terça-feira, 15 de março de 2022

.: 100 anos da Semana da Arte Moderna no Shopping Frei Caneca

Exposição "Antropofágico Vivo" é um verdadeiro convite ao modernismo


Há um século acontecia a Semana de Arte Moderna de 1922. Com um legado que se estende até os dias atuais, o momento marcou a polarização da divergência entre as antigas escolas européias e as ideias inovadoras dos modernistas. Em sua homenagem, o Shopping Frei Caneca traz a exposição Antropofágico Vivo.

Sob curadoria de Carolina Breitenvieser, da Breit Produções Culturais, a mostra é um convite para conhecer o Modernismo pelo olhar do artista visual Carlão Bernini, que apresenta sua técnica de preenchimento carregada de desenhos relacionados a São Paulo, cidade que sediou o evento histórico. A estranheza visual é um artifício fundamental do trabalho de Bernini, que busca levar ao público uma nova experiência com arte.

No espaço, os visitantes podem interagir com as releituras aumentadas dos clássicos Abaporu e Antropofagia, de Tarsila do Amaral, e Os Candangos, do escultor Bruno Giorgi. Além de se transformarem em retratos divertidos dos modernistas Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Heitor Villa Lobos.

Localizada no piso 1 do Shopping Frei Caneca, a mostra instagramável e gratuita está disponível até o dia 20 de março, no mesmo horário de funcionamento do empreendimento. 


Serviço

Exposição “Antropofágico Vivo” – Shopping Frei Caneca

Período: Até 20 de março

Horário: De segunda a sábado das 10h às 22h. Domingos e feriados das 14h às 20h

Local: Piso 1

Informações: (11) 3472-2075 - freicanecashopping.com.br

Exposição gratuita


.: "Disney in Concert" em curta temporada no Teatro Bradesco


Espetáculo apresenta músicas de filmes clássicos e atuais da Disney executadas por uma orquestra e com projeções incríveis em um telão. Foto: Bianca Tatamiya 


As melodias inesquecíveis de filmes da Disney fazem parte da vida de diversas gerações de adultos e crianças. E, de 10 a 20 de março, fãs de todas as idades poderão experimentar essas músicas em um formato mágico, com a temporada de "Disney in Concert - As Músicas de Seus Filmes Favoritos ao Vivo em São Paulo" no Teatro Bradesco (Bourbon Shopping). 

As 20 músicas do espetáculo são executadas pela Orquestra Sinfônica Villa Lobos, que conta com 66 músicos, músicas e cantores (as) líricos (as) regidos (as) pelo maestro Adriano Machado. Além das versões orquestradas das canções clássicas da Disney, o espetáculo conta também com imagens dos filmes projetadas em um telão LED, levando o público por uma viagem aos filmes mais queridos da Disney e passando por trilhas de "A Bela e a Fera", "A Pequena Sereia", "Aladdin", "O Rei Leão", "Mary Poppins" e também pelos mais atuais como "Frozen" e "Frozen 2", "Moana", "Enrolados" e "Piratas do Caribe".

O público entrará em uma verdadeira sinfonia da imaginação, com uma cenografia mágica, que permite diversos espaços para as projeções, criando uma sensação de imersão no mundo mágico Disney. Estrelando o espetáculo, o elenco de solistas é formado por grandes nomes do teatro musical como: 

Fabi Bang ("Melhor Atriz" do Prêmio Bibi Ferreira pelo musical "Wicked")
Myra Ruiz (Elphaba em "Wicked")
Bianca Tadini (Wendy em "Peter Pan"/ swing e cover de Madame Giry em "O Fantasma da Ópera") Aline Serra ("Charlie - O Musical")
Anna Akisue (Semifinalista The Voice Brasil 16) 
Leonardo Wagner ("Les Misérables", Jesus e Judas em "Jesus Cristo Superstar")
Beto Sargentelli (Tony Elliot em "Billy Elliot", Zezé di Camargo em "Dois Filhos de Francisco")
Carlos Júnior ("O Rei Leão", “The Voice Brasil” 2020)
André Torquato (Adam e Felicia em "Priscilla, Rainha do Deserto", Espantalho em "O Mágico de Oz")
Felipe Hideki ("O Musical da Passarinha")

Os ingressos, que custam a partir de R$ 50, podem ser adquiridos pelo site da uhuu.com e bilheterias dos Teatros Bradesco e Opus Frei Caneca. "Disney in Concert - As Músicas de Seus Filmes Favoritos ao Vivo em São Paulo" é apresentado por Ministério do Turismo e Grupo Zaffari. O espetáculo está seguindo todos os protocolos de segurança e higiene da OMS e do Estado de São Paulo. A quantidade de pessoas deve respeitar as recomendações de distanciamento social e uso de máscaras.


Sobre Maestro Adriano Machado e Orquestra Sinfônica Villa Lobos
Fundada em 2002 pelo Maestro Adriano Machado, a Orquestra Sinfônica Villa Lobos completa 22 anos de existência, reafirmando o compromisso que lhe deu origem: interpretar a músicas sinfônicas de forma inovadora com o objetivo de aproximar novos públicos da música de concerto.

Hoje o maestro Adriano conta com o respeito do cenário musical através de uma carreira bem diversificada como maestro, violinista e arranjador, e sua formação se espalha pelos campos da música e empreendedorismo. Ao longo dos anos, conduziu muitas produções em alguns dos teatros mais prestigiados do Brasil. Sua tecnicidade o levou não só às maiores produções da música clássica, mas também aos palcos musicais da cena popular, incluindo grandes concertos cinematográficos, onde a orquestra sinfônica é protagonista na performance ao vivo de grandes filmes.

Ficha técnica
Lei Federal de Incentivo à Cultura
Apoio:
Ministerio de Turismo
Apresentação: Grupo Zaffari
Planejamento cultural: Opus Entretenimento
Realização: Off Broadway e Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo, Governo Federal - Pátria Amada Brasil
Ingressos a partir de R$ 50: valor inteiro
Consulte sessões e horários em teatrobradesco.com.br
Duração:
aproximadamente 100 minutos
Classificação: livre. Menores de 15 anos somente poderão entrar acompanhados dos pais ou mães ou responsáveis. Crianças com até 24 meses de idade que ficarem no colo dos pais o mães, não pagam.
Acessibilidade. Ar-condicionado.


Canais de vendas oficiais:
Uhuu.com:
 com taxa de serviço
Bilheterias físicas: sem taxa de serviço
Teatro Bradesco (Shopping Bourbon)
Teatro Opus Frei Caneca (Shopping Frei Caneca)
De segunda a domingo, das 12h às 20h (pausa almoço: 15h às 16h)

Formas de pagamento:
Bilheterias dos teatros:
dinheiro, cartão de crédito e cartão de débito
Site da Uhuu.com e outros pontos de venda oficiais: cartão de crédito
Cartões de créditos aceitos: Visa, Mastercard, Diners, Hipercard, American Express e Elo
Cartões de débito aceitos: Visa, Mastercard, Diners, Hipercard, American Express e Elo
Estacionamento Bourbon Shopping
Isento até 15 minutos
Compras no Záffari acima de R$ 50: 3h de isenção (exceto para Valet, Sem Parar e Conectcar).
Self - Primeiras 2 horas: R$ 16
Hora adicional: R$ 5
Valet Parking: 1ª hora: R$ 20
Hora adicional: R$ 12
Motos - Primeiras 2 horas: R$ 16
Hora adicional: R$ 5


