quinta-feira, 19 de junho de 2025

.: "Vitória" estreia no streaming neste 19 de junho, Dia do Cinema Brasileiro


Estrelado por Fernanda Montenegro, longa levou mais de 700 mil espectadores aos cinemas nacionais.

A celebração do Dia do Cinema Brasileiro, 19 de junho, neste ano será em grande estilo no Globoplay, ao marcar a chegada de "Vitória" ao catálogo do streaming, que conta com cerca de 400 filmes nacionais disponíveis. Segundo filme com selo Original Globoplay, o longa acaba de passar quase três meses em cartaz nos cinemas e levou mais de 700 mil espectadores para conferirem a produção nas telonas nacionais. Fernanda Montenegro é a estrela do filme que, com direção de Andrucha Waddington, ilustra a história real de Joana da Paz, mulher que ganhou notoriedade nacional ao denunciar o tráfico de drogas de uma comunidade no Rio de Janeiro. Leia a crítica do filme neste link: "Vitória" é filme-denúncia que transborda humanidade na protagonista.

As 22 fitas gravadas durante dois anos pela corajosa moradora levaram à expedição de 30 mandados de prisão e à detenção imediata de 13 bandidos e dois policiais militares. Vitória ingressou no Programa de Proteção à Testemunha e passou 17 anos sem poder revelar o verdadeiro nome, Joana Zeferino da Paz. 

As filmagens amadoras feitas da janela da casa da senhora de 80 anos chamaram atenção do jornalista Fábio Gusmão (Alan Rocha), que publicou reportagens no jornal EXTRA em 2005, e impressionaram todo o país. Incluída no Serviço de Proteção à Testemunha, Joana da Paz foi apelidada de "Vitória" e teve a sua identidade mantida em sigilo por 17 anos, até falecer em 2023, aos 97 anos, após o término das filmagens do longa-metragem.  

Com roteiro de Paula Fiuza, "Vitória" é inspirado na obra literária  "Dona Vitória Joana da Paz", do jornalista Fábio Gusmão, que noticiou o caso. Além de Montenegro, o elenco conta com nomes como Linn da Quebrada, Laila Garin e Jennifer Dias, que ajudam a compor essa história de força feminina e impacto social. "Vitória" é um filme Original Globoplay, produzido pela Conspiração, com coprodução da MyMama Entertainment e Globoplay, e apoio da Globo Filmes. A distribuição é da Sony Pictures. O primeiro original, ‘Ainda Estou Aqui’, conquistou o Oscar de Melhor Filme internacional. Vitória também estará disponível no Telecine. 

A história da heroína por trás da câmera que mudou os rumos de um bairro e marcou um país inteiro. Revelada pela primeira vez em 2005 em uma matéria de Fábio Gusmão, a história de Dona Vitória tornou-se uma das mais marcantes e de maior repercussão da mídia nacional no início dos anos 2000. A senhora que, aos 80 anos, da janela de sua casa em Copacabana, no Rio de Janeiro, com uma câmera apoiada em livros e listas telefônicas, filmou toda a movimentação do tráfico e a negligência policial. A coragem misturada ao cansaço e a insatisfação pela situação de descaso das autoridades foram as motivações de Dona Vitória para continuar com a câmera na janela mesmo quando notava armas e binóculos apontados em sua direção. A história é toda retratada no livro "Dona Vitória Joana da Paz", lançado pela editora Planeta.

O livro revela quem era a mulher por trás do nome atribuído pelo Programa de Proteção à Testemunha, atravessando seus anos formativos, os anos gravando a vista da janela e o longo período de exílio. Nestas páginas, Fábio Gusmão nos (re)apresenta, com imagens exclusivas das últimas semanas de gravações, ao lado de transcrições de falas completas de Dona Vitória, novos detalhes e revelações sobre a heroína por trás da câmera que mudou a história de um bairro, marcou um país inteiro e mostrou na pele como o exercício da cidadania é a mais potente arma contra a impunidade, a corrupção e a desesperança que assolam o país. Compre o livro "Dona Vitória Joana da Paz" neste link.

Sinopse de "Vitória"
Inspirado em uma incrível história real, “Vitória”, interpretada pela nominada ao Oscar Fernanda Montenegro, conta a emocionante trajetória de uma aposentada que desmontou uma perigosa quadrilha de traficantes e policiais a partir de filmagens feitas da janela do seu apartamento no Rio de Janeiro. Com a ajuda de um amigo jornalista, ela enfrenta os riscos e perigos de uma situação inimaginável. Um filme sobre a coragem, a força e a resiliência de uma mulher.


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quarta-feira, 18 de junho de 2025

.: “Extermínio: a Evolução” estreia nos cinemas e traz horrores inéditos


Prepare-se para descobrir o que acontece quando a esperança é cercada por muros... e a verdadeira ameaça está do lado de dentro. Quase três décadas após o surto do vírus da raiva que devastou o Reino Unido e inaugurou uma nova era no cinema de zumbis, a franquia “Extermínio” retorna às telonas com "Extermínio: a Evolução" ("28 Years Later"), a partir desta quinta-feira, dia 19 de junho. O novo capítulo, com direção do consagrado cineasta Danny Boyle e roteiro de Alex Garland - os mesmos responsáveis pelo clássico original de 2002 - resgata o clima de tensão, desespero e humanidade em ruínas que arrebatou o público há mais de 20 anos.

