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quinta-feira, 7 de março de 2019

.: Almanaque dos brinquedos: breve cronologia de profissões da Barbie

Por Mary Ellen Farias dos Santos*
Em março de 2019 
 



A boneca Barbie comemora 60 anos, no dia 9 de março e celebra o poder de inspirar as garotas desde 1959. Criada pela empresária Ruth Handler, e produzida pela Mattel, a descendente da boneca alemã Bild Lilli já sofreu diversas alterações no corpo e, com o passar do tempo, passou a perder articulações. Confira a breve ordem cronológica da Barbie por meio das profissões em "Inspiring Girls Since 1959":


Barbie modelo (1959)


Barbie aeromoça (1961)

Barbie astronauta (1965)

Barbie bailarina (1976)

Barbie instrutora aeróbica (1984)

Barbie CEO (1985)

Barbie rockstar (1986)

Barbie pilota (1989)

Barbie rapper (1992)

Barbie snowboarder (1995)

Barbie dentista (1997)

Barbie presidente (2000)

Barbie zoologista (2006)

Barbie pilota de corrida (2010)

Barbie arquiteta (2011)

Barbie designer (2012)

Barbie diretora de filme (2015)


Barbie patinadora no gelo (2017)

Barbie apicultora (2018)

Barbie jogadora de baseball (2019)


*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: @maryellenfsm


segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

.: Almanaque dos brinquedos: Funko Pop e sua história

Por Mary Ellen Farias dos Santos*
Em janeiro de 2019 


Garoto propaganda do restaurante Big Boy


A Funko, empresa fabricante de bonequinhos cabeçudos licenciados da cultura pop, surgiu com o objetivo de resgatar brinquedos nostálgicos e temáticos para o meio tecnológico da atualidade. Fundada por Mike Becker, ainda em 1998, a Funko produziu o primeiro Bobblehead com o ícone da propaganda do restaurante Big Boy.

No entanto, em 2005, a empresa foi vendida e Brian Mariotti assumiu a presidência. Assim, a linha de bonequinhos de quase 10 centímetro expandiu por meio de acordos de licenciamento com a WWE, Lucasfilm, Marvel, Hasbro, Elvis Presley, CBS, FOX, Warner Bros, Disney, Microsoft, HBO e outras. 

Em mais de 1.000 figuras de vinil diferentes já produzidas, os bonequinhos são distribuídos mundialmente, gerando vendas superiores a 10 milhões de unidades. Contudo, a Funko também transita na produção de produtos como por exemplo, pelúcias, drives USB e fones de ouvido.


Dumbo palhaço

Embora alguns ainda torçam a cara para os pequenos de olhos de bola, muitos colecionadores levariam uma disputa até o fim em nome de conquistar certas raridades. Seja o Dumbo palhaço, o duo Arial e Úrsula metálicas ou o Freddy Funko. A lista de raridades é grande. Confira essa que o Resenhando.com já publicou!

No quesito valores, alguns exemplares de Funko Pop raros, em reais, já passam dos R$2.000, basta dar uma simples pesquisada na internet. Caso encontre algum em negociação. No entanto, qualquer boneco avaliado acima de US$ 30 pode ser enquadrado no nível de raridade. Uma pesquisa no poppriceguide.com é uma excelente forma de medir preços.


Ariel e Úrsula metálicas

A raridade atualmente é aplicada aos Funko Pop! que brilham no escuro, flocados e metálicos, além dos produzidos em quantidade limitada, principalmente, os criados para convenções, que variam de 12 a 500 unidades de cada versão por feiraProcurados por colecionadores, os bonequinhos foram batizados de "chases", pois na época a empresa ainda surpreendia na distribuição dos variantes em lotes comuns. Atualmente, são exclusivas de lojas como Game Stop, Hot Topic e Walmart.

Entre os exemplares especiais, está a linha Pop! Asia Series que produz modelos exclusivos para o mercado asiático, mas que podem ser comprados no eBay, por exemplo. A maioria dessas peças está relacionada aos costumes e à cultura asiática.


