sábado, 24 de maio de 2025

.: “O Amor que Sinto”, com direção de Elias Andreato, volta em sessão única


Peça inspirada em cartas de amor reais dos anos 1990 traz o ator Mário Goes de volta ao papel. Foto>: divulgação


Após temporada de estreia em 2023, o monólogo “O Amor que Sinto” retorna para uma apresentação única no dia 29 de maio de 2025, às 20h, no Teatro D-Jaraguá, em São Paulo. Protagonizado pelo premiado ator Mário Goes e dirigido por Elias Andreato, o espetáculo oferece uma delicada e intensa viagem pelo tempo e pelas emoções do amor.

Baseado em cartas de amor reais, escritas ao longo de cinco anos nos anos 1990 e jamais entregues ao destinatário, o texto do autor Egbert Mesquita foi adaptado para monólogo a partir de uma versão inicial para três atores. Em cena, o homem confronta seu passado e presente, dialogando com a pessoa amada que ora se manifesta, ora se ausenta - um verdadeiro “respiro” para o amor sentido.

“Tudo é eterno enquanto dura, e nós permanecemos sempre sonhando. A vida gira em torno do amor e isto basta”, afirma o diretor Elias Andreato, ressaltando a profundidade e a urgência do tema. A ideia de montar a peça nasceu durante a pandemia, quando Mário Goes se apresentava em sua varanda para os vizinhos no projeto “Arte na Varanda”. A experiência inspirou a adaptação do texto para um monólogo, revelando uma obra sensível e universal. “Eu gosto de falar de amor! Além de universal, é urgente e base para qualquer outra luta”, comenta Mário Goes.


Ficha técnica
Espetáculo "O Amor que Sinto"
Texto: Egbert Mesquita
Elenco: Mário Góes
Direção: Elias Andreato
Desenho de luz: Kleber Montanheiro
Figurinos: Rosângela Ribeiro
Trilha sonora: Rafael Thomazini
Direção: Palco Agnes Bordin
Produção: Cia Paradóxos E Neila Camargo
Realização: Teatro-D-Jaraguá


Serviço
Espetáculo "O Amor que Sinto"
Dia 29 de maio de 2025, quinta-feira, às 20h
Duração: 60 minutos | Classificação Indicativa: 12anos
Local: Teatro D-Jaraguá – Rua Martins Fontes, 71, Centro Histórico, São Paulo (Metrô Anhangabaú)
Capacidade: 260 lugares
Fone: 11-2802-7075 @teatrodjaragua
Bilheteria: quinta a domingo a partir das 15h ou diretamente no link SYMPLA: https://bileto.sympla.com.br/event/106341
Ingressos: R$ 100 (inteira) / R$ 50 (meia)
Estacionamento: Estapar na entrada principal do hotel, com preço especial para o teatro — R$ 20 por até 4 horas, valorizando a experiência teatro + restaurantes do hotel.

.: "Ela me achou antipático", diz Roberto de Carvalho, no "Provoca", sobre Rita Lee


Além da parceria com Rita, Roberto também é um dos instrumentistas e compositores mais respeitados e bem-sucedidos do Brasil. Foto: Ana Paula Santos

Na próxima terça-feira, dia 27 de maio, Marcelo Tas recebe Roberto de Carvalho no "Provoca". Na entrevista inédita, o multi-instrumentista e compositor, parceiro de Rita Lee na música e na vida por quase 50 anos, conta sua versão do primeiro encontro com a Rainha do Rock, fala do novo documentário sobre a vida de Rita e comenta sobre sua formação musical. O programa vai ao ar a partir das 22h, na TV Cultura.

“Ela me achou antipático, (...) mais especificamente blasé” - é assim que Roberto de Carvalho descreve o que ouviu dizer sobre a primeira impressão de Rita Lee a seu respeito. O encontro aconteceu num show da banda de Ney Matogrosso, em 1976, da qual Roberto fazia parte. Os dois ainda se esbarraram no Festival de Saquarema, no mesmo ano, antes do próprio Ney entrar em ação como cupido do casal.

Eles se conhecerem de vez num jantar na casa de Rita, para o qual Ney foi convidado. A cantora pediu que ele "levasse um músico" - e Ney entendeu a deixa. Roberto conta: “Eu me sentei, ela sentou do meu lado, e eu estava com uma meia de lurex, que é um material brilhante. A meia apareceu, e ela disse: ‘Nossa, que meia legal!’. Aí eu falei: ‘Gostou? Então é sua!’. Tirei a meia, dei para ela e falei: ‘pode usar, que eu não tenho chulé’. (...) Dali, iniciou-se uma dialética interminável, que durou 48 anos. Uma dialética em todos os níveis: nível conversacional, no nível de troca de ideias, de música, de amor, de sexo, de filhos, enfim, tudo era muito intenso. Mas começou ali”.