No novo filme, o espectador acompanha Jamie (Aaron Taylor-Johnson), Isla (Jodie Comer) e o filho do casal, Spike (Alfie Williams), vivendo isolados na Ilha de Lindisfarne - agora rebatizada de “Ilha Santa” por representar um dos últimos refúgios de segurança no planeta. No entanto, quando pai e filho precisam deixar os muros da colônia para cumprir um ritual de amadurecimento, descobrem que o terror do lado de fora não está apenas nos infectados mutantes, mas também nos sobreviventes que adotaram crenças e comportamentos tão perigosos quanto o próprio vírus.

Com uma narrativa brutal e intensa, o longa-metragem ignora a sequência "28 Weeks Later" (2007) - que não contou com Boyle nem Garland - e dá início a uma nova trilogia. "Extermínio: a Evolução" contará ainda com duas continuações já planejadas: a próxima, "The Bone Temple", será dirigida por Nia DaCosta (Candyman) e chega aos cinemas britânicos em janeiro de 2026. O terceiro filme encerrará a saga com Boyle de volta à direção.

Outro destaque do elenco é Ralph Fiennes, que interpreta um médico sobrevivente com ideias radicais que ameaçam os protagonistas. O filme também desperta expectativa pela possível volta de Cillian Murphy nos próximos capítulos - embora ele não esteja neste novo longa. "Extermínio: a Evolução" não é apenas uma continuação, mas uma reinvenção do terror apocalíptico.

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Programação do Cineflix Santos
"Extermínio: a Evolução" | "28 Years Later" | Legendado | Sala 3
Classificação: 18 anos. Ano de produção: 2025. Idioma: inglês. Diretor: Danny Boyle. Duração: 1h55m. Com: Aaron Taylor-Johnson, Jodie Comer e Ralph Fiennes.
Cineflix Santos | Miramar Shopping | Rua Euclides da Cunha, 21 - Gonzaga - Santos/SP.

19/6/2025 - Quinta-feira: 18h20 - 20h50
20/6/2025 - Sexta-feira: 18h20 - 20h50
21/6/2025 - Sábado: 18h20 - 20h50
22/6/2025 - Domingo: 18h20 - 20h50
23/6/2025 - Segunda-feira: 18h20 - 20h50
24/6/2025 - Terça-feira: 18h20 - 20h50
25/6/2025 - Quarta-heira: 18h20 - 20h50

.: “Elio” promete encantar com humor, ficção científica e laços improváveis

Imagine ser um garoto comum, apaixonado por astronomia e, de repente, ser confundido com o líder da Terra por uma organização intergaláctica. É essa a premissa de "Elio", nova aposta da Disney e Pixar que estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, dia 19 de junho. O filme, que mistura ficção científica, comédia e aventura, destaca-se não apenas pela história, mas também por um elenco de dubladores brasileiros que dá alma à narrativa - e merece todos os holofotes.

Na versão nacional, quem empresta a voz ao protagonista Elio é Lorenzo Tironi, jovem talento da dublagem que capta com sensibilidade a inquietude e imaginação do menino de 11 anos que, por acidente, acaba se tornando embaixador da Terra no excêntrico Comuniverso. É a partir dessa confusão cósmica que Elio embarca em uma jornada de autodescoberta, cercado por alienígenas tão carismáticos quanto esquisitos. 

Entre esses seres está Glordon, alienígena dublado por Danylo Miazato, que vive sob o peso de um destino previamente traçado: tornar-se guerreiro como o pai. A improvável amizade entre Glordon e Elio, construída entre mal-entendidos e descobertas mútuas, é o coração do filme. Segundo a tradição dos estúdios Disney, encontros improváveis são combustíveis para grandes transformações - e “Elio” não foge à regra.

Outros nomes de peso completam o time brasileiro. A atriz Juliana Paiva dá voz a Olga Solis, a tia protetora e carismática do protagonista, que substitui a personagem originalmente pensada como a mãe (vivida por Zoe Saldaña na versão norte-americana). Zeca Rodrigues, veterano da dublagem, assume o alienígena de quatro patas Lorde Grigon, com sua voz imponente e cheia de nuances. Já a enigmática Embaixadora Questa ganha vida através da interpretação de Júlia Ribas, enquanto Márcio Marconato empresta seu timbre ao Embaixador Helix, outro representante do Comuniverso. Completando o elenco, Márcia Regina dá voz a OOOOO, figura misteriosa e cativante cuja pronúncia cheia de vogais já promete virar bordão entre o público mais jovem.

Sob direção de Adrian Molina, que já havia encantado com "Viva: a Vida é Uma Festa", o filme marca ainda a estreia das diretoras Domee Shi de "Red: crescer É Uma Fera", e Madeline Sharafian na condução de um longa da Pixar. A produção passou por mudanças significativas ao longo do tempo, inclusive na escalação de vozes originais e na direção, mas manteve seu eixo principal: contar uma história sobre identidade, pertencimento e o poder da imaginação.

