sábado, 9 de setembro de 2023

.: Crítica: "Angela" é cinebiografia de feminicídio de socialite nos anos 70

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em setembro de 2023


"Angela", em cartaz no Cineflix Cinemas, é cinebiografia que choca de modo extremamente provocante, mesmo estampando um fato muito conhecido. O longa nacional, dirigido por Hugo Prata ("Elis" e "Chorão: Marginal Alado"), sobre os últimos anos de vida da socialite mineira assassinada aos 32 anos nos anos 70, começa quando já separada do marido e de seus três filhos, Angela Diniz (Isis Valverde) vive tudo o que foi impedida, uma vez que se casou aos 17 anos, numa época em que os costumes eram seguidos à risca.

Todo o desespero de viver de Angela, sempre nítido nos que se vão cedo, estão presentes em cada cena da produção de 1h44, desde a busca por um amor ardente  que viva a seus pés -daí as diversas cenas de pornô soft de Isis Valverde e Gabriel Braga Nunes- até a depressão da pobre mulher rica, pode comprar tudo, menos o que mais lhe importa. Afinal, há também a impotência de não poder ser mãe, de seus dois meninos e uma menina, e, de fato, viver como uma mulher livre perante a sociedade.

  

Ainda que traga uma história conhecida pela sociedade e imprensa, além de ser recentemente tratada com detalhes em podcast (Praia dos Ossos), o roteiro de Duda de Almeia surpreende ao estampar os acontecimentos que precederam o assassinato a tiros da socialite brasileira, na Praia dos Ossos, em Búzios, pelo então marido, Doca Street. 

A série de acontecimentos deixa claro que aquela relação conturbadíssima resultaria num trágico fim, apesar dos diversos prenúncios tudo foi seguindo naturalmente. Na época, ele alegou ter cometido o crime por amor, sendo que a defesa usou o argumento da "legítima defesa de honra", que já não é mais reconhecida legalmente. O assassino chegou a ser homenageado em sanduíche chamado de Doca Street. 

 
O longa "Angela" se faz necessário, uma vez que o feminicídio segue presente na nossa sociedade doente, mostrando que desde os anos 70, pouquíssimo mudou, efetivamente, em favor das mulheres. É bom lembrar que há ainda a produção de uma nova minissérie da Amazon no Brasil, baseada no podcast "Praia dos Ossos", com a a atriz Marjorie Estiano no papel principal, o que fez a atriz encerrar seu contrato de 18 anos com a Globo em setembro de 2022. 

Assistir "Angela" é também uma forma de ver certas similaridades do romance "Hilda Furacão", do escritor mineiro Roberto Drummond, com a da socialite. Embora não tenha sido confirmado, muitos acontecimentos se conectam, deixando clara a inspiração do autor. Afinal, Drummond era jornalista e a vida de Angela Diniz era pauta. Vale a pena conferir o filme "Angela" na telona e despertar o interesse em saber ainda mais deste fato verídico!

Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 

 


"AngelaIngressos on-line neste link
Gênero: cinebiografia. Classificação: livre. Duração: 1h44. Ano: 2023. Idioma: inglês. 
Distribuidora: Downtown Filmes. Direção: Hugo PrataRoteiro: Duda de Almeida. Elenco:  Ísis Valverde (Angela), Gabriel Braga Nunes (Raul), Alice Carvalho (Lili), Emílio Orciollo Neto (Moreau). Sinopse: Drama e policial brasileiro de 2023, com produção da Downtown Filmes, baseado nos autos do processo do Caso Ângela Diniz, a sociliate vítima de feminicídiona década de 70.


Trailer de "Angela"

.: Carolina Ranaldi e Pedro Di Carvalho estrelam peça de Plínio Marcos


Carolina Ranaldi e Pedro Di Carvalho estrelam a nova montagem de "Quando as Máquinas Param", de Plínio Marcos, sob a direção de Roumer Canhães. Espetáculo que fala sobre desemprego, amor e desamparo social estreia dia 15 de setembro no Giostri Cultural, em São Paulo


Um dos maiores nomes da dramaturgia brasileira, Plínio Marcos (1935-1999) sempre deu voz à classe trabalhadora, tantas vezes marginalizada, em suas obras. "Quando as Máquinas Param" não é exceção. Inovador, ousado e, sobretudo, atemporal, o texto de 1967, sobre a relação do casal Nina (Carolina Ranaldi) e Zé (Pedro Di Carvalho) e as dificuldades financeiras que enfrenta, poderia ter sido escrito hoje.

Na nova montagem do texto, que leva a direção de Roumer Canhães e estreia dia 15 de setembro no Giostri Cultural, desemprego, amor e desamparo são os pilares da encenação. "Além da discussão sobre a falta de oportunidades, é o grande afeto que existe na relação entre os personagens, transformada pela realidade precária deles, uma das perspectivas principais", diz Roumer.

Dentro deste contexto também emerge a questão do machismo. "Zé é um homem comum, parado no tempo, que carrega nele toda a cultura machista, que era naturalizada quando a peça foi escrita, e não questionada naquele tempo. Dentro dessas dificuldades financeiras que enfrentam, ele e a mulher precisam 'matar' alguns de seus sonhos. E isso influi negativamente na construção familiar dele com Nina", observa Pedro Di Carvalho, que se identifica com o personagem, mas não sobre este aspecto. "Venho do subúrbio do Rio e já passei por alguns perrengues financeiros. Isso faz a gente pensar na nossa existência e em como lidar com isso no cotidiano. Vejo que a arte me salvou", diz.

Idealizadora do espetáculo ao lado de Roumer, a produtora e atriz Carolina Ranaldi escolheu este texto de Plínio Marcos pois sentiu urgência em tratar dos temas abordados na obra. "Andando por inúmeras cidades brasileiras ainda encontramos muitas Ninas e Zés pelas ruas. A Nina me pegou desde o começo. É uma mulher sonhadora, mas determinada e de muita fé. Ela é o suporte emocional do marido depois que ele fica desempregado. Encontrei em mim vários lugares em comum com ela. Todos nós temos algo que não estamos dispostos a abrir mão e sabemos o preço de sustentar um sonho", conta Carolina.

Conhecido e celebrado pelo trabalho como preparador de atores, Roumer Canhães faz sua estreia como encenador. "Dá um frio na barriga. Pensar e materializar na encenação o universo retratado por Plínio Marcos é realmente instigante por sua ambiguidade: nos tira do nosso lugar confortável e nos propõe refletir sobre as limitações pela perspectiva de quem vive à margem", afirma. "Roumer é maravilhoso, tem indicações muito precisas e sabe como expressar o que quer em cena, nos mínimos detalhes", elogia Carolina. Compre os livros de Plínio Marcos neste link.