Sobre o documentário "Rita Lee: mania de Você", recém-lançado na plataforma de streaming Max, Roberto comenta: “Eu assisti duas vezes. (...) [a primeira] eu estava em Londres, e o Guito – que foi o diretor do documentário – me mandou para assistir. Eu estava lá, assim, tentando oxigenar as ideias. Foi a primeira viagem que eu estava fazendo depois que aconteceu tudo. E aí veio aquela pedrada. Eu assisti no IPhone, eu estava na casa de um amigo meu, no andar de baixo. E eu comecei a chorar, chorar, chorar. Aí eu subi a escada, e quando ele me viu [perguntou]: ‘Roberto, o que está acontecendo!?’... Aquilo me pegou de um jeito...”.

Além da parceria com Rita, Roberto também é um dos instrumentistas e compositores mais respeitados e bem-sucedidos do Brasil. A relação com a música começou logo cedo, aos três anos de idade, muito por conta da influência da mãe e da avó, que tocavam piano. Roberto logo descobriu um talento muito específico, mas que vinha a certo custo: “eu tinha muita dificuldade para ler partitura, e ao mesmo tempo eu tinha bom ouvido”. Tas lembra que Roberto tem o chamado “ouvido absoluto”, que o músico explica: “você tem um computador interior que te dá a nota”.

.: Os impasses das migrações expostos na peça "eXílio", do Coletivo Comum


Trabalho documental, com direção de Fernando Kinas, faz temporadas no Teatro de Paulo Eiró e no Galpão do Folias. O espetáculo tem canções em vários idiomas, incluindo purepecha e tamazight, línguas do atual México e do norte da África, respectivamente, além de músicas brasileiras. Foto: Fernando Reis

Para o Coletivo Comum, os deslocamentos forçados de pessoas por conta de guerras, violações de direitos humanos, condições climáticas e perseguições de qualquer tipo são um dos principais temas da atualidade, envolvendo questões individuais e coletivas, políticas e subjetivas. O grupo decidiu, então, fazer desses deslocamentos o seu material de pesquisa para construir o espetáculo "eXílio", que fica em temporada no Teatro Paulo Eiró entre 30 de maio a 15 de junho de 2025, com sessões de quinta a sábado, às 20h30, e, aos domingos, às 18h.

Na sequência, a peça segue para o Galpão do Folias, entre 19 e 30 de junho, com apresentações de quinta a sábado, às 20h30, domingos, às 18h e, segunda-feira, dia 30 de junho, às 20h30. Mantendo a tradição de fazer teatro documental, o Coletivo Comum estruturou 30 cenas para dar conta da multiplicidade de abordagens referentes ao tema do exílio. São quadros independentes, nos quais o elenco formado por Fernanda Azevedo, Maria Carolina Dressler, Ícaro Rodrigues, Renata Soul e Roberto Moura narra diferentes dimensões que envolvem migração, refúgio e exílio. 

"Optamos por deixar o 'X' em caixa alta no nome do espetáculo para reforçar o tema da encruzilhada, do conflito e das oposições", afirma o diretor Fernando Kinas, acrescentando a relevância dos debates diante dos conflitos na Palestina e na Ucrânia, e da posse de Trump nos Estados Unidos. Assim, a obra "eXílio" é mais um capítulo na ampla investigação do grupo sobre os desafios civilizacionais contemporâneos.

Ao se debruçar sobre a temática das migrações, a companhia decidiu ampliar a discussão, incluindo exílios dentro do próprio país, descrito pelo crítico literário Antonio Candido como o sentimento que algumas pessoas têm de não se sentirem representadas pelo seu país ou regime político, como no caso das ditaduras militares.  Outro tema abordado é o exílio interno, já destacado por Ovídio no primeiro século da era cristã.

"Estamos discutindo também o sentimento de não pertencimento a uma comunidade, mesmo dentro da sua própria cidade ou país. Há pessoas que se sentem exiladas de seu próprio corpo. Neste sentido procuramos fazer uma discussão ampla, incluindo questões que envolvem, por exemplo, a população LGBTQIAP+, que sofre todo o tipo de preconceito e violências", completa Kinas. 


Sobre a encenação
Para a construção da dramaturgia, foram utilizados muitos materiais, como o livro "Conversas de Refugiados", escrito por Bertolt Brecht durante seu exílio na Finlândia e nos Estados Unidos nos anos 1940 por conta do nazismo. O livro foi traduzido e comentado por Tercio Redondo, professor da USP que participa como consultor do projeto. Também são utilizadas notícias veiculadas na imprensa, cartas de migrantes, documentos de órgãos oficiais, entre outros materiais. 

De acordo com o ACNUR (Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados), atualmente, mais de 110 milhões de pessoas estão vivendo, de forma não voluntária, fora dos seus locais de origem. Nesse contexto, elas estão sujeitas a violências anti-imigração, como estupro, discriminação e humilhação. 

E, em meio a tantas informações, o grupo se inspirou em algumas personagens reais para criar as cenas, como o imigrante congolês Moïse Kabagambe, espancado e morto do Rio de Janeiro após cobrar duas diárias de trabalho atrasadas; a militante brasileira Dorinha, exilada durante a ditadura militar no Brasil que acabou tirando sua própria vida no exílio; e o crítico literário palestino Edward Said, que aborda o conceito de orientalismo como criação do ocidente. 

