quarta-feira, 4 de janeiro de 2006

.: Resenha de "Casório?!", Marian Keyes

Em busca do homem "legal"
Por: Helder Moraes Miranda

Em janeiro de 2005

Quem vai casar com Lucy? Na busca desesperada em se casar, personagem se envolve com seis diferentes tipos: todos disponíveis, mas nada confiáveis


Após os mega-sucessos editoriais "Melancia", "Férias!" e "Sushi" -todos publicados pela Bertrand Brasil-, Marian Keyes está de volta, para o deleite dos leitores, com "Casório?!", um hilariante romance. Quarto lançamento de Marian Keyes no país, o romance conta a história da espirituosa e, ao mesmo tempo, patética, Lucy Sullivan. 

Depois de ir a cartomante com colegas de escritório, a personagem recebe a previsão de que se casará em menos de um ano e meio. O problema é que Lucy sequer é comprometida e, para piorar, nunca acreditou em "visões do futuro". Ao contrário, sempre achou hilário o momento em que videntes dizem que "o homem de seus sonhos está prestes a aparecer". A ficha cai quando as previsões para suas amigas, que se consultaram no mesmo dia, começam a acontecer.

No quesito humor e conteúdo, Casório?! não deixa a desejar nadas a seus antecessores Sushi, Férias! e Melancia, já que apresenta personagens bem-construídos e enredo que mistura dramas pessoais, regados a festas, bebidas e sexo. Pode-se dizer que Lucy é enganada por um dos personagens. As mulheres se identificam. Quanto mais faz, mais as mulheres se sentem em sua pele. E devoram, e aplaudem, e querem ler mais! 

Na busca incessante em se casar -embora, para se encaixar no perfil de pretendente, o candidato deve ser bonito, inteligente e não lembrar em nada seu pai-, Lucy se envolve com seis diferentes tipos de homem: todos disponíveis, mas nada confiáveis. Embora seja previsível com quem ficará Lucy, a narrativa sobre as desventuras amorosas dela é colocada de forma divertida e original, superando as expectativas do quarto lançamento. De certa forma, Casório?! é a história de muitas mulheres. 

Curiosidade: Se você prestar atenção na capa do "Casório?!" pode perceber que, o símbolo de Copas no centro da carta de baralho comporta um órgão genital feminino.

Livro: Casório?!
Título Original: Lucy Sullivam is Getting Married
Autora: Marian Keyes
642 páginas
Ano: 2005
Tradução: Renato Motta
Editora: Bertrand Brasil

terça-feira, 3 de janeiro de 2006

.: Resenha de "Bilhetinhos", Júlio Emílio Braz

A dureza da vida real
Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em janeiro de 2006


A falta de tempo dos pais para seus filhos e a problemática da separação. Um assunto que atualmente é bastante falado e não traz nada de novo. Contudo, a experiência de mais de 20 anos de literatura infanto-juvenil, permitem a Júlio Emílio Braz, (re)contar um caso deste, com toda a sua magia de escritor. Em "Bilhetinhos", livro da Coleção Jabuti, ele conta a história de Tatiana garota de doze anos ("treze incompletos") que presencia inúmeras brigas de seus pais e não agüenta mais viver neste universo conturbado, cheio de presentes e sem amor. 

Apesar desta dificuldade toda, a mãe de Tati resolve trazer Má para cuidar da garota. "Hoje mamãe apareceu com Má Ela é um pouco mais nova do que mamãe. Mamãe diz que ela vai cuidar de mim. Olho para ela com desconfiança. Será outro brinquedo de mamãe?  / Como alguém vai cuidar de uma menina de doze anos?".

Toda a história é escrita do ponto de vista da menina que sente-se cada vez mais solitária, até ganhar a amizade de Má. Com esta amizade tudo torna-se mais fácil de suportar. Tudo o que? As brigas, discussões e agressões físicas e verbais de seus pais, muitas vezes presenciadas por ela.

Entretanto, em meio a este drama, é Má, a nova amiga de Tati, quem a aconselha e a ajuda a chegar nos caminhos da felicidade. A adolescente que vive, na história, uma situação semelhante a de muitos jovens de hoje, não deixa-se vencer, embora pense em fugir ou ainda deseje ficar com Má, após a separação de seus pais. 

De acordo com o autor, ele poderia simplesmente ter escrito o livro, mas são alguns detalhes que o tornam diferente. "Procurei  o mais difícil. Vesti, ou pelo menos tentei, a imagem de meu personagem principal, uma criança entrando na adolescência, com todos os seus conflitos e perplexidades, e contei, através de sua ótica, a desagregação de uma família. Pai pra lá, mãe pra cá, ela, impotente, amando-os mas não os compreendendo igualmente, entre eles"

Ainda outro ponto positivo desta obra é o encarte, "Apreciando a Leitura", o qual ajuda o jovem leitor a retomar o que foi lido, a refletir a história, a criar em cima do que foi aprendido com a leitura e até a pesquisar. Vale a pena ler e presentear os jovens leitores com Bilhetinhos, de Júlio Emílio Braz!

