segunda-feira, 2 de setembro de 2019

.: Canções do "Fantasma da Ópera" em apresentações gratuitas na Paulista

A ação “O Fantasma da Ópera na Casa das Rosas” vai contar com a participação da Orquestra Filarmônica de Paraisópolis e do Coral Infanto Juvenil da Unibes. Apresentações acontecem às 13h e às 15h, dia 8 de setembro, na Casa das Rosas. Crédito: Marcos Mesquita/T4F
A Avenida Paulista, coração da cidade de São Paulo, vai ganhar um presente especial. A Orquestra Filarmônica de Paraisópolis e o Coral Infanto Juvenil da Unibes farão apresentações das mais icônicas músicas do espetáculo "O Fantasma da Ópera". Oportunidade única para ouvir os clássicos “The Phantom of The Opera” ("O Fantasma da Ópera"), “All I ask of you” ("Preciso Ouvir de Ti") e “Masquerade” ("Carnaval") interpretados por crianças.

A ação vai acontecer no domingo, 8 de setembro, pós-feriado de Independência, em dois momentos: às 13h e às 15h, na Casa das Rosas, que fica na Av. Paulista 37 – Bela Vista. O espetáculo "O Fantasma da Ópera" está em cartaz há mais de um ano na cidade de São Paulo, no Teatro Renault, e já recebeu mais de 500.000 pessoas em suas mais de 400 sessões. Essa é a segunda vez que o musical, que já foi traduzido para 15 idiomas e apresentado em 35 países está no Brasil. Na primeira vez, entre 2005 e 2007, teve um público de mais de 880.000 espectadores.

E é por conta dessa relação tão intima com a cidade de São Paulo, que a produção de "O Fantasma da Ópera" resolveu presentear a cidade. A maestrina Kesia Roberta de Miranda e o maestro Paulo Rydlewski, junto com o Diretor Musical Residente do espetáculo, Miguel Briamonte, ensaiaram as crianças do Coral Infanto Juvenil da Unibes e também a Orquestra Filarmônica de Paraisópolis, para que eles pudessem apresentar os clássicos que estão na história do teatro musical desde 1986. Levando assim, gratuitamente, para todos que passarem pela Avenida Paulista algumas obras-primas do teatro mundial.

O evento acontece em um domingo, quando a Paulista está fechada para o trânsito de veículos, num dos pontos mais importantes da avenida: a Casa das Rosas, que é tombada pelo CONDEPHAAT desde 1985, e considerado um dos espaços culturais mais importantes e belos de São Paulo. Gerenciada pela Poiesis, a Casa das Rosas integra a Rede de Museus-Casas Literários da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo.

"O Fantasma da Ópera"
Baseado no romance clássico Le Fantôme de L’Opera, de Gaston Leroux, "O Fantasma da Ópera" conta a história de uma figura mascarada que se espreita pelas catacumbas da Ópera de Paris exercendo domínio e aterrorizando todos que por ali passam. O Fantasma se apaixona perdidamente por uma inocente jovem soprano, Christine, e se dedica compulsivamente a criar uma nova estrela dos palcos. E usa seus métodos diabólicos para que isso aconteça.

"O Fantasma da Ópera" fica em cartaz até o dia 15 de dezembro e tem sessões às quartas, quintas e sextas, às 21h. Sábados, às 16h e 21h, e Domingos, às 15h e 20h. A ação na Casa das Rosas também conta com apoio da Bella Paulista e Giuliana Flores.

Orquestra Filarmônica de Paraisópolis 
A Orquestra Filarmônica de Paraisópolis, foi criada em 2010 por iniciativa do Mo. Paulo Rydlewski em parceria com a União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis, e seu presidente Gilson Rodrigues. Oferece gratuitamente para a comunidade, para toda a cidade de São Paulo, para o ABC e cidades próximas, cursos de lazer musical e profissionalizantes de instrumentos de orquestra, Teoria Musical, História da Música e curso preparatório para vestibular. Possui uma orquestra composta por alguns de seus melhores alunos, jovens de outras comunidades e jovens músicos ainda aguardando sua inserção no mercado. Atua no sentido de divulgar seu trabalho, a boa música sinfônica em todos seus estilos, seus patrocinadores, e também profissionalizar seus integrantes. Para tanto, oferece uma prática artística e musical orientada de nível profissional. Ainda, realizamos palestras, shows, concertos e eventos contratados, acompanhando sempre grandes artistas, nacionais e estrangeiros. Já passaram pelo projeto 674 alunos.

Coral Infanto Juvenil da Unibes
O Coral Infanto Juvenil da Unibes com regência da maestrina Kesia Roberta de Miranda desde 2013, realiza interpretações e grandes composições desde os clássicos ao contemporâneo, abrangendo outros idiomas e culturas. Os integrantes participam das duas aulas semanais com grande prazer e entusiasmo, pois as técnicas apresentadas são voltadas não apenas para técnica vocal, mas também a expressão cênica.

Os participantes com faixa etária entre 8 a 14 anos, apesar da tenra idade, já abrilhantaram em diversos eventos especiais, em diferentes palcos como Sala São Paulo, Teatro Municipal de São Paulo, Teatro Aliança Francesa, Clube Hebraica, entre outros.

Os frutos do belíssimo trabalho correspondem não só ao grupo e a regência, mas também graças à parceria da coordenação e direção da Unibes (União Brasileiro Israelita do Bem Estar Social).

Casa das Rosas
A Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos é um museu dedicado à poesia, à literatura, à cultura e à preservação do acervo bibliográfico do poeta paulistano Haroldo de Campos, um dos criadores do movimento da poesia concreta na década de 1950. Localizada em uma das avenidas mais importantes da cidade de São Paulo, a Avenida Paulista, o espaço realiza intensa programação de atividades gratuitas, como oficinas de criação e crítica literárias, palestras, ciclos de debates, exposições, apresentações literárias e musicais, saraus, lançamentos de livros, performances e apresentações teatrais. O museu está instalado em um imponente casarão, construído em 1935 pelo escritório Ramos de Azevedo, que na época já tinha projetado e executado importantes edifícios na cidade, como a Pinacoteca do Estado, o Teatro Municipal e o Mercado Público de São Paulo.

Time For Fun
A Time For Fun é líder no mercado de entretenimento ao vivo na América do Sul e a primeira empresa a atuar no segmento de forma diversificada e verticalizada. Vencedora do prêmio Top International Independent Promoter pela Billboard Touring Awards nos anos de 2009, 2010, 2012, 2013 e 2014, e do Prêmio Caboré 2012, o maior prêmio da indústria de comunicação e mídia do Brasil, a T4F acumula experiência no setor de entretenimento ao vivo desde 1983, com operações no Brasil, Argentina e Chile.

Única empresa de entretenimento de capital aberto no Brasil, opera atualmente cinco das mais importantes casas de espetáculos na América do Sul, sendo que três figuram entre as 100 maiores de todo o mundo. A companhia segue fazendo história com a realização do Lollapalooza Brasil e de turnês dos principais artistas do mundo, como Paul McCartney, The Rolling Stones, U2, Madonna, Roger Waters, Pearl Jam, Black Sabbath, AC/DC, Coldplay, Maroon5, Justin Bieber, entre outros. Além disso, realiza shows e turnês dos principais nomes da cena musical latina e brasileira, como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Roberto Carlos, Maria Bethânia, Marisa Monte, Novos Baianos, entre outros. Também promoveu espetáculos como Cirque du Soleil, Disney On Ice e Fuerza Bruta.

Desde 2001, a T4F é pioneira na região na produção dos mais importantes musicais originais da Broadway, como "O Rei Leão", “A Bela e a Fera”, “Wicked” e “Les Misérables”. Atualmente está em cartaz com a nova montagem de "O Fantasma da Ópera".

É realizadora, ainda, da Stock Car, a categoria mais importante do automobilismo nacional, bem como a Stock Light e o Brasileiro de Marcas, uma disputa entre as principais fabricantes de automóveis no país.

.: Celebrado autor de fantasia, Felipe Castilho lança o terror "Serpentário"


Celebrado autor de fantasia, Felipe Castilho reúne seu vasto repertório de referências folclóricas, cultura pop e mitologia em sua nova obra de terror: "Serpentário". O livro é ambientado na Ilha das Cobras, um lugar repleto de mistério e histórias sombrias. O arquipélago é um lugar hostil, que esconde segredos perturbadores. 

Todo ano, Caroline, Mariana e Hélio visitavam o amigo Paulo no litoral paulista, mas em 1999 a vida deles foi praticamente destruída quando decidiram explorar a ilha. Entre memórias fragmentadas, o que aconteceu se tornou um mistério, mas de algo eles se lembram muito bem: uma ameaçadora serpente e alguém sendo entregue ao ninho da víbora.

