quarta-feira, 17 de abril de 2024

.: Entrevista: Andréa Gaspar fala de "Inspetor Sopa e o crime do mosteiro"

Em entrevista, Andrea Gaspar fala sobre o cenário de "Inspetor Sopa e o crime do mosteiro", série de livros protagonizada por um detetive brasileiro inspirado no Comissário Maigret. Foto: divulgação


A ficção e a realidade andam lado a lado em "Inspetor Sopa e o crime do mosteiro", segundo volume da série policial escrita por Andréa Gaspar. O protagonista, um detetive “flanêur” que dá nome ao livro, caminha por ruas e bares do Rio Janeiro enquanto investiga o assassinato de um monge dentro do Mosteiro de São Bento.   

Em meio às vielas, a investigação do crime se mistura à história da capital fluminense. A narrativa apresenta fatos históricos e curiosidades sobre o local, como a criação de edifícios arquitetônicos, a cena da MPB e a formação das favelas cariocas. Para a escritora, a ambientação faz toda a diferença no desenrolar das tramas policiais, nas quais a cidade assume um papel de personagem coadjuvante. 

Detetives clássicos da literatura também fazem os leitores passearem pelo cenário, como Hercule Poirot, Sherlock Holmes e Comissário Maigret – nomes que são grandes inspirações para a criação do estilo investigativo do Inspetor Sopa. Nesta entrevista, Andrea Gaspar conta sobre a importância de colocar o Rio de Janeiro no centro do enredo, destacando lugares e culturas que passam despercebidas no dia a dia. Confira a entrevista com a autora Andréa Gaspar!


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Além de professora de português para estrangeiros, advogada criminalista, atriz, poeta e romancista, você também é detetive particular. O que fez você se interessar pelo universo do crime? E como a sua formação criminal impacta na construção das narrativas?

ANDRÉA GASPAR: Parecem coisas desconectadas, mas a verdade é que sempre fui uma pessoa com um perfil multifacetado e muito curiosa. Sei que tem gente que escolhe uma profissão desde criança e não muda nunca, mas eu nunca fui assim. Sempre tive interesses diversos e me arrisquei em tudo. Mas existe um ponto em comum entre todas essas profissões que é justamente a escrita e a literatura. Sou aficionada pela literatura policial desde criança porque entendo que, por meio da literatura policial, podemos discutir todos os aspectos centrais da existência humana.  

Fiz o curso de detetive no processo de criação do meu detetive. Eu queria entender melhor o universo do detetive particular no Brasil para então decidir se o meu detetive seria particular ou um quadro das forças policiais e acabei decidindo pela segunda opção porque, de fato, no Brasil o detetive particular é mais procurado para resolver casos de adultério, de espionagem industrial e casos de desaparecimento. Os crimes de morte propriamente ditos ficam por conta das forças policiais oficialmente constituídas.  


Um dos pontos altos de Inspetor Sopa E Crime Do Mosteiro é a ambientação histórica e cultural no Rio de Janeiro, passando por igrejas barrocas e pelo Morro da Providência, considerada a primeira favela carioca. Na sua visão, qual a importância de conectar os leitores com esse cenário?

ANDRÉA GASPAR: Eu entendo que a cidade é um personagem coadjuvante nos romances policiais. O inspetor (ou o detetive), conforme investiga os crimes, percorre os caminhos da cidade. Os detetives clássicos como Poirot, Sherlock Holmes, Comissário Maigret, Vish Puri (da literatura indiana), todos são detetives que contam sobre o cenário em que o crime aconteceu. E fazem o leitor passear pelas ruas e vielas com eles. O Sopa é esse inspetor flâneur que caminha pelas ruas do Rio. É assim que atraio o leitor para encantos do Rio, uma cidade que respira história e que tem muita história para contar, desde o surgimento da primeira favela do Brasil até os palácios que a Monarquia e República usaram como sede, passando pelas igrejas onde se encontram os restos mortais de Pedro Álvares Cabral e onde foi realizado o casamento de D. Pedro I e a Imperatriz Leopoldina. É tudo muito interessante e, infelizmente, subvalorizado. Eu tento lançar uma luz sobre esses cenários incríveis. 


O detetive Sopa vaga sem rumo pelas ruas em busca de lazer, observando e passeando. Além de referências clássicas estrangeiras que você citou, como Sherlock Holmes, quais personagens da literatura brasileira inspiraram a criação do personagem?

ANDRÉA GASPAR:As minhas referências datam mesmo do início do século: João do Rio, Machado de Assis, Lima Barreto e, mais recentemente, Nelson Rodrigues e Ruy Castro. Embora não sejam autores policiais, todos perambulavam (ou no caso do Ruy Castro, perambula) pelas ruas do Rio. Como referência policial, eu tenho o comissário Maigret que é um personagem do Georges Simenon (autor belga que ambientou o seu detetive na França). O Maigret perambula pelas ruas de Paris, parando nos bares, restaurantes e botecos parisienses e serve de inspiração para o Sopa. 


Você diz que Machado de Assis, Lima Barreto e Nelson Rodrigues são algumas das suas inspirações literárias. Hoje, quem você enxerga como referências na literatura brasileira de romance policial?

ANDRÉA GASPAR: Eu acho que existe uma lacuna a ser preenchida. Temos o grande Luiz Garcia Rosa na linha do detetive clássico e o Raphael Montes na linha dos romances policiais de aventura, que é o termo que uso para diferenciar o detetive clássico do romance policial. O detetive do Luiz Garcia Rosa, o Espinoza, concentrou sua área de atuação em Copacabana, Bairro Peixoto e adjacências, embora tenha explorado também o centro do Rio. E o Raphael Montes vai por uma linha policial mais hardcore. Mas, de fato, na linha policial de entretenimento que é o caso da série do Sopa, acho que não conheço atualmente nada no mesmo gênero. Evidentemente, hoje em dia é impossível ter essa informação com certeza porque tem muita publicação nova todos os dias e não temos tempo de acompanhar tudo. 


A saga policial terá um terceiro volume, com lançamento em breve: Inspetor Sopa e o caso do desaparecimento. O que os leitores podem esperar para o futuro da série? Você pretende continuar escrevendo mais histórias sobre o detetive?

ANDRÉA GASPAR: No próximo livro, a história vai se passar em São Paulo. É uma oportunidade que dei para o “assistente” do Sopa, o Trombeta, ganhar o protagonismo. Eu gosto muito desse personagem e achei que ele merecia um livro em que ele assumisse a investigação. Então, nesse terceiro volume vou explorar o centro histórico de São Paulo. Para o quarto volume da série, eu volto para o Rio para explorar o universo do samba e dos bailes de gafieira do Rio. 

