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segunda-feira, 11 de março de 2024

.: Livro "O Menino e o Livreiro", de Andrea Jundi, é sobre pertencimento e amizade


Andrea Jundi
estreia na literatura com o romance “O Menino e o Livreiro” (e-galáxia), que narra de forma ritmada a história de Carlos, uma criança de dez anos que há três espera sua mãe voltar no mesmo trem que a levou. Desde sua partida, a vida do menino é correnteza veloz, sem ponto de fuga Em meio a cartas para a mãe, o mistério de seu sumiço, e revelações tão dolorosas quanto libertadoras, a vida do menino se desenrola em desafios grandes demais para uma criança. Mas o nascimento de uma relação abre novas perspectivas.

Assim surge Romeo, o velho livreiro, que vive feito árvore enraizada na beira do rio, até encontrar o menino e se ver como tronco de salvamento. Uma história permeada pela amizade que se desenvolve entre o menino e o livreiro, e as dificuldades deles e das pessoas que compartilham as mesmas ondas. Cada um fazendo o que pode com as oportunidades que tem - ou com a falta delas. É sobre a importância do encontro, do sentimento de pertencimento e uma celebração à incansável fé em acreditar que sempre é possível começar de novo. Compre o livro "O Menino e o Livreiro", de Andrea Jundi, neste link.


Sobre Andrea Jundi
Nasceu no Rio de Janeiro em 1983, mas cresceu em São Paulo. Formou-se em audiovisual e trabalha na área há mais de 20 anos, nas maiores produtoras do Brasil. Desde criança teve duas paixões: livros e cinema. Se um livro era adaptado para o cinema, fazia questão de ler antes o livro para depois assistir ao filme. Não queria perder a chance de criar a sua própria versão da história antes de ver a versão de outra pessoa. Dessa forma sempre se cercou de diferentes maneiras de contar uma história, sendo no trabalho ou por lazer. 

A paixão pela literatura escalou e enquanto não tinha tempo para se debruçar na escrita literária, estudou e se muniu de ferramentas, até finalmente se sentir pronta. Morou no Canadá, em Londres e atualmente vive em Portugal, onde uniu a paixão pela literatura ao conhecimento narrativo e imagético do cinema. Inicia assim uma nova etapa de sua carreira, lançando seu livro de estreia "O Menino e o Livreiro". Garanta o seu exemplar de "O Menino e o Livreiro", escrito por Andrea Jundi, neste link.

domingo, 10 de março de 2024

.: Clássico de Rachel de Queiroz de volta às livrarias depois de quase 15 anos


Livro adotado pelo vestibular da Fuvest para 2026 e 2027, "Caminho de Pedras" retorna às livrarias. É o romance mais engajado de Rachel de Queiroz, primeira mulher a integrar a Academia Brasileira de Letras e a primeira a receber o Prêmio Camões.

Na Fortaleza dos anos 1930, durante a Era Vargas, Roberto tem a missão de recrutar operários para uma nova célula de esquerda. Uma das pessoas que se interessam é Noemi: mãe de Guri e casada com um homem que não ama mais, ela está em busca de algo que a faça se sentir viva. Nas reuniões do partido, Noemi e Roberto desenvolvem uma conexão intelectual intensa, que os leva a um caso amoroso. Ela se vê, então, testando novos limites morais e éticos, tanto no campo do amor quanto no da política.

Expressão de um socialismo libertário que poucas vezes voltaria a aparecer nos textos de Rachel de Queiroz, "Caminho de Pedras" é considerado seu romance mais engajado. Neste livro, aparecem as primeiras demonstrações de um estilo mais introspectivo e de análises psicológicas que alicerçam cenas de forte intensidade emocional. Um arranjo arguto para contar a história de uma paixão proibida inflamada pela luta.

Em "Caminho de Pedras", Rachel de Queiroz nos revela a força de uma mulher que decide seguir seus desejos, mesmo que isso implicasse um divórcio. Numa sociedade em que a mulher deveria desempenhar exclusivamente os papéis de mãe, esposa e dona de casa, Noemi é tanto infratora quanto heroína da própria história, pois a punição que sabia que enfrentaria não foi o suficiente para convencê-la a continuar num casamento sem amor. Compre o livro "Caminho de Pedras", de Rachel de Queiroz, neste link.


O que disseram sobre o livro
“'Caminho de Pedras' é uma história de gente magra, uma história onde há fome, trabalho excessivo, perseguições, cadeia, injustiças de toda a espécie, coisas que os cidadãos bem instalados na vida não toleram.” — Graciliano Ramos

“A mesquinhez pulha dos indivíduos, a amargura sofrente de todos, a incapacidade como que por fatalidade, a dedicação por um ideal mais sonhado que entendido, o ambiente parado das cidades nordestinas (com exceção do Recife), a quantidade inflexível de sol que está no livro, a pureza da linguagem natural, sem a menor pesquisa: é a Rachel de Queiroz grande romancista.” — Mário de Andrade

“A trilogia 'O Quinze', 'João Miguel' e 'Caminho de Pedras' marca claramente um momento da obra de Rachel. A afirmação de seu compromisso com a linguagem clara, de dicção moderna, a preocupação com o social, seus conflitos políticos, sua raiz nordestina. Marca ainda sua habilidade no desenho de personagens femininas cujo desempenho desafia invariavelmente a lógica patriarcal desta primeira metade do século XX.” — Heloisa Teixeira


Sobre a autora
Rachel de Queiroz nasceu no dia 17 de novembro de 1910 em Fortaleza, Ceará. Ainda não havia completado 20 anos quando publicou uma modesta tiragem de "O Quinze", seu primeiro romance. Mas tal era a força de seu talento que o livro despertou imediata atenção da crítica de todo o Brasil. Em 1931 mudou-se para o Rio de Janeiro, mas nunca deixou de passar parte do tempo em sua fazenda no sertão cearense. Ela se dedicou ao jornalismo, atividade que exerceu paralelamente à sua produção editorial. Primeira mulher a integrar a Academia Brasileira de Letras (1977) e a primeira a receber o Prêmio Camões (1993), a maior honraria em língua portuguesa, faleceu no Rio de Janeiro, aos 92 anos, em 4 de novembro de 2003. Cronista e romancista primorosa, Rachel de Queiroz escreveu peças teatrais e livros infantis. A José Olympio publica sua obra completa, que inclui livros que já se tornaram clássicos, como 'O Quinze' e 'Memorial de Maria Moura'". Garanta o seu exemplar de "Caminho de Pedras", escrito por Rachel de Queiroz, neste link.

sexta-feira, 8 de março de 2024

.: "Em Agosto nos Vemos", o romance póstumo e inédito de García Márquez


Romance póstumo e inédito de Gabriel García Márquez, o livro "Em Agosto nos Vemos" chega às livrarias em lançamento simultâneo mundial. A obra é um hino à vida, ao desejo feminino e à resistência do prazer apesar da passagem do tempo. 

Um presente do vencedor do Prêmio Nobel de Literatura para o mundo, o livro inédito e póstumo, traduzido para 41 idiomas, teve lançamento simultâneo mundial nesta quarta-feira, 6 de março, data em que o célebre autor colombiano faria 97 anos. A edição em capa dura traz fac-símiles do manuscrito original. Considerado o mestre do realismo mágico latino-americano, García Márquez é um dos autores mais importantes do século XX e tem quase 3 milhões de livros vendidos só no Brasil. A tradução é de Eric Nepomuceno.

Todo mês de agosto, Ana Magdalena Bach pega uma barca para uma ilha caribenha a fim de colocar um ramo de gladíolos no túmulo de sua mãe. Todos os anos, ela se hospeda em um hotel e, antes de dormir, desce para comer algo no bar. Para não ter erro, ela pede sempre o mesmo sanduíche de presunto e queijo e depois sobe para seus aposentos. Até que, certa vez, um homem a convida para uma bebida. 

E, depois do primeiro gole de seu gim com gelo e soda, sentindo-se atrevida, alegre, capaz de tudo ― inclusive de se despir de suas amarras conjugais, esquecendo momentaneamente marido e filhos ―, ela cede aos avanços do desconhecido e o leva para seu quarto.Essa noite específica faz com que Ana Magdalena ― e sua vida ― mude para sempre. E, depois dessa experiência, ela passa a ansiar por cada mês de agosto, quando não apenas visita o túmulo de sua mãe como também tem a chance de escolher um amante diferente todos os anos. 