Serviço
"Disney in Concert - As Músicas de Seus Filmes Favoritos ao Vivo em São Paulo"
Teatro Bradesco (Rua Palestra Itália, 500 – Bourbon Shopping São Paulo – Perdizes)
www.teatrobradesco.com.br

.: Djavan estará no festival Rock the Mountain entre mais de 100 atrações

O artista se junta a Caetano Veloso, Gal Costa, Criolo, Alceu Valença, Silva, Marina Sena, Marcos Valle, BaianaSystem e Djonga, entre as mais de 100 atrações já confirmadas. Festival acontecerá nos dias 16, 17, 23 e 24 de Abril, na Região Serrana do Rio de Janeiro

 

Djavan. Foto: Leo Aversa


“Eu sei, serei feliz de novo. Meu povo, deixa eu chorar com você”, os versos de ‘Serrado’, um dos maiores clássicos de Djavan, dão o tom da expectativa para um show que promete emocionar no Rock The Mountain 2022. O artista alagoano é o mais novo confirmado no lineup do festival. O cantor e compositor reforça o time de peso que se apresentará no evento, dentre eles Caetano Veloso, Gal Costa, Alceu Valença, Marina Sena, Djonga, Criolo, Marina Lima, Silva, Marcos Valle e Tropkillaz. O Rock The Mountain acontecerá nos dias 16, 17, 23 e 24 de abril, em Itaipava, Região Serrana do Rio de Janeiro.

O evento chega à sua 6ª edição maior do que nunca: pela primeira vez, acontecerá em dois finais de semana, com quatro dias inteiros de programação, em um espaço cercado pela natureza preservada da Mata Atlântica. Além de dezenas de horas de música ao vivo divididas em seis palcos, o Rock the Mountain 2022 reunirá experiências com arte, moda, gastronomia, entretenimento e muito mais. E a expectativa do público não é pequena, de acordo com os produtores, restam poucos ingressos à venda.

Última edição do Rock The Mountain foi realizada em 2019 - foto: Sand


 Confira o lineup completo do Rock the Mountain 2022:

Caetano Veloso

Gal Costa

Djavan

BaianaSystem

Djonga

Criolo

Alceu Valença

Marina Sena

Black Alien

Marina Lima

Silva

Marcos Valle

Teresa Cristina

Tropkillaz

Ana Frango Elétrico

Antonia Morais

Budah

Carlos do Complexo

Carnageralda

Coletivo Pirajá

Coruja BC1

DJ Nepal

Domply

Dibob

Ebony

Fatnotronic

Francisco el Hombre

Glue Trip

Gop Tun

Ingo

Jaloo

Joca

Julia Mestre

Luciane Dom

Luedji Luna

Luthuly

Malía

Marina Sena

Mateus Carrilho

MC Tha

Mulú

POSS

Potyguara Bardo

Rara

Selvagem

Tamempi

Tropicals

Tuim

Two Year Vacation

Valuá


Serviço

ROCK THE MOUNTAIN 2022

Datas: 16, 17, 23 e 24 de Abril

Local:

Parque de Exposições - Itaipava, Petrópolis, Rio de Janeiro

Ingressos:

Passaporte dias 16 e 17: R$ 376,00

Passaporte dias 23 e 24: R$ 376,00

Vendas e informações completas no site oficial do festival.


.: Aniversário de Elis Regina: "Falso Brilhante" é lançado como álbum digital

O disco icônico, de 1976, possui clássicos como “Velha Roupa Colorida”, “Fascinação”, “Gracias a La Vida”, “Tatuagem” e “Como Nossos Pais”, que ganha um lyric video no dia do lançamento


O aniversário de Elis Regina, dia 17 de março, trará um sopro de vida especial à sua obra. A Universal Music lançará no mesmo dia uma versão Deluxe do álbum “Falso Brilhante”, de 1976, contendo um CD com mixagem e masterização atualizadas para os padrões mais modernos de áudio disponíveis, além de um pôster da capa do disco para colecionadores. O álbum no digital ainda receberá, além da versão com nova mixagem, uma versão em Áudio Espacial, produzida dentro dos estúdios Dolby, empresa precursora do novo padrão sonoro imersivo que vem ganhando o Brasil e o mundo.

A celebração em torno de Elis e do icônico disco ainda inclui um clipe em formato de lyric video para a clássica música “Como Nossos Pais”, produzido pela Janeiro Filmes, que é apresentado juntamente com a nova versão do álbum .

“Visitando os master originais, conseguimos  adequar os áudios aos padrões contemporâneos. Cada plataforma digital hoje tem suas próprias diretrizes técnicas e neste trabalho pudemos ajustar o áudio do disco para cada uma, inclusive a nova Spotify Loud”, explica João Marcello Bôscoli, produtor musical do lançamento e filho da cantora, referindo-se à nova opção de áudio “que toca mais alto”.

A cuidadosa mixagem em Dolby Atmos de todo o disco conduz o ouvinte a uma sensação imersiva, intangível, sensorial e completa. Canções clássicas ou disruptivas para a época saltam na nova audição, como “Velha Roupa Colorida” (Belchior), “Fascinação (Fascination)” (Fermo Dante Marchetti / Vrs. Armando Louzada), “Quero” (Tomas Roth), “Gracias a La Vida” (Violeta Parra), “O Cavaleiro e os Moinhos” (João Bosco / Aldir Blanc) e “Tatuagem” (Chico Buarque / Ruy Guerra).

O álbum original, sob direção musical de Cesar Camargo Mariano, foi inspirado no show de mesmo nome que Elis apresentou, entre 1975 e 1977, no Teatro Bandeirantes, em São Paulo. Como a essência da gravação foi concebida num teatro, partimos deste ponto para escolher os parâmetros sonoros da remixagem. O público vai sentir como se estivesse sentado num lugar privilegiado da plateia”, conta João Marcello Bôscoli, que trabalhou ao lado do engenheiro de som Ricardo Câmera, com consultoria técnica em áudio imersivo de Daniel Sasso e Toco Cerqueira e apoio de Giovanni Asselta, da Dolby Latam. O produtor buscou trazer novas flexões e reflexões para o repertório, um dos mais marcantes da música brasileira. “Com o Atmos, pudemos ampliar o estéreo, imergir, trazer um frescor sem tirar a atenção do principal”, pontua.

Mas como tornar fluido e verídico um som que foi concebido originalmente como um espetáculo de música ao vivo, remixado para estéreo e agora podendo chegar a 12 caixas de sons diferentes simultaneamente? Para responder a esta pergunta, a equipe partiu do critério da coesão. “Foi superimportante manter as proporções sonoras intactas, equalizando com cuidado os volumes da voz e dos instrumentos da matriz, sem pirotecnias. E ainda aproveitamos para restaurar alguns artefatos que não pertenciam à gravação original, como pequenas distorções e chiados”, conta ele, que mexeu pela primeira vez neste áudio quando o remixou para 5.1 no CD+DVD Áudio “Falso Brilhante”, lançado pela Trama em 2006, e agora volta a fazer uma nova mixagem 2022 e, ainda, uma em Áudio Espacial.

Então, chegou a hora de colocar os fones de ouvido ou ativar o sorround! Tome seu lugar na plateia e desfrute “Falso Brilhante” em áudio espacial. É uma experiência sonora e contemplativa inesquecível! O futuro abraçando o passado, como Belchior prenunciava na canção do disco: “Uma nova mudança em breve vai acontecer...”.

