sexta-feira, 31 de março de 2017

.: Com Kindle, Amazon cobre São Paulo de livros gratuitos


Por Helder Miranda, em março de 2017.

A Amazon fez propaganda usando os muros pintados de cinza a mando do prefeito João Dória, aquele que mandou apagar os grafites pichados na cidade de São Paulo. Na propaganda, foi mostrada a cidade, cinza como realmente está, e projetados partes de livros nos muros, propaganda do Kindle. 

O atual prefeito de São Paulo falou que, se amam tanto São Paulo assim, por que não doam cultura e Kindles pras crianças? A empresa começou beneficiando a todos: com livros gratuitos para fazer o download gratuito pela internet... e adiantou que essa é apenas a primeira iniciativa. Só entrar em www.amazon.com.br/amamossp e baixar o livro gratuito. 

"A Amazon Brasil mantém seu compromisso com o desenvolvimento da leitura, incentivo à literatura e promoção de diversidade de ideias. Por exemplo, autores brasileiros agora podem ter suas obras lidas por milhões de leitores, gratuitamente por meio da auto-publicação. Estamos doando centenas de dispositivos Kindle para instituições que promovem cultura e educação. A Amazon.com.br também se uniu a algumas das maiores editoras brasileiras para oferecer gratuitamente um eBook, dentre uma seleção de mais de 30 títulos, incluindo best-sellers e livros clássicos. Nós nos mantemos muito comprometidos com esses valores e em atender bem nossos clientes. #AmazonAmaLeitores", afirma o posicionamento da empresa. Esse é o tipo de polêmica que beneficia a todos.


Sobre o autor
Helder Miranda é editor do portal Resenhando há 12 anos. É formado em Comunicação Social - Jornalismo e licenciado em Letras pela UniSantos -Universidade Católica de Santos, e pós-graduado em Mídia, Informação e Cultura pela USP. Atuou como repórter em vários veículos de comunicação. Lançou, aos 17 anos, o livro independente de poemas "Fuga", que teve duas tiragens esgotadas.

.: Bruno Seitras mostra a sua cara em Mundanas, por Luiz Gomes Otero

Por Luiz Gomes Otero*, em março de 2017.

Cenas do cotidiano foram a fonte de inspiração do jovem cantor e compositor Bruno Seitras para produzir o disco "Mundanas". Um trabalho musical que encontra diversas referências na nossa MPB.

O disco tem oito faixas e foi gravado de maneira independente. É uma obra onde o cotidiano é retratado de diferentes maneiras. Basta imaginar oito pessoas sentadas na mesa de um bar, depois de algumas bebidas, contando histórias interessantes de suas vidas.

As influências musicais de Bruno vêm de artistas nacionais, alguns clássicos, como Os Mutantes, Raul Seixas e Martinho da Vila. E outros estão em plena ascensão, como, o duo Antiprisma, a banda carioca Ventre e o rapper Criolo.

A voz é forte e melancólica em alguns momentos. Os arranjos têm uma certa predominância para o acústico, com ênfase no violão, que deve ter sido a matéria-prima principal utilizada para produzir as canções.

Há o ritmo soturno da canção Balançar e o experimentalismo de "Em Tua Vida", que começa como um samba-canção e depois entra em um arranjo instrumental inusitado, que remete ao rock progressivo dos anos 70. Possivelmente resultado do caldeirão de influências de Bruno Seitras. Utopia fala em desejar um mundo melhor para se viver. E isso é um desejo que todos nós sentimos, de uma certa forma.

O álbum contou com Julia Skinovsky cantando na música “Dora”. João Victor Caetano canta o final da faixa  “John”. Igor Stefano participa tocando piano nas faixas “John” e “Em Tua Vida”. A ilustração gráfica na capa e contracapa do disco é assinada por Mateus Capelo.

Mundanas é um disco conceitual. Não é um trabalho de fácil audição. Mas merece ter o seu espaço na mídia pela ousadia e coragem de produzir algo fora do padrão que é produzido nos dias de hoje. 