"Elio" é também o terceiro filme da Pixar a se aprofundar no universo da ficção científica, ao lado de "WALL-E" (2008) e "Lightyear" (2022). Mas aqui, a ficção ganha um viés mais íntimo: é através dos olhos de um garoto criativo e deslocado que o universo se torna acessível - e surpreendentemente acolhedor. No fim das contas, como o próprio personagem Elio ensina, o espaço sideral pode ser um lugar mais próximo - e mais humano - do que parece. 


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Programação do Cineflix Santos
"Elio" | "Elio" | Dublado | Sala 2
Ano de Produção: 2025. Idioma original: inglês. Diretor: Adrian Molina, Duração: 1h40m.
Cineflix Santos | Miramar Shopping | Rua Euclides da Cunha, 21 - Gonzaga - Santos/SP.

19/6/2025 - Quinta-feira: 15h00 - 17h10 - 19h20
20/6/2025 - Sexta-feira: 15h00 - 17h10 - 19h20
21/6/2025 - Sábado: 15h00 - 17h10 - 19h20
22/6/2025 - Domingo: 15h00 - 17h10 - 19h20
23/6/2025 - Segunda-feira: 15h00 - 17h10 - 19h20
24/6/2025 - Terça-feira: 15h00 - 17h10 - 19h20
25/6/2025 - Quarta-heira: 15h00 - 17h10 - 19h20

segunda-feira, 16 de junho de 2025

.: Teatro: "A Última Entrevista de Marília Gabriela" no Teatro Porto é reencontro


Espetáculo assistido por mais de 32 mil pessoas ao longo de seis cidades pelo Brasil, retorna à São Paulo para curta temporada. A venda de ingressos abre no dia 24 de abril. Foto: Bob Wolffenson

O Teatro Porto recebe o espetáculo "A Última Entrevista de Marília Gabriela", com Marília Gabriela e Theodoro Cochrane. Escrita por Michelle Ferreira e dirigida por Bruno Guida, a comédia dramática volta a São Paulo após passar por cidades como Rio de Janeiro, Porto Alegre, Brasília e Belo Horizonte, somando mais de 32 mil espectadores. A curta temporada vai de 20 de junho a 27 de julho, com sessões às sextas e sábados, às 20h00, e domingos, às 17h00. Os ingressos estão à venda no site www.sympla.com.br/teatroporto e na bilheteria oficial do teatro.

Marília Gabriela sobe ao palco para uma última entrevista - desta vez, como entrevistada. E quem comanda a conversa é alguém bastante familiar: seu filho caçula, Theodoro Cochrane. A peça se passa durante um programa de entrevistas ao vivo, no teatro, onde ficção e realidade se confundem, e o que parecia apenas uma conversa vira um jogo de tensão e revelações, explorando os arquétipos da relação entre mãe e filho. Feminismo, conflitos geracionais, etarismo e a fronteira entre o público e o privado atravessam o texto, que diverte e provoca. Sem a quarta parede, o público participa ativamente da montagem - e até responde ao clássico bate-bola, marca registrada de Marília Gabriela. 


Ficha técnica
Espetáculo "A Última Entrevista de Marília Gabriela"
Elenco: Marília Gabriela e Theodoro Cochrane. Dramaturgia: Michelle Ferreira. Direção: Bruno Guida. Diretora Assistente: Mayara Constantino. Cenografia: Gabriel Dietrich. Figurinos: Theodoro Cochrane. Iluminação: Cesar Pivetti. Trilha e Preparação Vocal: Daniel Maia. Realização: Rega Início Produções Artísticas.


Serviço
Espetáculo "A Última Entrevista de Marília Gabriela"
De 20 de junho a 27 de julho de 2025.
Sextas e sábados, às 20h; Domingos, às 17h.
Duração: 80 minutos.
Classificação etária: 14 anos. Menores de idade de 6 a 14 anos, apenas acompanhados dos pais ou responsáveis legais. Proibida a entrada de menores de 6 anos.


Ingressos
Plateia R$ 200 e R$ 100
Balcão e frisa R$ 150 e R$ 75.

Teatro Porto
Al. Barão de Piracicaba, 740 – Campos Elíseos – São Paulo.
Telefone (11) 3366.8700

Bilheteria:
Aberta somente nos dias de espetáculo, duas horas antes da atração.
Clientes Porto Bank mais acompanhante têm 50% de desconto.
Clientes Porto mais acompanhante têm 30% de desconto.
Vendas: www.sympla.com.br/teatroporto 

Capacidade: 508 lugares.
Formas de pagamento: cartão de crédito e débito (Visa, Mastercard, Elo e Diners).
Acessibilidade: dez lugares para cadeirantes e 5 cadeiras para obesos.
Estacionamento no local: gratuito para clientes do Teatro Porto.

O Teatro Porto oferece a seus clientes uma van gratuita partindo da Estação da Luz em direção ao prédio do teatro. O local de partida é na saída da estação, na Rua José Paulino/Praça da Luz. No trajeto de volta, a circulação é de até 30 minutos após o término da apresentação. E possui estacionamento gratuito para clientes do teatro.