Escrito no estilo fascinante e inconfundível de um dos maiores ícones da literatura latino-americana, "Em Agosto nos Vemos" pinta o retrato de uma mulher que descobre seus desejos e se aprofunda em seus medos. Uma preciosidade que vai encantar fãs do saudoso Gabo, assim como novos leitores desse grande escritor. Compre o livro "Em Agosto nos Vemos", de Gabriel García Márquez, neste link.


Sobre o autor
Gabriel García Márquez
nasceu em 6 de março de 1927 na aldeia de Aracataca, nas imediações de Barranquilla, Colômbia. Autor de alguns dos maiores romances do século XX e mestre do realismo mágico latino-americano, recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 1982. Entre suas principais obras estão "Cem Anos de Solidão", "O Amor nos Tempos do Cólera", "Crônica de Uma Morte Anunciada", "Doze Contos Peregrinos", "Ninguém Escreve ao Coronel" e "Memória de Minhas Putas Tristes". O escritor morreu em 17 de abril de 2014 na Cidade do México. Garanta o seu exemplar de "Em Agosto nos Vemos", escrito por Gabriel García Márquez, neste link.

quinta-feira, 7 de março de 2024

.: No Brasil: "A Casa dos Significados Ocultos", o livro de memórias de RuPaul


Ícone da cultura pop e criador de uma das maiores franquias de reality shows do mundo, RuPaul Charles brinda o público com seu livro mais revelador. Em "A Casa dos Significados Ocultos", que chega ao Brasil em março pela Intrínseca em lançamento simultâneo com os Estados Unidos, a drag fenômeno revisita momentos desafiadores de sua infância, reconhecendo como esse período turbulento foi crucial para a formação do artista, do produtor e da potência do entretenimento que é hoje. A tradução é de Helen Pandolfi.

Desde seus primeiros anos como um garoto negro queer em San Diego, seus relacionamentos complexos com o pai ausente e a mãe temperamental, passando pela construção de uma identidade nas cenas punk e drag de Atlanta e Nova Iorque, até encontrar um amor duradouro com o marido, Georges LeBar, e a autoaceitação na sobriedade, RuPaul escava a própria história de vida, descobrindo novas verdades e insights.

De ícone drag a megaprodutor de um dos reality shows mais populares da atualidade, RuPaul foi o primeiro artista negro a ganhar 12 prêmios Emmy e elevou seu programa "RuPaul’s Drag Race" a uma franquia mundial extremamente bem-sucedida, já presente em mais de 15 países e cuja edição brasileira estreou recentemente na Paramount+ e já está com a segunda temporada confirmada para este ano. 

O artista reconhece que a capacidade de se adaptar foi central para seu sucesso, porém sua natureza camaleônica acabou por torná-lo uma figura enigmática. Em seu livro de memórias mais íntimo e detalhado, RuPaul se revela pela primeira vez sem artifícios A casa dos significados ocultos é um manual para a vida: uma filosofia pessoal que atesta o valor da família que escolhemos para nós mesmos, a importância de celebrar o que nos faz únicos e o poder transformador de enfrentar a si mesmo sem medo. Compre o livro "A Casa dos Significados Ocultos", de RuPaul Charles, neste link.

Sobre o autor
RuPaul Charlesé vencedor do Tony Award e produtor-executivo de uma das maiores franquias de televisão do mundo, RuPaul’s Drag Race, doze vezes premiada com o Primetime Emmy Award. Nascido em San Diego, RuPaul alcançou fama internacional com a música “Supermodel (You Better Work)”, lançada em 1993 em seu álbum de estreia, e compôs e gravou dezenove álbuns de estúdio até o momento. Ele já apareceu em mais de cinquenta filmes e programas de televisão. Como autor, publicou três livros: "GuRu; Arrase!"; e "Lettin It All Hang Out: An Autobiography". Foto: Albert Sanchez. Garanta o seu exemplar de "A Casa dos Significados Ocultos", escrito por RuPaul Charles, neste link.

quarta-feira, 6 de março de 2024

.: "Alerta de spoiler": referências a Game of Thrones e pitadas de literatura hot

Uma história leve e divertida para repensar estereótipos, com fanfics, um pouco de hot e dramas 30+


O que acontece quando pessoas muito diferentes fisicamente se atraem? E quando você precisa manter máscaras sociais para se proteger, mesmo querendo despi-las… O que acontece quando você se apaixona por alguém, mas ainda precisa se apaixonar por você mesmo? Com referências a Game of Thrones (GoT) e pitadas de literatura hot, chega às livrarias em março pela editora Intrínseca o primeiro romance da americana Olivia Dade publicado no Brasil: "Alerta de spoiler". Além de entregar muito entretenimento, risadas e identificação com os leitores, essa comédia romântica promete trazer reflexões sobre relacionamentos improváveis, gordofobia, relações familiares tóxicas, ética e as diversas personalidades que criamos para sobreviver.

Neste livro, Dade mistura os universos das celebridades e das fanfics com todas as problemáticas que só personagens com mais de 30 anos podem proporcionar. Muito aguardado desde o anúncio da pré-venda por conta da representatividade que a história traz ao apresentar uma mulher gorda como personagem principal, Alerta de spoiler narra a relação entre Marcus Caster-Rupp, o protagonista de Deuses dos Portões, a maior série de TV do momento — inspirado em Jaime Lannister de GoT —, e a geóloga April Whittier. 

Você pode comprar "Alerta de spoiler", de Olivia Dade aqui: amzn.to/48H1S7i

Marcus é conhecido por ser arrogante e só se preocupar com a própria aparência mas, na verdade, esconde um lado nerd que gosta de escrever histórias anônimas na internet criticando Eneias, seu próprio papel na série. April é geóloga e mantém sua paixão por fazer cosplay e escrever fanfics em segredo. Um dia, April cansa de viver essas vidas separadamente e toma coragem para publicar uma foto da última fantasia que criou para Lavínia, a protagonista de Deuses dos Portões e par de Eneias na série. O fato de April não se encaixar no padrão de beleza da sociedade faz com que a imagem acabe atraindo atenção indesejada. Ela só não esperava que, após ver os comentários maldosos na internet, Marcus saísse em sua defesa e a convidasse para sair.

Durante o encontro, Marcus logo percebe que April é exatamente o tipo de pessoa com quem ele gostaria de se relacionar: uma mulher linda, confiante e inteligente. No entanto, assim que descobre que ela é a Tiete Da Lavínia, sua amiga virtual mais próxima, ele se vê numa encruzilhada: como proteger sua persona on-line e, ao mesmo tempo, conquistar April na vida real? Será que é melhor arriscar contar a verdade ou continuar mantendo segredo sobre quem ele é? Tanto nas críticas norte-americanas quanto nas manifestações do público brasileiro ao anúncio da pré-venda, o que se destaca é a felicidade pela representatividade: do corpo à paixão pelas fanfics. Segundo o Washington Post, o livro é um caminho de autodescoberta, pontuado por uma química avassaladora, diálogos inteligentes e um humor irresistível”


Compre "Alerta de spoiler", de Olivia Dade aqui: amzn.to/48H1S7i


“Para todos que, como eu, já duvidaram: pessoas como você podem ser desejadas. Pessoas como você podem ser amadas. Pessoas como você podem ter um final feliz.” — Olivia Dade


Olivia Dade sempre foi nerd e propensa a ignorar o resto do mundo quando estivesse com qualquer livro nas mãos. Mestre em História, já teve diversos empregos, mas por fim alcançou seu objetivo de vida: usar pijama o dia todo, como a escritora-eremita e bruxa entusiasmada que é. Atualmente, Olivia mora nos arredores de Estocolmo com a família e uma coleção de livros cada vez maior.


