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quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

.: #RESENHANDOMAISLIDAS5 "Beatles Num Céu de Diamantes"

Por Mary Ellen Farias dos Santos*
Em julho de 2015 e atualizada em 1º de outubro do mesmo ano

Sabe aquele show em que você vai, sem se iludir muito, mas sai tão diferente -da melhor forma possível- e em pouco tempo pinta aquela vontade imensa de rever? O musical “Beatles Num Céu de Diamantes” é exatamente assim.

Em cartaz no Teatro Folha, prorrogada até 04 de outubro, o show é daqueles que mexem com a emoção até de quem é mais alheio aos sentimentos. No palco, 11 cantores extremamente afinados entram em harmonia com o auxílio de músicos talentosos: Juliana Ripke (piano), Pelé Nascimento (Bateria) e Noa Stroeter (Baixo acústico)

Durante o show, caso não deixe escapar algumas lágrimas, a dica é a de conferir se alguns de seus "vizinhos" de poltrona não estão chorando. Caso escape ileso desta emoção incrível, certamente ficará arrepiado ao testemunhar as vozes do elenco atuando em perfeito equilíbrio. Encenação? Não é preciso muita, pois a ordem das músicas compõe a narrativa com perfeição.

“Beatles Num Céu de Diamantes” é iniciado pela canção “Lucy in the Sky with Diamonds”, gravada pelos Beatles na década de 1960, a qual é referência do título do espetáculo. “Diz a lenda que as iniciais dessa música remetem ao LSD. Queríamos um titulo psicodélico para o espetáculo”, explica o diretor Charles Möeller. Já o desfecho -deixando um gostinho de quero mais- acontece com a música "All You Need is Love". Enfim, para ver e rever. Imperdível!


Sobre o espetáculo
 “Beatles Num Céu de Diamantes” está na 7ª temporada, desde quando estreou em janeiro de 2008, no Rio de Janeiro. Desta forma, é o mais longevo musical produzido pela M&B (Charles Möeller e Claudio Botelho), inicialmente criado por encomenda do Sesc para ser um evento de três semanas.

Somando plateia com mais de 350 mil pessoas em turnês nacionais e na Europa, a montagem passeia pela obra do quarteto de Liverpool com sucessos como “Yesterday”, “Let it Be” e “Strawberry Fields Forever”.

Os diretores apostaram em uma ousada releitura das músicas do aclamado grupo britânico. A guitarra foi tirada da instrumentação e no seu lugar se destacaram as palavras. Nesta reinterpretação de Beatles há salsa, tango, bolero, bossa nova e música folclórica.

Canções da MPB também são citadas no musical, como “Cais”, de Milton Nascimento e Ronaldo Bastos, que aparece no meio de “While My Guitar Gently Weeps”, e “Assum Preto”, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, que embala a belíssima “Blackbird”.

Os arranjos da montagem, renderam o Prêmio Shell de Música ao espetáculo. “Queríamos teatro musical, e não um cover que existe a cada esquina. O Jules Vandystadt, do elenco original e arranjador vocal, genialmente entendeu o espírito e desconstruiu tudo”, explica Charles Möeller.

Considerado o marco da contracultura, o disco “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band” mudou –ou inventou– o conceito pop, desde a concepção da capa ao conteúdo e sua repercussão cultural. “Os Beatles tinham essa capacidade de reinvenção e negação. E nosso espetáculo também tem essa capacidade”, afirma Charles Möeller.

Sobre a Conteúdo Teatral:
O grupo empresarial paulista Conteúdo Teatral atua há mais de treze anos em duas vertentes: gestão de salas de espaços e produção de espetáculos. Como gestora é responsável pela operação do Teatro Folha, no Shopping Pátio Higienópolis, em São Paulo, e do Teatro Amil, no Parque D. Pedro Shopping, em Campinas. Essa frente conta com direção artística de Isser Korik e direção comercial de Léo Steinbruch, programando espetáculos para temporada em regime de coprodução. No período de atuação da empresa, ao todo, as casas somam 2 milhões de espectadores. Como produtora de espetáculos, viabilizou dezenas de peças para os públicos adulto e infantil, como “Gata Borralheira”, “Cinderela”, “Os Saltimbancos”, “A Pequena Sereia”, “Grandes Pequeninos” e “Branca de Neve e os Sete Anões” para as crianças. Para os adultos foram realizadas, entre outras montagens, “A Minha Primeira Vez”, “Os Sete Gatinhos”, “O Estrangeiro”, “O Dia que Raptaram o Papa”, “Dez Encontros” e a trilogia “Enquanto Isso...”, além de projetos de humor – como “Nunca Se Sábado...” –, e o musical “Um Violinista no Telhado”.

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm 

segunda-feira, 13 de julho de 2015

.: Em cartaz, no Teatro Folha: “Beatles Num Céu de Diamantes”

Espetáculo musical consolida projeto paulista de Möeller & Botelho



Desde o dia 3 de julho, está em cartaz no Teatro Folha o musical “Beatles Num Céu de Diamantes”, dirigido por Charles Möeller e Claudio Botelho, estrelado por Carol Bezerra e Felipe Tavolaro e nove atores-cantores especialmente formados para as apresentações na capital paulista.

Esta é a 7ª temporada do espetáculo que estreou em janeiro de 2008, no Rio de Janeiro. O mais longevo musical produzido pela M&B foi inicialmente criado por encomenda do Sesc para ser um evento de três semanas.

Vista por mais de 350 mil pessoas em turnês nacionais e na Europa, a montagem passeia pela obra do quarteto de Liverpool com sucessos como “Yesterday”, “Let it Be” e “Strawberry Fields Forever”.

O título “Beatles Num Céu de Diamantes” faz referência à famosa canção “Lucy in the Sky with Diamonds”, gravada pelos Beatles na década de 1960. “Diz a lenda que as iniciais dessa música remetem ao LSD. Queríamos um titulo psicodélico para o espetáculo”, explica o diretor Charles Möeller.

Ao longo de todas as apresentações do espetáculo, atuaram oito elencos distintos, além de várias mudanças de figurino, cenário e até nos arranjos das composições. “Beatles é um ‘work in progress’ eterno. É um lugar que a gente sempre volta. É sempre incrível voltar para casa”, afirma Charles Möeller.

Os diretores apostaram em uma ousada releitura das músicas do aclamado grupo britânico. A guitarra foi tirada da instrumentação e no seu lugar se destacaram as palavras. Nesta reinterpretação de Beatles há salsa, tango, bolero, bossa nova e música folclórica.

Canções da MPB também são citadas no musical, como “Cais”, de Milton Nascimento e Ronaldo Bastos, que aparece no meio de “While My Guitar Gently Weeps”, e “Assum Preto”, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, que embala a belíssima “Blackbird”.

Os arranjos da montagem, que foge da mera imitação dos Beatles, renderam o Prêmio Shell de Música ao espetáculo. “Queríamos teatro musical, e não um cover que existe a cada esquina. O Jules Vandystadt, do elenco original e arranjador vocal, genialmente entendeu o espírito e desconstruiu tudo”, explica Charles Möeller.

Considerado o marco da contracultura, o disco “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band” mudou –ou inventou– o conceito pop, desde a concepção da capa ao conteúdo e sua repercussão cultural. “Os Beatles tinham essa capacidade de reinvenção e negação. E nosso espetáculo também tem essa capacidade”, afirma Charles Möeller.

Oficina-montagem e talentos descobertos: Sob a supervisão de Claudio Botelho, 22 alunos aprovados em um processo seletivo com mais de 300 inscritos tiveram aulas de interpretação, preparação musical e expressão corporal, ao longo de quatro meses. Entre os alunos, nove foram escolhidos para dividir o palco com Carol Bezerra e Felipe Tavolaro (oriundos da recente montagem “Todos os Musicais de Chico Buarque em 90 Minutos”, da dupla Möeller e Botelho) e cumprir a temporada no Teatro Folha de “Beatles Num Céu de Diamantes”.