.: Leonardo Simões: identidade, crise e poesia no Brasil do ornitorrinco


Por Helder Moraes Miranda, especial para o portal Resenhando.com. Foto: Fabio Audi

“Pretinho é camaleão, sabe?” Com essa frase que ecoa como verso e diagnóstico, Leonardo Simões sintetiza o espírito de seu livro de estreia, "Folha de Rosto", publicado pela Mondru Editora. Mineiro de nascença, paulista por adoção e poeta por combustão interna, o autor mergulha nas contradições do Brasil recente para transformar identidade, afeto e política em matéria literária. É um autor consciente de que escrever hoje é, também, um ato de sobrevivência.

Escrito entre 2018 e 2022, período em que “o Brasil virou um meme de si mesmo”, o livro assume a forma de um romance em poemas, um dossiê lírico sobre um país onde apelidos machucam, onde relações desmoronam por ideologia e onde “a identidade, que antes era criada a partir da autenticidade, virou um tipo de produto”. Para Leonardo, escrever "Folha de Rosto" foi mais do que publicar versos: foi enfrentar seus próprios estilhaços e decidir “quais tradições, costumes e relacionamentos você vai dar o sangue pra não perder nunca”.

Nesta entrevista exclusiva ao portal Resenhando.com, o autor fala sobre racismo, arte como resistência, a tensão entre forma e conteúdo e o perigo de se perder no personagem. Com franqueza e delicadeza, ele convida o leitor a olhar o país pelo reflexo torto de um espelho onde, talvez, o que apareça seja um ornitorrinco.

Resenhando.com - “Folha de Rosto” é um romance em poemas, mas também soa como um dossiê emocional da vida no Brasil recente. Escrever poesia em tempos de polarização é um ato de ingenuidade, resistência ou desespero?
Leonardo Simões - 
Acho que é um pouco dos três. Recentemente, assisti uma peça - chamada “Poema” - que parte dessa mesma pergunta. O certo é que a arte é um ponto cardeal quando o caos se instala. Não por acaso, a arte é a primeira coisa a ser limada e atacada por qualquer regime totalitarista. A polarização não pode resistir à poesia, ao teatro, ao cinema e aos demais processos criativos.


Resenhando.com - Em um país onde "pretinho" ainda vem carregado de camadas - do afeto disfarçado ao racismo não admitido - como foi para você transformar essa palavra em literatura sem diluir sua dor?
Leonardo Simões - O distanciamento é necessário para se criar uma imagem que absorva mais de uma dor. A poesia, de certa forma, é uma imagem. Para trabalhar o afeto e o racismo nesta tão tensa como a palavra “pretinho” sugere, para mim, foi importante não somente traduzir experiências pessoais, mas encontrar o ponto que está fora desse raio de visão, algo que atraia outros afetos, sejam eles bons ou ruins.


Resenhando.com - Seu livro começa com um apelido. Num país que adora apelidar tudo - do presidente ao entregador -, você diria que o Brasil tem vocação para batizar ou para reduzir alguém?
Leonardo Simões - 
Acho que sim. Faz parte do nosso jeitinho ser “cordial”. Mas a redução - ou os apelidos, como você citou - não demonstram carinho. Ao contrário, podem ser mecanismos para reduzir, para tirar a identidade do indivíduo. Veja “neguinho", por exemplo, o modo como essa palavra, dependendo do contexto, atinge níveis distintos de compreensão.


Resenhando.com - A fragmentação da identidade do protagonista ecoa a de muitos brasileiros. Mas... e você, Leonardo: ainda se sente às vezes um “camaleão de classe média preta em crise permanente”?
Leonardo Simões - 
Não um “camaleão de classe média”, mas sim “em crise permanente". Com as redes sociais, pulverizar sua própria identidade ficou fácil demais. Você apaga defeitos, edita falas, assume lados sem se aprofundar e pode ignorar tudo isso apenas descendo o feed por horas e rindo de memes. A identidade, que antes era criada a partir da autenticidade, virou um tipo de produto. Então, fica cada vez mais difícil entender o que se é, já que há mais influências e referências do que tempo para absorver a experiência. Para o camaleão, a camuflagem é seu mecanismo de defesa. Para gente, não usar todas essas camuflagens é que te livra do perigo de se perder no personagem. Manter a forma original, de certa forma, é estar em crise permanente. Consigo e com o mundo.


Resenhando.com - Entre Ferreira Gullar e o caos das redes sociais, onde você encontra mais material para escrever: nos clássicos da literatura ou nos comentários do YouTube?
Leonardo Simões - 
É impossível não ser cercado pelas redes sociais. E há diversos canais que colaboram para que os clássicos sejam conhecidos e lidos. Eu tento não me fechar em uma única, mas ficar sempre atento para aparecer e de certo modo me abastecer. Para mim, nesse momento, a fonte de pesquisa está conectada ao objetivo do trabalho. Para fazer “Folha de Rosto", reli a obra inteira do Ferreira Gullar algumas vezes durante o processo. O TikTok tem sido meu reduto. Finalizei uma dissertação de mestrado sobre o app, que se tornou um livro de ensaio, e também para a criação de outro livro. O que estou fazendo agora pede isso. Mas o valor dos clássicos está acima de tudo. É importantíssimo estar por dentro do que já foi escrito.