O trabalho busca o compartilhamento entre atores, atrizes e público. Por isso, o coletivo apostou em um dispositivo cênico circular, apoiado pelo uso de barreiras, evocando campos de refugiados e de deportação. "Estamos chamando nosso espaço cênico de campo, já que essa expressão está intimamente ligada ao refúgio. Campo de averiguação, de concentração, de triagem... No nosso caso, é também um campo de batalha, em que a memória e a resistência também estão presentes. E, de certa forma, quando o elenco está mais perto do público, ele está exilado da cena", conta Beatriz Calló, que assina a assistência de direção e colaborou no roteiro ao lado de Fernando e do grupo. 

A trilha sonora ganhou muita importância na encenação. Tanto que duas pessoas da área musical fazem parte do elenco, Renata Soul e Roberto Moura, este último também assina a direção vocal. Além das canções executadas pelo elenco, uma cuidadosa trilha sonora evoca os temas da migração. 


Sinopse de "eXílio"
Atualmente, mais de 110 milhões de pessoas no mundo, segundo dados oficiais, foram obrigadas a se deslocar por causa de guerras, violações de direitos humanos, condições climáticas e perseguições de todo tipo (políticas, religiosas, étnicas, por orientação sexual). Elas estão sujeitas a violências anti-imigração, como estupro, discriminação, humilhação. Muitas perderam suas vidas. A experiência do exílio também pode ser vivida dentro do próprio país, como no caso das ditaduras e nos processos de desumanização. eXílio é um trabalho teatral, proposto pelo Coletivo Comum, que parte desta atualidade brutal, mas também da perspectiva de que as fronteiras são criações históricas e que, portanto, podem ser alteradas e suprimidas.


Ficha técnica
Espetáculo "eXílio"
Roteiro: Fernando Kinas, com a colaboração de Beatriz Calló e elenco
Direção: Fernando Kinas
Elenco: Fernanda Azevedo, Maria Carolina Dressler, Renata Soul, Ícaro Rodrigues e Roberto Moura
Assistência direção: Beatriz Calló
Cenografia: Julio Dojcsar
Iluminação e operação de luz: Dedê Ferreira
Figurino: Beatriz Calló, com a participação do Coletivo Comum e pessoas em condição de migração e refúgio
Treinamento e direção vocais: Roberto Moura
Pesquisa musical e trilha: Fernando Kinas, com a colaboração de Eduardo Contrera
Assessoria dramatúrgica: Tercio Redondo (Bertolt Brecht e o exílio)
Interlocução crítica: Clóvis Inocêncio (Berna), Beatriz Whitaker, Leneide Duarte-Plon, Dominique Durand e Cimade (Paris), Organon Art Cie (Marseille), Jean-Michel Dolivo (Lausanne), Rabii Houmazen (Marrocos e São Paulo), Museu da Imigração do Estado de São Paulo, Arro (Afeganistão e São Paulo), Padre Assis (Cabo Verde e São Paulo)
Desenho e operação de som: Lienio Medeiros
Programação visual: Casa 36|Camila Lisboa
Fotografia: Fernando Reis
Serralheiro: Fernando Lemos (Zito)
Assessoria de imprensa: Canal Aberto|Márcia Marques, Daniele Valério e Carol Zeferino
Produção: Patricia Borin
Realização: Coletivo Comum


Serviço
Espetáculo "eXílio"
Duração: aproximadamente 140 minutos
Classificação indicativa: 14 anos 


Teatro Paulo Eiró
Temporada: 30 de maio a 15 de junho de 2025, de quinta a sábado, às 20h30, e, aos domingos, às 18h00.
Endereço: Av. Adolfo Pinheiro, 765 - Santo Amaro, São Paulo - SP
Ingresso: gratuito
Sessão com intérprete de libras: 13 de junho


Galpão do Folias
Temporada: 19 a 30 de junho de 2025, de quinta a sábado, às 20h30, domingos, às 18h00, e, segunda-feira, dia 30 de junho, às 20h30
Endereço: R. Ana Cintra, 213 - Campos Elíseos, São Paulo - SP
Ingresso: gratuito
Sessão com intérprete de libras: 27 de junho
Reservas: circulacaoexilio@gmail.com / IG: @coletivocomum 

sexta-feira, 23 de maio de 2025

.: Crítica musical: Dire Straits e os 40 anos de "Brothers in Arms"


Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. 

Há 40 anos, a banda britânica Dire Straits atingia o seu auge de popularidade com o lançamento do álbum "Brothers In Arms". Um disco que revolucionou a forma de gravar e produzir música na época e que ainda deixou canções que se tornariam clássicos ao passar pelo teste do tempo.

