Mostrando postagens classificadas por data para a consulta crítica. Ordenar por relevância Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens classificadas por data para a consulta crítica. Ordenar por relevância Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 13 de maio de 2024

.: "O Dublê": Fernanda Baronne e Manolo Rey dublam novamente juntos


"O Dublê" (The Fall Guy"), em cartaz na rede Cineflix Cinemas, é a nova aposta da Universal e chega aos cinemas chamando bastante atenção. E na dublagem brasileira, temos mais uma vez Fernanda Baronne e Manolo Rey emprestando suas vozes para as atuações de Emily Blunt e Ryan Gosling. A produção, em cartaz desde o dia 2 de maio, é uma homenagem a famosa série dos anos 80, “The Fall Guy”, apresenta atuações intensas e divertidas dos astros sob a direção de  David Leitch, conta com elementos comuns da série, como a ação e a comédia. No entanto, foi adicionado também uma pitada de romance. O filme, que estreia no início de maio, mantém Gosling e Blunt em destaque. 

Na obra, que retoma a famosa série dos anos 80, o dublê Colt Seavers (Ryan Gosling)  é um dos melhores profissionais de sua área. Sendo um dublê fixo de Tom Rayder (Aaron-Taylor Johnson), acaba sofrendo um acidente e é obrigado a se afastar de tudo, inclusive do affair que tem com uma operadora de câmera, Joddy (Emily Blunt). Um ano depois, após perder praticamente tudo, ele é chamado novamente para trabalhar em um filme, que Joddy está dirigindo, para gravar as cenas de ação do ator principal e seu velho amigo, Tom. Porém, tem um problema - Rayder está desaparecido.

“O filme tem uma dose de comédia que realmente cativa quem conhece a série, com contexto atualizado para hoje em dia. Sempre fico muito feliz de reprisar a voz da Emily, uma atriz que admiro e que possui uma presença muito forte em cena. Ela realmente se dedica a cada personagem e essa dedicação é a mesma que coloco no estúdio de dublagem”, comenta Fernanda.  

Em menos de um ano esse já é o “segundo” encontro de Manolo e Ryan Gosling, já que recentemente o dublador emprestou sua voz ao personagem Ken de Gosling na aclamada produção “Barbie”. "Assim como Fernanda comentou sobre Emily, Ryan também está na minha lista de atores que me alegram muito ao interpretar. Ele traz uma intensidade única para cada cena, e cada produção traz consigo um desafio extra, seja na sua colocação de voz, nos trejeitos ou até mesmo no sussurro, que varia de uma produção para outra. O filme possui muitas cenas de ação, e a magia da dublagem está em transmitir, na versão brasileira, a mesma intensidade do ator”, complementa o ator e dublador Manolo Rey. 

Leia também: .: Crítica: "O Dublê" é repleto de ação para homenagear quem se arrisca

Ambos os dubladores possuem carreiras consolidadas. Fernanda Baronne iniciou na dublagem ainda na infância. Seu primeiro papel de destaque ocorreu em 1991, ao dar voz à personagem Valéria na dublagem da primeira versão da novela mexicana "Carrossel", exibida pelo SBT naquele ano. A atriz, dubladora e diretora de dublagem ficou reconhecida por emprestar sua voz a diversas atrizes em famosos filmes, assim como em séries animadas de sucesso, como "Kim Possible" e "Digimon". Fernanda é a voz da personagem Vampira de "X-MEN" nas versões “Evolution” e em produções da franquia para o cinema. É a dubladora com mais trabalhos feitos interpretando Scarlett Johansson e, com “O Dublê”, coleciona seu nono trabalho com Emily Blunt. Fernanda também foi a dubladora nos dois trabalhos mais recentes de Emily, dublando em "Oppenheimer" e "Máfia da Dor”.  

Manolo Rey iniciou sua carreira após um curso de teatro no Tablado, no Rio de Janeiro, consolidando como seu primeiro trabalho “Os Aventureiros do Bairro Proibido”. Entre os destaques, Manolo tem no currículo ser o dublador oficial de Sonic the Hedgehog, além de ser a voz de Tobey Maguire na trilogia de filmes de "Homem-Aranha" dirigidos por Sam Raimi, de Will Smith na série "Um Maluco no Pedaço", de Gaguinho nas produções de Looney Tunes, de Michael J. Fox, de Seth Cohen em 'The O.C.', de Joaquim (Michel Gurfi) na telenovela mexicana 'Rebelde', e de Robin/Dick Grayson em várias animações, incluindo "Batman: The Animated Series", "Os Jovens Titãs" e "Os Jovens Titãs em Ação".

