quinta-feira, 27 de março de 2025

.: Resenha: "Código Preto" é versão ultra amorosa de "Sr. e Sra. Smith"

Por: Mary Ellen Farias dos Santos, editora do Resenhando.com

Em março de 2025


O suspense "Código Preto", estrelado por Michael Fassbender ("O Assassino", "X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido") e Cate Blanchett ("O Senhor dos Anéis", "O Beco do Pesadelo") é ágil e transpira suspense em meio a uma história de amor com total fidelidade. A produção dirigida por Steven Soderbergh ("Onze Homens e Um Segredo") elabora uma trama cheia de meandros, reviravoltas e revelações assustadoras sendo despejadas facilmente num jantar sinistro.

A caçada explosiva de "Código Preto" revela ser uma versão ultra amorosa atualizada do longa "Sr. e Sra. Smith". Convincente e envolvente, o longa desperta a curiosidade no público, do início ao fim. Afinal, durante 1 hora e 33 minutos, descobre-se que a esposa do agente George Woodhouse é a principal suspeita de trair a nação, o que o leva a enfrentar um teste definitivo: lealdade ao seu casamento ou ao seu país. Vale a pena conferir!

O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN




"Código Preto" (Black Bag). Ingressos on-line neste linkGênero: suspenseClassificação: 14 anos. Duração: 1h33. Direção: Steven Soderbergh. Roteiro: David Koepp. Elenco: Michael Fassbender, Cate Blanchett, Tom Burke, Pierce Brosnan. Sinopse: A esposa do agente George Woodhouse é suspeita de trair a nação. Ele precisa enfrentar um teste definitivo: lealdade ao seu casamento ou ao seu país. Confira os horários: neste link

Trailer "Código Preto"




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.: "Câncer com Ascendente em Virgem" estreia na Cineflix Cinemas de Santos

Inspirado em uma história real, o potente e emocionante "Câncer com Ascendente em Virgem" estreia nesta quinta, dia 27. Protagonizado por Suzana Pires, o filme conta a história de Clara, uma professora que vê sua vida virar de cabeça pra baixo após ser surpreendida com um diagnóstico de câncer de mama. Baseado na história de Clélia Bessa, produtora do filme e autora do livro “Estou com câncer, e daí?”, o longa tem direção de Rosane Svartman (“Desenrola” e “Pluft”) e grandes nomes no elenco como Marieta Severo, Nathália Costa e Fabiana Karla. Já separa o lencinho e vá para o cinema mais próximo! 

Sinopse: Clara é professora de matemática e faz o maior sucesso como influencer educacional em seu canal na internet. Bem-humorada, sarcástica e às vezes debochada, ela gosta de manter tudo sob controle, mas vai precisar aprender a lidar com a vulnerabilidade quando descobre que tem câncer de mama. Com coragem e resiliência, ela enfrenta dias ruins e outros melhores ao lado da família e de amigas leais. Enquanto luta pela cura, Clara tem a chance de celebrar a vida e de ressignificar seus relacionamentos.

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As principais estreias da semana e os melhores filmes em cartaz podem ser assistidos na rede Cineflix CinemasPara acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SANO Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021.


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A unidade Cineflix Cinemas Santos, localizada no Miramar Shopping, bairro Gonzaga, estreia hoje quatro produções nas telonas: o drama, documentário "Mário de Andrade, o turista aprendiz", a comédia dramática "Câncer com Ascendente em Virgem", o drama francês "Quando chega o outono" e o romance, fantasia "Parthenope: Os Amores de Nápoles".

Seguem em cartaz a aventura "Branca de Neve", o suspense "Máfia e Poder", o drama nacional "Vitória", com Fernanda Montenegro e a ficção científica "Mickey 17"

Programe-se, confira detalhes  e compre os ingressos aqui: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN. Você pode assistir as estreias com pipoca quentinha, doce ou salgada, tendo em mãos o balde colecionável de "Branca de Neve".


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.: Xuxa revela ter alopecia e impulsiona debate sobre queda de cabelo feminina

Foto: Blad Meneghel

Doença pode ser tratada com transplantes capilares e terapias hormonais


A revelação de Xuxa de que sofre de alopecia androgenética e considera raspar a cabeça para evitar tratamentos constantes trouxe visibilidade a um problema que afeta milhões de mulheres. A queda capilar, muitas vezes associada ao envelhecimento masculino, também acontece para elas e pode ter diversas causas. Celebridades como Gretchen, Jada Pinkett Smith e Naomi Campbell já tornaram pública sua luta contra a doença, incentivando outras mulheres a buscar soluções.