Livro: "Alerta de spoiler"

Autora: Olivia Dade

Tradução: Ana Rodrigues

432 páginas

Editora: Intrínseca

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segunda-feira, 4 de março de 2024

.: "Sobre Literatura e História": livro de Júlio Pimentel relaciona ficção e História


Um livro singular que faz do cruzamento entre história e ficção uma trama de diálogos entre alguns dos principais nomes da literatura do século XX do nosso continente. Como um historiador lê a literatura? Como a ficção se relaciona com a história? No livro "Sobre Literatura e História - Como a Ficção Constrói a Experiência", lançado pela Companhia das Letras, o autor Júlio Pimentel Pinto oferece neste livro respostas sensíveis e inteligentes a essas perguntas. 

Mediante uma escrita prazerosa, ele nos convida a indagar sobre os caminhos possíveis de serem traçados entre os protocolos discursivos da história e as formas especulativas da ficção, sinalizando não apenas a permeabilidade de seus limites, mas, sobretudo, a distinção que as legitima enquanto práticas e saberes.

A partir da leitura de autores como Julio Cortázar, Jorge Luis Borges, Ricardo Piglia, Octavio Paz, Juan Carlos Onetti, Milton Hatoum, Edgar Allan Poe, José Martí, Sousândrade, Raymond Chandler, entre outros, Júlio Pimentel Pinto coloca em evidência indagações compartilhadas entre o fazer do historiador e o do escritor -- sem que a ficção surja como ilustração de um argumento histórico e sem que a história se preste a compor mero pano de fundo para a escrita da ficção.

"Sobre Literatura e História - Como a Ficção Constrói a Experiência" é um livro para todos aqueles que se interessam por literatura e por história, em diálogo, combinando olhares, contaminando-se mutuamente. Compre o livro "Sobre Literatura e História - Como a Ficção Constrói a Experiência", de Júlio Pimentel, neste link.

O que disseram sobre o livro
"Fruto de mais de trinta anos de militância crítica e professoral, o livro atinge um amadurecimento nas leituras e análises por aproximação e contraste dos maiores clássicos da América Latina." -- Jorge Schwartz

"Com lucidez e elegância nos debates teóricos, sem perder de vista a complexidade dos temas, um livro delicado no seu gesto de indagação e, sobretudo, atento ao prazer do leitor." -- Ana Cecilia Olmos

Sobre o autor
Júlio Pimentel Pinto
é professor no departamento de história da Universidade de São Paulo (USP) e autor, entre outros, de Uma memória do mundo: "Ficção, Memória e História em Jorge Luis Borges" (Estação Liberdade, 1998) e "A Pista & a Razão: uma História Fragmentária da Narrativa Policial" (e-galáxia, 2019). Garanta o seu exemplar de "Sobre Literatura e História - Como a Ficção Constrói a Experiência", escrito por Júlio Pimentel, neste link.

.: "Ah, se Graham Bell Falasse!" trata dos exageros no uso dos smartphones


Muitos pais se veem em situações delicadas durante a educação dos filhos. Um dos maiores desafios da geração atual é controlar o uso dos smartphones e até o próprio tempo à frente das telas. Por vezes, o pai ou a mão se culpabiliza por passar muitas horas longe de casa, e quando chega, quer agradar o filho e deixa que ele abuse do uso do eletrônico. Mas qual a medida certa para essa relação?

Em "Ah, se Graham Bell Falasse!", livro de fácil leitura lançado pela editora Franco para os pequenos da escritora Viviane Viana, temos a oportunidade de abordar o tema de uma forma lúdica e divertida com os pequenos. A autora, que é Mestre em Educação e buscou respostas em sua dissertação sobre como as tecnologias podem contribuir para o processo de ensino e aprendizagem, trata nesse novo livro dos excessos no uso das telas, especialmente dos smartphones, de forma bem humorada.

Vale ressaltar que, no livro, o celular não exerce papel de vilão. O que se discute é a moderação no uso dessa tecnologia, tão essencial em dias atuais, mas que, já é sabido, o excesso traz problemas à saúde física, mental e até dependência para as pessoas. Pesquisa feita pelo Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube) mostra que mais de 40% dos jovens brasileiros não conseguem ficar mais de um dia sem usar o celular.

Problemas de comunicação entre pais e filhos e até o sentimento de culpa por trabalhar demais são barreiras que precisam ser enfrentadas e vencidas. Abordar o tema de forma leve, como sugerir a leitura deste livro e também dar o exemplo, ficando menos com o celular na mão, são ótimas formas de se iniciar uma relação mais saudável com as telas.

O livro será lançado no dia 10 de março, Dia do Telefone, na Littera Livraria do Teresópolis Shopping, no Rio de Janeiro. A data do evento foi escolhida a dedo, já que nesse mesmo dia, só que em 1876, foi realizada a primeira bem-sucedida transmissão elétrica de voz por um aparelho cuja invenção é atribuída ao cientista Alexander Graham Bell. Compre o livro "Ah, se Graham Bell Falasse!", de Paula Viana, neste link.


Sobre a autora
Viviane de Paula Viana é escritora e jornalista. Nasceu no Rio de Janeiro e morou em Brasília, Natal, São Paulo e em Madri. É mestre em Educação pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e especialista em Arte & Educação pela Universidade de Brasília (UnB). Foi coordenadora-geral e diretora da TV Escola. Garanta o seu exemplar de "Ah, se Graham Bell Falasse!", escrito por Paula Viana, neste link.


Serviço
Lançamento do livro "Ah, se Graham Bell Falasse!"
Dia 10 de março, domingo, às 15h, na Littera Livraria do Teresópolis Shopping.
Rua Edmundo Bitencourt, 101, loja 215, Várzea/Rio de Janeiro.

.: Sucesso na 1ᵃ temporada, Justiça 2’ estreia dia 11 de abril no Globoplay


Na imagem, os personagens Balthazar (Juan Paiva), Geíza (Belize Pombal), Milena (Nanda Costa) e Jayme (Murilo Benício). Foto: Globo/Estevam Avellar

Quatro histórias inéditas ambientadas em uma nova região. A partir do dia 11 de abril, "Justiça 2", série Original Globoplay, estreia na plataforma entrelaçando as vidas de Balthazar (Juan Paiva), Jayme (Murilo Benício), Geíza (Belize Pombal) e Milena (Nanda Costa) em Brasília e Ceilândia, no Distrito Federal. A obra antológica escrita por Manuela Dias com direção artística de Gustavo Fernández segue a mesma estrutura narrativa de "Justiça" exibida em 2016 na TV Globo e disponível na íntegra no Globoplay, mas com novos dramas e personagens.

 A série acompanha a trajetória de Balthazar, Jayme, Geíza e Milena, que são presos no mesmo dia, e apresenta a retomada da vida de cada um ao sair da prisão, sete anos mais tarde. Eles vão em busca de uma justiça que vai além da lógica dos processos judiciários.  

“’Justiça’ não é uma série sobre leis, mas sobre a possibilidade de que exista justiça. A própria ideia de justiça é uma ferramenta civilizatória que viabiliza a vida em sociedade. Somos treinados para acreditar que seremos premiados se fizermos o certo e punidos quando agimos de forma errada - mas a vida mostra que isso é apenas um condicionamento teórico. Dentro desse contexto, as tramas da série são uma investigação do que sobra na vida de uma pessoa depois que a Justiça morde seu quinhão”, define a autora. 

O diretor artístico Gustavo Fernández ainda aponta: “Em ‘Justiça 2’, a continuidade é apenas de formato. Os personagens e as tramas são completamente novos. Apesar disso, o fato de a série agora se passar no Distrito Federal condicionou uma linguagem própria. Brasília, com as suas linhas retas e suas perspectivas, naturalmente pediu uma câmera com movimentos mais lentos e planos mais abertos”.

Alinhada ao compromisso da Globo de produzir conteúdos em sintonia com a sociedade, a série aborda questões que devem despertar a reflexão do público. Temáticas atuais e relevantes perpassam as tramas, como “uberização” do trabalho, racismo, corrupção, política, homofobia, misoginia, abuso sexual, entre outros. 

O elenco também conta com nomes como Leandra Leal – que, na pele de Kellen, é a única personagem que retorna - , Paolla Oliveira, Alice Wegmann, Júlia Lemmertz, Marco Ricca, Marcello Novaes, Maria Padilha, Gi Fernandes, Danton Mello, Fábio Lago, entre outros. ‘Justiça 2’ é uma série original Globoplay, desenvolvida pelos Estúdios Globo, criada e escrita por Manuela Dias, com colaboração de Walter Daguerre e João Ademir e pesquisa de Aline Maia. A série tem direção artística de Gustavo Fernández, direção de Pedro Peregrino, Ricardo França e Mariana Betti, produção executiva de Luciana Monteiro e direção de gênero de José Luiz Villamarim.