"Em Tua Vida"

"Balançar" 

"Utopia"

*Luiz Gomes Otero é jornalista formado em 1987 pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Trabalhou no jornal A Tribuna de 1996 a 2011 e atualmente é assessor de imprensa e colaborador dos sites Juicy Santos, Lérias e Lixos e Resenhando.com. Criou a página "Musicalidades", que agrega os textos escritos por ele.




quinta-feira, 30 de março de 2017

.: Segredos do nazismo revelados em diário de Alfred Rosenberg

Livro revela os segredos de um dos principais intelectuais do nazismo e relata a saga para encontrar seu diário, que ficou desaparecido por mais de seis décadas. Descoberto após o fim da Segunda Guerra, o diário de Alfred Rosenberg havia sumido misteriosamente depois dos julgamentos de Nuremberg


Em abril de 1945, semanas antes de a Segunda Guerra Mundial chegar oficialmente ao fim, soldados americanos entraram no Schloss Banz, um dos palácios alemães responsáveis por abrigar objetos saqueados e documentos, que começavam então a ser resgatados pelos Aliados.  Lá, encontraram o diário pessoal de Alfred Rosenberg, figura do círculo íntimo de Hitler e um dos principais teóricos do nazismo.  Após os julgamentos do Tribunal de Nuremberg, o caderno desapareceu e foi localizado somente em 2013.

Em “O diário do diabo”, o repórter David Kinney e o fundador da equipe de crimes contra a arte do FBI, Robert Wittman, relatam a busca pelo objeto, descortinando a rede de contatos que levaria ao paradeiro do diário. Uma das figuras centrais na história é o advogado alemão Robert Kempner, que no início da década de 30 tentou deter o avanço do nazismo, mas, por ser judeu, acabou fugindo para a Itália, para a França e, por fim, para os Estados Unidos. Com o fim da guerra, Kempner voltou para sua terra natal para trabalhar no Tribunal de Nuremberg e foi responsável pelo julgamento de vários homens que o haviam perseguido. O curioso é que ele tinha o hábito de levar documentos oficiais para casa e tinha ambições editoriais com eles.

Esclarecido o mistério sobre o sumiço do diário, os autores narram a trajetória de Alfred Rosenberg desde sua saída da Estônia para a Alemanha, até a construção das bases ideológicas para o projeto de extermínio dos judeus, definido pelo nazista como “solução final”.  Rosenberg é autor do livro “O mito do século XX”, que vendeu mais de um milhão de exemplares na época de seu lançamento e foi considerada, junto com “Minha luta”, de Hitler, obra fundamental do nazismo.

Apesar de ter sido um dos principais intelectuais da doutrina nazista, a reputação de Rosenberg era controversa mesmo entre os próprios colegas de partido. Desprezado pelo ministro da propaganda de Hitler, Joseph Goebbels, ele era considerado muito confuso por outros nazistas. Alguns afirmavam que ele tinha apenas uma boa memória, juntava uma impressionante quantidade de fatos isolados, mas sem conseguir integrá-los e desenvolver uma visão própria sobre os mesmos.

A dúvida, afinal, era se a proximidade entre Rosenberg e Hitler não fazia parte justamente de uma estratégia do füher, pela interpretação de que o incompreensível e o estapafúrdio provocam maior impacto nas massas: “Talvez Hitler não enxergasse isso. Ou talvez sim, e talvez percebesse, espertamente, que ele era justamente o tipo de sábio ideológico de que necessitava para o seu movimento”, escrevem os autores no livro.

“O diário do diabo” chega às livrarias no fim de março pela Editora Record

David Kinney escreve para inúmeras publicações, inclusive o New York Times, e já ganhou o Pulitzer.

Robert K. Wittman fundou a Equipe de Crimes contra a Arte do FBI e foi expert da agência para crimes de propriedades culturais. É autor do best-seller “ Infiltrado: a história real de um agente do FBI à caça de obras de arte roubadas” e presidente da Robert Wittman Inc., especializada em proteção e recuperação de obras de arte.

Livro: “O Diário do Diabo”
(The devil’s diary)
Robert K. Wittman & David Kinney
Tradução de Cristina Cavalcanti
462 páginas
Editora Record
(Grupo Editorial Record)

.: TV Cultura estreia nova temporada do Planeta Terra

Série inédita sobre pinguins dá início à nova fase de produções da BBC. Vai ao ar neste domingo


Estreia neste domingo, dia 2 de abril, às 18h, na TV Cultura, uma nova temporada do Planeta Terra, com produções inéditas da rede britânica BBC.