Anos depois, as marcas daquele dia vêm à tona. Talvez o reencontro para entender o que aconteceu seja parte de algo maior... e maligno. Com traços de H.P. Lovecraft, Serpentário é uma narrativa de humor mordaz, que reúne com propriedade referências da ficção científica e da cultura pop no estilo único de Felipe Castilho.

Conhecido pela série O legado folclórico, que une mitologia brasileira ao mundo dos videogames, Felipe foi indicado ao Prêmio Jabuti 2017 pelo quadrinho Savana de pedra. Também escreveu Ordem Vermelha: Filhos da Degradação, seu primeiro livro publicado pela Intrínseca, ambientado no universo cocriado junto a Rodrigo Bastos Didier e Victor Hugo Souza.

.: Especial Geek City 2019: Star Workers representará Brasil em mundial


Próxima etapa acontece nos Estados Unidos, na Califórnia, em março de 2020

No primeiro dia de Geek City, dia 30 de agosto, 25 equipes infantis disputaram a etapa nacional da competição robótica chamada First LEGO League Jr. O campeonato consiste na criação de projetos científicos por meio de peças de LEGO que visam diminuir ou até mesmo solucionar problemas reais da sociedade. Quem levou para casa o primeiro lugar e as passagens para terras norte-americanas foi a equipe Star Workers, que viaja para a Califórnia, nos Estados Unidos, em março de 2020. 

O projeto que as crianças tinham de criar era baseado na temática ‘Missão na Lua – Como sobreviver na Lua?’, em que era preciso desenvolver soluções para moradia, alimentação, mobilidade e outras necessidades básicas no espaço sideral. Eles contaram com a ilustre presença do Diretor do Centro de Recurso de Educadores da NASA, Todd Ensign, que participou de todo o painel e premiação das equipes. 

Segundo ele, quando o campeonato foi criado havia pouco mais de 50 ligas em todo o mundo, motivo que o fez lutar para que o alcance fosse muito maior. E desde a fundação até agora, existem mais de 21 mil equipes de competição robótica com LEGO credenciadas mundialmente. “Sabíamos que tínhamos potencial para aumentar a quantidade e isso é visto aqui, hoje, com grupos do Brasil inteiro. É gratificante ver o engajamento de crianças, pais e responsáveis com o projeto”, afirma Ensign. 

Os pequenos demostraram sua alegria ao participarem da edição por meio das roupas de astronauta e das caravanas que percorreram todo o Brasil. “Conheci muitos amigos novos”, “quero ser astronauta” e “vou me especializar em engenharia robótica” foram algumas das frases ditas pelas crianças de seis a dez anos que participaram do torneio e vieram de Jundiaí, São João da Boa Vista e Salvador. 

Competições do Geek City 2019
Além da premiação de First LEGO League Jr., o evento ainda contou com a maior Arena Games do Sul do Brasil, que deve receber as finais de Counter Strike: Global Ofensive e DotA 2, o jogo com as maiores premiações da história. Os participantes também puderam contar com as áreas de Área Xbox, Área Crash Bandicoot e Área Sekiro.  

.: Especial Geek City 2019: evento coloca público no palco de e-Sports


No primeiro dia de evento, partidas de Counter-Strike: Global Offensive, Auto Chess e PUBG fizeram a alegria do público e revelaram anônimos, que puderam jogar exatamente como os profissionais

Quem acompanha o mercado de e-Sports está acostumado com os grandes eventos. Luzes, espetáculos, grandes atletas e muita expectativa fazem parte do dia a dia dos esportistas digitais, mas, no primeiro dia de Geek City 2019, quem fez a ação foi o público presente, que transformou a Arena Games em um palco de disputas e o local para se ter um gostinho da ação em nível profissional.

Foi ali que os visitantes do evento puderam ter acesso ao mesmo tipo de estrutura das grandes competições, que também vão acontecer nos próximos dois dias de evento. Nas mesmas máquinas em que as finais do Geek City CS: GO Challenger e do DOTA CITY vão acontecer, rolaram partidas amistosas de PUBG, Auto Chess e, claro, Counter-Strike: Global Offensive.

As partidas aconteceram sob narração de Mustella e Luis Higyno, dois nomes reconhecidos do cenário nacional de e-Sports que, assim como o restante da estrutura, trouxeram o clima dos grandes eventos para a Arena Games do Geek City. Os jogadores misturaram idades, perfis e diferentes níveis de habilidade, ao ponto de muitas vezes os atletas amadores nem mesmo responderem às brincadeiras dos apresentadores, tamanha a concentração e a vontade de vencer. Exatamente como nos grandes torneios da categoria.

Esse foi o caso do estudante Arthur Costa, de 13 anos, que nunca imaginou estar em um palco de um evento de e-Sports para disputar uma partida de Counter-Strike. "Para quem está acostumado a jogar em casa, isso é outro mundo", disse logo após disputar uma partida vitoriosa ao lado de companheiros de time que conheceu ali mesmo.

A ação continuou no último sábado, dia 31, quando aconteceram as finais do Geek City CS: GO Challenger, o torneio universitário de Counter-Strike: Global Offensive. São quatro equipes, todas do estado do Paraná, disputando um prêmio no valor de R$ 2.500. E nos intervalos, ainda tem PUBG com a participação do público presente.

.: Especial Geek City 2019: tudo e mais um pouco do que rolou no primeiro dia

Main Stage abordou quadrinhos, tecnologia, anos 90 e concurso de cosplay

Painel "Curitiba, a Cidade Geek"
No bate-papo sobre a cidade mais Geek do Brasil, Fúlvio Pacheco, coordenador da Gibiteca, e Cris Alessi, presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento, falaram sobre o trabalho que a capital paranaense vem realizando no campo da inovação. “A história de Curitiba é baseada na inovação e um exemplo disso é a Gibiteca, que é a primeira do mundo. Temos trabalhado constantemente para manter esse ritmo”, afirma Cris Alessi. O Vale do Pinhão é um movimento de inovação criado em 2017 para promover cidades inteligentes e oferecer espaço para Startups – o Worktiba –, jornadas de empreendedorismo, projetos de energia renovável e de mobilidade, além de mini eventos que acontecem mensalmente. 



Painel como o universo dos quadrinhos influenciou o novo cenário de filmes e produtos de consumo
A influência dos quadrinhos na nova era dos filmes foi o assunto do bate-papo com José Aguiar, criador da Web Comics Malu, Rafael Calça, roteirista de quadrinhos, Jefferson Costa, criador do Quebra Queixo, e Daniel HDR, ilustrador Marvel e DC. 

Para eles, o cinema aprendeu uma outra perspectiva de narrativa com os quadrinhos que, inclusive, devem ser o laboratório de novas ideias para as grandes produções. “O cinema precisa encontrar novas histórias e não reciclar as histórias antigas”, complementa Daniel HDR, que ainda destaca a importância da leitura de quadrinhos, o incentivo por meio das redes sociais e a interação com o trabalho de artistas regionais para que sejam encontrados e reconhecidos pelas grandes produtoras. 



Painel "Beakman - De Volta aos Anos 90"
Trazendo nostalgia e ciência para o palco do Geek City, Paul Zaloom contou sobre suas experiências em "Mundo de Beakman". Entusiasmado com a receptividade do público, Zaloom contou que não sabia o quanto era famoso na América Latina, até a sua primeira visita ao Brasil. 

Ao ser questionado sobre como eram as gravações nos anos 90, Zaloom explicou a dificuldade em interagir com a câmera. “Elas não se moviam, só dava zoom mais e zoom menos. O diretor fazia as marcações no chão e eu me movia de câmera em câmera”, detalha Zaloom. Por fim, Zaloom disse que almeja mudar a atitude das pessoas e fazer um mundo melhor com os seus shows de marionete. 



Painel "Hermes e Renato - O Sucesso dos Anos Dourados da MTV Está de Volta"
O grupo "Hermes e Renato" divertiram os fãs no primeiro dia de Geek City. No início dos anos 2000, os cinco amigos de infância se consagraram na TV, mais especificamente na MTV, com seus quadros e programas de humor “escrachado”, criativo e sagaz. 

Quase no fim do bate-papo, o grupo, que hoje é formado por quatro integrantes, afirmou que volta a Curitiba em novembro para seguir carreira com outros projetos, como shows da banda Massacration e a peça teatral "Tentativa de Show", que será realizada na Ópera de Arame.