.: "Longe do Ninho": livro-reportagem de Daniela Arbex é lançado em São Paulo


Após o sucesso da sessão de autógrafos no Rio de Janeiro, a jornalista investigativa Daniela Arbex vai a São Paulo para participar do lançamento de seu novo livro-reportagem, "Longe do Ninho: uma Investigação do Incêndio que Deu Fim ao Sonho de Dez Jovens Promessas do Flamengo de se Tornarem Ídolos no Seu País do Futebol"o, nesta quarta-feira, dia 6 de março. O evento acontecerá na Livraria da Vila do Shopping Pátio Higienópolis, com início às 19h00. A obra reúne os resultados da investigação sobre o incêndio que matou dez adolescentes no Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo, em fevereiro de 2019.

Cinco anos após o incêndio no Ninho do Urubu que vitimou dez garotos e continua sem responsabilização, a premiada jornalista Daniela Arbex lança livro-reportagem  "Longe do Ninho", com informações inéditas sobre o que ocorreu naquela madrugada de 2019. O mesmo ano que entraria para a história do Flamengo como um dos mais gloriosos - o time principal foi campeão do Campeonato Carioca, do Brasileirão e da Taça Libertadores da América - foi também o mais triste de todos. 

Em 8 de fevereiro, uma tragédia sem precedentes no Ninho do Urubu, o centro de treinamento do clube, fez toda a nação amanhecer de luto. Vinte e quatro atletas da base que se reapresentaram ao clube após o fim das férias foram surpreendidos por um grande incêndio enquanto dormiam. As chamas, iniciadas pouco depois das cinco horas da manhã, alcançaram todos os quartos em menos de dois minutos. Os garotos, que se viram encurralados pelo fogo, lutaram até as últimas forças por suas vidas. O incêndio vitimou dez meninos entre 14 e 16 anos e colocou fim ao sonho de se tornarem ídolos no país do futebol.

Daniela Arbex, premiada jornalista investigativa, se lançou em uma extensa apuração para reconstituir o que de fato aconteceu naquela madrugada. Ao reunir laudos técnicos, trocas de mensagens e e-mails, dados e relatos até então não divulgados, além de entrevistas feitas com todas as famílias dos dez jovens, sobreviventes, profissionais da perícia criminal e do IML, Arbex conseguiu montar um quadro completo e elucidativo da trajetória dos atletas, do caminho das chamas - que atingiram temperatura superior a 600 graus Celsius - e das consequências na vida de pessoas que se viram envolvidas em uma tragédia anunciada. Com estrutura inadequada - apenas uma porta de saída - e materiais que não demonstraram ter propriedades antichama, o contêiner-dormitório do Flamengo transformou-se em armadilha fatal.

"Longe do Ninho", que chega às livrarias pela Intrínseca em fevereiro, é um relato extremamente forte, humano e sensível sobre a morte de meninos que estavam muito distante de casa e da proteção de seus pais. A obra reverencia a memória dos que se foram e o esforço dos atletas que sobreviveram. Apesar do trauma e do sofrimento que enfrentaram, eles encontraram no valor da amizade a coragem de que precisavam para seguir rolando a bola por si e pelos irmãos de ideal, aos quais passaram a chamar de “Nossos 10”.

Com informações exclusivas, este livro-reportagem, com prefácio do jornalista Tino Marcos, é peça fundamental para a compreensão do caso. Mais do que isso: é uma voz potente contra o esquecimento que nega a história. “Um dia minha mãe me perguntou por que trato de temas tão dolorosos em meus livros. Respondi que, na verdade, não escolho escrever sobre tragédias, mas sobre as omissões que causam tragédias, para que elas não se repitam. Afinal, se uma história não é contada, é como se ela não tivesse existido”, conclui Daniela Arbex. Compre o livro "Longe do Ninho", de Daniela Arbex, neste link.


Sobre a autora
Nascida em Minas Gerais, Daniela Arbex é autora premiada de seis livros, todos publicados pela Intrínseca. Sua obra de estreia, "Holocausto Brasileiro" (2013), foi reconhecida como Melhor Livro-Reportagem de 2013 pela Associação Paulista de Críticos de Arte e ficou em segundo lugar no Prêmio Jabuti de 2014. Além disso, foi adaptada para documentário pela HBO. "Cova 312" (2015), seu segundo livro, venceu o Jabuti de Melhor Livro-Reportagem em 2016 e "Todo Dia a Mesma Noite" (2018) ganhou adaptação pela Netflix em 2023. 

"Os Dois Mundos de Isabel" (2020) foi lançado no mesmo ano em que a autora recebeu o prêmio de Melhor Repórter Investigativa do Brasil pelo Troféu Mulher Imprensa. "Arrastados" (2022) foi agraciado com o Prêmio Vladimir Herzog 2023. Daniela Arbex conquistou ainda outros 20 prêmios nacionais e internacionais, entre eles três prêmios Esso e o americano Knight International Journalism Award. Foi repórter especial do jornal Tribuna de Minas por 23 anos e atualmente dedica-se à literatura. Foto: Leo Aversa. Garanta o seu exemplar de "Longe do Ninho", escrito por Daniela Arbex, neste link.

domingo, 3 de março de 2024

.: "Os Canibais da Rua do Arvoredo": livro inspirado em caso real de canibalismo


A história que chocou o mundo no século XIX e foi parar no caderno de anotações do naturalista Charles Darwin é revisitada em "Os Canibais da Rua do Arvoredo", livro escrito por Tailor DinizA obra, publicada pelo selo Lucens, da Citadel Grupo Editorial, é inspirada na falácia de um século e meio atrás, que chegou até o naturalista Charles Darwin.No enredo, os espíritos dos assassinos possuem um casal de jovens que passam a cometer crimes inimagináveis no porão da mesma casa onde aconteceram os crimes no século 19.

Nesta sátira, o leitor vai conhecer um casal de universitários – ele estudante de gastronomia e ela acadêmica de medicina, que se muda para a antiga casa onde José Ramos e Catarina Palse mataram homens e transformaram suas carnes em linguiças, comercializadas por toda a Porto Alegre. Possuídos pelos fantasmas dos antigos moradores do local, eles seguem os passos (e o mesmo destino) dos assassinos, mas agora transformam as vítimas em hambúrguer gourmet. Compre o livro "Os Canibais da Rua do Arvoredo", escrito por Tailor Diniz, neste llink. 

.: Vilto Reis lança livro de fantasia que discute problemas contemporâneos


Decidido a se afastar do modelo tradicional de escrever fantasia, canonizado por J.R.R. Tolkien, o escritor, roteirista de quadrinhos e professor de escrita criativa Vilto Reis procurou novas possibilidades para contar sua história. Buscando novas referências, sem deixar de lado obras seminais como “Duna”, de Frank Herbert, Vilto também encontrou em questões que pautam o mundo na atualidade a inspiração para escrever “Nascida Para o Trono – Serpentes e Traições”, obra publicada pela editora Draco.

Além de expandir a imaginação em um cenário de conflitos, instabilidade política e pesada mão religiosa sobre a vida do povo, o escritor, que já foi jurado do Prêmio Jabuti em 2022, constrói uma narrativa envolvente onde todos os elementos indispensáveis ao gênero se fazem presentes. A história se passa no coração de Camara, um universo de fantasia épico inspirado nos grandes impérios africanos, onde repousa a Cidade Prateada, a capital de uma confederação de povos guerreiros onde manipulações, traições e disputas do Conselho — liderados pela Guardiã — oprimem a população através do poder do Totem da Serpente, uma joia capaz de despertar habilidades sobrehumanas em pessoas comuns. 

É lá que vive Núbia Naja Branca, uma debochada ladra que foi um prodígio de sua geração, mas acabou com os poderes bloqueados como punição por um crime do passado. Hoje, entrega-se à decadência de ser uma renegada de seu povo, afogando as mágoas em bebidas e drogas destrutivas para o corpo, como o Bagandolá.