Eu não tenho intenção de parar. Acho que é um projeto de vida. Então, enquanto houver vida, haverá Sopa. É só chegar com o seu pratinho e se servir.  


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Sobre a autora: Andréa Gaspar é escritora, roteirista, dramaturga, produtora, diretora, atriz e professora de português para estrangeiros. Bacharel em Letras e em Direito, com especialização na Formação de Escritores, publicou seis livros, entre eles “Passante poeta” (2018), “Despedaços” (2015) e “Licor de Pequi” (2014). Em 2019, lançou o primeiro romance policial “Inspetor Sopa e o último copo”, que se tornou uma saga com os livros “Inspetor Sopa e o crime do mosteiro” e “Inspetor Sopa e o caso do desaparecimento”, com publicação prevista para 2024. Com a série literária, recebeu o prêmio durante o VIII Talentos Helvéticos-Brasileiros, promovido pela editora suíça-brasileira Helvetia. 


.: Estreia segunda temporada de “Jane”, série vencedora de dois prêmios Emmy

Série humanitária é inspirada no trabalho da primatóloga britânica Dra. Jane Goodall


A segunda temporada de “Jane”, série infantil do Apple TV+, estreia nesta sexta-feira, 19 de abril, com cinco episódios. Vencedora do prêmio Emmy, a produção é inspirada no trabalho da primatóloga britânica Dra. Jane Goodall, fundadora do Jane Goodall Institute e Mensageira da Paz das Nações Unidas. A produção é do vencedor do Emmy J.J. Johnson ("O Fantasma Escritor", "Dino Dana"), do Sinking Ship Entertainment, e do Jane Goodall Institute. 

Ava Louise Murchison ("Reacher") é a personagem Jane Garcia, uma ambientalista em formação, de 9 anos de idade, em uma missão para salvar animais ameaçados de extinção. Usando sua poderosa imaginação, Jane leva seus melhores amigos David, vivido por Mason Blomberg ("Shameless") e Greybeard, o chimpanzé, a grandes aventuras para ajudar a proteger animais em todo o mundo. Ela é inspirada por sua heroína Jane Goodall e pela frase da Dra. sobre a vida selvagem: "Apenas se entendermos, vamos nos importar. Apenas se nos importarmos, ajudaremos. Se os ajudarmos, eles podem ser salvos"

"Eu acredito no valor e na importância de uma série como 'Jane', que pode inspirar crianças e suas famílias. O Apple TV+ e a Sinking Ship Entertainment têm um comprometimento contínuo em contar histórias de fundo ambiental, garantindo que os jovens sintam-se encorajados a tomar ações para mudar o mundo", revelou a Dra. Goodall.

"Jane" é a segunda série Apple Original produzida pela Sinking Ship Entertainment, ao lado da elogiada série vencedora do Daytime Emmy "Ghostwriter". Da Sinking Ship Entertainment, "Jane" é uma série que mistura live action com animação CGI (Computer Graphic Image), criada por J.J. Johnson, que atua como produtor executivo ao lado de Blair Powers, Christin Simms e também Andria Teather do Jane Goodall Institute. A série recentemente conquistou o Children’s and Family Emmy na categoria de Efeitos Visuais em um Programa Live Action e foi reconhecida pelo Annual Environmental Media Association Awards na categoria de Children’s Television. 


Trailer original





.: "Guerra Civil" estreia na Cineflix Cinemas de Santos. Programe-se!

Cena de "Guerra Civil" que estreia na Cineflix Cinemas de Santos


A unidade Cineflix Cinemas Santos, localizada no Miramar Shopping, bairro Gonzaga, estreia o aguardado filme de ação, "Guerra Civil", em 18 de abril. Seguem em cartaz os sucessos de bilheteria a aventura "Ghostbusters: Apocalipse de Gelo", a comédia romântica nacional "Evidências do Amor", o drama "O Sabor da Vida" e a animação  "Kung Fu Panda 4". Programe-se e confira detalhes abaixo! 

A pré-venda dos ingressos para o longa de ação "Planeta dos Macacos: O Reinado", que estreia em 5 de maio, está aberta. Garanta os ingressos pela internet antecipadamente aqui: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.

O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.


Estreia da semana na Cineflix Santos


"Guerra Civil" ("Civil War"). Ingressos on-line neste linkGênero: drama bélico, açãoClassificação: 14 anos. Duração: 1h49. Ano: 2023. Idioma original: inglês. Distribuidora: A24, Diamond Films. Direção: Alex Garland. Roteiro: Alex Garland. Elenco: Kirsten Dunst, Wagner Moura, Cailee Spaeny, Stephen McKinley Henderson, Sonoya Mizuno, Nick OffermanSinopse: Num futuro próximo, uma equipe de jornalistas viaja pelos Estados Unidos durante uma guerra civil em rápida escalada que envolveu toda a nação.

Sala 3 (legendado) - De 18 a 24 de abril: 15h30 - 18h00 - 20h30

Trailer de "Guerra Civil"


Seguem em cartaz no Cineflix Santos


"Evidências do Amor" ("nacional"). Ingressos on-line neste linkGênero: comédia românticaClassificação: 14 anos. Duração: 1h45. Ano: 2023. Idioma original: inglês. Distribuidora: Warner Bros. Pictures Brasil. Direção: Pedro Antônio. Roteiro: Fábio Porchat, Pedro Antônio, Luanna Guimarães, Álvaro Campos. Elenco: Fábio Porchat, Sandy, Jason PackerSinopse: A história acompanha um casal, Marco Antônio (Fábio Porchat) e Laura (Sandy) que se apaixonam após cantarem a música juntos em um karaokê. Em meio a muitos altos e baixos, o casal acaba terminando, mas todas as vezes em que escuta Evidências, Marco automaticamente se lembra de cada discussão que teve com a ex. Determinado a se livrar dessas lembranças indesejadas, ele inicia uma jornada para superar Laura e seguir em frente com sua vida

Sala 2 (nacional) - De 18 a 24 de abril: 15h10 - 18h20 - 20h40



"Ghostbusters: Apocalipse de Gelo" ("Ghostbusters: Frozen Empire"). Ingressos on-line neste linkGênero: comédia, fantasiaClassificação: 12 anos. Duração: 1h56. Ano: 2023. Idioma original: inglês. Distribuidora: Sony Pictures Brasil. Direção: Gil Kenan. Roteiro: Gil Kenan, Jason Reitman. Elenco: Carrie Coon, McKenna Grace, Finn Wolfhard e Paul Rudd, Bill MurraySinopse: A família Spengler retorna ao icônico quartel de Nova York, onde os Caça-Fantasmas originais atuaram em seus anos de glória. Quando a descoberta de um artefato antigo desencadeia uma força maligna, novos e antigos Caça-Fantasmas precisam se unir para proteger seu lar e salvar o mundo de uma segunda era glacial.

