domingo, 13 de outubro de 2019

.: Rakta no Sesc Avenida Paulista com show do álbum "Falha Comum"


O trio pós-punk Rakta, formado por Carla Boregas (baixo e eletrônicos), Paula Rebellato (sintetizador e voz) e Maurício Takara (bateria), apresenta, no Sesc Avenida Paulista, o álbum "Falha Comum". O show que acontece no dia 19 de outubro, sábado, às 20h30 une técnicas da música experimental com certos aspectos estruturais da canção para inventar o seu próprio ser em um pequeno manifesto sobre as ruínas do mundo.

O ritual cósmico do Rakta tem uma única liturgia. A voz fanstasmagórica arrebata e desaparece, como uma alucinação ou miragem. A acumulação dos loops percussivos do baixo e ritmos repetitivos da bateria não evocam o relaxamento meditativo. Ao contrário, há um caos discreto, uma tensão permanente. A música criada não diz respeito a uma calmaria transcendente, mas à concentração como dispositivo político de ação e transformação.

Show |Rakta
Show do álbum "Falha Comum".
Sábado, 19 de outubro de 2019, às 20h30.
Classificação: 18 anos.
Local: Térreo – Praça.
Ingressos: R$ 30. R$ 15 (meia). R$ 9 (credencial plena)

Sesc Avenida Paulista
Avenida Paulista, 119, Bela Vista, São Paulo
Fone: (11) 3170-0800
Transporte Público: Estação Brigadeiro do Metrô – 350m

Horário de funcionamento da unidade:
Terça a sábado, das 10h às 22h.
Domingos e feriados, das 10h às 19h.
Horário de funcionamento da bilheteria:
Terça a sábado, das 10h às 21h30.
Domingos e feriados, das 10h às 18h30.
Site: sescsp.org.br/avenidapaulista

.: “Never Boring”, “Mr Bad Guy” e “Barcelona”: solos de Freddie Mercury



O espírito de Freddie Mercury é tão central para a música popular hoje como foi durante sua vida inesquecível. O espetacular sucesso global da cinebiografia “Bohemian Rhapsody” foi um poderoso testemunho da presença de Freddie como o melhor líder de rock do Queen.

Dia 11 de outubro foi apresentada a versão física e digital de três álbuns solo de Freddie Mercury: “Never Boring” (umusicbrazil.lnk.to/NeverBoring), uma nova compilação de 12 faixas de muitas das melhores performances solo de Freddie; uma edição especial de “Mr Bad Guy” (umusicbrazil.lnk.to/MrBadGuy), composta por 11 faixas; e a edição especial de nove faixas de “Barcelona” (umusicbrazil.lnk.to/BarcelonaDeluxe). 

Os trabalhos mostraram toda a gama de seus talentos e paixões musicais e sua marca indelével nos mundos do pop, da ópera e muito além. O trabalho é meticulosamente compilado e produzido pela equipe do Queen, Justin Shirley-Smith, Kris Fredriksson e Joshua J Macrae, este último que também coproduziu a trilha sonora oficial do filme “Bohemian Rhapsody”, que se tornou um dos álbuns mais vendidos de 2018/2019. O álbum manteve-se no topo das paradas britânicas desde seu lançamento, em novembro de 2018, e nos EUA se tornou o álbum mais vendido do Queen em 38 anos.

.: Humberto Gessinger lança o álbum “Não Vejo a Hora”



O cantor, compositor, multi-instrumentista e escritor Humberto Gessinger lança um novo disco de inéditas após seis anos. “Não Vejo a Hora” (Deck), quarto registro solo de Gessinger, foi gravado no Estúdio Soma, em Porto Alegre, e conta com duas formações de dois trios distintos: o "power trio" e o trio acústico.

“Foram dias muito intensos quando gravamos as 8 canções com power trio (baixo de seis cordas, guitarra e bateria) e as três com o trio acústico (viola caipira, baixo acústico e acordeon). Desde o início, saquei que o material pedia uma produção ágil, rápida, para que a força das composições não se perdesse em firulas no estúdio. Foi o que a gente fez. Com exceção de alguns vocais que eu dobrei, não há overdub no disco", explica Humberto.