Uma nova oportunidade de recomeçar surge quando é contratada para roubar o Totem da Serpente, a joia mais importante da confederação, protegida pela Nona Guardiã, sua própria irmã. Contudo, um general lendário e revolucionário deseja o mesmo item para derrubar o poder político de Camara, motivado por um fato que se liga ao passado de Núbia. O romance foi lançado junto com "Fim do Império", quadrinho em que Vilto também atua como roteirista e que conta com arte de Lucas Machado. Compre o livro “Nascida Para o Trono – Serpentes e Traições”, de Vilto Reis, neste link.


Um novo olhar para a contemporaneidade
Enquanto a fantasia muitas vezes é vista como uma forma de escapismo, no livro, segundo o autor, ela serve como um meio de explorar e oferecer novas perspectivas sobre questões atuais. Um dos principais temas é o uso abusivo de drogas. “Utilizo elementos de fantasia para explorar as complexidades e as consequências desse problema na sociedade”, aponta, sem condenar o uso recreativo durante a obra. 

Além disso, o livro aborda questões de gênero (a protagonista é uma mulher trans), destacando as diversas formas como a identidade e a expressão de gênero se manifestam e são percebidas em diferentes contextos. Outro tema crucial é a intolerância religiosa. Através de uma narrativa fantasiosa, o livro analisa como a intolerância e o preconceito podem se infiltrar e afetar as relações humanas, levando a conflitos e mal-entendidos. 

Tecer a narrativa levou tempo, pesquisa e experimentação, por meio da consulta de livros, documentários e filmes. “Filhos de Sangue e Osso”, de Tomi Adeyemi, e as histórias do Pantera Negra, da Marvel Comics, por exemplo, incorporaram a cultura africana à fantasia – os impérios africanos, sua cultura e organização são o ponto de partida para a criação de “Camara”.

Seu estilo de escrita, com frases curtas e concisão, é influenciado por autores como Joe Abercrombie, Andrzej Sapkowski e Leonel Caldela. A leitura de “Nascida Para o Trono” é imersiva como uma partida de RPG – em que as descrições das ações e movimentos são precisas e rápidas.

Como nasce um escritor de fantasia?
Vilto Reis é escritor, roteirista de quadrinhos, professor de escrita criativa, jogador de RPG e participante do Podcast de Literatura 30:MIN, um dos mais ouvidos do Brasil sobre livros. Também é autor de “Fim do império” e “Um gato chamado Borges”, obra finalista do Prêmio Sesc 2015, e teve contos veiculados em diversas antologias e revistas. 

O escritor também fundou o portal Homo Literatus, onde atuou como editor por mais de sete anos, e esteve à frente de iniciativas como a Editora Nocaute e a Revista Pulp Fiction. Com experiência como apresentador do programa de televisão LiteratusTV, em 2022, fez parte do júri do Prêmio Jabuti na categoria Literatura de Entretenimento. 

Sua verdadeira inspiração para começar a escrever veio um pouco antes da faculdade, quando descobriu o Nerdcast e a história de Eduardo Spohr, um escritor brasileiro bem-sucedido. Daniel Galera, com seu livro “Barba Ensopada de Sangue”, também foi uma grande influência, mostrando que era possível criar histórias em cenários familiares. O ponto de virada foi a criação do blog literário Homo Literatus em 2011, após uma palestra inspiradora no Festival de Publicidade de Gramado. “Esse projeto me permitiu explorar a escrita e a crítica literária, além de me conectar com outros apaixonados por literatura”, explica.

Em 2018, com a iminência do nascimento do seu filho, começou a trabalhar em um novo romance. “No entanto, depois de um evento tão emocionalmente transformador como a paternidade, voltei ao texto e não me reconheci mais nele. Não era o tipo de escritor que queria ser, nem o tipo de livro que queria escrever. Então, nos meses que se seguiram, passei a rascunhar ideias, explorar possibilidades, até que reencontrei minha verdadeira paixão: a fantasia épica”, conta.

Para desvendar a escrita de fantasia, mergulhou na leitura de inúmeras obras de fantasia, tanto clássicas quanto contemporâneas, enquanto também escrevia contos para praticar e desenvolver sua própria linguagem. O escritor ainda tem outras histórias no forno, quase prontas, que serão divulgadas aos poucos por meio de suas redes sociais. Atualmente, mantém um canal no Youtube dedicado a quem busca escrever livros. Além disso, ministra cursos e oficinas, realiza leituras críticas e oferece mentoria para aspirantes a escritores. Garanta o seu exemplar de “Nascida Para o Trono – Serpentes e Traições”, escrito por Vilto Reis, neste link.


Trecho de “Nascida Para o Trono”
“A chuva vinha diminuindo e naquele dia Teth-Tá brilhava no céu, pressagiando a chegada da Estação da Colheita. A Zona dos Artesãos era uma das melhores amostras do povo de Camara. Consoante às batidas das ferreiras nos metais das forjas, tecelões urdiam tecidos que virariam roupas e sapateiras talhavam o couro em sapatos ou bolsas. Griôs recém-chegados à Cidade Prateada aproveitavam as batidas monótonas como marcação de tempo para adicionar a melodia das canções narrativas. As koras eram acompanhadas por berimbaus e flautas, concebendo uma grande orquestra de improviso. Ninguém marcava para se encontrar ali, a convergência apenas surgia, motivando as danças em grupo. As crianças corriam para o meio de rodas, gargalhando não menos que os adultos. Os vendedores ambulantes eram atraídos pela multidão. Vinham tentando gritar mais alto que a música, vendendo doces de mel, fatias de bolo de milho cremoso, torta moín moín, torta do primeiro guardião, shuku shuku, melancias e o que mais se pudesse comer e oferecer a alguém. Ali mesmo na rua, bananas-da-terra eram fritas e dadas ou vendidas, conforme a necessidade de quem as produzia. De repente, dois velhos começaram a compartilhar um garrafão de vinho de palma. Um voluntário se oferecia para ocupar a função do fiandeiro por um tempo, para que este ocupasse um lugar na roda de dança. Era uma rápida troca de favores com a promessa de que se devolveria no futuro, porém ninguém lembrava de cobrar. Raramente um dia triste se veria por ali. Menos mal que Núbia se distraiu, dado que o acompanhante não se mostrava a companhia mais agradável.”

.: "Contando Estrelas", de Luciane Rangel, é para quem ama cultura asiática


Apaixonada por mangás, animes e tudo que envolve a cultura asiática, a escritora best-seller da Amazon, Luciane Rangel, transmitiu esse amor para o romance "Contando Estrelas", publicado pela Qualis Editora. Na obra, assim como na lenda japonesa Lucky Star, a autora apresenta um jovem sonhador que tem o propósito de juntar mil estrelas de origamis para tornar um desejo em realidade. Para isso, toda vez que o rapaz ajuda uma pessoa, ele dobra papéis em formato de estrelinhas.

Com um toque de realismo mágico, Luciane também trata sobre a difícil trajetória de amadurecimento na adolescência, a importância do trabalho voluntário e as amizades verdadeiras. Superação, amizade, amor improvável, luto, autoconhecimento, amadurecimento, tabus da adolescência e representatividade LGBTQIAPN+. Esses são alguns dos temas principais do romance que pertence é categoria Young Adult.

Neste "enemies to lovers", com um toque de realismo mágico, o leitor conhece Elisa, uma adolescente egocêntrica que tem uma vida privilegiada e vive em um mundo de aparências. Popular na escola e rodeada de amigas, a jovem é designada pela professora a fazer dupla com o novo aluno do colégio: Fábio – um rapaz peculiar que tem o hábito de criar origamis em formatos de estrelas. Juntos, eles precisarão fazer um trabalho voluntário no hospital infantil da cidade.

Inicialmente, Elisa enxerga Fábio como um garoto esquisito e passa a implicar com ele. Mas, com o tempo, a menina percebe que há mais por trás do hábito de dobrar origamis e passa a nutrir admiração pelo rapaz – o garoto faz uma estrelinha de papel toda vez que sente que ajudou alguém de verdade. Assim como a lenda japonesa Lucky Star, seu objetivo é juntar mil estrelas, pois acredita que assim ele poderá tornar um desejo realidade.

