de propiciar espaços de acesso democrático ao conhecimento, de estímulo à criação artística e intelectual e de difusão da língua e da literatura.

Raro registro de Mário de Andrade em vídeo


terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

.: Crítica de "Depois A Louca Sou Eu": uma lista com dez motivos para assistir


Por 
Helder Moraes Miranda, editor do Resenhando.

Um filme bordado a mão (e você vai entender ao longo do texto). Esta é a melhor definição de "Depois a Louca Sou Eu", longa-metragem que estava marcado para estrear dia 23 de abril do ano passsado, mas teve o lançamento adiado por conta da pandemia, e estreia nos cinemas na próxima quinta-feira, dia 25. Estrelado por Débora Falabella, Yara de Novaes e Gustavo Vaz, o filme é baseado na autobiografia homônima de Tati Bernardi e mistura humor e sensibilidade. 

"Depois a Louca Sou Eu" conta a história de Dani,  uma jovem escritora que tenta levar uma vida normal apesar das crises de pânico e ansiedade que a acompanham desde a infância. Ao abordar o drama de Dani, a protagonista, o filme trata de questões existencialistas que são recorrentes aos tempos modernos, como ansiedade e depressão, mas não é só isso: o filme aponta caminhos para que a vida seja conduzida de uma maneira melhor. O Resenhando.com listou dez motivos para você ir correndo para a sala de cinema mais próxima e assistir ao filme. Um investimento para a sua saúde mental, em tempos tão loucos.


1. "Depois a Louca Sou Eu" é um filme bordado a mão.
Muitas cenas de poucos segundos demonstram o carinho da produção. O filme é muito colorido, de maneira literal e metafórica, apesar de tratar de um assunto tão espinhoso quanto a saúde mental. De acordo com a cineasta Julia Rezende, durante a coletiva de imprensa realizada para divulgar o livro,  "Depois a Louca Sou Eu" foi pensado para ter a cor rosa-chiclete, ou seja, algo muito pop. Na tentativa de narrar as crises de ansiedade durante o filme, Dani, a personagem de Débora Falabella, é traída pela memória e se contradiz ao expor acontecimentos. 

Isso reflete em muitas consequências em uma obra audiovisual. Só para ter ideia, Débora Falabella trocou de figurino 75 vezes ao longo do filme. Há uma cena em que ela está de noiva que dura poucos segundos e outras muito rápidas que precisaram ser gravadas para que a história fosse contada de maneira satisfatória. Isso, em um filme, demanda figurinos, cenários, paciência e muito investimento.  "Depois a Louca Sou Eu" reúne várias microcenas e isso é uma delicadeza e um carinho com quem quem está assistindo a filme.


2. Filme trata de transtorno de ansiedade de maneira leve.
Crises de pânico e de ansiedade são temas constantes no mundo contemporâneo. Provavelmente você já passou por isso ou conhece alguém que teve uma crise dessas.  "Depois a Louca Sou Eu" trata desses assuntos com muita leveza e humor, de uma maneira em que o espectador termina o filme repleto de otimismo e disposto a enfrentar o que vier pela frente.


3. Pela primeira vez, um filme reúne Débora Falabella e Yara Novaes.
Parceiras de longa data no teatro, amigas na vida real,  "Depois a Louca Sou Eu" também é uma celebração de uma amizade que se solidificou no teatro. No filme, elas interpretam mãe e filha e presenteiam o público com cenas muito bonitas, repletas de uma sintonia que já pôde ser conferida muitas vezes no teatro. Ambas fazem parte do Grupo 3 de Teatro, que no ano passado completou 15 anos e fez uma mostra de repertório com as peças "Contrações", "Love, Love, Love" e "Neste Mundo Louco, Nesta Noite Brilhante" - esta última, inclusive, virou webssérie. Um alento para quem ficou em casa durante a quarentena.


4. Tati Bernardi é a essência do filme.
Não é novidade que a inquieta personagem que protagoniza o filme saiu da mente inventivo desta escritora, cronista do jornal Folha de S.Paulo, aclamada por uma legião de fãs. A essência de Tati Bernardi está tanto no filme quanto no livro  "Depois a Louca Sou Eu", da acidez ao brilhantismo, e é possível enxergar nas falas dos personagens os textos dela. Há  autenticidade, poesia e um olhar crítico de quem sabe rir de si mesma e do mundo ao redor dela. Pelo fato de o filme ter tanto dela, foi uma decisão esperta colocar o roteirista Gustavo Lipstzein para escrevê-lo para que ele desse m novo olhar para a obra.


5. Antes de ser lançado, filme deu origem a uma websérie. Débora Falabella gravou, de casa, uma série de vídeos com o próprio celular, interpretando Dani, a protagonista do filme "Depois a Louca Sou Eu". São microrrelatos sobre a quarentena da personagem. Os textos são da própria Tati Bernardi, autora do livro homônimo que inspirou o filme. Além disso, há planos de transformar o filme em seriado. Sete milhões de pessoas já assistiram. Quem quiser conferir os episódios hoje pode conferir no instagram da Paris Filmes.