Ouça, repita, salve em sua playlist e compartilhe com os amigos. Todos merecem esse brilho no som!


segunda-feira, 14 de março de 2022

.: Crítica: "Tarsilinha" é a brasilidade maximizada na tela do cinema


Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em março de 2022


Em "Tarsilinha", animação dos mesmos criadores de "Peixonauta" e "O Show da Luna", a pintora Tarsila do Amaral é uma menina de oito anos que percebe a perda de memória da mãe. Para tanto, a pequena acredita na importância de reunir novamente os itens especiais da mãe, entre eles, os brincos (os mesmos do quadro "Autorretrato (Manteau Rouge)", 1923) e até uma flor de manacá (do quadro "Manacá", 1927), que estavam guardados numa caixinha, mas que foram levados num forte vento.

Na história animada, em cartaz no Cineflix, a pequena Tarsila embarca numa aventura no mundo da fantasia com o objetivo de fazer a mãe resgatar as melhores lembranças. Assim, a garotinha dá cores a uma tela branca e esbarra até nas criaturas do quadro "A Cuca" (pintado por Tarsila do Amaral para o marido, Oswald de Andrade, em 1924): um bicho esquisito, um sapo, um tatu e outro bicho inventado. 

Enquanto tenta lidar com os medos, aparece a Cuca para assombrar e perseguir a pequena, a ponto de prendê-la num gigante saco escuro. E quando mais precisa, ela descobre que o sapo Cururu é um grande amigo -assume até o posto de grande salvador. No entanto, é a Lagarta (voz inconfundível de Marisa Orth) quem se revela a grande vilã da história, mas, mesmo assim, garante momentos engraçados para a animação de 1h 32m. 

"Tarsilinha" é o tipo de produção brasileira para dar muito orgulho, seja pela qualidade da história ou pelas diversas referências aos quadros da artista Tarsila do Amaral. Sempre representados na imagens estilizadas no toque de cores em vários matizes, que representam tão bem o Brasil. Há ainda um sabor especial de ver as criações da pintora maximizadas na telona do cinema com música de Zeca Baleiro.

Na paisagem brasileira rural e urbana das primeiras décadas do século XX, com bichos verdadeiros e inventados, a pintora se faz presente na história totalmente rica de brasilidade. A animação com vozes de Alice Barion (Tarsilinha), Marisa Orth (Lagarta), Marcelo Tas, Ando Camargo (Sapo), Maira Chasseroux (Mãe), Skowa (Saci), é sem dúvida uma linda animação para se ver em família. Imperdível!



Em parceria com a rede Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm

Filme: Tarsilinha

Gênero: Aventura

Roteiro: Fernando Salem e Marcus Aurelius Pimenta

Diretores: Célia Catunda, Kiko Mistrorigo

Ano: 2021

Duração: 1h 32m



Leia+


.: The Masked Singer: entrevista com a Ursa, Daiane dos Santos

Foto: Rede Globo

Na tarde do último domingo, dia 13, a Ursa foi a sétima desmascarada da segunda temporada do "The Masked Singer Brasil". A ex-ginasta Daiane dos Santos deu vida a personagem que encantou os jurados e o público por sua fofura. “Eu fiquei bem surpresa com o convite, nunca foi uma situação que eu achei que fosse acontecer: cantar na televisão (risos). Mas acho que o personagem ajudou essa timidez a sair e eu conseguir participar. Foi muito legal, uma experiência incrível”, conta. 

O "The Masked Singer Brasil" é uma coprodução TV Globo e Endemol Shine Brasil, baseado no formato sul-coreano criado pela Mun Hwa Broadcasting Corp, tem supervisão artística de Adriano Ricco (TV Globo) e direção de Marcelo Amiky (Endemol Shine Brasil). O reality vai ao ar no domingo após 'The Voice +'.

 

Conte um pouco da experiência de participar do "The Masked Singer Brasil"? 

Eu fiquei bem surpresa com o convite, nunca foi uma situação que eu achei que fosse acontecer: cantar na televisão (risos). Mas acho que o personagem ajudou muito essa timidez a sair e eu conseguir participar. Foi muito legal, uma experiência incrível. É uma equipe muito boa e foi um aprendizado muito grande. Eu também descobri um pouco o lado meigo junto com a Ursa ali. 

 

Como foi vestir a fantasia pela primeira vez? 

Foi superlegal! A primeira vez que eu olhei para a Ursa pensei direto nas crianças, sabe? Com essa fofura, meio atrapalhada e meio sonhadora. Foi muito gostoso dar vida a essa personagem. E eu fiquei muito feliz que as pessoas gostaram da fantasia e do que eu fazia com ela. Quando os jurados falavam, eu até contia a minha felicidade de vê-los ali sentindo a fofura dela. E tem a conexão com o Monstro, né? Foi uma responsabilidade porque o Monstro era muito querido, foi muito bom ver o Nicolas falar que eu era uma prima do Monstro.  

 

Você encantou os jurados com sua fofura e elegância. Como você se preparou? 

A todo o momento eu pensava nas crianças, porque eu lembrava de fofura e de hiperatividade. E eu comecei entender mais para dar vida a essa personagem, olhei bastante desenho animado, assisti ‘Ursinhos Carinhosos’, prestava muita atenção nas crianças. E calhou de eu estar com um filhote de cachorro que é muito fofinho e meio atrapalhado então eu achava que eles eram parecidos. E aí eu comecei a construir a Ursa juntando tudo isso.  

 

Qual a parte mais difícil deste desafio? 

A parte mais difícil foi cantar! Eu sempre falo que eu só canto no chuveiro e quando eu estou sozinha. Foi um desafio grande para mim, mas o pessoal da preparação me ajudou muito, todo mundo é muito legal, foi muito tranquilo.


.: "The Penguin": drama do diretor de "The Batman" na HBO Max

"The Penguin" é um drama da DC do diretor de "The Batman", Matt Reeves, e Dylan Clark, Lauren LeFranc e Warner Bros. Television. Foto: cena do filme "The Batman"

 

HBO Max anuncia a produção de "The Penguin" (título provisório), uma minissérie dramática estrelada por Colin Farrell, que expande o mundo que o cineasta Matt Reeves criou para o sucesso mundial da Warner Bros. Pictures, "The Batman".

A série contará com produção executiva de Matt Reeves, Dylan Clark, Colin Farrell e Lauren LeFranc, como escritora e showrunner. Baseada nos personagens criados para DC por Bob Kane e Bill Finger, "The Penguin" é produzida pela Reeves's 6th & Idaho Productions e Dylan Clark Productions em associação com a Warner Bros. Television.

"O mundo que Matt Reeves criou para 'The Batman' merece um olhar mais profundo por meio da visão de Oswald Cobblepot. Eu não poderia estar mais animado em continuar esta exploração de Oz à medida que ele se torna O Pinguim. Será bom tê-lo de volta às ruas de Gotham para um pouco de loucura e caos", diz Colin Farrell.

Matt Reeves comenta: "Colin explodiu fora da tela como o Pinguim em 'The Batman', e ter a oportunidade de explorar em profundidade a vida daquele personagem na HBO Max é uma emoção absoluta". Dylan e eu estamos muito felizes em trabalhar com Lauren na continuação da história de Oz enquanto ele se agarra violentamente ao poder em Gotham".