A condição é mais comum do que parece. De acordo com um estudo publicado no Journal of the American Academy of Dermatology, cerca de 40% das mulheres irão apresentar algum grau de alopecia após a menopausa, devido às mudanças hormonais e predisposição genética. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Dermatologia estima que 5% das mulheres sofrem de calvície, um número que pode crescer com o aumento do estresse e alterações na saúde capilar.

Segundo Stanley Bittar, especialista em transplante capilar e CEO da Stanley's Hair, muitas pessoas ainda subestimam o impacto emocional da alopecia. “A perda de cabelo pode levar a um grande sofrimento psicológico, afetando a confiança e a autoimagem. Felizmente, avanços na medicina capilar permitem tratamentos cada vez mais eficazes, devolvendo os fios e a autoestima”, afirma.


O que causa a alopecia e quais são os tipos mais comuns

A alopecia androgenética é uma das formas mais frequentes de perda capilar e ocorre devido à sensibilidade dos folículos aos hormônios andrógenos. Com o tempo, os fios afinam até pararem de crescer. Esse tipo de alopecia tem forte influência genética e é irreversível sem tratamento adequado.

Além dela, há a alopecia areata, um distúrbio autoimune em que o próprio sistema imunológico ataca os folículos capilares, causando falhas circulares no couro cabeludo. Em casos graves, pode evoluir para a perda total dos cabelos e pelos do corpo. Outras formas incluem alopecia cicatricial, causada por inflamação que destrói os folículos, e alopecia por tracionamento, comum em pessoas que usam penteados muito apertados.


Transplante capilar e novos tratamentos trazem esperança

Com os avanços tecnológicos, o transplante capilar se tornou uma solução viável para muitas mulheres com alopecia. A técnica FUE (Follicular Unit Extraction) é a mais moderna e permite a implantação individualizada dos fios, garantindo um aspecto natural.


Stanley Bittar explica que a tecnologia tem sido um divisor de águas para quem sofre com a perda capilar. “O transplante capilar evoluiu muito nos últimos anos. Hoje, conseguimos resultados altamente naturais e minimamente invasivos, permitindo que pacientes retomem sua rotina rapidamente”, destaca.

Além do transplante, terapias hormonais e medicamentos são indicados para retardar a progressão da alopecia. Existem pesquisas recentes que avançam no uso de PRP (plasma rico em plaquetas), que estimula o crescimento capilar por meio da aplicação de fatores de crescimento extraídos do sangue do próprio paciente.


Impacto emocional e a importância do acolhimento


A queda de cabelo pode afetar a saúde mental, levando a quadros de ansiedade e depressão. Para muitas mulheres, a calvície ainda carrega um forte estigma, tornando essencial o suporte psicológico e o acolhimento adequado.


A crescente discussão sobre alopecia, impulsionada por figuras públicas e ícones de beleza, como Xuxa e Naomi Campbell, tem ajudado a desmistificar a condição e ampliar o acesso à informação. Com mais opções de tratamento e uma maior aceitação social, quem enfrenta esse desafio pode encontrar caminhos para recuperar a confiança e a autoestima.


Stanley Bittar reforça a necessidade de um olhar mais amplo para o problema. “Não é apenas estética. A perda capilar mexe com a autoimagem e a relação social das pessoas. Por isso, além do tratamento físico, é fundamental um acompanhamento psicológico para lidar com as emoções envolvidas”, conclui.


 


Sobre Stanley Bittar


Stanley Bittar é empresário com mais de 20 anos de experiência em cirurgia plástica. Ele  é  médico graduado pela Universidad de Córdoba, mestre em medicina estética, doutor em cirurgia plástica reconstrutiva e estética, com especialização em Medicina da Família e Comunidade, Dermatologia, Nutrologia e Dermatologia. Palestrante renomado, sua trajetória é marcada por um espírito empreendedor indomável, que o levou a se tornar referência internacional em transplantes capilares.