Livro: Bilhetinhos
Autor: Júlio Emílio Braz
Coleção: Jabuti
Ilustrações: Daisy Startari
48 páginas
Editora: Saraiva

segunda-feira, 2 de janeiro de 2006

.: Resenha de "Modernismo: Literatura Brasileira (1922-1945)", Douglas Tufano

A história e a literatura, lado a lado
Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em janeiro de 2006


Uma aula de literatura sob o tema Modernismo. Sim. "Modernismo: Literatura Brasileira (1922-1945)", de Douglas Tufano, publicado pela Editora Paulus (2003), é uma aula concisa do movimento que ficou marcado como "combate ou destruição" (1922-1930) e "construção" (1930-1945). A obra traz um retrato breve sobre os autores e suas obras que ficaram marcadas neste período literário.

A obra é uma excelente dica para professores de Ensino Fundamental de 1º e 2º Ciclos. Por que? Porque este é um livro didático, isto é, pode ser utilizado para aproximar aos alunos da literatura, pois em sala de aula, permite ser um grande auxílio ao professor, além de ser uma boa pedida para estudantes que buscam algo a mais. 

 Modernismo: Literatura Brasileira (1922-1945) está dividido em 3 partes básicas do período: a primeira fase do Modernismo (1922 - 1930); a segunda fase (1930-1945) e por fim, a tão famosa Semana da Arte Moderna de 1922. O interessante deste livro está na inclusão de trechos de obras, os quais, em seguida são utilizados em tarefas, as quais variam entre interpretações de texto e questões dissertativas.

O livro é mais uma ferramenta para que professores atraiam e aproximem ainda mais seus alunos para a tão temida literatura. Caso você já tenha passado pelos bancos escolares, mas não tem a idéia bem clara do que foi o Modernismo, a dica é conferir o livro de Douglas Tufano, pois a escrita dos eventos que fizeram parte deste movimento é bastante simples e direta. Vale a pena ler e reler!

Livro: Modernismo: Literatura Brasileira (1922-1945)
Autor: Douglas Tufano
96 páginas
Editora: Paulus

.: Entrevista com Maurício Manieri, cantor, compositor, pianista clássico

"A música sempre fez parte de minha vida e ela é uma das minha grandes paixões" - Maurício Manieri


Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em janeiro de 2006



Desde que uma amiga minha (que tem apenas uma parte de meu nome, Ellen) apresentou-me o som de Maurício Manieri, percebi que a música brasileira ainda tinha chances de ter qualidade. Por que? Porque Manieri tem talento vocal, canções inteligentes e batidas diferentes que atraem a todos, sem diferenciar a idade.

Em um show, na cidade de Praia Grande, São Paulo, há quase 4 anos, pude conferir, pela primeira vez, que Manieri é realmente um artista 100%. Os anos passaram-se. Eu, agora, jornalista formada e editora do site cultural Resenhando.com, tive o atrevimento de pensar em entrevistá-lo. A idéia cresceu ainda mais, após vê-lo no programa Todo Seu, apresentado pelo cantor Ronnie Von. Levei um bom tempo para tomar atitude e enviar um e-mail. Resultado: Consegui entrevistar Maurício Manieri.

Ele que faz aniversário em 10 de setembro (coincidentemente, mesmo dia do aniversário do meu noivo) mostrou-se bastante atencioso com a nossa equipe, respondeu a todas perguntas feitas e falou sobre família, sua paixão pela música, novo CD e seus planos para 2006. 


O cantor que mantém o seu blog (http://mauriciomanieri.blog.uol.com.br) recheado de novidades e reflexões inteligentes, escreveu o seguinte sobre a importância da música para a sua existência: "Quão sem propósito é a nossa falta de humildade, e quão imbecil é ficarmos presos a coisas que simplesmente não nos acrescentam nada. Olha lá na foto!!! A terra!!! Só um pontinho de nada!!!! Hummmmmm, deve ser uma escola!! Obrigado Deus por ter me presenteado com a música!!Ela me aproxima de ti!! Mesmo eu estando aqui, neste pequeno ponto no universo!!! Ela tem me auxiliado muito!!! Que ela seja sempre um canal de onde o amor possa fluir entre eu e as pessoas!!! Oras, se Deus é amor, você então vai estar com a gente também!! Valeu Deus!!!".

De fato, Manieri é um músico completo: canta, toca piano e teclado e, ainda, tem conteúdo. Creio que seu diferencial seja este, talento e intelecto. Assistí-lo na TV é agradável, pois não fala "coisas ao léu". Infelizmente a voz de veludo de Manieri não pode ser ouvida por este meio de comunicação, mas ainda sim, tenho certeza do quanto vale a pena conferir esta entrevista!