Sarah Aubrey, Diretora de Conteúdo Original da HBO Max, concluiu: "Estamos entusiasmados em trazer para o público um novo rosto deste icônico personagem DC que eles nunca viram antes. É incrível trabalhar com Matt, Dylan e Lauren na continuação desta história e ver Colin levar seu já excepcional desempenho em 'The Batman' para o próximo nível".

"The Batman" estreou nos cinemas norte-americanos em 4 de março de 2022 e internacionalmente em 2 de março de 2022, com um valor bruto de US$ 134 milhões na bilheteria norte-americana e US$ 124 milhões internacionalmente em seu primeiro fim de semana, para um lançamento global de US$ 258 milhões.

O filme aclamado pela crítica, estrelado por Robert Pattinson, é certificado em 86% no Rotten Tomatoes com mais de 390 críticas.


.: "Ainda assim": filme protagonizado por filha de Mano Brown é filmado em SP

Ainda Assim" está sendo filmado na cidade de São Paulo até 27/03. Diretora Lillah Halla estreia no longa-metragem após ter curta-metragem selecionado para o Festival de Cannes. Fotos: divulgação


História de uma jovem atleta que, às vésperas de um campeonato de vôlei decisivo para sua carreira como esportista, descobre estar grávida, o longa-metragem "Ainda Assim" . aborda o direito de escolher quando ser mãe. A obra é uma coprodução entre o Brasil, Uruguai e França, e está sendo filmada na cidade de São Paulo até 27 de março.

Referência para a juventude paulistana, a atriz Domenica Dias vive a personagem principal, Sofia, que tem como certeza não poder virar mãe naquele momento da vida. Filha do rapper Mano Brown e da empresária e advogada Eliane Dias, Domenica estreia como protagonista em longa-metragem, após atuar na série "As Seguidoras" e nos filmes "A Jaula" e "Dente por Dente".

O elenco de "Ainda Assim" conta ainda com Rômulo Braga, premiado no Festival do Rio por seu trabalho no filme "Sangue Azul", Grace Passô (da série "Hit Parade"), Suzy Lopes (de "Bacurau"), a cantora e atrizLoro Bardot (estreando em longa-metragem) e Glaucia Vandeveld (do longa "No Coração do Mundo"), além de um grupo de jovens, resultado de um processo de seleção de atores de quase dois anos.

A direção de "Ainda Assim" é assinada por Lillah Halla, cineasta formada em direção e roteiro pela Escola Internacional de Cinema e Televisão de San Antonio de los Baños (Cuba). Seu curta-metragem "Menarca" (2020) mereceu estreia mundial na Semana da Crítica do badalado Festival de Cannes, foi selecionado para o Festival de Palm Springs e esteve qualificado para os Oscars 2022. Atualmente disponível na plataforma MUBI, o curta venceu o prêmio do público no festival Cinelatino de Toulouse (França), foi eleito como o melhor filme no Festival de Tirana, na Albânia, melhor direção no Curta Cinema (Rio de Janeiro) e Promotional Award do Festival de Winterthur (Suíça). Lillah é integrante cofundadora do Coletivo Vermelha.

María Elena Morán, que assina o roteiro de "Ainda Assim" ao lado da diretora Lillah Halla, é outra egressa da Escola Internacional de Cinema e Televisão de San Antonio de los Baños (Cuba). Foi uma das roteiristas da série "Taxitramas" e tem colaborado com a produtora bigBonsái em desenvolvimento de projetos, incluindo o longa "50 Dias" e a série "Continente Submerso". Também, entre outros trabalhos, desenvolveu, em conjunto com Tiago Iorc e Rafael Trindade, o roteiro do videoálbum "Reconstrução". Seu primeiro romance, "Os Continentes de Dentro" (2021), foi publicado no Brasil e na Espanha.

A direção de fotografia de "Ainda Assim" é de Wilssa Esser, venezuelana que também estudou na Escola Internacional de Cinema e Televisão de San Antonio de los Baños (Cuba) e está radicada no Brasil desde 2014. Em 2018 recebeu o prêmio de melhor fotografia de longa-metragem no Festival de Brasília pelo filme "Temporada", dirigido por André Novais. Entre suas últimas produções se destacam o longa "Mascarados" e os curtas "República", "Quebramar" e "Menarca", além da série "Hit Parade". Ela é integrante e cofundadora do coletivo de mulheres e pessoas trans do departamento de fotografia do Brasil DABF.

Outro talento feminino presente na equipe técnica de "Ainda Assim" é a diretora de arte Maíra Mesquita, cuja carreira acumula 12 longas-metragens, dez curtas e quatro séries. Entre os diretores de prestígio com quem colaborou estão nomes como Kiko Goifman ("FilmeFobia"), Gabriel Mascaro ("Boi Neon"), Marcelo Caetano ("Hit Parade"), Daniel Bandeira ("Propriedade Privada"), Julia Zaquia ("Rio Cigano) e Hilton Lacerda e Helder Aragão ("Lama dos Dias").

O longa é uma coprodução entre empresas responsáveis por obras de grande prestígio internacional. A paulista Manjericão Filmes, comandada por Rafaella Costa, tem no currículo "Meu Nome é Bagdá" (de Caru Alves de Souza), vencedor da seção Generation 14plus do Festival de Berlim de 2020. A carioca Arissas Multimídia assina "Tão Longe é Aqui" (de Eliza Capal), eleito melhor filme da Mostra Novos Rumos do Festival do Rio 2013. Já a uruguaia Cimarrón Cine produziu "El Motoarrebatador" (de Agustín Toscano), selecionado para a Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes 2018. O portfólio da francesa In Vivo Films inclui "Dos Estaciones"(por Juan Pablo González), contemplado com prêmio especial do júri no Festival de Sundance. A produção conta ainda com a parceria da Cinefilm*, Oncare Saúde, Elétrica Cinema e Vídeo e Marc Films.

.: "The Boys" ganha teaser trailer da terceira temporada

A série do Amazon Studios e Sony Pictures Television indicada ao Emmy retorna com novos episódios no dia 3 de junho

 

O Prime Video lançou o primeiro teaser trailer oficial da terceira temporada da série indicada ao Emmy The Boys. O anúncio foi feito durante o painel da produção no festival South by Southwest (SXSW). Durante o painel -- moderado pelo ator Christian Slater, que dubla um personagem da série antológica animada The Boys Presents: Diabolical -- membros do elenco e o showrunner Eric Kripke revelaram detalhes sobre a próxima temporada da série de super-heróis favorita dos fãs.

O teaser mostra apenas alguns dos momentos verdadeiramente diabólicos que vêm pela frente e oferece um vislumbre de todos os personagens favoritos dos fãs e novos rostos da terceira temporada de The Boys. O vídeo também conta com a música inédita “Bones”, da banda vencedora do Grammy Imagine Dragons, o primeiro single do próximo álbum do grupo intitulado “Mercury -- Act 2” (KIDinaKORNER/Interscope Records).

A terceira temporada será lançada exclusivamente no Prime Video em mais de 240 países e territórios no dia 3 de junho, com três episódios. Após a estreia, será lançado um episódio novo a cada sexta-feira seguinte, levando ao final da temporada em 8 de julho.

The Boys é uma versão divertida e irreverente do que acontece quando super-heróis - que são tão populares quanto celebridades, tão influentes quanto políticos e tão reverenciados quanto deuses - abusam de seus superpoderes em vez de usá-los para o bem. Com a intenção de impedir os super-heróis corruptos, um grupo de vigilantes continua sua busca heróica para expor a verdade sobre o grupo The Seven e a Vought - o conglomerado multibilionário que gerencia os super-heróis e encobre seus segredos sujos. É uma luta entre o aparentemente impotente contra o superpoderoso.

