quarta-feira, 22 de novembro de 2023

.: Crítica: "Culpa e Desejo" retrata relação insaciável de Anne e Théo

 


Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em novembro de 2023

"Culpa e Desejo", em cartaz no Cineflix Cinemas, no Festival Varilux de Cinema Francês, entrega um enredo surpreendente, mas que pode acontecer na casa ao lado e ninguém tomará conhecimento -talvez. O drama com toques de suspense, dirigido por Catherine Breillat, retrata um casal em que Anne (Léa Drucker), a mulher, é um pouco mais jovem do que parceiro, o amoroso Pierre (Olivier Rabourdin). Contudo, aparentam uma boa relação a ponto de adotarem duas lindas menininhas e receberem visitas com frequência.

No entanto, tudo muda de figura com a presença constante do filho dele, Théo (Samuel Kircher), durante o verão. Assim, madrasta e enteado de 17 anos mergulham numa relação extremamente conflituosa, além de perigosa. Uma vez que Anne é uma renomada advogada especializada em violência sexual contra menores. No entanto, o receio inicial se vai e ambos seguem seus instintos incontroláveis. Desta forma, Anne coloca a posição profissional na corda bamba, assim como seu casamento. 

O longa distribuído pela Synapse entrega uma trama que evolui e provoca tensão diante das possibilidades de desfecho de todas as relações afetadas pela traição do filho e da esposa de Pierre. Como todo excelente filme francês, "Culpa e Desejo", concorrente à Palma de Ouro no Festival de Cannes 2023, em 1h44 vai além do julgamento ao retratar o quanto o ser humano pode ser insaciável em determinadas relações. Vale a pena conferir!

Confira a programação da semana e divirta-se: resenhando.com/2023/11/festival-varilux-de-cinema-frances_01344388285.html


Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 

Filme: "Culpa e Desejo" (L’été dernier)
Diretora: Catherine Breillat
Gênero: drama, suspense
Classificação: 16 anos
Ano de Produção: 2023
Idioma: Francês
Duração: 1h44
Distribuidora: Synapse
Elenco: Léa Drucker, Samuel Kircher, Olivier Rabourdin
Resumo: Anne é uma renomada advogada especializada em violência sexual contra menores. Ao conhecer o filho de 17 anos de seu atual parceiro, ela inicia um relacionamento com ele. Ao fazê-lo, corre o risco de pôr em risco a sua carreira e desmembrar a sua família.


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.: Crítica: "Sob as Estrelas" comove e inspira enquanto enche os olhos

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em novembro de 2023


"Sob as Estrelas", em cartaz no Cineflix Cinemas, no Festival Varilux de Cinema Francês, é o tipo de filme para assistir e se deliciar, afinal, o protagonista da trama dirigida por Sébastien Tulard, o jovem Yazid (Riadh Belaïche) se esforça para dar o seu melhor na cozinha. Embora tenha problemas com a mãe, que o leva a fazer de tudo para tentar ser notado e valorizado por ela, ainda garoto, ele é criado por uma família adotiva. Na juventude, integra um abrigo, o que fortalece ainda mais seu modo rebelde de agir.

Contudo, o rapaz tem uma paixão alimentada desde pequeno quando vivia na família adotiva. Determinado, ele tem como meta trabalhar com os maiores confeiteiros e se tornar o melhor. Ainda que precise ir de Epernay à Paris, passando por Mônaco. No entanto, além de lutar para aquietar os demônios interiores, Yazid ainda precisa lidar com quem o gerou. No entanto, é no momento decisivo que tal impasse literalmente lhe dá asas.

É indiscutível o quanto "Sob as Estrelas" inspira o público a batalhar pelos sonhos, enquanto traça m enredo extremamente comovente. Não somente pelas oportunidades que Yazid busca e cria para si, mas também faz com quem esteja do outro lado da telona, acabe se solidarizando com Yazid, quem tem uma mãe biológica que é puro desastre.

O longa distribuído pela Mares Filmes estampa delícias na telona, o que remete, por vezes, a outro filme presente no Festival Varilux de Cinema Francês, em 2021, "Delicioso: da cozinha para o mundo" (Délicieux), embora as produções da confeitaria do filme de 2023 sejam repletas de sofisticação. Vale muito a pena conferir "Sob as Estrelas" para encher os olhos com delícias do longa que é uma cinebiografia!

Confira a programação da semana e divirta-se: resenhando.com/2023/11/festival-varilux-de-cinema-frances_01344388285.html

Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 

Filme: "Sob as Estrelas" (A la belle étoile)
Diretor: Sébastien Tulard
Gênero: comédia, drama
Classificação: livre
Ano de Produção: 2023
Idioma: Francês
Duração: 1h50
Distribuidora: Mares Filmes
Elenco: Riadh Belaïche, Loubna Abidar, Christine Citti
Resumo: Desde cedo, Yazid teve apenas uma paixão: cozinhar. Criado entre uma família adotiva e um abrigo, o jovem forjou um caráter indomável. De Epernay à Paris, passando por Mônaco, ele tenta realizar seu sonho: trabalhar com os maiores confeiteiros e se tornar o melhor.


