domingo, 16 de julho de 2023

.: "Não Aprendi Dizer Adeus" aborda a morte na linguagem da palhaçaria


Espetáculo de circo para adultos narra as peripécias de Leila Simplesmente Leila ao tentar fugir da morte

Eleita como uma das 25 melhores peças de 2022 segundo a Folha de S.Paulo, "Não Aprendi Dizer Adeus" fala de forma leve, divertida e poética sobre um dos maiores tabus de nossa sociedade, a morte. Dirigido pela carioca Rafaela Azevedo, o espetáculo utiliza a linguagem da palhaçaria para adultos e coloca Leila Simplesmente Leila (vivida por Bárbara Salomé) diante de cinco momentos do luto: negação, barganha, raiva, depressão e aceitação. As apresentações acontecem dias, 19, 20, 26 e 27 de julho, no Espaço Parlapatões, em São Paulo. 

No solo “Não Aprendi Dizer Adeus”, o público acompanha o último dia de vida da palhaça que tenta desesperadamente escapar de seu destino. Ao tentar fugir do que te espera, Leila escancara suas contradições, desejos, medos e alegrias e como num grande espelho, o público se vê. Ao fugir da morte, fugimos também da vida e Leila ao viver plenamente o seu fim, com todas as dores e delícias, convida as pessoas presentes a viverem suas vidas. "

Idealizadora do projeto, a artista mineira Bárbara viveu a morte muito cedo em sua vida ao perder repentinamente aos cinco anos de idade, sua irmã mais nova. Daí surge a necessidade de falar sobre “o único mal irremediável” como diria Ariano Suassuna. A diretora Rafaela, que assina o roteiro em parceria com a atriz, passava por um momento de luto quando surgiu o convite. "Quando a Bárbara me convidou, eu estava vivendo o luto recente da morte dos meus pais e avós. Meu trabalho é totalmente conectado com minha vida pessoal. Aceitei de primeira e recebi como um presente”.

O espetáculo foi realizado através do Edital Proac 10 - Circo Produção de espetáculos e números individuais ou duplas/2021 e cumpriu uma temporada apresentações (junho/julho de 2022) na Oficina Cultural Oswald de Andrade sendo bem recebido pelo público e pela crítica. Logo em seguida, foi convidado para a segunda Mostra Solo Mulheres que aconteceu no Teatro de Contêiner também em São Paulo; em seguida fez apresentações em Belo Horizonte a convite do SESC Palladium e em 2023, fez duas apresentações no Centro Cultural Olido. 

Em absolutamente todas as apresentações a lotação foi máxima, confirmando assim o caráter popular e ao mesmo tempo sensível do espetáculo. Também é importante destacar a relevância em fomentar a arte da palhaçaria feita por mulheres, já que a maior parte dos espaços dedicados a essa linguagem são ocupados por homens. "Não Aprendi Dizer Adeus" é uma espécie de espetáculo ritual onde o público ri e se emociona ao se ver nos olhos da palhaça lutando contra a única coisa impossível de ser vencida por nós meros mortais, a finitude.

Sinopse do espetáculo
Leila Simplesmente Leila está entre a vida e a morte. Ao tentar fugir do que te espera, Leila acaba trazendo uma convidada inesperada para a noite. De maneira atrapalhada e divertida, Leila tenta de mil formas escapar do inevitável. Ao lidar com seu apego, Leila Simplesmente Leila convida o público a fazer o mesmo e, como num ritual, tentarão juntos aprender a dizer "adeus".

Sobre Bárbara Salomé
Atriz, palhaça, artista visual e artista-educadora. Formada pelo Curso de Formação de Atores da UFOP-MG, fez parte do Oficinão do Grupo Galpão. Em São Paulo, estudou Humor na SP Escola de Teatro/SP. Pesquisa a linguagem do palhaço desde 2008, tendo como pesquisa o palhaço para além da cena, na relação direta com as pessoas. Participou da formação Palhaço Interventor, com o Doutores da Alegria. Como atriz, colaborou e colabora com diversas companhias teatrais, entre elas Os Satyros, ExCompanhia de Teatro, Agrupamento Andar 7, Caxote Coletivo, O Trem Companhia de Teatro, entre outras. Com o trabalho "Por acaso, Navalha" foi indicada ao prêmio R7 Melhores do Teatro na categoria "Artista Revelação". Em 2022 foi artista docente da SP Escola de Teatro.

Sobre Rafaela Azevedo
Formada pela CAL em 2011, iniciou sua carreira em 2012 como integrante do Grupo Teatral Moitará, referência no Brasil sobre pesquisa de linguagem da máscara teatral. No estudo da palhaçaria, aprendeu sob a perspectiva de diferentes profissionais renomados na área, como Avner Eisenberg, Ricardo Puccetti, Lily Curcio, Ésio Magalhães, entre outros.

É idealizadora e intérprete do espetáculo "Fran World Tour - Eu Só Preciso Ser Amada". Participou dos principais festivais de palhaçaria feminina do Brasil. Integrou a programação do "Festival Internacional de Mulheres nas Artes Cênicas – The Magdalena Project", em 2015 e 2018. Como diretora, assina ao lado de Pedroca Monteiro o show cômico "Canções para Matrimônio", de Ingrid Gaigher. É criadora e diretora do Laboratório Estado de Palhaça e Palhaço, núcleo de pesquisa e treinamento técnico e criativo em palhaçaria. Atualmente está em processo de criação do solo “King Kong Fran”.


Ficha técnica
Temporada "Não Aprendi Dizer Adeus" no Espaço Parlapatões. 
Idealização, roteiro e atuação: Bárbara Salomé. Direção e roteiro: Rafaela Azevedo. Iluminação: Júlia Orlando. Figurino: Fagner Saraiva. Criação de Trilha Sonora: Monique Salustiano. Produção executiva: José Sampaio. Criação de peruca: Erick Malccon (Artesão das tranças). Costureiras/confecção de figurino: Silvani Pereira Bahia, Andrea Santa Rosan e Dilsa Jardins. Cenografia: Thiago Capella Zanotta. Cenotécnico: Zito. Fotografia: Caio Oviedo. Arte gráfica: Gabriela Prestes. Assessoria de imprensa: Katia Calsavara. Apoio: Espaço Artes Lab. Duração: 50 minutos. Classificação indicativa: 16 anos.


Serviço
Temporada "Não Aprendi Dizer Adeus" no Espaço Parlapatões.
Dias, 19, 20,  26 e 27 de julho. Quartas e quintas-feiras, às 20h. Ingressos: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia-entrada). Ingressos disponíveis no Sympla: https://www.sympla.com.br/evento/nao-aprendi-dizer-adeus/2060105?fbclid=PAAabeXHu7m80dFAU_S8DDPYtTWW1jGMCmRqfhHP2cszStgCYj8z5aPtVwuN8. Espaço Paralapatões - Praça Franklin Roosevelt, 158 - Consolação, São Paulo. Ao chegar no teatro é necessário apresentar o QR Code na bilheteria para fazer a troca do ingresso digital para o ingresso físico.