Kuchisake, lenda urbana da mulher da boca rasgada

Entre os especiais estão também os de tamanho fora do padrão e bem maiores, seja o Balrog de "O Senhor dos Anéis", os personagens do filme "Caça-Fantasmas" nos carros e uma versão grande do Banguela de "Como Treinar o seu Dragão"Os exemplares exclusivos, que não chegam às lojas, também são distribuídos pela assinatura de três serviços: Legion of Collectors, Marvel Collector Corps e Smuggler’s Bounty.


Banguela em tamanho gigante

Caso o Funko esteja no "Vault", ou seja, com a produção parada e o modelo no cofre, as peças não podem ser classificadas como raras, uma vez que podem voltar a serem fabricadas. Contudo, quando identificada como finalizada a produção, há valorização do determinado Funko, como aconteceu com o Freddy Funko, mascote da empresa. 

O bonequinho sardento é brinde para aqueles que se inscrevem no Funklub (funko.com/pages/fun-klub). Ao longo do tempo, Freddy ganhou variantes lançadas, geralmente, na San Diego Comic Con ou nos Fun Days.



Freddy Funko


*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: @maryellenfsm


sexta-feira, 26 de outubro de 2018

.: Almanaque dos brinquedos: Fofolete, Gisele, Minuche, Miudinha e Pipoca

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em outubro de 2018

A Fofolete foi lançada pela Trol, no Brasil


Lançada pela El Greco, fabricante originária da Grécia, em meados dos anos 70, a boneca de olhos de vidro que usa touquinha e cabe na palma da mão, chegou à Itália, pela marca GIG, e recebeu o nome de Fiammiferino (retirando a terminação -no significa fósforo em italiano). Conquistou os Estados Unidos com o nome de William Baby, Matchbox Doll e na França como Feufollettes.

Propaganda italiana da Fiammiferino, Fofolete


No Brasil, a bonequinha de pano que vinha dentro de uma caixinha similar a de fósforos, surgiu no final dos anos 70, pela fabricante Trol e foi batizada com o nome inspirado no francês: Fofolete

Após sumir das prateleiras, nos anos 80, com a falência da Trol, a Fofolete voltou a ser fabricada pela Estrela a partir de 1999. No entanto, as peças em muito se assemelhavam a boneca Miudinha.

Fofolete lançada pela Estrela para comemorar a Copa no Brasil

Ainda nos anos 80, a El Grecco lançou a Le Mimmine, que a Trol colocou nas lojas brasileiras. Um pouco maior do que a soberana de vendas, Fofolete, foi batizada de Gisele. A bonequinha, também com olho de vidro, vinha de vestidinho e chapeuzinho na mesma estampa e dentro de uma caixinha. Na época também estampou a camiseta de muitas meninas, além de ter virado papel de carta.

Propaganda italiana da Le Mimmine, lançada no Brasil como Gisele

Seguindo o formato do que tanto agradou o público infantil, a El Grecco ainda lançou Por Corn, um palhacinho todo colorido, que recebeu o nome no Brasil de Pipoca, além da boneca Paciocchino, que a Trol chamou de Minuche, que vinha de gorrinho e cachecol, combinando.

Paciocchino, que a Trol chamou de Minuche

Durante os anos 80, para concorrer com a Trol, empresa que trouxe todas as variações de bonequinhas de pano, a Brinquedos Estrela conquistou o licenciamento da fabricante italiana Querzola e fabricou Mignolino, batizada de Miudinha/Miudinho. 



*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: @maryellenfsm

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

.: Tudo sobre a boneca Fulla, a Barbie dos países islâmicos e do Oriente Médio


A Fulla é uma boneca, com o mesmo tamanho da famosa Barbie, porém, com costumes e roupas diferentes. Ela foi lançada em 2003 na Síria, pela NewBoy Design Studio. A boneca vem com véu e hijab (um vestido usado por muçulmanas por cima das roupas que cobre o corpo e deixa o rosto e as mãos de fora), além de um tapete para orações, cor-de-rosa.

Fulla é comercializada em países islâmicos e do Oriente Médio, sendo um total de 22 países e mais de 200 produtos comercializados da boneca. Em 2004, ela vendeu mais de 1 milhão de bonecas, sendo considerada a mais popular do Oriente Médio.