RESENHANDO - Como e quando foi despertado o gosto pela música?
MAURÍCIO MANIERI - Gosto de música desde pequeno. Quando eu tinha cinco anos, minha mãe me presenteou com um piano. Me apaixonei logo de cara. A partir daí, ele tornou-se um companheiro pra todas as horas. A música sempre fez parte de minha vida e ela é uma das minha grandes paixões. Não me vejo de forma alguma sem ela!! No post que escrevi no meu blog O APRENDIZ: http://mauriciomanieri.blog.uol.com.br/arch2005-05-22_2005-05-28.html falo muito desta paixão!!


RESENHANDO - Ao assistir as suas participações em programas televisivos, percebe-se o quanto você é agradável e gentil. Certamente, muito disto deve-se a sua criação. Pode falar sobre sua infância? O que lia e escutava?
MAURÍCIO MANIERI -  Obrigado pelo agradável e gentil, hehehehehe!! Minha infância foi realmente maravilhosa. Meus pais se dedicaram muito na educação dos filhos. Acredito que muitas das minhas ações hoje são reflexo desta educação. O valor da família e os princípios, como honestidade, caráter, e respeito ao próximo. Desde pequeno ouvia artistas maravilhosos como Chico Buarque, João Bosco, Elis Regina, Pixinguinha e lia muito Monteiro Lobato. Outro dia assistindo aquele filme do Ziraldo Menino Maluquinho me lembrei muito de minha infância.



RESENHANDO - Atualmente, após a perda de seu irmão, como vê a importância da família?
MAURÍCIO MANIERI - Acredito que a família, é a base de tudo. Uma família desestruturada com certeza produz adultos desestruturados. Tenho um amor muito grande pela minha família. A perda de meu amado irmão Marcelo foi um fato muito difícil de lidar, mas acredito que a gente precisa aceitar as situações que a vida nos oferece.


RESENHANDO - Dentre os seus sucessos musicais, há preferência por alguma música? Qual? Por que?
MAURÍCIO MANIERI - Minhas canções, são como filhos. Gosto de todas, mas de maneira diferente. Posso dizer que a canção Bem Querer tem um gosto especial. Quando eu a fiz, percebi que tinha conseguido alcançar o meu caminho artístico. Algo que muitos artistas buscam pela vida toda, e nem sempre conseguem conquistar.


RESENHANDO - Como foi cantar uma canção de um desenho Disney (Tigrão - O Filme)? Gostou do resultado final do dueto "Basta Ouvir Seu Coração"? Já tinha alguma admiração pelo cantor Ivan Lins?
MAURÍCIO MANIERI - Sempre gostei muito do Ivan Lins. Ele é um músico excepcional, e gravar ao lado dele foi maravilhoso. Fiquei realmente muito honrado. A canção é belíssima, tem uma letra fantástica e poderosa. Gosto de canções assim, que podem trazer uma mudança e uma reflexão na vida das pessoas!!


RESENHANDO - Conhecendo os bastidores, o que pensa atualmente sobre fazer parte do meio artístico? Existe rivalidade?
MAURÍCIO MANIERI - A competição é normal em todos os setores da vida. No meio artístico isto também existe. Particularmente tenho uma ótima relação com meus companheiros de profissão. Não encaro eles como competidores. Acredito que quanto mais o meio puder crescer, melhor pra todos. O sucesso, de outro artista pode significar uma parceria de muitas realizações no futuro.



RESENHANDO - O que "Agora que Voltou!" tem de novo para o público? Comente um pouco sobre o novo CD.
MAURÍCIO MANIERI - Fiz este disco numa homenagem ao meu amado irmão Marcelo Manieri. Considero este como um dos meus melhores trabalhos. O disco tem aquilo que as pessoas esperam do Maurício Manieri. Muita música pra dançar e curtir um romance. Os arranjos estão divertidos e desencanados. Tem algumas gravações "ao vivo" e gravações acústicas. É música pop com influências do R&B. Tem a última gravação que fiz com meu irmão, e uma música que compus pra ele chamada Hey Brother. A canção que dá o nome ao disco Agora Que Voltou é sucesso nos meus shows, e agora começa a virar também sucesso de rádio. Tô realmente muito animado com este lançamento. Quem quiser saber mais sobre o disco, acesse www.mauriciomanieri.com.br. No meu site, no item músicas, a galera pode escutar todas as canções.


RESENHANDO - Quais cantores e/ou cantoras lhe influenciaram ou ainda influenciam?
MAURÍCIO MANIERI - Gosto demais do Tim Maia, Cassiano, Elis Regina, Marvin Gaye, Ray Charles, Gladys Night. etc, etc, etc


RESENHANDO - Como você analisa o cenário da música brasileira dos últimos anos?
MAURÍCIO MANIERI - A música brasileira é uma das mais importantes do mundo. Temos músicos maravilhosos, em todos os  estilos. Acredito que nenhum país apresenta a versatilidade que a gente tem.