A banda era liderada pelo guitarrista e vocalista Mark Knopfler, responsável pelo fato de insistir em gravar as canções em processo digital, ao invés do sistema mais convencional (analógico). A proposta de Knopfler estava certa. O disco ficou com uma qualidade técnica sonora sensacional e até hoje surpreende quem o coloca para ouvir em seu CD player ou mesmo nas plataformas de streaming. Foi gravado no antigo Air Studio, que ficava na Ilha de Monteserrat e pertencia ao produtor George Martin (dos Beatles).

Knopfler sempre foi o cara que definia o conceito dos discos, além de ser o principal compositor e um exímio guitarrista, capaz de criar riffs e solos mágicos. Era o vocalista, muito embora reconhecesse suas limitações como cantor. Sua voz não tinha um alcance como o de outros artistas pop da época. Mas era sob medida para a música que a banda produzia.

O disco abre com a etérea "So Far Away", uma balada com um riff mágico. Mas é na faixa seguinte, "Money For Nothing", que a banda se consagraria de vez como a banda da MTV. Knopfler revelou que teve a inspiração da letra em uma loja de departamentos, onde os funcionários falavam que deveriam aprender a tocar um instrumento para ganhar a vida de forma fácil.

O lançamento do clipe da canção aconteceu na MTV europeia. E a canção venceu o prêmio Grammy em 1985 na categoria de melhor performance no rock. Destaca-se ainda a participação de Sting, que faz um luxuoso backing vocal e chega a dividir os vocais com Knopfler, que por sua vez fez um riff matador que pontua todo o arranjo.

O disco segue com o rockabilly animado de "Walk Of Life" e mais duas baladas marcantes: "Your Latest Trick" (com um solo mágico de sax) e "Why Worry", fechando o primeiro lado do álbum de forma magnífica. Todas essas cinco faixas foram bem executadas nas rádios na época.

O lado B do álbum abre com a igualmente ótima "Ride Across the River", cujo solo parece ter sido inspirado no estilo do guitarrista mexicano Carlos Santana. As duas canções seguintes "The Man´s Too Strong" e "One World" seguem aquele padrão de qualidade do grupo. A balada que encerra o disco e deu o nome para o álbum também foi bastante executada nas rádios, apesar de sua longa duração (pouco mais de seis minutos).

A banda seguiria até 1995, quando Knopfler anunciou oficialmente o fim do grupo. Passaria a desenvolver uma carreira solo com menos obrigações contratuais e com mais tempo para curtir a sua família. Ainda não seria a tal da “vida fácil” que o funcionário daquela loja de departamentos nos anos 80 imaginara. Mas pelo menos o tempo passaria a ser melhor administrado.


"Money for Nothing"

"So Far Away"

"Walk of Life"

.: Crítica: “Lilo & Stitch” tenta reinventar uma roda que já estava inventada


Por Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com

Em cartaz na rede Cineflix e em cinemas de todo o Brasil, o novo live-action da Disney, "Lilo & Stitch", tenta reviver a magia do clássico animado de 2002, mas se perde ao tentar ser mais do que precisava. A produção, dirigido por Dean Fleischer Camp, conta com nomes como Maia Kealoha, Sydney Elizabeth Agudong e Chris Sanders acerta apenas parcialmente ao trazer Stitch à vida com efeitos visuais caprichados - o alienígena azul está muito bem feito e é o ponto alto do filme, fiel ao desenho e cheio de personalidade. Mas, infelizmente, a mesma atenção não foi dada à alma da história: Lilo.

A protagonista, interpretada por Maia Kealoha, carece do carisma e da energia que marcaram a Lilo original. E isso nem é culpa da jovem atriz. Na animação, Lilo era esquisita, otimista e cheia de vida, mesmo em meio à solidão e o vazio causados pela morte dos pais. Já no live-action, ela é reduzida a uma órfã melancólica, definida apenas pelo drama - faltou energia. O roteiro, escrito por Chris K.T. Bright e Mike Van Waes, carrega nas tintas do sofrimento e esquece de inserir as cenas leves, engraçadas e icônicas que eternizaram o filme original na memória dos fãs.

A tentativa de dar mais realismo à trama - como se a história de um alienígena disfarçado de cachorro precisasse de coerência absoluta - resulta em um filme que não se define: ora tenta ser dramático e profundo, ora quer ser infantil e acolhedor. No fim, não cumpre bem nenhuma das intenções. Outro problema é a adição de personagens irrelevantes, como a vizinha que surge sem propósito claro e não contribui para a trama. Se ela era tão próxima da família, onde estava antes, nos momentos críticos? Já Nani e seu namorado, felizmente, funcionam bem - os atores conseguem manter parte do carisma da animação, embora apareçam em poucas cenas marcantes.

O visual do longa-metragem é bonito, solar, e remete a uma boa "Sessão da Tarde" e ao próprio desenho animado. Os efeitos especiais são competentes, mas não salvam a narrativa arrastada e desequilibrada que o filme intencionalmente propõe para provar que mudou algo na animação. A trilha sonora, antes vibrante e memorável, agora se resume a versões acústicas e sem alma que não fazem jus ao espírito original havaiano e à leveza do desenho animado.