Apesar de ter caído em desgraça entre as meninas egípcias, esta boneca mantém seu prestígio em países do golfo como a Arábia Saudita, onde a Barbie é proibida e a Fulla oferece, além disso, uma extensa unidade familiar formada por seus pais, dois irmãos gêmeos chamados Bader e Nur, e duas amigas íntimas, Yasmin e Nada. 

Fulla já exerce duas funções, professora e médica, e é a versão islâmica da Barbie criada para suprir as necessidades das crianças criadas dentro da cultura muçulmana e que não aceitam o padrão e  costumes ocidentais da boneca americana.

Antes considerada a "queridinha" das crianças do Oriente Médio, pois a boneca tem o mesmo tipo físico e modo de vestir das mulheres árabes, ela vem passando por uma crise. Diferente da Barbie onde os seios são ”empinados”, a Fulla tem uma forma física mais modesta e busto menor. Além disso, o véu islâmico e o recatado guarda-roupa da Fulla, ainda uma das bonecas mais vendidas no Oriente Médio, já não seduzem tanto as meninas egípcias, que agora preferem as saias curtas e os vestidos justos da Barbie.

"A Fulla desapareceu de nossas prateleiras. Ninguém mais procura por ela porque está fora de moda", disse à Agência Efe a jovem Nevine Ibrahim, funcionária de uma loja de brinquedos do bairro de Dokhi, no Cairo. A boneca foi batizada com o nome de um típico jasmim da região. De acordo com Hani Orfali,  diretor da divisão de brinquedos da NewBoy, a Fulla representa o mundo muçulmano com sua cultura, valores e esperanças.

"A Fulla simboliza o sonho de toda menina árabe: uma personalidade popular e divertida que contribui positivamente para a sociedade e ressalta a importância da vida familiar", assinalou Orfali,, que garantiu que as vendas da boneca nos últimos anos foram "mais altas que as de qualquer outra boneca no Oriente Médio", mas preferiu não mencionar números nem dar detalhes sobre a atual situação.

No entanto, o comerciante egípcio Talat Mustafa, dono de uma loja de brinquedos em um centro comercial, destacou que ela já quase não é vendida no Egito. "Durante alguns anos, as vendas do produto subiram sem parar, mas era uma moda passageira. Agora, nenhum cliente a solicita", comenta.

De fato, nas prateleiras de seu estabelecimento, as únicas concorrentes da Barbie são as pomposas princesas ocidentais, de vestidos rosa brilhante. Já não há lugar para a Fulla porque, segundo Mustafa, a boneca islâmica "perdeu a batalha do marketing"

"Mas quem sabe? Se voltar a aparecer na televisão, talvez nossos clientes nos obriguem a trazê-la de volta à loja", acrescentou. "Muitos pais pensaram que, se sua filha brincasse com uma boneca islâmica, seria uma boa religiosa quando crescesse. Mas esse conceito mudou", ressaltou.




Na loja de brinquedos de Ibrahim também não há rastro dos olhos castanhos e do cabelo preto da Fulla, mas sim restam algumas concorrentes de traços árabes e véu islâmico que, por serem mais baratas, esperam que algum comprador se compadeça delas. 

As "primas" islâmicas da Fulla são Karima ("generosa", em árabe), que veste um longo vestido azul e tem um véu branco, e Yamila ("bela"), produzida com uma "abaya", túnica negra usada nos países do Golfo Pérsico que cobre da cabeça aos pés.

Ao contrário da Fulla, fiel à ortodoxia muçulmana que só aceita as relações entre homem e mulher dentro do casamento, Yamila tem um companheiro com túnica e turbante brancos, Yamil, alternativa ao namorado da Barbie, Ken. Sobre esse assunto, Orfali acredita que é cedo para que a boneca muçulmana tenha um marido porque representa uma jovem de 16 anos, e não revela se seu casamento chegará com a maioridade.

No entanto, a Fulla não é apenas uma boneca, já que produtos como eletrodomésticos, faqueiros, perfumes e inclusive um kit de oração composto por um véu e um tapete são comercializados em seu nome. Para Orfali, a criação deste universo próprio se deve a que a Fulla continua no foco de algumas jovens árabes "sem renunciar ao véu nem aos trajes típicos de alguns países" e, além do guarda-roupa, compartilha com elas aspirações profissionais.

