terça-feira, 20 de setembro de 2022

.: 6x1: "9-1-1" volta tirando fôlego com "Let the Games Begin"

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em setembro de 2022


O episódio que marca o retorno de "9-1-1", ou seja, o primeiro da sexta temporada do seriado criado por Ryan Murphy, Brad Falchuk e Tim Minear é intitulada de "Let the Games Begin". Traz uma mulher e um homem pilotando um zepelim tranquilamente, abaixo, num estádio, mãe e filha buscam um super lanche coberto por muito queijo. A moça diz para a mãe relaxar que o dia está lindo e que nada poderia acontecer. Pois é! Mas quando se trata de "9-1-1" os acontecimentos nunca são tranquilos, não é?! 

Aqui, o perigo vem do céu. Para tanto, quem atende o chamado é Maddie (Jennifer Love Hewitt) que logo aciona a equipe do 118. Athena (Angela Bassett) vai ao encontro de uma moça que não é socorrida, mas apontada como alguém com uma bomba. Pânico?! Total. Contudo, o equipamento não é para causar explosão e matar, mas para manter a moça viva. No entanto, o atendimento correto precisa ser feito dentro de minutos, do contrário, ela morre.

Chimmey (Kenneth Choi) socorre a mulher no zepellin que pousou num lugar bastante improvável, enquanto que o homem é socorrido por Eddie (Ryan Guzman) com o apoio de Buck (Oliver Stark). Enquanto a moça está ao chão quase morrendo, na escadaria do estádio, o salvamento dos dois do zepelim, são intercalados na tela e os nervos de quem assiste a tudo, ferve.

No batalhão, Bobby (Peter Krause) recebe uma chamada de vídeo e surge a explicação para o afastamento de Lucy Donato (Arielle Caroline Kebbe). Maddie vai até Chimmey, pois a casa dela está inundada, enquanto não encontra um encanador para resolver o problema, o pai da bebê oferece estadia. E ainda salienta para ela: "ainda somos família".

Num campo de golpe, dois homens divertem-se até que o rapaz arremessa a bolinha para longe caindo dentro de um triturador. Os dois saem à procura e outra situação pra lá de inusitada. Calma! O rapaz não tem uma ou as mãos pressados no aparelho, mas o acidente é muito assustador, de toda forma.

E não é que aparecem novatos no atendimento do "9-1-1"?! Pois é. Mas a cena é para uma conversa séria com Maddie a respeito da relação dela com Chimmey. Na casa de Athena, a super mãe tenta orientar May (Corinne Massiah) sobre convivência, até que Bobby chega. A verdade é que tanto a filha, quanto o casal estão para viver uma "aventura". 

Contudo, em "9-1-1" tudo é uma aventura e uma disputa de muita resistência acontece por um carro. Após dois dias, um homem e uma mulher são os finalistas que não podem tirar uma das mãos do veículos. Uma troca de provocações e um grito. Bobby vai com a equipe para prestar socorro e ainda argumenta com o criador do desafio, após uma boa pressão e a presença de repórteres a atividade é finalizada de um jeito inesperado. 

Hen, envolvida nos estudos, recebe a visita da amiga Athena que está prestes a fazer uma viagem com Bobby. Na casa de Chimmey, ele e Maddie assistem a um filme. Bem, na verdade, ela dorme e acorda somente nos créditos. Conversa vai, conversa vem e Maddie, finalmente, baixa a guarda e acontece um beijo apaixonado dos dois.

Maddie acorda sorridente, mas está sozinha na cama. Chimmey simplesmente deixou o próprio apartamento duas horas antes do que necessário. Fuja?! Sim. Contudo, no 118, como bons amigos que tem ao redor, Bobby e Eddie simplesmente alertam Chimmey de que ele somente protelou a conversa que teria pela manhã. De fato!

Enquanto isso, no trabalho, Maddie é abordada por um novato, mas é um chamado que assusta, pois envolve duas crianças. Um garoto liga pedindo ajuda, pois o irmãozinho dele sumiu. Na conversa, dando dicas de locais possíveis para que o menino encontre o irmão, Maddie o ajuda e cai em si. Afinal, procurar por alguém que se esconde é extremamente difícil. Lindo texto e a atuação de Hewitt é muito tocante! 

No 118,  Hen chega implicando com Buck por estar na ambulância dela, os dois trocam farpas. Até que ela reclama para Bobby que a nomeia como líder enquanto estiver afastado de férias. Ela questiona, mas aceita. Buck fica desapontado com a escolha de Bobby e ainda pergunta se isso é por ele não ter um sofá. Na verdade, para Buck, a conversa sobre sofá vai além do utensílio, mas sobre as escolhas das parceiras. Tal qual um paizão, Bobby conversa com ele.

Assim, encaminhando "Let the Games Begin" para o fim,  Hen chega na sala de Bobby, senta-se na grande poltrona e liga para Karen avisando que chegará mais tarde. Em casa, Eddie e o filho brincam. Quando chega na casa de Chimmey, Maddie fala para a filha que "mamãe fica". Contudo, a cereja do bolo é do casal de protagonistas. 

Bobby e Athena estão prontíssimos seguir no cruzeiro e fazem um chamada de vídeo. E não é que os pais dela entram em cena?! No entanto, é protagonizando um acidente assustador. Episódio de tirar o fôlego, do início ao fim. Que venha o próximo logo!