Sala 1 (dublado) - De 18 a 27 de abril: 18h30
Sala 1 (legendado) - De 18 a 27 de abril: 21h00


"O Sabor da Vida" ("La passion de Dodin Bouffant"). Ingressos on-line neste linkGênero: romance, dramaClassificação: 14 anos. Duração: 2h16. Ano: 2023. Idioma original: francês. Distribuidora: Diamond Films. Direção: Tran Anh Hung. Roteiro: Tran Anh Hung. Elenco: Juliette Binoche, Benoît Magimel, Emmanuel SalingerSinopse: A cozinheira Eugenie e seu patrão Dodin se afeiçoam ao longo de 20 anos, e seu romance dá origem a pratos que impressionam até chefs ilustres. Quando Dodin se depara com a relutância de Eugenie em se comprometer, ele começa a cozinhar para ela.

Sala 4 (legendado) - De 18 a 27 de abril 15h20 - 18h10 - 20h50

Trailer de "O Sabor da Vida"


"Kung Fu Panda 4" ("Kung Fu Panda 4"). Ingressos on-line neste linkGênero: animaçãoClassificação: 10 anos. Duração: 1h34. Ano: 2023. Idioma original: inglês. Distribuidora: Universal Studios. Direção: Mike Mitchell. Roteiro: Jonathan Aibel; Glenn Berger; Darren Lemke. Elenco: Jack Black (Po) Viola Davis (Camaleoa) Dustin Hoffman (Mestre Shifu) James Hong (Sr. Ping)Sinopse: Depois de três aventuras arriscando a própria vida para derrotar os mais poderosos vilões, Po, o Grande Dragão Guerreiro( Jack Black) é escolhido para se tornar o Líder Espiritual do Vale da Paz. A escolha em si já problemática ao colocar o mestre de kung fu mais improvável do mundo em um cargo como esse e além disso, ele precisa encontrar e treinar um novo Dragão Guerreiro antes de assumir a honrada posição e a pessoa certa parece ser Zhen (Awkwafina) uma raposa com muitas habilidades, mas que não gosta muito da ideia de ser treinada. Como se os desafios já não fossem o bastante, a Camaleoa (Viola Davis), uma feiticeira perversa, tenta trazer de volta todos os vilões derrotados por Po do reino espiritual.

Sala 1 (dublado) - De 18 a 27 de abril: 16h20

Trailer de "Kung Fu Panda 4"

Vem aí na Cineflix Cinemas em maio!
"Planeta dos Macacos: O Reinado" ("Kingdom of the Planet of the Apes "). Ingressos on-line neste linkGênero: ação, aventuraClassificação: 14 anos. Duração: 2h18. Ano: 2023. Idioma original: inglês. Distribuidora: 20th Century Studios. Direção: Wes Ball. Roteiro: Josh Friedman, Rick Jaffa, Patrick Aison, Amanda Silver. Elenco: Owen Teague, William H. Macy, Freya Allan, Kevin Durand, Peter MaconSinopse: O longa realiza um salto no tempo após a conclusão da Guerra pelo Planeta dos Macacos. Muitas sociedades de macacos cresceram desde quando César levou seu povo a um oásis, enquanto os humanos foram reduzidos a sobreviver e se esconder nas sombras.

Sala 3 (dublado) - De 9 a 15 de maio: 15h00
Sala 3 (legendado) - De 9 a 15 de maio: 18h00 - 21h00



terça-feira, 16 de abril de 2024

.: "Guerra Civil" estreia na Cineflix Cinemas. Antecipe os ingressos!

Na Cineflix Cinemas, já estão abertas para venda os ingressos do longa britânico-estadunidense "Guerra Civil". Durante 1h49, o filme apresenta a trama de um futuro próximo e distópico, quando uma equipe de jornalistas viaja pelos Estados Unidos enquanto acontece uma guerra civil entre o governo estadunidense e as "Forças Ocidentais Separatistas", lideradas pelo Texas e pela Califórnia. 

O grupo luta por sua sobrevivência numa época em que o governo se torna uma ditadura, e milícias extremistas partidárias cometem regularmente crimes de guerra. De gêneros drama bélico e ação, "Guerra Civil" é dirigido e roteirizado por Alex Garland, e estrelado por Kirsten Dunst, Wagner Moura, Cailee Spaeny, Stephen McKinley Henderson, Sonoya Mizuno e Nick Offerman. 

O longa foi bem recebido pela crítica especializada, que elogiou amplamente as atuações de Dunst e Moura, inclusive por aqueles que avaliaram o filme de forma mais negativa. O filme arrecadou mais de US$ 25 milhões nacionalmente, superando "Hereditário" como a produção com o maior fim de semana de estreia na história da A24, bem como o primeiro filme do estúdio a liderar as bilheterias.

A produção estreou no South by Southwest (SXSW) em 14 de março de 2024. Nos Estados Unidos, foi distribuído nos cinemas em 12 de abril de 2024, pela A24, quando também foi lançado no Reino Unido, pela Entertainment Film Distributors. No Brasil e em Portugal, a produção com o brasileiro Wagner Moura, no elenco, será lançado nos cinemas em 18 de abril de 2024.

Garanta os ingressos na Cineflix Cinemas mais perto de você: vendaonline.cineflix.com.br


"Guerra Civil" ("Civil War"). Ingressos on-line neste linkGênero: drama bélico, açãoClassificação: 14 anos. Duração: 1h49. Ano: 2023. Idioma original: inglês. Distribuidora: A24, Diamond Films. Direção: Alex Garland. Roteiro: Alex Garland. Elenco: Kirsten Dunst, Wagner Moura, Cailee Spaeny, Stephen McKinley Henderson, Sonoya Mizuno, Nick OffermanSinopse: Num futuro próximo, uma equipe de jornalistas viaja pelos Estados Unidos durante uma guerra civil em rápida escalada que envolveu toda a nação.

Trailer de "Guerra Civil"


.: BBB 24: entrevista com Alane, eliminada pertinho da final do reality

Foto: Globo. Divulgação

Foram 98 dias no "Big Brother Brasil". Faltaram apenas dois para alcançar uma das três vagas da grande final. Alane, que deixou o reality na noite de ontem, ainda não sabe dizer o que a afastou do pódio mesmo estando tão perto, mas destaca um grande legado dessa participação longeva na competição: "O BBB me ensinou a ter orgulho de mim, a acreditar no meu potencial e a ter mais amor-próprio e autoestima. Querendo ou não, quando eu voltava de um paredão, eu pensava: 'Nossa, alguém lá fora gosta de mim'. Acho que isso me ajudou muito", reflete, depois de ter enfrentado nove berlindas e ter sido eliminada na última da 24ª edição, contra Isabelle e Matteus, com 51,11% dos votos. 