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.: Crítica: "As Bestas" é suspense eletrizante que leva o caos ao campo

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em novembro de 2023


"As Bestas", em cartaz no Cineflix Cinemas, no Festival Varilux de Cinema Francês, começa retratando o comportamento rústico de certos habitantes de um lugar bucólico. Contudo, há ali os mais novos moradores, um casal francês Antoine (Denis Menochet, de "Peter Von Kant") e Olga (Marina Fois) que vivem há dois anos nesta vila, no interior da Galícia, buscando proximidade com a natureza, lidando com o plantio e a colheita. 

Longe da filha Marie (Marie Colomb) e do neto, o casal leva uma vida sossegada, cultivando vegetais, além de recuperarem casas abandonadas na região. Por outro lado, nem Antoine ou Olga, são bem relacionados com os irmãos Xan (Luiz Zahera) e Lorenzo (Diego Anido) que vivem com a mãe, Madre Anta (Luisa Merelas). É quando o voto de rejeição de Antoine conta para a não aceitação de um projeto de energia eólica que os irmãos passam a perseguir Antoine -rendendo cenas assustadoras.

Selvagens e vingativos, os irmãos dão o tom de thriller para o longa dirigido por Rodrigo Sorogoyen que empolga e faz roer as unhas em 2h17. Não se engane em pensar que "As Bestas" é um filme sobre a tranquilidade que é viver no campo, muito pelo contrário. A produção distribuída pela Pandora envolve e empolga do início ao fim, com uma trama cheia de camadas que envolui a cada cena provocando arrepios para cada possível desfecho -sendo que a saída estampa do filme assusta. 

Sem pontas soltas, "As Bestas" cria uma forte conexão entre a primeira sequência, com um momento chave da trama que colocará Olga numa busca incessante a ponto de inserir a filha no caos do campo. O suspense eletrizante com muitas cenas no idioma Espanhol e outras em Francês, remete ao incrível "Kompromat", exibido no Festival Varilux de Cinema Francês de 2022, embora surpreenda completamente ao trazer o caos para um ambiente que passa calmaria. 

O filme "As Bestas", apresentado na mostra Première no Festival de Cannes de 2022, levou os Prêmios Goya e Prêmios CEC, em 2023, de Melhor Diretor, Melhor Roteiro Original e Melhor Filme, é definitivamente imperdível!

Confira a programação e divirta-se: resenhando.com/2023/11/festival-varilux-de-cinema-frances_01344388285.html

Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 

Filme: "As Bestas" (As Bestas)
Diretor: Rodrigo Sorogoyen
Gênero: suspense, drama
Classificação: 14 anos
Ano de Produção: 2022
Idioma: Francês
Duração: 2h17
Distribuidora: Pandora
Elenco: Denis Ménochet, Marina Fois, Luis Zahera
Resumo: Um casal francês se muda para uma vila no interior da Galícia, buscando proximidade com a natureza. Eles levam uma vida sossegada, plantam vegetais e recuperam casas abandonadas, mas não têm uma boa relação com os outros habitantes. Após rejeitar um projeto de energia elétrica eólica, dois irmãos da vizinhança se desentendem e levam a situação ao limite.

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.: Série "Brigitte Bardot" disponível no site do Festival Varilux a partir de quarta


Cena de “Brigitte Bardot”, codirigida por Danièle e Chistopher Thompson. Série ‘Brigitte Bardot’ estará disponível no site do Festiva Varilux de Cinema Francês a partir desta quarta-feira, 22. Foto: divulgação Varilux


“Brigitte Bardot”, série biográfica de grande sucesso na TV e Netflix francesa sobre o ícone do cinema dos anos 50, poderá ser vista em todo o Brasil pelo site do Festival Varilux de Cinema Francês. Inédita, a produção com seis episódios de 52 minutos ficará disponível gratuitamente pelo período de um mês: entre 22 de novembro e 22 de dezembro. Basta entrar no site e a partir da home page clicar na imagem em destaque ou na lista de filmes: variluxcinefrances.com/2023.

Brigitte Bardot, uma das mais aclamadas atrizes do cinema francês, inspirou a 14ª edição do Festival Varilux de Cinema Francês programado em mais de 50 cidades em todo Brasil desde 9 de novembro. A série narra a ascensão da atriz na França do pós-guerra, entre 1949 e 1959 – dos seus 15 até os 25, desde a sua educação rigorosa até quando se transforma numa femme fatale, rumo ao estrelato internacional. Codirigida por Danièle e Chistopher Thompson, um dos destaques da produção é caracterização de Julia de Nunez por sua semelhança com Bardot - a jovem atriz de 23 anos integrou a delegação artística do festival no início do mês para debater sobre a obra e sua personagem com o público das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.