.: Baseado em livro de Carina Rissi, "Perdida" traz romance aos cinemas


Filme de Luiza Shelling Tubaldini, produzido pela Filmland Internacional com coprodução da Star Original Productions, é baseado no best-seller de Carina Rissi

Vista o seu All Star vermelho e bora para o cinema! “Perdida”, o novo romance brasileiro, acaba de chegar exclusivamente aos cinemas nacionais. Recebida com muitas críticas positivas, a produção da Filmland Internacional, tem coprodução da Star Original Productions e distribuição por Star Distribution. O Resenhando.com assiste a todas as estreias na rede Cineflix Cinemas.

O elenco conta com Giovanna Grigio e Bruno Montaleone nos papéis principais. Nathália Falcão, Bia Arantes, Emira Sophia, Sérgio Malheiros, Luciana Paes também estão no elenco do longa, que tem a participação especial de Lucinha Lins e Hélio de La Peña. Baseado no sucesso de vendas da autora brasileira Carina Rissi, o livro "Perdida" ganha uma adaptação e chega aos cinemas contando a história de Sofia (Giovanna Grigio). Uma garota moderna e independente, mas quando o assunto é amor, os únicos romances da sua vida são aqueles do universo literário de Jane Austen.

Após utilizar um celular emprestado, algo misterioso acontece e ela é transportada para um mundo diferente, que se assemelha ao século XIX. Sofia é acolhida pela família do encantador Ian Clarke (Bruno Montaleone), enquanto tenta desesperadamente encontrar uma forma de retornar a sua vida. O que ela não sabia é que seu coração tinha outros planos.

O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site acessando este link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.


Ficha técnica
"Perdida". Um filme de Luiza Shelling Tubaldini. Baseado na obra de Carina Rissi. Produtora: Filmland Internacional. Coprodução: Star Original Productions. Distribuição: Star Distribution. Patrocínio: Rede D'Or e Suzano Holding. Produção: Luiza Shelling Tubaldini e André Skaf. Direção: Katherine Chediak Putnam e Luiza Shelling Tubaldini. Codireção: Dean W Law. Roteiro: Luiza Shelling Tubaldini, Karoline Bueno, Carina Rissi, Katherine Chediak Putnam e Dean W. Law. Direção de fotografia: Jacob Solitrenick. Direção de arte: Denis Netto. Montagem: Danilo Lemos e Guilherme Schumann. Trilha sonora: Lucas Marcier, Fabiano Krieger, Rogério da Costa Jr e Gustavo Salgado. Figurino: Joanna Ribas. Elenco principal: Giovanna Grigio, Bruno Montaleone, Nathália Falcão, Bia Arantes, Emira Sophia, Sérgio Malheiros, Luciana Paes. Participações especiais: Lucinha Lins e Hélio de La Peña. Compre a série de livros da coleção "Perdida", de Carina Rissi, neste link.

sábado, 15 de julho de 2023

.: Crítica: "O Portal Secreto" e a obsessão desenfreada criadora de vilões

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em julho de 2023


A história complicada de uma rusga entre pai e filho com toques de fantasia nas telonas da Rede Cineflix Cinemas. O longa "O Portal Secreto" leva o público para uma Londres mágica quando o jovem Paul Carpenter (Patrick Gibson, da série "The OA"), que divide o apartamento com seu amigo Neville (Arka Das), parte em busca de uma fonte de renda. Preparado para enfrentar uma fila para uma vaga de emprego, Paul é misteriosamente surpreendido por um antigo professor que o leva numa conversa confusa e o faz perder a chance.

E como magia, um cachorrinho termina o serviço, levando a bolsa do jovem, que precisa trabalhar, até a porta de galpão em que há itens diversos e, inclusive, um sofá no qual está sentada Sophie (Sophie Wilde, de "Fale Comigo"), interessada na vaga de estágio que a empresa está recrutando. Percebendo tamanha coincidência, Paul também vira um candidato. Contudo, no primeiro dia de trabalho, os dois se reencontram. Ela, ambiciosa, logo é promovida, enquanto que ele é encaminhado a procurar uma importante porta, "O Portal Secreto" que dá título ao filme.

"O Portal Secreto", por ser ambientado na acinzentada Londres, estampa cor e magia em torno dos acontecimentos corriqueiros, o que remete ao sucesso da franquia "Harry Potter", mas também imprime um toque de "A História Sem Fim" e até de "Beetlejuice - Os Fantasmas Se Divertem". O longa dirigido por Jeffrey Walker parte do cotidiano para a fantasia, enquanto provoca reflexões. Há uma nítida analogia da porta às redes sociais e outros vícios -aparentemente inocentes- em que o uso começa por diversão, até virar uma obsessão e que nas mãos das pessoas erradas pode criar desastres.

As escolhas de Sophie para os destinos que a porta pode levar é o que dá vida dentro da produção de 1h56. Contudo, a caçada pelo verdadeiro e grande vilão da trama também empolga os mais jovens, pois a classificação indicativa de "O Portal Secreto" é de 10 anos. Vale a pena conferir o longa que tem no elenco Miranda Otto ("O Senhor dos Anéis"), Christoph Waltz ("Bastardos Inglórios"), Sam Neill ("Jurassic Park") e Jessica De Gouw ("Arrow")!

Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 


"O Portal Secreto"Ingressos on-line neste link
Gênero: fantasia, comédia. Classificação: 10 anos. Duração: 1h56. Ano: 2023.  Idioma: inglês. 
Distribuidora: Imagem Filmes. Roteiro: Leon FordDireção: Jeffrey Walker. Elenco: Sam Neill, Christoph Waltz, Jessica De Gouw, Chris Pang, Damon Herriman, Miranda Otto, Patrick Gibson, Rachel House. Sinopse: Um homem consegue um estágio em uma misteriosa empresa londrina com funcionários não convencionais, incluindo o carismático CEO que está incorporando estratégias corporativas modernas a antigas práticas mágicas.

.: Crítica: fenômeno pop, "Alguma Coisa Podre" é um grito parado no escuro


Rivais na ficção, Marcos Veras e George Sauma brilham no espetáculo que revela ao público o melhor de suas interpretações. Foto: Caio Gallucci

Por Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com. 

"Há algo de podre no reino da Dinamarca". Essa frase de "Hamlet", escrita há mais de 400 anos por William Shakespeare, dá o tom de "Alguma Coisa Podre", mais que um musical, um fenômeno pop, que está em cartaz até dia 6 de agosto no Teatro Porto. Há um momento sublime no fenômeno espetáculo, que é nítido - e ao mesmo tempo, chocante - ao público. É quando Marcos Veras canta pela primeira vez e entoa uma canção que parece sair de um espaço sutil entre a alma e o inatingível. Como um grito parado no escuro. 