Produzido por Humberto Gessinger, “Não Vejo a Hora” é o primeiro álbum de inéditas desde “InSULar” (2013) e traz 11 canções. Todas as letras são de Gessinger e as músicas trazem parcerias com Duca Leindecker, Bebeto Alves, Felipe Rotta, Nando Peters e Esteban Tavares. São oito faixas com o trio formado por Rafa Bisogno (bateria), Felipe Rotta (guitarra) e Humberto (baixo de seis cordas). Nas três músicas acústicas, Gessinger assume a viola caipira, acompanhado por Nando Peters (baixo acústico) e Paulinho Goulart (acordeon). "'Não Vejo a Hora' é um disco focado na simplicidade dos trios", adiciona o cantor. As ilustrações da capa e contracapa são do artista gaúcho Felipe Constant.

“Não Vejo a Hora” já está disponível em todas plataformas digitais e em CD, vinil e cassete.

sábado, 12 de outubro de 2019

.: Crítica: Musical "Chaves" aposta no saudosismo e amadurece no teatro


Por Helder Moraes Miranda, em outubro de 2019.

É nítida a aposta que "Chaves - Um Tributo Musical" faz no saudosismo. De fato, o maior público que se pode ver no Teatro Opus foi o de pessoas com idade suficiente para terem assistido vários episódios de "Chaves" no SBT durante os anos 90. Mas o espetáculo também agrada crianças que, assim como as que já cresceram, assistem ao mesmo personagem nos mesmos episódios ainda no SBT e no Multishow. 

O público, adultos que cresceram diante de Chaves e os pequenos de agora que representam os fãs que se renovaram parecem não se cansar com o espetáculo de quase três horas. Todos estão envolvidos na história do fenômeno que é fácil de ser identificado: todos se identificam com algum personagem de Chaves. Todos, algum dia, foram o personagem título, Quico, Chiquinha, Nhonho...

Tudo isso em uma produção impécável: a qualidade do musical pode ser vista até pela recriação da Vila em que se passavam os episódios - idêntica ao do seriado dos anos 70. A seriedade e o respeito com que os atores interpretam papéis tão queridos pelo público também é evidente e transpassa as cenas, como uma espécie de quebra de quarta parede. O público acaba se tornando uma espécie de personagem a mais.

Mateus Ribeiro, que já foi outro personagem emblemático nos musicais - o Peter Pan, crítica neste link - está ainda melhor. Ele se reinventa como ator a cada papel e, ao mesmo tempo, impõe características muito originais a cada personagem que interpreta, o que soa como uma assinatura de qualidade.

Carol Costa, totalmente irreconhecível no papel de Chiquinha, também demonstra a mesma versatilidade. Ela, em nada, lembra a vigarista caipira de "Annie (crítica neste link) e Patrick Amstalden, imprime uma versão mais contida do professor Girafales, bem diferentes dos personagens anteriores em "Natasha, Pierre e o Grande Cometa de 1812" (crítica neste link) e "Merlin e Arthur - Um Sonho de Liberdade "(crítica neste link). Diego Velloso se destaca também no papel de Quico: o gestual, a voz, a postura e o talento do ator fazem com que ele se torne o próprio Carlos Villagrán no papel que o consagrou. Após uma personagem marcante em "Sunset Boulevard" (crítica neste link), Andrezza Massei brilha na pele de "Dona Clotilde", "a Bruxa do 71". Ettore Veríssimo está irretocável nos papéis de "Seu Barriga" e o menino Nhonho.

Fabiano Augusto, famoso por comerciais de uma loja nacionalmente conhecida, é quem dá vida ao Chespirito. É ele quem potagoniza um dos momentos mais poéticos do espetáculo, quando ele canta uma música para Dona Florinda (Maria Clara Manesco, em uma interpretação muito competente). A dramaticidade da cena destoa um pouco do espetáculo, mas é nesse momento que o público, em meio ao colorido das atituydes e das ações, percebe que se trata de um tributo.