Ficha técnica
Espetáculo "Quando as Máquinas Param". Dramaturgia: Plínio Marcos. Direção, direção de movimento, direção artística e trilha sonora: Roumer Canhães. Elenco: Carolina Ranaldi e Pedro Di Carvalho. Design de luz: Alexandre Passos e Ana Carolina Pizzo. Produção: Carolina Ranaldi e Alexandre Passos. Assessoria de Comunicação e Mídias Sociais: Dobbs Scarpa.

Serviço
Espetáculo "Quando as Máquinas Param". Giostri Teatro. Rua Rui Barbosa, 201, Bela Vista/São Paulo. De 15 de setembro a 1° de outubro. Sextas e sábados, às 21h, e domingos, às 19h. E de 6 a 14 de outubro, às sextas e sábados, às 21h. Drama. 70 minutos. 14 anos. Ingressos: R$ 60,00 (inteira) / R$ 30,00 (meia).

.: Nany People conversa com Marcelo Tas, no "Provoca", nesta terça-feira


“Eu li disfunção social, aí eu pensei, o que eu estou fazendo aqui?", afirma a atriz em entrevista para a TV Cultura. Foto: Margareth Dias


Nesta terça-feira, dia 12 de setembro, Marcelo Tas entrevista a atriz, humorista e cantora Nany People. No bate-papo, ela conta sobre o quanto já "ralou" na vida; como foi ser gay nos anos 80, em São Paulo, com o surgimento do vírus da Aids, como perdeu a virgindade e muito mais. Vai ao ar na TV Cultura, a partir das 22h.

A atriz fala na edição que chegou em São Paulo aos 20 anos, e até viver de arte, foi bilheteira, bancária, camareira e passadeira de república. “Eu passava camisa de final de semana, de jovens (...) e ainda por cima fazia bico na São Caetano, na Rua das Noivas (...) a gente ia na casa da noiva, maquiava a noiva, mãe da noiva, passava o vestido da noiva e ainda chupava o irmão da noiva (...) faz tudo. Por pior que seja a cruz, tem horas que você coloca a cruz no calvário do lado, passa o gloss e faz um boquete (...) você tem que fazer isso na vida, porque senão você não vive, não dá para contar tragédia o tempo todo (...) eu fiz isso por sobrevivência”, diz Nany.

Ela conta sobre quando foi ao psiquiatra aos dez anos. “Eu li disfunção social, aí eu pensei, o que eu estou fazendo aqui? O que é disfunção social? É uma pessoa que não tem uma função social, como não? Eu faço mais do que meus amigos fazem (...) eu nunca me deixei ficar acomodada nesse local que me colocavam e eu falo muito isso intuitivamente, ninguém tem o direito de dizer qual é o seu limite”, afirma.

Em outro momento do Provoca, a atriz relembra como era ser gay nos anos 80, em São Paulo, com o surgimento do vírus da Aids. “Eu perdi amigos tomando Novalgina porque não tinha o que se dar. Você ligava para alugar um apartamento, quando te viam, diziam que já estava alugado (...) era um câncer gay (...) você andava nas ruas e as pessoas diziam Aids (...) a gente lembrava de semana ter oito velórios (...) era como se a culpa fosse você ser gay”, conta.

"Quando você perdeu a virgindade?", pergunta Tas. “Com 23 anos, em Serrania, eu tinha um bofe que eu era apaixonada a vida inteira e eu falava na república que a primeira vez vai ser assim, assim e assim, e os meus amigos de quarto falavam: ‘você tá maluca? Isso não acontece nem com mulher, vai acontecer com viado?’ Aconteceu do jeito que eu queria (...) foi no sábado de Aleluia, no cafezal (...) até hoje eu passo lá e falo: foi aqui ó”, brinca Nany. Lei Nacional de Incentivo à Cultura - Realização – TV Cultura, Ministério da Cultura, Governo Federal.

.: "Teatro de Grupo em Tempos de Ressignificação", um livro histórico


Obra de 876 páginas faz levantamento inédito e apresenta história, repertório e processos criativos de mais de 330 companhias teatrais do interior e litoral.

O livro “Teatro de Grupo em Tempos de Ressignificação: Criações Coletivas, Sentidos e Manifestações Cênicas no Estado de São Paulo” é o segundo volume publicado pelo selo Lucias sobre a produção teatral paulista. A publicação tem organização de Ivam Cabral, diretor executivo da SP Escola de Teatro, ao lado de Alexandre Mate, Elen Londero e Marcio Aquiles. Trata-se de uma edição da Associação dos Artistas Amigos da Praça (ADAAP), organização social responsável pela criação e gestão da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo.

Se o primeiro volume, contemplado com o Prêmio Especial APCA 2021, focava no sujeito histórico teatro de grupo na capital e na Grande São Paulo, esta nova publicação tem como escopo o interior e o litoral do Estado. Uma rede de 50 pesquisadores mobilizou artistas e grupos de todas as regiões administrativas para compor a inédita cartografia teatral desses territórios. A edição conta com textos que descrevem a história, os processos criativos, as principais referências estéticas, parcerias e pedagogias de 335 coletivos. Esse material é complementado por artigos teóricos de acadêmicos e pesquisadores que têm esse fenômeno como objeto de estudo.

“Foi um trabalho hercúleo, como se pode perceber neste livro de quase 900 páginas, realizado graças ao esforço coletivo da ADAAP e essa maravilhosa trama de acadêmicos, artistas e grupos que conseguimos unir. Foram quase três anos de pesquisa, agora finalmente materializados nesta linda edição”, afirma Ivam Cabral, diretor executivo da SP Escola de Teatro.

Em seu texto de apresentação para o livro, Marília Marton, Secretária da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, destaca a relevância do tema: “É importante atentarmos que a existência dessas companhias representa não apenas um capital cultural simbólico – o que já seria suficiente – para o nosso povo, como também um ativo econômico poderoso. Seja nas ruas ou em grandes teatros, pequenos espaços culturais ou na praia, essas trupes movimentam a indústria criativa de seus respectivos territórios. São atores, cenógrafos, iluminadores, figurinistas, produtores, sonoplastas, técnicos de palco, jornalistas e assessores de imprensa, bilheteiros, recepcionistas e pipoqueiros que, por capilaridade, envolvem também os setores de alimentos e do turismo, só para citar os campos mais conhecidos”.