É algo que que, aparentemente, estava escondido durante muito tempo ou que somente poucos, os íntimos, conheciam. Esqueçam tudo o que já se sabe sobre ele, toda a trajetória de sucesso e toda a fama conquistada na televisão. É no teatro, mais precisamente no momento da primeira música que ele canta no espetáculo, é que se enxerga o artista como um todo em um momento de glória. É algo grandioso porque mistura sensibilidade, entrega e muita exposição. 

Sob a direção competente de Gustavo Barchilon, o quadro pintado por Marcos Veras na pele de Nick do Rêgo Soutto remete a Stephen Dedalus, alter ego literário de James Joyce no romance "Retrato de Um Artista Quando Jovem", que mostra um jovem em busca de identidade, seja ela artística, política ou pessoal. É esse encontro do artista com a sua arte que costura todo o espetáculo pautado pelos bastidores fictícios da escrita de "Hamlet", peça teatral mais célebre de William Shakespeare, escrita há mais de 400 anos. Ou, na ficção, a história de como surgiu o primeiro espetáculo do teatro musical.

Essa é a premissa de "Something Rotten" nome original do musical escrito por Karey Kirkpatrick e John O’Farrell com músicas de Karey e Wayne Korkpatrick, cuja versão brasileira é assinada por Claudio Botelho. Além do protagonista Marcos Veras, destacam-se vários artistas. Faz contraponto com ele o comediante George Sauma, explêndido no papel de um afetadíssimo William Shakespeare, em uma interpretação que soa como uma homenagem a Ney Latorraca nos tempos de "Vamp". Histriônico, provocativo, megalomaníaco e imenso no palco como o personagem requer. Mas nessa mistura de referências também há um George Sauma no seu auge artístico.

Todas as interpretações fazem de "Alguma Coisa Podre" um espetáculo delicioso. Laila Garin, indiscutivelmente uma sumidade no teatro, interpreta a esposa de Veras que busca, enquanto mulher na era da Renascença, um lugar no mundo. É um papel leve, que destaca todo o carisma da artista, em um musical que segue em um crescente para um final épico. Bel Lima, que já se destacou em "Pippin" (crítica neste link), brilha como a doce Portia, ao lado de Leo Bahia, Nigel do Rêgo Soutto. No teatro, eles formam um casal que esbanja química e grandes momentos deste musical.

Sempre carismática e com uma voz que acolhe e encanta, Bel Lima vem se destacando como um dos grandes nomes do teatro musical e merece cada vez mais atenção. Wendell Bendelack, como o vidente  Nostradamus, e Rodrigo Miallaret, como o irmão Jeremias, aparecem em interpretações memoráveis e completam a experiência desse espetáculo que têm algo a mais.

"Alguma Coisa Podre" é solar, para cima e não perde a energia em um só momento - nem quando a ação se passa no segundo ato, quando os espetáculos tendem a cair. Há músicas muito boas e chega a ser irônico que um espetáculo que marca o período da renascença marque, de alguma maneira, o renascimento do teatro depois de uma pandemia em que a arte respirava sobre aparelhos. "Alguma Coisa Podre" é o teatro voltando a lotar mas, sobretudo, é o Brasil voltando a sorrir.

Ficha técnica:
"Alguma Coisa Podre". 
Elenco: Marcos Veras (Nick do Rêgo Soutto). Leo Bahia (Nigel do Rêgo Soutto). George Sauma (Shakespeare). Wendell Bendelack (Nostradamus). Rodrigo Miallaret (Irmão Jeremias). Bel Lima (Portia). Participação especial de Laila Garin (Bea). Produtores Executivos: Renata Borges e Thiago Hofman. Direção Artística: Gustavo Barchilon. Versão Brasileira: Cláudio Botelho. Coreografia/Direção Movimento: Alonso Barros. Direção Musical: Thiago Gimenes. Figurino: Fábio Namatame. Cenário: Duda Arruk. Design de Som: Tocko Michelazzo e Gabriel Bocutti. Design de Luz: Maneco Quinderé. Visagismo e Perucaria: Feliciano San Roman. Diretora Residente: Vanessa Costa. Assessoria de Imprensa: Trigo Casa de Comunicação. Marketing Cultural: R+Marketing. Fotógrafo: Caio Galucci. Direção de Arte: Gustavo Perrella. Gestão de Projetos: Natalia Egler.


Serviço:
"Alguma Coisa Podre".
Até dia 6 de agosto. Sextas, às 20h. Sábados, às 16h e 20h. Domingos, às 15h e 19h. Ingressos: Plateia: R$ 250 (inteira)/ R$125 (meia-entrada). Balcão e frisas: R$150/ R$75 (meia-entrada). Balcão preço popular R$ 50 (inteira)/ R$ 25 (meia-entrada). Duração: 130 minutos. Classificação: 14 anos. Link vendas: https://bileto.sympla.com.br/event/82003


Teatro Porto
Al. Barão de Piracicaba, 740 – Campos Elíseos - São Paulo. Telefone (11) 3366.8700. Bilheteria: aberta somente nos dias de espetáculo, duas horas antes da atração. Clientes Porto Seguro Bank mais acompanhante têm 50% de desconto. Clientes Porto mais acompanhante têm 30% de desconto. Vendas: www.sympla.com.br/teatroporto. Capacidade: 484 lugares. Formas de pagamento: Cartão de crédito e débito (Visa, Mastercard, Elo e Diners). Acessibilidade: 10 lugares para cadeirantes e 5 cadeiras para obesos. Estacionamento no local: Gratuito para clientes do Teatro Porto.

.: Motivos para ler "Ninguém É Pequeno Demais para Fazer a Diferença"


Por 
Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com. 

"Ninguém É Pequeno Demais para Fazer a Diferença: O Chamado de Greta Thunberg para Salvar o Planeta", publicado pela Companhia das Letrinhas, é um livro inspirador que apresenta aos leitores, tanto jovens como adultos, a história e a luta de Greta Thunberg em prol do meio ambiente.

Escrito e ilustrado por Jeanette Winter, o livro narra como uma jovem corajosa se tornou uma das principais vozes na defesa do planeta, inspirando milhões de pessoas em todo o mundo. Com uma abordagem acessível e ilustrações encantadoras, o livro cativa o leitor desde a primeira página. Listamos 11 motivos para ler o livro.


1. Livro chama para colocar a "mão na massa": Greta Thunberg despertou a consciência global para a urgência das mudanças climáticas e a necessidade de agir agora. Ao ler este livro, o leitor será inspirado a tomar medidas concretas em sua própria vida para proteger o planeta.


2. Educação ambiental para crianças: com uma linguagem simples e belíssimas ilustrações, o livro é uma ferramenta valiosa para ensinar às crianças sobre a importância de cuidar do meio ambiente desde cedo. A obra aborda conceitos complexos de forma acessível e mostra como cada um pode contribuir para a sustentabilidade.