A primeira série, em três episódios, é Pinguins – Espiões na Colônia. O público irá descobrir como é ser um pinguim com as novas “câmeras espiãs”, que dão uma nova perspectiva do comportamento e das táticas de sobrevivência desses incríveis e carismáticos animais.

Seguindo o sucesso de Urso Polar – Um Espião no Gelo, as “câmeras espiãs” alcançam um novo nível com a “Penguincam”, um tipo de robô super-realista disfarçado de pinguins, filhotes e ovos.

Uma viagem que mostra os pinguins imperadores na congelante Antártica, intercalando suas histórias com as diferentes experiências dos pinguins-de-humboldt na América do Sul, e nas Ilhas Malvinas, com os saltadores de rocha, pinguins-de-penacho-amarelo.

A equipe de filmagem ficou cerca de um ano gravando as incríveis imagens, implantando cerca de 50 “câmeras espiãs” para capturar, como nunca antes, o verdadeiro caráter de três diferentes, mas igualmente carismáticas, espécies. Junto das câmeras, estava uma tecnologia pioneira: robôs pinguins com câmeras nos olhos. Essas câmeras disfarçadas levaram a alguns encontros surpreendentes – um pinguim até se apaixonou por uma das “penguincams”.

Pinguins nos dá detalhes do drama e desafio vividos por essas criaturas durante o ano todo, mostrando também diversos momentos cômicos. A incrível tecnologia das “penguincams” permite que elas se infiltrem nas colônias desses animais, propiciando um olhar mais próximo como nunca antes visto, imergindo no mundo dos pinguins, tanto em terra quanto no mar.


Dia 2/4 - episódio 1 – A Jornada
Pinguins-imperadores atravessam perigosos mares congelados para chegar ao local de acasalamento. Uma vez que o acasalamento é bem sucedido, as fêmeas precisam botar os ovos sem tocar ao chão, mas são os machos que enfrentam o maior desafio: passar todo o inverno em um dos locais mais gelados da Terra.

Os pinguins-de-penacho-amarelo se aventuram nos mares mais agitados do planeta e escalam montanhas para botarem seus ovos. E mesmo depois disso tudo eles ainda sofrem um ataque aéreo das mais perigosas aves marinhas.
Os pinguins-de-humboldt, que raramente são filmados, precisam passar por milhares de leões marinhos, morcegos vampiros, e aves de bico afiado, só para chegar aos seus ninhos desertos.

Até que chega a hora em que as “câmeras espiãs” capturam o momento em que os pequenos filhotes saem de seus ovos.

Dia 9/4 - episódio 2 – Os Primeiros Passos
Depois que os filhotes nascem, os pinguins-imperadores machos fazem um desfile de identidade antes de devolverem os filhotes para suas mães, que são obrigadas a protegê-los da nevasca. As câmeras gravam o momento em que as mães ensinam os primeiros passos aos seus filhotes, enquanto as fêmeas que não tem ou perderam seus filhotes tentam sequestrar os das outras; e petréis gigantes forçam os filhotes a se abrigarem por proteção.

Nas Ilhas Malvinas, os filhotes de penacho-amarelo conhecem seus desagradáveis vizinhos: os cormorões rei. Outras aves também são ameaças aos pequenos pinguins e uma delas captura uma das câmeras disfarçadas de ovo, gerando uma tomada de toda a colônia. Os adultos aproveitam um banho nas pedras de seus próprios “spas particulares”, enquanto os filhotes enfrentam mais predadores.

No Peru, os pequenos humboldts surgem no deserto. Seus pais os deixam sozinhos em suas tocas cheias de lama, onde eles enfrentam ondas de focas, gaivotas e cormorões. Os pinguins começam a chegar à fase adulta.


Dia 16/4 - episódio 3 – Crescendo
Os pinguins vêm crescendo rápido e se tornando independentes. Os filhotes de pinguins-imperadores e de penacho-amarelo são colocados em ”creches” enquanto os pais saem para pescar. Os humboldts são deixados em suas tocas enquanto seus pais aterrissam em uma praia cheia de cormorões.