Seriado: 9-1-1
Temporada: 6
Episódio: 1, "Let the Games Begin"
Exibição: 19 de setembro de 2022
Emissora original: Fox Broadcasting Company
Criadores: Ryan Murphy, Brad Falchuk, Tim Minear
Produtores executivos: Ryan Murphy, Brad Falchuk, Tim Minear, Alexis Martin Woodall, Bradley Buecker
Elenco: Angela Bassett (Athena Grant), Peter Krause (Bobby Nash), Jennifer Love Hewitt (Maddie Buckley), Oliver Stark (Evan "Buck" Buckley), Aisha Hinds (Henrietta "Hen" Wilson), Kenneth Choi (Howie "Chimney" Han), 
Corinne Massiah (May Grant), Marcanthonee Reis (Harry Grant), Ryan Guzman (Eddie), Arielle Caroline Kebbe (Lucy Donato), Tracie Thoms (Karen)

*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm


Promo


.: Nightwish fará ação beneficente em show sold out em São Paulo

Apresentação acontece no dia 14 de outubro, no Espaço Unimed. Turnê tem shows confirmados no Brasil, Argentina, Chile e México em outubro e terá banda finlandesa Beast in Black como special guest


Foto: Tim Tronckoe

 

A banda finlandesa Nightwish, verdadeiro fenômeno do heavy metal mundial, está extremamente feliz, orgulhosa e agradecida em saber que realizará mais uma apresentação sold out em São Paulo. Esta é a 8ª passagem do grupo pela capital paulista e a 5ª com ingressos esgotados.

Para celebrar esse sucesso de vendas na capital paulista, a gravadora Dynamo Records irá presentear os fãs com uma versão promocional (envelope) do DVD "Decades Live". Em retribuição, solicita-se ao público que doe, na entrada do evento, 1kg de alimento não perecível para a campanha #corridacontrafome da plataforma Honorsounds. Esta é uma ação beneficente e visa colaborar com iniciativas no combate à fome.

Tuomas Holopainen (teclado), Erno “Emppu” Vuorinen (guitarra), Floor Jansen (vocal), Jukka Koskinen (baixo), Kai Hahto (bateria) e Troy Donockley (uilleann pipes, low whistles, vocal) realizam show sold out, no próximo dia 14 de outubro, no Espaço Unimed, em São Paulo.

Após a bombástica e espetacular experiência virtual  "An Evening With Nightwish in a Virtual World", o grupo está estremecendo o planeta com a “HUMAN. :II: NATURE. – World tour”, revisitando quase 30 brilhantes anos de carreira com os fãs argentinos, chilenos, brasileiros e mexicanos.

Esta excursão tem a banda finlandesa Beast in Black, um dos nomes que mais crescem no cenário do metal mundial, como special guest em todas as datas pela América Latina.

O grupo formado por Yannis Papadopoulos (vocal), Anton Kabanen (guitarra), Kasperi Heikkinen (guitarra), Mate Molnar (baixo), Atte Palokangas (bateria) trarão especialmente na bagagem o repertório que promove o elogiado novo álbum "Dark Connection" (Shinigami/Nuclear Blast Records).

Este trabalho é um dos grandes responsáveis pela ascensão do quinteto e que mantem a excelente repercussão dos antecessores From Hell With Love (2019) e Berserker (2017). Com riffs afiadíssimos, guitarras muito melódicas, refrãos grudentos e sintetizadores em diversas camadas, o disco é um encontro simples de heavy metal com elementos do ítalo-disco, euro-beat e orquestras.


A “HUMAN. :II: NATURE. – World tour” consiste nas seguintes datas:

13/10 – VIVO Rio – Rio de Janeiro, Brasil

14/10 – Espaço Unimed – São Paulo, Brasil (SOLD OUT)

16/10 – Luna Park – Buenos Aires, Argentina

19/10 – Teatro Caupolican – Santiago, Chile (SOLD OUT)

22/10 – Palácio de Los Deportes – Cidade do México, México

23/10 – Teatro Diana – Guadalajara, México


Todos os ingressos adquiridos para as datas originais em São Paulo e Rio de Janeiro, pelos sites da Ticket360 e Eventim, além dos pontos autorizados, serão válidos e não precisam efetuar qualquer tipo de troca. Restam poucas entradas à venda em ambas as capitais. Vale a pena lembrar que será obrigatório apresentar comprovante de direito à meia-entrada na entrada do evento. Mais informações no serviço abaixo.

Por conta de toda a complexidade logística somente para transportar a superprodução de palco, som e luz, os incansáveis colecionadores de discos de ouro realizarão poucos shows no Continente.


.: Teatro do Masp: espetáculo “Renoir - A beleza permanece”, estreia dia 7

Com texto de Rogério Corrêa e direção de Isaac Bernat, a peça se inspira na vida e na obra de um dos mais importantes pintores do impressionismo para discutir questões contemporâneas da arte e da cultura. Em cena, estão os atores Isio Ghelman, Clara Santhana e Izak Dahora


 A beleza de uma obra de arte é mesmo eterna? Ou pode ser definida pelo seu tempo? Como julgar um artista do passado com os valores do presente? As reflexões sobre os limites da cultura do cancelamento e a influência das atitudes de um artista no seu legado motivaram a criação de “Renoir – A beleza permanece”, espetáculo que estreia dia 7 de outubro, no Teatro do Masp, em São Paulo. Com texto de Rogério Corrêa, direção de Isaac Bernat e idealização e produção de Jenny Mezencio, a peça é uma ficção inspirada na vida e na obra do Auguste Renoir (1841-1919), um dos mais importantes pintores do impressionismo francês. A montagem tem curta temporada, até 16 de outubro, com sessões de quinta a sábado, às 20h, e aos domingos, às 18h. O espetáculo é apresentado pelo Ministério do Turismo com patrocínio da Lavoro Agro.

Um dos principais integrantes do movimento impressionista, ao lado de Claude Monet e Edgar Degas, Renoir é autor de mais de 4 mil obras, que ficaram conhecidas pelo otimismo, pelas cores vibrantes, e pela celebração do prazer. Paradoxalmente à alegria de seus quadros, o artista enfrentou grandes obstáculos na carreira, como dificuldades financeiras e uma artrite progressiva nas últimas décadas de vida. Também sofreu críticas mais recentes por objetificar o corpo das mulheres e por atitudes machistas ao longo da vida. Em 2015, foi criado o movimento Renoir Sucks at Painting (Renoir Pinta Mal, em tradução livre), que pedia a retirada de pinturas do francês dos museus. “Além de contar a vida de Renoir, a peça discute a validade de se tentar compreender uma figura do passado. Através do grande mestre da pintura, exploramos a validade de se continuar a admirar a obra de um artista que tenha cometido atos moralmente condenáveis de acordo com nossos valores atuais”, explica o autor Rogério Corrêa, que escreveu o texto a partir de extensa pesquisa sobre o tema em livros e palestras.  