Sinopses dos episódios Brigitte Bardot
Episódio 1: "Uma Boa Moça"
Paris, 1949. Brigitte Bardot, 15 anos, encontra com o jovem Roger Vadim, assistente do diretor Marc Allégret. A jovem obtém permissão de sua família, burgueses ricos do bairro chique de Passy, ​​para fazer testes para um projeto de filme. Os pais de Brigitte, que não a acham nem bonita nem talentosa, não acreditam em seu futuro como atriz. Porém, graças a Vadim, ela ganha autoconfiança. O filme não é feito, mas Brigitte e Roger se apaixonam. Brigitte rebela-se contra sua educação rigorosa, floresce, descobre a sua feminidade e a sua personalidade.

Episódio 2: "BB"
Saint-Tropez, 1956. Dois anos depois de seu casamento com Brigitte Bardot, Roger Vadim começa a filmar seu primeiro longa-metragem, “E Deus… Criou a Mulher”. Ele se inspira em sua esposa para escrever a personagem de sua bela e sensual heroína, Juliette, que enlouquece os homens. Para lhe dar a resposta, escolhe Jean-Louis Trintignant, um jovem ator austero e introvertido. Brigitte não está entusiasmada com este parceiro gelado. No entanto, à medida que a filmagem avança, uma atração insidiosa se desenvolve entre os dois atores que logo se tornam amantes.

Episódio 3: "La Madrague"
1957. Brigitte continua filmando. Ela consegue trazer Jean-Louis, que estava servindo na Alemanha, de volta para Paris para terminar o serviço militar perto ela. Uma ligação de seu ídolo, o cantor Gilbert Bécaud, a encanta. Depois de um programa de televisão, as duas estrelas se apaixonam. Sentindo-se traído, Jean-Louis deixa Brigitte. A atriz então começa um caso com Bécaud enquanto filma ao lado de Jean Gabin em “En cas de malheur”, de Claude Autant-Lara. A comitiva de Brigitte tem medo de escândalo porque o cantor é casado.

Episódio 4: "A Borboleta"
1959. No set de “Babette s’en va-en guerre”, Brigitte inicia um caso com o jovem ator Jacques Charrier. Loucamente apaixonado, esse filho de coronel apresenta sua companheira aos pais. Ao contrário dele, Brigitte não deseja constituir família e ter filhos. Ao saber que está grávida, ela liga para Vadim pedindo ajuda para abortar. Mas ninguém ousa tocar na mulher que se tornou Brigitte Bardot. Prisioneira da gravidez, ela resolve anunciar a Jacques que está grávida.

Episódio 5: "Bebê"
Brigitte consegue convencer Jacques de desistir da filmagem de “Plein Soleil” que está começando, para se juntar a ela em Nice. Enquanto a atriz aceita relutantemente a gravidez, surge uma discussão entre ela e o marido, porque Olga ofereceu a Brigitte um novo contrato. Mas o marido está preocupado com a saúde da futura jovem mãe. Sob tensão, o primeiro encontro cara a cara entre a atriz e o diretor Henri-Georges Clouzot se mostra promissor. Mas em breve, enquanto Jacques é convocado para o serviço militar, Brigitte terá de enfrentar novas indiscrições na imprensa sensacionalista.

Episódio 6: "A Verdade"
Brigitte e Jacques não param de brigar. Impaciente para se sentir novamente livre, a jovem ainda não consegue assumir suas novas responsabilidades como mãe. Por sua vez, o jovem ator não consegue digerir ter sido afastado do elenco de “La Vérité” de Clouzot. Uma vez selecionados os atores, começa uma filmagem de alta tensão: para tirar o melhor proveito de sua atriz estrela, o diretor não hesita em maltratá-la no set.


Assista no Cineflix
O Festival Varilux de Cinema Francês chega a sua 14ª edição em ritmo de samba! A vinheta que apresenta os filmes traz a música “Brigitte Bardot”, interpretada pela cantora Salomé de Bahia. Em português, a canção, de 2005, exalta a atriz conhecida internacionalmente e questiona o motivo pelo qual a diva francesa era sempre o centro das atenções.

Inspirada em "BB", como é chamada, a identidade visual e o cartaz do evento estampam a jovem atriz Julia de Nunez, caracterizada como Brigitte Bardot para a minissérie de mesmo nome, que será apresentada no festival em algumas sessões gratuitas. O Festival Varilux ocorre em todo o Brasil, entre 9 e 22 de novembro, e apresenta 19 filmes recentes da cinematografia francesa, dois clássicos e uma série. Em Santos, o Festival Varilux de Cinema Francês será apresentado no Cineflix Cinemas, localizado no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.

Sobre a Bonfilm
Além de distribuidora de filmes, a Bonfilm é realizadora do Festival Varilux de Cinema Francês que, nos últimos 13 anos, promoveu mais de 35 mil sessões nos cinemas e somou um público de mais de um 1,1 mil espectadores. Desde 2015, a Bonfilm organiza também o festival Ópera na Tela, evento que exibe filmes de récitas líricas em uma tenda montada ao ar livre no Rio de Janeiro, e que já teve uma edição em São Paulo, além de cinemas de todo Brasil.