Leia também: .: Tudo sobre a série "Duro na Queda", que inspirou o filme "O Dublê"

Assista na Cineflix
Filmes de sucesso como "O Dublê" ("The Fall Guy") são exibidos na rede Cineflix CinemasPara acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SANO Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021.

domingo, 12 de maio de 2024

.: A Feira do Livro confirma mais 11 autores para a terceira edição


Festival a céu aberto acontece entre 29 de junho e 7 de julho e conta, até o momento, com 35 autores brasileiros e internacionais na programação principal. Imagem da Feira do Livro em 2023. Foto: Divulgação/Gabriel Guarany


A Feira do Livro, que chega à sua terceira edição em junho, apresenta mais 11 autores convidados para a programação principal. Realizada na praça Charles Miller, em frente à Mercado Livre Arena — Pacaembu, A Feira do Livro foi criada em 2022 pela Associação Quatro Cinco Um, organização sem fins lucrativos voltada para a difusão do livro, em parceria com a Maré Produções, empresa especializada em eventos e exposições de arte. A edição terá nove dias de duração e reunirá alguns dos principais destaques da cena literária brasileira e internacional para debates gratuitos, a céu aberto.

Entre as novidades estão dois nomes da cena literária argentina Betina González, autora de "Las Poseídas" ("Bazar do Tempo") e ganhadora do prêmio Tusquets e Michel Nieva, autor de "Dengue Boy" (editora Record), lançado em fevereiro deste ano no Brasil e contemplado pelo prêmio O. Henry, um dos mais reconhecidos dos Estados Unidos.

Em busca pela bibliodiversidade, um dos princípios que norteiam o evento, figuram na programação o psicanalista e professor Christian Dunker, o expoente da literatura periférica no Brasil Sérgio Vaz e a psicóloga indígena Geni Núñez. As escritoras brasileiras Adelaide Ivánova, Lilia Guerra e Julia de Souza também estão confirmadas e comentarão seus últimos romances publicados, que partem de narrativas sensíveis para tratar de questões sociais e íntimas.

Estreantes na ficção estão Pablo Casella, autor de "Contra Fogo" (Todavia), lançado em março, e Odorico Leal, autor de "Nostalgias Canibais" (Âyiné), a ser lançado no final de maio. Com mais de 100 convidados na edição anterior, a organização d’A Feira do Livro optou por divulgar os nomes em fatias ao longo do ano, com a programação completa a ser apresentada no final de maio. 

Os autores se apresentarão em dois palcos que funcionam simultaneamente, um deles montado na praça e outro no Museu do Futebol, parceiro da Feira do Livro. Neste ano, a organização também prevê palcos menores, para debates e lançamentos com dois ou três autores, em formato “pocket”, sempre mantendo o espírito de uma “aldeia” efêmera em pleno asfalto paulistano, nas palavras de Álvaro Razuk, diretor de arte e arquitetura. Além dos espaços de programação, A Feira do Livro tem mais de 150 expositores, entre editoras e livrarias, que vendem seus livros em tendas e bancadas montadas no meio da rua. 

Confira os convidados da terceira edição d’A Feira do Livro, confirmados até o momento: Adelaide Ivánova, Bernardo Esteves, Betina González,  Caetano W. Galindo, Camila Fabbri, Camila Sosa Villada, Christian Dunker, Claudia Piñeiro, Dan, Geni Núñez, Henry Louis Gates Jr., Iara Biderman, Jabari Asim, Jamaica Kincaid, João Moreira Salles, Julia de Souza, Lilia Guerra, Luiz Felipe de Alencastro, Mar Becker, Marcelo Viana, Marcos Bagno, Maria Adelaide Amaral, Martinho da Vila, Michel Nieva, Nara Vidal, Natalia Timerman, Odorico Leal, Pablo Casella, Rita Lobo, Rodrigo Hübner Mendes, Rosa Freire d'Aguiar, Sérgio Vaz, Stênio Gardel, Tatiana Salem Levy e Vera Iaconelli.