No bando de pinguins-imperadores, os filhotes têm de ser identificados para serem alimentados, mas seus pais acabam se deparando com impostores famintos. Enquanto isso, os humboldts sofrem com constantes ameaças de petréis gigantes e morcegos vampiros, e, conforme vão crescendo, vão adquirindo seu penteado punk. Os imperadores escorregam em suas pistas de gelo, enquanto os pinguins-de-penacho-amarelo começam a dar seus primeiros saltos.

Eventualmente, todos os filhotes crescem e seguem os mesmos passos de seus pais. Enquanto isso, as “câmeras espiãs” os acompanham pelo resto da vida.



.: SV comemora Dia Internacional da Conscientização do Autismo

Atividades inclusivas serão realizadas domingo dia 2 de abril, na Praia do Gonzaguinha


Neste domingo dia 2 de abril, comemora-se o Dia Mundial da Conscientização do Autismo. Para celebrar a data, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), em parceria com o projeto Família Capitão do Mar – Canoagem Inclusiva, organizou uma programação, que será realizada a partir das 8h, na Praia do Gonzaguinha (Avenida Embaixador Pedro de Toledo, altura da Rua Benedito Calixto).

O evento contará com atividades aquáticas como aula de canoagem havaiana, caiaques, hidroginástica, cadeiras anfíbias, entre outras. Todas as ações são voltadas para os portadores de necessidades especiais.

O projeto - O Capitão do Mar atende deficientes gratuitamente todos os finais de semana e visa, através de diversas atividades, combater o sedentarismo e estimular o contato com a natureza, atraindo pessoas de todas as cidades da Baixada Santista e Capital.

O evento é organizado pela Família Capitão do Mar, em parceria com a Apae e conta com o  apoio da Ocean K-11, Vibe Ocean Team, Associação Beneficente Vida por Vidas, Trok Escap Auto Center, Fundo Social de Solidariedade e Prefeitura Municipal de São Vicente. 

quarta-feira, 29 de março de 2017

.: Clipe de ‘Beija Eu’, de Silva, celebra o amor de todas as formas

Um clássico de Marisa Monte, a música “Beija Eu” ganhou uma nova versão no álbum “Silva Canta Marisa”, e agora um clipe que mostra como o beijo pode expressar as mais diversas formas de amor.

Com direção de Jorge Bispo, o clipe traz participações das atrizes Maria Ribeiro e Amanda de Godoi, dos atores Helio de La Peña e Francisco Vitti, da diretora Dani Gleiser e do cantor Matheus VK. Outro grande destaque do clipe é a participação mais do que especial de Arto Lindsay, um dos autores da canção – ao lado de Marisa Monte e Arnaldo Antunes. 


Assista


Sobre o slap: O nome já é sonoro: slap. O selo, que tem a música como DNA, foi criado em 2007 e, desde então, se propõe a apresentar o que há de mais qualificado no mercado. O slap abre portas, experimenta sem cerimônias e provoca quem está aberto a conhecer e ouvir música. Música que não é óbvia ou comum. Seus representantes têm todos a autenticidade como característica. Fazem parte deste grupo nomes como Maria Gadú, Silva, Marcelo Jeneci, Tiago Iorc, Ana Cañas, Mombojó, Nação Zumbi, Dani Black, Móveis Coloniais de Acaju, Rodrigo Amarante, Céu e Suricato. O slap é vanguarda. É uma marca incentivadora do consumo de música, que inova e atua como uma provedora, sem medo de arriscar, pregando a criatividade com um objetivo: levar o estilo slap para quem curte e vive a música. Além da produção musical brasileira, o slap ainda traz para cá os sons únicos de nomes como Bon Iver, Jim James, Jesse Harris e Beirut. Aproveite o som, viva a música.

.: Aprenda a lidar com a dependência exagerada do seu filho

Por Dr. Carlo Crivellaro, Pediatra com Título de Especialista em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria; Membro da Sociedade Brasileira de Pediatria; e Membro da Highway to Health International Healthcare Community

Cada vez mais, aumenta o número de mulheres no mercado de trabalho. E não é só no Brasil. Em diversos lugares, mais da metade das mulheres trabalham fora, pelos mais variados motivos, principalmente por necessidade financeira. Com isso, muitas mulheres com bebês e crianças pequenas precisam tomar uma difícil decisão: com quem deixar os filhos?