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.: Carrascoza e Juliana Monteiro lançam "Fronteiras Visíveis"


O escritor João Anzanello Carrascoza e a artista visual Juliana Monteiro lançam o livro "Fronteiras Visíveis". A obra desafia as divisas convencionais da literatura e da fotografia, proporcionando uma experiência de leitura que é, em si, uma jornada. 

Com suas imagens e narrativas, a obra explora a complexidade do mundo contemporâneo e suas forças contrárias, além de ser também um convite para refletir sobre as fronteiras que moldam nossa existência. Com sete pares de contos, livro entrelaça literatura com fotografia e conecta o leitor com o começo e o fim da vida.

Com uma estrutura instigante, o lançamento da Maralto Edições apresenta sete pares de contos inéditos prenunciados por um par de cenas fotográficas e costurados pelo movimento de uma onda. Forças ambivalentes, como o sim e o não, a luz e a sombra, o contentamento e o desencanto, são exploradas tanto nas imagens quanto nos contos. Uma das cenas retrata uma senhora, de costas, retornando ao mar, simbolizando o fim de uma vida, de um ciclo e de uma geração. A outra cena representa o nascimento da vida, a renovação, com uma criança saindo do mar e caminhando em direção ao leitor.

“As duas personagens visuais se movimentam nas páginas”, explica a artista Juliana Monteiro. “A criança com mais agilidade, e a idosa vagarosamente. O leitor pode ler a narrativa visual com o movimento das páginas como flipbook ou manusear página a página e estar de frente, pouco a pouco, com esse ciclo entre o inaugurar e o se despedir. Num ritmo que é próximo ao da vida. Dia a dia, página a página, como quem quer represar o tempo com as mãos”.

O projeto nasceu de um novo encontro entre o escritor e a artista visual, fundindo ficção literária e imagem fotográfica. Desta vez, enquanto Carrascoza elaborava os contos para formar um par temático, Juliana foi construindo as duas situações por meio das fotos a fim de que resultassem em cenas com movimento, conforme o leitor as manuseasse. 'Fronteiras Visíveis' tem uma aproximação, na forma, com o Catálogo de perdas, que eu e Juliana publicamos anos atrás, unindo minha ficção às fotos que ela produziu para as histórias de perdas”, comenta o escritor.

No conteúdo, os contos carregam o olhar detalhado de Carrascoza para as relações afetivas e as forças ambivalentes que as regem, exploradas em outras de suas obras, com a diferença de que aqui as histórias vão aparecendo em dupla, possibilitando ao leitor uma leitura que contemple de duas maneiras distintas a mesma temática.

"Fronteiras Visíveis" abre com “Dança”, um conto narrado em primeira pessoa por um pai que vislumbra os primeiros passos da filha de apenas um ano e meio. Na narrativa a criança explora um mundo de maravilhas, brincando e dançando com seus brinquedos, irradiando alegria e curiosidade, sem se conectar com a perda da mãe. A história sugere que, embora a infância seja repleta de descobertas e êxtase, um dia a criança entenderá o significado da "dor", marcando a transição da inocência para a compreensão da complexidade da vida.

A obra desafia as divisas convencionais da literatura e da fotografia, proporcionando uma experiência de leitura que é, em si, uma jornada. Com suas imagens e narrativas, "Fronteiras Visíveis" explora a complexidade do mundo contemporâneo e suas forças contrárias, além de ser também um convite para refletir sobre as fronteiras que moldam nossa existência. A obra fará parte do Programa de Formação Leitora Maralto, uma iniciativa direcionada para escolas de todo o país. Compre o livro "Fronteiras Visíveis", de João Anzanello Carrascoza e Juliana Monteiro, neste link.

Sobre o autor
João Anzanello Carrascoza
é redator publicitário e professor na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). É considerado uma das grandes revelações da ficção brasileira e um dos maiores contistas contemporâneos. Recebeu três vezes o prêmio Jabuti, quatro vezes o prêmio da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), três vezes o prêmio da Fundação Biblioteca Nacional, o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), o Prêmio Candango de Literatura e o Cátedra Unesco, além dos internacionais Radio France (Paris) e White Ravens (International Youth Library, Munique, Alemanha).


Sobre a fotógrafa
Juliana Monteiro é artista visual. Participou de diversas exposições coletivas em galerias e em museus, além de residências artísticas nacionais e internacionais. Recebeu o prêmio Mobile Photo Festival (MIS-SP) pela série "Onde Eu Possa Morar" (2018). Publicou os livros de artista "Pandora" (2020), "Aprendiz" (2021), "Queira Receber como Recordação" (2022), entre outros. É coautora, com o escritor João Anzanello Carrascoza, do "Catálogo de Perdas" (2017), obra finalista do Prêmio Jabuti e vencedora do FNLIJ. Garanta o seu exemplar de "Fronteiras Visíveis", de João Anzanello Carrascoza e Juliana Monteiro, neste link.