Resenhando.com - Seu livro pergunta se os casais terminam por amor ou por política. Quantos relacionamentos você perdeu entre 2018 e 2022?
Leonardo Simões - 
Acho que uns cinco, mais ou menos. O número parece pequeno, mas eram pessoas que estavam no convívio. Quando você se vê em lados tão opostos, ou o rompimento é definitivo ou dá pra ser moderado, encontrar um caminho mais próximo do meio… o importante, acredito, não é bem quantos relacionamentos foram perdidos, mas quais foram mantidos. Perder relacionamentos, seja pela política ou não, faz parte da vida. Vai acontecer. As coisas sempre vão mudar. A batalha mesmo é escolher o que vai ser mantido, quais tradições, costumes e relacionamentos você vai dar o sangue pra não perder nunca.


Resenhando.com - "Folha de Rosto" poderia ser lido como um diário íntimo ou um relatório sociológico - mas você o chama de romance. Isso foi uma decisão estética, afetiva ou política?
Leonardo Simões - 
Fico feliz pelo “relatório sociológico", mas essa nunca foi a intenção. A decisão por chamá-lo assim se dá por sua forma esguia, já que é um livro cujo conteúdo foca em alguém na busca por compreender sua identidade. Para isso, prosa e poesia parecem disputar o espaço dessa “voz”. Então, a forma tenta se conectar ao conteúdo. Ou o conteúdo busca delimitar a forma. A dúvida também faz parte dessa “decisão”.


Resenhando.com - O Brasil de 2018 a 2022 foi um laboratório de distorções. Ao escrever nesse intervalo, você teve mais medo de parecer panfletário ou de ser lido como neutro?
Leonardo Simões - 
Ótima pergunta. Mas não tive medo de ser lido como panfletário. O livro foge disso. No poema “ex-filho", por exemplo, a "voz” está muito mais próxima de alguém egoísta, abominável e narcisista. Criar essa tensão parecia importante para mostrar que mesmo as pessoas engajadas politicamente tem suas contradições. “Sobre Isto", livro do poeta Maiakovski, é uma briga feia dele com sua esposa, relatada em versos ferinos. O poema, Inclusive, serve de referência para “banho”, um texto do livro que também fala de uma desavença entre o casal. Sobre ser neutro, também não tive esse medo porque “Folha de Rosto” não defende uma ideia política, mas poética. A partir daí, cada um escolhe o “estilhaço” que vai usar para se defender (ou atacar).


Resenhando.com - Você transita entre a criação publicitária e a literatura. O que dá mais trabalho: vender um carro ou convencer um leitor a sentir?
Leonardo Simões - 
Vender um carro dá mais trabalho porque trabalha em uma única chave: convencer alguém a comprar alguma coisa. Na literatura, você pode frustrar, contrariar, irritar e uma infinidade de outras possibilidades sem que “agradar" seja prioridade. Aliás, não é. Se a literatura só quer agradar o cliente, aí vira publicidade…


Resenhando.com - Você escreveu “Pretinho é camaleão, sabe?”. E se hoje o Brasil se olhasse no espelho, que bicho ele veria?
Leonardo Simões - Um ornitorrinco: um mamífero que põe ovos, semiaquático, que não é ave, mas tem bico de pato e rabo de esquilo. Hoje, a política, a cultura e os relacionamentos no Brasil nunca foram tão confusos quanto olhar para um ornitorrinco.


domingo, 15 de junho de 2025

.: Entrevista: Jacyr Pasternak usa a ficção como denúncia clínica


Por Helder Moraes Miranda, especial para o portal Resenhando.com. Foto: divulgação

Autor de romances que flertam com o policial e com o sarcasmo, o médico infectologista Jacyr Pasternak chega ao terceiro livro de ficção com "Receita Fatal", publicado pela editora Labrador, um thriller mordaz que transforma tragédia em provocação. Com 35 anos de atuação no Hospital Albert Einstein e uma bagagem que inclui pandemias reais como HIV e Covid-19, Pasternak mira agora outra ameaça silenciosa: a ignorância travestida de tratamento. “Foi uma terapia mental, sim, devido ao que provocou as mortes — mais uma vez uma denúncia”, confessa o autor sobre a família exterminada nas páginas do novo livro.

Na entrevista exclusiva ao Resenhando.com, ele não poupa ironia ao falar da medicina alternativa, que, na obra, é praticamente uma personagem vilã. E propõe um remédio direto: “A melhor terapia para as ditas medicinas alternativas, na verdade, são duas: a educação e as noções de ciência”. Com personagens de nomes quase teatrais e diálogos que provocam riso e incômodo, Pasternak constrói um enredo que expõe "o charlatanismo desabrido de profissionais inescrupulosos”, como define Heidi Strecker na quarta capa da obra.

E se o sarcasmo fosse mesmo uma vacina contra a desinformação? “Sarcasmo e ironia são as coisas que mais incomodam os praticantes de charlatanismo em todos os campos”, afirma o autor, que vê na literatura uma forma de resistência: “Estamos em plena septicemia cultural crônica, com piora importante desde que as redes sociais formaram experts em tudo o que nada sabem com um mínimo de profundidade”. Nesta entrevista, Jacyr Pasternak prova que ficção bem escrita pode ser, sim, um antídoto poderoso. Apoie o portal Resenhando.com e compre o livro "Receita Fatal" neste link.