Algumas preferem deixar com os avós, outras com babás, e há quem opte pela escola infantil. E é nessa fase que se inicia o “desgrude” da criança, o que nem sempre é fácil. Para o filho, a mãe representa nutrição, proteção, conforto, amor e carinho. Portanto, neste período de “afastamento”, é normal a criança sentir falta da mãe, ter medo e chorar.

Crianças criadas com excesso de zelo podem ter ainda mais dificuldade de se adaptarem com a ausência da mãe. Vale dizer que excesso de zelo é quando a mãe dá tudo o que o filho quer, tem dificuldade de dizer “não” e de impor limites à criança. O carinho e a atenção dos pais são fundamentais, mas a falta de limites torna a criança mimada, insegura e irresponsável. Os filhos precisam entender, desde a infância, até aonde podem ir, e que as cobranças fazem parte da vida.

É na fase pré-escolar (2 a 6 anos) que a criança começa a explorar mais o mundo, e sente curiosidade em descobrir coisas novas, o que faz com que ela possa assumir riscos. Esses riscos devem ser supervisionados, mas permitidos, desde que não envolva situação de risco real. Isso é importante para que a criança tenha iniciativa e independência. Se cada vez que ela ouvir “deixa que eu faço”, “você não vai conseguir fazer sozinho”, “você é pequeno demais”; sua capacidade de evoluir e de ter interesse por novas descobertas será totalmente inibida.

Com o tempo, isso pode levar a criança a ser mais tímida, mais medrosa e achar que as coisas só darão certo se a mãe estiver por perto. Muitas vezes, a mãe não percebe essa dependência que ela mesma criou. A criança também não tem a percepção de que está muito dependente. Pelo contrário. Ela não tem desafios e obstáculos, o que torna sua vida uma zona de conforto. Essa é a hora de fazer uma reflexão: será que o excesso de proteção não está prejudicando o amadurecimento e a independência da criança? Sim, está, e esta forma de educar trará consequências frustrantes em sua vida adulta, tanto na questão pessoal como profissional. Obviamente, os primeiros passos para cortar essa dependência exacerbada devem ser dados pelos adultos.

Para que essa transição seja a mais tranquila possível, a mãe pode ir preparando a criança desde cedo, mostrando que outras pessoas também são capazes de cuidar dela. Deixe-a mais tempo com os avós ou com os padrinhos, e aproveite para passear um pouco, se cuidar, sair com os amigos e até ter um momento a sós com o marido. Com o tempo, a criança vai perceber que a mãe se ausenta, mas volta, e será benéfico para todos. Ao sair, sempre se despeça e explique que vai voltar. Se você for embora sem falar com seu filho, ele não entenderá, e isso pode gerar insegurança e perda de confiança.

Mesmo que seja um bebê, converse com ele. Diga que precisa ir trabalhar ou fazer alguma coisa na rua, mas que irá retornar. Quando deixar a criança na escola ou com outra pessoa, não demonstre tristeza ou angústia. Qualquer sentimento que você tiver, irá transmitir ao seu filho. Portanto, seja firme. Diga que o ama, que ele ficará bem e que mais tarde irá buscá-lo.

Uma dica importante para estimular a independência da criança é fazer com que ela valorize o seu próprio espaço. Deixe claro que ela tem a SUA cama, o SEU quarto e os SEUS objetos. Concessões podem ser feitas, como dormir uma noite ou outra com os pais. Mas é fundamental que ela já comece a ter noções de discernimento, e entenda que certas coisas não podem ser feitas sempre que ela tiver vontade.   

Outra boa dica é incentivar a realização de tarefas que ela já possa fazer sozinha, como escovar os dentes, se vestir e tomar banho. Peça ajuda em funções que sejam apropriadas à idade dela, seja arrumando a mesa, guardando os brinquedos, regando as plantas, dando comida ao cachorro, entre outras. Isso ajudará no seu desenvolvimento. A criança muita ociosa tende a demandar mais a atenção dos pais, além de se tornar preguiçosa.
Se ela estiver com medo de realizar alguma tarefa, primeiro entenda a razão deste medo e a encoraje a enfrentar a situação. É importante que a criança já saiba que virão outros medos pela frente, ao longo da vida, mas que ela esteja preparada para encará-los e tentar superar.