Uma das marcas do processo criativo da M&B, conhecida como “a dupla de ouro dos musicais”, é a descoberta e lançamento de jovens talentos no mercado, como os hoje consagrados Malu Rodrigues (atualmente em cartaz com “Nine – Um Musical Felliniano”), André Torquato, Estrela Blanco, André Loddi, Carol Puntel, Cássia Raquel, Renata Ricci, Felipe de Carolis, Leticia Colin, Pedro Sol Blanco, Jules Vandystadt, entre outros.

Parceria com a Conteúdo Teatral: Em 2015 a produtora carioca M&B, da dupla Charles Möeller e Claudio Botelho, incrementou a parceria iniciada na montagem de “Um Violinista no Telhado“ (2011) com a paulista Conteúdo Teatral para realizar temporadas de espetáculos musicais nos palcos de São Paulo, por meio de um núcleo de produção que trabalha com elencos paulistas. Essa integração permite também atrair e formar talentos locais.

Junto à Conteúdo Teatral, a dupla Möeller e Botelho traz o melhor de seu repertório no gênero musical, presenteando o público paulista com a oportunidade de assistir aos musicais em temporadas mais longas.

Charles Möeller diz que é “burrice” ignorar o público inesgotável que vive em São Paulo, um dos maiores polos de talentos do país. Por isso a M&B “pegou um atalho” na expertise da Conteúdo Teatral para implementar suas produções na capital.

O diretor também fala no diferencial comum entre as produtoras que se unem. Möeller & Botelho e Conteúdo Teatral são formadas por profissionais do meio teatral e por isso pensam o teatro de maneira parecida. Esse aspecto facilita o diálogo e as operações entre as duas produtoras, formando uma enriquecedora aliança que beneficia o público.  “A M&B oferece um legado de dois artistas que têm uma bagagem de 35 musicais nas costas e ganha calorosamente a estrutura de uma produtora paulista que tem uma gigante experiência. Somos cariocas e essa base paulista é um sonho que está se realizando. Já nos sentimos em casa”, afirma Charles Möeller.

Sobre Möeller & Botelho: Tendo trabalhado juntos desde 1990 em produções como “Hello Gershwin”, “Os Fantástikos” e “Na Bagunça do Teu Coração”, os diretores Charles Möeller e Claudio Botelho efetivaram sua parceria artística em 1997 e desde então são referência no teatro musical do Brasil. Em quase 25 anos de dupla, a M&B realizou mais de 30 espetáculos, sempre com grande sucesso de público e crítica. Seus musicais foram apresentados nas principais capitais brasileiras e também no exterior, em países como Portugal e França. Entre os espetáculos de maior sucesso estão “A Noviça Rebelde”, “Um Violinista no Telhado”, “O Mágico de Oz”, “O Despertar da Primavera”, “Beatles num Céu de Diamantes”, “Ópera do Malandro”, “Avenida Q”, “Gypsy”, “Milton Nascimento – Nada Será Como Antes”, “Hair”, “Todos os Musicais de Chico Buarque em 90 Minutos” e os recentes “Os Saltimbancos Trapalhões – O Musical” e “Nine – Um Musical Felliniano”. Möeller & Botelho trabalham com as maiores estrelas do teatro musical do país, como Marília Pêra, Claudia Raia, Totia Meireles, Alessandra Maestrini, Kiara Sasso, Soraya Ravenle, Claudia Netto, Saulo Vasconcelos, Gottsha, Sabrina Korgut, Adriana Garambone, Fred Silveira, Daniel Boaventura. Também trouxeram aos musicais nomes como José Mayer, Renato Aragão, Maria Clara Gueiros, Lucio Mauro Filho, Luiz Fernando Guimarães, Gregório Duvivier, Beatriz Segall, Carol Castro, entre outros. A dupla investe maciçamente na formação de novos profissionais do meio.

A Möeller & Botelho ganhou os mais importantes prêmios teatrais, como o Shell, o Sharp, Governo do Estado do Rio de Janeiro, APTR, Qualidade Brasil e o da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Foram ainda homenageados com o lançamento, em 2010, do livro “Os Reis dos Musicais”, escrito por Tânia Carvalho para a “Série Aplauso”, da Imprensa Oficial de São Paulo.

Outros trabalhos paralelos foram produzidos pela dupla, como a direção dos números musicais da minissérie de TV Globo “Chiquinha Gonzaga” (1999); o ballet “Uma Noite com Cole Porter” (2003); os números musicais do Cassino da Urca, na minissérie da TV Globo “Dalva & Herivelto – Uma Canção de Amor” (2010). Em maio, a M&B estreou a série “Acredita na Peruca”, com Luiz Fernando Guimarães, para o canal Multishow.

Sobre a atriz Carol Bezerra: Integrou o elenco de "Todos os musicais de Chico Buarque em 90 minutos", de Charles Möeller e Claudio Botelho, em sua última temporada paulista. Participou do longa-metragem "Noel: Poeta da Vila", vivendo o papel de Aracy de Almeida, com direção musical de Luiz Felipe de Lima e direção geral de Ricardo Van Steen, atuando ao lado de personalidades como Camila Pitanga e Fabio Lago além da nata do samba carioca como Wilson das Neves, Beto Cazes, Henrique Cazes, tia Surica. Ainda relembrando Aracy, fez participações na série “Por Toda a Minha Vida”, da TV Globo em homenagem a Chacrinha; no show e no documentário "A Alma Roqueira de Noel", de Paulo Miklos em homenagem ao centenário do compositor. O filme também gerou a ideia para a montagem do show "Aracy de Samba e de Almeida", que culminou numa sessão lotada no Theatro Municipal de São Paulo, em 2007. Carol também produz seus próprios shows em parcerias. Além do show de Aracy destacam-se: "Sampa" e "Elis – outro lado", com parte do repertório dos shows do Festival de Montreux, e “Transversal do Tempo”, de Elis Regina  e participação especial de Jair Rodrigues, Jair Oliveira e Wilson Simoninha.  No teatro integrou também os elencos de "Pátria Armada", de Rodrigo Pitta e Leonardo Netto, com direção musical de Daniel Salve para o Festival de Curitiba; "Divina Elizeth", de João Falcão e direção musical de Josimar Carneiro; "Tom e Vinícius", com direção de Daniel Herz e direção musical também de Josimar; "Grandes Pequeninos", infantil musical de Jair Oliveira e Tania Khallil, com direção de Isser Korik, sendo indicada por essa montagem ao prêmio FEMSA de melhor atriz coadjuvante do primeiro semestre de 2010. 

Participou das montagens teatrais de: “Te amo, São Paulo”, dirigida por Alexandre Reinecke, Roberto Lage, Kleber Montanheiro, Zé Henrique de Paula e Caco Ciocler; “Pinóquio”, com adaptação e direção de Alexandra Golik e Carla Candioto; “AINDA”, musical de Elton John e Tim Rice, dirigida e adaptada por Fabiano Vannucci; “O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá”, adaptada e dirigida por Vladimir Capella para o texto de Jorge Amado; “Revistando 2006”, do projeto Nunca se Sábado, dirigida por Isser Korik; “Alô, Alô Terezinha!”, com texto e direção de Hugo Possolo; “Grease! – O Musical”, dirigida por Cristina Trevisan; “Panos e Lendas”, dirigida por Chico Cabrera, com texto de Vladimir Capella; e “O Homem das Galochas”, com texto e direção de Vladimir Capella.

Sobre o ator Felipe Tavolaro: Foto Felipe TavolaroFormado em Nova York pela AMDA (American Musical and Dramatic Academy), atuou na Broadway em "Broadway Rising Stars", "Broadway By The Year" e "Spotlight at Town Hall", todos na famosa casa de concertos americana "The Town Hall".