Resenhando.com - Em um país onde reality shows fazem mais sucesso do que livros, o senhor acredita que o público está preparado para digerir um thriller que mistura pseudociência, sarcasmo e cadáveres da elite paulistana?
Jacyr Pasternak - Imagino que o povo que se diverte com os reality shows não é exatamente o povo que consome literatura policial. Acredito que temos um número suficiente de leitores de literatura policial para procurar um livro que mistura o whodunit, quem fez a maldade, com sarcasmo, um pouco de humor e uma espécie de denúncia de pseudociência.


Resenhando.com - O senhor já viu muita coisa bizarra na medicina real. Mas... sinceramente: qual foi a pseudoterapia mais absurda que ouviu alguém defender com convicção?
Jacyr Pasternak - Já vi tantas...mas, sinceramente, a defesa do uso de cloroquina e ivermectina para tratar Covid 19 é forte candidata a mais fatal de todas, e defendida por convicção por expoentes da direita, incluindo direita médica - que não é pequena.


Resenhando.com - O senhor já matou uma família inteira - pelo menos no papel. Foi mais prazeroso como escritor ou mais terapêutico como médico?
Jacyr Pasternak - Olha…prazeroso não é bem o termo para matar uma família, (risos)... Mas foi uma terapia mental, sim, devido ao que provocou as mortes - mais uma vez uma denúncia.


Resenhando.com - Em "Receita Fatal", a medicina alternativa é praticamente uma personagem vilã. Se pudesse, o senhor receitaria qual antídoto à sociedade para esse culto às curas mágicas?
Jacyr Pasternak - A melhor terapia para as ditas medicinas alternativas, na verdade, são duas: a educação e as noções de ciência. Se a pessoa tiver essas noções, certamente não cairá como um pato nas medicinas ditas alternativas ou em "curas mágicas", ou nas mãos de um "João de Deus". O que não consigo entender é como pessoas muito bem formadas e ilustradas e ilustres caem nessas "curas mágicas".


Resenhando.com - Os nomes dos personagens têm um quê teatral: Emerenciana, Marisa, Chico que odeia ser chamado de Chico... Existe aí um certo deboche com os arquétipos da nossa sociedade?
Jacyr Pasternak - Não foi inteiramente consciente, mas o deboche, agora que você assinalou, de fato, existe. Achar nomes para personagens não é nada simples. Raymond Chandler, se não estou enganado, usava lista telefônica, isso no tempo em que as listas eram impressas (risos).


Resenhando.com - A ironia é sua seringa narrativa preferida. Em tempos tão sensíveis, o senhor acha que ainda é possível "vacinar" o leitor com sarcasmo?
Jacyr Pasternak - Sarcasmo e ironia são as coisas que mais incomodam os praticantes de charlatanismo em todos os campos. Humor também funciona para mostrar os pés de barro de autoritários, e a medicina alternativa tem este aspecto autoritário de “acredite em mim porque Deus me deu este poder”, ou “porque sou professor doutor, porque a mafia de branco esconde esta sensacional cura, porque me perseguem...”.


Resenhando.com - Considerando que muitos dos seus leitores podem ser pacientes ou colegas, já pensou em oferecer um curso de "literatura profilática"? Quem seria o público-alvo ideal?
Jacyr Pasternak - Existem literaturas profiláticas e corretivas, existe a revista Questão de Ciência, brasileira, que se dedica a isto, existe a revista americana Septic. Tentam, não digo que com grande sucesso. O público-alvo é mais quem está se educando; quem já acha que sabe tudo, provavelmente, é caso perdido...


Resenhando.com - Se o senhor tivesse que diagnosticar a literatura policial brasileira contemporânea, qual seria o parecer clínico?
Jacyr Pasternak - A literatura policial brasileira não é muito ampla, mas tem excelentes escritores, como Rubem Fonseca, Luiz Garcia Roza, Marcos Rey. Há uma dificuldade na literatura policial no Brasil: literatura policial é mais imaginada e praticada em países onde tem polícia que investiga e justiça que funciona, ambas as condições que não são exatamente o que acontece no Brasil, concorda?


Resenhando.com - Se a pseudociência fosse uma bactéria hospitalar, o senhor acha que a literatura ainda poderia ser o antibiótico certo - ou já estamos todos em septicemia cultural?
Jacyr Pasternak - Estamos em plena septicemia cultural crônica, com piora importante desde que as redes sociais formaram experts em tudo o que nada sabem com um mínimo de profundidade.