Concurso de Cosplay
Para finalizar o palco, o Geek City, trouxe a primeira semifinal do concurso de cosplay. Os vencedores que vão concorrer na final do primeiro dia foram:

Eve Ortiz – Melhor Presença de Palco  - Cosplay de Ivar ("Vikings")
Escolha do Público – Gandalf ("O Senhor dos Anéis")
Rodrigo - Melhor Cosplay – Lanterna Verde
Deodato – Melhor Performance – Jaffar ("Aladdin")

domingo, 1 de setembro de 2019

.: Meio ambiente, feminismo, racismo e diversidade na Bienal do Livro do Rio


O passado da escravidão e o presente e o futuro do movimento negro reuniram escritores, ativistas, artistas, intelectuais e jornalistas em bate-papos e debates no segundo dia da Bienal do Livro do Rio. 

Em uma conversa-aula na tarde deste sábado, no Café Literário, a jornalista e ativista negra Flávia Oliveira e o jornalista e escritor Laurentino Gomes falaram da trilogia que o autor está lançando na Bienal do Livro 2019, sobre a escravidão de africanos no Brasil. Em quase duas horas de uma conversa, Flávia e Laurentino tocaram em pontos dolorosos, silenciados e controversos da história da diáspora africana e da mercantilização de pessoas no Brasil.

Logo de início, o autor da trilogia 1808-1822-1889 lembrou que a escravidão está contida em narrativas do mundo todo, mas que sempre se baseou na ideia do "outro": "Por isso, dizer que africanos escravizaram africanos não faz a menor diferença, porque a África é um continente enorme, cheia de culturas. Então, africanos escravizaram africanos que representaram o outro também", analisou.

Perguntado por Flavia sobre a diferenciação que faz entre escravidão e racismo em seus livros, Laurentino lembrou: "escravidão houve em todo o mundo, mas foi no Brasil que a escravidão foi associada à cor da pele pela primeira vez".

Flávia fez uma pergunta que, em tempos de ativismo 2.0, provavelmente estava na ponta da língua de várias pessoas na plateia: "Por que um homem branco resolveu falar de escravidão?". Laurentino respondeu que a escravidão "deveria ser uma preocupação dos mais de 200 milhões de brasileiros, do contrário os brancos podem dizer 'Por que vou apoiar cotas, que é um problema do outro?'. E o fato de eu ser autor de best-sellers me coloca no palco, então tenho que usar essa visibilidade".

Já o encontro Afrofuturo, juntou as vozes da grafiteira Crica Monteiro; da pós-doutora em História Social Giovana Xavier, do Grupo de Estudos de Intelectuais Negra; da atriz e ativista Jennifer Dias (a Dandara de Malhação) e do designer Renato Cafuzo, criador do canal Nigeek, sobre cultura nerd voltada ao público negro; além de Ana Paula Lisboa, escritora de contos e poesias.

Giovana Xavier falou sobre os desafios de uma mulher negra ocupar espaços majoritariamente brancos: "Como historicamente pessoas negras podem pensar no futuro? O papel e a caneta não têm sido as ferramentas que nós usamos para projetar nosso futuro. E, ainda assim, a nossa cultura prospera!".

"Feminismos", sessão aberta por uma performance da atriz Mariana Ximenes a partir de um texto da inglesa Virginia Woolf, de 1931, "O Anjo do Lar", causou enorme frisson entre as participantes e os participantes do último Café Literário. E introduziu a temática numa relação com o racismo.

"É espantoso o caminho que o feminismo fez nesse tempo todo. Um texto de 1931, quando estamos em 2019. Eu acredito que o feminismo mexe com todos os sistemas, o econômico, o religioso... já caminhamos muito, mas há muito ainda a percorrer", destacou Heloísa Buarque de Hollanda, outra integrante da mesa.

Em um recorte racial sobre o texto da escritora inglesa, a historiadora e professora Giovana Xavier falou sobre a negação cultural às mulheres negras das palavras anjo e lar. "E nesse processo social, a maioria da população do Brasil está posta à margem de ser reconhecida como escritora, como autora", complementou.

Mais cedo, o meio ambiente esquentou a plateia. Uma das maiores lideranças indígenas do país, Ailton Krenak, criticou o fato de os homens não se sentirem parte da natureza. E avaliou que esta separação é um dos motivos de os seres humanos não respeitarem o ecossistema. Krenak participou de uma das mesas mais aguardadas pelos interessados na questão, a mesa "Meio ambiente, ambiente de todos nós", que reuniu no Café Literário as jornalistas Cristina Serra e Ana Lúcia Azevedo, que cobriram os crimes ambientais de Mariana e Brumadinho, com mediação do jornalista Emanuel Alencar, especialista em meio ambiente.

.: "O Corpo é Nosso!": estreia dia 5 o filme com Oscar Magrini e Renato Goés


O documentário premiado "O Corpo é Nosso!" dirigido por Theresa Jessouroun estreia nos cinemas brasileiros no próximo dia 5 de setembro. Estrelado por Oscar Magrini e Renato Goés, o filme é o segundo lançamento do programa O2 Play Docs, da distribuidora O2 Play, ocupando salas de cinema em cidades brasileiras de todas as regiões com sessões em horário nobre.

Produzido pela Kinofilmes, o "O Corpo é Nosso!" é um documentário sobre a trajetória da liberação do corpo da mulher brasileira. Utilizando-se do conceito "docficção", incorpora o drama do jornalista Marcos (Renato Goés) que, na sua pesquisa, faz uma descoberta impactante sobre seu passado. 

Ao assistir as entrevistas e o material deste filme, em um exercício de metalinguagem, ele faz uma autorreflexão sobre o racismo e o machismo impregnados nele e na sociedade. O filme mescla entrevistas, cenas ficcionais e imagens de arquivo que ilustram os fatores que contribuíram para esta liberação e propõe uma discussão sobre o feminismo através da desconstrução do masculino.

"O Corpo é Nosso!" venceu na categoria Melhor Edição de Som o Cine PE 2019 e também foi exibido na Mostra Competitiva do Festival Internacional Porto Femme, em Portugal, e do Durban Int'l Film Festival, na África do Sul.

Trailer de "O Corpo é Nosso!": 

.: "Violetas na Janela": Turma da Mônica Jovem traz história do outro mundo


Neste livro, a Turma da Mônica Jovem conhece a história de Patrícia, uma garota que conta sua recém-chegada ao "outro mundo", registrada no livro best-seller chamado "Violetas na Janela". A obra já vendeu mais de dois milhões de exemplares

"Turma da Mônica Jovem conhece Violetas na Janela" já está fazendo um grande burburinho entre seguidores e fãs da turma jovem, e será um dos grandes lançamentos da Petit Editora para a 19ª Bienal do Rio de Janeiro.

Compartilhando aventuras, encontros e reencontros repletos de curiosidades, o livro traz belas reflexões sobre como encarar este momento, lembrando-nos, de forma divertida, de que devemos valorizar ainda mais a nossa vida.

André, que é primo do Cascão, reencontra os jovens e narra as aventuras de Patrícia após a morte do corpo físico. A turma se encanta com tudo o que ela encontrou por lá. E o mais surpreendente é que descobrem um mundo semelhante ao nosso:

André contou que, quando Patrícia finalmente saiu do hospital, ela viu um jardim de flores do lado externo. Havia muita vegetação, aves e uma linda harmonia na natureza. E foi aí que recordou que existiam colônias espirituais acima das cidades da Terra. - Página 29

Parceiras de longa data, a Boa Nova Editora e Mauricio de Sousa Produções, desde 2014, vêm lançando livros para os fãs da Turma da Mônica, que já venderam cerca de 350 mil exemplares, explorando temas que falam de amizade, caridade, humildade, lições de amor ao próximo, e muitos outros.

Lançamento e sessão de autógrafos do livro "Turma da Mônica Jovem conhece Violetas na Janela" com Mauricio de Sousa e os autores Ala Mitchell, Luis Hu Rivas e a médium Vera Lucia Marinzeck de Carvalho, domingo dia 01/09/2019, às 11h, no estande da Boa Nova Editora, localizado no Pavilhão 3 Azul, Ruas G10/I10, próximo ao Café Literário.

Na ocasião, serão lançadas as obras, "Turma da Mônica Jovem conhece Violetas na Janela" e "Chico Bento – Além da Vida". A sessão tem um número de senhas limitado, serão 50 senhas no total, referentes às duas obras. É necessário retirar no dia do evento com antecedência, no estande da Editora Boa Nova.