O final, que deveria ser o momento de catarse emocional, contradiz os esforços de Nani durante todo o enredo, enfraquecendo ainda mais a construção dessa história que marcou época no filme original. No fim das contas, o live-action parece mais preocupado em adaptar "Lilo & Stitch" ao gosto de um público adulto, esquecendo que seu maior mérito sempre foi falar com crianças - e com o lado infantil de cada um. Uma releitura desnecessária que, infelizmente, não acrescentou nada - nem um frescor, ao clássico moderno que se tornou a franquia animada. Ao tentar reinventar a roda, o filme entrega um drama indeciso e sem o brilho da produção original. O "Lilo & Stitch" de 2002 continua sendo a versão definitiva, mais divertida, mais emocionante e, acima de tudo, mais fiel ao que significa “Ohana”.


quarta-feira, 21 de maio de 2025

.: Cinema: Banguela de "Como Treinar Seu Dragão" pousa em SP e RJ


A escultura do dragão mais amado do cinema ficará exposta até 31 de julho em diferentes shoppings e pontos icônicos das duas cidades

A Universal Pictures, que recentemente anunciou a turnê no Brasil do primeiro live-action do estúdio “Como Treinar o Seu Dragão” ("How to Train Your Dragon"), instalou uma estátua do adorado dragão Fúria da Noite, o Banguela, em São Paulo. Com mais de 2 metros de altura por 5,2 metros de comprimento, o personagem ficará em frente ao Shopping Cidade São Paulo até o dia 25 de maio e, a partir desta data, será exibido em outros locais, conforme a agenda abaixo. O filme estará em cartaz na rede Cineflix e em cinemas de todo o Brasil.
 

São Paulo 
Shopping Cidade São Paulo: até 25 de maio 
Shopping Tietê Plaza: 2 a 9 de junho 
Shopping Grand Plaza: 9 a 16 de junho 
Shopping D: 16 a 23 de junho
Neoquímica Arena: 28 de maio a 2 de junho 
Roda Rico: 23 de junho a 10 de julho 

Rio de Janeiro 
UCI New York: 31 de maio a 20 de junho 
Loja BK (Av. Dom Hélder Câmara, 5911 - Engenho de Dentro, Rio de Janeiro - RJ, 21050-453): 20 a 30 de junho 
Parque Bondinho: 30 de junho a 31 de julho
Em clima de celebração, o elenco do filme que conta com Mason Thames (Soluço), Nico Parker (Astrid), Gerard Butler (Stoico) e do diretor Dean DeBlois estará em São Paulo para divulgar o longa metragem entre os dias 24 e 28 de maio.  


Sobre o filme
Inspirada na série de livros best-seller do “New York Times”, de Cressida Cowell, o romance “Como Treinar o Seu Dragão” se passa na acidentada Ilha de Berk, onde vikings e dragões são inimigos há gerações. No centro da história está Soluço (Mason Thames), o engenhoso e negligenciado filho do Chefe Stoico (Gerard Butler). Desafiando as tradições de seu povo, Soluço forma uma amizade improvável com Banguela, um temido dragão Fúria da Noite. Juntos, eles revelam uma nova verdade sobre os dragões e questionam as crenças mais profundas da sociedade viking.  

Ao lado da corajosa e determinada Astrid (Nico Parker) e do excêntrico ferreiro Bocão Bonarroto (Nick Frost), Soluço precisa enfrentar um mundo dividido pelo medo e mal-entendidos. Quando uma antiga ameaça ressurge, colocando em risco a sobrevivência de vikings e dragões, a amizade entre Soluço e Banguela torna-se a chave para um novo futuro. Juntos, eles devem trilhar o caminho em direção à paz, ultrapassando os limites de seus mundos e redefinindo o que significa ser herói e líder. “Como Treinar o Seu Dragão” tem distribuição da Universal Pictures e estará disponível nos cinemas a partir de 12 de junho também em versões acessíveis. Sessões antecipadas a partir de 7 de junho.

.: Clássico: Edith Wharton ganha edição de luxo com tradução de Nara Vidal


Segundo título do Selo Inglesa, da Degustadora Editora, "Xingu e Outros Contos" está em pré-venda com brindes e encontro on-line com equipe editorial


Após o lançamento de "Freshwater", de Virginia Woolf, a Degustadora Editora apresenta o segundo título do Selo Inglesa: "Xingu e Outros Contos", da norte-americana Edith Wharton (1862-1937), primeira mulher a receber o Prêmio Pulitzer de Ficção. Com edição de luxo em capa dura e guarda personalizada, o livro já está em pré-venda e traz como diferencial a participação em um encontro on-line com a curadora e tradutora Nara Vidal e integrantes da equipe editorial.

Com humor refinado e crítica social afiada, os seis contos do livro apresentam ao leitor brasileiro uma autora pouco difundida, mas de escrita sofisticada e surpreendente. Entre os destaques estão “Xingu” - que dá nome à edição -, e “O Pelicano”, sátiras da falsa erudição e do esnobismo da elite norte-americana do início do século 20.