.: "O Ninho", de Bethânia Pires Amaro, descortinam a casa como segurança


Vencedor do Prêmio Sesc de Literatura 2023 na categoria Conto, o livro "O Ninho", estreia de Bethânia Pires Amaro, mergulha em um mosaico de imperfeições e doenças familiares para desvelar esse ninho estranho, disforme, inseguro, destruindo as idealizações que pairam sobre as relações familiares, sobretudo quando se trata de maternidade. Seus quinze contos acompanham personagens femininas que habitam e produzem lares repletos de complexidade. O livro tem orelha assinada por Sérgio Rodrigues, para quem a autora se revela “uma das melhores contistas da literatura brasileira”.

O livro de estreia de Bethânia Pires Amaro é composto por quinze contos, quinze pequenas obras-primas, que se aprofundam nas complexidades das relações familiares, explorando os recantos mais frágeis e perturbadores que podem habitar um lar. A autora nos convida a acompanhar personagens femininas que enfrentam mazelas diversas e, através de suas histórias, somos lembrados de que a casa, esse estranho ninho, não é tão sacra assim, nem tão segura.

A miséria socioeconômica e a fragilidade das conexões íntimas são exploradas com maestria pela autora. Esses lares dessacralizados passam por vícios, suicídios, maternidades disfuncionais, abusos e violências devastadoramente reais. E, no entanto, a sensibilidade narrativa de Bethânia Pires Amaro nos ampara com as belezas imperfeitas, que decorrem da tragédia cotidiana, e com a compaixão, que corteja o desespero de vivermos, sempre, uns com os outros. Compre o livro "O Ninho", de Bethânia Pires Amaro, neste link.


O que disseram sobre o livro
“Os riscos de uma literatura programática e engajada não chegam sequer a se insinuar. Trata-se de literatura, só. E ainda falta dizer muito. Por exemplo, que é notável a sensibilidade da autora para captar o que há de profundamente brasileiro em ambientes sociais situados entre a classe média e o lumpesinato. Que suas frases e cenas, moduladas com engenho, nunca soam uma nota falsa ou deixam cair a tensão narrativa. Que aqui a energia transbordante das obras de estreia convive de alguma forma com a segurança de uma veterana que tivesse decantado a sabedoria de milênios.” - Sérgio Rodrigues.


“No primeiro conto deste livro, Bethânia Pires Amaro esgarça o limite das histórias de maternidade ao incluir um elemento devastador. A partir daí, o leitor não conseguirá mais largar as páginas. Terminamos cada conto pensando que o próximo não pode ser melhor, mas somos surpreendidos de novo. [..] Bethânia abraça seus personagens. Tenho vontade de também abraçá-la: que emoção ver nascer uma autora brilhante.”
- Giovana Madalosso.


Sobre a autora
Bethânia Pires Amaro é graduada e pós-graduada em Direito pela Universidade Federal da Bahia e mestre em Direito do Estado pela Universidade de São Paulo. Pernambucana de nascimento e baiana de criação, mora atualmente em São Paulo. Apaixonada por literatura, tem diversos contos premiados em concursos nacionais. Seu conto “O Adeus da Eletricidade”, premiado no Concurso de Contos Maximiano Campos, foi traduzido para o alemão pela editora Arara Verlag. O ninho, vencedor do Prêmio Sesc de Literatura 2023, é seu primeiro livro. Garanta o seu exemplar de "O Ninho", escrito por Bethânia Pires Amaro, neste link.

terça-feira, 21 de novembro de 2023

.: Crítica: "Disfarce Divino" é polêmico e lança questionamentos sobre a igreja

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em novembro de 2023


"Disfarce Divino", em cartaz no Cineflix Cinemas, no Festival Varilux de Cinema Francês, é o tipo de filme inusitado e cheio de reviravoltas empolgantes. A produção dirigida por Virginie Sauveur lança a trama provocante de uma mulher padre sem o conhecimento do Vaticano. Assim, representantes da igreja católica passam a investigar o curioso caso e seu desenrolar, uma vez que tal descoberta se deu após o falecimento "do padre", já idoso, em questão.

Ao investigar o passado dessa mulher que conseguiu realizar o desejo de praticar a vocação de ser padre por anos, a chanceler encarregada da diocese, Charlotte (Karin Viard), esbarra numa parte do passado que esconde de seu filho: quem é o desconhecido pai de Thomas (Maxime Bergeron). 

O longa distribuído pela Bonfilm, por vezes, chega a remeter ao clássico adaptado aos cinemas, em 1986, do romance assinado por Umberto Eco, "O Nome da Rosa", uma vez que pauta a trama que acontece em 1h38, nos segredos da igreja. Polêmico e ousado, o longa vai além do que promete provocando reflexões no público. Vale a pena conferir!

Confira a programação da semana e divirta-se: resenhando.com/2023/11/festival-varilux-de-cinema-frances_01344388285.html


Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 

Filme: "Disfarce Divino" (Magnificat)
Diretor: Virginie Sauveur
Gênero: drama
Classificação: 14 anos
Ano de Produção: 2023
Idioma: Francês
Duração: 1h38
Distribuidora: Bonfilm
Elenco: Karin Viard, François Berléand, Nicolas Cazalé
Resumo: Quando um padre idoso falece, a chanceler encarregada da diocese, Charlotte, descobre que ele era uma mulher. Sem que ninguém suspeitasse, o padre estava praticando sua vocação por anos. Consternada, Charlotte decide iniciar uma investigação em meio a comunidade.