Quem faz A Feira do Livro
Associação Quatro Cinco Um é uma organização sem fins lucrativos dedicada a levar o livro para o centro do debate na sociedade brasileira. Seus principais projetos são a revista de crítica de livros Quatro Cinco Um, que tem edição impressa, digital, em podcasts e newsletters, a editora de livros Tinta-da-China Brasil, com foco em literatura e ensaio, e o festival literário A Feira do Livro, criado em parceria com a Maré Produções Artísticas no Pacaembu, em São Paulo. Maré Produções é um escritório de arquitetura especializado em exposições e feiras culturais. Entre as suas realizações recentes está a exposição internacional Amazônia, de Sebastião Salgado.

Serviço
A Feira do Livro
Data: de 29 de junho a 7 de julho de 2024
Local: Praça Charles Miller – Pacaembu – São Paulo/SP
Entrada Gratuita
Realização: Associação Quatro Cinco Um, Maré Produções e Ministério da Cultura e Governo Federal, por meio da Lei de incentivo à Cultura (Lei Rouanet)
Patrocínio: Itaú Unibanco e Redecard
Apoio: Dois pontos
Parceria de mídia: Revista Piauí
Parceiros: Museu do Futebol, Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativa do Estado de São Paulo, Associação Vaga Lume e Meliá São Paulo Higienópolis

sexta-feira, 10 de maio de 2024

.: Resenha de "Planeta dos Macacos: O Reinado", longa cheio de camadas

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em maio de 2024


Uma ficção clássica capaz de ainda provocar reflexões está em cartaz na "Cineflix Cinemas". Eis "Planeta dos Macacos: O Reinado", o quatro filme da trilogia "Planeta dos Macacos: A Origem" (2011), "Planeta dos Macacos: O Confronto" (2014) e "Planeta dos Macacos: A Guerra (2017)", lança a inversão intrigante de papéis entre macacos e humanos, levando o público a praticar a empatia quando o clã a que Noa (Owen Teague) pertence se aproxima da extinção.

Com direito a uma impecável trilha sonora capaz de dar mais emoção a cada cena de ação e suspense, permitindo, inclusive, que o público tenha a sensação de estar inserido na floresta com os protagonistas. Na boa trama dirigida por Wes Ball, sem pressa e com o nítido intuito de contar uma história hipoteticamente possível, humanos foram reduzidos a sobreviver e se esconder nas sombras. Tudo dá base e força para o vilão Proximus, equivocado e cheio de maldades egocêntricas.


Todavia, "Planeta dos Macacos: O Reinado" deixa certas situações levemente confusas ou incompletas, como por exemplo, o acesso ao tão desejado cofre, pelos "mocinhos" da história e também pelo vilão Proximus. O longa de 2h25 de duração reforça que o humano é um ser não muito confiável, sendo os animais muito mais puros e inocentes. 

A produção com roteiro de Josh Friedman, Rick Jaffa, Patrick Aison, Amanda Silver é cheio de camadas provocativas e efeitos especiais de primeira, seja nas expressões dos olhos, os pelos dos animais e, principalmente, nas cenas de embates ou quedas. Tudo contribui para a imersão na trama. Vale a pena conferir nas telonas Cineflix Cinemas!


Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 


"Planeta dos Macacos: O Reinado" ("Kingdom of the Planet of the Apes "). Ingressos on-line neste linkGênero: ação, aventuraClassificação: 14 anos. Duração: 2h25. Ano: 2023. Idioma original: inglês. Distribuidora: 20th Century Studios. Direção: Wes Ball. Roteiro: Josh Friedman, Rick Jaffa, Patrick Aison, Amanda Silver. Elenco: Owen Teague, William H. Macy, Freya Allan, Kevin Durand, Peter MaconSinopse: O longa realiza um salto no tempo após a conclusão da Guerra pelo Planeta dos Macacos. Muitas sociedades de macacos cresceram desde quando César levou seu povo a um oásis, enquanto os humanos foram reduzidos a sobreviver e se esconder nas sombras.


Leia+

quarta-feira, 8 de maio de 2024

.: "Planeta dos Macacos: O Reinado" estreia na Cineflix Cinemas de Santos!