“Traduzir Edith Wharton tem sido um desafio e um prazer imensos. Sua escrita é sedutora, elaborada e exige da tradução uma entrega obsessiva pela palavra certa, pela ironia preservada, pelo ritmo do texto original. É um trabalho que envolve paixão e precisão”, comenta Nara. “'Xingu e Outros Contos' é uma seleção feita com amor e com um cuidado imenso com o leitor brasileiro, que merece conhecer mais profundamente essa autora extraordinária”, completa a curadora e tradutora da obra. O lançamento traz ainda textos críticos assinados por Nara Vidal e pela professora e crítica literária Ligia Gonçalves Diniz.

A editora da Degustadora, Melissa Velludo, comemora o novo volume do Selo Inglesa. “Pouco traduzida no Brasil, Wharton ganha agora uma edição primorosa e acessível. Seu olhar crítico sobre as convenções sociais e sua habilidade de transitar do humor à melancolia fazem dela uma autora indispensável - sobretudo para quem se interessa pelas questões de gênero e pelas transformações sociais do século passado”, afirma.

Além do projeto gráfico refinado, o livro traz brindes na pré-venda, como ecobags, cadernetas e cartão postal exclusivo. Os leitores que adquirirem a obra antecipadamente pelo Catarse também ganham acesso a um bate-papo especial com a equipe responsável pela edição, em uma oportunidade de mergulhar ainda mais no universo de Edith Wharton e da tradução literária. A pré-venda de Xingu e outros contos é feita pelo link https://www.catarse.me/xingueoutroscontos.
 

Sobre o Selo Inglesa
O Selo Inglesa, criado pela Degustadora Editora, tem como proposta publicar autoras de língua inglesa em domínio público, com curadoria e tradução cuidadosas. A proposta é valorizar obras pouco conhecidas do grande público e resgatar autoras fundamentais com novos olhares. Entre os próximos lançamentos previstos pela editora estão um livro de cartas de Mary Wollstonecraft e a obra "Matilda", de Mary Shelley, em edição especial de luxo.

 
Sobre a autora
Edith Wharton foi escritora, ensaísta e crítica literária. Além de receber o Prêmio Pulitzer de Ficção, em 1921, também foi agraciada com o título de doutora honoris causa pela Universidade de Yale. Autora de romances, contos, poesia e livros de não-ficção, Wharton se destacou por retratar com acidez e precisão os costumes da elite norte-americana de sua época.

 
Sobre a tradutora
Nara Vidal é escritora, professora, curadora do Selo Inglesa e tradutora de autoras como Virginia Woolf, Katherine Mansfield e Selby Wynn Schwartz. Formada em Letras pela UFRJ, é mestre em Artes pela London Metropolitan University e desenvolve um trabalho de resgate e valorização de autoras clássicas da literatura em língua inglesa.

.: Globo Livros lança "Partes de Mim", a autobiografia de Whoopi Goldberg


Chega às livrarias pela Globo Livros, a autobiografia "Partes de Mim: a Vida com Minha Mãe e Meu Irmão", um relato sincero, emocionante e profundamente humano da atriz Whoopi Goldberg - uma das vozes mais marcantes do entretenimento mundial. Vencedora do Emmy, Grammy, Oscar e Tony - um feito reservado a pouquíssimos artistas - ela abre seu coração para revelar suas raízes e as histórias que moldaram sua infância. “Este é um livro sobre a minha família nuclear: meu irmão, Clyde, e principalmente a minha mãe, porque nada do que fiz teria acontecido sem ela. Por causa dela, deixei de ser Caryn Johnson, a ‘garotinha esquisita’ da periferia, por quem ninguém dava nada, para ser eu, Whoopi Goldberg.”

Nascida Caryn Johnson, nos arredores de Nova York, Whoopi narra a própria trajetória com coragem e autenticidade. Em um relato íntimo, ela revisita suas origens e relembra uma infância cheia de desafios, mas também de vínculos profundos com a mãe — uma mulher de força inabalável — e com o irmão, seu grande parceiro de vida. A obra é uma homenagem comovente ao poder da família e à busca por identidade e pertencimento.
 
Com estilo inconfundível - direto, afetuoso e cheio de personalidade - Whoopi conduz o leitor por momentos de vulnerabilidade e superação: o enfrentamento do vício em drogas, a dor da perda de entes queridos, e os bastidores nem sempre glamourosos do estrelato em Hollywood e no teatro. “Revisitar essas histórias foi como ver de fora como eu cresci e evoluí. A dor não vai embora, ela muda. E você muda junto. Acho que esse livro é sobre isso: sobre crescer, tropeçar, aprender com o que deu certo e com o que deu errado”, diz Whoopi. Com irreverência, força e uma sinceridade rara, Whoopi Goldberg compartilha com os leitores um pedaço de sua alma — e nos lembra por que sua trajetória é tão inspiradora. Apoie o Resenhando.com e compre o livro "Partes de Mim: a Vida com Minha Mãe e Meu Irmão" neste link.