Resenhando.com - Como médico, o senhor já enfrentou pandemias reais - HIV, Covid-19, gripes letais - mas agora se aventura na ficção para narrar outra praga: a ignorância travestida de tratamento. O que dá mais trabalho, combater um vírus ou desmascarar um charlatão com diploma falso e Instagram "bombado"?
Jacyr Pasternak - Combater um vírus nas fases iniciais de uma pandemia quando ele não é conhecido ou é um mutante, é muito dificil. Mas a ciência acaba por encontrar a solução. Desmascarar um charlatão ou um influencer com zilhões de seguidores é muito mais dificil. O dr. Drauzio Varella “tem tentado”. Veja o que aconteceu, usaram IA para clonar o Drauzio e fazê-lo de menino propaganda de suplementos alimentares que ele denuncia sempre que pode. A criatividade de sacripantas e charlatões é infinita. Só com mais educação de qualidade a sociedade vai conseguir relegar os charlatões com diploma falso e também os charlatões com diploma de verdade a sua ação deletéria. Sumir não vão sumir nunca...

.: Filme brasileiro "Lua de Cristal" faz 35 anos e ganha documentário inédito


Em clima de nostalgia e crítica cultural, o clássico “Lua de Cristal”, protagonizado por Xuxa Meneghel e Sergio Mallandro (disponível no Globoplay), celebra seus 35 anos com o lançamento de um documentário inédito: “Lua de Cristal às Avessas”. A produção que parou em 2020 devido a crise pandêmica, agora volta de forma independente e sem fins lucrativos tem estreia marcada para 20 de junho, às 20h00, com transmissão gratuita e ao vivo no canal Descontrole Remoto, no YouTube. Dirigido por Rodrigo Nicodemo, o filme mergulha nos bastidores e no impacto cultural de um dos maiores sucessos do cinema nacional - que levou mais de 5 milhões de pessoas aos cinemas e marcou a infância de toda uma geração.

Ao lado de Gabriel Silva (RJ) Nicodemo idealizou o projeto e transformou a admiração de infância em um verdadeiro trabalho de arqueologia pop, que reconstrói memórias, bastidores e legados da obra lançada em 1990, tanto que é um dos pesquisadores da equipe do documentário “Xuxa” (Globoplay). "Lua de Cristal às avessas" (documentário) só foi possível graças ao fomento da Lei Paulo Gustavo, por meio de edital da cidade de Poá (SP), onde vive o diretor.

“Lua de Cristal às Avessas” traz depoimentos inéditos de nomes fundamentais para o longa original e de personalidades impactadas por ele: Tizuka Yamasaki(diretora), Diler Trindade(produtor), Yoya Wursch(roteirista), Michael Sullivan(compositor), Oswaldo Eduardo Lioi(cenógrafo), Abdullah (músico), Marcello Faustini e Alexandre Canhoni (ex-Paquitos), Julia Lemmertze e Adressa Koetz (atrizes), Avellar Love(João Penca e Seus Miquinhos Amestrados), Paulo Vieira(humorista e fã declarado de Xuxa) e uma das últimas participações audiovisuais da atriz Marilu Bueno, falecida em 2022.

Mais do que um tributo, o documentário assume um tom crítico e informativo, resgatando um período de transformações no cinema nacional — com os deafios durante o governo Collor — e refletindo sobre os caminhos do audiovisual voltado ao público infantojuvenil. Sem making of oficial na época, “Lua de Cristal às Avessas” surge como um registro essencial da memória afetiva e cultural do país. Infelizmente sem participação da apresentadora por questões contratuais.

📌 Serviço
Estreia: "Lua de Cristal às Avessas"
Data: 20 de junho de 2025
Horário: 20h (horário de Brasília)
Onde assistir: Canal Descontrole Remoto no YouTube
🎥 Link direto para a estreia
Classificação: livre
Distribuição: gratuita

sábado, 14 de junho de 2025

.: Resenha crítica: "Síndrome da Apatia" é alerta cinematográfico que emociona

Por: Mary Ellen Farias dos Santos, editora do Resenhando.com

Em junho de 2025


Inspirado em fatos reais, o filme "Síndrome da Apatia", retrata a história de uma família composta por pai, mãe e duas filhas. Vindos da Rússia, os quatro que viviam bem na Suécia, após o pai, Sergei (Grigoriy Dobrygin) optar por sustentar sua ideologia, passa a lutar por asilo que lhes é negado -em sequência. Enquanto são pressionados a seguirem as regras da migração sueca -que exige sorrisos falsos e visitas-, o pior acontece com a filha mais nova, Katja (Miroslava Pashutina) que num dia comum na escola, vai ao chão, acometida pela "Síndrome da Resignação".

Sem saber o que se passa, de fato, com a garotinha, o pai, um professor que não pode mais trabalhar registrado, assume uma vaga na área de limpeza e a mãe Natalia (Chulpan Khamatova), antes também professora, fica em casa cuidando do lar. Diante da doença de Katja e a total necessidade de conseguirem asilo, em casa, os três veem a vida de refugiados que vinham levando ficar ainda mais de cabeça para baixo e sem uma possível solução. Afinal, a testemunha a ser usada para a permanência era a garotinha que aparentemente está em coma.

Precisando de ter uma efetiva testemunha para o caso vivido por Sergei, ele e a esposa tentam usar a outra filha, Alina (Naomi Lamp), interpretando o papel vivido por Katja. Emocionante, a produção dirigida por Alexandros Avranas ("Miss Violence", "Crimes Obscuros") também alerta a respeito de uma condição que induz um estado de consciência reduzida, condição psicológica que afeta, predominantemente crianças e adolescentes. Filme imperdível!