Mesmo que você não simpatize muito com o personagem mexicano, assistir a esse espetáculo é preeencher uma lacuna. Corra que está acabando a temporada. Além disso, é importante apontar que essa releitura não permite abusos como os do seriado , que já são datados, quando as crianças apanham de adultos. É o "Chaves" adaptado para os dias de hoje, embora, em pleno século XXI, ele ainda continue morando em um barrio e, ao mesmo tempo, frequentando a escola. Chaves é a prova viva de que a arte imita a vida. 


Serviço
"Chaves - Um Tributo Musical"
| Aproximadamente 3h  | Musical | Até 3 de novembro | Sextas, às 21h, sábados, às 16h e 20h, domingos, às 15h e 19h. Sessões extras nos dias dia 18, às 16h, e dia 24, às 21h | Teatro Opus | Sinopse:  o espetáculo homenageia o gênio da comédia Roberto Gómez Bolaños e todo o seu legado. A série segue divertindo e emocionando diferentes gerações até hoje. | Texto: Fernanda Maia |  Direção geral: Zé Henrique de Paula | Coreografia: Gabriel Malo |  Elenco: Mateus Ribeiro, Andrezza Massei, 

Patrick Amstalden, Maria Clara Manesco, Fabiano Augusto, Carol Costa, Diego Velloso, André Pottes, Ettore Veríssimo, Milton Filho, Larissa Landim, Nay Fernandes, Dante Paccola, Davi Novaes, Lucas Drummond, Marcelo Vasquez, Thiago Carreira | Av. das Nações Unidas, 4777 - Alto de Pinheiros - São Paulo |  Realização: Adriana Del Claro e Move Concerts  | Classificação: livre.

*Helder Moraes Miranda é bacharel em jornalismo e licenciado em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos, pós-graduado em Mídia, Informação e Cultura, pela USP - Universidade de São Paulo, e graduando em Pedagogia, pela Univesp - Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Participou de várias antologias nacionais e internacionais, escreve contos, poemas e romances ainda não publicados. É editor do portal de cultura e entretenimento Resenhando.


Encerramento de "Chaves - Um Tributo Musical"




.: Barbie Juíza celebra o Dia das Crianças. Saiba mais!

Marca lança Barbie Juíza como "carreira do ano" para inspirar a meninas a serem tudo que quiserem



Barbie sempre ofereceu diversas opções de brincadeira: de suas 200 carreiras e papéis inspiradores aos incontáveis acessórios fashion. Continuando na sua missão de inspirar as meninas a serem tudo que quiserem, a carreira escolhida para 2019 foi a de juíza.

A Barbie Juíza tem quatro estilos de cabelo diferentes e tons de pele. O objetivo da linha Barbie Você Pode ser Tudo Que Quiser é mostrar às meninas que elas têm escolhas e estimular a imaginação, expressões e descobertas através da brincadeira. A Barbie Juíza encoraja as meninas a aprenderem sobre como tomar decisões para mudar o mundo para melhor.

Além da linha de carreiras da Barbie, a boneca apresentou neste ano a expansão da linha Barbie Fashionistas que incluí bonecas com diferentes tons de pele, tipos de corpos, cores de olhos, estilo de cabelo, além de bonecas em cadeiras de rodas e com uma perna protética. Os lançamentos são uma extensão do compromisso de Barbie em oferecer mais opções para as meninas. 

A Barbie Juíza pode ser encontrada em lojas varejistas de todo o Brasil (o preço sugerido Barbie Juíza é de R$ 84,99, já as bonecas da linha Barbie Fashionista Regular, R$ 79,99 e R$ 149,99 a Barbie com cadeira de rodas).

Sobre a Mattel: Presente no Brasil desde 1988, a Mattel é a líder global em entretenimento infantil, especializada na criação e produção de brinquedos e produtos de consumo inovadores, de qualidade e que geram experiências que inspiram, entretêm e desenvolvem as crianças por meio do brincar. Fazem parte do portfólio da empresa marcas icônicas, incluindo Barbie®, Hot Wheels®, Fisher-Price®, Thomas & Friends® e MEGA®, entre outras, além das que são licenciadas em parceria com empresas globais de entretenimento. Além dos brinquedos, a Mattel disponibiliza conteúdos, jogos, música e atrações. A empresa opera em 40 localidades e comercializa seus produtos em mais de 150 países em parceria com as principais redes de varejo e tecnologia do mundo.  Desde a sua fundação, em 1945, a Mattel tem orgulho de incentivar as crianças a alcançarem todo o seu potencial. Para mais informações acesse www.mattel.com.