Na entrevista a seguir, a paraense comenta o emblemático embate com Fernanda no confinamento e revela se está disposta a uma amizade com a sister aqui fora. Ela ainda fala sobre sua relação com os integrantes do grupo Fadas e mostra compreensão quanto à visão dos adversários por ser a recordista do vacilômetro da temporada, embora pondere que o erro foi usado como justificativa confortável nas formações de paredão. Confira:

 

Você passou 98 dias no ‘Big Brother Brasil’ e chegou muito perto da grande final. Faltou viver alguma coisa no programa, na sua visão? 

Dá vontade de viver os 100 dias, né? Eu sei que só faltaram dois, mas eu sou muito intensa. Até falei antes da minha saída que eu sou insatisfeita, no bom sentido, porque eu tenho sempre vontade de mais. Pelo que eu me lembro, e pelo pouco que eu estou vendo, eu fico muito alegre com a minha trajetória e com muito orgulho de mim. Mas a gente sempre fica querendo um pouco mais. Vejo que, em muitos momentos, eu tive medo, e o medo às vezes trava. Eu percebo que, se eu não tivesse tido medo, poderia ter me soltado ainda mais. Mas eu tenho orgulho de tudo o que passei.

 

O que, na sua opinião, pode ter tirado você do pódio nessa reta final? 

Não sei... Eu lembro que a Bia [Beatriz] teve um embate com o Davi, e em alguns momentos eu concordei com ela; não sei como isso pode ter sido visto. Vi que foi uma votação apertada, mas realmente não sei dizer.

 

Você ficou bastante abalada ao perder a prova do finalista na última sexta-feira, já que, com a derrota, estaria direto no paredão. Como foi enfrentar aliados (Matteus e Isabelle) nesta última berlinda? 

Foi muito difícil. Eu enfrentei nove paredões, mas é muito mais fácil quando a gente enfrenta um paredão com adversários. A gente até falava: "Tomara que cheguemos juntos ao top 5". Mas e aí? É inegável: a gente via as pessoas do Gnomos saindo mais. Então, apesar do medo que eu tinha de sair, eu via que os eliminados estavam sendo do outro grupo e sentia isso como uma esperança. Quando afunilou e ficamos nós cinco [Alane, Beatriz, Isabelle, Davi e Matteus], eu não sabia mais que padrão procurar e fiquei claramente apavorada. Fiquei com muito medo não só pela chance de não ir para a final como pela dificuldade de enfrentar pessoas que eu gosto. Seria muito mais fácil ir ao paredão na reta final com vários adversários, embates diretos que eu tive, do que com amigos.

 

Você e a Beatriz chegaram a verbalizar o medo de disputar uma vaga na final ou mesmo o pódio com o casal recém-formado e revelaram arrependimento por tentar uni-los em determinado momento. Acha que o envolvimento de Matteus e Isabelle pode ter sido determinante para a sua saída neste paredão? 

Acho que não. Lá dentro a gente tem muitos medos. Eu tinha medo do passarinho que passava, não voltava, e eu encarava como sendo um sinal (risos). Tudo que ameaçasse a minha ida para a final do programa me daria medo. E isso, como várias outras coisas, me deu medo também. Mas eu não acho que foi decisivo nem nada do tipo.

 

Você tinha a característica de se preparar bastante para as dinâmicas do Sincerão, onde se posicionava com firmeza. De que maneira isso impactava o seu jogo na casa? 

Acho que impactou de uma forma muito positiva. Eu sempre esperava muito pelo Sincerão, mas não como emparedada: eu queria ir como líder. Eu sentia, principalmente no início do jogo, que tinha muita gente na casa e eu tinha medo de não me conseguir fazer ser ouvida. O Sincerão era o momento em que, por estar ao vivo e eu estar falando sozinha, eu tinha certeza de que estavam me ouvindo. Eu sentia que conseguia me expressar, amava! Era meu momento favorito do jogo.

 

Você e a Fernanda protagonizaram um dos conflitos mais emblemáticos da temporada. O que motivou sua rivalidade com ela, que se estendeu por boa parte do jogo?  

Começou nesse embate mesmo. A Fernanda era uma pessoa com quem eu não tinha nenhum tipo de afinidade, principalmente pela divisão de quartos. Quando ela falou do meu corpo, foi algo que me despertou gatilhos que eu já tinha desde a minha infância por causa do ballet e do meu trabalho como modelo. Depois da briga, eu me olhava no espelho e escutava a voz da Fernanda. E a gente já tinha tido o problema do voto antes; o Matteus era líder e descobrimos no Dedo-duro que ela tinha votado em mim, mas tinha falado que não. A partir daí foi virando uma bola de neve. Só que eu via a Fernanda como um embate direto, mas não sentia raiva ou ódio dela. Eu senti raiva no momento da discussão, mas fora isso foi passando. Era uma pessoa que, no final do jogo, eu já estava até pensando em ouvir um pouco da história, achava que era legal e que tinha coisas boas que eu não conhecia, porque só a conhecia da porta do Gnomos para fora – e ela nem ia tanto da porta para fora (risos).   

 

Aqui fora, alguns fãs tinham o desejo de ver uma amizade entre você e ela e comentavam com entusiasmo sobre os poucos momentos de aproximação entre vocês duas na casa. Acha que existe essa possibilidade agora? 

A partir do momento em que a gente sai pela porta do BBB, tudo fica mais leve. Lá dentro tudo tem um peso muito grande. Lembro de uma festa em que a Leidy Elin estava brincando de entrevistar a gente e ela perguntou a pessoa com quem eu não queria ter contato aqui fora. Eu falei a Fernanda. Agora, estando aqui, apesar de ver um pouquinho dos vídeos com o que ela falou sobre mim, é uma pessoa com quem eu tenho vontade de sentar e perguntar: "Tá, e aí? Me explica, o que é que é?". Porque eu olho para a Fernanda e não vejo uma pessoa má. Acho que ela teve momentos de descontrole como todo mundo teve lá dentro. Então, se tivesse uma oportunidade, eu conversaria sim com ela, aconteceria essa possível interação.

 

Seu jeito explosivo em determinadas discussões foi apontado por outros brothers, principalmente pela mudança no tom de voz. Essa é uma característica que já existia aqui fora ou algo que surgiu no confinamento? 