Mais que um romance colegial, nesta obra Luciane Rangel oferece uma reflexão sobre a importância do trabalho voluntário e como as experiências compartilhadas podem moldar as relações interpessoais. Afinal, quanto mais Elisa se aproxima de Fabio e vivencia momentos sensíveis com as crianças do hospital, a protagonista rompe com os próprios estigmas de preconceito e superficialidade.

Publicado pela Qualis Editora, "Contando Estrelas" desmistifica questões da adolescência e mostra o quão difícil é o processo de transformação e amadurecimento. A obra também é uma lição sobre a importância de ser gentil e não julgar as pessoas, e evidenciar que o poder do amor verdadeiro não tem a ver com aparência e status social. Compre o livro "Contando Estrelas", de Luciane Rangel, neste link.  


Sobre a autora
Luciane Rangel
iniciou sua carreira escrevendo livros de Fantasia e Romance YA. Atualmente, dedica-se a outra paixão literária: os romances clichês para público adulto. É formada em Direito, mas abandonou a vida jurídica para se dedicar ao que mais ama, que é escrever suas histórias. Luciane é canceriana nata, nasceu no Rio de Janeiro, é leitora, dobradora de papel, apaixonada por cães (e gatos também!), geek, dorameira, jedi, lufana, além de sailor nas horas vagas.  Soma mais de 40 livros publicados – a maioria pela plataforma da Amazon. Os seus últimos lançamentos estiveram entre os 40 títulos mais vendidos no ranking geral da Amazon Brasil, que a tornou best-seller da plataforma. Garanta o seu exemplar de "Contando Estrelas" , escrito por Luciane Rangel, neste link. 

sábado, 2 de março de 2024

.: "Fragmentos Filosóficos do Horror", o novo livro de Luiz Felipe Pondé


Religião, teoria de evolução da espécie humana, educação e crise de confiança são alguns dos temas atuais analisados pelo filósofo Luiz Felipe Pondé no seu mais novo livro "Fragmentos Filosóficos do Horror", que acaba de ser lançado pela Editora Nacional. Como uma espécie de lente, o escritor renomado se utiliza do horror para fazer um raio X e refletir sobre diversas temáticas que permeiam o cotidiano do ser humano.

Ao todo são 25 ensaios e crônicas que descortinam os fragmentos escondidos na religião, na psicanálise e nas discussões filosóficas em relação aos assuntos mais atuais. É também por meio do horror que Pondé fala sobre política, democracia e estupidez. Em um dos trechos do livro, o autor destaca o que chama de fim da utopia democrática: “A política, território em si da violência e sua gestão, no mundo contemporâneo, é o lugar por excelência da desesperança. Seja à esquerda - e suas exigências autoritárias de se declarar portadora de intenções puras e nobres quando, na verdade, na prática, seus representantes manipulam a miséria social como capital eleitoral -, seja à direita - e sua ira que cospe horrores, muitas vezes de fundamento sobrenatural, mas que no fim do dia acaba por cultivar um ódio e ressentimento como modo de estar no mundo -, não há esperança nenhuma. O que assistimos neste século 21 é a morte da utopia democrática.”.

Pondé ainda aborda pontos como a pressa e a ansiedade, algo que caracteriza a sociedade atual. Ele ainda faz uma análise crítica da ideia de progresso da espécie. “Em nossos tempos ansiosos, todos querem ver a si mesmos como um processo de avanço em direção a uma perfeição qualquer, banal, como uma selfie. Você é uma startup! Vá adiante. A vida é um trade-off”, provoca ele.  Compre o livro "Fragmentos Filosóficos do Horror", de Luiz Felipe Pondé, neste link.


Sobre o autor
Luiz Felipe Pondé é Doutor em Filosofia pela Universidade de Paris e pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP) e pós-doutor pela Universidade de Tel Aviv. Autor de inúmeros livros, atua como diretor do Laboratório de Política Comportamento e Mídia da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, professor da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), comentarista do Jornal da Cultura e colunista da Folha de S.Paulo. Garanta o seu exemplar de "Fragmentos Filosóficos do Horror", escrito por Luiz Felipe Pondé, neste link.

.: Lygia Clark em cartaz com a exposição "Projeto para Um Planeta”, em SP


Exposição inicia neste sábado, dia 2 de março, e ficará disponível na programação até 4 de agosto


A Vivo, patrocinadora da Pinacoteca de São Paulo, promove junto com o museu a exposição “Lygia Clark: projeto para Um Planeta”, que inicia neste sábado, dia 2 de março, e ficará disponível na programação até 4 de agosto. A mostra ocupa as sete galerias expositivas da Pinacoteca Luz com mais de 150 obras da artista. Lygia Clark foi uma das responsáveis por reestruturar o vocabulário artístico brasileiro a partir da década de 1960, desafiando as fronteiras entre o papel do artista e do público, e propondo uma nova relação entre corpo e objeto. 

A Vivo irá promover visitas guiadas à exposição e disponibilizará aos seus clientes mais de mil ingressos para a exposição por meio de sua plataforma de relacionamento, o Vivo Valoriza. Além da Pinacoteca de São Paulo, a Vivo incentiva importantes equipamentos culturais, como a Fundação Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), Museu da Imagem e do Som (MIS-São Paulo), Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM- São Paulo), Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-Rio), Instituto Inhotim, Palácio das Artes e Museu Oscar Niemeyer. Todas as suas iniciativas buscam ampliar o acesso ao conhecimento com novas formas de vivência e aprendizado, fortalecidas nos aspectos de diversidade, inclusão, coletividade e educação.

quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

.: "A Cortesia da Casa": vencedora do Prêmio Sesc lança primeiro romance


Uma trama ambientada em um spa de luxo da serra fluminense marca a estreia no romance de Marta Barcellos, vencedora dos prêmios Sesc e Biblioteca Nacional na categoria Conto. "A Cortesia da Casa" é um romance instigante e irônico sobre superficialidade e os conflitos de uma mulher de meia-idade que busca refúgio em um hotel que oferece serviços de emagrecimento e descanso para endinheirados. O texto de orelha é assinado por Claudia Lage, que ressalta a sagacidade da escrita de Marta e a linguagem falsamente frívola que utiliza para desenvolver a sua personagem principal, remetendo à Bertha Young de “Êxtase”, conto de Katherine Mansfield.

"A Cortesia da Casa" será lançado no dia 19 de março, às 19h00, no Rio de Janeiro, na Livraria da Travessa de Botafogo (Rua Voluntários da Pátria, 97), com leitura dramatizada de Ana Schaefer e bate-papo com Alexandre Brandão e João Paulo Vaz. No dia 3 de abril, também às 19h00, o evento será em São Paulo, na Livraria da Vila (Rua Fradique Coutinho, 915), com bate-papo com Luciana Lachini e mediação de Bruna Maia

Com uma crítica sutil e irônica da classe alta, marca de seus contos premiados, Marta Barcellos inscreve a protagonista Denise no rol das mulheres burguesas da literatura: assim como personagens de Katherine Mansfield e Virginia Woolf, ela se esforça para cumprir seu papel social e se manter na superficialidade. O leitor, no entanto, acessa as brechas das narrativas que a personagem cria para si própria, e entrevê o desamparo e o vazio deixado pela falta dos homens de quem ela cuidou.

Com um trabalho de ocultamento na linguagem e sem resvalar para a caricatura, "A Cortesia da Casa" se vale do ambiente artificial do spa para mostrar a crise de meia idade de uma mulher que subitamente se sente descartada - pelo marido Vicente, pelo filho Bruno, pelo mercado de trabalho – e começa a ter episódios de compulsão alimentar. No Spa Montana, em meio a uma rotina que normaliza contagens de calorias, cirurgias plásticas e situações escatológicas, ela tenta se adequar aos padrões estabelecidos por uma elite esnobe que parece tão perdida quanto ela. O pano de fundo é o Brasil do começo da operação Lava-Jato, com suas prisões espetaculares de empresários e políticos. Compre o livro "A Cortesia da Casa", de Marta Barcellos, neste link.