Também em Nova York atuou em "Sweeney Todd", "A Form of Lying", "The Broken Road of Freedom" e "Broadway Ballyhoo at Feinstein's Regency".
No Brasil Felipe participou dos musicais "A Noviça Rebelde" e "O Despertar da Primavera", ambos dirigidos por Charles Möeller e Claudio Botelho.
Em 2012 participou do programa "Dançando na Broadway", que foi gravado em Nova York e exibido no Brasil pelo canal Multishow.

Recentemente Felipe interpretou o vilão Lord Farquaad na montagem paulista de “Shrek – O Musical”, ganhadora do Prêmio Qualidade Brasil 2013. Em 2014 e 2015 esteve em cartaz com o musical "Todos os Musicais de Chico Buarque em 90 Minutos", dirigido e produzido por Möeller e Botelho, no papel de Dito. Em 2015, Tavolaro participa na novela "I Love Paraisópolis", da TV Globo.

FICHA TÉCNICA
Direção: Charles Möeller e Claudio Botelho
Supervisão artística: Claudio Botelho
Espetáculo de: Charles Möeller e Claudio Botelho
Elenco: Carol Bezerra, Felipe Tavolaro, Waleska Ambrosano, Savio Andrade, Daniel Klepacz, Maurício Ferraz, Bárbara Magalhães, Marília Medeiros, Marília Nunes, Flavia Libonati, Erick Ferrari

Duração: 100 minutos
Classificação indicativa: livre

SERVIÇO – “Beatles Num Céu de Diamantes”
Local: Teatro Folha
Estreia: 3 de julho
Temporada: até 30 de agosto
Apresentações: sexta-feira, 21h30; sábado, 20h e 22h; e domingo, 20h.
Ingresso: R$ 40,00 (setor 2) e R$ 60,00 (setor 1), às sextas e aos domingos; R$ 50,00 (setor 2) e R$ 70,00 (setor 1), aos sábados.

*Valores referentes a ingressos inteiros. Meia-entrada disponível em todas as sessões e setores de acordo com a legislação.

TEATRO FOLHA
Shopping Pátio Higienópolis - Av. Higienópolis, 618 / Terraço / tel.: (11) 3823-2323 - Televendas: (11) / 3823 2423 / 3823 2737 / 3823 2323 Site: www.teatrofolha.com.br
Vendas por telefone e internet/ Capacidade: 305 lugares / Não aceita cheques / Aceita os cartões de crédito: todos da Mastercard, Redecard, Visa, Visa Electron e Amex / Estudantes e pessoas com 60 anos ou mais têm os descontos legais / Clube Folha 50% desconto / Horário de funcionamento da bilheteria: de terça a quinta, das 15h às 21h; sexta, das 15h às 21h30; sábado, das 12h às 24h; e domingo, das 12h às 20h / Acesso para cadeirantes / Ar-condicionado /  Estacionamento do Shopping: R$ 13,00 (primeiras duas horas)  / Venda de espetáculos para grupos e escolas: (11) 3104-4885 / Patrocínio: Folha de S.Paulo, CSN, Veloce, Brightstar, Nova Chevrolet e Grupo Pro Security.

SOBRE A CONTEÚDO TEATRAL: O grupo empresarial paulista Conteúdo Teatral atua há mais de treze anos em duas vertentes: gestão de salas de espaços e produção de espetáculos. Como gestora é responsável pela operação do Teatro Folha, no Shopping Pátio Higienópolis, em São Paulo, e do Teatro Amil, no Parque D. Pedro Shopping, em Campinas. Essa frente conta com direção artística de Isser Korik e direção comercial de Léo Steinbruch, programando espetáculos para temporada em regime de coprodução. No período de atuação da empresa, ao todo, as casas somam 2 milhões de espectadores.

Como produtora de espetáculos, viabilizou dezenas de peças para os públicos adulto e infantil, como “Gata Borralheira”, “Cinderela”, “Os Saltimbancos”, “A Pequena Sereia”, “Grandes Pequeninos” e “Branca de Neve e os Sete Anões” para as crianças. Para os adultos foram realizadas, entre outras montagens, “A Minha Primeira Vez”, “Os Sete Gatinhos”, “O Estrangeiro”, “O Dia que Raptaram o Papa”, “Dez Encontros” e a trilogia “Enquanto Isso...”, além de projetos de humor – como “Nunca Se Sábado...” –, e o musical “Um Violinista no Telhado”.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

.: Beatles num Céu de Diamantes: Tudo sobre a oficina-montagem

Com oficina-montagem do premiado “Beatles num Céu de Diamantes”, união de produtoras visa trazer o padrão de qualidade obtido no Rio de Janeiro para a capital paulista



Charles Möeller e Claudio Botelho fizeram o primeiro espetáculo juntos em 1990 e a dupla se tornou referência no Teatro Musical brasileiro. Seu trabalho, concentrado no Rio de Janeiro, brindou os palcos paulistanos com passagens curtas de suas principais montagens, sempre com seus elencos cariocas. Esta realidade está para se alterar.

A partir de 2015 a produtora da dupla (M&B) está incrementando a parceria iniciada com a produtora paulista Conteúdo Teatral, com o objetivo de realizar temporadas mais longevas nos palcos de São Paulo, através de um núcleo de produção que trabalhará com elencos paulistas. Desta forma, trará à cidade de São Paulo o melhor de seu repertório no gênero musical, e pensará nas duas praças para as próximas montagens, levando ao público de São Paulo a oportunidade de assistir os musicais da dupla em temporadas mais longas.

“Somos artistas empresários. Não apenas empresários focados no mercado”, afirma o diretor artístico da Conteúdo Teatral, Isser Korik. “Quem ganha é o mercado de produção teatral. A parceria amplia as possibilidades de duração das temporadas e de atração de público para as criações da M&B, aproveitando-se a expertise das duas produtoras para um resultado maior”.

Talentos descobertos: Uma das marcas do processo criativo da M&B é a descoberta e lançamento de jovens talentos no mercado, hoje consagrados, como Malu Rodrigues, André Torquato, Estrela Blanco, André Loddi, Carol Puntel, Cássia Raquel, Renata Ricci, Felipe de Carolis, Leticia Colin, Pedro Sol Blanco, Jules Vandystadt, entre outros. Com a nova parceria, Möeller e Botelho também pretendem atrair e formar talentos na cidade de São Paulo.

“Busco especialmente atores-cantores que consigam usar a canção como se fosse texto teatral, com a personalização daquilo que é cantado, especialmente a transmissão das letras. Além dos predicados básicos de canto e dança, é importante a expressividade do artista e a sua condição de dar voz a personagens”, explica Claudio Botelho.  “Em São Paulo os atores têm a tendência a se especializar mais na parte musical em detrimento da parte de ator. Os musicais paulistanos foram em sua grande maioria dirigidos por diretores estrangeiros, de modo que a compreensão da interpretação muitas vezes ficou em segundo plano”, afirma.

Dando início a essa nova fase, a partir de fevereiro estarão abertas as inscrições para o processo seletivo da oficina-montagem que formará o elenco do musical “Beatles num Céu de Diamantes”, que já realizou turnê nacional e internacional, e que agora está de volta ao Teatro Leblon. A parceria pretende realizar uma temporada à altura da qualidade artística do espetáculo na capital paulista, no Teatro Folha, com estreia em julho. Em São Paulo, a montagem terá Vanessa Gerbelli como estrela convidada. “Não tem nada que eu goste mais de cantar do que Beatles”, diz a atriz. “A primeira vez que senti emoção com uma canção, ainda muito pequena, foi com uma música deles que estava tocando”.