Já acontecia. É que é muito difícil eu sair do sério, mas quando eu saio, eu viro aquela pessoa mesmo (risos). Até no teatro, quando eu interpretava alguma vilã, essa era a voz que eu usava porque é a minha voz forte, de estresse mesmo. Eu entendo que há uma diferença muito grande de uma voz para a outra, mas eu só me toquei realmente disso quando começaram a falar lá dentro. Quando o Tadeu mencionou, eu não sabia se eu ficava feliz ou com vergonha (risos). Mas eu sou assim mesmo. 

 

Você esteve sempre entre as primeiras posições do vacilômetro e as frequentes punições com perdas de estalecas eram motivo de muitos votos. Acha que isso pode estar relacionado ao fato de ter encarado 9 paredões no 'BBB 24' ou outros motivos tiveram mais peso para as indicações dos seus concorrentes? 

Eu via que o meu vacilômetro, apesar de ser uma realidade, era uma justificativa confortável que as pessoas tinham. Por algum motivo as pessoas sempre votavam em mim e usavam a desculpa do vacilômetro; era assim que eu sentia. Não que eu não estivesse errando, de forma alguma, mas eu sentia que era meio "Vou votar na Alane... Vacilômetro!". Tudo era vacilômetro. E eu ficava me perguntando: "Não tem outro argumento, é só isso?". Então com certeza ele influenciou. Mas não era uma coisa que refletia o meu caráter, o meu jeito de jogar. Era uma coisa extra, que era um erro, mas acho que eu poderia ter sido poupada de alguns paredões.

 

Então outras coisas em você incomodavam as pessoas, na sua opinião?

No Bate-papo com o eliminado, ontem, me perguntaram se meus momentos dançando eram algum tipo de VT ou não. E não eram, é algo realmente meu. Mas, pelo pouco que eu vi nos vídeos, acho que isso era visto como VT. Vi a Fernanda comentando algo como se eu estivesse tentando vender uma imagem. Acho que essa sensação que ela tinha fazia com que ela e outras pessoas votassem em mim. Mas também acho que não entravam no confessionário e falavam: "Eu vou votar na Alane porque ela vende uma imagem". Então, usavam a desculpa do vacilômetro. No fundo, talvez fosse por essa percepção do VT. 

 

No início do jogo, você não tinha uma boa relação com o Davi e chegou a recusar alianças com ele. O que aproximou vocês a ponto de formarem um grupo e qual foi a importância dele para que chegassem tão longe na disputa? 

Quem tinha um pouco mais de restrição de jogar com o Davi era a Anny [Deniziane]; ela deixava muito claro que não jogaria com ele. Eu e a Bia sempre gostamos muito do Davi. Fomos criando aproximação mais ou menos na época em que ele estava esperando o Big Fone tocar, acampado. E fui me permitindo gostar dele, independentemente do jogo, porque era uma pessoa que me cativava pelo jeito de ser. Acho que ele influenciou muito nosso grupo em questão de voto em comum, mas como amigo. O Davi é uma pessoa muito focada no jogo. Ele deixava muito claro quem era o pódio dele, falava que eu não estava nele, e por mim tudo bem porque eu não queria saber disso, eu gostava dele independentemente de pódio. E isso segue sendo verdade. Então, acho que ele influenciou muito no jogo, mas, assim como me aproximei das meninas pelo gostar, do Davi também foi por isso. O jogo acontece, mas o gostar influencia. Acho que ele nos agregou muito. A gente já jogava parecido, tinha os mesmos embates, então ajudava.

 

Você fez amizades na casa, especialmente com os integrantes do quarto Fadas. Pretende levar essas relações para fora do jogo? 

Sim! Todo esse top 5 eu quero levar para a minha vida. A Bia, inegavelmente, foi a pessoa com quem mais tive aproximação. É uma grande amiga, uma irmã que o programa me deu. O Marcus Vinicius, a Leidy e a Anny [Deniziane] também. A Anny me ajudou em vários momentos; quando eu ficava nervosa, ela me trazia para a realidade. A Leidy, apesar do embate que tivemos, eu admiro e espero que a gente possa conversar aqui fora. Com o Marcus também, meu conterrâneo de Belém. A própria Fernanda, quem sabe. A Pitel também é uma pessoa que eu admiro muito. Realmente não tenho raiva de ninguém, então, quem quiser ser meu amigo, vai ser, porque eu estou aberta a isso.

 

Quais os maiores erros e acertos que observa na sua trajetória no reality? 

Meus maiores erros foram o vacilômetro e os momentos em que eu guardei coisas para mim. Eu poderia ter falado mais, exposto mais o jogo que acontecia na minha cabeça. Mas, por medo de errar, não falava. Vejo que eram coisas coerentes com o que estava acontecendo. E o meu maior acerto – e acho tão óbvio falar isso – foi ter sido eu mesma e estar aberta a aprender. Aprendi muito no programa. Quando entrei, pensei que estivesse muito pronta, que não erraria, que estava preparadíssima. Conforme foi passando, eu vi que ainda tinha muito a aprender. E tudo bem eu ainda ter muito a aprender, estar vulnerável e com medo. Fui trazendo as lições como coisas que fazem parte do jogo também. 

 

Que aprendizados foram esses?

Eu aprendi a ter muito orgulho de mim. Eu tinha dificuldade com isso, ficava me autodepreciando. E, apesar de ainda rolar um pouco isso, acho que o BBB me ensinou a ter orgulho de mim, a acreditar no meu potencial e a ter mais amor-próprio e autoestima. Querendo ou não, quando eu voltava de um paredão, eu pensava: "Nossa, alguém lá fora gosta de mim". Acho que isso me ajudou muito.

 

Novas oportunidades podem surgir nessa fase pós-BBB. O que pretende fazer agora? Quer investir na carreira de atriz e/ou bailarina? 

O balé sempre fez parte da minha vida e sempre vai fazer, mas a minha carreira de atriz é o meu maior foco agora. Eu me mudei para São Paulo no ano passado e abandonei toda a minha vida em busca dessa carreira, e agora sigo focada nela, querendo muito que dê certo. Quero plantar muito para colher muito lá na frente. O balé eu amo, ele sempre vive comigo. Mas a minha carreira de atriz é, com certeza, o meu foco. Estou ansiosa para tudo que eu vou descobrir, tudo que eu posso fazer, todos os personagens que eu posso viver e para explorar esse meu lado. 