Uma característica central do sujeito histórico teatro de grupo retratado neste livro é que esses coletivos tomam a linguagem teatral como ponto de partida para experiências sociais de trocas significativas, propondo um objeto estético-histórico-social que se insere em suas respectivas comunidades geográficas e simbólicas. São grupos enraizados em seus tempos e territórios. Em seu texto introdutório, o professor Alexandre Mate aponta: “Os coletivos não se formam (o que seria significativo, também) para montar um espetáculo, trata-se de uma formação que vislumbra um caminhar utópico, mas pensado/tido a partir de estratagemas que aprofundem a relação entre si e com o público. Nesse processo, posto que sempre foi fruto de intencionalidades e de discussão (interna e externa, constantes), os caminhos estão atentos quanto às questões gerais e àquelas de formação e de natureza ética, técnica, pedagógica, política e estética”.

Por fim, a obra retrata também, de forma indireta, um período complicado para as companhias teatrais, uma vez que os textos foram escritos durante momentos críticos da pandemia, o que inevitavelmente influenciou nos temas abordados e no retrato do cotidiano dos coletivos na época. Assim, as dificuldades técnicas e econômicas dos grupos e a migração temporária para o teatro digital foram conteúdos incontornáveis. Depois do livro contemplando o teatro de grupo na capital e Grande SP e deste livro contemplando todo o estado, o próximo grande projeto do Selo Lucias será mapear os grupos de todas as capitais brasileiras.


Serviço
Lançamento do livro “Teatro de Grupo em Tempos de Ressignificação: criações Coletivas, Sentidos e Manifestações Cênicas no Estado de São Paulo”. Organização: Alexandre Mate, Elen Londero, Ivam Cabral e Marcio Aquiles. Editora: Selo Lucias/ADAAP. Dia 4 de outubro, às 19h. Local: SP Escola de Teatro - Unidade Roosevelt (Praça Roosevelt, 210 - Consolação / São Paulo-SP). Com a presença da Secretária da Cultura, Economia e Indústria Criativas Marilia Marton, do diretor da SP Escola de Teatro Ivam Cabral e convidados. Entrada franca e com distribuição gratuita do livro para os presentes. Posteriormente, o livro será disponibilizado para download gratuito no site da SP Escola de Teatro.

.: Com Gabriela Spanic no papel de gêmeas, "A Intrusa" chega ao Globoplay


Inédita no Brasil, a trama traz Gabriela Spanic como protagonista e é uma adaptação da obra da autora de sucessos como "Maria do Bairro", "Marimar" e "A Usurpadora. Foto: Televisa


Os fãs de novelas mexicanas já podem se preparar. Nesta segunda-feira, dia 11 de setembro, estreia mais uma novela inédita e dublada no Globoplay: "A Intrusa", que conta com a atriz Gabriela Spanic vivendo gêmeas novamente, assim como em "A Usurpadora", novela de sucesso que consagrou a atriz no papel das gêmeas Paola e Paulina. "A Intrusa" é um dos títulos que fazem parte do acordo entre Globo e TelevisaUnivision, anunciado no início do ano, que amplia a distribuição de conteúdo pelo Globoplay de grandes produções do LasEstrellas e de Vix+Originals, além de acesso ao acervo de grandes sucessos produzidos pela Televisa.  

 A adaptação do clássico "Valentina", da radionovelista cubana Inés Rodena - autora de sucessos da plataforma, como "Maria do Bairro", "Marimar" e "A Usurpadora", apresenta a história da família Junquera, cujo patriarca está prestes a morrer e não confia nos filhos para cuidar do seu patrimônio.  O ricaço pede que Virginia (Gabriela Spanic), babá de seu filho mais novo, aceite se casar com ele em segredo para que, no futuro, ela possa cuidar dos filhos dele.

Vivendo como uma intrusa, mas com plenos poderes e controle das finanças, Virginia precisa conquistar os herdeiros. Para complicar, ela segue apaixonada pelo filho mais velho, Carlos Alberto (Arturo Peniche), que está prestes a se casar com a oportunista Anabella (Dominika Paleta). Para completar, Virginia ainda lida com uma irmã gêmea, Vanessa (Gabriela Spanic), que tem uma vida bem simples em um povoado de Veracruz e vive lhe pedindo dinheiro.

Diferente da trama de "A Usurpadora", a novela começa com protagonismo de Virginia, a irmã bondosa que tem uma vida financeira confortável com a família Junquera. Vanessa, a irmã pobre e ambiciosa, não chega a ser vilã, apesar de tentar seduzir Carlos Alberto durante uma passagem pela capital. Em determinado momento, diante de acontecimentos importantes na trama, Vanessa ganha o protagonismo e chega na mansão dos Junquera com desejo de vingança. 


Curiosidades sobre a trama
"A Intrusa" é uma telenovela mexicana produzida por Ignacio Sada Madero para a Televisa, exibida pelo Canal de las Estrellas entre 16 de abril a 19 de outubro de 2001, em 135 capítulos, sucedendo "Mujer Bonita" e sendo sucedida por "Salomé". A trama é uma adaptação de "Valentina" de 1975 original de Inés Rodena e sendo adaptada por Carlos Romero. Foi protagonizada por Gabriela Spanic, interpretando gêmeas novamente, e Arturo Peniche, e antagonizada por Dominika Paleta, Laura Zapata, Karla Álvarez, Chantal Andere, Claudio Báez, Juan Pablo Gamboa e Sergio Sendel.

O SBT havia adquirido os direitos de exibição da novela em meados de 2003/2004 e teve alguns capítulos dublados. Em 2005, o SBT chegou a anunciar a novela dentro de um pacote de novidades na programação. Desse modo, no anúncio havia uma cena do folhetim. Contudo, a trama acabou sendo engavetada pela emissora por falta de patrocinadores na época. Estreia nesta segunda-feira, dia 11 setembro, na plataforma de streaming Globoplay com 15 capítulos semanais, até o dia 6 de novembro de 2023, totalmente dublada em português.


Acordo entre Globo e TelevisaUnivision 
Produzida pela TelevisaUnivision, "A Intrusa" é um dos três títulos já anunciados pelo Globoplay como parte do acordo de ampliação da distribuição de conteúdo da maior empresa de mídia e obras em espanhol do mundo pela plataforma brasileira. A parceria entre Globo e TelevisaUnivision permite ao Globoplay a estreia, no Brasil, de produções tanto do canal aberto mexicano Las Estrellas como do ViX+, serviço de streaming da TelevisaUnivision voltado para o mercado hispânico, além de acesso ao conteúdo histórico de grandes sucessos da TV produzidos pela Televisa.  