.: “Como Ter Uma Vida Quase Normal” é tema do Ciclo de Leituras Teatrais


O Ciclo de Leituras Teatrais na Vivo apresenta, na próxima terça-feira, dia 3 de setembro, às 19h, a leitura teatral do texto Como ter uma vida quase normal, dirigido por Rafael Primot, em única apresentação, no Auditório Eco Berrini (Av Engenheiro Luís Carlos Berrini, 1376). A entrada é gratuita e o resgate do convite pode ser feito no site do Compre Ingresso Rápido.

Ágil, inteligente e engraçado, “Como Ter Uma Vida Quase Normal”  narra a história de uma mulher moderna, que depois de passar por decepções amorosas, fracassos profissionais, experiências nada convencionais na vida virtual, permanece incansável tentando lidar e sobreviver com seus dilemas contemporâneos (e que no fundo são os de todos nós).

Dona de seu destino, ela tenta fazer suas próprias escolhas, apesar da pressão constante da sociedade para que ela leve uma vida considerada “normal”. E afinal será que se encaixar nos padrões é assim mesmo tão necessário?

Sufocada, ansiosa, impulsiva, ela muitas vezes se perde no turbilhão de informações que recebemos por todos os lados nos dias de hoje. Falamos aqui sobre a vida, as dores, os amores e todas as mazelas que assolam aos 30 e poucos anos: Venci na vida? Sou suficientemente independente? Sou bem-sucedida? Sou amada? Sei amar?

Os efeitos da ansiedade na vida desta mulher aparecem sob o filtro de uma cabeça fervilhante de pensamentos, mãos trêmulas, falta de ar e, sobretudo, humor. E, claro, sempre rindo de si mesma, o que confere a tudo isso graça, humanidade e identificação. Ansiosa e caótica ela atravessa seus dias na busca por encontrar a si mesma e acaba descobrindo que talvez precise de muito menos do que imagina para ser feliz. Livremente inspirado no livro de Camila Frender & Jana Rosa “Como Ter Uma Vida Normal Sendo Louca”.

Sobre a Vivo e o Teatro
A ideia do projeto “Ciclo de Leituras Teatrais na Vivo”, que está em sua 6ª apresentação, é mostrar para o público todo o processo criativo que envolve a produção de um espetáculo.  Há 15 anos, por meio do Teatro Vivo, em São Paulo, e de espetáculos com circulação nacional, a Vivo busca proporcionar novas experiências culturais e ampliar sua conexão com o público. Esse compromisso com as artes cênicas valoriza tanto atores consagrados como novos artistas em espetáculos por todo país.

Gênero: comédia
Duração: 70 minutos
Classificação indicativa: 14 anos
Entrada Franca. Resgate do convite no link: https://compre.ingressorapido.com.br/event/62037-2/d/70392/s/364318

Texto final e dramaturgia: Rafael Primot
Direção: Rafael Primot
Elenco: Monique Alfradique
Direção de arte: Carolina Bertier
Cenografia: Willian Linitch
Figurino: Karen Brusttolin
Desenho de luz: Aline Santini
Trilha sonora: Dan Maia
Preparação corporal: Rodrigo Frampton
Assistente de Direção: Haroldo Miklos
Operador técnico: Pitty Santana
Camareira e contrarregra: Jaqueline Basto
Coordenação de Comunicação: Beth Gallo
Assessoria de Imprensa: Daniela Bustos E Thaís Peres – Morente Forte Comunicações Projeto Gráfico Haroldo Miklos E Carolina Bertier Fotografia Caio Gallucci Conteudo Web Jady Forte Redes Sociais Gabriela Torres, Lorraine Fonseca E Paloma Adeodato
Coordenação De Produção: Egberto Simões
Produção Executiva: Martha Lozano
Coordenação Administrativa: Dani Angelotti Assistência Administrativa: Alcení Braz
Administradora: Magali Morente
Idealização: Monique Alfradique & Enkapothado Artes Produtores Associados Selma Morente, Celia Forte, Monique Alfradique E Rafael Primot Uma Produção Morente Forte Produções Teatrais

Local:
Auditório ECO BERRINI – Sede da Vivo
Av. Engenheiro Luís Carlos Berrini, 1376 - Cidade Monções - São Paulo/SP
Próximo a Estação Berrini da CPTM

Estacionamentos:
Ico Estacionamentos
Av. Engenheiro Luís Carlos Berrini, 1376
Valor: R$ 61,00 período de 12 horas
Funcionamento: Até às 00:00 horas

DMB Estacionamentos e Garagens Ltda
R. Heinrich Hertz, 14
Valor: R$ 19,99 período de 12 horas
Funcionamento: Até às 00:00 horas
- Estacionamentos Trevo

R. Luigi Galvani, 70 - Brooklin, São Paulo - SP 
Valor: 1 hora R$ 15,00 / Hora adicional R$ 5,00
Funcionamento: Até às 22h.

.: Solo "Eu/Telma" com Nicole Marangoni prorroga temporada em São Paulo

Foto: Stefanie Mota. Arte: Eramir Neto

A atriz Nicole Marangoni prorrogou a temporada com o solo EU/TELMA na Sala Atelier do Teatro Aliança Francesa até 30 de setembro. A montagem tem sessões somente  às segundas, 21h.  Ela pesquisa desde 2013 o teatro documental com provocações cênicas de Evinha Sampaio, Janaína Leite, Naiene Sanchez e Rhena de Faria. A peça explora os limites entre ficção e realidade e cria uma reflexão sobre os “tabus” do morrer, além da barreira dos conceitos éticos e legais, para falar de relações afetivas e amor fraternal. Toda iluminação é feita com videomaping.

O ponto de partida para a criação do solo foi uma oficina de atuação, da qual Nicole participou em 2013, enquanto passava pelo processo de luto por seu pai. Na ocasião, foi sugerido como estímulo de pesquisa para a atriz o desenvolvimento de uma personagem cuidadora de idosos. Desde então, Marangoni vem desenvolvendo uma narrativa ficcional (Telma) pautada por uma situação autobiográfica – os cuidados de fim de vida de seu pai.

O fio condutor da trama é a história de Telma, uma cuidadora de idosos que perdeu a mãe prematuramente e vive com seu pai, jardineiro. A dramaturgia e as cenas finais da peça são constituídas a partir de um diálogo entre depoimentos autobiográficos e ficcionais.

Por se tratar de um processo criativo individual, afetivo, particular, longínquo e independente; a criação não é conduzida pela figura de um diretor teatral, mas por provocadores cênicos, figuras que questionam e/ou questionaram a pesquisa e as escolhas do ator-criador a partir de elementos estéticos, dramatúrgicos e de encenação.

Como referências para a encenação, Nicole pesquisou filmes como “Amor” (2012), de Michael Haneke; “Sonata de Outono” (1978), de Ingmar Bergman; “Kya Ka Ra Ba A” (2001) e “O Segredo das Aguas” (2014) de Naomi Kawase; “Elena” (2012) e “Olmo e a Gaivota” (2014), de Petra Costa; “Fale com Ela” (2002), de Pedro Almodóvar; “Jogo de Cena” (2007) e “Edifício Master”(2002), de Eduardo Coutinho; entre outros. Outra referência importante foi o livro “A Morte É Um Dia Que Vale a Pena Viver”, de Ana Claudia Quintana Arantes, médica especialista em cuidados paliativos.

Sobre Nicole Marangoni (atriz criadora/dramaturga)
Atriz e palhaça, Nicole Marangoni foi introduzida ao método do ator no Centro de Pesquisa Teatral (CPT), coordenado por Antunes Filho, em 2014. Em sua trajetória, estudou na Fundação das Artes de São Caetano do Sul e com os Doutores da Alegria. Fez diversos cursos de aperfeiçoamento com Isabel Teixeira, Felipe Hirsch, Helena Albergaria, Kiko Marques, Peader Kirk (Londres), entre outros.

Integrou como atriz e produtora a Cia da M.A.T.I.L.D.E entre 2007 e 2012, com a qual produziu shows, espetáculos teatrais, saraus, exposições, leituras dramáticas, conferências e oficinas, além de ter integrado o elenco dos espetáculos e atividades do grupo nesse período.

Atuou em 20 espetáculos, entre adultos e infantis, como “Depois da Vida”, com direção de Juliana Galdino; “O Castelo”, de Fraz Kafka, com direção Pietro Floridia, uma parceria entre o Grupo XIX e o Teatro dell Argine (da Itália); “A Tempestade”, de William Shakespeare, com direção Marcelo Lazzarato; “Conheci uma Pessoa”, com direção Ronaldo Ventura; e “Dorotéia”, com direção de Denílson Biguete. Também foi performer na exposição “Xu Zhen’s March 6th in Art of Change: New directions from China”, que esteve em cartaz na Hayward Gallery, em Londres.