A história começa com uma palestra da curadora de arte Lúcia Cohen, com o tema “Renoir, a beleza permanece?”. Ao conhecer Dereck Jameson, um ativista americano, líder do movimento “Renoir Não Sabe Pintar”, ela é convidada para um debate em uma emissora de rádio sensacionalista sobre a importância do pintor impressionista. Ao mesmo tempo, a personagem tem conversas imaginárias e questionadoras com o mestre da pintura. No elenco, estão Isio Ghelman (Renoir, Renoir Criança e radialista), Clara Santhana, que vive Lúcia, Lise Trehot (modelo e amante de Renoir) e Berthe Morrisot (pintora e amiga de Renoir) e Izak Dahora, que interpreta Dereck Jameson, o pai de Renoir, o chefe de Renoir criança e o pintor Basille.

“O texto é muito interessante porque, ao mesmo tempo em que resgata a trajetória brilhante de Renoir, leva à cena suas contradições e muitas questões que permearam o seu trabalho. Com isso, temos um grande debate sobre a criação artística”, observa o diretor Isaac Bernat. “Originalidade, cancelamento e a relação do artista com sua obra são alguns dos temas que permeiam a peça”, completa. “A discussão é séria. Até que ponto as escolhas de vida interferem ou devem interferir na maneira como o público aprecia e recebe as obras de um artista? Eu interpreto Renoir, um apaixonado pela pintura, que pintou todos os dias da vida dele, que se alegrava de nunca ter pintado um quadro triste. É um desafio”, comenta o ator Isio Ghelman.

Os três atores, que vivem diferentes papéis, comentam que o interessante é que os principais personagens apresentam suas verdades e incoerências. Nenhum deles está totalmente certo ou errado. “O Dereck James é um personagem muito instigante. Ele é um ativista, um militante cultural e um performer. Suas discussões são muito pertinentes neste momento, como os limites institucionais da arte, quem outorga o que é arte e quem determina o valor de cada obra, passando por reflexões sobre raça e gênero. Qual a cor do mercado de arte?”, questiona o ator Izak Dahora. “O interessante é que, ao fazer um recorte da vida de Renoir, a gente consegue refletir sobre temas contemporâneos da arte. Em suas conversas com o pintor, minha personagem vai questionar episódios da vida dele e trazer para a discussão a objetificação do corpo feminino na pintura”, acrescenta a atriz Clara Santhana.

O cenário idealizado por Doris Rollemberg apresenta áreas desenhadas que representam um museu e sua área externa. O videografismo de Rico e Renato Vilarouca completam o ambiente, com criações autorais e imagens de quadros de Renoir. Também fazem parte da equipe criativa os figurinistas Ney Madeira e Dani Vidal, que misturam elementos de época e contemporâneos, o iluminador Aurélio de Simoni, o diretor musical Charles Kahn e o diretor de movimento Toni Rodrigues.


FICHA TÉCNICA:

Texto: Rogério Corrêa

Direção: Isaac Bernat

Elenco: Isio Ghelman, Clara Santhana e Izak Dahora

Cenário: Doris Rollemberg

Figurino: Ney Madeira e Dani Vidal

Iluminação: Aurélio de Simoni

Direção musical: Charles Kahn

Videografismo: Rico e Renato Vilarouca

Direção de Movimento: Toni Rodrigues

Assistente de direção: Kika Werner

Projeto Gráfico: Bruno Dante

Direção de produção e Idealização: Jenny Mezencio

Consultoria: Paulo Knauss

Assessoria de imprensa: Rachel Almeida (Racca Comunicação)

Marketing Cultural: BFV Cultura e Esportes

Coprodução: Byor Filmes Produções

Realização: No problem Produções Artísticas e Jenny Mezencio


SERVIÇO:

Renoir _ A beleza permanece

Temporada: De 07 a 16 de outubro de 2022

Teatro do Masp - Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand: Av. Paulista, 1.578 – São Paulo, SP.

Telefone: (11) 3149-5959

Dias e horários: de quinta a sábado, às 20h, e domingo, às 18h.

Ingressos: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia-entrada)

Lotação: 344 lugares.

Duração: 60 minutos

Classificação: 14 anos

Funcionamento da bilheteria: De terça a domingo, das 10h às 18h.

Vendas online: masp.byinti.com/#/event/renoir-a-beleza-permanece


.: “À Beira do Caminho”: filme brasileiro é destaque em festival internacional

“À Beira do Caminho”, obra assinada pelo brasileiro Breno Silveira, que morreu este ano durante as filmagens de seu último filme, é uma das principais atrações da 2ª edição do Festival Celebremos Ibero-América (CIB Fest).

Realizado em Madrid, entre os dias 19 a 25 deste mês, o evento da Organização de Estados Ibero-americanos (OEI) conta com 30 atividades diferentes pensadas para os amantes de gastronomia, literatura e cinema. A programação inclui atividades culturais, com mesa redondas e diálogos com escritores sobre a versatilidade da literatura latino-americana e espanhola, além de uma imersão nas delícias mediterrâneas, e exibição de filmes assinados por diretores de países latino americanos.

A intenção é reivindicar Madrid como capital ibero-americana, por meio de um programa plural que vai destacar a riqueza e diversidade cultural dos países ibero-americanos no coração da capital espanhola.


 

segunda-feira, 19 de setembro de 2022

.: Os segredos de Debbie Harry em autobiografia bombástica


"Eu estava brincando com a ideia de ser uma mulher muito feminina liderando uma banda de rock masculina em um cenário extremamente machão”, afirma Debbie Harry, musa da cena musical punk, autora do livro "Face a Face", que revela os bastidores da própria trajetória de sucesso até o vício em heroína.