Além de "A Intrusa", títulos como "O Privilégio de Amar" e "A Candidata", também fazem parte do acordo. Entre os grandes sucessos de Las Estrellas, já estão disponíveis no catálogo  do Globoplay as séries "Rubi" e "Sem Medo da Verdade" e as novelas "Marimar", "Maria do Bairro", "A Usurpadora", "Império de Mentiras", "Amar a Morte" e "Cair em Tentação" e a recém-lançada versão atualizada de "Os Ricos Também Choram".



sexta-feira, 8 de setembro de 2023

.: Grupo Sobrevento estreia "Cadê o Sobrevento?: Vinte Anos Depois"


Temporada acontece de 7 de setembro a 1º de outubro; encenação é voltada para público de todas as idades e traz texto inédito criado especialmente pelo argentino Horácio Tignanelli, um dos maiores nomes da dramaturgia para crianças e do Teatro de Bonecos da América Latina; Espetáculo volta a reunir artistas como Arrigo Barnabé (direção musical), João Pimenta (figurino) e Telumi Hellen (cenografia). Foto: Marco Aurélio Olimpio


Reconhecido internacionalmente como um dos mais destacados grupos brasileiros de Teatro de Animação, o Grupo Sobrevento estreia "Cadê o Sobrevento? Vinte Anos Depois". A temporada acontece no Teatro do Sesc Pompeia, em cartaz até dia 1º de outubro de 2023, sextas e sábados às 20h, e domingos e feriados às 17h. Os ingressos custam R$ 8, R$ 12,50 a R$25. 

Há 20 anos, o famoso Grupo de Teatro de Bonecos Sobrevento, conhecido pelo espetáculo "Cadê Meu Herói?", desapareceu sem deixar vestígios. Grafites e protestos no país exigem respostas. No mesmo castelo que servia de cenário para o espetáculo de antigamente, uma baronesa aprisiona a sua filha, que busca explorar o mundo exterior ao completar 18 anos. Enfrentando monstros e heróis, a história revela as mudanças no Sobrevento, no seu Teatro e no mundo, passados 20 anos.

No enredo, o mistério do desaparecimento, há vinte anos, do Grupo de Teatro de Bonecos Sobrevento, que se tornou mundialmente famoso pelo espetáculo Cadê Meu Herói?, e que teria simplesmente sumido, sem deixar vestígios. Pichações e grafites espalhados pelo país somam-se à indignação de personalidades do meio teatral que cobram respostas das autoridades competentes. No mesmo castelo que servia de cenário para o espetáculo de antigamente, uma baronesa aprisiona a sua filha, por medo dos perigos do mundo além dos muros, quando ela, que completa seus 18 anos, insiste em partir. Povoado de monstros e paladinos que impedirão qualquer tentativa de resgate da donzela, a peça constitui uma aventura divertida e debochada sobre as mudanças do mundo e do próprio Sobrevento e seu Teatro, passados 20 anos.

Montagem
A encenação traz texto inédito, criado especialmente para o grupo pelo argentino Horácio Tignanelli, um dos maiores nomes da dramaturgia para crianças e do Teatro de Bonecos da América Latina. O espetáculo, que teve a orientação presencial do mestre chinês Yeung Fai (quinta geração de uma família especializada no Teatro de Fantoches do sudeste chinês), revela uma técnica de manipulação virtuosística e malabarística, em que os bonecos dão cambalhotas, estrelas, saltos mortais e são capazes de realizar ações muito delicadas e surpreendentes, como dançar com um leque, lutar e, até mesmo, servir um chá. 

Do lado de fora do castelo que serve de cenário à montagem, um telão amplia todos os detalhes da manipulação, mostrando a sutileza dos movimentos dos bonecos, alcançados por meio de um longo treinamento, iniciado em 1998, somado a toda a sem-cerimônia que o antropofágico Teatro brasileiro gosta de cultivar. A equipe é praticamente a mesma dos espetáculos mais recentes do Sobrevento - direção de Luiz André Cherubini, dramaturgia de Horácio Tignanelli, cenografia de Telumi Hellen, direção musical e músicas de Arrigo Barnabé, figurinos de João Pimenta, iluminação de Renato Machado e escultura dos bonecos de Agnaldo Souza e Mandy.

No elenco estão os atores-manipuladores Agnaldo Souza, Luiz André Cherubini, Maurício Santana e Sandra Vargas. Haverá, também, intervenções gravadas em vídeos com a participação de artistas envolvidos no processo.


Uma dramaturgia que espelhe as mudanças do nosso tempo
O texto mostra, de forma crítica e muito bem-humorada, as personagens apresentadas no espetáculo "Cadê o Meu Herói?" (do mesmo autor) e traça um paralelo entre o que aconteceu com elas, com o Teatro e com o mundo, em um intervalo de 20 anos. E apesar de tantas mudanças, ou graças a elas, nos damos conta de que, mais do que nunca, precisamos do bom e novo diálogo para resolver os velhos problemas.  O projeto é realizado pelo Governo do Estado de São Paulo, por meio do Programa de Ação Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.


A luva chinesa
A origem da arte dos bonecos de luva chineses perde-se no tempo e remonta, possivelmente, ao século XVI. Toda a movimentação dos bonecos demanda um longo treinamento que o Sobrevento desenvolve há mais de vinte anos. Nesta técnica, os bonecos podem fazer ações surpreendentes tais como ser jogados para o alto e retomados na mão; lançar flechas; servir e tomar chá; colocar óculos; manejar espadas, lanças e alabardas; lutar; vestir e desvestir roupas, entre muitas outras possibilidades.

Grupo Sobrevento
Fundado em 1986, o Sobrevento é um grupo profissional de Teatro que mantém um repertório de espetáculos e que se dedica à pesquisa, teórica e prática, da animação de bonecos, formas e objetos  .  Desde sua fundação, o Grupo mantém um trabalho estável e ininterrupto e tem-se apresentado em mais de uma centena de cidades de 23 estados brasileiros. O Sobrevento esteve, também, no Peru (1988), Chile (1996, 2002, 2009, 2010 e 2017), Espanha (1997, 1999, 2000, 2001, 2004, 2007, 2008, 2009, 2010, 2011, 2014 e 2018), Colômbia (1998 e 2002), Escócia (2000), Irlanda (2000), Argentina (2001), Angola (2004), Irã (2010), México (2010), Suécia (2011), Estônia (2011),  Inglaterra (2013), França (2017), Eslováquia (2018), China (2017 e 2019) e Índia (2020), representando o Brasil em alguns dos mais importantes Festivais Internacionais de Teatro e de Teatro de Bonecos.