Sobre a oficina: Inicialmente são 30 vagas por turma para a oficina-montagem, que acontecerá no Teatro dos Arcos. As aulas começarão dia 6 de março e serão realizadas às sextas-feiras e aos domingos, das 13h às 19h, com duração de quatro meses e carga horária semanal de 12 horas.

Os alunos selecionados serão orientados por Isser Korik e Fezu Duarte (interpretação), Felipe Pipo Grytz (preparação musical) e Vanessa Guillén (expressão corporal). A supervisão artística será de Claudio Botelho, que acompanhará a oficina, orientará os professores, ministrará algumas das aulas e dará o feedback aos alunos.

Os preparadores esperam dedicação e mergulho artístico na proposta. “Dos candidatos aprovados espero disciplina e concentração. Não somos uma máquina de fazer espetáculos e nem tratamos os artistas como batedores de ponto. Ensaiamos o tempo exato necessário para preparar um musical. Com concentração e alguma disciplina, será tudo muito criativo e agradável. Fazer teatro tem de ser um presente, e não um fardo”, afirma o diretor.

Os alunos terão aulas de canto, onde serão desenvolvidos repertório, arranjos vocais e técnica de canto em teatro; aulas de interpretação, onde serão estudadas as letras das canções, seu conteúdo artístico e emocional, seu contexto e a melhor forma de expressar esse conteúdo; e aulas de expressão corporal, com foco na orientação do corpo para a cena e para a musicalidade, trabalhando repertório de movimentos com base na linguagem do teatro musical e a construção coletiva de partituras coreográficas para a criação do espetáculo.

Ao final da oficina, todos os alunos terão a oportunidade de apresentar o espetáculo uma vez no palco, em sessões que serão destinadas a seus amigos e familiares.

Do total de alunos participantes, nove serão escolhidos ao final do processo de treinamento para formar o elenco da montagem “Beatles num Céu de Diamantes” que entrará em cartaz no Teatro Folha. Os talentos selecionados dividirão o palco com Vanessa Gerbelli.

Trata-se de uma oficina seletiva feita nos mesmos moldes realizados pela Conteúdo Teatral  em 2014, quando escolheu, treinou e lançou atores para o espetáculo “Ivan Lins Em Cena”, que cumpriu temporada nos meses de junho, julho e agosto de 2014, nos teatros Folha e Amil.

Inscrições e seleção: As inscrições para o processo de seleção acontecem a partir do dia 6 de fevereiro e os candidatos podem se inscrever enviando foto e telefone de contato para beatlesdiamantes@outlook.com, até o final do mês, até o preenchimento total das vagas. Os candidatos receberão instruções sobre a seleção por e-mail.
Para participar do processo seletivo é preciso ter idade igual ou superior a 15 anos. Se o selecionado for menor de idade, precisará de autorização dos pais para fazer a oficina. 
A seleção terá avaliação de canto e entrevista. Interesse em teatro musical, capacidade de cantar, boa expressão corporal e aptidão em teatro serão levadas em conta durante as avaliações.

“Sejam bem-vindos a um mundo muito particular, que envolve a música pop mais bem elaborada do mundo, e a experiência do teatro musical”, convida Claudio Botelho.

Sobre Möeller & Botelho: Tendo trabalhado juntos desde 1990 em produções como “Hello Gershwin”, “Os Fantástikos” e “Na Bagunça do Teu Coração”, os diretores Charles Möeller e Claudio Botelho efetivaram sua parceria artística em 1997 e desde então são referência no teatro musical do Brasil. Em quase 25 anos de dupla, a M&B realizou mais de 30 espetáculos, sempre com grande sucesso de público e crítica. Seus musicais foram apresentados nas principais capitais brasileiras e também no exterior, em países como Portugal e França. 

Entre os espetáculos de maior sucesso estão “A Noviça Rebelde”, “Um Violinista no Telhado”, “O Mágico de Oz”, “O Despertar da Primavera”, “Beatles num Céu de Diamantes”, “Ópera do Malandro”, “Avenida Q”, “Gypsy”, “Milton Nascimento – Nada Será Como Antes”, “Hair”, “Todos os Musicais de Chico Buarque em 90 Minutos” e o recente “Os Saltimbancos Trapalhões – O Musical”. Möeller & Botelho trabalham com as maiores estrelas do teatro musical do país, como Marília Pêra, Claudia Raia, Totia Meireles, Alessandra Maestrini, Kiara Sasso, Soraya Ravenle, Claudia Netto, Saulo Vasconcelos, Gottsha, Sabrina Korgut, Adriana Garambone, Fred Silveira, Daniel Boaventura. Também trouxeram aos musicais nomes como José Mayer, Renato Aragão, Maria Clara Gueiros, Lucio Mauro Filho, Luiz Fernando Guimarães, Gregório Duvivier, entre outros. A dupla também investe maciçamente na formação de novos profissionais do meio.

A Möeller & Botelho ganhou os mais importantes prêmios teatrais, como o Shell, o Sharp, Governo do Estado do Rio de Janeiro, APTR, Qualidade Brasil e o da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Foram ainda homenageados com o lançamento, em 2010, do livro “Os Reis dos Musicais”, escrito por Tânia Carvalho para a “Série Aplauso”, da Imprensa Oficial de São Paulo.

Outros trabalhos paralelos foram produzidos pela dupla, como a direção dos números musicais da minissérie de TV Globo “Chiquinha Gonzaga” (1999); o ballet “Uma Noite com Cole Porter” (2003); os números musicais do Cassino da Urca, na minissérie da TV Globo “Dalva & Herivelto – Uma Canção de Amor” (2010). Em maio, a M&B estreia a série “Acredita na Peruca”, com Luiz Fernando Guimarães, para o canal Multishow.

Sobre Isser Korik – orientador de interpretação: Diretor, ator, produtor, tradutor e dramaturgo, coleciona trabalhos marcantes como comediante em quase 30 anos de carreira. Entre eles, “Vacalhau & Binho”, de Zé Fidélis, que permaneceu oito anos em cartaz; “O Dia que Raptaram o Papa”, de João Bethencourt; e, recentemente, “E  o Vento não Levou”, de Ron Hutchinson, e “Toda Donzela Tem um Pai que é uma Fera”, de Gláucio Gill. 

Como diretor se destaca na comédia e no humor. Concebeu “Nunca se Sábado...”, apresentado por quatro temporadas sob sua direção-geral, que marcou a cena paulistana. Dirigiu o sucesso “A Minha Primeira Vez”, de Ken Davenport; a trilogia cômica de Alan Ayckbourn “Enquanto Isso...”; “O Mala”, de Larry Shue; o projeto “Te Amo, São Paulo”, que reuniu grandes nomes da dramaturgia paulista; “Dez Encontros”, de David Hare; além dos infantis “A Pequena Sereia”, de Fábio Brandi Torres; “Grandes Pequeninos”, de Jair Oliveira; “Cinderela”, “O Grande Inimigo” e “Ele é Fogo!”, de sua autocria, tendo recebido por esse último o Prêmio APCA. É diretor artístico da Conteúdo Teatral.

Sobre Felipe Pipo Grytz – direção musical: É cantor, maestro e compositor especializado em trilhas sonoras. Seus trabalhos mais recentes para cinema são músicas para os longas-metragens “Esse Viver Ninguém Me Tira”, de Caco Ciocler, "Família Vende Tudo", de Alan Fresnot, e "O Ano que Meus Pais Saíram de Férias", de Cao Hambúrguer, e para o curta-metragem "TIMING”, de Amir Admoni. Para televisão, elaborou músicas para emissoras brasileiras e estrangeiras como a MTV e Nickelodeon, além de vários comerciais publicitários. No teatro participou da preparação musical do elenco de “Ópera do Malandro”, direção de Iaacov Hilel, e foi responsável pela direção musical e composição da trilha de “Senhor das Flores”, em Lisboa, e “Na Solidão dos Campos de Algodão”, no Rio de Janeiro, ambos dirigidos por Caco Ciocler, e “Sonho de Uma Noite de Verão”, em São Paulo, espetáculo no qual assinou também a direção geral. Dirige gravações com diversas formações instrumentais e desenvolve um intenso trabalho como regente coral. Recebeu várias premiações por seu trabalho como maestro e compositor.