Estuda dramaturgia em cursos livres desde 2007 com diversos profissionais, como Cia do Latão, Cibele Forjaz e Michelle Ferreira. Em 2008, escreveu o espetáculo “Terra”, dirigido por Erike Busoni e encenado pela Cia da MATILDE, que ganhou o prêmio de dramaturgia no IX Festival de Guaçuí. Seu trabalho mais recente como atriz foi “Stoneheddies” (2017/2018), da Garbo & Co., com direção de Naiene Sanchez.

O trato e trabalho direto com a morte são partes presentes na vida profissional/pessoal de Nicole que desde 2016 atua na TrupeCali, um grupo de palhaças que atua no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP) com cuidados paliativos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) define esse tipo de atendimento como a “assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, da identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais”. Ela também foi voluntária no Centro de Valorização da Vida (CVV), que oferece apoio emocional e prevenção do suicídio.

Sinopse
O espetáculo mescla depoimentos ficcionais e autobiográficos que permeiam a temática da morte.  A partir de uma situação autobiográfica – os cuidados de fim de vida de seu pai -  a atriz, Nicole Marangoni, desenvolve a narrativa ficcional de Telma, uma cuidadora de idosos que perdeu a mãe prematuramente e vive com seu pai jardineiro.

Ficha técnica:
Concepção geral e atuação: Nicole Marangoni
Provocações cênicas: Evinha Sampaio, Janaína Leite, Naiene Sanchez e Rhena de Faria
Iluminação: Yuri Cumer
Arte gráfica: Eramir Neto
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio

Serviço:
"Eu/Telma", com Nicole Marangoni
Sala Atelier - Teatro Aliança Francesa – Rua Gen. Jardim, 182 - Vila Buarque
Temporada: De 2 de setembro a 30 de setembro. Às segundas, 21h.
Ingressos:  R$30 (inteira) e R$15 (meia-entrada)

Classificação: 14 anos
Duração: 50 minutos
Informações: 11 3572-2379 / www.teatroaliancafrancesa.com.br

.: Expoflora 2019 traz flores e plantas "dupla face". Saiba tudo!


Begônias com a frente verde e o verso em vermelho, rosas com pétalas brancas de um lado e pink do outro, lírios que já mostram sua cor mesmo quando fechados, petúnias que parecem pintadas à mão, samambaias azuis, angelônias, pagodas, Verônicas, asplênios, coleus e limoniuns coloridos. Estas são algumas das flores e plantas ornamentais que chegam ao mercado floricultor em 2019 e que poderão ser vistas, a maioria pela primeira vez, na Expoflora, maior exposição de flores e plantas ornamentais da América Latina. No primeiro fim de semana evento registrou aumento de 25% do número de visitantes em relação ao ano passado.

Os cruzamentos genéticos têm proporcionado um show de cores, texturas, formas e exotismo nas novas variedades de flores e plantas ornamentais, que a cada ano renovam o mercado floricultor brasileiro. Aliada à beleza, a qualidade - durabilidade e resistência - tem sido o grande desafio dos melhoristas (breeders), responsáveis por levar aos produtores as novas mudas melhoradas geneticamente. De maneira simplista, eles selecionam as variedades que apresentam as melhores características e fazem o cruzamento entre elas, numa espécie de aceleração do processo de polinização. O resultado tem sido a introdução no mercado de novas variedades com flores cada vez mais abundantes e coloridas para atrair os olhares dos consumidores. Nos dois primeiros dias do evento o evento já registrou 25% de aumento no número de visitantes em relação ao mesmo período do ano passado.

Essas novidades são apresentadas pelos produtores de Holambra na Expoflora - maior exposição de flores e plantas ornamentais da América Latina - que acontece entre 30 de agosto e 29 de setembro, de sexta a domingo, das 9 às 19h, em Holambra, interior de São Paulo. O município tem apenas 15 mil habitantes, mas responde por cerca de 50% de todo o comércio de flores do Brasil. No evento, cerca de 450 produtores utilizam-se da Exposição de arranjos florais, dos ambientes da Mostra de paisagismo e decoração e dos inúmeros jardins do Parque da Expoflora – com seus 250 mil metros quadrados - para mostrar o que há de novidade na floricultura brasileira. O evento atrai, a cada ano, cerca de 300 mil visitantes, de todas as regiões do Brasil.

Considerada a “fashion week” das flores, a Expoflora dita as tendências do setor e serve de termômetro para que os produtores avaliem a aceitação de suas flores e plantas ornamentais pelos consumidores, antes de iniciarem a produção em larga escala. Os ingressos custam R$ 52,00 e podem ser adquiridos na bilheteria, no site www.ingressorapido.com.br e com os representantes informados no site www.expoflora.com.br. O patrocínio é da Amstel, Coca-Cola Femsa, Água Mineral Crystal e Ultragaz, com o apoio do Banco do Brasil e da Prefeitura Municipal da Estância Turística de Holambra.

Lançamentos e Novidades

Begonia (dupla face) Beleaf Jungle Brown e Beleaf Jungle Black - Flora Fujimaki (Veiling) – Sandro Ramos

Essas duas novas variedades de begônias chegam ao mercado em setembro. Elas caracterizam-se por folhas verdes com brilho acetinado na frente e vermelho aveludado no verso.  A diferença é que a Jungle Brown® traz a frente em verde claro com detalhes marrom e a Jungle Black®, um verde mais escuro.  Essas variedades híbridas foram desenvolvidas na Holanda e pensadas no conceito “urban jungle”. É uma planta perene com formação abundante e volumosa. Ideal para ambientes internos e bem iluminados, sem incidência de luz solar direta. Deve-se evitar a irrigação das folhas, regando diretamente o substrato (terra).

Rosa Bluez - Grupo Swart (Veiling), Holambra

Sensação deste ano, é uma variedade dupla-face. Cada lado de suas pétalas tem uma cor diferente - vermelho e branco. A rosa Bluez desperta a curiosidade nas pessoas justamente por sua coloração. Entre as características, estão os poucos espinhos, hastes longas e um botão médio que proporciona uma abertura sensacional. 

Lírios Tabledance (rosa) e Tarrango (pink)/ Lírio Tabledance - Grupo Reijers - Fazenda Alpes, em Munhoz (MG) / Lírio Tarrango - Lírios Boersen, em Andradas (MG) - Cooperflora

Essa família de lírios é diferente dos tradicionais por possuir coloração também nas “costas” do botão. Os lírios comuns, quando fechados, são igualmente verdes e somente revelam a cor quando os botões se abrem. Por essa evolução do botão, podem ser usados de diversas formas na decoração, inclusive com flores semiabertas ou mais fechadinhas. Pode-se dizer que essa é uma variedade do futuro. Outro diferencial é o tamanho das flores que, quando abertas, chegam a mais de 20 cm de diâmetro.

Lírios Dobrados - Grupo Reijers - Fazenda Alpes, em Munhoz (MG) - Cooperflora

Produzidos nas cores branco e rosa, são lírios que possuem o dobro de pétalas de um lírio tradicional. Suas flores são enormes e diversas por haste, preenchendo um arranjo sem a necessidade de outras espécies complementares. A durabilidade é outro diferencial. O lírio dobrado, depois de colhido, pode durar até duas semanas em vaso com água fresca e em condições favoráveis de temperatura.

Petúnias Lightning Sky, Glacier Sky e Pink Sky - Flora Beijo (Veiling), em Holambra - Jean Kortstee Ferreira

A família Night Sky (roxa com pintas brancas que parece um céu estrelado) cresceu e trouxe a parentada toda este ano. A Pink Sky é rosa com pintas brancas. A Lightning Sky é branca e tem as bordas bem acentuadas na cor bordô. Já a Glacier Sky é toda roxa com bordas brancas. Os cruzamentos foram desenvolvidos pela empresa melhorista Selecta, da Alemanha. A espécie é originária da África do Sul. Essas combinações e a disposição das cores da “flor do céu estrelado” são raríssimas entre as petúnias. Tanto que, no ano passado, especialistas disseram que o seu lançamento marcou um avanço no processo de reprodução. As flores são simples, em forma de trombeta, em tamanho de médio a grande, vistosas e delicadas. As folhas são ovaladas, pequenas e macias, verdes e possuindo pilosidades (pelos). Própria para o paisagismo, as petúnias preferem clima mais ameno (com pouco frio).