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.: Elizandra Souza lança o livro "Filha do Fogo" pela Global Editora


Elizandra Souza lança o livro de contos "Filha do Fogo - 12 Contos de Amor e Cura", pela Global Editora. A autora e ativista cultural apresenta ao leitor suas principais bandeiras: a cultura periférica e a Literatura Negra Feminina por meio de breves e sensíveis histórias ficcionais. O livro apresenta uma incursão em episódios incomuns protagonizados em sua maioria por vozes femininas negras, como a sua. 

Mulheres que manifestam os desafios, as decepções e as conquistas que permeiam o percurso daquelas que afrontam os códigos consolidados na sociedade atual. Uma sociedade ainda tão hierarquizada que permanece se recusando a enxergar a viabilidade de modos de viver mais libertários, igualitários e humanos nas relações cotidianas.

Não é à toa, portanto, que no prefácio a este livro a escritora Dinha ("De Passagem Mas Não a Passeio") registra que a autora “areja a literatura brasileira trazendo vestígios de memórias afetivas de uma população que só recentemente passou a figurar nas obras literárias como sujeitos completos”.

Afinal, narrar é um fenômeno transformador. Seja para aquele que toma para si o desafio de conceber suas histórias, como para aquele que as recebe, o universo de vivências que compõe uma narrativa deixa marcas que ficam para sempre. Pode-se dizer, sem sombra de dúvidas, que os contos integrantes deste livro de Elizandra Souza possuem este traço singular das narrativas construídas com intensidade. É possível intuir os significados delas para o processo de autoconhecimento da autora como indiciar os impactos que elas terão nas vidas de quem se dedicar a nelas mergulhar.

O livro traz ainda um texto de quarta capa assinado por Sérgio Vaz. O poeta assim apresenta Elizandra: “Tive a oportunidade de conhecer a Elizandra Souza, menina pretinha, como se intitulava, distribuindo suas poesias nos fanzines, lá pelos idos dos anos 2000 no Sarau da Cooperifa. Já era nítido que seria essa escritora dos contos de Filha do fogo entre outros que já escreveu e que com certeza escreverá. Faz da sua escrita uma flor que ora nos presenteia com seu aroma, ora perfura com espinhos que afetam nossas almas convocando para a primavera”. Compre o livro "Filha do Fogo - 12 Contos de Amor e Cura", de Elizandra Souza, neste link. 

Sobre a autora
Elizandra Souza é escritora, poeta, editora, jornalista e técnica em comunicação visual. Nasceu em São Paulo e passou a infância em Nova Soure (BA). Há 22 anos é ativista cultural, com ênfase na difusão do jornalismo cultural da periferia e da Literatura Negra Feminina. Integrante do Sarau das Pretas desde 2016. É autora dos livros: "Quem Pode Acalmar Esse Redemoinho de Ser Mulher Preta" (2021), "Águas da Cabaça" (2012) e "Punga", de coautoria de Akins Kintê (2007). Editora dos livros do "Coletivo Mjiba: Pretextos de Mulheres Negras" (2013), "Terra Fértil" (2014) e "Literatura Negra Feminina – Poemas de Sobre" (Vivência) (2021). Coorganizadora de "Narrativas Pretas - Antologia Poética do Sarau das Pretas" (2020), "Publica, Preta! - Manual de Publicação Independente" (2022) e "Orikis - Sarau das Pretas" (2023). Foto: Larissa Rocha. Garanta o seu exemplar de "Filha do Fogo - 12 Contos de Amor e Cura", escrito por Elizandra Souza, neste link.

.: "A Visita", primeiro solo interpretado por Carol Duarte, estreia nesta sexta


Espetáculo faz curta temporada na Sala de Espetáculos I do Sesc Belenzinho e traz time de criação composto por Murillo Basso na direção e Aline Klein estreando na dramaturgia. Foto: Murillo Basso


Um conto de Aline Klein que apresenta uma mulher solitária em seu apartamento e nos faz refletir sobre o adoecimento psíquico coletivo e o avanço de movimentos ultra-conservadores de direita foi adaptado para sua  dramaturgia de estreia no espetáculo "A Visita", peça com direção de Murillo Basso - diretor de "Agnes de Deus", em cartaz atualmente - e interpretação de Carol Duarte, que está em fase de divulgação do filme italiano "La Chimera", drama protagonizado por Carol escrito e dirigido por Alice Rohrwacher e selecionado para concorrer à Palma de Ouro no 76º Festival de Cinema de Cannes. O espetáculo faz temporada no Sesc Belenzinho a partir de sexta-feira, dia 24 de novembro.

O conto que inspirou a peça foi escrito durante a pandemia e condensa de maneira crítica e bem-humorada aspectos pessoais e coletivos da experiência que a população atravessa ao longo dos últimos anos, como o ódio às diferenças que deu o tom da esfera pública e do cenário político, invadidos pela avalanche de retóricas intolerantes, até então restritas aos círculos radicalizados, encerrados em seu reacionarismo retraído. Os meios digitais, com sua disseminação e ausência de filtros, deram voz e poder de coesão aos execradores da pluralidade.