Cena de "Planeta dos Macacos: O Reinado" que estreia na Cineflix Cinemas de Santos


A unidade Cineflix Cinemas Santos, localizada no Miramar Shopping, bairro Gonzaga, estreia o longa de ação "Planeta dos Macacos: O Reinado"Seguem em cartaz os sucessos de bilheteria como o longa de ação "O Dublê", a animação "Garfield: Fora de Casa" e "The Chosen: Os Escolhidos", o filme de ação bélica "Guerra Civil" e o drama de romance caótico "Rivais". Programe-se e confira detalhes abaixo! 

A pré-venda dos ingressos para o longa de ação "Furiosa", que estreia em 23 de maio, está aberta. Garanta os ingressos pela internet antecipadamente aqui: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.

O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.

Estreia da semana na Cineflix Santos

"Planeta dos Macacos: O Reinado" ("Kingdom of the Planet of the Apes "). Ingressos on-line neste linkGênero: ação, aventuraClassificação: 14 anos. Duração: 2h18. Ano: 2023. Idioma original: inglês. Distribuidora: 20th Century Studios. Direção: Wes Ball. Roteiro: Josh Friedman, Rick Jaffa, Patrick Aison, Amanda Silver. Elenco: Owen Teague, William H. Macy, Freya Allan, Kevin Durand, Peter MaconSinopse: O longa realiza um salto no tempo após a conclusão da Guerra pelo Planeta dos Macacos. Muitas sociedades de macacos cresceram desde quando César levou seu povo a um oásis, enquanto os humanos foram reduzidos a sobreviver e se esconder nas sombras.

Sala 3 (dublado) - De 9 a 15 de maio: 15h00
Sala 3 (legendado) - De 9 a 15 de maio: 18h00 - 21h00


Seguem em cartaz na Cineflix Santos


"Garfield: Fora de Casa" ("Garfield The Movie"). Ingressos on-line neste linkGênero: infantil, comédiaClassificação: livre. Duração: 1h41. Ano: 2024. Distribuidora: Sony Pictures Motion Picture Group. Direção: Mark Dindal. Roteiro: David Reynolds, Paul A. Kaplan, Mark Torgove. Dublagem original: Chris Pratt, Nicholas Hoult, Hannah Waddingham, Brett Goldstein, Cecily Strong, Bowen Yang e Luke Cinque-WhiteSinopse: Garfield tem um reencontro inesperado com seu pai, que estava há muito tempo desaparecido - um gato de rua todo desengonçado que atrai o filho para um assalto de alto risco. Confira os horários: neste link


"O Dublê" ("The Fall Guy"). Ingressos on-line neste linkGênero: ação, comédia, dramaClassificação: 14 anos. Duração: 2h05. Ano: 2024. Distribuidora: Universal Studios. Direção: David Leitch. Roteiro: Drew Pearce. Elenco: Ryan Gosling, Emily Blunt, Aaron Taylor-JohnsonSinopse: O dublê Colt Seavers volta à ação quando uma estrela de cinema desaparece de repente. À medida que o mistério se aprofunda, Colt se envolve em uma trama sinistra que o leva à beira de uma queda mais perigosa do que qualquer uma de suas acrobacias. Confira os horários: neste link

Trailer de "O Dublê"

"The Chosen: Os Escolhidos" ("The Chosen"). Ingressos on-line neste linkGênero: religiosoClassificação: 12 anos. Duração: 2h08. Ano: 2024. Distribuidora: Paris FilmesSinopse: Exibição dos episódios 3 e 4 da 4ª temporada da série The Chosen. Confira os horários: neste link



"Rivais" ("Challengers"). Ingressos on-line neste linkGênero: esporte, romance, dramaClassificação: 14 anos. Duração: 2h11. Ano: 2024. Idioma original: inglês. Distribuidora: Amazon MGM Studios, Warner Bros. Pictures. Direção: Luca Guadagnino. Roteiro: Justin Kuritzkes. Elenco: Zendaya, Josh O'Connor, Mike FaistSinopse: Um campeão de tênis do Grand Slam se vê do outro lado da rede do outrora promissor e agora esgotado Patrick, seu ex-melhor amigo e ex-namorado de sua esposa. Confira os horários: neste link

Trailer de "Rivais"