O ‘BBB 24’ tem apresentação de Tadeu Schmidt, produção de Mariana Mónaco, direção artística de Rodrigo Dourado e direção de gênero de Boninho. O programa vai ao ar de segunda a sábado após ‘Renascer’, e domingos, após o ‘Fantástico’. 

Além da exibição diária na TV Globo, o ‘BBB 24’ pode ser visto 24 horas por dia no Globoplay, que conta com 12 sinais com transmissão simultânea, incluindo o mosaico de câmeras, as íntegras e os vídeos dos melhores momentos, edições do ‘Click BBB’ e o ‘Mesacast BBB’, que também terá distribuição de trechos no streaming, no gshow, nas redes sociais e plataformas de vídeos, incluindo a versão em áudio no gshow e nas plataformas de podcast. Todos os dias, logo após a transmissão na TV Globo, o Multishow exibe uma hora de conteúdo ao vivo, direto da casa. O canal ainda conta com flashes diários, ao longo da programação, e com o ‘BBB – A Eliminação’, exibido à 0h30 de quarta para quinta-feira. No gshow, o público pode votar e decidir quem permanece ou deixa o jogo e acompanhar a página ‘BBB Hoje’, as páginas dos participantes e conteúdos exclusivos, como o ‘Bate-Papo BBB’, enquetes e resumos do que de melhor acontece na casa.

 

.: Entrevista com a eliminada: Beatriz do Brás, do Brasil e do BBB24



Ela é do Brás, é do Brasil e do ‘Big Brother’! Beatriz deixou sua marca na 24ª temporada do reality. Desde seus primeiros dias na casa mais vigiada do país, os bordões e as propagandas, herdadas de seu histórico como camelô e de sua atuação como divulgadora de lojas, chamaram atenção do público e deram cara a sua irreverência enquanto competidora. Por vezes contestada, sua alegria foi motivo de votos, de apontamentos e de brigas no reality show, principalmente quando nas festas extrapolava certos limites. Mas Bia garante que nada foi planejado nem forçado. “Eu sou assim aqui fora, tenho esse jeito de fazer e de falar. Tenho, sim, uma alegria muito grande que a rua e o camelô me ensinaram, a minha história de vida. É de mim mesma essa felicidade! Pode estar difícil, mas eu vou enfrentar com alegria. Essa sou eu. Não entrei no BBB pensando em falar ‘assim’ ou fazer ‘assado’”, destaca. Integrante do famigerado Top 5, formado integralmente pelas Fadas, a sister, inevitavelmente, precisou enfrentar seus aliados no paredão. A berlinda contra Isabelle e Davi levou a sua eliminação nesta terça-feira, dia 12, com 82,61% dos votos.

O ‘Big Brother’ pode ter chegado ao fim para Beatriz, mas a vontade de permanecer nas telinhas continua viva em seu coração: “Quero trabalhar na televisão, ser apresentadora, fazer novela, propaganda. Eu quero realmente poder acordar bem cedo, antes de o sol nascer, e ir para o set gravar, gravar, gravar; voltar para casa à noite e dizer: ‘Meu Deus, gravei demais hoje!’”, conta. Na entrevista a seguir, a quinta colocada do ‘BBB 24’ revela as sensações da experiência que viveu, declara seu maior rival na casa e diz o que pensa sobre o rompimento recente com o aliado Davi. Bia também fala dos bordões e das propagandas que adorava fazer reality, mas que incomodavam alguns de seus concorrentes.

 

Você falou algumas vezes que o ‘Big Brother Brasil’ era um sonho. Foi como você imaginava? Quais as semelhanças e diferenças?

Sempre foi um sonho entrar no BBB e superou as expectativas. O ‘Big Brother’ é uma coisa fora do normal, mas lá dentro ainda ultrapassa isso. Só sabe o que é o ‘Big Brother’ quem vive o programa. Eu me imaginava entrando na casa, eu me imaginava lá dentro, mas eu nunca planejei nada; eu pensei: ‘vou viver’. Até porque eu não sabia quem seria o elenco que iria entrar, quem eu iria encontrar por lá. Eu fui pronta para me jogar e viver tudo. Como é que você vai planejar uma coisa que você nem sabe como vai ser? Fora que esse ‘Big Brother’ foi bem diferente: a gente já entrou vendados, no meio de uma bola no gramado. Eu olhei para o lado e achei que o Rodriguinho era um lutador; vi a Wanessa Camargo e não reconheci. A minha vista estava turva, foi muita emoção, um ‘trelelê’ danado. Mas realmente supera as nossas expectativas, é muito melhor! Se você vai entregue para viver e para se jogar, supera em um nível extraordinário.

 

Você disse que não se via saindo da casa antes da final, mas nos últimos dias comentou que teria cavado a própria eliminação. Por que teve essa percepção? 

Eu não me via saindo da casa pela vontade de estar lá. Eu dizia: ‘Meu Deus, eu quero muito estar aqui, não cabe dentro de mim’. Se eu não me engano, eu acho que eu falei essa frase [sobre ter cavado a eliminação] em relação ao Matteus e à Isabelle. Eu e a Alane tivemos um surto, que eu até estou dando risada aqui fora. A gente sempre viu um clima e uma coisa muito bonita entre os dois. Eu conversei com a Alane, a gente começou a shippar e tal... de repente, tivemos um surto. Nessa reta final, em que a gente fica indo para paredão toda hora, o medo apertou. Aí a Alane disse: ‘Se formos eu, Isabelle e Matteus, eu saio, porque o casal o Brasil quer ver’. E aí começaram as paranoias. Mas no outro dia a gente já estava shippando de novo: ‘Se beijem logo, parem de ser lerdos vocês dois!’. A mente fica confusa e as emoções afloradas por conta da final que está chegando. Todo mundo quer chegar até a final, é um mix de emoções...

 

Desde o começo da temporada, no Sincerão, você foi apontada pelo seu jeito de agir no convívio e nas festas, e justificou que era sua alegria e não a mudaria. Acha que sua personalidade pode ter interferido no seu desempenho nesta reta final? 

Eu acho que por eu ter uma personalidade muito forte, eu não sei me calar, eu falo. Pode ser para um amigo ou um adversário. Eu sempre sou muito sincera, não sei fingir ou fazer de contas. Eu sempre vou lá falar na cara da pessoa. Talvez, o meu desentendimento com o Davi, esse danado, tenha levado a isso. Mas o que aconteceu entre mim e ele foi porque ele tem a personalidade forte e eu também, então deu um choque. Ele é uma pessoa de quem eu gosto muito, a gente sempre se deu muito bem na casa, só que o jogo tem dinâmicas. Acabou que chegou no Sincerão e, no meio da dinâmica, saiu um fuzuê. Talvez isso tenha, sim, acontecido por eu ter uma personalidade forte, esse costume de falar, de me posicionar.