Os mais recentes espetáculos do Sobrevento foram "Mozart Moments" (1991), "Beckett" (1992), "O Theatro de Brinquedo" (1993), "Ubu!" (1996), "Cadê o Meu Herói?" (1998), "O Anjo e a Princesa" (1999), "Brasil para Brasileiro Ver" (1999), "Submundo" (2002), "O Cabaré dos Quase-Vivos" (2006), "O Copo de Leite" (2007), "Orlando Furioso" (2008), "Meu Jardim" (2010), "Bailarina" (2010), "A Cortina da Babá" (2011), "São Manuel Bueno, Mártir" (2013), "Sala de Estar" (2013), "Eu Tenho Uma História" (2014), "Só" (2015), "Terra" (2016), "Escombros" (2017), "Noite" (2019), "O Amigo Fiel" (2019), "Pérsia" (2022) e "Pra Lá de Teerã" (2022). 


Ficha técnica
Espetáculo "Cadê o Sobrevento? Vinte Anos Depois". Criação: Grupo Sobrevento. Direção: Luiz André Cherubini  Atores-manipuladores: Agnaldo Souza, Luiz André Cherubini, Maurício Santana e Sandra Vargas. Dramaturgia: Horácio Tignanelli. Assessoria de manipulação Luva Chinesa: Yeung Fai. Cenografia: Telumi Hellen.Cenotecnia: Casa Malagueta (Equipe: Giorgia Massetani, Júlia Leandro, Igor B Gomes, Dandhara Shoyama, João  Chiodo, Shampzzs e Alício Silva). Direção musical e músicas: Arrigo Barnabé. Figurinos: João Pimenta. Iluminação: Renato Machado. Técnico de iluminação: Marcelo Amaral. Escultura bonecos: Agnaldo Souza e Mandy Bonecos e adereços: Agnaldo Souza. Figurinos bonecos: J. E. Tico. Assistência figurinos bonecos: Bernardo Puyol. Operação de som e vídeo: Lupe Cherubini. Direção de produção: Sandra Vargas. Produção executiva: Maurício Santan. Assistente de produção: Laura Vargas Cherubini.Assessoria de imprensa: Canal Aberto - Márcia marques, Caroline Zeferino e Daniele Valério. Programação visual: Marcos Corrêa / Ato Gráfico. Fotos: Marco Aurélio Olímpio. Vídeo: Icarus Filmes


Serviço
Espetáculo "Cadê o Sobrevento? Vinte Anos Depois". Até dia 1º de outubro de 2023. Temporada: sextas e sábados às 20h, e domingos e feriados às 17h. Sesc Pompeia - Rua Clélia, 93 - Pompeia/São Paulo. Ingressos: R$ 8 (credencial plena), R$ 12,50 (pessoas com +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino); e R$ 25 (inteira). Classificação indicativa: para todas as idades Duração: 50 minutos. Acessibilidade: sessões com intérprete de libras nos dias 7, 16, 23 e 30 de setembro. Ingressos à venda on-line e nas bilheterias.

.: Ícaro Rodrigues debate o sistema prisional no Brasil com espetáculo


Adaptação de conto sobre presídio tem direção de Roberta Estrela D'Alva e usa poesia falada para ampliar vozes silenciadas. Foto: Noelia Nájera

O debate sobre o sistema prisional e a violência contra marginalizados presente na obra do dramaturgo Plínio Marcos (1935-1999) ganha um toque de modernidade na montagem de "Inútil Canto e Inútil Pranto Pelos Anjos Caídos", espetáculo solo idealizado e protagonizado pelo ator Ícaro Rodrigues. 

Com direção de Roberta Estrela D'Alva, a peça estreia temporada no Sesc Vila Mariana nesta sexta-feira, dia 8 de setembro. As sessões acontecem às sextas-feiras, às 20h, e aos sábados, às 18h30, e seguem até 7 de outubro. O trabalho foi contemplado na 15ª edição do Prêmio Zé Renato, programa de incentivo ao teatro da Prefeitura de São Paulo e discute o encarceramento em massa, levando o público ao ambiente cru, cruel e complexo de um presídio. 

O encontro de Ícaro Rodrigues com o conto de Plínio Marcos surgiu quando o ator trabalhou como educador de Teatro e Literatura em unidades da Fundação Casa. “A ideia era olhar para esse espaço escondido da sociedade, para o qual ninguém quer olhar. Embora eu trabalhasse na Fundação três vezes por semana, os sons e os cheiros dos ambientes ficavam muito presentes em mim durante toda a semana, assim como as conversas que eu tinha com os jovens, que sempre tiveram uma relação de muito respeito comigo”, conta o ator.

A partir de então, ele diz que o texto se tornou “um grande companheiro naquele ambiente onde tantas violências eram e ainda são normalizadas”. A obra, publicada em 1977, é um conjunto de contos sobre a morte de detentos que se rebelaram em uma cadeia de Osasco. “Nós queremos dizer o que a obra diz e não fizemos cortes no texto, mas o espetáculo propõe um diálogo entre a dramaturgia textual, cênica e sonora com questões atuais, que estão presentes em forma de registro sonoro, com citação de música e samples. Esse recurso pode reforçar ou questionar o que está sendo dito e trazer outras possibilidades de interpretação e interação com a obra”, explica Rodrigues. 

A encenação propõe performances corporais e vocais para dar vida a este texto. O trabalho corporal de Ícaro busca mostrar o esgotamento e o despedaçamento de quem vive essa dura realidade, misturando sentimentos de prontidão, cansaço e revolta tão comuns a essas pessoas. Já o trabalho vocal bebe na fonte da poesia falada e busca referência nos slams e saraus que ocorrem nas periferias de São Paulo e do mundo, guiado pelo trabalho da artista e diretora Roberta Estrela D'Alva. Segundo Roberta, o “spoken word” foi fundamental para a transformação do conto em um espetáculo de teatro. “Este não é um texto teatral, então a pesquisa foi importante para dar cor e ritmo à palavra escrita”, diz. 

A montagem também conta com gravações sonoras de pessoas que estiveram presas para promover um intercâmbio de temporalidades. O uso de arquivos de áudio no teatro faz parte das pesquisas desenvolvidas pela diretora e pelo Núcleo Bartolomeu, grupo do qual faz parte. “Nós procuramos vozes que fossem representativas do assunto que estamos falando. Utilizamos entrevistas do rapper Dexter, por exemplo, que esteve no sistema carcerário”, conta. 