Sobre a autora
Whoopi Goldberg, nome artístico de Caryn Elaine Johnson, é atriz, apresentadora e cantora norte-americana. Ela é uma das poucas artistas na seleta lista dos EGOT, ou seja, a ter reconhecimento das principais premiações do entretenimento norte-americano: o Emmy, o Grammy, o Oscar e o Tony. Ela também já conquistou dois Globos de Ouro e recebeu o prestigioso Prêmio Mark Twain de Humor Americano. Whoopi participou de diversos filmes e atualmente faz parte da bancada do programa The View, da ABC. Ela mora em Nova York e Vermont. Apoie o Resenhando.com e compre o livro "Partes de Mim: a Vida com Minha Mãe e Meu Irmão" neste link.

.: Cineflix Cinemas Santos estreia "Lilo & Stitch" e "Ritas". Programe-se!

A unidade Cineflix Cinemas Santos, localizada no Miramar Shopping, bairro Gonzaga, estreia dia 22 o aguardado live action de comédia e ficção científica da Disney "Lilo & Stitch" e o documentário sobre a cantora, poetisa, compositora, instrumentista, escritora e musa Rita Lee, intitulado "Ritas".

Seguem em cartaz o longa de ação protagonizada por Tom Cruise, "Missão Impossível - O Acerto Final", a nova sequência do terror para maiores de 18 anos, "Premonição 6: Laços de Sangue", com Tony Todd, assim como a cinebiografia sobre Ney Matogrosso, "Homem com H"

Estão abertas a pré-venda do musical "j-hope - Hope On The Stage: Live Viewing" e a exibição ao vivo da "UEFA Champions League 2025", no dia 31 de maio. Garanta seus ingressos aqui: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

Programe-se, confira detalhes e compre os ingressos aqui: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN. Você pode assistir as estreias com pipoca quentinha, doce ou salgada, tendo em mãos o balde colecionável de "Lilo & Stitch""Thunderbolts*" e "Um Filme Minecraft".



O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.


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terça-feira, 20 de maio de 2025

.: "La Chimera", com Isabella Rossellini e Carol Duarte, estreia no Sesc Digital

Indicado à Palma de Ouro no Festival de Cannes, "La Chimera" é dirigido pela italiana Alice Rohrwacher e estrelado por Josh O'Connor, Isabella Rossellini e a brasileira Carol Duarte.  


A partir de quinta-feira, dia 22 de maio, a plataforma Sesc Digital recebe em sua programação três novos títulos imperdíveis. O serviço de streaming gratuito do Sesc São Paulo pode ser acessado em todo o país, pelo site ou por meio do aplicativo Sesc Digital, disponível para download nas lojas Google Play e App Store. 

Indicado à Palma de Ouro no Festival de Cannes, "La Chimera" é dirigido pela italiana Alice Rohrwacher e estrelado por Josh O'Connor, Isabella Rossellini e a brasileira Carol Duarte. O filme é sobre busca. Todos têm sua própria quimera, algo que buscam, mas nunca conseguem encontrar. Para uma gangue de ladrões de antigos objetos funerários e maravilhas arqueológicas, a quimera significa o desejo pelo dinheiro fácil. Para Arthur, a quimera se parece com a mulher que ele perdeu, Beniamina. Para encontrá-la, ele desafia o invisível e procura por toda parte em busca de um mitológico caminho para a vida após a morte. Numa jornada entre vivos e mortos, entre florestas e cidades, entre celebrações e solidão, desenrolam-se os destinos entrelaçados desses personagens, todos à procura da quimera. Alice Rohrwacher foi indicada recentemente ao Oscar pelo seu curta-metragem “Le Pupille” (2023) e já venceu com “As Maravilhas” (2014) o Grande Prêmio do Júri, e com “Feliz como Lázaro” (2018), o prêmio de Melhor Roteiro, ambos no Festival de Cannes.

O drama infantil alemão “Transtorno Explosivo”, de Nora Fingscheidt, traz a história de Benni, de nove anos. Ela é pequena, mas perigosa. Onde quer que Benni esteja, ela é imediatamente expulsa. Pequena, mas perigosa, ela já se tornou o que os serviços de proteção infantil chamam de "destruidora de sistemas" e não pensa em mudar. Benni tem um único objetivo: voltar para casa e ficar ao lado de sua mãe, mas Bianca tem medo da própria filha. A única esperança da menina é Micha, um especialista em controle de raiva. Premiado no Festival de Berlim, o filme venceu a competição Novos Diretores na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo.

Por fim, estreia na plataforma Sesc Digital a ficção brasileira "Carro Rei", de Renata Pinheiro, dentro da Virada Fantástica, programação proposta pelo CineSesc na Virada Cultural. Nascido em um carro, desde muito cedo Uno mantém uma relação bastante especial com eles. A partir da reforma de um velho automóvel da família, ele e seu tio, o mecânico Zé Macaco, darão início a um movimento que ninguém pode prever como e onde vai terminar. Ao misturar elementos de vários gêneros cinematográficos, passeando entre a fantasia desbragada e o ancoramento numa realidade bastante específica, Renata Pinheiro constrói um filme único no panorama do cinema brasileiro atual, ao mesmo tempo urgente e atemporal. Confira a programação completa das estreias de cinema no Sesc Digital.