Em suma, qualquer excesso não é saudável, tanto a falta de zelo como o excesso dele. Lembre-se: se você estimular a independência de seu filho, estará fazendo dele um adulto seguro, responsável e capaz de resolver seus próprios problemas com maturidade e clareza.

terça-feira, 28 de março de 2017

.: Como fazer a diferença?, especialista em Gestão e Gestão Empresarial

Valéria Borges da Silveira*


Existe algum significado nas coisas que fazemos? Sim, e somos nós os responsáveis por dar sentido a tudo isso. Quando falo em satisfação pessoal, estou me referindo ao reconhecimento de algo como o nosso trabalho, por exemplo. Satisfação é uma combinação desses fatores, reconhecimento e remuneração, mas não é só isso.

Vendemos uma quantidade de horas do nosso tempo, da nossa energia física, mental e intelectual, recebendo em troca um salário. A repetição sem um sentido mais amplo faz com que as atividades sejam exercidas de maneira mecânica e daí têm-se pouco espaço para a realização de sentir algum gosto daquilo que se faz. Quando vemos nosso trabalho como meramente um emprego quase sempre surge a frustração e a perda de sentido.

Palavras como sucesso, fracasso, poder e influência fazem parte da trajetória a ser cumprida. A sensação de progressão energiza os nossos passos, nos dando forças para seguir em frente, vencendo os obstáculos e barreiras que surgem em nossa caminhada. O que eu estou querendo dizer é que quando há satisfação, naquilo que está se fazendo, trabalhamos melhor, rendemos mais.

Outro ponto importante nessa jornada é o autoconhecimento, ele é fundamental para qualquer profissional obter sucesso na carreira, sempre aliado ao planejamento, ao comprometimento e ao foco. Para que possamos fazer algo além, precisamos estar sempre dispostos a desenvolver habilidades e aprimorar competências. Assim, consequentemente, aumentamos nossa autoconfiança e temos maior chance de alcançar metas.  É importante saber fazer e fazer com prazer, para aí sim fazer a diferença.


*Valéria Borges da Silveira é formada em administração e jornalismo, especialista em Gestão e Gestão Empresarial, Orientação e Supervisão Escolar.

.: #ResenhandoIndica "A Bela e a Fera", em 3D Cinesystem

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em março de 2017



Não há como deixar de conferir a nova roupagem Disney para a "A Bela e a Fera", nos cinemas. De fato, o longa já bateu recordes de bilheteria, somando a arrecadação de US$ 462 milhões ao redor do mundo em sete dias. 

A produção é do tipo que pede tela gigante e o toque especial do 3D, tecnologia que oferece total imersão na história. Como não se assustar com a guerra de bolas de neve ou na cena de invasão do castelo?

A produção que estreou em 16 de março, apresenta a clássica trama da moradora de uma pequena aldeia francesa, que entrega a vida ao estranho "monstro" em favor da liberdade do progenitor e passa a viver em um castelo encantado. 


Horários no Cinesystem Litoral Plaza

Dublado em português, 3D
14:05
16:40
19:20
22:00

Dublado em português, padrão
16:10
18:50

Sobre o Cinesystem Cinemas: Divertir, ensinar, documentar e entreter - este é o papel do cinema: uma das formas de expressão cultural das mais intensas e que desperta no público todo tipo de emoção. O cinema traz, através da sua história, uma grande responsabilidade, como propor a reflexão para pessoas ao redor de todo o mundo. A Rede Cinesystem Cinemas vai além e cria "um jeito novo de curtir cinema"!

O mercado cinematográfico brasileiro investe, ano a ano, para atender com excelência a uma demanda crescente de público, concentrando a exibição dos filmes em multiplex. É nesta ascendente que a empresa paranaense Cinesystem vem se posicionando, inovando e fazendo de seus cinemas um grande espetáculo, com máxima qualidade de som, imagem, conforto e segurança.