A terceira temporada da série conta com Karl Urban, Jack Quaid, Antony Starr, Erin Moriarty, Dominique McElligott, Jessie T. Usher, Laz Alonso, Chace Crawford, Tomer Capon, Karen Fukuhara, Nathan Mitchell, Colby Minifie, Claudia Doumit e Jensen Ackles no elenco.

The Boys é baseado nas histórias em quadrinhos de Garth Ennis e Darick Robertson que foram sucesso de vendas. Na série, os criadores atuam como produtores executivos, e a produção foi desenvolvida pelo produtor executivo e showrunner Eric Kripke. Seth Rogen, Evan Goldberg, James Weaver, Neal H. Moritz, Pavun Shetty, Phil Sgriccia, Craig Rosenberg, Ken F. Levin, Jason Netter, Paul Grellong, David Reed, Meredith Glynn e Michaela Starr também atuam como produtores executivos. The Boys é produzido pelo Amazon Studios e Sony Pictures Television Studios, com Kripke Enterprises, Original Film e Point Gray Pictures.

Assista



domingo, 13 de março de 2022

.: Entrevista com André Caramuru Aubert: "Sou filho de infinitas leituras"


"Eu só consegui escrever literatura de verdade depois que meu pai morreu", afirma o escritor, poeta e tradutor em entrevista exclusiva. Foto: arquivo pessoal

Por Helder Moraes Miranda, editor do Resenhando. 

André Caramuru Aubert é um dos raros talentos que conseguem unir texto autoral e tradução de qualidade. Historiador de formação, é autor de romances, poemas e ensaios, além de colaborador do jornal de literatura Rascunho e do caderno "Aliás", do jornal O Estado de S. Paulo.

Autor de vários livros, entre eles o romance "Estevão", escrito ao longo de dez anos, com inúmeras escritas, reescritas e versões descartadas pelo caminho, é, também, o tradutor do livro "O Caderno dos Pesadelos", escrito por Ricardo Chávez Castañeda, com ilustrações de Israel Barrón.  Nesta entrevista exclusiva, ele fala sobre reconhecer um bom texto, processos criativos e a reescrita da literatura a partir da tradução.


Resenhando.com - O que representa a literatura em sua vida?
André Caramuru Aubert - 
É tanto, é tanta coisa, que fica até difícil de responder. Eu vivo, e vivi, sempre, tão ligado aos livros, que eles se misturam a quem sou, ao que sinto, ao que penso, o tempo todo. Isso pode parecer uma coisa solene, mas não é. Detesto tratar livros com solenidade, essa coisa de ficar endeusando livros só serve pra afastar jovens leitores. Livros podem ser professores, mas antes de tudo são divertidos, são amigos que nos apoiam, inclusive quando estamos sozinhos. Desde pequeno eu sempre viajei muito (mentalmente), cresci filho único (minha irmã não morava comigo), com meus pais a maior parte do tempo fora de casa, pois eles trabalhavam bastante. E em casa a biblioteca era grande e multilíngue. Assim, os livros eram, de fato, meus companheiros. Mas valia tudo, dos quadrinhos da Disney, Tintim, Asterix e Príncipe Valente, aos romances de Alexandre Dumas, de (Robert Louis) Stevenson, de Sir Walter Scott e assim por diante. Eu viajava... E continuo viajando. O que muda é que, com o tempo, seu repertório aumenta, e você pode ficar mais exigente com o que vai te fazer viajar. Mas, ainda assim, quando folheio um Asterix, o prazer que sinto é o mesmo de quando tinha oito anos de idade.

Resenhando.com - Quais são os maiores desafios de um escritor ao traduzir obras de outros escritores?
André Caramuru Aubert - 
Traduzir é muito difícil, porque traduzir é reescrever e, no limite, recriar. Mas não é uma recriação livre, pois você precisa ser o mais fiel que puder ao que o autor fez (ou pretendeu fazer). Quanto mais sofisticada a obra, mais complicada é a tradução. A tradução implica uma infinidade de questões que os leitores, ao ler a obra traduzida, normalmente ignoram. Por exemplo: se você vai traduzir uma frase mal escrita, em inglês, cabe a você melhorá-la, em português? Se você traduz uma obra do século XIX, deve atualizar o texto, para torná-lo mais palatável ao leitor atual, ou traduzir no estilo equivalente ao do tempo em que a obra foi escrita? Ao traduzir um poema, você deve priorizar a forma (métrica, ritmo, eventuais rimas) ou o conteúdo? E por aí vai...

Resenhando.com - Qual é o tipo de obra que mais o interessa em traduzir?
André Caramuru Aubert - 
Adoro traduzir poemas, e por uma razão até meio egoísta, ou vampiresca: eu sinto que traduzir poemas melhora os meus próprios poemas. Amplia o meu repertório e me obriga a treinar o rigor técnico com relação à sonoridade, à métrica, às metáforas, ao ritmo etc. Enfim, eu aprendo muito com os poetas e poemas que traduzo.

Resenhando.com - Como foi traduzir "O Caderno de Pesadelos"?
André Caramuru Aubert - 
Não foi fácil. Em primeiro lugar, porque o “Caderno” é literatura de alta qualidade. E, como eu disse antes, obra boa, na qual o texto é elaborado, sofisticado, dá mais trabalho. Se o autor constrói uma frase perfeita no original, como você conseguirá vertê-la, de maneira adequada, para o português?


Qual é a sua opinião pessoal sobre a obra?
André Caramuru Aubert - 
"O Caderno..." é, de fato, um livro sensacional. Não é um livro fácil, confortável. Incomoda, toca em questões profundas, complexas, e é muito bem escrito, com ilustrações belíssimas e totalmente integradas ao texto.


Resenhando.com - Você fez uma recomendação, na contracapa do livro, para não lê-lo à noite. Por quê? Realmente sentiu medo do que encontrou?
André Caramuru Aubert - 
Não é que eu tenha sentido medo, até porque, pode-se dizer que sou um leitor treinado, que vai logo (até por vício) analisando a estrutura, os truques e recursos narrativos do autor etc. Por outro lado, eu consigo vislumbrar o que um livro poderá causar em seus leitores, e sei que "O Caderno..." provocará não só medo (o que, em si, não quer dizer que seja alta literatura), mas, principalmente, que o livro trará ao leitor questões difíceis, incômodas, como a confiança (ou a quebra dela) que as crianças têm nos adultos, a relação entre pais e filhos, a morte e o que acontece depois dela, os monstros que vivem debaixo (ou acima) de nossas camas etc.


Resenhando.com - Na sua própria literatura, em que você se expõe mais, e por outro lado, em que você mais se preserva, em seus textos?
André Caramuru Aubert - 
Não acredito que possa haver boa literatura onde o autor se preserve. Quando escrevo, não me preservo em nada. Mas isso não deve ser confundido com essa moda atual (que não me seduz) da autoficção. Acho isso uma besteira. A arte, e não só a literária, não é sobre o artista, mas sobre o mundo, ainda que seja feita a partir do artista. Quando você cria uma obra de arte, você está nela, com sua história, seu repertório, suas cicatrizes, sua visão de mundo, suas ferramentas. Mas a obra não precisa ser, e em geral não deve ser, sobre você.