RESENHANDO - O que diferencia Maurício Manieri de outros cantores?
MAURÍCIO MANIERI -  Acho que tenho uma voz peculiar. Se o cara escuta, já sabe: - É o Manieri!! Acho que um cantor sempre tem que imprimir a sua prórpia personalidade. Eu, quando canto, busco muito isso!! Imprimir a minha personalidade na minha voz!!



RESENHANDO - Qual conselho você dá para quem está começando a carreira?
MAURÍCIO MANIERI - A primeira, coisa é estudar bastante e se dedicar. Tem que se preparar. Não adianta nada começar uma carreira sem uma base sólida. O aprendiz deve escutar música de qualidade. Isto com certeza fará uma diferença enorme no futuro.


RESENHANDO - Quais seus planos no cenário musical?
MAURÍCIO MANIERI - Quero divulgar bastante este meu novo álbum Agora Que Voltou e quem sabe lançar um DVD ainda este ano.



E ainda escreveu aos internautas do Resenhando.com ...
Convite pra galera do Resenhando acessar meu site e meu blog!! www.mauriciomanieri.com.br. Grande beijo e Feliz 2006.


domingo, 1 de janeiro de 2006

.: Resenha de "O Mundo Encantado de Andersen: Histórias escolhidas"

A importância dos contos de Andersen para a atualidade
Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em janeiro de 2006


A magia dos contos de Andersen emocionam os pequenos ainda hoje, em meio a tanta tecnologia


Um livro bastante antigo (1968), mas com muito a acrescentar. "O Mundo Encantado de Andersen: Histórias escolhidas", publicado pela Editorial Martins Gomes S.A., certamente é um volume difícil (mas não impossível) de ser encontrado à venda (em sebos). Então você deve estar fazendo a seguinte pergunta: - Por que escrever sobre este livro então? Simples. Pelo fato de, no mercado, atualmente, existirem vários livros bastante semelhantes, isto é, que contam os contos (às vezes, muito trágicos) deste escritor dinamarquês que nasceu em 2 de abril de 1805, isto é, há mais de 200 anos.

O livro traz 14 contos, todos na íntegra: Os Saltadores, A Agulha de Cerzir, Mindinha, O Soldadinho de Chumbo, As Cegonhas, O Trigo Mourisco, João Bobo, O Companheiro de Viagem, O Boneco de Neve, O Que o Velho Fizer Está Bem Feito, O Pinheirinho, O Rouxinol, A Casa Velha e Os Namorados. Certamente, você deve conhecer algum desses contos, mas alguns podem ter sofrido algumas alterações (em publicações duvidosas), mas neste livro, eis o diferencial: o texto é traduzido do original e ainda conta com belas gravuras coloridas.

Neste livro, a vida do escritor pode se aproximar, principalmente pelas mensagens fortes, o que enfatiza a dificuldade de vida deste. Tal proximidade pode ser percebido no conto Os Saltadores que mostra a importância de usar a inteligência para conseguir o que se deseja ou ainda em O Companheiro de Viagem que conta a história de um rapaz, que após perder seu pai encontra um bom amigo e que o ajuda a viver bem, inclusive financeiramente.

A mensagem de O Pinheirinho ensina que não se deve ser esnobe e nem ter tanta curiosidade sobre o que está muito além de você, pois a decepção pode ser grande e seu final ainda terrível. Já em O Boneco de Neve aprende-se que o interior é até mais importante que o exterior, pois embora não lembremos, podemos ter saudades do que tenhamos vividos e com o passar do tempo nos foge à mente.

O lado satírico de Andersen está em O Que o Velho Fizer Está Bem Feito. Por que? Porque após tantas trocas (todas em que ele saiu em desvantagem) que o seu "velho" camponês faz, a mulher fica maravilhada e não briga com ele, apenas o parabeniza por tal troca, o que nos lembra da importância de ouvir a história até o final e não julgarmos logo de início. Resultado: ele ganha dos ingleses a aposta de que ao chegar em casa com um saco de maçãs podres receberia um beijo da esposa e não pancadas. Ainda na penúltima frase está escrito: "Sempre compensa a mulher reconhecer e declarar que o marido é o mais inteligente e que é sempre acertado o que ele faz".

Enfim, este é um livro que vale a pena, embora não esteja na moda lê-lo, este é realmente uma obra de grande importância para a leitura de todos, independente de idade. Até mesmo na contra-capa diz (sobre Os Saltadores): "Esta história é uma lição de objetividade, útil para crianças de 8 a 80 anos de idade". Tal fala, encaixa-se a todos os contos. Procure este livro em sebos porque ele é imprescindível para todos que amam literatura!