Dialogando criticamente com esse quadro, o espetáculo metaforiza o processo de “saída do armário” de personagens ultraconservadores caracterizados pela bizarrice e o faz situando seu enredo em um pequeno e caótico apartamento cuja conexão com o mundo se dá, sobretudo, por meio do aparelho celular, com as  bolhas e os vieses de confirmação gerados pelas mídias sociais e correntes de mensagens – produtoras de visões ensimesmadas e conspiratórias da realidade.

A Visita também marca a primeira participação de Carol Duarte em um solo. "A peça traz para a cena uma figura que embarca num processo de radicalização e fanatismo, levando sua narrativa ao limite entre ficção e realidade, porém propõe um recorte em que a protagonista vai pouco a pouco vomitando um ressentimento típico da elite decadente paulista, que sonha, pateticamente, ser algo que não é", diz a atriz sobre a personagem que interpreta.

No espetáculo, a mulher confinada recebe uma visita inesperada do trabalho. Ao tentar justificar sua situação, e atormentada por uma estranha presença, começa a falar ininterruptamente e se deixa levar por uma torrente de pensamentos até romper com a realidade e mergulhar num discurso ressentido, persecutório e delirante de superioridade. O público se depara a princípio com uma figura complexa, multifacetada, carismática e abjeta, difícil de capturar, difícil de definir, mas que pouco a pouco descortina um pensamento radical e conservador.

"O projeto conservador que se instalou no país segue entranhado no poder e não sairá sem um esforço coletivo de oposição permanente. É muito complexo elaborar os fatos históricos que estamos vivenciando, e parece que caímos todos num estado de consternação e incredulidade diante do absurdo", comenta Aline Klein sobre o contexto que inspirou a criação da peça.

A direção de Murillo Basso aposta numa imagem-síntese, enraíza a figura no palco, limita suas possibilidades de movimento e desloca a atenção para o trabalho minucioso da atriz Carol Duarte, que mobiliza seus recursos para navegar o sofisticado labirinto dramatúrgico criado pela autora. O espetáculo aposta no humor como chave para lidar com a aridez e a violência do discurso da figura central, deixando o público o tempo todo em estado de atenção.

"Sabemos da complexidade e da densidade dos temas que estamos abordando neste espetáculo, mas acreditamos plenamente no potencial da arte e do teatro como plataforma para se discutir a realidade e propor novos futuros. Depois destes últimos anos sob ameaça constante, celebremos a liberdade democrática de fazer arte e sigamos em frente com olhos e ouvidos bem abertos", diz Murillo, diretor da montagem.


Sinopse
Uma mulher confinada em seu pequeno apartamento, em estado de abandono, recebe inesperadamente uma visita do trabalho. Ao tentar justificar sua situação, e atormentada por uma estranha presença, entrega-se à torrente de seus pensamentos e rompe com a realidade, mergulhando em um transe delirante. 


Ficha técnica
Espetáculo "A Visita". Atuação: Carol Duarte. Direção: Murillo Basso. Dramaturgia:  Aline Klein. Assistência de direção: João Victor Toledo. Direção de produção: Canafístula. Assistente de produção: Gabs Ambròzia. Iluminação: Dimitri Luppi. Assistente de iluminação: Felipe Fly. Cenografia: Stéphanie Fretin. Composição/Trilha sonora: Muep Etmo. Técnicas de áudio: Viviane Barbosa e Carol Andrade. Figurino: Vive Almeida. Assistência de figurino/Acervo: Cay Minutti. Designer/Identidade Visual: Fernanda Zotovici. Assessoria de imprensa: Pevi (Angelina Colicchio e Diogo Locci).


Serviço
Espetáculo "A Visita". Data: 24 de novembro a 17 de dezembro. Sextas e sábados, 21h30. Domingos, 18h30. Local: Sala de Espetáculos I do Sesc Belenzinho (Rua Padre Adelino, 1.000, Belenzinho, São Paulo). Capacidade: 100 pessoas. Ingressos: R$ 40,00 (inteira), R$ 20,00 (meia) e R$ 12,00 (credencial plena). Duração: 50 minutos. Classificação indicativa: 14 anos. Estacionamento. De terça a sábado, das 9h às 21h. Domingos e feriados, das 9h às 18h. Valores: Credenciados plenos do Sesc: R$ 5,50 a primeira hora e R$ 2,00 por hora adicional. Não credenciados no Sesc: R$ 12,00 a primeira hora e R$ 3,00 por hora adicional. Transporte público. Metro Belém (550m) | Estação Tatuapé (1400m).