Resenhando.com - O que une o André de antes, aquele escritor iniciante, e o de agora - um reconhecido escritor e tradutor? O que mais iguala e o que mais difere esses dois homens de épocas diferentes?
André Caramuru Aubert - 
Talvez a maior diferença seja a questão da maturidade. Não falo pelos outros, cada um tem sua régua, seu tempo. Eu sempre soube que queria ser escritor. Por outro lado, quando tinha vinte e poucos anos, e escrevia, eu sentia, no fundo, que aquilo ainda não era bom, pois eu não tinha vivido o suficiente para acumular a experiência necessária para poder falar de certas coisas. Acho que, para mim, escrever cedo não funcionou muito bem. Eu treinava, é certo, mas o resultado, na ficção, não era o desejado. Eu precisei amadurecer (ou envelhecer) para escrever de maneira satisfatória. O que não quer dizer que, com outros autores, isso não possa ser diferente. E escrever não-ficção sempre me ajudou a evoluir. Por exemplo, quando um jornal me encomendava um texto de 3.500 caracteres, eu me obrigava a ter a disciplina necessária para entregar um texto com aquela dimensão, mesmo que o tema, ou meu lado Tolstói, pedissem que eu escrevesse dez vezes mais. Isso treinava concisão, fazia tomar cuidado com os adjetivos (os maiores inimigos de um bom texto) e assim por diante. Lidar com limites é sempre bom para o aprendizado...


O que mais iguala e o que mais difere esses dois homens de épocas diferentes?
André Caramuru Aubert - 
Eu diria que o que une todos os Andrés ao longo do tempo (são bem mais do que dois) é a absoluta necessidade que sinto, e sempre senti, de escrever. E pouca coisa me afasta dos outros Andrés, a não ser o tempo. Tempo que me fez acumular leituras e releituras, algumas cicatrizes, amores perdidos e amores conquistados, perdas e ganhos, alegrias e tristezas. Enfim, no acúmulo de experiências às vezes boas, às vezes não, o repertório (ou seja, o material de que disponho para escrever) foi gradativamente aumentando.

Resenhando.com - Que conselhos você dá para as pessoas que pretendem enveredar pelos caminhos da escrita?
André Caramuru Aubert - 
Sempre que me fazem esta pergunta eu me lembro do Borges, que repetia, sem se cansar, que ler é mais importante do que escrever. Então, eu diria: quer ser escritor? Leia, leia, e leia. Leia muito, em todas as línguas, em todos os gêneros, de “Guerra e Paz” a bula de remédio; leia jornais, livros de história, de antropologia, biografias e, claro, livros de literatura: eles vão te ensinar sobre estilo e técnicas narrativas e vão te dar conteúdo. Os de poesia, principalmente, vão te ajudar a escolher as palavras exatas e a pensar a frase como quem pensa a respiração, vão ensinar ritmo. Vá a museus, aprenda sobre os impressionistas, sobre arte clássica, sobre a pintura medieval, sobre Pollock: eles vão te ensinar cromatismo, equilíbrio, pontos de fuga. Ouça Beethoven, Chopin (compare Guiomar Novaes com Nelson Freire), Dave Brubeck, John Coltrane, Milton Nascimento, Egberto Gismonti, Caetano Veloso: eles vão te mostrar o que é ritmo, harmonia, contraponto. E, não menos importante, além de ler e ver, viva. Viaje, acumule experiências, arrisque-se. O maior perigo para um autor que pretende viver isolado na torre de marfim é não aprender o suficiente do mundo para pode escrever algo que faça alguma diferença para.... o mundo. E, ainda, retomando minha resposta à pergunta anterior: tenha muito cuidado, sempre, com os adjetivos.


Resenhando.com - Quais livros foram fundamentais para a sua formação enquanto escritor e leitor?
André Caramuru Aubert - 
Ah, é muita coisa. Muita. Sou filho de infinitas leituras. Já falei ante sobre Tintim, Asterix e Príncipe Valente. Mas vamos a uma lista resumida (e muito incompleta) de prosa literária: Vladimir Nabokov, Jorge Luis Borges, Thomas Bernhard, Joseph Conrad, Machado de Assis, Pedro Nava, José Geraldo Vieira, Mário de Andrade, Roberto Bolaño, Cyro dos Anjos, José Lins do Rego, Graciliano Ramos, Thomas Mann, João Ubaldo Ribeiro, Guimarães Rosa, Lampedusa, Tolstói, John Cheever, Samuel Beckett, Natsume Soseki, Helena Morley, Alejo Carpentier, Saki, J. M. Coetzee... Se formos para a poesia, a lista seria igualmente grande, mas vou resumi-la ainda mais: William Carlos Williams, Edgar Allan Poe, Ferreira Gullar, Wallace Stevens, W. S. Merwin, Denise Levertov, Manuel Bandeira, Mário de Andrade, Ezra Pound, Li Po, Donald Hall, Franz Wright, Ruy Espinheira Filho, Wang Wei, Robert Walser... Em prosa não ficcional, eu me lembro agora, como autores que me marcaram, de Sérgio Buarque de Holanda, Albert Camus, Eliot Weinberger, Gilberto Freyre, Claude Levi-Strauss, Jared Diamond, Paulo Prado, Montaigne, Capistrano de Abreu, Euclides da Cunha, Umberto Eco, Tony Judt, Richard J. Evans, Tzvetan Todorov, Julia Kristeva, Nathan Wachtel, Pierre Clastres... De um jeito ou de outro, ora mais, ora menos, por vezes citados nominalmente, por vezes nas entrelinhas, todos eles estão presentes em meus livros. E essas listas não devem ser entendidas como um ranking dos melhores. Elas são afetivas, no sentido de que alguns autores, que você leu muito numa determinada fase de sua vida, acabam sendo muito marcantes para você. Mas não, necessariamente, o serão para outras pessoas.


Resenhando.com - Como e quando começou a escrever?
André Caramuru Aubert - 
Comecei muito cedo e, com vinte e poucos anos, já tinha um romance e uns 200 contos na gaveta. Mas não eram bons e não foram publicados. Como disse antes, faltava-me vivência e maturidade. Isso, claro, quanto à literatura, porque para a imprensa eu escrevi desde sempre, para os principais jornais e revistas de então, como Estadão, Exame, Trip, Jornal do Brasil etc. Mas tem uma outra coisa, que não vou aprofundar aqui, mas que em algum momento ainda tratarei a sério: eu só consegui escrever literatura de verdade depois que meu pai morreu.


Resenhando.com - Quais escritores mais influenciaram a sua trajetória artística e pessoal? 
André Caramuru Aubert - 
Acredito que já respondi a esta pergunta no tocante aos nomes. Mas: por que eles me influenciaram? Se você pegar a lista de autores que eu mencionei, todos têm uma coisa em comum: são grandes estilistas, terrivelmente atentos ao ritmo, à estrutura, à escolha precisa das palavras. Eu acredito que um livro deve ser escrito da mesma maneira, e com o mesmo rigor, com que se compõe uma música instrumental ou se pinta uma tela.


Resenhando.com - É possível viver de literatura no Brasil? 
André Caramuru Aubert - 
No Brasil, você até pode viver de literatura, mas não, apenas, de seus livros. Você vai ter que dar aulas, cursos e oficinas; traduzir, escrever ensaios e publicar resenhas. É muito difícil. Até porque você não será livre nas escolhas (do que traduzir, sobre quem escrever um ensaio) ou, pelo menos, em boa parte delas.