O que disseram sobre o livro
“A narrativa sagaz da autora provoca em nós, os leitores, sentimentos ambíguos: nos diverte e desagrada a frivolidade de Denise ao mesmo tempo que compreendemos os mecanismos sociais e patriarcais que a forjaram. Torcemos para que ela rompa a casca e se revele ou se descubra. Ou se liberte. Efeito comovente construído com maestria por Marta Barcellos.” – Claudia Lage, escritora.


Sobre a autora
Marta Barcellos é escritora e jornalista, autora do livro de contos "Antes que Seque" (2015), vencedor do Prêmio Sesc de Literatura e do Prêmio Clarice Lispector da Fundação Biblioteca Nacional, além de finalista do Prêmio Rio de Literatura e semifinalista do Oceanos. Carioca, é formada em jornalismo pela UFRJ e mestre em Literatura pela PUC-Rio. Como jornalista, trabalhou por vinte anos na redação de veículos do Rio de Janeiro e de São Paulo. "A Cortesia da Casa" é o seu primeiro romance. Garanta o seu exemplar de "A Cortesia da Casa", escrito por Marta Barcellos, neste link.

.: "Terra Úmida", de Myriam Scotti, tece a complexidade dos laços de família


Vencedor do Prêmio Literário de Manaus 2020, o romance "Terra Úmida", da escritora manauara Myriam Scotti, lançado pela editora Penalux, traz à tona um momento pouco comentado da história brasileira: a imigração de judeus para a Amazônia durante o ciclo da borracha (entre os séculos 19 e 20). Partindo deste cenário inusitado, se desenrola uma trama complexa, que perpassa temas como imigração, relações familiares e o feminino. A obra contou com a orelha assinada pela escritora, podcaster e professora Anita Deak.

A partir da perspectiva de Abner, um dos filhos de uma família marroquina que, para fugir da perseguição aos judeus, instala-se na Amazônia, o leitor é apresentado a personagens que, apegados à tradição, são intimamente atravessados pela vida e pela cultura novas. A mãe, Syme, porém, decide sacrificar os próprios desejos em prol dos filhos e da fé, o que se torna um conflito complexo entre ela e Abner, em que são colocadas questões como afeto, autonomia e o fardo da maternidade.

Myriam conta que a ideia de "Terra Úmida" era homenagear seus ancestrais, sendo ela mesma descendente de judeus sefarditas. O romance foi escrito durante um longo processo, que durou três anos, e envolveu uma viagem para o Marrocos como parte da pesquisa. Além da temática histórica, ela também buscou trabalhar questões relacionadas à mulher. "Não à toa, escrevi uma personagem que pudesse representar um pouco das dificuldades de ser mulher em qualquer época", diz. 

Ela também reflete sobre a literatura enquanto espaço de alteridade, em que leitores possam não só se identificar, mas também ouvir e compreender outras vivências. "Desde que lancei o romance tenho recebido muitas devolutivas, inclusive de homens, do quanto refletiram sobre as questões femininas, assim como sobre relações familiares", afirma.

Segundo Myriam, "Terra Úmida" surgiu como um desafio pessoal. Acostumada a escrever textos mais breves, como contos e poesia, ela se propôs a produzir uma narrativa de maior fôlego. A ideia original de "Terra Úmida" partiu, inclusive, de um conto inédito. Compre o livro "Terra Úmida", de Myriam Scotti, neste link.

Escritora e mãe: conheça Myriam Scotti
Myriam Scotti nasceu em 1981, em Manaus (AM). É escritora, crítica literária e mestre em Literatura pela PUC-SP. Seu romance "Terra Úmida" foi vencedor do Prêmio Literário de Manaus 2020. Em 2021, seu romance juvenil “Quem Chamarei de Lar?” (editora Pantograf) foi aprovado no PNLD literário e escolhido pelo edital Biblioteca de São Paulo.  

Em 2023, lançou o livro de poemas “Receita para Explodir Bolos” (editora Patuá). Foi finalista do prêmio Pena de Ouro 2021 na categoria Conto. No ano passado, ficou em segundo lugar na categoria conto do prêmio Off Flip

A autora conta que começou a escrever na infância, mas que, ao tornar-se mãe, resolveu publicar crônicas sobre este novo momento de sua vida em um blog. A escrita passou a ser uma atividade profissional em 2014.

Ela frisa que frequentou inúmeras oficinas e cursos de escrita criativa desde então, lapidando e fortalecendo a própria voz. Neste contexto, também encontrou autores de renome, caso da mineira Anita Deak, que assina a orelha de "Terra Úmida". Atualmente, Myriam está escrevendo dois projetos de romance, um deles contemporâneo e, o outro, com temática histórica. Garanta o seu exemplar de "Terra Úmida", escrito por Myriam Scotti, neste link.


Trecho do livro
"Um ontem não tão distante, apesar das tantas décadas transcorridas e de meus cabelos já serem brancos como a neve que nunca conheci, os fatos retornam à minha mente com detalhes: o céu demasiado azul e o calor forte, abafado, não deixavam dúvidas de que o mês de agosto havia chegado com toda sua pujança. À nossa volta, a beleza comovente da floresta me fazia viajar para o interior da alma, uma grande aventura que começava de dentro para fora do corpo. Talvez por isso eu jamais me cansasse de navegar por aqueles rios que me provocavam imersões tão profundas quanto suas águas. A cada curso percorrido, a natureza se descortinava em um espetáculo quase secreto para os olhos de quem escolhia gastar os dias navegando e se embrenhando pelos interiores misteriosos da Amazônia, embora naquela tarde de esplendor, o que nos parecia impossível, aconteceu: nuvens negras se formaram de repente, trazendo a tempestade apressada em desabar sobre as águas negras e até pouco tempo espelhadas que havia diante de nós, deixando-nos na angústia de saber se passaríamos ilesos."

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

.: "Doce como Você": sobre (re)começar quando um grande amor vai embora

É isso que o leitor vai descobrir em "Doce como você", novo livro da best-seller Kate Canterbary, cuja protagonista é abandonada pelo noivo horas antes do casamento


O sonho de Shay Zucconi sempre foi se casar e ser a mulher perfeita. Porém, esse desejo tornou-se um pesadelo quando o noivo termina com ela por telefone, faltando pouco menos de três horas para o casamento. É em meio a este acontecimento desastroso que o leitor conhece a protagonista de "Doce como você", da escritora best-seller do USA Today, Kate Canterbary.

Neste romance contemporâneo New Adult, publicado no Brasil pela VR Editora, a personagem encontra no testamento de sua falecida avó postiça, Lollie, uma oportunidade de recomeçar a vida. No entanto, para que a Shay herde toda a fazenda de tulipas, que pertence à família há 300 anos, ela terá que seguir algumas regras: viver na residência por pelo menos seis meses e casar com alguém no período de um ano para perpetuar a tradição.

Traumatizada com o último relacionamento, a protagonista acredita que nunca se apaixonará novamente para poder cumprir o desejo da avó. Porém, quando chega na fictícia cidade de Amizade, em Rhode Island, Shay encontra um charmoso fazendeiro e antigo conhecido da época de escola, Noah Barden, que nutria uma paixão secreta pela moça na adolescência.

Ao criar um vínculo de afeição com o rapaz e a sobrinha dele que tem TDAH, Gennie, logo surge uma ideia que poderá salvar a fazenda: um casamento de conveniência com Noah. Mas, como tudo na vida, essa decisão acarretará consequências. Será que a farsa vai dar certo? Os dois estão fadados a se apaixonarem de verdade?


–  Eu me caso com você – repetiu ele. – Não quer contestar um testamento frívolo? Tudo bem? Então atenda aos termos dele [...]

– O que você ganha com isso? – perguntei jogando na cara dele as palavras que me dissera outro dia.

– A propriedade, óbvio. Se você seguir em frente com essa ideia de casamento, vai ter um excedente de acres. Tudo aqui - ele apontou para o fim da propriedade, além do celeiro – até o topo da coluna. [...] É um preço pequeno a se pagar por um grande impacto.

- Você quer... as terras.

(Doce como você, p. 62) 

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Narrado pelo ponto de vista dos dois protagonistas, ao bom estilo Slow Burn, esta obra vai além do romance que nasce lentamente entre Noah e Shay e das cenas hot. Em Doce como você, a autora Kate Canterbary também traz para a narrativa debates importantes e sensíveis sobre abandono parental, gordofobia, bissexualidade, encarceramento feminino, relações familiares complexas e a importância de acompanhar profissionalmente os casos de neurodivergente (TDAH).