Samambaia azul - Sítio Sol Nascente (Veiling), em Holambra - Ivan Adão Fogaça

Originária da Amazônia, essa samambaia destaca-se pela cor azul claro de suas folhas quando colocada à sombra e que podem ficar marrons com muita luz. Diferencia-se também quanto ao tamanho, pois seus ramos podem crescer mais de um metro. Se bem cuidadas, duram mais de ano. É uma planta difícil de produzir. O cultivo atual é de 1.00 cuia por mês.

Veronica - Sítio das Araucárias, Itapeva, sul de MG - David Zimath

Flor de corte longa (tipo "rabo de gato") e robusta chega nas cores azul, rosa e branco. Na cor azul, lembra um pouco a "alfazema". Voltada essencialmente para o mercado de decoração por seu design diferenciado e moderno, é perfeita para dar um toque de luxo, criatividade e elegância aos arranjos. É bem durável. Nos testes, as flores ficaram vistosas por até 26 dias no vaso. Produz o ano inteiro e gosta de clima frio. Por isso é produzida na região serrana do Sul de Minas Gerais. Trata-se de uma planta perene, ou seja, nunca fica sem flores durante sua vida. A previsão inicial de colheita é de 300 maços (com 10 hastes) por semana. O melhorista (breeder) é a Selecta, com sede em Stuttgart, na Alemanha.

Pagoda - Terra Viva (Veiling)

É uma flor de corte com textura e aparência únicas.  Sua haste longa e firme é formada por camadas de pequenas e delicadas flores na cor azulada, tonalidade nobre e mais difícil de encontrar na natureza. Suas folhas ornamentais têm tonalidade de verde intenso com texturas. Originária de regiões tropicais da Ásia e Oceania, possui flores com vida útil longa e folhagens duradouras. Fica linda principalmente para composições de arranjos e buquês no estilo botânico, tendência que vem crescendo mais a cada ano no mercado mundial.  O nome foi escolhido porque a forma das camadas das flores na sua haste se assemelha com a Pagoda, termo em Português que se refere ao tipo de torre com múltiplas beiradas, comuns na China, no Japão e em outras partes da Ásia.

Amorina (rosa de jardim) - Isidorus Flores (Veiling), Holambra - Johannes Kortstee e Bete Kortstee

Da família das Rosaceaes, as roseiras do tipo Amorinas são destinadas para jardinagem e paisagismo, devido a suas características arbustivas e resistência a ambientes externos. As mudas foram desenvolvidas graças a cruzamentos na Holanda e chegam ao Brasil nas cores branco, rosa, amarelo, vermelho, salmão, pink e laranja. Essa roseira forma arbustos de 30 a 60 cm de altura e 50 a 60 cm de largura. O curioso é que essas variedades foram adaptadas para sempre formarem novos botões e, assim, ajudar na polinização, “chamando” as abelhas e borboletas. Praticamente não precisam ser podadas. Lembram muito as rosas silvestres, mas têm brotação quase contínua e muitos botões por uma haste, na maioria das variedades. Nos dois mil metros da área de plantio, hoje são produzidas mil unidades por semana ou 50 mil unidades por ano. Está sendo apresentada na Expoflora, mas somente chegará ao mercado em final de 2019.


Cravínea Pink Kisses - Dianthus Pink Kisses - Flora Beijo (Veiling), Holambra - Jean Kortstee Ferreira

A cravina é uma miniatura de cravo. Essa variedade recebeu o nome de Pink Kisses (beijos rosa) porque sua flor tem o formato de beijo. Possui um leve perfume, muito agradável. Essa variedade desenvolvida na Europa tem como grande diferencial a alta resistência a doenças e pragas e durabilidade de até quatro semanas dentro de casa, diferentemente das outras cravinas, que são todas próprias para jardins. Com boa adaptação para vasos ou canteiros, esta espécie prefere ambientes com média luminosidade. Ideal para decorar ambientes internos, sacadas, varandas e até aquela mesinha próxima da janela.

Angelonia Archangel e Angelonia angustifolia (florescer) - Sítio Flor&Ser (Veiling)- Holambra. Matheus Walravens e Florquídea, Holambra - Michael van Hoof

Muito utilizada como flor em corte, a angelônia chega agora em vaso. Caracteriza-se por plantas vigorosas com flores únicas e graciosas. É uma planta extremamente resistente, que gosta de sol pleno. Possui cores muito fortes e brotação vigorosa, atingindo cerca de 40 cm de altura. Chega ao mercado nas cores rosa claro, cereja, roxo e branco (variedades Dark Purple, White, Cherry Red e Dark Rose). O curioso é que suas cores, muito vivas, não desbotam mesmo sob sol pleno. Suas flores delicadas e abundantes são perfeitas para a formação de maciços coloridos. Tem um aroma levemente frutado. Suas hastes podem, inclusive, ser utilizadas em arranjos de corte. É uma excelente opção também para varandas e salas com bastante luz indireta, podendo, após a queda das flores, ser podada e transplantada para jardineiras. Com fertilização semanal e irrigação apropriada, ela irá brotar e florescer novamente, transferindo, assim, a sua beleza da casa para o jardim. Graças ao nosso manejo que envolve a utilização de sombreamento, escurecimento, reguladores de crescimento e fertilização precisa, essa variedade vem mantendo a floração por até três semanas em ambientes com alta luminosidade indireta. Após transplante para jardineira, as plantas soltam flores periodicamente por mais de seis meses. Originária do México, atinge cerca de 60 cm de altura permitindo diversas composições com outras plantas. Apesar de ser uma planta rústica e vigorosa, sua floração é delicada, perfumada e muito colorida. Essa variedade foi desenvolvida nos Estados Unidos pela Ball Horticultural Co. Já vem sendo cultivada por diversos produtores que somam, aproximadamente, 500 mil plantas/ano. A previsão é chegar a um milhão plantas/ano. Somente no Sítio Flor&Ser, em Holambra, foram destinados cerca de 5.000 m² para essa variedade, com a previsão de triplicar a área já no início de 2020.

HibisQs Petit Orange - Sítio Panorama Flores (Veiling), Holambra. René Vernooy

Seu diferencial não é apenas o tamanho mini do hibisco, mas também a abundância de botões na planta. As flores ficam abertas de dois a três dias.  Trata-se de um mini-hibisco, que chega ao mercado, por enquanto, somente na cor laranja. Esta planta compacta tem a produção um pouco mais lenta em relação aos hibiscos normais. O material genético foi desenvolvido na Dinamarca pelo melhorista Graff Breeding. As primeiras mudas chegaram ao Brasil em 2016 e foram necessários quase três anos para a formação das matrizes, que produzem as estacas para a produção final. É uma planta muito premiada: em 2017, ganhou o IPM Innovation Award em Plantas Floridas, como a melhor novidade mostrada no IPM Essen, e ficou em terceiro lugar no RHS Chelsea Flower Show, também em 2017, como Planta de Ano. Sua produção atinge 2.000 vasos por semana.

Sansevieria Boncel – Sansevieria Estrela - Naturayo (Veiling) - Paracuru, Ceará

Esta espécie de “Espada de São Jorge” se difere por ter o formato de estrela de cinco ou seis pontas. Daí o seu nome popular de Sansevieira Estrela. Com comprimento um pouco menor do que o normal e hastes mais grossas, é perfeita para compor conjuntos ornamentais com cactos e outras suculentas de sua espécie, adaptando-se muito rapidamente a diversos tipos de ambiente. Exige regas esparsas, apenas uma vez por semana, e se dá bem em diversos ambientes de sol ou sombra. Está sendo produzida em Paracuru, região praiana do Ceará. Começou a chegar ao mercado em março com precisão de incrementação nas vendas neste semestre.

Rosário (suculenta) - “Colar de pérolas” - Sítio Agromineira (Veiling), Holambra - Flávio e Leonardo Xavier

O Rosário, também conhecida como “colar de pérolas”, é uma planta suculenta muito curiosa, devido à forma esférica de suas folhas, semelhantes a ervilhas. Esta adaptação das folhas torna a planta muito resistente à perda de água e, consequentemente, aos períodos de seca. É excelente para vasos e jardineiras e, principalmente, para cestas suspensas, onde seus longos ramos pendentes, de até 30 cm, evidenciam toda a sua graça. Considerada uma planta rústica e de manutenção fácil, pode ser plantada em estufas, ambientes internos, varandas, sacadas etc. Exige apenas replantio a cada dois anos, adubações bimestrais e podas para renovação da folhagem. Dura até mais de dois anos. É originária da África e, em Holambra, está sendo produzida numa área de 1.500 m² na quantidade de 7.200 vasos por mês (86.400 no ano). A intenção é chegar a 200 mil vasos por ano.