Audaciosa, linda e incrivelmente talentosa, Debbie Harry, líder da banda norte-americana Blondie, recria o cenário downtown da Nova York da década de 1970 e conta os detalhes da jornada de ascensão à fama e as histórias por trás dos holofotes na obra "Face a face Debbie Harry", que chega às livrarias brasileiras em setembro pelo selo Alta Life, do Grupo Editorial Alta Books.

Com uma narrativa visceral e pungente, a musicista, atriz e ativista mergulha nas próprias memórias e revisita a história dos país biológicos, a infância com os país adotivos até chegar ao glorioso sucesso mundial junto com sua banda, tocando ao lado de artistas como Ramones, Television, Talking Heads, Iggy Pop e David Bowie.

Na obra, Harry também é aberta e honesta ao falar sobre o vício em heroína, a quase morte do companheiro Chris Stein, a extensa carreira como atriz - com mais de 30 papéis no cinema e na televisão -, a dissolução do Blondie, a incursão como artista solo e o triunfal retorno da banda, além da incansável luta em defesa do meio ambiente e dos direitos LGBTQIA+.

Com um projeto gráfico colorido, incluindo imagens nunca vistas, ilustrações exclusivas e artes de fãs, "Face a face Debbie Harry" é um livro de memórias tão dinâmico quanto a própria protagonista. Com mais de 50 milhões de álbuns vendidos ao redor do mundo e projetos solos aclamados, Debbie construiu uma carreira bem-sucedida, se tornando - e permanecendo - um tesouro mundial cuja influência segue impactando os mundos da música, da moda e da arte.


Sobre a autora
Mais conhecida como o rosto do Blondie, uma das bandas mais vanguardistas e influentes, Debbie Harry, junto com o cofundador, Chris Stein, uniu os universos do rock, do punk, da música disco, do ska e do rocksteady. Teve seu primeiro trabalho solo, Koo Koo, de 1981, e seguiu superando expectativas com apostas que desafiavam gêneros, como “French Kissing in the USA”, “Rush Rush”, “Rain” e “The Jam Was Moving”. Ela também colaborou por muito tempo com a aclamada banda norte-americana The Jazz Passengers, patrona da cena free jazz de Nova Iorque.

.: 100 anos: MIS prepara exposição em homenagem a Paulo Autran

Conhecido como “senhor dos palcos” ator completaria 100 anos em setembro. Mostra reunirá fotos, trechos de entrevistas, cartazes e vídeos do artista tem inauguração prevista para novembro deste ano.

O Museu da Imagem e do Som (MIS), instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, prepara uma exposição inédita sobre Paulo Autran, ator que completaria 100 anos em 7 de setembro. Conhecido como “senhor dos palcos”, o artista deixou enorme legado ao teatro, à teledramaturgia e ao cinema nacional.

Na mostra, prevista para novembro, será possível conferir trechos de entrevistas, fotos, filmes e cartazes de trabalhos do ator, traçando um panorama de sua longínqua carreira. Ao longo de quase cinco décadas, Paulo Autran participou de 90 peças de teatro, fez 20 filmes e mais de dez de novelas e minisséries de televisão.

Entre as produções teatrais destacam-se “Antígone” (1952), baseada em “Antígona”, tragédia grega escrita por Sófocles, “Morte e Vida Severina” (1969), de João Cabral de Melo Neto, e “Rei Lear” (1996), de William Shakespeare. A última vez em que esteve nos palcos foi na peça “O Avarento” (2006), de Molière. Já no cinema, Paulo Autran atuou em filmes como “Uma Pulga na Balança” (1953), de Luciano Salce “Terra em Transe” (1967), de Glauber Rocha e “O Passado” (2007), do argentino, naturalizado brasileiro, Héctor Babenco.

Apesar da preferência pelos palcos, Paulo Autran se tornou amplamente conhecido pelo público a partir dos personagens em novelas. Na pele de Otávio em “Guerra dos Sexos” (1983) protagonizou uma das cenas antológicas da teledramaturgia – uma briga com comida - ao lado de Fernanda Montenegro, que na trama interpretava Charlô. Seu último trabalho na televisão foi uma participação na minissérie “Um Só Coração” (2004). Paulo Autran faleceu aos 85 anos de idade em 2007. O MIS fica na Avenida Europa, 158, Jardim Europa, em São Paulo. 


Sobre o MIS
O Museu da Imagem e do Som de São Paulo, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, foi inaugurado em 1970. Sua coleção possui mais de 200 mil itens, como fotografias, filmes, vídeos e cartazes. Hoje é um dos mais movimentados centros culturais da cidade de São Paulo. Além de grandes exposições nacionais e internacionais, oferece grande variedade de programas culturais, com eventos em todas as áreas e para todos os públicos: cinema, dança, música, vídeo e fotografia estão presentes na vida diária do Museu. 

.: "No Canto dos Ladinos", de Quito Ribeiro: raça, identidade e classe social


Aqueles que leram "Também os Brancos Sabem Dançar", de Kalaf Epalanga, devem ter reparado na presença de um afiadíssimo e bem-conectado personagem brasileiro que introduz o próprio autor em nosso universo cultural e musical. Pois esse amigo baiano do escritor e músico angolano é nada menos do que Quito Ribeiro, autor deste romance.

"No Canto dos Ladinos", lançado pela editora Todavia, enfeixa e dá sentido a um conjunto de histórias que vão compondo um quadro muito original. São personagens que vivem em bairros afluentes, viajam para conferências no exterior, frequentam bons restaurantes. Um traço em comum é sua negritude. Outro, o fato de serem figuras difíceis de acomodar nos padrões sociais - e ainda racistas - do Brasil.