3. Empoderamento juvenil: a história de Greta Thunberg mostra como os jovens têm o poder de influenciar e moldar o mundo ao seu redor. Ao ler sobre as ações corajosas da ativista, os leitores serão encorajados a se envolverem em causas que interessam e a acreditar no potencial para fazer a diferença.


4. Conscientização sobre as mudanças climáticas: o livro explora de forma detalhada e informativa as questões relacionadas às mudanças climáticas. Também apresenta fatos científicos e dados impactantes que ajudam os leitores a compreender a urgência e a gravidade da situação, despertando a consciência para os desafios enfrentados pelo planeta.


5. Mensagem de esperança: apesar dos desafios que enfrentamos, o livro transmite uma mensagem otimista de que, juntos, as pessoas podem encontrar soluções para preservar o planeta e garantir um futuro sustentável. "Ninguém É Pequeno Demais para Fazer a Diferença" destaca histórias de sucesso e iniciativas positivas e mostra que há esperança e que é possível construir um mundo melhor.

6. Exemplo de coragem e determinação: a jornada de Greta Thunberg é um exemplo inspirador de como uma pessoa determinada pode superar obstáculos e desafiar o status quo em busca de um mundo ideal. O compromisso e coragem da jovem ativista são um lembrete de que as pessoas devem persistir em suas próprias convicções, mesmo quando enfrentam críticas.


7. Importância da ação coletiva: o livro ressalta a importância de as pessoas se unirem como sociedade para enfrentar os problemas ambientais. A obra enfatiza que a luta pela sustentabilidade requer a colaboração de todos, desde indivíduos até governos e empresas, e destaca a importância de as pessoas trabalharem juntas para criar mudanças significativas.


8. Sensibilização para o ativismo: ao conhecer a história de Greta Thunberg, os leitores são incentivados a refletir sobre seu próprio papel como agentes de mudança. O livro desperta o ativismo ambiental, estimulando os leitores a se envolverem em questões importantes e a tomarem medidas em suas próprias comunidades.


9. Valorização da voz das crianças:
o livro mostra como as vozes das crianças são poderosas e como é importante ouvi-las e valorizá-las em questões que afetam o futuro. Também destaca a importância de dar espaço para que as crianças expressem suas preocupações e ideias, reconhecendo que elas têm perspectivas valiosas e contribuições significativas a fazer.


10. Estímulo à empatia e responsabilidade: ao ler sobre a luta de Greta Thunberg, os leitores são convidados a se colocarem no lugar dos outros e a refletirem sobre como as ações podem impactar o mundo. O livro desperta a empatia e lembra a responsabilidade que todos têm de cuidar do planeta e das gerações futuras.


11. Autora é sinônimo de qualidade. Autora e ilustradora de livros infantis, Jeanette Winter nasceu em 1939, em Chicago, nos Estados Unidos. Ela estudou no Instituto de Arte da mesma cidade e ganhou diversos prêmios ao longo de sua carreira, como o Jane Addams Children’s Book Award. Compre o livro "Ninguém É Pequeno Demais para Fazer a Diferença: O Chamado de Greta Thunberg para Salvar o Planeta", de Jeanette Winter, neste link.

.: Zeca Baleiro reconta fábulas clássicas e revisita contos de fada em novo livro


Com humor e originalidade, "Casos Curiosos de Bichos Falantes", lançado pela FTD Educação, traz frescor para histórias como "O Patinho Feio" e "O Leão e a Gazela" e personagens como o Lobo Mau - assinados pelo cantor, compositor, músico e escritor Zeca Baleiro. O livro infantil é indicado para leitores a partir de oito anos que apresenta sete fábulas cheias de humor e poesia. As divertidas e detalhadas ilustrações são de Vienno aguçam a imaginação dos leitores e trazem uma nova perspectiva ao texto.

Com uma carreira musical de sucesso nas últimas duas décadas, o artista multifacetado vem se dedicando também à literatura e ao teatro. Além de quatro livros lançados e duas peças teatrais, o cantor traduziu para a FTD Educação os livros da coleção infantil "Trompolina e Fubazim", escritos e ilustrados pelo francês Claude Ponti.

Fã das criações de La Fontaine e de Esopo, o artista se serve de todo o seu talento com as palavras para acrescentar humor e oralidade à rica tradição da fábula. Com a mesma criatividade de suas composições musicais,Zeca Baleiro revisita algumas histórias clássicas e confere sua versão particular. Nesta releitura, por exemplo, "O Patinho Feio" recebe o título de “O Patinho Lindo”.

O autor também questiona o tratamento dado a alguns personagens dos contos de fadas, como em “O Lobo Mau triste”, e mostra os dilemas enfrentados por um elefante que perde sua identidade (“O Elefante Sem Memória”) e por uma raposa que não se adapta ao grupo ao qual pertence (“A Raposa Banguela”). Nas fábulas deste livro, com muita originalidade, os bichos repensam seus papéis nas histórias infantis — e a tradicional moral da história de encerramento ganha novos significados, como no conto “O peru fugitivo”: “Se você é peru, e o Natal se aproxima, então corra”.

“As fábulas são muito mágicas. Imaginar que os bichos falam, sentem, pensam, sempre como uma metáfora do próprio pensamento humano e da vida em sociedade, é sempre mágico. Existem fábulas incríveis, como 'A Lebre e a Tartaruga', 'A Raposa e o Corvo', 'A Cigarra e a Formiga', e cada história tem uma moral. Isso também é fascinante”, comenta Zeca Baleiro. Compre o livro "Casos Curiosos de Bichos Falantes", de Zeca Baleiro, neste link.

O autor
Zeca Baleiro
nasceu em 11 de abril de 1966 em São Luís, no Maranhão. Começou a carreira artística nos anos 1980, participando de festivais e compondo músicas para teatro infantil. Com sua mistura de ritmos e diversas referências musicais, além da verve afiada de humor e ironia, o cantor e compositor foi recebido com entusiasmo pelo público e pela imprensa quando lançou seu primeiro disco, "Por Onde Andará Stephen Fry?", em 1997. Ao longo de mais de 20 anos, lançou 11 discos de estúdio, cinco CDs ao vivo, nove DVDs e vários projetos especiais.

O ilustrador
Vienno (Vinícius Xavier) é artista multimídia. Nascido e criado em Limeira, interior de São Paulo, formou-se em Artes Visuais pela PUC-Campinas. Entre suas produções estão tirinhas para as redes sociais, design de cenários, criação de personagens para clipes infantis e ilustrações para o meio editorial, como as do livro A lupa mágica pelo mundo (Tigrito, 2021). Garanta o seu exemplar de "Casos Curiosos de Bichos Falantes", escrito por Zeca Baleiro e ilistrado por Vienno, neste link.