 

Fora da casa, muitos desses momentos viralizaram como memes nas redes sociais. Alguns julgaram ser um personagem criado para o programa. O que tem a dizer a esse respeito?  

Eu dei risada, fiquei chocada. Isso é muito doido, porque eu fui eu mesma o tempo todo. Eu sou assim aqui fora, tenho esse jeito de fazer e de falar. Tenho, sim, uma alegria muito grande que a rua e o camelô me ensinaram, a minha história de vida. É de mim mesma essa felicidade! Pode estar difícil, mas eu vou enfrentar com alegria. Essa sou eu. Não entrei no BBB pensando em falar ‘assim’ ou fazer ‘assado’. Se a pessoa entra lá planejando o que vai falar e o que vai fazer, tende a dar muito errado, porque não funciona. Você não vai conseguir ser você e vai acabar se perdendo ao tentar criar algo que não é você. Eu já passei por muita coisa na minha vida, eu sou essa Beatriz que é humana, tagarela, que fala mesmo – gostou, fala; não gostou, fala – doidinha, maluquinha, mas muito alegre. 

 

As propagandas e os bordões eram sua marca registrada. Como foi levar essas ferramentas do seu trabalho aqui de fora para o BBB? 

Foi muito natural! Eu não pensei ‘Ah, vou fazer as propagandas para ver o que vai dar’. Eu amo o que eu faço aqui fora, poder divulgar, fazer meus vídeos no Brás, falar das roupas... E lá no BBB, eu sentia uma alegria muito grande, como eu sinto aqui fora. Quando eu pegava um produto, o meu coração batia mais forte, a alegria explodia em estar ali e falar das marcas. E eu também me sentia numa escola onde eu estava aprendendo. Eu já faço isso aqui fora, mas eu estava falando de marcas grandes, então eu via como um aprendizado, como uma bagagem para mim que tenho vontade de trabalhar na televisão. Como é falar da marca X ou da marca Y? Como eu faço? A alegria é algo que me move de uma maneira muito forte. Teve uma ação, que eu nunca esqueço – embora eu ficasse extremamente feliz em todas – durante uma festa, em que chegou um carrinho da marca e meu coração bateu tão forte, subiu um fogo, um negócio tão forte ao fazer a propaganda. Realmente, é a alegria que me move. Pode ser exagero ou não, mas é o que tem dentro de mim. E eu não sei esconder essa coisa pulsante.

 

Você foi do grupo Fadas. O que gerou a conexão e união dos integrantes, em sua opinião? E a que atribui o fato de seu grupo compor todo o Top 5 desta temporada?

Eu acho que o que uniu a gente foi a alegria e a sinceridade. Todo mundo do quarto Fadas – eu, Matteus, Davi, Alane e Isabelle – somos muito verdadeiros e pessoas extremamente alegres. A gente fala um na cara do outro, puxa a orelha, dá conselho. A gente se abraça e joga junto. A gente se uniu por gostar, por ter conexão, foi além de jogo. O jogo veio de forma natural, como uma consequência da amizade, do laço. O Davi e a Alane sempre me colocavam para cima. Às vezes um estava triste e o outro começava a pular, a cantar, aí todo mundo começava a fazer o mesmo. O outro estava triste e alguém falava: ‘vamos na piscina’. Aí ia todo mundo pular na piscina, dar uma de louco, fazer e acontecer. A gente tem essa alegria em comum, essa verdade, essa sinceridade, um jogo limpo. Eu acho que o que fez com que a gente chegasse aos finalmentes – eles ainda estão lá lutando pelo prêmio – foi, na verdade, essa espontaneidade, essa conexão que fez com que nascesse um jogo espontâneo, verdadeiro, natural e orgânico, sem precisar forçar nada.

 

Inicialmente, Davi e Isabelle não jogavam com vocês. Acha que o destino do grupo teria sido diferente caso eles não tivessem se aproximado? 

Talvez sim. Eu acho que tudo acontece como tem que acontecer e cada um do quarto Fadas tem um jeitinho muito único, cada um traz a sua história, a sua marca, sua garra, sua força e sua coragem e isso se complementa quando estamos juntos. Forma um fogo, um laço, um negócio. Eu acredito que, para quem assistiu, também era bem isso que eu estou dizendo, e para mim que estava lá dentro vivendo com eles, também era assim. Eu acredito que Deus fez o encaixe ali certinho, perfeito, como tinha que ser.

 

Qual foi a contribuição de ambos para o grupo das Fadas? 

A amizade com a Isabelle começou com uma calcinha que ela me deu. Ela sempre foi muito solícita, muito doce, meiga e sempre querendo ajudar todo mundo, com um coração gigante. A gente dormia na mesma cama, eu, ela e Wanessa; às vezes, só eu e ela. A gente tentava falar de jogo, mas tinha meio que um bloqueio. Quando ela me deu a calcinha, eu vi uma coisa muito boa na Isabelle e falei que não votaria nela. O Davi tem uma alegria muito grande que sempre me chamou atenção, fora a história dele que eu acho muito bonita. Ele tem vontade de ser médico e é uma pessoa extremamente alegre. Eu sempre achei o jogo dele coerente, é uma pessoa que se posiciona, que fala o que pensa. Eu sempre enxerguei um jogo legal, apesar de a casa toda ir contra. Eu sempre vi e senti coisas boas nele. O Davi já tentava se aproximar da gente, até que ‘casou’. Primeiro foi o Davi e depois, a Isabelle.

 

O que provocou o seu rompimento com o Davi nos últimos dias? Acredita que isso possa ter impactado o seu jogo de alguma forma? 

Foi a dinâmica do Sincerão. Ele tem uma personalidade forte, deu a opinião dele, eu dei a minha e nós dois ficamos ali debatendo. Por termos opiniões diferentes, houve um choque. Ele disse: ‘Ah, Bia, você não sabe quem você é’. Eu gosto muito dele, mas fiquei magoada e desabafei, expus. Em outro momento, eu não queria falar com ele justamente por gostar muito e saber que a gente poderia ir para cima e magoar um ao outro. Quando ele insiste, eu aceito conversar, mas acaba dando choque. O jogo, às vezes, leva para esses caminhos e a gente estava na reta final, com os sentimentos muito aflorados, muito emocionados. Às vezes uma dinâmica faz com que a gente aflore mais ainda e acontecem as coisas que têm que acontecer.