“E no Brasil pode ser bem estranho um negro sentar-se num restaurante chique de um bairro de classe alta, usando uma roupa descolada, indo tomar um café da manhã no dia seguinte à virada de ano. Esse é um hábito para brancos brasileiros”, diz a certa altura um personagem do livro. Com grande habilidade narrativa, o autor traça um quadro amplo do ponto de vista social e delicado do ponto de vista subjetivo. O resultado a partir desses dois campos de força é a atordoante leitura de nossa vida social.

A chegada de milhares de estudantes negros às universidades nas últimas duas décadas; a recente e enorme difusão da obra de Frantz Fanon, o fundamental pensador antirracista e anticolonial; a busca por uma ancestralidade cujos registros foram apagados pelos escravizadores; as tradições familiares; o espaço movediço dos negros que dispõem de recursos materiais mas que ainda assim estão sujeitos ao preconceito e à ofensa. Tudo isso aparece neste romance que oferece - com inteligência e num texto que lança mão da ficção, do ensaio e do memorialismo - um painel singular da vida contemporânea brasileira.


Sobre o autor
Quito Ribeiro
nasceu em Salvador, em 1971. É compositor com dezenas de músicas gravadas por artistas como Gilberto Gil, Moreno Veloso, Roberta Sá, entre outros.

.: Cynthia Erivo: “Pinóquio” tem fada azul indicada ao Oscar®

Com estreia em 08 de setembro, durante o Disney+ Day, o filme live action é uma releitura da animação de 1940 sobre a clássica história do boneco de madeira


“Pinóquio”, o mais novo live-action da Walt Disney Studios, estreia dia 8 de setembro durante o Disney+ Day – celebração global do streaming. A produção exclusiva do Disney+ é dirigida por Robert Zemeckis e estrelada por Tom Hanks, como Gepeto, o entalhador que constrói e cuida de Pinóquio (Benjamin Evan Ainsworth) como se fosse seu próprio filho. O longa-metragem também é estrelado por Joseph Gordon-Levitt, como o Grilo Falante que atua como guia e “consciência” de Pinóquio; Keegan-Michael Key interpreta o personagem João Honesto; e Lorraine Bracco dá vida à nova personagem: Sofia, e Luke Evans é o Cocheiro.

Outra figura icônica da produção é a Fada Azul, que desde a animação de 1940 é a fiel escudeira do garoto de madeira e sempre tenta ajudá-lo da melhor forma possível. Mas, diferente do primeiro filme, a Fada Azul agora é interpretada por uma atriz negra, a indicada ao Oscar® Cynthia Erivo, numa versão mais moderna e empoderada. A versão live action de “Pinóquio” apresenta a personagem como uma grande representação da força feminina, aclamando por mensagens importantes como o amor-próprio e incondicional, além da aceitação por ser quem quer ser. “Eu simplesmente amei a visão de Zemeckis para a Fada Azul. O papel dela é ajudar a guiar Pinóquio para aprender sobre como é a honestidade. Ela é um pouco professora nesse sentido.”, comenta Cynthia.

A atriz complementa contando que “a história (do filme) é sobre verdade, honestidade e sonhos que se tornam realidade de maneiras que você não imaginou que pudesse acontecer”, explica. “Além disso, há lições nele que ensinam não apenas a sermos honestos, mas a sermos verdadeiros e fiéis à nós mesmos. É sobre saber que erros podem acontecer e todo mundo pode cometer erros, mas você também pode corrigi-los se quiser. Então, sim, é como segundas chances para todos”.


Conheça mais sobre Cynthia Erivo



Cynthia Erivo é uma atriz, cantora e compositora britânica que já conquistou muito sucesso com sua carreira em Hollywood. Filha de pais nigerianos, ela nasceu em Stockwell, Londres, em1987. Em 2015, estreou na Broadway no musical “A Cor Púrpura”, no papel de Celie Johnson, que lhe rendeu um Tony Awards® na categoria de Melhor Atriz Principal em um Musical, além de um Grammy® pela trilha sonora e um Emmy® pela apresentação do musical em um programa de televisão.

Em 2019, Cynthia recebeu aclamação da crítica especializada por sua performance no filme “Harriet”, pela qual foi indicada ao Oscar® de Melhor Atriz, ao Globo de Ouro® de Melhor Atriz em Filme Dramático, ao SAG Awards de Melhor Atriz Principal e ao Critics' Choice Movie Awards de Melhor Atriz.  Além disso, entre seus papéis de destaque está “Genius: Aretha”, série disponível com exclusividade no Star+ em que interpreta a rainha do soul.

“Pinóquio” está disponível desde o dia 8 de setembro com exclusividade no Disney+.


Trailer




.: Nós, Voz, Eles 2: Sandy traz singles com pianista Amaro Freitas e Ludmilla


As surpresas do projeto “Nós, Voz, Eles 2”, de Sandy, não param. A cantora acaba de lançar a última parte do projeto, que foi dividido em três EPs. Desta vez, os fãs vão conhecer as canções "Amor Não Testado", ao lado do pianista Amaro Freitas, e "Voltar Pra Mim", com participação da cantora Ludmilla, que estão disponíveis em todas as plataformas digitais. 

“Nós, Voz, Eles 2” é um projeto completo, com websérie, singles e clipes. Na última segunda-feira, 12, foi lançado o episódio da websérie com Amaro Freitas, assim como a participação de Ludmilla, que foi exibida no canal do YouTube da cantora na quarta, dia 14. Os episódios mostram os bastidores do processo de produção das músicas, levando os fãs para o estúdio particular na casa de Sandy. A cantora também viaja pelo Brasil em turnê com este projeto, incluindo em seu repertório todos os lançamentos.

Lançado em 2018 por Sandy em parceria com a Universal Music, o projeto “Nós, Voz, Eles 2” traz como inspiração a vontade de reunir boa música, grandes histórias e muita emoção, tudo compartilhado com o mundo inteiro nas plataformas digitais. Seu primeiro volume trouxe oito canções inéditas e contou com a participação de Maria Gadú, Lucas Lima, Mateus Asato, o duo Anavitporia, Thiaguinho, a banda Melim, Iza e Xororó. Além de se divertir e, em certos momentos, até se comover com os episódios da websérie e clipes – alguns com mais de 14 milhões de visualizações - o público teve ainda a oportunidade de conferir as faixas inéditas ao vivo, em turnê homônima realizada no mesmo ano em diversas cidades do Brasil. 