Livro: O Mundo Encantado de Andersen: Histórias escolhidas
Autor: Hans Christian Andersen
142 páginas
Editora: Editorial Martins Gomes S.A.

sábado, 10 de dezembro de 2005

.: Resenha de "O arco-da-velha", Jaime Araújo Mendonça

Aventuras de dois super amigos
Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em dezembro de 2005


Aventura, fuga das aulas e momentos marcantes da infância. O arco-da-velha é uma boa leitura para os pequenos


Um livro que foi publicada pela Editora Vozes há 15 anos (em 1990), mas que não ficou perdido em seu tempo. "O arco-da-velha", de Jaime Araújo Mendonça é inovador e pode ser lido pelos pequenos que hoje vivem em meio à tanta tecnologia. Dividido em 13 capítulos, o livro de 100 páginas, conta com ilustrações. Contudo, uma peculiaridade é a oração para ser dita contra os males do arco-da-velha, segundo a mãe de Petisca, uma das personagens da história e que em um trecho diz: "Ninguém quer pote de ouro. Ninguém precisa dos seus encantos. Vá, serpente de sete cores, cantar em outros cantos".

Tudo começa com a arte de cabular aulas, isto é, Petisca, o negrinho, tenta e consegue convencer o amigo, Téo a matar aula para brincar muito. "Deixaram as roupas sob a moita de mamona e foram armar os anzóis no alto do barranco. Tiveram problemas com as iscas. Petisca as tinha colocado dentro do saquinho de plástico para escondê-las da mãe, e muitas delas estavam secas. Téo reclamou: - Nunca vi guardar minhoca em saco plástico. Você tem cada idéia besta que vou lhe contar".

Pescar ao invés de ir para a aula? Não foi só isso. Eles foram nadar longe para não espantar os peixes. Brigas e desentendimentos? Eles são amigos, são muitas as divergências, mas a amizade dos dois é firme feito rocha. No entanto, após perderem uma aposta e ficarem sem roupas os dois presenciam uma terrível cena, tornando-os cúplices de um crime envolvendo até o prefeito da cidade.

Você também deve estar pensando: "Quem vai acreditar em dois meninos?". Eis o grande problema dos dois. A obra tem problemas? Não. Por que? Porque atinge o seu objetivo que é o de alcançar e "pescar" o seu público. A história do livro é boa e o texto é ágil em trazer novos acontecimentos o que ajuda a envolver os leitores-mirins, acima de 9 anos. Vale a pena procurar e ter este livro!

Livro: O arco-da-velha
Autor: Jaime Araújo Mendonça
100 páginas
Editora: Vozes

quinta-feira, 8 de dezembro de 2005

.: Resenha de "Temporada de Casamento", Darcy Cosper

As convenções da sociedade satirizadas
Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em dezembro de 2005


Comédia de Darcy Cosper não tem final previsível e realmente consegue fazer rir. Faça parte desta Temporada de Casamento


Piadas sobre casamento dos mais variados tipos. Ruim? Não. Pelo contrário são até válidas, principalmente para quem pretende casar-se nos próximos meses (como por exemplo, eu... risos), pois estas levam à reflexão, embora a proposta do livro, talvez não seja esta. "Temporada de Casamento", de Darcy Cosper, publicação da Editora Nova Fronteira é divertido, mas não fica somente nisso. 

O final da história? É surpreendente mesmo (Não vale pegar o livro e ler as últimas páginas!). E mais uma vez temos como foco da história, o velho conhecido, amor. O amor, o amor, o amor... tema muito tratado em livros e filmes. 

No entanto, a escritora e crítica literária Darcy Cosper traz uma longa e boa história sem ser previsível no decorrer das 302 páginas. Qual a personagem principal? Joy Silverman, uma mulher desapegada afetivamente de todos, principalmente em se tratando do sexo masculino. Não, ela não é lésbica! Ela até tem um namorado, com quem mora junto, o Gabe, mas eles não querem casar. Nisso são taxativos.

Por que temporada de casamento? É que o casal terá de comparecer a 17 casamentos no prazo de 6 meses. Não, esta não é uma disputa ou maratona. É que eles realmente foram convidados para todos estes 17 casamentos! Não dá em outra, muita comédia. Realmente ao ler é impossível não rir.

Para ter uma idéia da história, já no primeiro capítulo da obra está a seguinte paráfrase: "Eu faria com que todos se casassem, desde que possam fazê-lo em benefício próprio", de Jane Austen, em Mansfield Park. Conseguiu sentir o drama?

Agora é bom seguir até a próxima página e escrever as primeiras palavras de Joy, personagem de Cosper. "Não acredito. Parece mentira, mas não é: nos próximos seis meses, por conta de diferentes parentescos e amizades ou por pura obra do acaso - feliz ou infeliz -, enfim, pelos mais variados motivos, fui convidada para nada menos do que 17 cerimônias de casamento".

Não. A preocupação não é com a grana para os presentes e roupas, mas sim em participar das cerimônias em si. Contudo, o mais divertido de tudo é que Joy conheceu seu atual amor em um casamento. "Era a primeira vez que eu ia a uma cerimônia de casamento de um colega meu e fui não tanto por gostar do casal, mas por uma espécie de curiosidade mórbida". Satírica não?