Resenhando.com - O quanto para você escrever é disciplina? É mais inspiração ou transpiração? 
André Caramuru Aubert - 
Não vejo oposição entre inspiração e transpiração. Por exemplo, cada livro meu exige milhares de quilômetros de leitura. Para “Poesia Chinesa”, li incontáveis ensaios e pelo menos 50 livros com poemas de poetas chineses clássicos. Para o "Estevão", pesquisei de verdade, fui aos arquivos, li documentos, visitei locais em que a história se passa (em Diamantina, em Portugal... e não que isso tenha sido um sofrimento). Mas nenhuma transpiração faz sentido se não houver, por trás, a tal da inspiração. Arte é técnica, que se adquire com estudo e esforço, mas é também alma, é também talento. Não é assim com o esporte? O sujeito pode ser talentoso para jogar futebol, mas isso não será o suficiente, ele precisará treinar muito, e ser disciplinado, sempre. Mas tampouco adiantará treinar muito se não houver talento.


Resenhando.com - Você tem um ritual para escrever?
André Caramuru Aubert - 
Nenhum. Minha vida é um caos, minha rotina também. Só posso dizer que sou mais produtivo nas manhãs, um pouco menos nas tardes, e zero à noite. Depois que anoitece eu funciono para ler, mas não escrevo ou traduzo uma linha sequer.


Resenhando.com - Qual o mote que faz você ficar mais confortável para escrever? Uma frase? Uma imagem? Um incômodo?
André Caramuru Aubert - 
Eu gosto muito da frase do Ferreira Gullar, que disse que os poemas dele nasciam de um susto. De certa forma, se você ampliar muito a definição de “susto”, é o que acontece comigo. O susto pode ser a leitura de um poema, uma lembrança (inspirada por um cheiro, um som, uma planta, uma cena) enquanto faço minhas caminhadas matinais, ou pode ser uma música. Mas isso pode acontecer com os romances também. Uma vez eu estava olhando para aquelas bonequinhas russas, aquelas babushkas, em que a maior, por fora, tem uma menor dentro, e essa tem outra, e outra, e assim por diante, e pensei que queria escrever uma história em que houvesse várias histórias dentro uma da outra. Foi assim que nasceu o "Estevão", que teve mais de dez versões, ao longo de dez anos, até que chegou ao ponto em que eu considerei bom. Mas, mesmo depois de infinitas mudanças, ele ainda traz a inspiração das bonequinhas russas.


Resenhando.com - Em um processo de criação, o silêncio e isolamento são primordiais para produzir conteúdo ou o barulho não lhe atrapalha? 
André Caramuru Aubert - 
Não preciso de silêncio e isolamento, mas alguma privacidade é importante. Silêncio, aliás, não é o caso, pois sempre escrevo ouvindo música (em geral jazz, sempre instrumental, pois alguém cantando me atrapalha). E escrevo em meu escritório, com a porta aberta, as pessoas entram, falam comigo, me interrompem, isso não tem problema. Mas eu realmente não entendo como alguém consegue escrever, por exemplo, numa mesa de bar, com barulho e um monte de gente em volta, como Sartre e os outros existencialistas diziam fazer em Paris.


Resenhando.com - Como conciliar a rotina com o ato de ser escritor e também o de traduzir outros autores?
André Caramuru Aubert - 
Não há conflito aí, muito pelo contrário. Traduzir ajuda. Ao traduzir, você desenvolve uma intimidade muito grande com o autor, descobre suas técnicas, seus recursos e truques narrativos; você amplia, enfim, seu repertório. Além disso, traduzir implica uma disciplina que vai ser útil também em seus próprios textos. O autor original adjetiva muito? É conciso? Usa vocabulário difícil? É direto? Ao lidar com essas realidades diferentes, não como um simples leitor, mas como alguém que tem a obrigação de verter aquilo para o português, sendo o mais fiel possível, você vai aprender muito sobre o seu próprio processo, a sua própria escrita. O que atrapalha, claro, é que às vezes você pode estar querendo se dedicar ao seu livro e não tem tempo, porque precisa traduzir. Mas essa atrapalhação é a mesma que acontece quanto a escrever resenhas, a ministrar oficinas, pagar boletos, e remete àquela pergunta anterior, sobre se é possível, no Brasil, viver de literatura. Sim, é possível, mas não apenas dos seus próprios livros.


Resenhando.com - Para você, quais as características separam um texto bom de um ruim?
André Caramuru Aubert - 
É fácil reconhecer um bom texto, você bate o olho e sabe, mas é difícil explicar por quê. Simplificando um pouquinho, pode-se dizer que um bom texto literário tem um bom ritmo, palavras bem escolhidas, tramas sofisticadas e personagens verossímeis e complexos (nenhum personagem digno de nota, exceto nos contos de fadas, é completamente bom ou ruim). O texto ruim é exatamente o oposto. E tem muito livro ruim por aí, até mesmo ganhando prêmios. Mas eu jamais citaria, porque, por princípio, não abro a boca pra falar mal de ninguém. Ou elogio, ou fico quieto.


Resenhando.com - O que há de autobiográfico nos textos que escreve?
André Caramuru Aubert - 
Nada. Não escrevo sobre mim. Gosto de criar os personagens, de dar vida a eles, dar volume, fazê-los contraditórios e imperfeitos, como são todas as pessoas. Agora, é claro que há elementos autobiográficos, assim como há traços que “roubo” das pessoas que conheço, com quem convivo ou convivi, e mesmo de personagens de livros ou filmes, porque a gente precisa trabalhar com aquilo que conhece, para que os personagens tenham consistência e verossimilhança. Por exemplo, no "Estevão", o personagem é historiador de formação, como eu. E, como eu, ama Diamantina, e ama Portugal; e ama uma série de livros e músicas que eu também amo. Mas as semelhanças ficam por aí. O Estevão é divorciado, eu amo minha mulher (a primeira e a única); sou muito bem casado, ele aprecia a solidão; ele faz comentários misóginos (nos quais acredita), eu não. Ele não tem e não quer ter filhos, eu tenho dois, pelos quais sou totalmente apaixonado. E assim por diante.

Resenhando.com - Hoje, quem é o André Caramuru Aubert por ele mesmo?
André Caramuru Aubert - 
Isso eu não sei dizer. Sou uma pessoa de poucos talentos, sendo que os principais talvez sejam conseguir ler, traduzir e escrever. Mas não sei a quantos leitores meus textos agradam, acho que não a muitos, e esta é uma conta agravada por vivermos num país de poucos leitores. E, aí, minha grande frustração (voltando a perguntas anteriores) é não poder viver de fazer apenas isso: ler, traduzir e escrever. Quanto a escrever romances e poemas, pelo menos, não faço concessões: escrevo o que gosto, o que posso, e não penso no “mercado” nem em prêmios (jamais ganhei um; mas, para ser honesto, devo confessar que não me inscrevo neles). No fim das contas, porém, se o que escrevo agradar a pelo menos um leitor, já terei conseguido alguma coisa.


Você pode comprar "O Caderno dos Pesadelos", de Ricardo Chávez Castañeda, traduzido por André Caramuru Aubert, neste link.

Você pode conhecer a produção literária de André Caramuru Aubert neste link.




Flipoços Noir | "Caderno dos Pesadelos"

.: Tudo sobre Em Beihold, a artista mais inovadora dos últimos tempos


"Numb Little Bug”, single da artista, está conquistando as paradas mundiais.