.: "A Viagem de Ernesto e Celestine", destaque no Festival Varilux de Cinema


Cena de “A Viagem de Ernesto e Celestine”, de Julien Chheng e Jean-Christophe Roger (divulgação Festival Varilux)


Codirigida por Julien Chheng e Jean-Christophe Roger, “A Viagem de Ernesto e Celestine” é a atração destinada a toda família dentro da programação do Festival Varilux de Cinema Francês. Integra a bem-sucedida sequência cinematográfica que traz as aventuras do ratinho e do urso músicos; desta vez num mundo onde todas as formas de música – e com ela a felicidade - foram proibidas há muitos anos. Com distribuição da Bonfilm, a animação é dublada por Lambert Wilson, Michel Lerousseau, Lévanah Solomon e Pauline Brunner. 

No filme, Ernesto e Celestine estão viajando de volta ao país de Ernesto para consertar seu violino quebrado. Esta terra exótica é o lar dos melhores músicos do planeta e a música enche constantemente o ar de alegria. Porém, ao chegarem, os dois heróis descobrem que todas as formas de música foram proibidas há muitos anos.

A 14ª edição do Festival Varilux de Cinema Francês acontece em todo país até 22 de novembro, em mais de 50 cidades, do norte ao sul do país. São 19 filmes da recente cinematografia francesa, premiados ou participantes de festivais internacionais, além de dois clássicos exibidos em algumas cidades e uma série sobre Brigitte Bardot, ícone do cinema francês, que será disponibilizada gratuitamente entre 22 de novembro a 22 de dezembro no site do festival. Para ter acesso à programação completa da edição, com informações sobre as cidades participantes, salas de cinemas e horários de todas as sessões, basta acessar o site do festival.


Assista no Cineflix
O Festival Varilux de Cinema Francês chega a sua 14ª edição em ritmo de samba! A vinheta que apresenta os filmes traz a música “Brigitte Bardot”, interpretada pela cantora Salomé de Bahia. Em português, a canção, de 2005, exalta a atriz conhecida internacionalmente e questiona o motivo pelo qual a diva francesa era sempre o centro das atenções.

Inspirada em "BB", como é chamada, a identidade visual e o cartaz do evento estampam a jovem atriz Julia de Nunez, caracterizada como Brigitte Bardot para a minissérie de mesmo nome, que será apresentada no festival em algumas sessões gratuitas. O Festival Varilux ocorre em todo o Brasil, entre 9 e 22 de novembro, e apresenta 19 filmes recentes da cinematografia francesa, dois clássicos e uma série. Em Santos, o Festival Varilux de Cinema Francês será apresentado no Cineflix Cinemas, localizado no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.


Sobre a Bonfilm
Além de distribuidora de filmes, a Bonfilm é realizadora do Festival Varilux de Cinema Francês que, nos últimos 13 anos, promoveu mais de 35 mil sessões nos cinemas e somou um público de mais de um 1,1 mil espectadores. Desde 2015, a Bonfilm organiza também o festival Ópera na Tela, evento que exibe filmes de récitas líricas em uma tenda montada ao ar livre no Rio de Janeiro, e que já teve uma edição em São Paulo, além de cinemas de todo Brasil.


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.: Cinema: "A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes", o livro que inspirou o filme


Escrito por Suzanne Collins, o livro "Jogos Vorazes - A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes", que inspirou o filme em cartaz na rede Cineflix Cinemas, é uma história da série "Jogos Vorazes". O romance começa com a manhã do dia da colheita que iniciará a décima edição dos Jogos Vorazes.

Na capital, o jovem de 18 anos Coriolanus Snow se prepara para sua oportunidade de glória como um mentor dos Jogos. A outrora importante casa Snow passa por tempos difíceis e o destino dela depende da pequena chance de Coriolanus ser capaz de encantar, enganar e manipular seus colegas estudantes para conseguir mentorar o tributo vencedor.

A sorte não está a favor dele. A ele foi dada a tarefa humilhante de mentorar a garota tributo do Distrito 12, o pior dos piores. Os destinos dos dois estão agora interligados – toda escolha que Coriolanus fizer pode significar sucesso ou fracasso, triunfo ou ruína. Na arena, a batalha será mortal. Fora da arena, Coriolanus começa a se apegar a já condenada garota tributo... e deverá pesar a necessidade de seguir as regras e o desejo de sobreviver custe o que custar. Garanta o seu exemplar de "Jogos Vorazes - A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes", escrito por Suzanne Collins, neste link.


Um dos filmes mais aguardados do ano, "Jogos Vorazes - A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes" está em cartaz no Cineflix Cinemas. A prequel da franquia de sucesso conta a história Coriolanus Snow, de 18 anos, anos antes de se tornar o presidente tirânico de Panem. Ele vê uma chance de mudar sua sorte quando se torna o mentor de Lucy Gray Baird, o tributo feminino do Distrito 12.

O longa-metragem,  dirigido por Francis Lawrence e baseado em mais um livro de Suzanne Collins, tem, no elenco, Rachel Zegler, Hunter Schafer, Tom Blyth, Peter Dinklage, Viola Davis, Kjell Brutscheidt, Jason Schwartzman e Irene Böhm. Compre o livro "Jogos Vorazes - A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes", de Suzanne Collins, neste link.

Assista no Cineflix
"Jogos Vorazes - A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes"  está em cartaz no Cineflix Cinemas. O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.
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