.: Cia. das Madás apresenta mulheres notáveis em "A Princesa dos Caminhos"


Cia das Madás apresenta mulheres notáveis em A Princesa dos Caminhos, em cartaz no Teatro Itália-Bandeirantes. Espetáculo exalta histórias que não podem ser esquecidas de figuras como Simone de Beauvoir, Anália Franco, Elizabeth I e Dandara. Foto: Cassio Portilo


Com a missão de discutir o empoderamento feminino, a Cia. das Madás estreia A Princesa dos Caminhos no dia 8 de julho no Teatro Itália Bandeirantes. O espetáculo infantojuvenil segue em cartaz até 27 de agosto, com apresentações aos sábados e domingos, às 15h. A estreia deste espetáculo é o primeiro trabalho da companhia e tem direção de Karol Garrett, que também está no elenco ao lado de Vitória Micheloni, Giovana Arruda, Isabella Tilli, Larissa Morais e Beatriz Nascimento.

Na trama, uma princesa adormecida aguardava no alto da torre mais alta do reino o beijo do príncipe encantado para que eles fossem felizes para sempre. Porém, quem a acorda é a filósofa Simone de Beauvoir, que vai conduzir a nossa princesa por uma jornada feminina com a ajuda de outras mulheres poderosas, como Anália Franco, Elizabeth I e Dandara.

A ideia, segundo a diretora Karol Garret, é fazer com que meninos e meninas tenham contato com essas figuras históricas e poderosas. “Tantas crianças sonham em ser como as princesas dos contos de fadas que quisemos trazer personagens reais para servirem de inspiração para elas. Cada uma dessas mulheres foi um marco importante na História e suas conquistas não podem ser apagadas, comenta”

“E essas mulheres mostram que as crianças podem sim ser o que elas quiserem, que a educação pode levá-las a ter um futuro brilhante e que a luta por um mundo mais igualitário pode ser travada de diversas maneiras”, acrescenta. 

Sobre a escolha dessas influências, a diretora comenta:
“Simone de Beauvoir foi uma grande pensadora e ativista feminista que usou a sua voz para questionar como a sociedade tratava as mulheres e fazer com que as próprias pensassem se a posição que elas estavam sendo colocadas era uma escolha delas ou dos outros. As crianças também se beneficiam, principalmente as meninas, se aprenderem a entender quais são as suas vontades e quais são os limites impostos pela sociedade. Muitas meninas ainda crescem em lares onde a única opção para o futuro é ser mãe e dona de casa. 

Já Analia Franco, uma mulher incrível que desafiou muitos homens em nome da educação para todos, mal é lembrada pelos livros de histórias. Uma mulher brasileira dedicada à educação e ao fim do racismo. Com ela as crianças irão entender como a educação é a base para uma sociedade mais justa. 

Elizabeth I foi uma rainha que decidiu, apesar de ir contra a sociedade, ser uma líder e não se deixar afetar pelo mundo masculino que a envolvia e que tentava a manipular. Ela seguiu o seu coração e governou como achava justo. Ela fala sobre liderança feminina, sobre ser uma mulher no poder. Dandara vem mostrando para as crianças a importância da luta antirracista e como a mulher pode sim ser uma líder, uma ativista, mãe e esposa”. Todas essas histórias são contadas com muito bom-humor e ajuda de projeções mapeadas em 3D, idealizadas e executadas pela Maze FX, uma produtora especializada no mercado dos grandes musicais.

Cia. das Madás
Criada pelas artistas Giovana Arruda, Karol Garret e Vitória Micheloni, a Cia das Madás tem como principal objetivo difundir e discutir o empoderamento feminino através da Arte e da Educação. O grupo é focado em contar histórias através das narrativas e vozes femininas, exaltando o valor da mulher na nossa sociedade, que, muitas vezes, é esquecido.

Sinopse
No quarto mais alto da torre mais alta em um Reino do mundo mágico, vivia uma princesa que aguardava o príncipe encantado acordá-la com um beijo para que eles pudessem viver felizes para sempre. Porém, quem a desperta é a irreverente filósofa Simone de Beauvoir. O encontro provoca diversos questionamentos na mente da jovem que demandam o aparecimento de mulheres importantes da história, e juntas elas embarcam em uma jornada feminina através das épocas e de seus ideais, transformando para sempre os caminhos daquela Princesa.

Ficha técnica
"A Princesa" dos Caminhos, da Cia. das Madás. Produção geral: Giovana Arruda. Direção: Karol Garrett. Dramaturgia: Giovana Arruda e Karol Garrett. Cenário: Vitória Micheloni e Bruno Micheloni. Figurino: Vitória Micheloni. Costureira: Beth Lima e Pablo Abreu. Elenco: Beatriz Nascimento, Giovana Arruda, Isabela Tilli, Karol Garrett, Larissa Morais, Vitória Micheloni e Victória Rocha. Assistente técnico: Giovana Roque. Produção de palco: Maria Siqueira. Sonoplastia e produção: Victória Rocha. Assistente de produção: Marcela Liviér.  Vídeo Mapping: Maze FX. Direção artística Mapping: Bruno Micheloni. VLX Mapping: Ariel Bernardino, Flávio De Cesare, Jazmin Vilera e Renan Fernandes. Ilustrador Mapping: Guilherme Thomazini. Fotos: Cassio Portilo. Design gráfico: Bianca Agostino. Voz em off: Daniel Pinheiro e Valentina Vasconcelos. Apoio: IMM - Imagem Mágica, Muskinha, Oficina de Atores Nilton Travesso, Maze Fx.

Serviço
"A Princesa" dos Caminhos, da Cia. das Madás. Temporada: até dia 27 de agosto, aos sábados e domingos, às 15h. Teatro Itália-Bandeirantes - Avenida Ipiranga, 344 - República. Ingressos: R$ 50,00 (inteira) e R$ 25,00 (meia-entrada). Venda on-line em https://bileto.sympla.com.br/event/84169. Classificação: livre. Duração: 50 minutos.

.: Café Com Jazz chega à sexta edição misturando música e vivência


Próximo show acontece neste domingo, dia 16 de julho, com realização do Térreo Ateliê em conjunto com o Coletivo Adinkrazz e o artista visual Achiles Luciano.


Coletivo Adinkrazz junto ao Térreo Ateliê e Casa das Caldeiras apresenta "Jazz Urbano Residência Híbrida". Residência artística concebida a partir da intervenção "Espaços em Profusão" cujo foco é promover a interação entre espaço, público e música através de vivências mediadas pelo Coletivo Adinkrazz. Assim surge o Café Com Jazz, um experimento de jazz nas manhãs de domingo. 

Por meio do resgate de símbolos da cultura afrobrasileira, as vivências têm como objetivo estimular o diálogo, trânsito e acesso de públicos diversos aos espaços voltados à arte, tais como galerias, ateliês e museus, fomentando o encontro e a troca de saberes em uma perspectiva transversal e afetiva, com foco na valorização, fortalecimento e visibilidade de artistas do movimento negro.