Ela está no Top 5 do chart de artistas emergentes da Billboard, com mais de 60 milhões de streams globais, aparece entre as dez principais faixas do TikTok nos EUA e entre as dez mais nas rádios pop. Considerada uma das artistas mais inovadoras do ano, a cantora e compositora de Los Angeles Em Beihold (pronuncia-se bye-hold) acaba de disponibilizar o aguardado vídeo de “Numb Little Bug”.

O visual traduz perfeitamente a história e a energia da música para a tela, evocando seu senso de humor afiado e brilhantismo na composição. Ele serve como o companheiro perfeito para este sucesso crescente. “Numb Little Bug” afirmou Em Beihold como um fenômeno dinâmico.

Depois de contabilizar 12 milhões de streams apenas durante sua primeira semana, a música atingiu 60 milhões de streams globais e segue acumulando plays. Ao mesmo tempo, a faixa estreou na parada Billboard Hot 100, colocando a cantora em 4º lugar entre os artistas em desenvolvimento.

Após alcançar 1º lugar no Chart Viral do Spotify, a música entrou para o Top 200 da plataforma nos Estados Unidos. Em também emplacou o hit no TikTok, onde entrou para o Top 10 Tracks e se tornou uma das faixas mais executadas nas rádios pop do país. A faixa também entrou nas paradas do Reino Unido, Canadá e Austrália.

Um hino pop peculiar e pensativo, a letra de “Numb Little Bug” rapidamente ressoou com o público neste verão quando Em compartilhou um pequeno trecho da música no TikTok. Após o lançamento, o vídeo gerou impressionantes 1.5 milhão de curtidas e 6.4 milhões de visualizações na plataforma. Atados com piano arejado, os versos saltitantes dão lugar a um refrão inebriante e irresistível enquanto ela pondera: “Você já se sentiu um pouco cansado da vida, como se não estivesse realmente feliz, mas não quer morrer, como um pequeno inseto entorpecido que tem que sobreviver?”

“Numb Little Bug” ilumina comportamentos e pensamentos da artista com os quais os fãs podem se identificar e que se tornarão cada vez mais reconhecidos na identidade de Em Beihold. Ainda há muito mais música esperando para sair da cabeça da artista e encantar seus ouvintes.


Sobre Em Beihold:
Como abrir as cortinas para deixar a luz natural inundar um quarto escuro, a cantora, compositora, multi-instrumentista e campeã de esgrima de Los Angeles Em Beihold espalha melodias ensolaradas sobre tristeza, semeando as sementes para um pop pensativo e poderoso. Ela transforma momentos de ansiedade, dúvida e todas as incertezas de crescer em hinos relacionáveis ​​e vitais, exaltados por performances vulneráveis ​​e dinâmicas e vocais impressionantes.

Nascida e criada em Los Angeles, de ascendência meio persa, a música a atraiu aos seis anos de idade. Ela passou anos em aulas de piano, aprendendo música clássica e jazz. Simultaneamente, ela ficou obcecada por artistas como Regina Spektor.

Em seu primeiro show ao vivo, em 2016, a diretora Michelle Schumacher recrutou Em para contribuir com uma música para seu filme “I'm Not Here”, estrelado pelo vencedor do Oscar® J.K. Simmons. Em escreveu “Not Who We Were” para o filme e também adornou seu EP de estreia independente, “Infrared”, um ano depois.

Em 2020, ela lançou sua página no TikTok. O refrão de “City Of Angels” viralizou na plataforma, traduzindo-se em 5.6 milhões de streams no Spotify. Ela manteve esse impulso em 2021 com “Groundhog Day”. Não só o teaser inicial iluminou a mídia social com 20 milhões de visualizações, mas a música atingiu a primeira posição do Chart Viral do Spotify nos EUA e nas Filipinas, ultrapassando 6.6 milhões de streams. Depois de gerar dezenas de milhões de streams de forma independente e receber inúmeros elogios, a artista estreia na Universal Music com o lançamento de “Numb Little Bug”.


.: Com colaborador de Sandy & Junior, Vitor Fadul lança single instrospectivo


Promessa do pop nacional, o cantor compartilha o novo trabalho que reflete temas universais, como os altos e baixos, o amor e a compreensão das situações fáceis e complicadas que todos passam. 

Vitor Fadul divulgou o áudio de “Yin & Yang”, faixa pop que é o terceiro single da promissora carreira. O novo som ganhou videoclipe - gravado em Portugal. A música autoral é uma balada introspectiva, que reflete temas universais, como os altos e baixos, o amor e a compreensão das situações fáceis e complicadas que todos passam.

A produção é assinada por Rique Azevedo, frequente colaborador da dupla Sandy & Júnior e compositor dos super hits “Dig Dig Joy” e “Desperdiçou”. Os arranjos, por sua vez, ficaram com Lucas Madeiros e a direção do audiovisual é do próprio Vitor Fadul.

Fadul buscou inspiração no princípio chinês que trata duas energias opostas e complementares: “yin e yang”. “Yin” significa escuridão sendo representado pelo lado pintado de preto, e “yang” é a claridade. Os chineses compreendem essa complementaridade como a essência do movimento vital.

“Eu construí o abismo / Eu construí o sol” são os primeiros versos da canção. O artista comenta que a narrativa reflexiva da letra versa sobre “as variáveis daquilo que não temos controle na vida, nos bastando ressignificá-las”.O audiovisual foi gravado nas belas paisagens da capital portuguesa. “Lisboa é um lugar que, pra mim, tem uma magia singular”, comemora Vitor Fadul.

O paulista esclarece a relação entre o cenário e o single, que trata dos contrastes: “O masculino militar dos castelos da região e a delicadeza da música representam opostos que se complementam e se atraem. Temos o passado eternizado por aquelas construções e o futuro presente nas renovações da arte”.

“Desde que eu ouvi a música ‘Yin & Yang’, ela já me sensibilizou de uma forma muito especial. Por conhecer o Vitor e saber da profundidade que ele possui com a arte, suas composições e criações, essa faixa já me levou para um lugar super introspectivo e uma vontade muito grande de trazer elementos que trouxessem também essa emoção mais densa para a canção”, celebra Rique Azevedo, responsável por alguns dos maiores sucessos da dupla Sandy & Júnior.

Sobre o processo criativo, o produtor ainda acrescenta: “A gente trouxe um olhar específico para aquilo que a música estava pedindo, ou seja, trabalhar com o violão, elementos orgânicos junto aos elementos eletrônicos. Todas essas características trouxeram uma personalidade muito bonita e própria do trabalho do Vitor Fadul”.

O arranjador Lucas Madeiros compartilha que a maior referência nesse trabalho foi a questão dos extremos. “O alto e o baixo, o suave e o forte, deixando a canção com uma dinâmica maior e fortalecendo os detalhes da obra. Para a construção de alguns timbres estudamos alguns aspectos de músicas asiáticas, mas trazendo isso para a realidade da música e a identidade do Vitor de forma sútil”, comenta.

Vitor Fadul é um cantor brasileiro de 26 anos, nascido em Itanhaém, na Baixada Santista. Nova promessa do mercado pop, o jovem sempre se interessou pelo estilo. Seu último lançamento foi o single “Odisseu”, em dezembro de 2021. Além de seu trabalho na música, é ator profissional e já apresentou shows de mágica, inclusive em programas de nomes como Eliana e Silvio Santos, quando mais jovem. Multidisciplinar e dono de uma voz única, já passeou por diversas vertentes musicais e estéticas com muita facilidade, ousadia e brasilidade.

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