Como CEO da Stanley’s Holding, Stanley lidera um grupo que atua em diversos setores, incluindo educação, saúde, beleza, bem-estar, tecnologia, investimento, fintechs e startups, todos integrados em um ecossistema completo com mais de 1.000 colaboradores. Também é fundador da Stanley’s Hair, rede de clínicas número 1 do mundo em transplante capilar. Seu grande sonho sempre foi democratizar o acesso ao transplante capilar no Brasil e no mundo, e assim tem feito. Para mais informações acesse o instagram @stanleybittar e www.stanleybittar.com 


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quarta-feira, 26 de março de 2025

.: A Feira do Livro anuncia primeira leva de autores convidados


Em sua quarta edição e de volta ao feriado de Corpus Christi, o festival literário paulistano levará ao Pacaembu destaques nacionais e internacionais da literatura, da poesia e da não ficção para debates gratuitos e encontros com o público. Mais novidades serão divulgadas nas próximas semanas. Foto: Filipe Redondo


A Feira do Livro, festival literário a céu aberto realizado pela Associação Quatro Cinco Um e pela Maré Produções, anuncia a sua primeira leva de autores confirmados para a sua quarta edição, que vai acontecer de 14 a 22 de junho, na praça Charles Miller, no Pacaembu, em São Paulo. Criado em 2022 a partir de contribuições de editores e livreiros, o festival literário paulistano é realizado com apoio da Lei Rouanet – Incentivo a Projetos Culturais, da Prefeitura de São Paulo, de patrocinadores como CCR e Itaú, de apoiadores como Pinheiro Neto Advogados, além de parceiros institucionais como o Museu do Futebol e dos mais de 150 expositores que se reunirão durante os nove dias de debates e atividades gratuitas em torno da cultura do livro. Segundo o editor Paulo Werneck e o arquiteto Álvaro Razuk, organizadores de A Feira do Livro, o retorno do evento ao feriadão de Corpus Christi promete “uma edição histórica” do festival. 

A programação oficial é realizada simultaneamente em dois pontos: o Palco da Praça, montado diante da fachada histórica do Estádio do Pacaembu, num espaço normalmente destinado ao estacionamento de carros, e no Auditório Armando Nogueira, que integra o Museu do Futebol, parceiro d’A Feira do Livro desde a primeira edição. Além dos dois palcos, que têm entrada gratuita, outros três espaços menores, espalhados por mais de 15 mil metros quadrados, abrigam a programação paralela, que é pautada pelos expositores: os Tablados Literários. Esses espaços terão sua programação divulgada no final do mês de abril.

Autoras e autores
Entre os 40 autores e autoras anunciados agora — número que corresponde a cerca de um quarto da lista final — estão destaques da literatura brasileira e internacional de diferentes gêneros literários, origens e sensibilidades. 

A Feira do Livro 2025 promete ser palco de grandes encontros entre o público e os mais queridos escritores de ficção e de não ficção, além de nomes referenciais da cultura brasileira. Estão na lista inicial de autores as romancistas Aline Bei, Amara Moira, Bia Bracher, Tati Bernardi e Veronica Stigger, os romancistas Edyr Augusto, Ignácio de Loyola Brandão, Marcelo Rubens Paiva e Oscar Nakasato, os cronistas Cidinha da Silva e Ricardo Terto, o contista Vinicius Portella, a filósofa Marilena Chaui, o médico e escritor Drauzio Varella, o ator e escritor Lázaro Ramos, o economista e filósofo Eduardo Giannetti — e até mesmo um defunto autor, Machado de Assis, cujo aniversário de nascimento será celebrado numa mesa com o crítico Hélio de Seixas Guimarães.

A poesia contemporânea brasileira será um dos principais eixos da curadoria, com a presença confirmada de nomes como Adriana Lisboa, Cuti, Leonardo Fróes, Laura Liuzzi, Paloma Vidal e Paulo Henriques Britto. A lista de nomes estrangeiros traz uma forte presença de autores portugueses, como a romancista Lídia Jorge, o escritor Afonso Cruz, a jornalista e romancista Alexandra Lucas Coelho e o historiador Fernando Rosas. Entre os autores de língua espanhola que estarão no festival literário paulistano estão a chilena Lina Meruane e o argentino Pedro Mairal. Dos Estados Unidos, vem a geógrafa Ruth Wilson Gilmore. Mais autores e autoras estrangeiros serão divulgados nas próximas semanas. 