Sobre a Barbie®: Barbie foi criada em 1959 pela americana Ruth Handler, co-fundadora da Mattel, que percebeu que sua filha Bárbara, ou Barbie, como era apelidada, gostava de brincar com bonecas de papel que trocavam de roupa. Até então, todas as bonecas tinham aparência de bebês e a de papel era uma das únicas que tinha a feição mais próxima da de uma adolescente. Quando lançada, a boneca foi definida como a “modelo teenager vestida na última moda”. Hoje, a Barbie é reconhecida como uma das marcas mais fortes de todos os tempos e um ícone fashion mundial. Como toda diva, a partir dos anos 90 estilistas famosos como Christian Dior, Chanel, Versace, Givenchy, Carolina Herrera, Donna Karan, Giorgio Armani e Alexandre Herchcovitch a vestiram em várias ocasiões. Clássicos do cinema, teatro e TV também ganharam bonecas Barbie caracterizadas com seus personagens mais famosos, entre eles: Romeu e Julieta, O Mágico de Oz e Star Trek, além de musas como: Marilyn Monroe, Audrey Hepburn, Elizabeth Taylor, Vivien Leigh e Grace Kelly. Por mais de cinco décadas a boneca tem inspirado garotas de todas as idades a sonhar, “viajar” e descobrir que, brincando, elas podem ser o que quiserem. O estilo de vida da boneca, que já virou personalidade, sempre fez com que ela fosse popular entre crianças e adultos. Em 60 anos, ela já teve mais de 200 profissões, todas retratando aspectos da cultura e da sociedade de suas épocas. Alguns exemplos emblemáticos são: Barbie astronauta (1965); Barbie médica cirurgiã (1973); Barbie presidente dos EUA (1992).

.: Tudo sobre "Essa Gente", o romance mais urgente de Chico Buarque


Por Sérgio Rodrigues, em outubro de 2019.

Um escritor decadente passa por um deserto criativo e emocional enquanto o Rio de Janeiro colapsa ao seu redor. Em seu sexto romance, Chico Buarque constrói uma engenhosa trama em cujas entrelinhas se revelam as contradições do Brasil de agora. Nas livrarias a partir de 14 de novembro.

Há pontos de contato entre Chico Buarque e o protagonista de "Essa Gente". Além de ser escritor, Manuel Duarte tem esse sobrenome de perfil vocálico idêntico e gosta de bater perna atrás de inspiração nos arredores do Leblon, onde voltou a morar após o fim de seu último casamento. 

Embora seja quase inevitável buscar alusões autobiográficas no novo romance de Chico — o primeiro após a consagração do prêmio Camões —, o leitor não demorará a descobrir que tal linha de pensamento conduz a um beco sem saída. Na melhor das hipóteses, lhe dá a posse de uma chave que pode abrir uma ou outra porta, mas não todas. Essa não será a única pista falsa antes do ponto-final.

Essa gente é, entre os romances de Chico, o mais áspero e possivelmente o mais enigmático. A história contada em forma de pequenos capítulos de diário, quase todos datados de um passado tão recente que se pode chamar de atualidade, é mais um de seus quebra-cabeças narrativos com fumaças de literatura policial. 

No entanto, a reflexão sobre a linguagem que é uma dimensão estruturante das ficções buarquianas se ancora desta vez no estilo mais imediato de todos: o do apontamento rápido, feito para auxiliar a memória do próprio apontador no futuro, quando houver distância e lucidez para transformar o tumulto do presente numa história redonda. Sim, estamos no nebuloso país do agora. A parte da brincadeira que cabe ao leitor é mais decisiva do que nunca.