Tinga Pink White (flor do campo) - Rancho Raízes (Veiling), Holambra, Maritha Domhof

Trata-se de uma flor do campo, do tipo margarida, bicolor, rosa e branco. O rosa é muito intenso e marcante, bastante diferente das demais flores do campo desta cor. Tem alta durabilidade. Chegou há dois meses ao mercado.

Coleus (coração magoado) - Sítio Santa Edwiges (Veiling), Holambra - Sebastião do Carmo Custódio e Manati Flores, Holambra - Ieda Lotz

É uma folhagem compacta e robusta, muito atraente pelo colorido de suas folhas grandes e macias. Apresenta diversas cores e combinações entre amarelo, rosa, vermelho, roxo, verde e marrom. É interessante observar que as cores das folhas formam dégradés ou contrastam bruscamente. É originária da Ásia, da Indonésia, de Java e da Malásia. O fato de ocorrer o cruzamento natural entre elas promove constantemente o aparecimento de novas variedades, com infinitas combinações de cores e formatos.  A maioria não é nem catalogada. Algumas são rasteiras e não passam de 20 cm. Outras são gigantes e atingem mais de dois metros. Depende da variedade, mas também da luminosidade recebida. Uma planta pode ficar totalmente sem cor na sombra, mas quando exposta ao sol muda completamente de tonalidade e ganha cores vibrantes. Apesar de perene, o coleus deve ser replantado bienalmente, pois perde a beleza com a idade. Precisa de água regularmente. O solo deve ser mantido úmido, porém não encharcado. Embora suas cores fiquem mais vibrantes ao sol, a luz direta pode desbotar suas folhas. Por isso, o ideal é a luz indireta ou o sol da manhã.

Portulaca Oleraceae (Onze horas) - Lisa Flora, Holambra (Veiling) – Stephanie Ruiter

Primas das flores conhecidas como “Onze horas”, em alusão ao horário em que abrem as suas flores. Essas variedades, no entanto, são mais resistentes à seca, são mais floríferas e se desenvolvem muito bem em condições extremas de sol e pouca água. Originária da Grécia antiga, data dos tempos antes de Cristo e seus cruzamentos atuais foram realizados em Israel e Europa. Chegam em amarelo e rosa, mas outras tonalidades já serão lançadas em 2020. As cores dessas flores são vibrantes e bem definidas. Crescem entre 20 cm e 30 cm quando em vasos. Em jardins, podem se desenvolver um pouco. Ideais para cestas, potes e vasos suspensos, são indicadas para varandas e terraços.

Calipetite (mini Calibrachoa) - Veiling - Lisa Flora, Holambra (Veiling) - Stephanie Ruiter

Versão mini das calibrachoas, são de porte pequeno e compactas, com muitas flores bem definidas e de coloração intensa. Acabam de chegar ao Brasil nas cores branca, amarela, vermelha e azul. Têm um perfume bem sutil. A variedade foi melhorada por intermédio de cruzamentos naturais focados em resistência e durabilidade. Suas flores duram de uma a duas semanas em ambientes internos, podendo resistir até seis meses em ambientes externos. A planta perde as flores após esse período, mas permanece verde até a próxima florada. Para tanto, deverá ser exposta ao Sol. Ideais para vasos, floreiras, jardins verticais, pedras e pequenos espaços. As calis são originárias da América do Sul. Os cruzamentos que resultaram na versão mini foram feitos no Japão e nos Estados Unidos.

Pilea Peperomioides - Quali Flora Plantas Ornamentais (Veiling) - Fabiano

Originária da China, é também chamada de “dinheiro chinês”, “planta missionária”, “planta panqueca” ou, apenas, Pilea. Trata-se de uma planta ornamental pequena, com folhagem verde em forma circular. Suas folhas são muito decorativas. Ideal para ambientes internos. Fácil de cuidar e muito durável. Chegou ao mercado em junho de 2019 no pote 14 e, a partir de setembro, poderá ser encontrada também em outros tamanhos (potes 11 e 17). O folclore popular sustenta que um missionário norueguês, Agnar Espegren, levou as mudas para casa na década de 1940 e as compartilhou com amigos e familiares, fazendo com que essas plantas fossem espalhadas por toda a Escandinávia e, depois, para todo o mundo. 

Asplenium Crispy Wave e Asplenium Crissie (Asplênios) - Quali Flora Plantas Ornamentais (Veiling) - Fabiano

A variedade Crispy Wave é uma planta ornamental de pequeno porte que apresenta numerosas folhas onduladas. Já na variedade Crissie, as pontas são ramificadas. Nas duas, as folhas são donas de um verde luxuriante. Ambas chegaram ao mercado em março deste ano. O Asplênio é perfeito para a decoração interna por inúmeras razões: tolera bem a baixa luminosidade, tem alta durabilidade, é de fácil manutenção e atua como excelente purificador de ar, capturando o CO2 do ambiente e convertendo-o em oxigênio. Assim, ajuda a manter a qualidade do ar. Planta originária da Ásia, não é tóxica nem para humanos nem para os animais de estimação.  

Gynura - Agromineira (Veiling) - Flávio e Leonardo Xavier

Essa trepadeira ramificada chama a atenção com as suas delicadas folhas de verde escuras a roxas, com uma densa pilosidade que lhe dá um aspecto aveludado. Por seu pequeno porte, é ideal para vasos, jardineiras e, principalmente, para cestos pendentes. Se deixada crescer livremente, acaba por perder o brilho arroxeado de suas folhas.  Ela não gosta de sol forte, mas se ficar em lugares com iluminação baixa perde o tom arroxeado. Seu tamanho varia de 25 cm a 90 cm. Dura cerca de um ano. No entanto, se os botões forem removidos corretamente na época do florescimento, ela aguenta mais tempo. É originária da Indonésia e de Java. Ela não tem perfume. Mas seus botões podem exalar um cheiro não muito agradável quando florescem. Nesse caso, basta podá-los. Chega ao mercado no final de agosto com uma produção inicial de 2.000 vasos por mês (24.000/ano), com previsão de aumentar para 100 mil vasos por ano.

Orquídea Dendrobium Nobile – “Olho de Boneca” - Terra Viva (Veiling)

Em 2019, ainda em fase de teste na produção, a nova variedade dessa orquídea tem flores amarelas, com as bordas levemente lilás. Popularmente conhecida como Olho de Boneca, essa orquídea já está consolidada no mercado nas tonalidades branca, lilás e laranja. É um gênero ainda pouco explorado, pois sua comercialização acontecia somente na primavera. Com o avanço da tecnologia, hoje essa flor é produzida todos os dias do ano. Ela chama muita atenção pela sua beleza botânica e seu perfume doce, que exala quando colocada em ambientes mais quentes. Se bem aceita pelos consumidores na Expoflora, entrará em produção em larga escala.

Limoniuns Coloridos - Roberto Reijers - Reijers Ceará

A série de Limoniuns Coloridos traz uma dezena de cores a partir dos tratamentos feitos com as técnicas de tingimento. Até então, o mercado só dispunha de flores de coloração roxa característica, que limitava as opções de uso desta espécie. Agora, já podem ser encontradas nas cores branca, rosa, pink, amarela, laranja, azul e verde clara e escura, vermelha, marsala, prata e dourada. No ano passado, o processo foi feito com as gipsófilas, com muito sucesso. Testes continuam sendo feitos para ampliar as opções, conforme o interesse e demanda do mercado. O tingimento é feito na variedade Safora Dark Blue, material de origem israelense provido pela Danziger Flowers. Ela se destaca pela belíssima arquitetura de suas hastes e pela enorme durabilidade. As hastes são comercializadas nos comprimentos de uso regular pelos decoradores e floristas: 50 cm, 60 cm e 70 cm. Ideal para decoração social e comercial - inclusive eventos ao ar livre ou para o autosserviço -, pela grande durabilidade, e para confecção de buquês, por sua leveza e charme. A produção é feita na Fazenda Lagoinha, em São Benedito, no Ceará, pelo fato de o clima ser mais seco, assemelhando-se às regiões de origem do Limonium na natureza, o que permite as condições excelentes para sua produção o ano inteiro. Até junho de 2020 serão implantados cinco hectares para o fornecimento de 100.000 pacotes por mês.

Ammi Majus Dara - Cooperflora 

Um produto silvestre cuja versão tradicional é branca, vem agora sendo produzido na cor vinho, pela primeira vez no Brasil. Também conhecido como “flor de cenoura”, é exótico e cheio de personalidade. Com ares de flor campestre, pode ser usado em arranjos na água ou espuma floral.