CINESYSTEM PRAIA GRANDE, SÃO PAULO: Litoral Plaza Shopping - Av. Ayrton Senna da Silva, 1511 - Sítio do Campo, Praia Grande - SP, 11726-000


Trailer

Teaser


* Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm


.: “A alegria de ser discípulo” reúne textos do Papa Francisco

Há quatro anos à frente da Igreja Católica, o Papa Francisco é reconhecido, desde que assumiu o pontificado, pelo seu carisma e preocupação com as questões sociais. Seus posicionamentos fazem com que seja uma das figuras mais respeitadas da atualidade.

Duas palavras definem bem o ministério do pontífice: “alegria” e “misericórdia”. Estes elementos juntos formam a base necessária para que os cristãos possam testemunhar a fé diariamente. Em “A alegria de ser discípulo”, os leitores são convidados a meditar através das palavras do Papa e a praticar o olhar caridoso com o próximo, sem esquecer o entusiasmo que os move.

Com curadoria do catequista James P. Campbell, a obra reúne documentos selecionados do arquivo pessoal do Papa. Os temas vão desde a Ressureição de Cristo até o convívio em família.  Através de seu exemplo, Francisco oferece uma nova perspectiva sobre a necessidade de praticar a alegria de ser cristão. 

O livro tem prefácio do cardeal Daniel DiNardo e chega às livrarias em março pela BestSeller.

Trecho: 
A Providência de Deus vem por meio de nosso serviço aos outros, de nossa partilha com os outros. Quando cada um de nós não acumula para si mesmo, e sim para servir aos outros, nesse ato de solidariedade a Providência de Deus se torna visível.  No entanto, se a pessoa acumular apenas para si mesma, o que vai acontecer quando for chamada por Deus? Ninguém pode levar suas riquezas consigo, porque, como vocês sabem, mortalha não tem bolsos! É melhor compartilhar, para que possamos levar conosco, para o céu, apenas o que compartilhamos com os outros.

James P. Campbell tem mais de quarenta anos de experiência como catequista e oakestrante nacional em educação religiosa católica. Fez licenciatura em Letras e mestrado em História Européia e, mais tarde, mestrado em Teologia. É doutor do Ministério de Educação Cristã  do Instituto de Teologia Aquinas.

Livro: A alegria de ser discípulo
Autor: Papa Francisco
Páginas: 176
Tradução: Sandra Martha Dolinsky
Editora: BestSeller | Grupo Editorial Record

domingo, 26 de março de 2017

.: Cinema Acessível para o público com diferentes identidades sensoriais


Atividade faz parte do projeto Juventudes e será coordenado pelo Coletivo GRÃO de Arte e Cidadania.

No dia 5 de abril, o Sesc Vila Mariana dará início ao curso Cinema Acessível no Espaço de Tecnologias e Artes, com o objetivo de investigar a construção de uma obra cinematográfica de média a longa duração que seja acessível ao público cego e surdo, sem o uso de tecnologias assistidas. 

O curso está inserido no projeto Juventudes, que propõe atividades socioculturais diversificadas para jovens de 13 a 29 anos, e é gratuito, com os encontros acontecendo às quartas-feiras, das 18h30 às 21h30 até 28 de junho. As inscrições podem ser realizadas na Central de Atendimento da unidade a partir de 21/3, para Credencial Plena, e a partir de 28/3, para os demais interessados.

O curso busca construir um projeto cinematográfico que seja acessível a um público com diferentes identidades sensoriais, a partir da metodologia de criação de diálogos estéticos significativos, desenvolvida pelo coletivo GRÃO, desde 2012.

Durante o curso, será filmada uma recriação de Romeu e Julieta, de William Shakespeare com elenco bilíngue formado por surdos e ouvintes.
Cinema Acessível oferece 40 vagas que serão distribuídas em dois módulos concomitantes: o Módulo Técnico conta com 20 vagas, em que os participantes terão noções de roteiro, gravação de imagem e som, iluminação e montagem; no Módulo de Interpretação, que também conta com 20 vagas, os participantes terão noções de construção de personagem e interpretação para a câmera.

O Coletivo GRÃO de Arte e Cidadania é formado por artistas e educadores com o objetivo de promover diálogos significativos sobre acessibilidade estética. Criou em 2012 uma metodologia chamada COISOLÂNDIA que consiste na construção poética de um espaço que oportunize estética para públicos diversos, incluindo o de pessoas com deficiência, a partir do diálogo. Entendendo-se que o acesso, no que diz respeito à arte, vai além das questões arquitetônicas e das determinações normativas, mas trata da fruição poética para públicos com diferentes percepções tanto sensoriais quanto culturais. O Coletivo é bilíngue e formado por ouvintes e surdos.