No decorrer de todo o livro são muitas as brincadeiras e o pavor da personagem de casar-se fica cada vez mais explícito nas linhas e nas entrelinhas da obra. Ela, uma nova-iorquina de classe média, na faixa dos 30 anos, não pensa em juntar os trapinhos (oficialmente), apenas morar junto com Gabe, está sim que é a solução mais moderna. Casar? Isso dá um grande mal-estar e uma tremenda vontade de vomitar em Joy.

Ela que diz não às convenções da sociedade, até pergunta com todos as letras: "Sinceramente, quantas pessoas felizes no casamento você conhece?". Não, esta não é uma ode aos casais para juntarem as escovas sem seguir as convenções, apenas satiriza este passo importante na vida de duas pessoas. Porque na realmente a pergunta mais importante a ser feita é: "Você está feliz?"

Outro ponto positivo é que, em breve, a obra estará nos cinemas do mundo todo, com Nicole Kidman interpretando Joy, numa produção da Paramount Pictures, dirigida por Valerie Breiman (de Amor aos Pedaços). Esta é sem dúvida uma excelente opção de leitura para as férias!

Livro: Temporada de Casamento
Título Original Inglês: Wedding Season
Autora: Darcy Cosper
302 páginas
Editora: Nova Fronteira

quarta-feira, 7 de dezembro de 2005

.: Resenha de "O Gato e os Gatunos", Cláudio Martins

A política contada de maneira descontraída
Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em dezembro de 2005


Política aos pequenos de maneira suave e humorada. Livro da Paulus tem a importante missão de falar com as crianças sobre um assunto não muito agradável aos adultos


Um gato danado que passa metade do tempo na rua e que logo passa a ser, de sua dona, somente meio gato. Sim. "O Gato e os Gatunos", de Cláudio Martins, inicialmente, traz uma menininha e seu gato. "A única coisa que eu tenho, uma coisa só minha de verdade e inteirinha, é este gato. Mas o danado passa metade do tempo na rua; daí, pensando bem, eu só tenho meio gato".

Historinha bonita, não? Pois bem, o melhor ainda nem foi comentado. O Gato e os Gatunos tem uma mensagem ainda mais importante, mas não sobre os gatos, mas sim sobre os gatunos. Quem são os gatunos? São os políticos ladrões. 

Entre seus alertas está o seguinte: "O povo é quem manda, pois é com o dinheiro dele que os políticos governam". O melhor é que tal mensagem está escrita de maneira envolvente e inteligente, e assim, já insere os pequenos no universo da política, mostrando que este tem seu lado bom e mal. "Temos de escolher muito bem vereador, prefeito, deputado, senador e presidente, pois existe muito político mau, político GATUNO! Isso mesmo! Os gatunos roubam o dinheiro do povo".

O que falar de uma publicação infantil que diz: "Precisamos mudar esta situação, diminuindo a força dos lobos e engordando os cabritos. Temos de nos fortalecer e criar empregos para todos. E aí? O que vai acontecer aqui na vila, por exemplo? A venda da venda aumenta e a senhor fica mais rica!". Creio que nada, somente tecer elogios!

Em meio ao bom humor e a suaves ilustrações, o autor dá conta do recado e transmite a sua mensagem com grande maestria. Por que? Porque ele também diz que um povo desunido é um povo morto. Realmente é um livro infantil com assunto de gente grande.

Para entrar no clima é válido dizer (no caso é o que penso): Juntos somos mais. Temos que fazer valer nossos direitos, porque já cumprimos nossos deveres. O livro faz parte da Coleção Criança Cidadã, que também tem publicado os títulos: Meus Bravos Amigos e Abaixo a Ditadura. Este é um excelente presente para as crianças que já sabem ler e interpretar textos, principalmente se levarmos em conta a situação política presente.

Livro: O Gato e os Gatunos
Autor: Cláudio Martins
Coleção: Criança Cidadã
32 páginas
Idade indicativa: 9 anos
Editora: Paulus

terça-feira, 6 de dezembro de 2005

.: Resenha de "Transroca: O Navio Proibido", Rodrigo Capella

Mistério a bordo de um navio proibido
Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em dezembro de 2005


Morte a bordo de um navio totalmente proibido para a lua-de-mel de Kall e Amanda. Será que isso irá atrapalhar o relacionamento dos dois?


Um casal em lua-de-mel a bordo do navio Transroca. Apaixonados e aproveitando as maravilhas do espaço, vivem as emoções do amor. Até que um crime acontece. Kall, o marido apaixonado é incubido de solucionar o problema já que ele é o único investigador ali presente. Gostou? Esta é a história dá o ponta pé inicial do misterioso "Transroca: O Navio Proibido", de Rodrigo Capella, publicado pela Editora Zouk.

O autor que em sua história tem traços de um Marcos Rey em seus volumes da Coleção Vaga-Lume conta a aventura de Kall e Amanda em meio ao assassinato do biólogo Gláucio, apunhalado inesperadamente. Em contraponto, para grande surpresa do detetive, o acontecido parece ser algo normal para todos os outros passageiros.