Além do ator e da diretora, a equipe criativa do projeto é formada por artistas que participam ativamente do movimento de ampliação do espaço das estéticas negras e periféricas nas artes brasileiras, para criar um efeito de identificação e reconhecimento no público. Como parte do projeto contemplado pelo prêmio, a equipe levou a montagem para centros culturais e fábricas de cultura da periferia de São Paulo durante o final de julho e todo o mês de agosto, tendo passado por Brasilândia, Capão Redondo, Jaçanã, Vila Formosa, Vila Nova Cachoeirinha e Jardim São Luís. 

“Como morador de periferia, sei que sempre estivemos muito próximos e tivemos muito medo de abordagens policiais e prisões, independentemente de ter cometido um crime ou não. É um tema que atravessa a vivência das pessoas periféricas. E, para mim, é muito importante começar a trajetória do espetáculo trocando com esse público, que vem de onde eu venho”, explica Rodrigues.

As apresentações nestes locais foram gratuitas para cumprir o objetivo de reduzir desigualdades no acesso à cultura. Além disso, a equipe promoveu diálogos e debates públicos sobre a situação do sistema prisional brasileiro.


Ficha técnica
Espetáculo "Inútil Canto e Inútil Pranto Pelos Anjos Caídos". Texto: Plínio Marcos. Ator: Ícaro Rodrigues (@icarorodriguesabc). Direção: Roberta Estrela D'Alva (@estreladalva). Assistência de direção: Cecília Gobeth (@ceciliagobeth). Direção musical: Dani Nega (@daninega). Iluminação: Matheus Brant (@matheusbrant). Figurino: Éder Lopes (@e.ederlopes). Preparação corporal: Cecília Gobeth (@ceciliagobeth). Operação de luz: Matheus Espessoto (@mitocondriaria). Operação de som: André Papi e Hugo Bispo (@salvepapi @hugodosbaixo). Design gráfico: Murilo Thaveira (@murilothaveira). Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli. Produção: Catarina Milani e Ícaro Rodrigues. Assistência de produção: Éder Lopes (@e.ederlopes). Idealização do Projeto: Ícaro Rodrigues.


Serviço
Espetáculo "Inútil Canto e Inútil Pranto Pelos Anjos Caídos". Temporada: 8 de setembro a 7 de outubro de 2023. Sextas, às 20h, e sábados, às 18h30. Auditório do Sesc Vila Mariana. Autoclassificação: 12 anos. Ingressos: Os ingressos disponíveis no aplicativo Credencial Sesc SP e pelo Portal Sesc SP, a partir de 29/8, 17h; e nas bilheterias do Sesc em todo o Estado de SP, a partir de 30/8, 17h – R$ 10 (credencial plena); R$ 15 (estudante, servidor de escola pública, idosos, aposentados e pessoas com deficiência) e R$ 30 (inteira) 


Sesc Vila Mariana
Rua Pelotas, 141, Vila Mariana/São Paulo. Central de Atendimento (Piso Superior – Torre A): terça a sexta, das 9h às 20h30; sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h (obs.: atendimento mediante a agendamento). Bilheteria: terça a sexta, das 9h às 20h30; sábado, das 10h às 18h e das 20h às 21h; domingos e feriados, das 10h às 18h. Estacionamento: R$ 5,50 a primeira hora + R$ 2,00 a hora adicional (Credencial Plena: trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes). R$ 12 a primeira hora + R$ 3,00 a hora adicional (outros). 125 vagas. Paraciclo: gratuito (obs.: é necessário a utilização travas de seguranças). 16 vagas. Informações: 5080-3000.

.: Crítica musical: "Casa Ramil", uma família musical por natureza


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.

A família Ramil decidiu mostrar no palco um pouco de sua musicalidade. Como se abrissem a porta de sua casa para o público presente nas duas apresentações registradas no Theatro São Pedro, em Porto Alegre, fizeram um registro raro e emocionante, resgatando canções consagradas e mostrando outras mais recentes. E esse registro chega agora nas plataformas digitais por intermédio do gravadora Biscoito Fino.

O espetáculo "Casa Ramil" teve como objetivo levar para o palco o espírito dos encontros familiares descontraídos na casa dos Ramil. Kleiton & Kledir e Vitor foram os pioneiros: conquistaram o país e colocaram a música do Sul no mapa da música brasileira. Já lançaram dezenas de discos e fazem shows pelo mundo afora. Suas canções foram gravadas por grandes intérpretes da música popular brasileira, como Gal Costa, Simone, Milton Nascimento, Caetano Veloso, Nara Leão, Ivan Lins, Ney Matogrosso, Adriana Calcanhotto, MPB4 e Chico César, além de artistas de renome da música internacional, como Mercedes Sosa, Jorge Drexler, Fito Paez e León Gieco, entre tantos outros.

Ian, Thiago, Gutcha e João Ramil, da segunda geração da família, já acumulam uma legião de admiradores em shows, discos e redes sociais. Já receberam vários prêmios importantes, com destaque para o Grammy Latino: Thiago foi indicado na categoria “Melhor Álbum Pop Contemporâneo”, e Ian saiu vencedor na categoria “Melhor Álbum de Rock”. 

O resultado dessa união familiar produziu uma espécie de colcha de retalhos musicais. O registro tem a indefectível "Vira Virou" (um dos primeiros hits da dupla Kleiton e Kledir, que fez sucesso também com o grupo MPB-4) e a bela "Estrela Estrela" (composição de Vitor Ramil que foi gravada por Gal Costa no auge de sua carreira, nos anos 80).

Mas o que chama a atenção são as canções menos conhecidas do grande público, como a surpreendente "Artigo 5º", na qual Ian Ramil coloca de forma genial uma melodia em ritmo reggae no texto do quinto artigo da Constituição Federal. Posso citar ainda a divertida "Autoretrato", cantada com maestria por todos. Há ainda a saudosista "Noite de São João", cuja letra lembra as festas juninas realizadas no sul do país.

O álbum foi gravado por André Colling e mixado/masterizado por Leo Bracht. O vídeo do show tem a direção de Renato Falcão (diretor de fotografia de "A Era do Gelo", "Rio", etc). Espero que a família Ramil resolva gravar mais um disco, uma vez que há várias outras canções que poderiam ser incluídas em um segundo volume.

"Vira Virou"

"Autorretrtato"

"Estrela Estrela"

quinta-feira, 7 de setembro de 2023

.: Crítica: "A Freira 2" é superior a "A Freira" e se amarra a "Invocação do Mal"

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em setembro de 2023


"A Freira 2 (The Nun 2)", em cartaz no Cineflix Cinemas é o tipo de sequência que consegue manter a qualidade da franquia "Invocação do Mal" e até chega a  ser superior ao excelente antecessor, "A Freira" (The Nun), dirigido por Corin Hardy ("A Maldição da Floresta", "Invocação do Mal 2"), além de seguir com a trama do invencível demônio Valak, insere novos personagens e entrega um recapitula de acontecimentos por meio do "disse-me-disse" -maravihoso para quem não viu o filme anterior ou não se recorda muito bem da história.