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Sobre a autora: Kate Canterbary é escritora best-seller do USA Today. Ela contribuiu com um jornal independente de artes e entretenimento, e desde então, tem escrito e entrevistado pessoas por aí. Kate mora na costa da Nova Inglaterra com o Sr. Canterbary e a bebê Canterbary e, quando não está criando arquitetos sensuais para seus romances, passa os dias nos melhores food trucks da região. 


Livro: Doce como você

Título original: In a Jam 

Autora: Kate Canterbary 

Selo: VR Editora

Edição/ano: 1ª ed./2024 

Gênero: Romance contemporâneo 

Classificação indicativa: +18 

530 páginas


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terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

.: "Tudo o que Posso te Contar", de Cecilia Madonna Young, um livro ácido


Adesivos de estrelinhas brilhantes colorindo uma caixa de antidepressivo, pensamentos suicidas entremeados com uma vontade imensa de viver loucamente, colagens com poemas de Leonard Cohen ou de Shakespeare. Fomentar a densidade da vida ao ouvir músicas de Fiona Apple, mas também tomar um porre ao som de 5 Seconds of Summer. Maratonar os versos alegres de "Glee" ou os diálogos ácidos de Succession? É inegável: a tal gen z está crescendo. Mas e daí? Com o livro "Tudo o que Posso te Contar", a escritora Cecilia Madonna Young estreia na literatura com um livro ácido e divertido sobre as angústias e sonhos da gen z.

Bom, para compreender a si mesmo é importante, primeiro, se ouvir. E, para entender o outro, deixá-lo falar. Ao falar de si, Cecilia Madonna Young proporciona em seu livro de estreia uma divertida, ácida, sarcástica e colorida viagem ao imaginário de toda uma geração. O que ela faz aqui é nos oferecer um olhar para um feed secreto, um shameless oversharing, de seus pensamentos acerca de transtornos como depressão, ansiedade e anorexia nervosa, mas também momentos de êxtase, como encontrar sem querer seu ídolo, além de pequenas epifanias – enquanto dirige ouvindo Lorde no volume máximo. Ah, e não podemos esquecer os relatos sobre como enfrentar o luto da partida da mãe, ou sobre como sobreviver – depois de quase dois anos de isolamento social – a uma festa universitária repleta de semiconhecidos.

Ok, crescer dói. Então, dividir a experiência com os outros pode ser uma boa ideia. Compartilhar o peso da existência é capaz de fazer com que nos sintamos menos solitários, mais conectados. Cecilia Madonna Young assume a herança de encarar o tragicômico da vida com irreverência e humor. Além disso, devolve para quem a lê um caloroso abraço e, mesmo que as coisas sejam estranhas, a certeza de que não estamos sozinhos nessa. Compre o livro "Tudo o que Posso te Contar", da escritora Cecilia Madonna Young, neste link.

.: "Maniac", de Benjamín Labatut, um romance sobre o passado e o futuro


O personagem central de "Maniac", novo romance de Benjamín Labatut, lançado no Brasil pela editora Todavia. é o matemático John von Neumann. Além de inventar o computador moderno como o conhecemos, Von Neumann contribuiu para os fundamentos da física quântica, teve importante participação no Projeto Manhattan, que desenvolveu a bomba atômica, e foi um dos criadores da teoria dos jogos, que exerceu enorme influência em áreas como a economia e a inteligência artificial. 

Depois do aclamado "Quando Deixamos de Entender o Mundo", Labatut aprofunda sua investigação literária das forças sombrias que movem o avanço científico com este romance assombroso sobre as armadilhas morais e existenciais inscritas na vida humana.


Sobre o livro
Um menino-prodígio húngaro se encanta com o tear mecânico que o pai, um rico banqueiro judeu, mostra em casa para a família. A máquina é capaz de produzir tapeçarias automaticamente a partir de cartões perfurados, e o menino percebe que "qualquer padrão, fosse natural ou artificial, poderia ser decomposto e traduzido para a 'linguagem' do tear".

Décadas mais tarde, trabalhando para o governo americano no despertar da Guerra Fria, aquele menino inventaria algo capaz de "transformar todas as áreas do pensamento humano e agarrar a ciência pela garganta, liberando o poder do cálculo ilimitado": o primeiro computador digital. O menino é o matemático John von Neumann.

Além de inventar o computador moderno como o conhecemos, Von Neumann contribuiu para os fundamentos da física quântica, teve importante participação no Projeto Manhattan, que desenvolveu a bomba atômica, e foi um dos criadores da teoria dos jogos, que exerceu enorme influência em áreas como a economia e a inteligência artificial.

Ao se debruçar sobre a trajetória conturbada de uma das maiores mentes que o mundo já viu, Labatut está menos interessado em exaltar um gênio particular do que em desvelar as consequências perturbadoras de uma quantificação excessiva do mundo, que em Von Neumann tinha a contrapartida de uma "quase infantil cegueira moral", capaz de ver inevitabilidade lógica no apocalipse nuclear ou na nossa substituição por máquinas autorreplicantes que se espalhariam pelo cosmo.

Narrado do ponto de vista de uma ampla galeria de figuras reais que determinaram os rumos do conhecimento no último século, e trazendo a hipnotizante modulação entre realidade e invenção que deu fama mundial a Labatut, "Maniac" é um thriller sobre o passado e o futuro de uma humanidade que teve a alma capturada pelo feitiço das operações matemáticas. Não por acaso, os eletrizantes capítulos finais, em que humanos e computadores se enfrentam em partidas de go pela supremacia das faculdades do raciocínio, têm algo da tensão pesarosa de um julgamento. Compre o livro "Maniac", de Benjamín Labatut, neste link.


Sobre o autor
Benjamín Labatut
 nasceu em Rotterdam, em 1980, e vive em Santiago. Dele, a Todavia publicou "Quando Deixamos de Entender o Mundo" e "A Pedra da Loucura". O novo romance do autor é um thriller sobre o passado e o futuro de uma humanidade que teve a alma capturada pelo feitiço das operações matemáticas. Garanta o seu exemplar de "Maniac", escrito por Benjamín Labatut, neste link.

domingo, 25 de fevereiro de 2024

.: 1° romance de Caetano W. Galindo, "Lia" pode ser lido em qualquer ordem


Primeiro romance de Caetano W. Galindo, o aclamado tradutor de "Ulysses" e autor de "Latim em Pó", o livro "Lia" costura fragmentos de uma existência numa prosa inovadora, revelando com maestria a matéria de que é feita uma vida. A arte da capa é de Alceu Chiesorin Nunes. 

Romances podem ser como filmes. Este é um álbum de retratos. Como fotos, os capítulos devem ser vistos por si sós. Como álbum, o livro pode ser lido em qualquer ordem: o que lhe dá sentido (nos dois sentidos) é a vida que registra. É assim que vamos conhecer Lia. Alguém que acompanhamos por toda uma vida feita à nossa frente em fragmentos, lascas e relances. Não é assim, afinal, que conhecemos todas as pessoas da nossa vida? Compre o romance "Lia", de Caetano W. Galindo, neste link. 


O que disseram sobre o livro
'Lia' é um livro profundo e lúdico. Enquanto o leitor se entretém com a montagem do quebra-cabeças, satisfeito ao encaixar mais uma peça da misteriosa Lia, Caetano Galindo traduz a complexidade de existir.” ― Martha Batalha, escritora.


Sobre o autor
Caetano W. Galindo nasceu em Curitiba, em 1973, é professor, pesquisador, tradutor e escritor. Sua tradução de "Ulysses" recebeu os mais importantes prêmios literários do país. É autor de "Sim, Eu Digo Sim: uma Visita Guiada ao Ulysses de James Joyce" (2016), finalista do prêmio Rio de Literatura, e do livro de contos "Sobre os Canibais" (2019). "Ensaio sobre o Entendimento Humano", livro não comercial, com tiragem limitada, recebeu o prêmio Paraná de Literatura em 2013. Garanta o seu exemplar de "Lia", escrito por Caetano W. Galindo, neste link.

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