6. Protagonista é uma mulher inquieta e cheia de problemas.
 A Dani de "Depois a Louca Sou Eu" também é contemporânea e concilia a vida que leva com crises de ansiedade. Além de precisar lidar com os problemas, ela também precisa realizar atos corriqueiros, como ir a festas, passar o reveillón longe de casa, e resolver todas as tarefas de uma profissional bem-sucedida. Muitos, homens e muheres, irão se identificar e se inspirar para resolver questões como essa da melhor maneira possível. 


7. Filme é baseado em best-seller de 2016.
No roteiro de  "Depois a Louca Sou Eu", Gustavo Lipstzein teve a sabedoria de utilizar o potencial cômico do exagero do livro para gerar empatia. Ao misturar drama e comédia, o roteirista e a autora do livro, dentro de suas artes, fazem com que a desinformação seja desmistificada, contribuindo, assim, para a diminuição do preconceito com pessoas que sofrem com o transtorno de ansiedade. 


8. "Depois a Louca Sou Eu" mostra as dores e as delícias de um casal disfuncional. Débora Falabella e Gustavo Vaz interpretam, no filme, um casal disfuncional. Não é uma comédia romântica, como muitos podem pensar, mas uma comédia dramática, porque não gira em torno de uma história de amor, mas em que os personagens sentem por dentro. Os personagens Dani e Gilberto apresentam questões similares e parecem se entender como ninguém, até que... Como eles poderão sobreviver juntos em um mun do de incertezas com tantas questões que ambos trazem para o relacionamento? 


9. Filme é dirigido por Julia Rezende.
A cineasta brasileira tem no seu DNA o talento dos pais, o diretor de cinema Sérgio Rezende e a produtora Mariza Leão. Formada em História pela PUC-Rio, ela estudou roteiro na Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Apesar da pouca idade, Julia tem uma longa experiência. Começou a carreira como assistente de direção em programas de TV e filmes como "Zuzu Angel" (2006), de Sergio Rezende, e "De Pernas pro Ar 1 e 2", de Roberto Santucci. O curta-metragem "Nesta Data Querida", dirigido por ela, foi eleito o melhor da categoria pelo júri popular do Festival Paulínia de Cinema de 2009. Como diretora, fez os filmes "Meu Passado me Condena 1 e 2", "Ponte Aérea","Um Namorado para Minha Mulher". Agora, com "Depois a Louca Sou Eu", tem mais um sucesso no currículo.


10. Filme é produzido por Mariza Leão. "Depois a Louca Sou Eu" tem como produtora um grande nome do cinema nacional: Mariza Leão. Uma mulher ue foi fundamental na recolocação do cinema brasileiro em cartaz e uma das profissionais mais empenhadas na formulação de políticas para o cinema brasileiro. Fundou a Morena Filmes em 1975 e a Atitude Produções, em 2001. Realizou mais de 20 longa-metragens, entre eles, com a cineasta Julia Rezende, "Meu Passado me Condena 1 e 2", "De Pernas pro Ar 1 e 2", além de "Meu Nome Não é Johnny" e, mais recentemente, atuou como co-produtora de "Um Tio Quase Perfeito 2". Essas e outras razões tornam "Depois a Louca Sou Eu" um filme imperdível.


.: Diário de uma boneca de plástico: 23 de fevereiro de 2021


Querido diário,

Sou uma boneca de plástico, oca, mas nem tanto. A verdade é que a Mattel me deu ouvidos e eu ouço as conversas da minha dona com o maridão dela. Ontem, eles falaram sobre a inocência dos adolescentes dos anos 2000 ao buscar por um emprego.

Minha dona lembrou das vezes em que foi de loja em loja no centro das cidades de São Vicente, falando com atendentes para deixar um currículo para quando surgisse alguma vaga de vendedora. Tal esforço, nunca resultou em nada. Era a busca pelo primeiro emprego. 

Na sequência, recordou que no primeiro ano da graduação em Jornalismo, fez o mesmo, mas em locais adequados, jornais, rádios e TVs da região e que, da mesma forma, a peregrinação não deu em nada.

A primeira chance dela foi a indicação de uma desconhecida, mas que era amiga da mãe dela. E, mesmo assim, foi para dar aula em uma escola que não pagava corretamente.

Qual foi a conclusão da conversa? O Q.I, o conhecido "Quem Indica" é o que funciona para quem busca uma oportunidade.

Enquanto isso, deixo aqui em você, meu diário, o desabafo de quem amo.

Beijinhos pink cintilantes e até amanhã,

Donatella Fisherburg






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