Sobre Fezu Duarte – orientadora de interpretação: Foi diretora artística do Teatro Brasileiro de Comédia de 1998 a 2003. No TBC, criou a Cia. de Repertório e atuou como atriz em “Ópera do Malandro”, com direção de Gabriel Villela. Fundou também a Cia. de Teatro Rock, em que dirigiu os espetáculos “QAP”, “A Borboleta sem Asas” e “Na Cama com Tarantino”. Em 2004, dirigiu “R-Evolução Urbana”, primeiro espetáculo sobre o Legião Urbana. Assinou a direção dos musicais “A Sessão da Tarde ou Você Não Soube Me Amar”, “Lado B – Mudaram as Estações” e “Os Saltimbancos”, que permaneceu por quatro anos entre os dez melhores espetáculos infantis na Veja São Paulo.

Sobre Vanessa Guillén – orientadora de expressão corporal e coreografias: Bailarina, coreógrafa e diretora teatral. Tem sólida formação em ballet clássico e dança contemporânea, através dos melhores profissionais do Brasil e de Cuba. Possui cursos de formação em teatro, direção, expressão corporal e aperfeiçoamento em técnicas corporais. Foi bailarina das companhias: Balé da Cidade de SP, Ballet Stagium, Cia de Danças de Diadema, Siameses e Cia Druw. Participou de tournées pela Alemanha, França, Áustria, Luxemburgo, Espanha, Uruguai e China, e por quase todos os estados brasileiros. Foi assistente de direção, diretora residente e dance captain ao lado de José Possi Neto nos musicais: Crazy For You, Cabaret, New York New York, Emoções Baratas e Bark! Um Latido Musical. Assistente de direção de Rodolfo Garcia Vasquez na peça Roberto Zucco, prêmio APCA de melhor direção 2010 e de José Possi Neto na peça Vidas Privadas. Dirigiu e coreografou “O Homem n´Água”, dança-teatro com Paulo Goulart Filho. Ministra aulas e coreografa grupos há 20 anos. Coreografou o musical “Constellation”, com direção de Jarbas Homem de Mello, atualmente em cartaz no Net Rio.

Vanessa Gerbelli – atriz: Atriz, cantora, compositora, dançarina e pintora. Iniciou a carreira artística aos 15 anos, cantando em bandas de baile. Aos 19 anos estreou no teatro com a peça "Quixote" (1993), produção de Isser Korik.
Na TV Globo estará na próxima novela das 18h, “Sete Vidas”. Atuou em diversas novelas, entre elas “O Cravo e a Rosa” (2000); "Desejos de Mulher" (2002), "Mulheres Apaixonadas" (2003), "Kubanacan" (2003), "Da Cor do Pecado" (2004), "Cabocla" (2004) e “Em Família” (2014). Também atuou na série "Carandiru, Outras Histórias" (2005), de Roberto Guervitz. Na TV Record atuou em "A História de Ester" (2010) e "Vidas em Jogo" (2011). No cinema participou dos filmes "Carandiru" (2003), de Hector Babenco; "Os Desafinados" (2006), de Walter Lima Jr.; "A Hora e a Vez de Augusto Matraga” (2012), de Vinícius Coimbra; e "As Mães de Chico Xavier" (2011), de Glauber Filho e Halder Gomes.

No teatro, após sua estreia com a peça “Quixote”, de C. A. Soffredini, em 1993, Vanessa Gerbelli atuou nos espetáculos “Turandot” (1998), de Bertold Brecht com direção de José Renato; “Pocket Broadway” (1998), com direção de Rodrigo Pitta; “Cazas de Cazuza” (2000), com direção de Rodrigo Pitta; “Eles Não Usam Black Tie” (2001), de Gianfrancesco Guarnieri com direção de Marcus Faustini; “A Luta Secreta de Maria da Encarnação” (2002), de Gianfrancesco Guarnieri com direção de Marcus Faustini; “Tartufo” (2003), de Molière com direção de Tônio Carvalho; “Orlando” (2004), de Virginia Woolf com direção de Bia Lessa; “Um Marido Ideal” (2006), de Oscar Wilde com direção de Victor Garcia Peralta; “As Meninas” (2009), de Maitê Proença e Luis Carlos Góes, com direção de Amir Haddad; “Emilinha e Marlene, as Rainhas do Rádio” (2011), de Thereza Falcão e Júlio Fischer, com direção de Antônio de Bonis; e “Quase Normal” (2012), de Brian Yorkey e Tom Kitt, com direção de Tadeu Aguiar.

FICHA TÉCNICA – Oficina-montagem “Beatles num céu de diamantes”
Direção Musical: Felipe Pipo Grytz
Expressão Corporal: Vanessa Guillén
Interpretação: Isser Korik e Fezu Duarte
Supervisão Artística: Claudio Botelho
Espetáculo de: Charles Möeller e Claudio Botelho

SERVIÇO
Inscrições: As inscrições para as audições podem ser feitas pelo endereço eletrônico beatlesdiamantes@outlook.com. O candidato deve enviar foto e telefone para contato. Trinta vagas por turma. Informações no site www.oficinamontagem.com.br.  
Horários: Às sextas-feiras e aos domingos, das 13h às 19h, totalizando 12 horas semanais, por 16 semanas, mais nove horas de preparação e execução da performance.
Investimento: Matrícula de R$ 1.200,00. Mensalidades em quatro parcelas de R$ 1.200,00. (custo de R$ 30,00 por hora-aula)
Local da oficina: Teatro dos Arcos. Rua Jandaia, 218 – São Paulo, SP. CEP: 01316-100

SOBRE A CONTEÚDO TEATRAL: O grupo empresarial paulista Conteúdo Teatral atua há mais de treze anos em duas vertentes: gestão de salas de espaços e produção de espetáculos. Como gestora é responsável pela operação do Teatro Folha, no Shopping Pátio Higienópolis, em São Paulo, e do Teatro Amil, no Parque D. Pedro Shopping, em Campinas. Essa frente conta com direção artística de Isser Korik e direção comercial de Léo Steinbruch, programando espetáculos para temporada em regime de coprodução. No período de atuação da empresa, ao todo, as casas somam 2 milhões de espectadores.

Como produtora de espetáculos, viabilizou dezenas de peças para os públicos adulto e infantil, como “Gata Borralheira”, “Cinderela”, “Os Saltimbancos”, “A Pequena Sereia”, “Grandes Pequeninos” e “Branca de Neve e os Sete Anões” para as crianças. Para os adultos foram realizadas, entre outras montagens, “A Minha Primeira Vez”, “Os Sete Gatinhos”, “O Estrangeiro”, “O Dia que Raptaram o Papa”, “Dez Encontros” e a trilogia “Enquanto Isso...”, além de projetos de humor – como “Nunca Se Sábado...” –, e o musical “Um Violinista no Telhado”.

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

.: #ResenhandoIndica: Programação teatral em SP para fim de semana

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em dezembro de 2017



Já dizia a minha bisavó que o saber não ocupa lugar. Tendo em vista que teatro é cultura, assumindo papel fundamental na construção da sociedade, o #ResenhandoIndica espetáculos teatrais para aproveitar nesse final de semana de dezembro. Confira!