Autor de diversos livros, entre eles um best-seller já entrado em anos chamado "O Eunuco do Paço Real", Duarte é um escritor decadente às voltas com uma pindaíba total, tanto financeira quanto afetiva. Tem um filho pré-adolescente com quem é incapaz de trocar uma única palavra. Está sempre em busca de um modo de descolar dinheiro — seja arrancando mais um adiantamento de seu editor paulista, seja apelando à generosidade arisca de um amigo bem-sucedido. 

Com uma mistura de hiperatividade e inação, ricocheteia entre suas duas ex-mulheres, uma tradutora intelectual e uma decoradora perua, e um número não especificado de putas. Enquanto isso, à sua volta, o Rio de Janeiro sangra e estrebucha sob o flagelo de feridas sociais finalmente supuradas, exibidas por muitos com uma espécie doentia de orgulho.

O distanciamento emocional vagamente camusiano com que Duarte fala dessas ruínas, tanto a pessoal quanto a coletiva, eximindo-se de juízos históricos ou mesmo de indignação, dá ao livro um tom de farsa — não ligeira mas grave, encharcada de humor negro. Logo de saída, a comédia sombria se escancara na subtrama dos castrati: um pastor neopentecostal e um maestro italiano estão castrando jovens pobres dos morros cariocas, com a anuência de suas famílias, a fim de abastecer o mercado do canto lírico internacional.

Será que estamos diante de uma alegoria poderosa da emasculação de um povo? Pode ser, mas talvez isso só exista na ficção que Duarte tenta escrever, alegoria de alegoria, retomando um tema presente em "O Eunuco do Paço Real". Essa e outras fronteiras entre vida, imaginação, sonho e delírio vão sendo borradas pelo autor — e aqui falamos de Chico Buarque — com um sorriso que quase se deixa entrever nas páginas.

A montagem do quebra-cabeça se complica mais um pouco quando outros narradores se apresentam, das ex-mulheres de Duarte a uma vizinha enxerida que lhe é uma completa estranha, sem falar de uma voz que narra em terceira pessoa. Vai ficando claro que o “diário” é um estratagema literário de Duarte, o próprio livro que ele tenta escrever, embora também essa chave encontre seu limite quando, nas últimas páginas, o formato se prolonga além de toda verossimilhança para dar o toque final numa charada que o autor capricha em deixar sem solução. Uma informação jogada então com sugestiva ausência de ênfase, a de que o computador do protagonista estava vazio de textos, chega a acenar com a não existência do próprio livro que se acabou de ler.

Romance urgente, colado corajosamente na opacidade do agora, "Essa Gente" é, numa primeira leitura, uma comédia de costumes tão divertida quanto cruel. É também um engenho narrativo feito para empurrar até o futuro possível — algum momento após o fim da leitura — o caimento da ficha derradeira: a compreensão de que, enquanto Duarte nos conduzia pelas tortuosas vielas literárias de sua história mundana, alegórica, metalinguística, o mais importante ocorria ao seu redor. 

O foco se desloca então da “literatura” para a paisagem, a chapa quente carioca compartilhada pela classe média alta do Leblon e pela mistura de classe média baixa, pobreza e miséria da vizinha favela do Vidigal. Terminada a leitura, o livro nos intima a virá-lo do avesso, transformando fundo em forma e desviando os olhos da história para a História.

Nessa nova perspectiva, os personagens principais se tornam com clareza dolorosa a violência letal da polícia contra “essa gente”, a humilhação dos porteiros, o espancamento gratuito do mendigo pelo sócio do Country Club, o bullying sofrido na escola pelo filho de esquerdistas, o alagamento apocalíptico das ruas em dias de chuva, as pedras que ameaçam deletar o morro, a falência material e moral de uma cidade que já foi símbolo de uma nação — talvez ainda seja. 

Que a única redenção possível venha do olhar de uma ruiva gringa apaixonada pela fantasia do Orfeu do Carnaval é parte do humor dilacerante da primeira obra literária de vulto a encarar o tema do Brasil bolsonarista. Pensando bem, essa gente somos todos nós.