Autores de livros de não-ficção que discutem temas da cultura e da sociedade brasileira a partir de obras influentes levarão para A Feira do Livro um panorama das ideias e debates urgentes para o país: a jornalista Aline Midlej e o empreendedor social Edu Lyra, autores de um livro sobre a inovação e o combate à pobreza; a maternidade e a vida em família, com a atriz e escritora Martha Nowill; a preservação do meio ambiente nas cidades e nos biomas brasileiros, com o botânico e paisagista Ricardo Cardim; a alimentação e a vida em comunidade, com a nutricionista Neide Rigo; as relações de gênero no ambiente profissional e na vida privada, com a advogada Mayra Cotta; o lugar das religiões no Brasil de hoje, com o teólogo Ronilso Pacheco; e a educação, com a educadora e romancista Lavínia Rocha e a psicanalista e romancista Elisama Santos. O pensamento indígena, destaque n’A Feira do Livro desde a primeira edição, será abordado este ano pelo escritor Yamaluí Kuikuro Mehinaku. 

Como ocorreu nas edições anteriores d’A Feira do Livro, a curadoria aposta na pluralidade de ideias, gerações e pontos de vista, buscando uma mistura entre perspectivas culturais, raciais, intelectuais, sociais e literárias. Segundo Werneck, a ideia é fornecer um apanhado do melhor da produção editorial brasileira na ficção, na poesia e na não ficção. “Sendo o festival literário de São Paulo, desde a primeira edição temos uma atenção à multiplicidade de vozes e também aos autores paulistanos. Este ano estamos felizes em anunciar a presença de um grupo representativo dos escritores que nasceram ou fizeram sua carreira na cidade, ou a representaram em seus livros.” Nativos ou adotivos, já foram anunciados na brigada paulistana d’A Feira os escritores Ignácio de Loyola Brandão, Bia Bracher, Tati Bernardi, Oscar Nakasato, Marcelo Rubens Paiva, Ricardo Terto, Neide Rigo, Ricardo Cardim, Martha Nowill, Cidinha da Silva, Marilena Chaui e Amara Moira.


Bibliodiversidade e democracia
Em 2024, mais de 170 autores se apresentaram nos nove dias de festival, com um público auditado de 64 mil pessoas. Segundo os organizadores, a expectativa é que em 2025 esses números sejam superados com a inauguração de novos núcleos de programação e o retorno ao feriadão de Corpus Christi — o que não foi possível em 2024 em razão das obras na praça. Com o público extra que o feriadão deverá proporcionar, os organizadores estimam que A Feira do Livro poderá atrair até 110 mil pessoas durante os nove dias de atividades. “Teremos mais dias livres para o público fruir A Feira do Livro e esperamos um público recorde”, afirma Werneck. Nas próximas semanas a organização deverá divulgar mais nomes confirmados. 

Além de ficção e poesia, a programação final terá entre seus principais eixos os 40 anos da redemocratização no país. “Se em 2024 lembramos os 60 anos do Golpe de 1964, em 2025 vamos celebrar o retorno da democracia, que teve na mesma praça Charles Miller um de seus palcos mais importantes”, diz Werneck. “A Feira do Livro chega em sua 4ª edição com enorme adesão do público, imprensa e mercado editorial. Um exemplo notável de uso do espaço público por pedestres, de forma segura e gratuita. Um grande exercício de cidadania”, completa Razuk. 

Uma das grandes manifestações pelas Diretas foi realizada no Pacaembu, no mesmo local onde se realizaria A Feira do Livro quatro décadas depois. A desigualdade brasileira, a sustentabilidade ambiental, a divulgação científica, a produção infantojuvenil, a cultura afro-brasileira são outros eixos da programação. Já estão confirmados até o momento cerca de 150 expositores, entre editoras, livrarias e instituições ligadas ao livro e à leitura. O perfil diverso dos expositores, que vão das editoras multinacionais às artesanais, com ênfase nas independentes, mostra o bom momento cultural do mercado editorial brasileiro, que vive uma efervescência com novas editoras, livrarias, coleções, clubes de leitura e autores. A Feira do Livro reflete esse dinamismo e o empreendedorismo do setor. 

Segundo Paulo Werneck, A Feira do Livro busca demonstrar a relação direta entre bibliodiversidade, circulação de livros e democracia. “Falar sobre livros em espaço público e a céu aberto, sem cobrança de entrada e diante de um patrimônio histórico tão importante para o Brasil, mostra o espírito de cultura democrática que buscamos durante esses nove dias”, diz Werneck.