Créditos: Marcos Mesquita
2 Filhos de Francisco – O Musical

Conta a emocionante história de sucesso da dupla Zezé Di Camargo & Luciano, acaba de prorrogar sua temporada e fica em cartaz até 25 de fevereiro de 2018. Mais uma chance para quem quer ver um musical de qualidade, com história e produção 100% nacionais. O espetáculo encerra a temporada deste ano no dia 17 de dezembro, volta aos palcos no dia 04 de janeiro de 2018 e encerra a temporada em fevereiro. O espetáculo apresenta a trajetória e os sucessos da dupla sertaneja mais importante do país. A montagem é baseada no filme “Dois Filhos de Francisco”, dirigido por Breno Silveira, com roteiro de Patrícia Andrade e Carolina Kotscho, uma produção de Conspiração Filmes e ZCL em parceria com a Globo Filmes e Sony Pictures.

Serviço
"2 Filhos de Francisco"
Temporada: até 17 de dezembro e retorno de 04 de janeiro até 25 de fevereiro
Apresentações: quinta-feira e sexta-feira, 21h; sábado, 17h e 21h; e domingo, 18h
Local: Teatro Cetip – segunda-feira, fechada. De terça a sábado, das 12h às 20h. Domingos e feriados, das 13h às 20h (em dias de espetáculo, a bilheteria funciona até o início da apresentação) 
Rua dos Coropés, 88 – Pinheiros
Pela Internet: www.ticketsforfun.com.br
Mais: http://www.resenhando.com/2017/12/2-filhos-de-francisco-o-musical-estende.html



Alice No País das Maravilhas

No Teatro Folha, dCia Le Plat du Jour,  a adaptação livre do livro “Aventuras de Alice no país das maravilhas” de Lewis Carroll, é encantadora e envolvente para todo o público, desde as crianças aos adultos. Assim, todo o público participa da grande viagem da protagonista, a mudança de tamanho, a amizade com um coelho que anda de ponta cabeça, o encontro engraçado com um cachorro gigante, um cogumelo que canta, um dragão que voa, até aparecer a rainha autoritária que assusta pela pequena dose de maldade, mas faz muito mais graça. 

Serviço
"Alice No País das Maravilhas"
Temporada: até 17 de dezembro de 2017
Apresentações: sábados e domingos, às 16h.
Ingresso: R$ 40,00 (setor único) *
*Valor referente ao ingresso inteiro. Meia-entrada disponível em todas as sessões e setores de acordo com a legislação.
Local: Teatro Folha
Endereço: Shopping Pátio Higienópolis - Av. Higienópolis, 618 / Terraço 
Telefone: (11) 3823-2323 - Televendas: (11) / 3823 2423 / 3823 2737 / 3823 2323 
Site: www.teatrofolha.com.br

Resenha: http://www.resenhando.com/2017/09/alice-no-pais-das-maravilhas-reestreia.html



Beatles Num Céu de Diamantes

A nova montagem, com elenco mais enxuto, mantém o brilho e encanto suficiente para mexer com a emoção do público. Junto ao talento da dupla Carol Bezerra -voz poderosa e inesquecível- e Daniel Klepacz -voz marcante e linear-, os seis novos temperos inseridos em “Beatles Num Céu de Diamantes”, revigoram a montagem de Charles Möeller e Claudio Botelho. Mesclados com a dupla antiga estão Andrei Lamberg, Carol Pita, Diego Martins, Felipe Mafra, Giovanna Moreira e Ingrid Gaigher. Sem dúvida, Felipe Mafra que, interpretou o Rocky, no musical "Rocky Horror Show" e, em agosto, fez o show Felipe Mafra Nas Trilhas Sonoras, abrilhanta e acrescenta seriedade ao musical. Andrei Lamberg, por sua vez, não deixa a desejar. Ele é do tipo que canta e encanta. Entretanto, a voz forte -além da presença de palco-, de Ingrid Gaigher, mescla com a sonoridade suave de Giovanna Moreira e Carol Pita.

Serviço
“Beatles Num Céu de Diamantes”
Temporada: até 17 de dezembro de 2017
Apresentações: sexta-feira, 21h30; sábado, 20h e 22h; e domingo, 20h
Duração: 70 minutos
Classificação etária: livre 
Local: Teatro Folha
Shopping Pátio Higienópolis - Av. Higienópolis, 618 / Terraço / Tel.: (11) 3823-2323 - Televendas: (11) / 3823 2423 / 3823 2737 / 3823 2323 
Crítica: http://www.resenhando.com/2017/11/critica-de-beatles-num-ceu-de-diamantes.html



Hebe, o Musical

Embalada pelas canções que marcaram sua carreira de cantora, a produção atravessa oito décadas nas quais, muitas vezes, os caminhos de Hebe e da TV brasileira se confundem. Com 21 atores em cena, orquestra composta por nove músicos e mais de 30 técnicos envolvidos, o musical tem início com a personagem "Hebe", que recebe o público que vai ao teatro e o convida a conhecer a sua história. A proposta é que o espectador acompanhe a grade de uma programação de TV típica dos anos 60. O enredo aborda a relação da artista com a família, as amizades, os amores, o início de sua carreira como cantora e o sucesso alcançado como apresentadora de televisão.

Serviço
"Hebe, o Musical"
Duração: 140 minutos (com intervalo de 20 min)
Recomendação: 12 anos 
Gênero: musical
Local: Teatro Procópio Ferreira (624 lugares)
Rua Augusta, 2.823 – Jardins
Quinta e Sexta às 21h | Sábado às 17h e 21h | Domingo às 18h
Informações: (11)3083-4475
Vendas de grupos: (11) 3064-7500
Vendas: www.ingressorapido.com.br e tel.: 4003-1212
Temporada 2017: até o dia 17 de Dezembro





Magicamente

Às 23:59 horas, acontece o show de hipnose cômica:"Magicamente", no Teatro Folha. Brincalhões, os hipnólogos André Attie, Eduardo Neaime e Sany Machado envolvem, com muito bom humor, a plateia, inclusive, os interessados sobem ao palco para participarem das hipnoses que divertem de modo sadio. Embora sejam feitas brincadeiras para entreter a todos, como por exemplo, falar coisas engraçadas, dançar, formar uma banda musical com instrumentos imaginários, há muita ética e respeito dos hipnólogos com os convidados. É uma experiência inesquecível, seja para quem permanece na plateia ou participa com o trio, no palco.


Serviço:
“Magicamente - Um show de Hipnose Cômica”
Temporada: até 16 de dezembro de 2017
Apresentações: sábado, às 23h59
Ingresso: R$50 (setor único)
Duração: 90 minutos
Classificação indicativa: 10 anos
*Valor referente a ingresso inteiro. Meia-entrada disponível em todas as sessões e setores de acordo com a legislação.
Local: Teatro Folha
Shopping Pátio Higienópolis - Av. Higienópolis, 618 / Terraço 
Telefone: (11) 3823-2323 - Televendas: (11) / 3823 2423 / 3823 2737 / 3823 2323 
Site: www.teatrofolha.com.br

Relato: http://www.resenhando.com/2017/12/fui-hipnotizado-e-conto-como-foi.html


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm 

quarta-feira, 20 de junho de 2018

.: Entrevista com Charles Möeller, o homem do teatro musical

"É fascinante trabalhar num personagem dentro de um musical que tem um pacto com a dúvida! Hoje em dia, com as redes sociais, todos têm tanta certeza de tudo, pois estão ilhados atrás de seus avatares", Charles Möeller

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Colaboração de Helder Moraes Miranda 
Em junho de 2018



Charles Möeller, figura importante para a dramaturgia brasileira, devido a longa estrada galgada com trabalhos inesquecíveis, da TV ao teatro, não se gaba pela extensão de seu currículo que inclui as ocupações de ator, diretor, autor, figurinista, cenógrafo e professor de teatro. Homem de diversas facetas dentro do teatro, brilhou na televisão em novelas como "Mico Preto" e "Xica da Silva", fez seriados como "Você decide", passou para atrás das câmeras e trabalhou em "Chiquinha Gonzaga" e "Dalva e Herivelto: Uma Canção de Amor".