O projeto chega a sua 6ª edição no dia 16 de julho com apresentação do Coletivo Adinkrazz e vai celebrar o Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha com participações especiais de Andressa Pezzuol, ᒪua ᗷernardo e Amanda dos Santos Telles. Achiles Luciano se junta ao Coletivo como VJ, com projeções e video-mapeamentos de seus trabalhos audiovisuais em uma intersecção de linguagens e  sobreposição de símbolos ancestrais e futuristas.

Os eventos acontecem uma vez por mês, mas as datas e atrações especiais são confirmadas após a realização do último encontro. O projeto teve início em novembro de 2022 a partir de uma intervenção proposta pela Associação Cultural Casa das Caldeiras, como forma de descomplicar o jazz e levá-lo para um ambiente matutino e descontraído, aberto para novos experimentos a cada edição, onde novas tecnologias voltadas à arte são postas em pauta para serem difundidas nos diálogos que surgem com os participantes.

A organização também ocupa o túnel da Casa das Caldeiras com ações lúdicas para o público envolvendo o café e brincadeiras com os cinco sentidos, com a entrega de um cafezinho coado de boas-vindas para aquecer a plateia para as atividades do encontro. “O intuito é que as pessoas aterrizem no projeto com um estado de presença e conexão diverso, com mais delicadeza, entendendo melhor os afetos e a informalidade que projeto propõe”, explica Karina Saccomanno, presidente da Associação Cultural da Casa das Caldeiras.

O Café Com Jazz tem como norte a promoção de “Arte, Cultura, Memória, Convivência e Diversidade”. Para que a experiência fique completa, um menu de café da manhã com ingredientes selecionados para acompanhar o show é oferecido pela Cozinha Sow, parceira do projeto.

Sem fins lucrativos, o valor da bilheteria ajuda a custear os equipamentos de luz e som necessários para os shows, além do transporte dos artistas. Os ingressos antecipados custam de R$ 20 (meia entrada) a R$ 40 (inteira) e podem ser adquiridos no site da Sympla. Na portaria, o ingresso custa R$ 60 e está sujeito à lotação. A casa comporta até 100 pessoas sentadas para o show.

Nessa sexta edição o Café com Jazz vai celebrar o Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha com a participação especial das nossas convidadas especiais: Andressa Pezzuol - musicista/ banda / baterista/ cantora. ᒪua ᗷernardo - artista / baixo, voz e coração. Amanda dos Santos Telles - percussionista

A Casa fica aberta a partir das 11h para acolher o público do Café Com Jazz e dedica o espaço do Salão Térreo para essa programação até 13h. Após o show, que dura cerca de 1h15, o espaço passa novamente a integrar a operação dos finais de semana – comandada pelas empresas que ocupam o Térreo e abrem a Casa de quinta-feira a domingo.

Durante o período de abertura, o público pode participar das atividades e conhecer mais sobre o local, que é patrimônio histórico da cidade de São Paulo. A Casa das Caldeiras é uma construção de alvenaria e tijolos, construída na década de 1920, tombada na década de 1980 e que abriga uma série de manifestações culturais.

Organizador e idealizador do projeto, o Térreo Ateliê é um núcleo artístico colaborativo, que ocupa um espaço físico na Casa das Caldeiras, aberto para a visitação do público aos finais de semana. O núcleo trabalha com o desenvolvimento de projetos de pesquisa, criação e difusão de arte e tem a missão de abrir caminho para ações que reflitam sobre arte, economia, educação e sustentabilidade. Ele aposta principalmente na prática de atividades entre os artistas e o público.

Denkyemfunefu, símbolo adinkra que representa unidade na diversidade, sintetiza de forma abrangente o objetivo proposto pelo Coletivo Adinkrazz: através da promoção de intersecções artísticas criar uma unidade diversa e uma diversidade com base na união. Adinkrazz é formado atualmente pelos músicos Thiago dos Anjos (guitarrista), Pé Beat (baterista/beat maker) e Obi Orin (baixista).

Achiles Luciano, há cerca de 13 anos, se envolveu com projetos com cias de teatro, circo e dança, atuando como cenógrafo digital. Com a característica de artista multimídia, tem conquistado o meio artístico, tendo sido recentemente premiado em 3 editais: i. Reconvexo digital (2021) - obra Vidas Pretas Importas; ii. Edital Image Con (2021) - obra Para Lembrar; iii. Bienal Black (2022) - obra Tomando Café com Dona Odete. Desde 2020 no início da pandemia, faz parte do grupo PROJETEMOS. Atualmente está com exposição ativa na Galeria Olido em São Paulo – “Impressos Digitais”, com obras que integram a realidade aumentada que podem ser vistas até o dia 17 agosto de 2023.


Serviço:
Café com Jazz.
Dia 16 de julho, domingo, das 11h às 13h. Classificação etária: livre. Ingressos antecipados: Inteira - R$ 40,00; Meia - R$ 20,00. Ingressos na porta: Inteira - R$ 60,00; Meia - R$ 30,00. Link para compra de ingressos: https://bit.ly/3D3aiIR. Casa das Caldeiras - Av. Francisco Matarazzo, 2000 - Água Branca, São Paulo. Capacidade: 100 lugares.

.: Theatro Technis apresenta "Noite de Reis or What You Will" no CCSP


Com texto cômico de William Shakespeare, a montagem usa experimentação bilíngue inglês-português na mesma cena, e trata das confusões geradas pela chegada de Viola à ilha de Illyria. Foto: Luiza Murtinho


Usando a dualidade proposta pelo texto de William Shakespeare, o espetáculo bilíngue "Noite de Reis or What You Will" explora novas perspectivas de entendimento poético de dois idiomas na mesma cena, Português-Inglês. Esta é a apresentação do segundo projeto da Theatro Technis, e a temporada acontece até dia 20 de julho, terça, quarta e quinta-feira, no Centro Cultural São Paulo, na sala Jardel Filho.

"Noite de Reis or What You Will" se constrói a partir de seus atores e sua relação em cena, acentuando o caráter de celebração do teatro em sua essência. Exatamente por este motivo, no momento de afastamento entre público e palco, o grupo mira a pesquisa em projetos digitais. Durante o período de isolamento, o grupo encontra no Teatro do Absurdo de Samuel Beckett, uma maneira de continuar a pesquisa de direção de atores e teatro bilíngue lançando a mostra de peças-filme “Beckettfest”, a qual traça paralelos estéticos entre o absurdo do teatro e o absurdo da realidade pandêmica e seu subsequente isolamento. 

Na peça teatral, para sobreviver, Viola, recém-chegada na ilha fictícia de Illyria, se disfarça de homem e assume a alcunha de Cesario, trabalhando para Duque Orsino, que está perdidamente apaixonado pela condessa enlutada Olivia. A comédia se dá pelo entroncamento de múltiplas confusões amorosas, amplificadas pela distorção de gênero instaurada pelo disfarce de Viola. 