A prática democrática também está na arquitetura d’A Feira do Livro, que vai trazer mais novidades e aprimoramentos, a serem divulgados em detalhes nas próximas semanas, como a inauguração de um palco voltado para os autores infantojuvenis. A equipe do arquiteto Álvaro Razuk elaborou o projeto a partir de uma escuta dos expositores e do público, buscando aperfeiçoar a experiência de todos e corrigir os problemas apontados nas edições anteriores. Segundo a organização, ter adiantado o início dos trabalhos em alguns meses em relação à edição anterior vai trazer melhorias em todos os setores, da programação de autores à arquitetura. 

A presença dos autores anunciados nesta leva tem apoio das editoras Autêntica, Arquipélago, Bazar do Tempo, Boitempo, Companhia das Letras, DBA, Dublinense, Fósforo, Editora 34, Global, Olhares, Planeta, Record, Relicário, Tinta-da-China Brasil, Todavia e Ubu, além do Instituto Camões, do Instituto Cervantes e da Bienal do Rio. 

Em 2025, A Feira do Livro reafirma sua relevância no cenário de eventos literários do país, com o patrocínio do Grupo CCR, por meio do Instituto CCR, pelo segundo ano, e do Itaú, pelo terceiro ano consecutivo. Nesta edição, destacamos ainda a chegada do Pinheiro Neto Advogados como novo apoiador e a seleção no edital Petrobras Cultural, com o patrocínio em fase final de negociação. Em 2024, A Feira do Livro teve patrocínio do Grupo CCR, do Itaú Unibanco e Rede, da TV Brasil e da Rádio Nacional de São Paulo. 

A Feira do Livro é uma realização do Ministério da Cultura, por meio da Lei Rouanet – Incentivo a Projetos Culturais, Associação Quatro Cinco Um, organização sem fins lucrativos dedicada à difusão do livro e da leitura no Brasil, Maré Produções, especializada em exposições e feiras culturais e em parceria com a Prefeitura de São Paulo.

.: MASP apresenta exposição que reflete sobre acervo de artes da África


Obras de 17 culturas da África ocidental, entre estatuetas e máscaras, compõem a mostra, que convida os artistas biarritzzz e Cipriano a dialogarem com os legados e as transformações das culturas africanas no Brasil. Na imagem, "Iorubá", Nigéria, Máscara Geledé, sem data, doação Cecil Chow Robilotta e Manoel Roberto Robilotta. Foto: Eduardo Ortega

O MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand apresenta, de 28 de março a 3 de agosto, a exposição "Cinco Ensaios sobre o MASP –  Artes da África", no terceiro andar do Edifício Pietro Maria Bardi. A mostra reúne mais de 40 obras do acervo do museu, principalmente do século 20, oriundas da África ocidental. 

A curadoria de Amanda Carneiro, curadora, MASP, e Leandro Muniz, curador assistente, MASP, selecionou peças confeccionadas em madeira, principalmente aquelas ligadas ao corpo ou à sua representação. O conjunto abrange estatuetas de Exu e Xangô, objetos cotidianos, bonecas, tambores, mobiliário e máscaras usadas em festividades, rituais de iniciação, celebração ou funerais. Embora outras apresentações desse conjunto já tenham sido realizadas, esta é a primeira exposição que busca estabelecer uma leitura crítica e propositiva da coleção de arte africana do museu.

“A presença da arte africana no MASP foi moldada por momentos-chave ao longo da sua história, marcados pela realização de exposições e doações. O primeiro envolvimento notável do museu com a arte africana ocorreu em 1953, com a exposição Arte Negra, realizada seis anos após a abertura do MASP. Essa iniciativa foi uma das primeiras exposições de arte africana registradas em um museu brasileiro”, afirma Amanda Carneiro.

As obras provêm de 17 culturas distintas, oriundas principalmente da África ocidental, de grupos como Guro, Senufo e Baulê, da atual Costa do Marfim; Dogon e Bamana, do Mali; Mossi e Bobo, da Burkina Faso; Baga, da Guiné; Axante, de Gana; Guere-Wobe, da Libéria; Hemba, do Congo; Mumuye, Ibibio, Igbo e Iorubá, da Nigéria; além de uma peça Chokwe, da Angola.

“São produções muito diversas que trazem essa noção de ‘artes’ no plural para o título da exposição. Existem cerca de 500 culturas diferentes em toda a África, portanto, o que apresentamos é um recorte específico sobre a maneira como o MASP colecionou essas peças ao longo dos anos. Não se trata de uma mostra sobre uma identidade única continental”, afirma Leandro Muniz. 