"Guerra Civil" ("Civil War"). Ingressos on-line neste linkGênero: drama bélico, açãoClassificação: 14 anos. Duração: 1h49. Ano: 2023. Idioma original: inglês. Distribuidora: A24, Diamond Films. Direção: Alex Garland. Roteiro: Alex Garland. Elenco: Kirsten Dunst, Wagner Moura, Cailee Spaeny, Stephen McKinley Henderson, Sonoya Mizuno, Nick OffermanSinopse: Num futuro próximo, uma equipe de jornalistas viaja pelos Estados Unidos durante uma guerra civil em rápida escalada que envolveu toda a nação. Confira os horários: neste link

Trailer de "Guerra Civil"


terça-feira, 7 de maio de 2024

.: Vera Holtz e Guilherme Leme Garcia retomam Albert Camus no teatro


"O Estrangeiro - Reloaded" é um espetáculo apresentado pelo Ministério da Cultura, Governo Federal com patrocínio por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura - Lei Rouanet e Teatro Vivo. Uma adaptação do livro do escritor, jornalista e filósofo franco-argelino Albert Camus (1913-1960), Prêmio Nobel de Literatura em 1957, lançado em 1942. Foto: Gustavo Leme


Era Natal de 2008 na Dinamarca. Guilherme Leme Garcia e Vera Holtz conheceram juntos a versão da mais conhecida obra de Albert Camus adaptada pelo ator, diretor e amigo dinamarquês Morten Kirkskov. Guilherme já gostava do livro e ficou encantado com a possibilidade de levar "O Estrangeiro" aos palcos. Vera aceitou estrear na direção. Juntos, criaram a primeira montagem do clássico do escritor no Brasil.

O processo levou dois anos de maturação com leituras dramatizadas realizadas para amigos, críticos literários, diretores e público, no Rio e em São Paulo.  Após 15 anos da primeira e bem-sucedida montagem, sucesso de público e crítica, que circulou por quatro anos pelo Brasil e se encerrou no Festival de Edimburgo em 2012, Vera Holtz e Guilherme Leme Garcia, se juntam novamente para darem nova roupagem e emprestar novo olhar, remixado e recarregado de novos sentidos, à obra prima da literatura mundial. "O Estrangeiro - Reloades", de Albert Camus, volta aos palcos mostrando todo seu potencial contemporâneo repleto de existencialismo, humanismo e teatralidade a partir de 16 de maio, no Teatro Vivo.

Meursault, o personagem central de "O Estrangeiro", leva uma vida banal; recebe a notícia da morte da mãe, comete um crime, é preso, julgado, em meio à controversa relação entre o indivíduo e a lei, sendo assim mais um homem arrastado pela correnteza da vida e da história. Seu drama pode ser lido como o drama de qualquer pessoa, que se depara com o absurdo, ponto central da obra de Albert Camus.

Na trama, Meursault não encontra explicação nem consolo para o que acontece em sua trajetória, tudo acontece à sua revelia e nada faz o menor sentido. Ele não acha explicação na fé, religião ou ideologia, não tem onde se amparar. O que pode ser visto como uma vantagem: esse homem é livre, pode se fazer a si mesmo, sua vida está em aberto. Ele se depara, e se angustia, diante da liberdade e do absurdo, e quando descobre que essas duas condições são intrínsecas, finalmente encontra a paz.

“Quinze anos se passaram desde que desenhei Mersault na primeira montagem. Nesses anos tanta história se passou no mundo e na minha vida que é quase impossível pensar essa peça e esse personagem sem contar com tantos novos desafios que se apresentam frente ao nosso pensamento. Uma nova encenação se faz necessária para que a visualidade cênica venha cheia de vitalidade e atualidade, um Mersault ainda mais simples e ao mesmo tempo mais sofisticado se torna imprescindível para que eu possa pensar uma interpretação mais vertical e contundente”, diz Leme Garcia.

O conflito existencial do protagonista Mersault é parte da filosofia do absurdo de Camus tratada em seus ensaios "O Mito de Sísifo" (1942) e "O Homem Revoltado" (1951), tornando fundamental o entendimento da tese do absurdo de Camus para esta tentativa de compreender moral e eticamente o personagem Mersault e a obra "O Estrangeiro". O nome Meursault foi composto pensando na fonética francesa das palavras morte (mort) e sol (soleil). Mas, antes do Meursault de "O Estrangeiro", existiu Patrice Mersault, personagem de "A Morte Feliz", primeiro romance de Camus, que só foi lançado após a sua morte.