Formando a produtora M&B, Möeller e Botelho, ao lado do também ator Cláudio Botelho, a dupla foi responsável pelo resgate do teatro musical no Rio de Janeiro, trazendo aos palcos brasileiros sucessos como "Beatles Num Céu de Diamantes", que há 10 anos viaja pelo Brasil, incluindo apresentações internacionais, "A Noviça Rebelde", após temporada aclamada em São Paulo, com estreia no Rio, em julho, e a novidade "Pippin", com primeira apresentação marcada para 2 de agosto, no Rio. Confira entrevista ESPECIAL com Charles Möeller, o homem do teatro musical!





RESENHANDO - Como é ser um dos responsáveis pelo resgate do teatro musical no Rio de Janeiro?
CHARLES MÖELLER: Quando começamos a fazer musical em 1990, não tinha essa caráter de resgate. Era quase um sonho impossível, uma teimosia, éramos dois garotos cheio de sonhos. Sofremos muito. Insistimos no gênero. No começo só conseguíamos pautas em teatro públicos e em horários mortos e não ia ninguém. Mas nunca esmorecemos, cada conquista foi celebrada, cada crítica, o aumento de público devagar. Formamos literalmente gerações de plateias e elencos. Eu me sinto um bandeirante que abriu estradas para todos os que vieram. Esse resgate quase impossível era de um gênero absolutamente desacreditado e faltava tudo: Desde equipamento à equipe. E não tínhamos elenco capaz de fazer com excelência as três coisas: dançar cantar e interpretar, era tudo setorizado e separado. Me dá muito orgulho de termos conseguido tanto e revertido esse placar.


RESENHANDO - Como foi sair do litoral paulista -Santos- e ganhar o mundo?
C.M. - Sempre sonhei com essa profissão. Acho que tinha muita fé também. Fé, às vezes, cega. Tudo aconteceu muito rápido comigo. Fui muito levado pelos acontecimentos e sempre chutei a bola mais pra frente que podia. Fiz teatro amador desde sempre e com 13 anos já tinha DRT e com 16 anos estava protagonizando um espetáculo na abertura do teatro SESC de Santos, chamado "O Noviço", essa peça me levou para festivais e fui imediatamente para o CPT, Companhia do Antunes Filho que fiz paralelamente aos meus estudos na faculdade de artes cênicas. Estava formado com 20 anos, fiz minha primeira peça fora o CPT,  chamada "O Concílio do Amor", com direção de Gabriel Vilela. Um olheiro me viu num elenco de 30 pessoas e me indicou para um teste na Rede Globo, para uma novela das 19! Fui para o Rio sem nunca ter pisado na cidade. Fiz o teste  e passei. Foi tudo tão rápido que em três semanas já tinha me mudado para o Rio num verão de 50 graus. Tenho pavor de calor. Com 20 anos, sozinho no Rio de Janeiro, sem conhecer ninguém, com um salário que mal pagava as minhas contas e com uma personagem enorme sem nunca ter feito TV. Foi só pancadaria. A vida sempre me colocou em furacões, mas acredito muito que marinheiro bom se faz em tempestade! E isso nos fortalece muito na estrada. Nos molda.  


RESENHANDO - O que o teatro representa em sua vida?
C.M. - O teatro me salvou em todos os sentidos. Se não fosse o teatro eu não respiraria, não comeria. Não tenho sobrevida fora do teatro. O teatro me deu tudo que tenho hoje. Sou um homem de teatro. Sou um ator, diretor, autor, figurinista, cenógrafo e professor de teatro. Não falo isso com arrogância. Falo isso, pois tudo nesse ofício, para mim, sempre foi oxigênio. Quando não trabalhava como ator, estava fazendo cenário, figurino. Assim, nasceu o autor, o diretor, o professor e o produtor. Por sobrevivência e por não me imaginar fazendo outra coisa que não seja esse ofício. A minha vida é totalmente atrelada a minha carreira e meus anos são contados por aquilo que realizei.


RESENHANDO -  Nas artes cênicas, o que prefere: ser ator, criar figurino, fazer cenografia ou produzir?
C.M. - Certamente ser diretor virou o meu ofício principal. Tanto que ele ofuscou todos os outros e hoje sou produtor apenas para realizar meus sonhos de diretor e não ter que ficar à deriva, à mercê de fazer títulos que não me interessam como artista.


RESENHANDO - O musical "Beatles Num Céu de Diamantes" completou 10 anos em cartaz, nos palcos paulistas e cariocas. Imaginava que a produção seria esse sucesso todo?
C.M. - Nunca! Beatles foi uma janela de pauta entre o "Sete - O musical" e "A Noviça Rebelde". Fui chamado no SESC Copacabana para criar um musical jovem, pois queriam mudar o público que frequentava e tive a ideia dos Beatles. Quando propus ao SESC Copacabana eles me perguntaram: Beatles é jovem? E eu respondi: Eles são eternos! Desconstruímos o som. Tiramos a bateria, a guitarra e fizemos um gênero que amo: o Musical Revue. Naquela época pouco difundido no país. Estreou muito timidamente, e em um mês éramos uma febre absoluta, os ingressos da temporada toda no Sesc se esgotaram. Formatamos para palco italiano, pois originalmente era em teatro de Arena e nunca mais parou. Já estivemos no Brasil todo. Fomos para a Europa e a cada temporada eu vejo uma enorme renovação. Tenho a sensação de que nunca vamos parar de fazer o espetáculo. Todo último dia dos Beatles a gente fala: Até daqui a pouco. Fenômeno não se explica.  


RESENHANDO - 2018 marca o resgate  de "A Noviça Rebelde" após 10 anos. Terminada temporada de sucesso em São Paulo, o musical segue para o Rio de Janeiro. Por que a trama de Maria foi escolhida? 
C.M. - A Noviça Rebelde foi um marco nas nossas carreiras. Foi o primeiro musical gigante que fizemos. Era estreia do Teatro Oi Casagrande e foi o primeiro de uma série de musicais old Broadway que tivemos uma enorme felicidade de fazer. "A Noviça" foi um sucesso estrondoso há 10 anos e repetiu um feito ainda maior dessa vez que foi lotar o Teatro Renault, de quarta a Domingo. Na primeira produção, não era uma franquia e isso aumenta muito a responsabilidade de estar naquele palco sagrado onde o nível de excelência é absoluto. 



RESENHANDO - Qual é a mágica que faz essa história tocar o coração das pessoas?
C.M. - A mágica, eu acho, está em não repetir fórmulas. Não ficar preso no sucesso de 10 anos atrás e tentar não me auto franquiar ou me remontar. Fizemos do zero. Nova roupagem, nova visão. Novo enfoque. Mas com o mesmo amor por essa história fascinante de Maria, do Capitão Von Trapp e seus filhos. Uma metáfora para o poder da musica, da arte e da cultura, capazes de mudar o luto e enfrentar qualquer totalitarismo e tirania. Claro que isso não seria possível se não tratasse de um dos musicais mais perfeitos do Oscar Hammerteimm e Richard Rodgers.


RESENHANDO - Qual é a diferença entre a Maria de Kiara Sasso e a de Malu Rodrigues? 
C.M. - Kiara e a Malu começaram comigo, são frutos de terra muito arada, regada e adubada por nós. Acho que 10 anos depois queria ter outro enfoque do personagem! Quis me aproximar mais da verdadeira Maria Kutchera. Mais indisciplinada e mais bagunceira, mais respondona. Mais selvagem e tirolesa. Uma camponesa mesmo. A Malu  tem a mesma idade  da Maria quando chega na casa do Capitão. Lemos todas as biografias existentes inclusive da Agathe Von Trapp, filha mais velha do Capitão. Acho o trabalho de ambas, Kiara e Malu, maravilhosos. A Kiara era perfeita para aquela concepção:  mais centrada,  polida , romântica  e dona da situação. A de Malu é mais para selvagem e moleca, tem relação de igual para igual com as  crianças, enquanto a de dez anos atrás era mais de governanta e preceptora. Não tinha como mudar o olhar da peça e não passar pela Maria. Sou suspeito pois amo as duas! São tintas perfeitas para quadros muito diferentes .