O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN



"Síndrome da Apatia" (Quiet Life). Ingressos on-line neste linkGênero: dramaClassificação: 10 anos. Duração: 1h56. Direção: Alexandros AvranasRoteiro: Alexandros Avranas, Stavros PamballisElenco: Chulpan Khamatova, Grigoriy Dobrygin, Naomi Lamp. Sinopse: Em Síndrome da Apatia, um drama inspirado em eventos reais, a vida de Sergei (Grigoriy Dobrygin) e Natalia (Chulpan Khamatova), um casal de refugiados, desmorona quando sua filha mais nova, Katja (Miroslava Pashutina), desmaia e entra em um coma misterioso. Forçados a fugir de seu país natal após um ataque violento, Sergei e Natalia se estabeleceram na Suécia com suas duas filhas, buscando uma nova vida em segurança. Apesar de seus esforços para se integrar à sociedade sueca, trabalhando duro, aprendendo o idioma e seguindo as regras de imigração, seu pedido de asilo é rejeitado. Com a rejeição do pedido, Katja começa a se deteriorar rapidamente, a família é confrontada com um dilema moral e emocional profundo. A síndrome misteriosa que afeta crianças refugiadas começa a gerar preocupações entre médicos e políticos, e Sergei e Natalia devem lutar contra todas as adversidades para encontrar uma maneira de salvar sua filha e preservar a esperança em meio ao caos. Confira os horários: neste link

Trailer "Síndrome da Apatia"


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.: Live action de "Como Treinar o Seu Dragão" respeita o original e encanta

Por: Mary Ellen Farias dos Santos, editora do Resenhando.com

Em junho de 2025


O live action de "Como Treinar o Seu Dragão", mantém fidelidade ao original e garante encantamento visual. A produção com direção e roteiro de Dean DeBlois ("Lilo & Stitch", 2002) não cria ou corta situações para fazer a história render e se adaptar aos novos tempos -como foi feito com "Lilo  Stitch", também em cartaz nos cinemas e, originalmente, foi dirigido por DeBlois. Neste, a versão humana da animação de 2010 acontece magicamente na telona, repetindo o que fez há 15 anos, fisgando o público do início ao fim, agradando, inclusive, quem não curte a temática viking. 

Agora em live action, sem se apoiar no visual falso dos efeitos especiais, ainda que emplaque a fantasiosa história de amizade de um garoto com um dragão, "Como Treinar o Seu Dragão" entrega história boa e envolve tão bem, a ponto de passar a impressão de que toda aquela ficção está acontecendo diante de seus olhos. De fato, por vezes, tal relação remeta ao clássico "História Sem Fim", quando Arteiro e Bastian estabeleçam um forte elo com Falkor, um dragão da Terra da Fantasia.

A nova produção, adapta a animação com primor e respeito aos fãs que, fatalmente, esperam rever as cenas marcantes. Tudo está lá para o puro deleite dos que amam a história do jovem viking amigo do dragão Banguela. No elenco, como o protagonista Soluço (Mason Thames, de "Telefone Preto") convence o merecimento do papel de garoto que não se enquadra no seu povoado e também não quer matar um dragão, ainda mais depois de capturar com um verdadeiro Fúria da Noite e estabelecer um elo de amizade com uma espécie tão mal vista pelos vikings.

Com Gerard Butler, o eterno "Fantasma da Ópera" (2004), na pele do pai brutamontes de Soluço, a dobradinha em cena conquista com tamanha facilidade, tornando tão claras as diferenças na forma de pai e filho verem as formas de realizarem as coisas. A parceria de Soluço com a autêntica guerreira da ilha de Berk, Astrid (Nico Parker, de "Dumbo" e "Bridget Jones: Louca pelo Garoto") também flui na trama. 

Até os rivais de Soluço entregam veracidade na trama de ação e fantasia como Fishlegs interpretado por Julian Dennison (o jovem mutante de "Deadpool 2") ou a Cabeça Quente (Bronwyn James, de "Wicked") e seu irmão gêmeo Cabeça Dura (Harry Trevaldwyn, de "Agência"). Em tempo, "Como Treinar o Seu Dragão" é nitidamente uma produção para ser assistida na telona com muita pipoca e a certeza de sair satisfeito com o produto final, pois o longa está simplesmente impecável.


O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN


"Como Treinar o Seu Dragão" (How To Train Your Dragon). Ingressos on-line neste linkGênero: fantasia, açãoClassificação: 10 anos. Duração: 1h56. Direção: Dean DeBloisRoteiro: Dean DeBloisElenco: Mason Thames, Gerard Butler, Nico Parker, Julian Dennison, Gabriel Howell, Hary Trevaldwyn, Bronwyn James, Nick Frost. Sinopse: Na ilha de Berk, um garoto viking chamado Soluço desafia a tradição ao fazer amizade com o dragão Banguela. No entanto, quando uma ameaça surge, a amizade de Soluço com Banguela se torna a chave para forjar um novo futuro.. Confira os horários: neste link

Trailer "Como Treinar o Seu Dragão"



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