Eu acho que pode ter impactado, porque eu gosto muito dele, então fiquei muito chateada. É muito complicado, porque estávamos ali unidos e, nos finalmentes, dá essa rusga. É triste, eu fiquei magoada por ele ser meu amigo. É uma situação chata, que cria um clima estranho. A gente brinca muito um com o outro: é ‘lacreu’, cantoria, se joga na piscina. A gente já está ali aflorado, sente saudades de família, sente medo, tristeza e, se você se desentende com algum amigo lá dentro, o coração fica um pouco mais apertado.

 

Você foi líder duas vezes no programa. Que liderança foi mais importante? 

As duas foram de resistência, mas eu acredito que a do hot dog [foi mais importante] por ter sido no Dia Internacional da Mulher. Para mim foi uma honra gigante, inclusive o Davi estava comigo e foi muito guerreiro também, a gente deu o nosso sangue. E foi uma liderança em que eu tive a minha festa do ‘Brasil do Brasil’, meu programa. As duas foram incríveis. A primeira foi a história da minha vida, sobre camelô, e é a minha essência, a minha paixão, aquilo que eu carrego no meu peito, na minha alma. Nas duas lideranças, eu indiquei pessoas ao paredão que eu realmente tinha um posicionamento sobre e acabaram saindo. Deu certo. As duas foram incríveis, fora do normal, sensacionais.

 

Quais foram seus maiores rivais no BBB e por quê? 

A Fernanda foi uma grande rival. Logo no começo nós iniciamos um embate, teve o dela com a Alane também... tudo misturado. Todos os embates que eu tive na casa foram por conta dessa minha alegria. A Fernanda me emparedou por isso, o Lucas, também. Mas eu acho que o maior embate que eu tive foi com a Fernanda, porque foi uma coisa estendida. 

 

Quem você elege como o melhor jogador desta edição e por quê? 

Eu vou me colocar como melhor jogadora desta edição, porque cada um lá dentro é protagonista da sua própria história, cada um briga de um jeito e tem a sua própria estrela. Mas eu digo isso porque eu fui eu mesma e dei o meu máximo, eu me entreguei, me joguei. O ‘Big Brother’ não é uma receita de bolo para você dizer: ‘Vamos bater dois ovos e jogar uma farinha, que vai crescer o bolo’. É ser você. Então, eu me coloco nessa posição de melhor jogadora, porque eu fui eu, fui genuína, sofri, chorei, joguei, pensei, fiz escolhas, mas sempre sendo eu. Vai tomar decisão? Sou eu, Bia, a do camelô, a do teatro, a Bia da jaca, da mexerica, a Bia que eu sou aqui fora. O principal no ‘Big Brother’ é ser quem você é, se entregar sem medo de ser feliz. Se você consegue fazer isso, já é um grande jogador.

 

Teria feito algo diferente no programa para, quem sabe, chegar à final? 

Eu não teria sentido medo como eu senti. Quando vinham muitos paredões, eu ficava criando teorias na cabeça: ‘Ai, meu Deus, se eu for com tal pessoa, eu saio’. Mas é normal ter medo, porque somos seres humanos, ainda mais no ‘Big Brother’, que é um sonho pelo qual a gente luta muito para alcançar. É inevitável que a pessoa que entra lá sinta medos, receios. Mas é tirar o medo, entregar nas mãos de Deus e ir.

 

Após o BBB, qual é o próximo sonho que você deseja realizar? 

Quero ajudar minha família, trabalhar na televisão, ser apresentadora, fazer novela, propaganda. Eu quero realmente poder acordar bem cedo, antes do sol nascer, e ir para o set gravar, gravar, gravar; voltar para casa à noite e dizer: ‘Meu Deus, gravei demais hoje!’. Eu quero poder dar uma vida melhor para a minha família. A minha irmã teve um aneurisma em 2010, quase morreu, e ela faz tratamento até hoje para ver como está o cérebro. Eu quero muito dar uma vida confortável para ela poder ir ao médico e fazer sempre os exames. Cuidar da minha mãe, do meu pai, dos meus irmãos, ganhar meu dinheiro fazendo o que eu amo de uma maneira digna, honesta, e sendo feliz, que é o que importa. Não adianta, se a felicidade não estiver com a gente, não tem graça. Eu amo a televisão, meu Deus do céu! Se eu pudesse, até meu último dia de vida aqui na Terra, eu gostaria de trabalhar na televisão e, é claro, ajudar a minha família. Minha família acreditou muito em mim, meus pais pararam de construir a nossa casa para poderem pagar meu teatro, para eu conseguir me formar. A gente dormiu muitos anos no chão para que eu conseguisse me formar, então eu quero poder retribuir tudo, ganhando meu dinheiro honestamente com o trabalho que eu mais amo.

 

Na televisão, qual é o seu maior desejo?

É ser apresentadora. Eu gosto, sou apaixonada. No Brás, eu me descobri mais ainda. E dentro do BBB foi uma escola, porque eu fazia para mim as propagandas, porque me davam uma alegria, uma coisa muito forte. Eu pensava: ‘Eu estou aprendendo aqui, porque se eu tiver oportunidade, já vou ter as manhas’. Quando a Ana Clara, a Micheli Machado iam lá fazer alguma ação com a gente, eu ficava reparando no jeitinho delas, como elas se portavam com a câmera para eu aprender mesmo. Eu acho que aprendizado é uma coisa que ninguém tira da gente. Estudar, querer sempre aprender mais é muito importante.

 

O ‘BBB 24’ tem apresentação de Tadeu Schmidt, produção de Mariana Mónaco, direção artística de Rodrigo Dourado e direção de gênero de Boninho. O programa vai ao ar de segunda a sábado após ‘Renascer’, e domingos, após o ‘Fantástico’.  

Além da exibição diária na TV Globo, o ‘BBB 24’ pode ser visto 24 horas por dia no Globoplay, que conta com 12 sinais com transmissão simultânea, incluindo o mosaico de câmeras, as íntegras e os vídeos dos melhores momentos, edições do ‘Click BBB’ e o ‘Mesacast BBB’, que também terá distribuição de trechos no streaming, no gshow, nas redes sociais e plataformas de vídeos, incluindo a versão em áudio no gshow e nas plataformas de podcast. Todos os dias, logo após a transmissão na TV Globo, o Multishow exibe uma hora de conteúdo ao vivo, direto da casa. O canal ainda conta com flashes diários, ao longo da programação, e com o ‘BBB – A Eliminação’, exibido à 0h30 de quarta para quinta-feira. No gshow, o público pode votar e decidir quem permanece ou deixa o jogo e acompanhar a página ‘BBB Hoje’, as páginas dos participantes e conteúdos exclusivos, como o ‘Bate-Papo BBB’, enquetes e resumos do que de melhor acontece na casa.


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