Ofélia - Cooperflora

Trata-se de uma variedade da gypsophila (também conhecida como “mosquitinho”), que apresenta um volume muito maior de flores por haste. É uma espécie melhorada geneticamente para obter grande durabilidade em vaso, se mantida em condições ideais (água sempre fresca e temperaturas amenas de ambiente).

Ranúnculos - 4 Produtores: Vale das Flores (Miguel e Anderson Esperança), Vale Verde (Geraldo e Danilo Reijers), Rachiban e Flores da Terra (Manoel e Dorian Reijers). Cooperflora

Desenvolvidos em parceria entre a Cooperflora e o melhorista (breeder) italiano Biancheli, estão disponíveis em sete cores distintas. Os ranúnculos se destacam por ser um produto clássico, com muitas pétalas, delicado e nobre. São muito desejados, principalmente pelos decoradores, mas é difícil encontrá-los, pois a produção é limitada. Isso porque o formato do bulbo lembra uma aranha, com pernas que precisam ser plantadas manualmente na posição correta para garantir que a haste cresça para cima. O período de disponibilidade comercial (julho a outubro) ainda é limitado por conta do clima. Alguns testes de manejo de produção e novas tecnologias já estão acontecendo, buscando ampliar a janela de disponibilidade de quatro para oito meses por ano.

Novas embalagens: O produtor, que antes se preocupava apenas com o cultivo, agora tem que pensar, também, na apresentação de suas flores e plantas ornamentais, colocando-as em embalagens chamativas para atrair os olhares do consumidor final nos chamados autosserviços. Como as redes de supermercados e varejões abraçaram de vez a floricultura, os produtores buscam trazer novidades em suas embalagens.

Vasos Babyball - All Garden - Leticia Candido

Desenvolvidos no Brasil, são de excelente qualidade e vêm com proteção UV. Os vasos possuem um design moderno e cores radiantes para decoração (amarelo, azul bebê, branco, cerâmica, laranja, preto, rosa bebê, roxo, verde, verde retrô, vermelho, vinho). O modelo bipartido é antidengue, pois seu sistema permite tirar o excesso de água. Ideal para cactos, suculentas, calandivas, pimentas, entre outras, plantados em pote 6. Poderá ser encontrado nas lojas de autosserviço.

Pote Antidengue - Flora Chiste – Valter Silvio Chiste

Samambaia Havaiana Mini, no pote antidengue. A planta de folhas finamente rendadas (de 15 a 20 cm de comprimento) é bastante compacta, de cor verde claro. É uma das menores samambaias, combinando muito bem com vasos pequenos, gerando efeitos muitos decorativos.

Vaso biodegradável - Jan de Wit (Veiling) – Marcelo Moraes

O Lírio Variado chega em vaso biodegradável, pote 12. Um vaso alternativo para o plástico em benefício do meio ambiente. A proposta é adequar o sistema de produção com o mínimo de impacto ambiental possível. Chega para atender às variedades Tiby bee (amarelo) e Lírio Orange Pixie (laranja), desenvolvidas na Holanda.

“Tulipo” e “Tulipas Variadas” no pote 9 e no pote 12 quadrado - Jan de Wit

A embalagem “Tulipo” foi desenvolvida especialmente para a Expoflora, homenageando o personagem do evento e permitindo que os visitantes levem a flor símbolo da Holanda para casa. Foram selecionadas variedades sortidas de tulipas holandesas (branca, amarela, vermelha, rosa clara e rosa escura). Já as Tulipas Variadas” - no pote 9 e no pote 12 quadrado - chegam em embalagens que visam a facilitar o transporte e o manuseio do produto, com toda a delicadeza que as tulipas requerem. São duas variedades de tulipas holandesas (branca e vermelha) produzidas no Brasil com muita tecnologia para garantir um meio adequado de produção: câmaras frias para estoque, enraizamento, congelamento e estoque de flores antes da entrega ou venda. A temperatura de produção é de 15 a 25 graus. Lançamento na Expoflora 2019 e, no próximo ano, para o Brasil inteiro.

Trigo em vaso ou grama de trigo - Flora Beijo (Veiling) - Jean Kortstee Ferreira

Também chamada de clorofila, esta planta é muito utilizada como alimento para gatos e cachorros, pois ajuda na sua digestão. Seu uso está em alta, também em suco detox.

Trio de Ervas - Nativa Flores e Plantas (Veiling), em Limeira.

Embalagem PET reciclada, com alça, fácil de transportar. Um produto útil para o dia a dia. De fácil manutenção, não precisa remover da embalagem para cuidados. Traz tag com QR code para acesso de mais informações sobre como cuidar. Disponível em duas versões: branca (salsinha, manjericão e cebolinha) e roxa (hortelã, manjericão roxo e alecrim).

Frases de incentivo - Vasos de minikalanchoes - Joost (Veiling) Johannes Maria van Oene e Ariel van Oene

Aproveitando o colorido das diversas variedades de minikalanchoes dobrados (pote 6), as embalagens foram criadas com frases de incentivo.


Serviço
38ª Expoflora
Localização: Holambra – SP
Data: 30 de agosto a 29 de setembro de 2019, de sexta a domingo
Horário: das 9h às 19h
Ingressos: R$ 52,00 na bilheteria, no site www.ingressorapido.com.br e com os representantes informados no site www.expoflora.com.br
Ingressos para grupos: (19) 3802-1499 / 98115-1294 / 98114-9783 / 98168- 3600 e centraldereservas@expoflora.com.br, laercio@expoflora.com.br e reservas@expoflora.com.br.
Informações para o público: (19) 3802-1421 e expoflora@expoflora.com.br

sábado, 31 de agosto de 2019

.: Djavan traz o CD "Vesúvio" com 12 canções inéditas - Por Luiz Gomes Otero


Por Luiz Gomes Otero*, em agosto de 2019.

O alagoano Djavan está de volta com o disco “Vesúvio”, que apresenta 12 canções inéditas e uma faixa bônus gravada com Jorge Drexler. O trabalho sintetiza os seus mais de quarenta anos de carreira explorando temas inspirados pelo amor, pela política e pelo poder da natureza.

A sonoridade de "Vesúvio" é essencialmente pop. E essa tendência foi proposital. Djavan quis produzir algo que pudesse transmitir sua mensagem com mais fluidez para o público.

Para conseguir a sonoridade que desejava, ele montou uma banda composta por velhos companheiros como o guitarrista Torcuato Mariano, o pianista Paulo Calasans, o tecladista Renato Fonseca, e dois músicos novos, justamente o baixista, Arthur de Palla, e o baterista, Felipe Alves.

 “Orquídea” é o título de um samba de “Vesúvio” que une duas paixões - o ritmo musical brasileiro e a espécie de flor que ele cultiva com carinho em seu sítio localizado em Petrópolis, no Rio de Janeiro. A letra cita os nomes científicos de pelo menos 15 dessas espécies de orquídeas que ele cultiva, inclusive uma tal Javanica, que ouvida assim na canção lembra o nome do compositor.

Fugindo um pouco dos temas ligados a natureza, Djavan compôs “Solitude”, que tem um discurso político motivado pelo momento de incerteza no Brasil e no mundo. “...Quem é que sabe/O quanto lhe cabe/Dessa solitude?/Por isso a hora/De fazer é agora/Tome uma atitude...”.

Outra canção explicitamente pop e política do disco é “Viver é Dever”, um rock com letra seca e direta: “Tudo vai mal/Muito sal/Nada vai bem/Pra ninguém/Nessa pressão/Quem há de dar a mão/Pra que o mundo/Saia lá do fundo...”.

“Meu Romance” é uma canção sobre o amor real, realizado, em forma de um bolero, que recebeu uma versão quase literal em espanhol, intitulada “Esplendor”, do compositor uruguaio Jorge Drexler, a convite do alagoano. A versão consta como faixa bônus, com direito a um dueto com Drexler. E foi a primeira vez, aliás, que Djavan dividiu os vocais de uma canção num disco de estúdio próprio desde que Cássia Eller cantou com ele “Milagreiro”, em 2001.

No final temos um trabalho de Djavan que mantém a coerência de sua trajetória na música. Um som pop, onde ele “djavaneia” suas principais influências musicais, mas sempre com sua marca registrada. 


"Vesuvio"

"Solitude"

"Viver é Dever"

*Luiz Gomes Otero é jornalista formado em 1987 pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Trabalhou no jornal A Tribuna de 1996 a 2011 e atualmente é assessor de imprensa e colaborador dos sites Juicy Santos, Lérias e Lixos e Resenhando.com. Criou a página no Facebook Musicalidades, que agrega os textos escritos por ele.

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