Outro núcleo cômico, se forma entre os criados de Olivia e as peças que pregam em Malvolio que vive com ilusões de grandeza e nobreza. “O processo de ensaio de 'Noite de Reis' foi de constante descoberta. Trabalhar a sutileza na minúcia. Começamos o processo descobrindo o fluxo geral, e no final afinamos até mesmo as vogais de determinadas palavras”, revela a atriz Marina Giacon.

Com direção de Thiago Richter, a montagem traz, além do texto cômico de Shakespeare raramente encenado no Brasil, outro diferencial: o aspecto bilíngue, o qual proporciona momentos de uso do inglês na fala, porém em quantidades homeopáticas. Desta forma, a Theatro Technis instiga nova compreensão do texto, não apenas racional, mas sensorial. Ao mesmo tempo que apresenta ao público a oportunidade de ouvir a poesia das palavras shakespearianas no idioma original, garante o entendimento da obra sem obrigatoriedade da fluência no Inglês, através do uso majoritário do Português.

“Exploramos tais momentos [de uso do inglês] de duas formas: primeiramente, pela sonoridade original, fluência, e poesia contidas nos versos não traduzidos, permitindo que os atores sejam compreendidos não pelo que dizem, mas pelo que comunicam; não pela palavra, mas pela maneira como dizem-na; em segundo lugar, como uma regra de jogo em cena, na qual o idioma é utilizado, em parte, para expressar lamentos individuais das personagens, o que aparecem no texto original na forma de solilóquios e apartes”, afirma o diretor Thiago Richter.

O resultado alcançado se dá através da minuciosa direção de atores e explora elementos como a comicidade e a musicalidade das falas. O processo de ensaios de "Noite de Reis or What You Will" se inicia paralelamente a atuação de Richter dentro do CPT, e solidifica a influência do trabalho de Antunes Filho, desenvolvido no Centro de Pesquisa Teatral do Sesc, na montagem de Shakespeare. “Há um jogo idiomático fluido, que aparece e surpreende, tanto em diálogo ativo entre as personagens, quanto em momentos intimistas de solilóquio”, finaliza o diretor. Compre o livro "Noite de Reis", de William Shakespeare, neste link.


Ficha técnica
"Noite de Reis or What You Will", com a Cia. Theatro Technis. Texto: William Shakespeare. Direção: Thiago Richter. Dramaturgismo: Jéssica Cardia. Tradução e adaptação: Marina Giacon, Thiago Richter e Jéssica Cardia. Músicas: Cecy Ayumi e Pedro Alebriol. Produção musical: Cecy Ayumi, Pedro Alebriol, Natalia Lopes e Rafael Frederico. Iluminação: Nádia Hinz. Cenário e figurino: Theatro Technis. Maquiagem e bonecaria: Mia Trefiglio. Acessórios: Marina Giacon, Heloísa Giacon, e Amélia Ferrini. Ajustes de figurino: Priscila Soares e Laura da Matta. Assessoria de Imprensa: Pombo Correio. Produção: Luiza Murtinho. Projeto gráfico: Thiago Richter. Elenco: Jéssica Cardia, Letícia Cardoso, Lucas de Lucia, Luis Guilherme Pereira, Madu Possatto, Marina Giacon, Thiago Richter, e Vitor Rocha. Realização: CCSP e Secretaria Municipal de Cultura da Cidade de São Paulo.


Serviço
"Noite de Reis or What You Will", com a Cia. Theatro Technis. 
Até dia 20 de julho. Terça, quarta e quinta-feira, às 20h30. Ingresso gratuito. Local: CCSP - Sala Jardel Filho. Duração: 90 minutos. Classificação: 12 anos. Rua Vergueiro, 1000 - Paraíso - São Paulo.

sexta-feira, 14 de julho de 2023

.: Entrevista: Barbara Rocha, mineira para inglês ver, ouvir e curtir


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

Nascida no interior de Minas Gerais, Barbara Rocha veio em 2010 para São Paulo, onde deu seus primeiros passos na música, tocando em bandas. E surpreendentemente escolheu um caminho incomum: compor e cantar composições autorais em inglês, explorando uma sonoridade que oscila entre o indie rock e o pop mainstream contemporâneo.

Em pouco tempo já conseguiu se projetar lançando dez singles, dois EPs e um videoclipe no YouTube, além de encontrar espaço na Rádio Kiss FM no ano passado, que divulgou um de seus singles. Em entrevista para o Resenhando.com, Barbara conta como se deu o seu processo de início na música e disse confiar no que o futuro reserva para ela: “Eu acredito muito que as minhas composições possam encontrar seu espaço no exterior”.


Resenhando.com - Conte como foi o seu início na música
Barbara Rocha -
Fui apresentada aos 10 anos de idade às minhas futuras grandes paixões: o violão e a língua inglesa. Cantava canções de bandas como Roxette. Em 2009 compus minha primeira canção em inglês, o que acabou me estimulando a seguir por esse caminho. Nessa época cantava com a banda BEJAMZ, cujo nome era simplesmente as iniciais dos integrantes. Cantávamos covers de vários grupos, como Bon Jovi, Beatles, Queen entre outros. A partir de 2014, passei a focar no meu trabalho autoral.


Resenhando.com - E não houve receio de explorar sua produção autoral em outro idioma?
Barbara Rocha - 
Eu nunca tive receio de seguir nesse caminho. Sempre acreditei no material que consegui produzir.  Cantar em inglês abre portas para o mercado internacional da música, porque as mensagens das músicas serão transmitidas em um idioma que o mundo todo consegue compreender.

Resenhando.com - Seu single mais recente, "Get Loud", explora o luto como tema. Por que optou por esse tema?
Barbara Rocha -
É curioso porque as canções que mais gosto são aquelas relacionadas com algum tipo de perda ou desilusão. Get Loud vai fazer parte do EP Seven, que lançarei em breve. Ela resume o espírito de libertação das correntes do passado abraçando um novo começo. Sua energia, sua melodia contagiante e letra deixa os ouvintes inspirados e prontos para protestar contra injustiças que atormentam o nosso mundo.


Resenhando.com - Em quem você se inspirou na música?
Barbara Rocha -
Tive muitas bandas como influência, mas tenho como referência mais forte a cantora Pink, que tem um tipo de sonoridade que gosto muito.


Resenhando.com - E como você tem procurado divulgar esse novo trabalho?
Barbara Rocha -
Tenho participado de festivais e eventos. E estou preparando o show de divulgação do novo EP Seven. Teremos uma banda de apoio para apresentar as composições autorais. E vou continuar explorando as plataformas de streaming e o YouTube como canal de divulgação.

"Get Loud"

"Don´t Bother Me"

.: Peça "Noites Brancas", de Dostoiévski, chega ao Teatro Itália-Bandeirantes


A Cia Bípede de Teatro Rupestre traz os intensos e profundos sentimentos de Sonhador e Nástienka em uma brincadeira entre literatura e realidade nessa adaptação do livro para o palco em curta temporada. Foto: Arthur Cunha 

A Cia Bípede de Teatro Rupestre apresenta "Noites Brancas", uma adaptação teatral do romance de Fiódor Dostoiévski. O espetáculo mantém a poética original do autor, proporcionando uma experiência única que combina literatura e realidade. A estreia acontece nesta sexta-feira, dia 14 de julho, e segue até dia 27 de agosto,no Teatro Itália-Bandeirantes.