Ouça e baixe aqui: https://umusicbrazil.lnk.to/NosVozEles2AlbumPR

Assista:





domingo, 18 de setembro de 2022

.: 1x5: "She-Hulk" chega em fada madrinha para mudar visual

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em setembro de 2022


No quinto episódio, intitulado "Mean, Green, and Straight Poured into These Jeans", da série "She-Hulk", finalmente reencontramos, em cena -e não somente por menções-, a vilã Titânia (Jameela Jamil, de "The Good Place") em confronto contra Jen, a advogada Jennifer Walters (Tatiana Maslany), transformada na verdona. Para tanto, nos tribunais, ela, mesmo sendo uma boa advogada, é representada por Amelia (Renee Elise Goldsberry), justamente para disputar o uso do nome "Mulher-Hulk".

Como isso?! Pois bem. Titânia foi mais esperta e ultra rápida ao registrar direitos de uso do nome "She-Hulk",a ponto de criar uma linha de produtos diversos voltados para estética. Estranho, mas na visão de negócios de Titânia um acerto perfeito para levantar dinheiro fácil. Enquanto as duas trocam acusações, Nikki (Ginger Gonzaga) verbaliza o que tem incomodado grande parte do público: as vestimentas de Jen quando é "Mulher-Hulk".

Sendo uma super melhor amiga, Nikki consegue chegar a um designer para dar uma melhorada no visual da verdona ainda que seja obrigada a cumprir um acordo com Pug (Josh Segarra). É num cenário de produtos de heróis pirateados, que surge a cereja do bolo do episódio sem participações especiais -como vinham acontecendo. Assim, quando a "Mulher-Hulk" fica encantada com as criações e experimenta os modelos criados para ela. Numa caixa, está a nova máscara de alguém que esperamos rever melhor -e renovado, mas nem tanto: Demolidor (Charlie Cox). 

Eis que surge a pergunta que não quer parar de disparar na nossa mente: veremos Charlie Cox na atual série? A resposta é um gigante sim. Afinal, o nome dele está na lista do elenco de "Mulher-Hulk". "Mean, Green, and Straight Poured into These Jeans" é um episódio morninho, mas segue o lado cômico, principalmente quando Titânia destaca bem o tamanho de Jen em relação a ela. Enfim, está muito agradável acompanhar "Mulher-Hulk"! Ah! O quinto episódio não tem cena pós-créditos.


Seriado: She Hulk: Attorney at Law, Mulher Hulk: Defensora dos Heróis

Episódio: 5, "Mean, Green, and Straight Poured into These Jeans"

Elenco: Tatiana Maslany, Jameela Jamil, Ginger Gonzaga, Mark Ruffalo, Josh Segarra, Jon Bass, Renée Elise Goldsberry, Tim Roth, Benedict Wong, Charlie Cox

Exibido em 15 de setembro de 2022


*Editora do portal cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm


Leia + sobre os episódios de "She-Hulk", "Mulher-Hulk"

.: "Águas Queimam na Encruzilhada" encerra temporada no Incêndio

Cena de "Águas Queimam na Encruzilhada". Foto: Arô Ribeiro


A temporada do espetáculo Águas Queimam na Encruzilhada, com texto e direção de Marcelo Marcus Fonseca, termina no 26 de setembro, no Teatro do Incêndio. As sessões são aos sábados, domingos e  às segunda-feira, às 19 horas, com ingresso a R$5 e R$10, via plataforma Sympla.

Inspirado no Bixiga (Bela Vista), o enredo traz histórias de vidas entrelaçadas por um bairro que se despedaça e resiste ao tempo, preservando sua paixão por uma escola de samba. Sob o olhar delirante e atento de Seu Luiz (Gabriela Morato), uma catadora de lixo, e a presença amistosa de Wanderley (Marcelo Marcus Fonseca), um compositor da velha guarda do samba, alcoólatra, as dores e pequenas alegrias de moradoras e moradores de um bairro são apresentadas em um desfile de sonhos e perdas.

A peça é uma ode à vida, tendo como pano de fundo uma escola de samba que é o ponto de convergência das personagens que trabalham de forma invisível para o carnaval. “Esta criação do Teatro do Incêndio é um desafio de linguagem que busca, entre a dramaturgia realista e o surrealismo, um mergulho no lugar mais fundo do cotidiano, traduzindo ’vidas simples’’ como poesias inconscientes”, revela o diretor Marcelo Marcus Fonseca.

Ao todo, 10 personagens têm suas trajetórias contadas em uma espécie de novela dostoievskiana, em dois atos com movimentos distintos: o interior de suas casas e a rua/quadra da escola. As histórias se cruzam no cotidiano, entre elas: a cartomante enfrenta a doença do filho recém-nascido; um jovem poeta do sul do país transita pelos bares sem perspectivas; desempregados, o casal Zé e Nina carregam suas dores; a manicure esconde um grave problema de saúde e mantém-se presente na vida da comunidade; uma ex-passista vive as consequências do trauma que a afastou da escola de samba.

“O discurso de Águas Queimam na Encruzilhada é a vida diária. Não há espaço para palavras de ordem. Aqui as opiniões do autor e as denúncias foram eliminadas, cedendo lugar ao enfrentamento das dificuldades por quem está nesse lugar, sem olhar de piedade, indignação ou protesto, mas visando a grandeza do viver”, afirma o diretor e dramaturgo. Segundo ele, a companhia chega com uma nova estética, uma nova forma de abordar a vida. “Diferente do que vínhamos apresentando nas últimas montagens, aqui deixamos a trajetória falar pelas personagens, a realidade da vida ser traduzida pela poesia”

Ele explica que a direção buscou a mudança de timbre para equalizar a voz conjunta do teatro, para a excelência da interpretação, para o encantamento. “Águas Queimam na Encruzilhada é uma peça sobre a passagem da vida e o nascimento de outras expectativas. Elucida a precariedade de nossa existência, mas também a beleza que habita cada respiração sagrada”.