Em meio a imaginação de Rodrigo Capella o leitor navega com facilidade e grande interesse em sua história alá Ágatha Christie, com seu Hercule Poirot e Conan Doyle, com o também famoso e inteligente, Sherlock Holmes.

Contudo, o interessante da história são os vários pontos que confundem o leitor, entre eles é, o de que mesmo com este assassinato Amanda não se mostra irritada por ver seu marido trabalhar durante a lua-de-mel. Seria ela cúmplice de algo? Gustavo, o dono do Transroca também parece esconder fatos importantes, assim como a Sra. Lívia Densher. No entanto, até personagens aparentemente nocivos parecem ter culpa no assassinato, como o próprio capitão Marco. Será que o que parece, é?

Apesar de lembrar bastante o livro Assassinato no Expresso Oriente, não pelo ambiente o qual acontece o crime, mas por ser uma morte que acontece em um lugar específico, um navio, e por em certos momentos mostrar que todos a bordo tem um certo grau de envolvimento com o acontecido. É uma leitura interessante sim!

Livro: Transroca: O Navio Proibido
Autora: Rodrigo Capella
112 páginas
Editora: Zouk

segunda-feira, 5 de dezembro de 2005

.: Resenha de "Garibaldi foi à missa", Patrícia Gwinner

Cantiga de roda passo-a-passo para colorir
Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em dezembro de 2005


Garibaldi foi à missa ensina as cantigas de roda aos pequenos do século XXI


A cantiga de roda pede passagem em "Garibaldi foi à missa", de Patrícia Gwinner, publicação infantil da Editora Vozes. Em meio a atividades como colorir, labirintos, além da própria leitura da poesia no topo de cada página e dos balões inseridos como fala das personagens desenhadas nas 16 páginas, os pequenos do século XXI são apresentados de maneira divertida à cultura popular, passada de geração em geração.

O livro que faz parte da Coleção Brincando de Roda 2 é um grande ajudante dos pais para aproximar os pequenos das cantigas de roda, muitas vezes esquecidas com o passar do tempo. No entanto, tal aproximação acontece de maneira divertida e discreta. Como assim?

A cantiga de roda Garibaldi foi à missa é mostrada aos pequenos em desenhos para colorir que além de balões de diálogos das personagens, no rodapé das páginas conta com explicação de palavras difíceis e como jogos de assinalar.

Um dos pontos mais importantes do livro é o resgate à cultura popular ao utilizar as cantigas de roda muito cantadas na infância e esquecidas na vida adulta. Já na contra-capa do livro há uma dica da proposta do livro: "Além de divertir e de rememorar estas cantigas, em muitos lugares talvez um pouco esquecidas, a Coleção Brincando de Roda leva as crianças a participarem da brincadeira colorindo as ilustrações e desvendando diversas charadas". É uma excelente opção educativa para os pequenos neste Natal.

Livro: Garibaldi foi à missa
Autora: Patrícia Gwinner
Coleção: Brincando de Roda
Arte final: Monique Rodrigues, Naile Campos, Yara Albano, Marcos Mattos
Editoração: Ângelo Augusto Zanatta
16 páginas
Editora: Vozes

sábado, 3 de dezembro de 2005

.: Resenha de "Conte uma História", da editora Girassol

Histórias que ensinam
Por: Helder Moraes Miranda
Em dezembro de 2005


Livro utiliza contos infantis e populares para ensinar valores a jovens leitores


Clássicos da Literatura Infantil de autores prestigiados como Hans Christian Andersen, Charles Perrault, Irmãos Grimm, e contos populares estão disponíveis no livro "Conte uma História", lançado no Brasil pela editora Girassol. 

Com diagramação leve, ilustrações coloridas suavemente e bem desenhadas, o livro é capaz de prender leitores de todas as idades a partir da primeira página. No final, o espaço do livro é dedicado a explicar e fornecer dados importantes da maioria das plantas e animais desenhados durante seu andamento. Você sabia, por exemplo, que na Espanha, o número de lobos (citado pelo conto "Chapeuzinho vermelho") diminuiu tanto, a ponto da espécie ser protegida?

As histórias, que vão de "Chapeuzinho vermelho" até "A mesa, o burro e o bastão encantado", sempre têm uma lição de moral, com objetivo de incutir na mente de crianças, valores como obediência, respeito aos mais velhos, aos animais e às diferenças, além de humildade, amor fraternal, generosidade, compaixão e lealdade. 

A diferença entre esta e outras publicações voltadas ao público infantil, é justamente o suporte aos pais, que o livro traz. Nos diálogos, é assinalado, ao lado de cada frase, o tom de leitura mais apropriado para criar o clima de cada história para o pequeno ouvinte. 