A ideia de criar uma nova montagem para essa obra icônica surgiu de uma inquietação do diretor Felipe Sales. “Na primeira leitura, me incomodou o caráter patético do ideal romântico que o livro retratava. E conforme o processo se estabeleceu, me chamou também a atenção que o próprio Dostoiévski satiriza esse ideal romântico no conto que escreveu. O que era então um trabalho subversivo, passou a ser um trabalho de escavar em Dostoiévski a sátira e a crítica que ele mesmo escondeu embaixo de camadas de romantismo”, conta o encenador.

O espetáculo narra a história de Sonhador e Nástienka, dois personagens ultrarromânticos que se encontram à beira do rio Nievá, em São Petersburgo. Sonhador busca algo significativo em sua vida solitária, enquanto Nástienka espera pelo retorno de seu grande amor prometido há um ano. 

Durante quatro noites, o público testemunhará o encontro desses personagens e a emergência de seus sentimentos iluminados pelas estrelas e pelo sol das noites brancas, um fenômeno que torna o céu claro na madrugada da primavera. “O jogo com a palhaçaria nos ajuda a grifar o sarcasmo e a ironia das cenas e das falas. O final da peça é romanticamente trágico e não é de nosso interesse torná-lo sofrido. Preferimos lidar com ele de forma leve e poética”, acrescenta o diretor.

A peça traz uma abordagem mais moderna ao adaptar essa obra de Dostoiévski num espetáculo que transita entre momentos de narração e momentos em que os personagens ganham vida no palco. “A Companhia Bípede de Teatro Rupestre surge com a proposta de desconstruir a literalidade imposta ao palco pelas gerações mais novas. Resolve a grande quantidade de personagens com apenas dois atores que ficam em cena durante 80 minutos confinados dentro de uma área cênica delimitada. Entram na primeira vez em que aparecem e quando saem, não voltam mais. É uma peça difícil do ponto de vista da atuação e requer atores habilidosos e bem ensaiados. Dostoiévski é verborrágico e decidimos manter sua verborragia em cena. A encenação, neste sentido, foca no trabalho dos atores e em sua capacidade de criar imagens com poucos recursos cênicos e lidando com as dificuldades de uma escrita a lá Dostoiévski”. Compre o livro "Noites Brancas", de Fiódor Dostoiévski, neste link. 


Ficha técnica
"Noites Brancas", com a Cia. Bípede de Teatro Rupestre.
Direção: Felipe Sales. Elenco: Alana Oliveira e Thiago Winter. Operador de luz : Rafael Inácio e Junior Docini. Preparadora corporal: Mariana Matanó. Cenografia e figurinos: Cia. Bípede. Diretora de produção: Mili Slikta. Produtor executivo: Arthur Maia. Realização: Cia. Bípede. Produção: AHCM Entretenimento.


Serviço
"Noites Brancas", com a Cia. Bípede de Teatro Rupestre.
De 14 de julho a 27 de agosto, às 17h30, às sextas, sábados e domingos. Sessão para convidados: dia 13 de julho, às 17h30. Local: Teatro Itália-Bandeirantes: Av. Ipiranga, 344 - República. Classificação indicativa: 12 anos. Ingressos: R$ 60. Duração do espetáculo: 80 minutos.

.: Inédito no Brasil, "O Mar", do uruguaio Federico Roca, estreia nesta sexta-feira


Espetáculo dirigido por Fernando Nitsch propõe reflexão sobre a paz e a possível união entre pessoas que vivem em lados opostos de uma guerra. Foto: Tita Couto

O que move a humanidade? Onde menos se espera, em meio ao caos e a barbárie, será que é possível encontrar uma ponta de esperança, um resquício de luz que nos indicará um caminho a seguir? Questões como essas são o ponto de partida de "O Mar", do dramaturgo uruguaio Federico Roca, que estreia pela primeira vez no Brasil, sob a direção de Fernando Nitsch. Estrelado por Bete Dorgam, Laura La Padula e Yael Pecarovich, o espetáculo cumpre temporada na sala multiuso do Teatro Arthur Azevedo, entre os dias 14 de julho e 6 de agosto, com apresentações às sextas e aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 18h.

A peça “O Mar” de Federico Roca nos coloca diante do conflito entre Israel e palestinos através do olhar feminino. As sutilezas nos gestos e palavras de três mulheres pairam sobre um território em disputa, um espaço fragmentado e controlado rigidamente. De forma poética, a peça apresenta uma perspectiva de diálogo entre mulheres que estão em lados opostos no conflito. As personagens convidam o público a pensar sobre o quanto o ser humano tem dentro de si a força necessária para não sucumbir diante do ódio e da intolerância.

Na trama, as palestinas Adila e sua neta Farida chegam ao escritório da advogada israelense Dania, que defende mulheres israelenses presas por levarem palestinas para conhecer o mar. A avó tem um pedido: sua neta quer conhecer o mar. Um acontecimento inesperado obriga as três permanecerem juntas e a descobrirem possibilidades de relação. Segundo Roca, "O Mar" é uma homenagem a essas mulheres e à história das tradições de um lado e do outro, tradições que mais aproximam do que afastam essas culturas.

A montagem brasileira tem direção de movimento de Marina Caron, direção musical de Sonia Goussinsky, figurinos de Daniel Infantini, cenografia de Márcio Macena e iluminação de Wagner Pinto. A realização espetáculo foi possível graças a um projeto contemplado pelo edital ProAC 01/2022 para produção de espetáculo inédito.


Ficha técnica
Espetáculo "O Mar".
Texto: Federico Roca. Direção: Fernando Nitsch. Assistente de direção: Tita Couto. Elenco: Bete Dorgam, Laura La Padula e Yael Pecarovich. Direção de movimento: Marina Caron. Cenografia: Marcio Macena. Figurinos: Daniel Infantini. Iluminação: Wagner Pinto. Direção musical e trilha original: Sonia Goussinsky. Produção: Adryela Rodrigues | Sendero Cultural.

Serviço
Espetáculo "O Mar".
Temporada: de 14 de julho a 6 de agosto, às sextas e aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 18h*. *Uma sessão extra (gratuita) com tradução em LIBRAS e audiodescrição acontece no dia 4/8, às 16h. Teatro Arthur Azevedo (Sala Multiuso) - Av. Paes de Barros, 955, Alto da Mooca - São Paulo. Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada). Venda on-line pelo Sympla e 1h antes na bilheteria. Classificação:12 anos. Duração:  70 minutos. Capacidade: 60 lugares. Acessibilidade: teatro acessível para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.

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