A cenografia é composta por carrinhos irregulares que se movem pelo espaço cênico, bem próximos do chão, numa referência aos rios que correm sob a cidade com seus cursos irregulares, como o destino das personagens que habitam esse espaço, que pode ser o Bixiga ou qualquer outro lugar. “É quase o chão que se movimenta, o que muda é ao ponto de vista. Os lugares são identificados pela interpretação: casa, rua, escola de samba ou carros alegóricos”, comenta o diretor. A direção musical assinada por Renato Pereira traz nuances de uma ópera popular. A trilha sonora é executada ao vivo, com músicas compostas por Marcelo Marcus Fonseca, algumas em parcerias com Paulinho Pontes, e sambas da velha guarda de  escolas de samba.

O trabalho de pesquisa e escrita do texto, inspirado no Bixiga, e a construção do espetáculo é resultado do projeto Sou Encruzilhada, Sou Porta de Entrada. Sou Correnteza da Vida, Esquina Cortada: Ave, Bixiga!,  contemplado na 36ª edição da Lei de Fomento ao Teatro Para a Cidade de São Paulo, permitindo ao Teatro do Incêndio dar continuidade à sua obra e às suas ações durante a pandemia. Para conceber a peça foram realizadas ações de escuta em sete rodas de conversa com mestres e mestras da cultura tradicional, ligados ao carnaval, entre eles Fernando Penteado, Thobias da Vai-Vai, Landão, Sonia Branco, Mestre Zulu, André Machado, José Pedrosa, Gláucio Roberto e representantes da Ala das Baianas da Vai-Vai.

FICHA TÉCNICA - Texto e direção geral: Marcelo Marcus Fonseca. Elenco: Gabriela Morato, Elena Vago, Camila Rios, Francisco Silva, Almir Rosa, Marcelo Marcus Fonseca, André Souza, Cintia Chen, Yago Medeiros, Laura Nobrega, Jhenifer Delphino, Amanda Marcondes, Isabela Heloisa, Moiisés, Rafael Mariposa e Valcrez Siqueira. Direção de produção: Gabriela Morato. Direção musical e trilha original: Renato Pereira.  Música ao vivo: Renato Pereira, Renato Silvestre, Jason Ricardo, Yago Medeiros e Rafael Mariposa. Músicas: “Minha Tese”, “Deus É Maior” e “Pra Quem Viu Subir Poeira” (Marcelo M. Fonseca e Paulinho Pontes); “Zé da Nina” e “A Máscara da Escola” (Marcelo M. Fonseca); “Carnaval da Agonia” (Cezinha Oliveira e Eliane Verbena). Orientação musical - bateria de escola de samba: Alysson Bruno. Orientação de movimento: Vera Passos. Orientação vocal: Edi Montecchi. Iluminação: Rodrigo Alves “Salsicha”. Assistência de iluminação e operação de luz: Valcrez Siqueira. Figurinos: Gabriela Morato. Espaço cênico e cenografia: Gabriela Morato e Isabela Heloisa. Adereços: André Souza, Rafael Mariposa e Gabriela Morato. Confecção de figurinos, adereços e cenografia: Cia. Teatro do Incêndio. Fotos/divulgação: Arô Ribeiro e Alécio Cezar (externas). Assessoria de imprensa: Eliane Verbena. Design gráfico: Gus Oliveira. Idealização e produção: Cia. Teatro do Incêndio. Realização: Secretaria Municipal de Cultura, por meio da Lei de Fomento ao Teatro Para a Cidade de São Paulo - 36ª edição.


Serviço

Espetáculo: Águas Queimam na Encruzilhada

Temporada: sábado, domingo e segunda, às 19h - Até 26/09/22

Ingressos: R$ 10,00 (inteira), R$ 5,00 (meia) e Grátis (moradores da Bela Vista).

Ingressos/Sympla: sympla.com.br/espetaculo---aguas-queimam-na-encruzilhada__1641868

180 min (com intervalo). 14 anos. Drama. 99 lugares.


Teatro do Incêndio

Rua Treze de Maio, 48 - Bela Vista / Bixiga. SP/SP.

Espaço com acessibilidade.

teatrodoincendio.com | @teatrodoincendio

Estacionamento conveniado: 15,00 - Rua Treze de Maio, 47.


.: "Macacos" faz curta temporada na Oficina Cultural Oswald de Andrade

Monólogo criado e interpretado por Clayton Nascimento, da Cia do Sal, tem dramaturgia criada a partir do caso do goleiro Aranha, do Grêmio, ofendido pela torcida tricolor gaúcha em 2014. "Macacos" é uma denúncia do racismo estrutural existente na sociedade


Cena de Macacos. Foto: Bob Sousa


"Macacos", da Cia. do Sal faz curta temporada na Oficina Cultural Oswald de Andrade de 22 de setembro a 1º de outubro, com entrada gratuita. A obra foi criada por Clayton Nascimento, que também está em cena. O nome do espetáculo faz referência a uma das formas de xingamento mais usada para ofender os negros no mundo todo. O preconceito contra os povos pretos é abordado em cena a partir do relato de um homem-negro que busca respostas para o racismo que rodeia seu cotidiano e a história de sua comunidade. 

Uma das preocupações centrais da obra é recontar a História do Brasil, com um novo olhar, e a partir de fatos históricos, uma vez que ela sempre foi contada pela camada social que pode estudar e estruturar leis. Segundo Clayton Nascimento, a dramaturgia está amparada por uma pesquisa séria, que envolveu o projeto "História da Disputa: Disputa da História" idealizado pela historiadora Carol Oliveira, assim como pedagogos, intelectuais, entrevistas com mães vítimas do genocídio negro no Brasil, artigos e autores pretos para estruturar os fatos muitas vezes desconhecidos pelo grande público. A riqueza da obra fez, inclusive, com que ela fosse comprada e adicionada a um lote de 10 mil exemplares de livros didáticos para ser distribuído entre os alunos do ensino público de São Paulo a partir de 2023.