RESENHANDO - Gottsha -muito admirada pelo público do portal Resenhando.com- já atuou em produções Möeller e Botelho, como "Nine", "Beatles Num Céu de Diamantes" e "Rocky Horror Show", sendo que atualmente, está em "A Noviça Rebelde". Como é trabalhar com ela?
C.M. - Gottsha é minha irmã. Temos um relação que vai além dos palcos. Começamos juntos. Passamos por tudo. Muitas alegrias, muitas tristezas. Temos uma simbiose. Amamos estar juntos e ela é um gênio. Tem dos timbres mais lindos que já ouvi. Gosto sempre de dar outros rumos para ela, fiz isso a vida toda com ela, e ela embarca cegamente em todas e tudo que peço. 



RESENHANDO - Por que colocá-la no papel de Madre Superiora em "A Noviça Rebelde"?
C.M. - A Madre Superiora é  tudo aquilo que ninguém pensaria em dar para ela. Acostumada a papéis muito exuberantes, voz muito vinculado ao Pop music e a Disco, como encarar uma senhora, quase lírica e de hábito, sem maquiagem?  Mas ela vai de Bach a Emilinha. Ela é um ser humano muito agregador. Tem uma relação de muito amor e envolvimento com o trabalho quando ela acredita. Também, quando não acredita sai de baixo! Ela gosta quando é provocada e corre atrás de superação. Somos muito amigos, mas sabemos muito bem a hora de trabalhar. Se tenho que ser duro com ela, ela sabe que serei.  É muito difícil quando você trabalha com artistas que não querem ser dirigidos ou quando são ficam num mar de lágrimas e justificativas. Gottsha é muito prática, como eu, e sabe que sempre vou querer ela brilhando e ela sempre brilha. Nunca passa desapercebida, pois tem muita luz e é uma estrela no melhor sentindo da palavra. Ela brilha, mas sabe que não faz isso sozinha então sempre vai pensar no todo.


RESENHANDO -  Há novos projetos no teatro musical de Möeller e Botelho com Gottsha?
C.M. - Sempre há ! E quando não há ela se escala. (risos)


RESENHANDO - Como é a experiência de refazer super produções como "Beatles Num Céu de Diamantes" e "A Noviça Rebelde"?
C.M. - A experiência é sempre ter um frescor, não pensar em repetir e tirar coelhos da cartola e sempre se reinventar, manter a chama acesa, não cair nunca no burocrático e deitar no sucesso. Os deuses não perdoam quando você se acredita muito e acha que sabe tudo. Sempre estou me atualizando. Estou reiniciando todos os dias. Gente que acha que chegou lá fica sempre chata e chateado. Acho a chatice o túmulo do artista.


RESENHANDO - "Rocky Horror Show" é uma produção emblemática. Por que vocês sentiram vontade de montar esse espetáculo que toca em assuntos ainda polêmicos? Há previsão de ser remontada?
C.M. - Não acho polêmico, acho muito saudável e divertido brincar com esses temas. Antes de mais nada ele trata de uma grande homenagem ao trash movie, filme B, ficção cientifica. O "Rocky Horror" é anárquico por natureza. E não podemos colocar numa caixa, rotularmos ou classificá-lo, assim ele perderia sua essência que é ser o avesso do avesso. Trata com muito humor a possibilidade de não idealizar a vida, não romantizar o sonho. Não Sonhe : seja! Faça aquilo que te dê prazer, em todos os sentidos. Não é à toa que eles brincam iconicamente com a imagem da boca faminta, sedenta... Não temos previsão pra remontar, mas é claro que o ROCKY merece ser revisto sempre pois: Let's do the time-warp again.




RESENHANDO - Atualmente, está trabalhando na produção de "Pippin". O que lhe impulsionou a escolher outro grande musical da Broadway?
C.M. - Nesses 30 anos de carreira, já temos mais de 44 espetáculos e todos tem um norte: Nunca fizemos um espetáculo pensando se ele será um sucesso de público ou qual é demanda do mercado. O Pippin assim como muitos é sonho antigo. Amo essas músicas desde adolescente. Somos adoradores de Bob Fosse e durante anos nosso aquecimento era feito com "Magic to do", em todas as peças! Tentei comprar algumas vezes e nunca conseguia. Quando soube da remontagem, enlouqueci e estava na primeira fila da estreia da Diane Paulos.  Quando os direitos de não réplica ficaram disponíveis compramos e estamos renovando há muitos anos e finalmente conseguimos patrocínio para a tão sonhada mágica .


RESENHANDO - "Pippin" trabalha o autoconhecimento e o significado da vida. O que já pode adiantar da nova produção?
C.M. - A peça é muito profunda e quanto mais trabalho nela, vejo a modernidade. Acho o "Pippin", o "Hamlet" dos musicais. É fascinante trabalhar num personagem dentro de um musical que tem um pacto com a dúvida! Hoje em dia, com as redes sociais, todos tem tanta certeza de tudo, pois estão ilhadas atrás de seus avatares. É maravilhoso tratar de um personagem que duvida de tudo, o tempo todo, até dele mesmo e quer, acima de tudo, ter uma vida extraordinária sem escolhas ordinárias! A produção está sendo feita com o rigor e amor de sempre. Estamos muito apaixonados por todo o processo e espero que todos tenham o mesmo prazer vendo do que estamos tendo em fazer.


RESENHANDO - Entre as excelentes produções da dupla Möeller e Botelho, há preferência por alguma? Qual?
C.M. - É como você me perguntar qual é o filho que eu acho mais bonito? Vou sempre falar o último, pois nunca fiz nenhum trabalho sem chegar no meu limite. Quando faço, vivo aquilo tão intensamente que me transformo por inteiro. Tanto que quando estreia eu me afasto para tentar me reciclar e deixar o navio zarpar. Não tenho uma preferencia explícita. Tenho marcos na carreira. Às vezes, nem sempre, foram os que deram mais bilheteria. Mas tiveram mais significado.  O "7 - O musical", foi nossa peça de menor bilheteria que me deu mais prêmios, mais dívidas, mas fui muito feliz fazendo.


RESENHANDO - Há outros projetos para levar aos palcos? 
C.M. - Muitos outros sempre. Na sequência do Pippin faremos "West Side Story", no Teatro Municipal. Ano que vem já temos duas remontagens de outros títulos da M&B, estamos gostando de nos revisitar. E mostrar para novas gerações títulos nossos. Vivo disso e não me dou o luxo de achar que ocupo um lugar inatingível. Continuo matando um leão por dia, a tapa, e sei que não existe hegemonia nessa profissão. Sou operário braçal mesmo.



*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: @maryellenfsm



Audição não é só difícil pra quem faz . A banca sofre muito . O espetáculo começa a ser feito nesse xadrez . Quem é reprovado não significa que ele não serve . Tudo é uma fórmula que é criada naquele instante . Um NÃO numa audição pode ser um SIM para uma próxima . Assim como um SIM nessa pode significar um NÃO pra próximas . O artista se faz no dia a dia no convívio ,na jornada ! Há anos não via uma audição tão sensacional de gente tão incrível como no @musicalpippin ! Queria ficar com todos . Bravo pra todos que participaram e pelo nível de excelência de TODOS.Já com estou muitas saudades da audição de @musicalpippin e já loucos para começar a ensaiar! 😊 🕺🤸 #charlesmoeller #Pippin #pippinmusical #musicalpippin #teatromusical #musicais #moellerbotelho #musicaltheatre
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