O longa protagonizado por Taissa Farmiga, a irmã de Vera Farmiga (Lorraine de "Invocação do Mal"), que ficou conhecida por brilhar na série "American Horror Story", ganha a direção de Michael Chaves ("A Maldição da Chorona", "Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio"). Ainda que não seja desta vez que o público vá ver as irmãs Farmiga na telona, lado a lado, "A Freira 2" surpreende ao levar o público para a França de 1956 e balancear entre sequências do gênero terror conhecidas, mas que amamos assistir, como por exemplo, a bola empurrada para o nada escuro e que volta, enquanto trabalha o inesperado garantindo sustos gigantes.


O longa "A Freira 2", começa numa igreja quando um garotinho auxilia um padre até que a morte se faz presente -cena de fazer o queixo cair, mas que remete ao início de "A Morte do Demônio: A Ascensão"- e o mal se espalha, chamando a atenção da igreja católica. Longe, a não mais noviça, Irene, pacífica, tenta ajudar a rebelde irmã Lisa (Storm Reid, de "Euphoria" e "The Last Of Us") que não quer se confessar. Amigas no convento, Lisa acompanha Irene na missão de dar fim ao demônio Valak. Assim, a irmã Irene reencontra o amigo chamado de Francês, o Maurice, e o terror na telona do cinema faz grudar os olhos em cada cena repleta de sustos.

O filme com roteiro de Ian Goldberg, Richard Naing e Akela Cooper tem uma cena pós-créditos empolgante para os fãs da franquia iniciada com "Invocação do Mal". É justamente nesse ponto em que a esperença de ver as Farmiga em cena, juntinhas ganha força. "A Freira 2" é um dos grandes filmes de terror do ano, assim como os excelentes "A Morte do Demônio: A Ascensão" e "Fale Comigo". Imperdível! 

Os ingressos podem ser garantidos aqui vendaonline.cineflix.com.br/movie/freira-2.

Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 

 

"A Freira 2" (The Nun 2) Ingressos on-line neste link

Gênero: terror thriller. Classificação: 16 anos. Duração: 1h50. Ano: 2023. Idioma: inglês. 
Distribuidora: Warner Bros. Pictures. Direção: Michael ChavesRoteiro: Akela Cooper, Ian B. Goldberg, Richard Naing. Elenco: Taissa Farmiga (Sister Irene), Jonas Bloquet (Frenchie, Maurice), Storm Reid (Sister Debra), Anna Popplewell (Kate). Sinopse: Em 1956, na França, um padre é assassinado e parece que um mal está se espalhando. Determinada a deter o maligno, irmã Irene mais uma vez fica cara a cara com uma força demoníaca.

.: Teatro: "O Porteiro - A Comédia" em cartaz no Teatro das Artes em São Paulo

Após o filme nos cinemas de todo Brasil, Alexandre Lino fará duas únicas sessões de O Porteiro – A Comédia no Teatro das Artes em São Paulo no mês de setembro. Foto: Janderson Pires


Uma das comédias de maior sucesso no Brasil, vencedor do prêmio FITA e indicado ao Prêmio do Humor idealizado por Fábio Porchat, o espetáculo “O Porteiro – A Comédia”, com o ator Alexandre Lino, faz duas apresentações no Teatro das Artes nos dias 13 e 14 de setembro, com gratuidade exclusiva para os porteiros que comprovarem que são profissionais da área.

A peça tem direção de Paulo Fontenelle, que também assina o texto. A montagem faz uma grande e divertida homenagem a todos os porteiros do Brasil. A comédia já passou por diversos Estados, entre eles: Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Maranhão e o Distrito Federal com sessões lotadas e sucesso de crítica. Visto por mais de 100 mil espectadores a peça, só no Rio de Janeiro, já cumpriu 09 temporadas com muitas sessões esgotadas. Baseada em histórias reais, o ator Alexandre Lino, todos os anos volta à cena especialmente para comemorar o dia do Porteiro e dessa vez para comemorar o filme que celebra o sucesso da peça.

O espetáculo tem muito humor nordestino, o texto foi montado a partir de depoimentos coletados em entrevistas a vários porteiros nordestinos que deixaram sua cidade natal em busca da realização de seus sonhos. O espetáculo, por essa razão, gerou uma grande empatia e uma relação de pertencimento do público e dos inúmeros porteiros que assistiram à peça em todo país.

“O Porteiro" não é uma peça comum, é uma experiência interativa em que os espectadores são convidados a participar de um grande e divertido encontro de condôminos. A plateia são os moradores deste edifício. E em todas as apresentações a espontaneidade do público torna cada espetáculo totalmente diferente um do outro e uma grande festa acontece nesta reunião coordenada pelo Porteiro Waldisney.

Personagem “Porteiro” não é novidade para Lino, pois como migrante nordestino considera que esta é uma das possibilidades reais para aqueles que buscam uma chance na “cidade dos sonhos”. Mas se na realidade ele nunca exerceu esse ofício nas artes, está se tornando um especialista. Além da peça O Porteiro, Lino integrou o elenco da série A Cara do pai, da rede Globo, dando vida ao porteiro Gilmar, viveu outros em publicidade e no filme Apaixonados. E agora um filme para chamar de seu com grandes estrelas do humor.

“No meio de nossa sociedade existe um Brasil notado por poucos. Um grupo formado por pessoas que apesar de conviver conosco, até frequentar nossa casa e fazer parte de seu dia a dia, é como se não estivesse lá. O espetáculo O Porteiro inverte tudo isso, e são eles, os porteiros, os protagonistas. Com sua irreverência e muito humor, deixam a invisibilidade para apresentar a realidade como um grande parque de diversão. Afinal, invisível não são as pessoas, invisíveis são suas histórias” conclui Lino,

Sinopse: Diante do não comparecimento do síndico a uma reunião de condomínio onde Waldisney trabalha, o porteiro assume o controle da situação.