"O Estrangeiro", publicado em maio de 1942, em meio à Segunda Guerra Mundial, foi logo reconhecido como um divisor de águas na história da literatura, pois representava uma ruptura formal com o romance do século 19 e uma nova forma de apreender o mundo que sairia transformado após o final do conflito. Camus colocava seu leitor diante do absurdo da existência. Mas apesar do tema filosófico, a narrativa em nada se aparentava a um romance de tese.


Ficha técnica
Monólogo "O Estrangeiro - Reloaded"
Texto: Albert Camus
Adaptação: Morten Kirkskov
Tradução: Liane Lazoski
Direção: Vera Holtz
Performance: Guilherme Leme Garcia
Desenho de luz: Aline Santini
Figurino: João Pimenta
Movimento: Renata Melo
Trilha sonora: Zema Tämatchan
Identidade Visual: Roger Velloso
Fotos: Gustavo Leme
Assessoria de imprensa: Adriana Monteiro
Assistente de direção e Produção Executiva: Sofia Papo
Direção de produção: Sérgio Saboya


Serviço
Monólogo "O Estrangeiro - Reloaded"
De 16 de maio a 27 de Junho
Teatro Vivo - Avenida Doutor Chucri Zaidan, 2460 - Morumbi, São Paulo - São Paulo
Terças, quartas e quintas-feiras, às 20h00
Duração: 60 minutos
Classificação: 16 anos
Ingressos: R$120

O ingresso Preço Popular é válido para todos os clientes e segue o plano de democratização da Lei Rouanet, havendo uma cota deste valor promocional por sessão. O comprovante de meia entrada deverá ser apresentado na entrada do espetáculo.
Bilheteria: 11 3430-1524 - Funcionamento somente nos dias de peça duas horas antes da apresentação
Ponto de Venda Sem Taxa de Conveniência: Av. Dr. Chucri Zaidan, 2460 (antigo 860) – Morumbi
Estacionamento no local:Valor R$25 - Funcionamento: 2h antes da sessão até 30 minutos após o término da apresentação.
Importante: comprovante de meia entrada e de qualquer outro benefício de descontos deverá ser apresentado na entrada do teatro. A falta ou não apresentação de documento válido resultará no pagamento da diferença de valor do ingresso;
Não será permitida a entrada após o início do espetáculo. Não havendo a devolução do valor nem troca de ingressos para outro dia ou outra sessão;
Não será permitida a entrada no teatro portando, alimentos ou outras bebidas.
Teatro Vivo - Av. Chucri Zaidan, 2460 – Morumbi, São Paulo-SP

Meia-entrada
Estudantes - mediantes apresentação da Carteira de Identificação Estudantil (CIE) - Modelo único, emitida pelas entidades oficiais.
Professores e funcionários - das redes estadual e municipal de ensino de São Paulo mediante apresentação da Carteira Funcional ou Demonstrativo de Pagamento, acompanhado de documento oficial com foto.
Idosos - pessoas com idade superior a 60 anos mediante apresentação do documento de identidade oficial com foto.
Pessoas com necessidades especiais - mediante apresentação do Cartão de Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social da Pessoa com Deficiência, documento emitido pelo INSS ou holerite que comprove a aposentadoria, acompanhado de documento oficial com foto.

.: Peça teatral luso brasileira dirigida por Cássio Scapin terá só 4 apresentações


Luísa Ortigoso e Beto Coville da companhia Teatro Livre, de Portugal, protagonizam texto inédito de Cassio Junqueira e revelam lado humano de personagens pitorescos do nosso imaginário popular. Fotos: Daniel Fernandes e Sandra Cepinha


Uma coprodução Brasil-Portugal, o espetáculo "O Filho da Rainha e A Mãe do Rei" traz atores Luísa Ortigoso e Beto Covill, da companhia Teatro Livre, de Portugal, para a estreia inédita no Brasil. Com direção de Cassio Scapin e texto inédito de Cássio Junqueira, a montagem mergulha na complexa a relação entre mãe e filho para tratar de questões como hierarquia, poder, estado, nação e patriarcado. A peça também aborda temas como a dificuldade da mulher em ocupar lugares de poder, a luta por igualdade de direitos, as relações familiares permeadas por poder e dinheiro e a necessidade de superar os pais na hora de governar. As apresentações acontecem entre os dias 9 a 12 de maio, de quinta-feira a sábado, às 21h00, e domingo, às 19h00, no Teatro Alfredo Mesquita. 