Em diálogo com as peças históricas, os artistas brasileiros biarritzzz (Fortaleza, CE, 1994) e Cipriano (Petrópolis, RJ, 1981) abordam, em obras comissionadas para o museu, os legados e as transformações das tradições africanas na cultura brasileira. biarritzzz expõe três vídeos: colagens digitais de fragmentos das máscaras presentes na mostra, acompanhadas de frases que questionam sua presença em acervos de museus. A artista usa uma linguagem típica de redes sociais para transmitir ideias ou fazer críticas com humor, chamando esse recurso de “pedagogia do meme”. Já Cipriano apresenta duas pinturas abstratas que sobrepõem cantos de religiões afro-brasileiras ligadas às tradições banto, tronco linguístico da África central. Uma das obras faz referência ao tambor Chokwe, de Angola, incorporado em 2023 à coleção do MASP.

Concebida pelo escritório de arquitetura Gabriela de Matos, a expografia remete a dois materiais que foram fundamentais para o desenvolvimento tecnológico do continente africano: a terra, usada especialmente em arquiteturas milenares, e o ferro, cuja fundição data ao menos desde 500 a.C., ganhando importância central em diferentes culturas africanas. As estatuetas e as máscaras são apresentadas em totens cobertos por uma tinta semelhante à terra; já a estrutura tem uma base composta por metal e acrílico espelhado preto.

As obras estão organizadas em conjuntos que destacam a diversidade e a inventividade formal das produções e as relações temáticas entre diferentes culturas. Sem associações cronológicas e geográficas, a montagem incorpora as produções dos artistas contemporâneos.


Acervo
A maior parte da coleção de artes da África do MASP é composta por estatuetas e máscaras do século 20, integradas ao museu ainda nas primeiras décadas de sua formação. Desde 1953, seis anos após sua fundação, o museu realizou diversas exposições sobre este tema, como Arte Negra (1953), Arte Tradicional da Costa do Marfim (1973), Da senzala ao sobrado (1978), Arte contemporânea do Senegal (1981), Cultura Nigeriana (1987), África Negra (1988) e Do coração da África – Arte Iorubá (2014). 

Duas grandes doações foram fundamentais para a formação desse acervo: do Bank Boston, em 1998, e da coleção Robilotta, em 2012; ao longo do tempo também ocorreram incorporações pontuais. Para refletir sobre a história dessa coleção e das exposições sobre arte africana no MASP, um conjunto de documentos será apresentado em uma vitrine que registra essa trajetória.

"Artes da África", Renoir, Geometrias, Histórias do MASP e Isaac Julien: Lina Bo Bardi – um maravilhoso emaranhado integram os Cinco ensaios sobre o MASP, série de exposições pensadas a partir do acervo e da história do museu para inaugurar o novo Edifício Pietro Maria Bardi. 

Acessibilidade
Todas as exposições temporárias do MASP possuem recursos de acessibilidade, com entrada gratuita para pessoas com deficiência e seu acompanhante. São oferecidas visitas em Libras ou descritivas, além de textos e legendas em fonte ampliada e produções audiovisuais em linguagem fácil – com narração, legendagem e interpretação em Libras que descrevem e comentam os espaços e as obras. Os conteúdos, disponíveis no site e no canal do YouTube do museu, podem ser utilizados por pessoas com deficiência, públicos escolares, professores, pessoas não alfabetizadas e interessados em geral. 


Realização
Cinco ensaios sobre o MASP – Artes da África é realizada por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura e tem patrocínio master do Nubank.


Serviço
"Cinco Ensaios Sobre o MASP  – Artes da África"
Curadoria: Amanda Carneiro, curadora, MASP, e Leandro Muniz, curador assistente, MASP
3° andar
Edifício Pietro Maria Bardi
Visitação: 28.3 — 3.8.2025


MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand
Avenida Paulista, 1510 - Bela Vista / São Paulo
Telefone: (11) 3149-5959
Horários: terças grátis, das 10h às 20h (entrada até as 19h); quarta e quinta das 10h às 18h (entrada até as 17h); sexta das 10h às 21h (entrada gratuita das 18h às 20h30); sábado e domingo, das 10h às 18h (entrada até às 17h); fechado às segundas.
Agendamento on-line obrigatório pelo link masp.org.br/ingressos
Ingressos: R$ 75 (entrada); R$ 37 (meia-entrada)

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