"A Fulla, como outras meninas de sua idade, sonha em desenvolver uma carreira no futuro", disse o diretor da NewBoy para justificar que a boneca já dispõe de versões como professora, dentista e estilista. "Terá outras muitas profissões, que serão escolhidas com base em nossas pesquisas sobre os sonhos das adolescentes árabes".




"Barbie islâmica"
Fulla é uma boneca "muçulmana" com "feições" árabes, mais popular das Arabias e apelidada de Barbie muçulmana ou Barbie árabe. A boneca é muito similar à "prima" ocidental que adora "vestir" modelitos mais ousados que a versão das Arábias.

Muito querida pelas meninas do Oriente Médio, ela apresenta o mesmo tipo físico e modo de vestir das meninas das Arabias. Fulla é morena (mas também existe a versão loira), tem olhos castanhos e grandes, usa hejab e vestes modestas como toda boa muçulmana deve usar. Diferente da Barbie onde os seios são " empinados" a Fulla tem uma vestimenta, tipo uma segunda pele feita sobre o próprio corpo da boneca, que cobre suas partes mais intimas e metade da perna também.

As roupas de Fulla são lindas e têm para todos gostos: abaya escura com hejab, vestes de oração com tapetinho e tudo, trench-coat com hejab branco (estilo sírio), noiva, saia e blusa, vestidos. Acessórios curiosos para o mundo ocidental, cada um mais bonito do que o outro.

A fama da boneca lançada em 2003 alcançou os outros países árabes e muçulmanos ficando conhecida como a "Barbie islâmica". Em pouco tempo, todas as garotinhas queriam uma Fulla para brincarem e se identificarem. Com o sucesso do brinquedo, outros produtos que levam sua estampa foram lançados, e vão desde mochilas, lancheiras, sombrinhas, cortinas, roupas, roupa de banho e cama, até cadernos a cereal matinal com a foto ou desenho da boneca muçulmana.

Embora a Fulla seja a mais popular das bonecas muçulmanas, ela possui concorrentes como a Jamila Doll, Sara e Dara, Razane e Saghira. No site americano da Fulla, a boneca saia por U$ 16. Com certeza na Síria deve ser mais barata. Dificilmente a boneca é vista na Turquia, onde podem ser encontradas Barbies sendo vendidas na lojas. E, no Brsil, é item de colecionador.



Comercial de produtos com o nome Fulla

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

.: Almanaque dos brinquedos: Os irmãos da boneca Barbie

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em setembro de 2018


Um pouco mais da família da Barbie. Leia também sobre os pais da boneca: aqui!

Desde 9 de março de 1959, quando foi criada, a boneca Barbie já ganhou diversas companhias, desde um parceiro para chamar de amor, o Ken (1961), assim como uma família. Além de ser filha de George Roberts e Margaret Rawlins Roberts, Barbara Millicent Roberts também tem lindas irmãs. 

Contudo, em 1964, a loirinha sensação ganhou a primeira versão da irmã caçula: Skipper. A irmãzinha chegou ao mercado para limpar a barra da primogênita. Embora a moça já tivesse ganhado a amiga Midge, a Mattel ainda precisava derrubar a ideia de símbolo sexual em torno da Barbie.


Tutti e Todd (acima), Skipper e Courtney (amiga da Skipper) e Stacie (também irmã da Barbie)


Dois anos depois, a família Roberts tornou a crescer e Barbie ganhou os gêmeos caçulinhas: Tutti e Todd (1966). E assim ficou por longos anos, pois somente em 1990 que nasceu Stacie. Contudo, Stacie ganhou um gêmeo que também levou o nome de Todd, depois surgiram Kelly (1995) e Krissy (1999).


Barbie com os irmãos Stacie e Todd (acima), Kelly e amiguinhas (abaixo, à esquerda) e Krissy (abaixo, à direita)

Como toda família grande requer atenção, em 2009, a Mattel decidiu reduzir as irmãs da Barbie para três: Skipper, Stacie e Chelsea. Assim, a boneca Kelly saiu de circulação, tendo Chelsea tomado o seu lugar.


Barbie e as três irmãs: Stacie, Chelsea e Skipper (2012)



*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: @maryellenfsm






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