Serviço:
Cinema Acessível 
Curso com o coletivo GRÃO de Arte e Cidadania
De 5 de abril a 28 de junho, quartas-feiras, das 18h30 às 21h30 
Local: Espaço de Tecnologias e Artes
40 vagas (20 vagas para o Módulo Técnico e 20 vagas para o Módulo de Interpretação)
Duração: 180 minutos/aula
Recomendado para jovens e adultos de 13 a 29 anos
GRÁTIS
Inscrições na Central de Atendimento a partir do dia 21 para Credencial Plena, e a partir de 28, para demais interessados.
Horário de funcionamento da Unidade: Terça a sexta, das 7h às 21h30; sábado, das 9h às 21h; e domingo e feriado, das 9h às 18h30.
Central de Atendimento (Piso Superior – Torre A): Terça a sexta-feira, das 9h às 21h30; sábado, domingo e feriado, das 10h às 18h30.
Estacionamento: R$ 5,50 a primeira hora + R$ 2,00 a hora adicional (Credencial Plena: trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes). R$ 12 a primeira hora + R$ 3,00 a hora adicional (outros). 200 vagas.
Sesc Vila Mariana
Rua Pelotas, 141, São Paulo - SP
Informações: 5080-3000
sescsp.org.br

sexta-feira, 24 de março de 2017

.: Coletânea reúne hits de Harold Melvin & The Bluenotes


Por Luiz Gomes Otero*, em março de 2017.

Um dos grupos vocais fundados na década de 70, Harold Melvin & The Bluenotes representou a continuidade da soul music produzida pelos cantores das gravadoras Stax e Motown nos anos 60. Com um certo toque de classe e sofisticação, um requinte a mais que o padrão da década exigia. E a coletânea "All The Hits" traz uma pequena amostra da riqueza musical que esse grupo produziu ao longo dos anos.

O grupo liderado por Harold Melvin produziu hits antológicos, além de ter revelado o cantor Teddy Pendergrass em uma de suas formações. Era uma soul music mais dançante, porque a década de 70 estava em alta a era da discoteca, da disco music. Música para chacoalhar o esqueleto, literalmente. E a Filadélfia, nos Estados Unidos, foi o celeiro de grandes músicos dessa linha.

O CD "All The Hits" contém 12 gravações da década de 70, ou seja, o período mais interessante do grupo.  Há a balada romântica de "If You Don´t Know Me By Now" (que o Simply Red regravaria anos mais tarde) e o pop dançante e irresistível de "The Love I Lost", ambas hits supremos e obrigatórios em qualquer show que o grupo faça.

Mas mesmo as canções menos conhecidas do público brasileiro na atualidade, como "I´m Searching For Love" (com um arranjo orquestral caprichado e discreto) e  "If You're Looking for Somebody to Love" (essa com a cara da disco music dos anos 70) têm aquele toque de classe de Harold Melvin. Era como se a soul music fosse apresentada de terno e gravata para o público, sempre.

Gostei muito de relembrar o antológico hit "Where Are All My Friends", que chegou a tocar nas rádios dos anos 70 e até hoje volta e meia aparece em alguma programação de emissora com foco nas canções mais antigas (ou flashbacks, como alguns costumam definir). O mesmo vale para "Keep On Loving You", com seu balanço irresistível. Não foi à toa que essa banda serviu como referência para Mick Hucknall, do Simply Red.

"All The Hits" pode até não ser a melhor coletânea do Harold Melvin & The Bluenotes. Mas traz um pouco da magia que da banda produziu. E isso já basta para você ouvir em seu CD Player.

"The Love I Lost"

"If You Don´t Know Me By Now"

 "Where Are All My Friends"

"Keep On Loving You"


*Luiz Gomes Otero é jornalista formado em 1987 pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Trabalhou no jornal A Tribuna de 1996 a 2011 e atualmente é assessor de imprensa e colaborador dos sites Juicy Santos, Lérias e Lixos e Resenhando.com. Criou a página "Musicalidades", que agrega os textos escritos por ele.



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