.: Estreia 3ª temporada de “Legion”, série baseada em quadrinhos Marvel


Estrelado por Dan Stevens e Rachel Keller, a história se concentra em "David Haller", um jovem considerado esquizofrênico antes de descobrir que é o mutante mais poderoso que o mundo já viu


Estreia no Brasil dia 25 de outubro, sexta-feira, às 22h30, no FOX Premium 2 e no app da FOX para assinantes FOX Premium. Todas as temporadas anteriores estão disponíveis no app da FOX para assinantes FOX Premium


No dia 25 de outubro, sexta-feira, estreia no FOX Premium 2, no Brasil, a terceira temporada de "Legion", com novos episodios toda sexta-feira, às 22h30. Além disso, os oito episódios de 45 minutos que compõem a nova temporada estarão disponíveis no app de FOX para assinantes FOX Premium. 
A terceira e última temporada de “Legion", série baseada em quadrinhos da Marvel criada por Chris Claremont e   Bill Sienkiewicz continua a se concentrar na história de David Haller, um jovem considerado esquizofrênico antes de descobrir que é o mutante mais poderoso que o mundo já viu.

Desde sua infância, David passou de uma instituição psiquiátrica para outra até que, quando tinha pouco mais de 30 anos, conheceu e se apaixonou por uma paciente bonita e problemática chamada "Sydney Syd Barrett" (Rachel Keller). Depois que Syd e David compartilharam um grande encontro, ele foi forçado a enfrentar a chocante realidade de que as vozes que ouve e as visões que vê são reais. Com a ajuda de Syd e uma equipe de especialistas que também possuem poderes únicos e extraordinários: "Ptonomy Wallace" (Jeremie Harris), "Kerry Loudermilk" (Amber Midthunder) e "Cary Loudermilk" (Bill Irwin), David desbloqueou uma verdade profundamente reprimida: ele havia sido assombrado toda a sua vida por um parasita malicioso de poder inimaginável.   Conhecido como "O Rei das Sombras", esta criatura malévola apareceu na forma de um amigo, "Lenny busker" (Aubrey Plaza), mas, na verdade era um antigo ser chamado "Amahl Farouk" (Navid Negahban).

Durante um confronto épico, David conseguiu tirar Farouk de seu corpo e assumir o controle de sua mente. Com Farouk à solta, a equipe formou uma aliança inimaginável com seu antigo inimigo, "Clark Debussy" (Hamish Linklater) e sua organização governamental, "Divisão 3". Infelizmente, a busca por Farouk despertou as vozes escuras que vivem na cabeça de David, e com elas, um desejo de poder. Discordando de todos que já considerou amigo, David pede ajuda a um jovem mutante chamado "Switch" (Lauren Tsai), cuja habilidade secreta é a chave para seus planos de reparar os danos causados.

Baseado nos quadrinhos da Marvel de Chris Claremont e Bill Sienkiewicz , "Legion", foi criado por  Noah Hawley, que é também produtor executivo com John Cameron, Lauren Shuler Donner, Simon Kinberg e Jeph Loeb.

A 3ª temporada de "Legion" chega no Brasil no FOX Premium 2, na sexta-feira, 25 de outubro, às 22h30. Além disso, todos os episódios serão disponibilizados na mesma data no app da FOX para assinantes FOX Premium. As duas temporadas anteriores também estão disponíveis no app da FOX.


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.: Whitesnake continua em forma no novo CD "Flesh & Blood"


Por Luiz Gomes Otero*, em outubro de 2019.

Depois de comemorar os 40 anos de fundação da banda, o mítico grupo de rock Whitesnake, que recentemente se apresentou no Rock In Rio 2019, está de volta com um álbum de estúdio, intitulado “Flesh & Blood”. Este trabalho segue a linha de sonoridade dos discos anteriores, comprovando a força do grupo dentro do cenário hard rock.

As 13 faixas de “Flesh & Blood”, que por coincidência é o 13º álbum de estúdio da banda, são matadoras. Mas você esperaria algo menos das desses caras liderados pelo vocalista David Coverdale? Ele é seguramente um dos melhores “frontmen” da história do rock.

Desde que se juntou à banda há quatro anos, Joel Hoekstra, realmente se destacou, não apenas como um músico impressionante, mas também como um compositor talentoso. Ele foi parceiro de seis músicas de "Flesh & Blood" com o vocalista David Coverdale.