"Macacos" se desenrola num fluxo de pensamentos, desabafos e elucidações que surgem em cena, pautados pela História do Brasil e situações vividas por grandes artistas negros - de Elza Soares a Machado de Assis - até alcançar relatos e estatísticas do Brasil de 2022. De um modo desprevenido, o ator conduz o público a uma navegação de sonhos, reflexões, poesia e rock'n'roll. O espetáculo conta ainda com provocação cênica de Aílton Graça e preparação corporal de Ana Maria Miranda, Professora da Escola de Arte Dramática da USP. "Criei essa peça na moradia da Universidade, e como não conseguia vencer editais públicos, resolvi escrever, dirigir e interpretá-la; ao longo do tempo vieram os parceiros que tanto agregaram ao espetáculo, e seis anos depois, ver que a peça respira, viajou o Brasil, ganhou prêmios, poder publicar a dramaturgia em livro pela Cobogó, entrar nos livros didáticos da cidade de São Paulo e realizar o sonho de se apresentar nos palcos do centro cultural de São Paulo, me dão cada vez mais desejo de viver e de mostrar que o racismo, mesmo articulado e entranhado, nunca vence a profundidade da cultura popular brasileira, do mesmo modo que não existe raça, gênero, classe econômica ou credo que definam as potências de um alguém", conta Nascimento.

O projeto foi contemplado pela 13a Edição do Prêmio Zé Renato - Secretaria Municipal de Cultura.


"A mescla em dosagem certa de fatos históricos com fatos atuais ou imaginados é uma das preciosidades da dramaturgia que começou a ser escrita em 2015 a partir de profunda pesquisa realizada pelo autor. Como encenador, Clayton teve o cuidado de contar com as importantes colaborações de Ailton Graça como provocador cênico e de Aninha Maria Miranda que assina a criativa direção de movimento. E finalmente, como ator, Clayton Nascimento nos oferece um dos trabalhos mais ricos e pungentes vistos nos palcos paulistanos nos últimos tempos."

 - José Cetra no site Palco Paulistano.


O dever do artista

"Macacos" começou a ser escrita em 2015 e fez sua estreia em 2016. Desde então, a peça já participou de festivais em Fortaleza, Curitiba, Brasília, Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo, Fortaleza, Pernambuco e Amazonas. E acumula mais de uma dezena de premiações, entre eles “Prêmio Especial do Júri por Relevância Temática e Proposição Cênica” , "Melhor Ator", "Dramaturgia ou Narrativas Urgentes" pelo Festival Niterói em Cena, Festival de Teatro do Rio de Janeiro, Festival de Teatro do Amazonas, entre outros.

Para essa estreia, o monólogo absorve questões atuais e que se tornam mais urgentes. O Brasil é um território com altos índices de homicídios causados pela Polícia Militar e Sociedade Civil à comunidade negra e indígena, o mais assustador é que a idade das vítimas ao longo dos anos vem diminuindo cada vez mais.

“Como disse Nina Simone, o dever do artista é refletir seus tempos”, diz Clayton Nascimento. “'Macacos' faz um jogo entre arte cênica, as palavras, os fatos e o discurso para debater com o público a violência do racismo que sempre esteve presente na sociedade brasileira. Walter Benjamin diz que “Nunca houve um monumento da cultura que não fosse também um monumento da barbárie. E, assim, (...) considera sua tarefa escovar a história a contrapelo”; por isso o texto reforça o compromisso de se comunicar com o povo negro, mas agora, com o nosso olhar”, completa o dramaturgo. Todas os profissionais envolvidos na produção são negros.

O texto da peça traz à luz fatos que não estão escritos nos livros didáticos, fazendo a  relação entre números das estatísticas como as coletadas pelo Atlas da Violência do IPEA, e estatísticas coletadas pelo IBGE, livros Históricos, entrevistas com mães que perderam filhos para o genocídio negro no Brasil e experiências cênicas. 

A dramaturgia foi criada a partir do caso do goleiro Aranha, do Grêmio, ofendido pela torcida tricolor gaúcha em 2014. “Já que o xingamento é infelizmente inevitável, transformamos então, em uma expressão artística para provocar a reflexão sobre essa origem e a nossa própria História. A peça é um convite a pensar sobre isso”, completa o artista.

A montagem traz somente Clayton Nascimento no palco, a iluminação e um batom para falar sobre a urgência da vida negra no Brasil. Para amplificar esse debate, o artista receberá, ao final de cada apresentação, convidados para desdobrar temas pertinentes aos assuntos, fatos e estatísticas abordados na peça. A lista dos artistas convidados/as e as datas serão divulgadas nas redes sociais da Cia do Sal e do artista.

"Macacos" é uma criação da Cia do Sal, fundada por Clayton Nascimento para fomentar a arte e educação nos palcos do país, e de sugerir o empoderamento político-social aproximando a História da nação a quem ela realmente pertence: ao povo brasileiro.


 


Ficha Técnica

Clayton Nascimento - Diretor, Ator e Dramaturgo

Ailton Graça – Provocador cênico

Aninha Maria Miranda - Diretora de Movimento

Daniele Meirelles - Diretora técnica e Iluminação

Murilo Thaveira - Arte

Vinicius Bogas - Iluminação

Bará Produções – Produção

Corpo Rastreado - Produção



Serviço

Macacos, com Cia do Sal

Temporada: de 22 de setembro a 01 de outubro de 2022

Quintas e sextas, às 19h e sábados, às 18h

Oficina Cultural Oswald de Andrade

Rua Três Rios, 363 - Bom Retiro, São Paulo - SP

Duração: 90 min | Recomendação: 14 anos | Capacidade: 60 lugares

Grátis | Retirada de ingressos com 1h de antecedência

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