O livro se justifica na primeira página: "como antigamente, os pais são encarregados de contar a seus filhos as velhas histórias que, um dia, eles também ouviram. E, para que essa tradição não se perca, procuramos refletir, no papel, o tom, de cada diálogo, do calor e da cor das vozes dos personagens". Além disso, o livro separa, na página de introdução 
de cada história, informações detalhadas da idade a que se destina o conto, valores que serão passados e o tempo médio de leitura. A publicação propõe estabelecer um diálogo entre pais e filhos, ao questionar quais elementos fundamentais da narração, personagens e lugares. Se todos as editoras tivessem esta preocupação, com certeza, hoje teríamos um número maior de leitores.

Contos presentes em Conte uma história: "Chapeuzinho vermelho", "O patinho feio", "O rei bico de Tordo", "O pescadorzinho Urashima", "Barbazul", "O pequeno polegar", "A roupa nova do imperador", "A polegarzinha", "João e o pé de feijão", "A mesa, o burro e o bastão encantado".

Livro: Conte uma história
Seleção: Célia Ruiz Ibáñez
Ilustração, capa e projeto visual: Pilar Campos Fdz-Fígares
Diagramação: Andrés Castillo Martín
124 páginas
Tradução: Mô Cunha
Editora: Girassol

sexta-feira, 2 de dezembro de 2005

.: Resenha de "Filosofia Clínica e Educação", Mônica Aiub

Filosofia clínica e educação usadas para melhorar a formação de alunos 
Por: Hely Celeste Moraes Miranda

Em dezembro de 2005



Livro revela como filosofia pode aproximar educadores e alunos.



Lançado pela Wak Editora, o livro "Filosofia Clínica e Educação", de Mônica Aiub, proporciona ao educador buscar sempre analisar o aluno de uma maneira global, não acreditando em verdades absolutas. De acordo com a autora do livro, nada deve ser visto com olhar crítico, inflexível. Todas as situações têm uma causa, que resulta num efeito, numa ação.

O livro ainda mostra que professores não são filósofos, mas têm que utilizar as ciências humanas, pois lida com seres individuais, que têm uma subjetividade única, vivências e experiências que não podem ser divididas com ninguém.

Neste caso, de posse dos conhecimentos transmitidos pelo livro, o educador consegue conduzir o aluno à realização de seus desejos, de suas virtudes, à transformação de sua vida, de sua realidade, com a finalidade de derrubar os conceitos pré-estabelecidos, os padrões e permitindo que ele consiga enquadrar-se na sociedade, sendo parte atuante e interagindo, de maneira satisfatória, com seu grupo.

Mais sobre o livro: Construído a partir de pesquisas teóricas e práticas em ambas as atividades, o livro Filosofia Clínica e Educação volta-se, em um primeiro momento, diretamente à sala de aula e ao trabalho do educador, apresentando a Filosofia Clínica como um instrumental de leitura e diagnóstico, que propiciará ao professor elementos auxiliares na pesquisa do material humano com o qual trabalha, culminando em caminhos para a escolha de materiais e metodologias adequados à sua realidade. Trata-se de uma proposta que não pretende receitas prontas, mas sim uma constante pesquisa de contextos e a construção de uma pedagogia singular. Num segundo momento, dirige-se a filósofos clínicos, apresentando uma proposta de consultoria filosófica na educação fundamentada nos procedimentos da clínica filosófica e, conseqüentemente, propondo uma nova área de atuação.

Este livro possui uma dupla preocupação: evidenciar a possibilidade de atuação do filósofo clínico como consultor educacional e estabelecer relações que mostrem como o instrumental da Filosofia Clínica pode auxiliar os educadores em seu trabalho. Apresenta, passo a passo, como se dá o trabalho do filósofo clínico, mas sendo este um texto para professores, estabelece relações com a prática escolar, tentando, sempre que possível, descrever o trabalho clínico e suas possíveis aplicabilidades pedagógicas. Com certeza, o professor não resolverá problemas pessoais de seus alunos, das famílias destes, ou do grupo a que pertencem, mas poderá melhorar sua atuação, para que sua aula atenda as necessidades específicas de seus alunos e seu trabalho apresente bons resultados.

A autora: Natural de Santos, litoral de São Paulo, licenciada em Filosofia e pós-graduada em Educação Brasileira pela Universidade Católica de Santos - UniSantos, bacharel em Música pela Unesp, pós-graduada em Filosofia Clínica pelo Instituto Packter e mestranda em Filosofia na UFSCAR. Atua como professora há 15 anos, trabalhando na Educação Básica, graduação e pós-graduação. É filósofa clínica, presidente da Associação Paulista de Filosofia Clínica, professora titular do curso de Especialização em Filosofia Clínica nos centros de São Paulo e Baixada Santista, professora do curso de Graduação em Filosofia do Centro Universitário São Camilo - SP. Autora dos livros: Sensorial e Abstrato: como avaliá-lo em Filosofia Clínica e Para Entender Filosofia Clínica: o apaixonante exercício do filosofar.

Livro: Filosofia Clínica e Educação
Autora: Mônica Aiub
132 páginas
Editora: Wak
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