FICHA TÉCNICA:

Texto e direção: Paulo Fontenelle

Elenco: Alexandre Lino

Iluminação: Renato Machado

Cenário e figurino: Karlla de Luca

Assistente de direção: Rodrigo Salvadoretti

Preparação corporal e voz: Paula Feitosa

Direção de arte e produção: Alexandre Lino

Produção executiva: George Azevedo

Programação visual: Guilherme Lopes Moura

Fotos: Janderson Pires

Produção: Márcia Andrade e Tom Pires

Produção executiva: Daniel Porto

Assessoria de imprensa: Fabio Camara

Realização: Cineteatro


SERVIÇO:

Local: Teatro das Artes.  (Av. Rebouças, 3970 - Pinheiros). Shopping Eldorado. 642 lugares.

Data: 13 e 14 de setembro (Quarta e Quinta 20h)

Ingressos: Plateia - R$ 80,00 e R$ 40,00 (meia-entrada) e Balcão – R$ 70,00 e R$ 35 (meia)

Informações: (11) 3034-0075 @oporteiroacomedia

Vendas pela internet: https://bileto.sympla.com.br/event/85427/d/208631

Duração: 90 min

Classificação: 12 anos 

Assista: 


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.: "A Divisão": série Original Globoplay estreia terceira temporada dia 29

Com produção de AfroReggae Audiovisual e A Fábrica, drama policial é protagonizado por Silvio Guindane e Erom Cordeiro e conta com Neusa Borges, Nivea Maria, Tony Tornado, Marcelo Adnet e grande elenco. Foto: Rede Globo


Para quem gosta da mistura de adrenalina, suspense e tensão, o Globoplay tem uma dica perfeita com esse combo: o drama policial "A Divisão", que estreia nova temporada na plataforma a partir de 29 de setembro.    

Missão é o que não falta na rotina da Divisão Antissequestro comandada por Mendonça (Silvio Guindane) e Santiago (Erom Cordeiro). Dessa vez, a equipe enfrenta um novo inimigo: os narco sequestradores, e ganha reforços, como a detetive Andrea, nova personagem, interpretada por Aisha Jambo, e Lavínia (Branca Messina), a ex-corregedora da polícia civil que agora se dedica à DAAS. Outra grande novidade é a chegada de Armando, personagem de Marcelo Adnet que vai agitar a trama trazendo o humorista em uma faceta totalmente diferente de seus papéis anteriores.   

 “Na terceira temporada passamos a ter também o ponto de vista da pessoa sequestrada e dos sequestradores. Antes, estava mais restrito aos policiais, e agora o público pode conhecer novas trama e diferentes histórias. E acho que esse aprofundamento faz toda a diferença”, antecipa o criador José Junior.     

E o esquenta para a estreia pode começar a qualquer momento, com maratona das duas primeiras temporadas da série, disponíveis na íntegra no Globoplay. Já a inédita, cheia de cenas de ação de tirar o fôlego, conta ainda com a volta da médica Fernanda (Cinnara Leal), além das participações especiais de Neusa Borges, Tony Tornado, Marcello Melo e Dudu Nobre. Entre outras novidades do elenco, Nivea Maria, Jorge Jeronymo, Roberto Pirillo, Gabriel Godoy, Alice Morena, Ricardo Chantilly, Ana Carolina Dias, Felipe Roque, Diego Raymond, Carol Tavares, Rogério Casanova, Thiago Thomé, Rafa de Martins e Pedro Caetano.   

"A Divisã"' é uma obra Original Globoplay, criada por José Junior e José Luiz Magalhães, com direção geral de Lipe Binder. A série é escrita por José Junior, José Luiz Magalhães, Gustavo Rademacher, Bárbara Velloso e Clara Meirelles. A produção é feita por AfroReggae Audiovisual e A Fábrica. 


quarta-feira, 6 de setembro de 2023

.: "Amor Por Engano": Lynn Painter lança nova comédia romântica na Bienal


Autora do aclamado livro juvenil Melhor do que nos filmes, Lynn Painter é um fenômeno no TikTok e best-seller do The New York Times. Depois do sucesso deste seu primeiro livro publicado no Brasil, a autora traz toda a sua sagacidade e irreverência em "Amor por engano". Embalado por uma narrativa divertida, cheia de reviravoltas e com uma pitada sensual, a comédia romântica bem-humorada será lançada em setembro pela Intrínseca. 

Os fãs têm um encontro marcado com a escritora norte-americana no dia 10 de setembro (domingo), às 13h, na Bienal do Livro Rio. Após o bate-papo, a autora vai receber os leitores para uma sessão de autógrafos.

Em "Amor por engano", conhecemos Olivia. Depois de ser demitida e descobrir que seu namorado estava tendo um caso com uma colega de trabalho, ela decide fechar este ciclo desastroso queimando as cartas que seu ex lhe escrevia. Ela só não esperava que, ao fazer isso, acabaria incendiando o prédio inteiro.

Sem emprego, sem casa e sem namorado, Olivia vai morar com o irmão e o amigo irritante — e extremamente gato — dele, Colin Beck. Tudo parece estar dando errado, mas, quando ela recebe uma mensagem sensual de um número desconhecido, sua vida começa a ficar mais emocionante. O que deveria ter sido um engano acaba se transformando num relacionamento envolvente — mesmo que ela não saiba a identidade do “cara do número desconhecido”.

Colin Beck sempre considerou Olivia a irmã mais nova e insuportável do seu melhor amigo. Mas aquela garotinha destrambelhada que ele conhecia se tornou uma mulher atraente e divertida, então quando Olivia se muda para seu apartamento e uma vontade incontrolável de ficar cada vez mais perto dela começa a surgir, a preocupação toma conta de Colin. Ele tem certeza de que consegue manter distância de Olivia, até descobrir que ela é a garota anônima com quem vem tendo conversas picantes há dias, desde que mandou uma mensagem sem querer para o número dela.

Olivia e Colin não se suportam, mas a química entre eles é inegável, e, por mais que tentem, não conseguem ficar longe um do outro. Será que um engano pode fazer esse casal improvável dar certo?


“O livro mais divertido, engraçado e cheio de tensão sexual que li em muito, muito tempo. Eu desafio você a não se apaixonar pela escrita de Lynn Painter.”Ali Hazelwood, autora de "A hipótese do amor"

  

Lynn Painter é autora best-seller de comédias românticas para leitores jovens e adultos. Ela mora com o marido e os filhos em Nebraska, nos Estados Unidos, e tem uma coluna no jornal Omaha World-Herald, onde fala sobre família e comportamento parental, apesar de ser o oposto de uma mãe exemplar. Quando não está atrás das crianças, Lynn gosta de ler, escrever, beber energético e assistir a filmes de comédia românticas.


Livro: "Amor Por Engano", de Lynn Painter

Tradução: Helen Pandolfi

Páginas: 304

Editora: Intrínseca

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