O guitarrista Reb Beach, que se juntou originalmente ao Whitesnake em 2002, se tornou um dos líderes da banda e ajuda a implementar a visão musical de Coverdale. Reb co-escreveu cinco músicas no novo álbum, o quarto álbum de estúdio em que ele apareceu, começando com o aclamado "Good To Be Bad" de 2008. O baixista Michael Devin e o experiente baterista Tommy Aldrige completam o time de músicos do Whitesnake.

O som de "Flesh And Blood" é puro hard rock com sabor dos anos 70. Começa energético com a faixa "Godd To See You Again" e mantém o pique praticamente em todas as faixas. Como de praxe, há uma balada ("When I Think Of You"), quebrando momentâneamente a sequência de hard rock.

"Flesh And Blood" tem o mérito de mostrar 13 canções inéditas de uma banda que já escreveu a sua parte na história do rock. E que, felizmente, ainda tem muito o que mostrar.


"Flesh And Blood"


"Shut Up And Kiss Me"


*Luiz Gomes Otero é jornalista formado em 1987 pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Trabalhou no jornal A Tribuna de 1996 a 2011 e atualmente é assessor de imprensa e colaborador dos sites Juicy Santos, Lérias e Lixos e Resenhando.com. Criou a página no Facebook Musicalidades, que agrega os textos escritos por ele.


.: Katy Perry lança remix de "Small Talk". Ouça e baixe aqui!



Katy Perry disponibiliza, com assinatura dos DJs White Panda, Sofi Tukker, Lost Kings, as versões remix de seu mais recente single, “Small Talk”, em todas as plataformas digitais. Ouça e baixe aqui a versão de White Panda: umusicbrazil.lnk.to/WPSmallTalk

Em agosto, a cantora realizou uma performance inusitada da versão original da canção em um banheiro, além de lançar o videoclipe oficial da faixa, que tem direção de Tanu Muino e produção de Megan Gutman e Targa Sahyoun. O vídeo, que já supera 19 milhões de views, foi inspirado no clássico “A Dama e o Vagabundo” e conta com a participação e protagonismo de muitos cachorros, que têm a “aparência” de seus respectivos representantes humanos. 

A versão original de “Small Talk” foi composta por Katy em parceria com Jack Kasher Hindlin, Johan Carlsson e Charlie Puth. Os dois últimos também produziram a canção, que contou com a produção dos vocais de Peter Karlsson. A letra aborda a distância emocional que se desenvolve após um término de namoro. Ouça e baixe aqui: umusicbrazil.lnk.to/KPSmallTalk.



Ouça e baixe aqui a versão de Sofi Tukker: umusicbrazil.lnk.to/STSmallTalk 

Ouça e baixe aqui a versão de Lost Kings: umusicbrazil.lnk.to/LKSmallTalk

Assista agora:

.: Shawn Mendes quebra recorde de maior número de singles. Confira!



Shawn Mendes quebrou o recorde de artista solo masculino com o maior número de singles no topo da parada Adult Pop Songs, da Billboard, nos EUA. Seu mais recente single, “Señorita” (umusicbrazil.lnk.to/senorita), o dueto com Camila Cabello, é a sexta canção do cantor a alcançar o topo da parada. Com isso, Shawn supera Ed Sheeran, com cinco músicas no topo. Entre todos os artistas, Shawn supera Adele e o grupo Nickelback, que já emplacaram cinco canções no topo cada um. O maior recordista da parada é o grupo Maroon 5, com 13 canções no primeiro lugar, seguido por P! Nk, líder entre todos os artistas solo (dez), Katy Perry (oito) e Taylor Swift (sete). Os cinco primeiros números 1 de Mendes na parada foram: “Stitches” (por uma semana, em 2016); “Treat You Better” (seis, em 2016); “There's Nothing Holdin' Me Back” (cinco, em 2017); “In My Blood” (uma, em 2018); e “If I Can't Have You” (uma, 31 de agosto de 2019).


sexta-feira, 11 de outubro de 2019

.: "Quem é você, Alasca?", sucesso de John Green ganha nova sobrecapa

Quem é você, Alasca?, sucesso de John Green ganha sobrecapa inspirada na série que estreia em 18 de outubro




Conhecido por conquistar jovens e adultos com suas histórias marcantes, John Green viu A culpa é das estrelas e Cidades de papel ganharem as telas do cinema e se tornarem sucesso de público em adaptações inesquecíveis. Agora, um dos livros mais adorados do autor chegará à casa dos leitores em uma série que promete ser uma das grandes estreias do ano.