Sesc Digital | Programação da semana | Estreias 22 de maio

"La Chimera"
Direção: Alice Rohrwacher | Itália, França, Suíça | 2023 | 130 min | Ficção | 16 anos | Disponível até 22 de setembro de 2025.

"Transtorno Explosivo"
Direção: Nora Fingscheidt | Alemanha | 2019 | 119 min | Ficção | 14 anos | Disponível até 22 de julho de 2025.

"Carro Rei"
Direção: Renata Pinheiro | Brasil | 2021 | 99 min | Ficção | 14 anos  | Disponível até 22 de julho de 2025.

Serviço
Acesse gratuitamente sesc.digital
Ou baixe o aplicativo, disponível para download nas lojas Google Play e App Store 

Aplicativo Sesc Digital
Filmes de ficção, documentários, produções originais, shows, mostras e festivais dão vida à nova plataforma de streaming do Sesc São Paulo. Disponível para Apple e Android, o app Sesc Digital é uma ferramenta intuitiva com acesso gratuito a vídeos em até 4K. Compatível com Chromecast e AirPlay, permite ao usuário assistir às obras audiovisuais sem cadastro e gerenciar perfis para toda a família.

.: "Sintomas": livro de Marcela Ceribelli olha para o que foi ensinado sobre amar


Em "Sintomas - E o que Mais Aprendi Quando o Amor me Decepcionou", o novo livro de Marcela Ceribelli, são combinadas memórias, reflexões e um olhar afiado sobre as estruturas que moldam os afetos, as escolhas e o que as pessoas carregam dentro delas mesmas como pontapé para um mosaico tão íntimo quanto universal.

No livro lançado pela Harper Collins Brasil, Marcela não apresenta uma desconstrução amarga, mas olha com coragem para o que foi ensinado sobre amar, cuidar e ser cuidada. Ela explode as bolhas do amor romântico, escancarando como quem “merece” viver histórias de amor e quem continuamente é deixado à margem.

Esperar, aqui, deixa de ser um ato passivo. É sobre controle, poder e sobre viver à sombra da paciência que ensinaram principalmente às mulheres. "Sintomas" mostra como a espera se camufla - em silêncios, em hesitações, em buscas por validação -, e como é preciso reaprender a se mover para fora dela. E propõe dar nome - aos desprazeres, às injustiças, às pequenas violências diárias que fingimos não ver  é o primeiro passo para deixar de carregar sozinha o que dói. O mapa das emoções ganha traços mais nítidos, e, com ele, somos convidadas a desenhar novas rotas. Apoie o Resenhando.com e compre o livro "Sintomas - E o que Mais Aprendi Quando o Amor me Decepcionou" neste link.

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segunda-feira, 19 de maio de 2025

.: Crítica: “Missão: Impossível” é ação feita com engenhosidade e coragem


Por Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com

A franquia “Missão: Impossível” sempre foi sinônimo de ação e cenas de tirar o fôlego - e “Missão: Impossível - O Acerto Final”, além de manter essa tradição, leva os filmes de ação a um novo patamar. Tom Cruise, mais uma vez, dá vida ao papel de Ethan Hunt, e ele se entrega de corpo e alma, protagonizando sequências desafiadoras que testam os limites do cinema de ação. Em cartaz na rede Cineflix Cinemas e em cinemas de todo o Brasil a partir do dia 22, a produção surpreende ao explorar um set subaquático, cuja complexidade técnica foi revelada em vídeo divulgado pela Paramount Pictures Brasil. 

A dedicação de Cruise e da equipe para tornar essas cenas possíveis demonstra o compromisso com a autenticidade e o impacto visual. É uma prova de que, na era dos efeitos digitais, ainda há espaço para a ação real feita com engenhosidade e coragem. Dirigido com maestria por Christopher McQuarrie - que também assina a produção ao lado do protagonista - o filme combina tensão, emoção e uma estética. O roteiro se aprofunda em dilemas humanos ao abordar a ideia de que a vida é feita de escolhas, oferecendo ao personagem Ethan Hunt novos contornos dramáticos sem perder o ritmo acelerado que os fãs tanto amam.

O elenco estelar, que conta com nomes como Hayley Atwell, Ving Rhames, Simon Pegg e Angela Bassett, entrega boas performances. A química entre os personagens e a direção segura criam momentos memoráveis, equilibrando cenas de ação com os dilemas emocionais dos protagonistas. Com estreia marcada para 22 de maio, “Missão: Impossível - O Acerto Final” promete ser um grande momento dos cinemas em 2025. Faz tempo que os filmes da série ultrapassaram os limites da sétima arte para colocar o espectador no centro da ação e fazer disso uma experiência. Nesse, que parece ser o capítulo final da franquia de sucesso, não é diferente.
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