Para celebrar o lançamento da adaptação de Quem é você, Alasca?, a Intrínseca preparou uma sobrecapa inspirada no pôster da produção estrelada por Kristine Froseth e Charlie Plummer, que com certeza vai agradar em cheio os fãs da obra e do autor. Com muita sensibilidade, a história mergulha nos medos, angústias e sonhos dos jovens Miles Halter e Alasca Young, retratando o impacto indelével que uma vida pode exercer sobre outra.



Miles é fascinado pelas últimas palavras de grandes personalidades da história, mas está cansado de ter só isso para livrá-lo do tédio de sua vida com os pais. Em busca do que o poeta François Rabelais chamou em seu leito de morte de o “Grande Talvez”, Miles sai de casa para ingressar na Escola Culver Creek, um internato no Alabama. Lá, ele conhece Alasca, uma menina enigmática, engraçada e intensa que vai catapultar Miles sem misericórdia na direção do Grande Talvez.

John Green, autor de A culpa é das estrelas, Cidades de papel, O Teorema Katherine e Tartarugas até lá embaixo, é um dos escritores norte-americanos mais queridos pelo público jovem e igualmente festejado pela crítica. Autor best-seller do The New York Times, agraciado, dentre outros prêmios, com a Printz Medal e o Printz Honor, da American Library Association, e com o Edgar Award, foi duas vezes finalista do prêmio literário do LA Times. Em 2014, John figurou entre as cem pessoas mais influentes do mundo na lista da revista Time. Com o irmão, Hank, mantém o canal do YouTube “Vlogbrothers”, um dos projetos de vídeo on-line mais populares da internet. Mora com a mulher e os dois filhos em Indianápolis, Indiana.

.: Sorteio de ingressos para "Os Monólogos da Vagina", no Teatro Gazeta


CONCORRA A UM PAR DE INGRESSOS para assistir dia 27 de outubro ao espetáculo "Os Monólogos da Vagina", em cartaz no Teatro Gazeta, em São Paulo. Avenida Paulista, 900.

Para participar, basta: 

Curtir a foto que está no nosso Instagram; 

Seguir os perfis: @portalresenhando e @osmonologosdavagina; 

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O resultado será divulgado dia 24 de outubro, no próprio post. 

Boa sorte! 

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Crítica: "Os Monólogos da Vagina" deveria ser obrigatória para todos


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CONCORRA A UM PAR DE INGRESSOS para assistir dia 27 de outubro ao espetáculo "Os Monólogos da Vagina", em cartaz no Teatro Gazeta, em São Paulo. Avenida Paulista, 900. Para participar, basta: 🔵Curtir essa foto; 🔵Seguir os perfis: @portalresenhando e @osmonologosdavagina; 🔵Marcar um amigo nos comentários (marque amigos diferentes e quantas vezes quiser - não pode ser fake ou marca). O resultado será divulgado dia 24 de outubro, nesse mesmo post. Boa sorte! ✔PROMOÇÃO EXCLUSIVA em nosso Instagram. #sorteio #teatro #sorteioteatro #sorteiodeteatro #teatrosorteio #teatrogratis #teatrográtis #teatrogratuito #sorteiodeingressos #sorteiodeingresso #ingressográtis #ingressogratis #ingressogratuito #ingressosgrátis #ingressosgratis #ingressosgratuitos #ExperimenteTeatro #teatrosim #teatrosempre #amoteatro #euamoteatro #adoroteatro #euadoroteatro #teatrosp #teatrosãopaulo #teatrosaopaulo #teatroemsp #teatroemsãopaulo #teatroemsaopaulo #teatroja
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