Inspirado na vida de Dona Maria I e do seu filho Dom João VI, monarcas de Portugal e do Brasil colonial, o espetáculo O Filho da Rainha e A Mãe do Rei mergulha na complexa a relação entre mãe e filho para tratar de questões como hierarquia, poder, estado, nação e patriarcado. O texto propõe uma abordagem crítica, convidando o espectador a interpretar as personagens através de uma lente contemporânea destacando a relação entre mãe e filho, capaz de conectar de nobres a plebeus, antigos e contemporâneos. Além disso, o texto também vai abordar o lado humano, frágil e visceral encoberto pela pompa e pela caricatura dessas figuras tão pitorescas no nosso imaginário: a rainha louca e o rei comilão.

A dificuldade da mulher em ocupar lugares de poder em uma sociedade machista, a luta por igualdade de direitos, as relações familiares permeadas por poder e dinheiro e a necessidade de superar os pais na hora de governar são alguns dos temas que trazem diferentes vernizes a essa história de mãe e filho tão importantes para Portugal e o Brasil. Dona Maria I, conhecida como "a Rainha Louca", é uma das personagens históricas mais interessantes dos nossos países, conta o autor, que se inspirou na biografia da rainha, mas também nas histórias de outras mulheres para abordar a relação feminina com o poder. “Se uma mulher se impõe com mais energia, ainda é comum ser considerada louca”, diz Junqueira.

A encenação é calcada no entendimento do texto, explica Scapin. “É uma peça de relação, na qual os atores precisam oscilar da pessoa instituição para a pessoa humana. E essa dualidade que mistura e repele ao mesmo tempo é muito interessante de se ver no palco”, conta o diretor. A capacidade de discutir várias tramas em uma história atraiu Luísa Ortigoso. “Havia muitas camadas para desbravar: a mulher, a mãe, a rainha, a mulher no poder em um mundo de homens e para homens. Para mim, estas questões foram mais interessantes de trabalhar do que tentar um retrato realista da personagem”, conta a atriz portuguesa, que desembarca no Brasil pela segunda vez.

Para o ator Beto Coville, a humanização dos personagens provocou um grande sentimento de redenção e comoção, que ele espera ver refletidos no público.  Para construir seu D. João, ele buscou os conflitos psicológicos mais intrigantes, como o complexo de “patinho feio” por estar à sombra do irmão mais velho ou em um casamento sabidamente infeliz. Falar deste período histórico marcado pela vinda da corte portuguesa para o Brasil em um momento em que o fluxo migratório tem sido o contrário é outro ponto que pode despertar reflexão no público, espera Scapin. “É importante que as pessoas repensem a história e joguem luz sobre algumas questões que construíram o nosso presente, uma história que merece ser olhada de diversas maneiras, mas não apagada”.

A montagem partiu de um convite do ator Beto Coville, brasileiro radicado em Portugal, para Cássio Scapin, com quem já havia trabalhado na década de 1980. “Em 2020, dois anos antes das comemorações dos 200 anos da independência do Brasil, a nossa companhia de teatro daqui, Teatro Livre, resolveu fazer um espetáculo entre dois continentes, uma coprodução. Fornecemos os nossos pontos de vista e os livros, Dona Maria I -  A Rainha Louca, da Luisa Boléo e As Lágrimas de Dom João, de Alice Lázaro, para ser a base da peça”, conta.

Com apoio do Ministério da Cultura de Portugal, o espetáculo estreou no Palácio da Ajuda em 2022 e foi apresentado no Teatro Meridional em 2023. Agora, em parceria com os produtores Dani Angelotti e André Acioli, a Cia. Teatro Livre faz sua estreia no Brasil incentivada pelo programa de internacionalização do Ministério da Cultura com a DGArtes e apoio da Secretaria de Cultura do Município de São Paulo.

Sinopse de "O Filho da Rainha e A Mãe do Rei"
Uma mãe e um filho. Ela rainha e Ele que, não sendo primogênito, não nasceu para ser rei. O primogênito amado morreu. Agora, com o tempo, a idade e a vida, a cabeça da mãe rainha lembra apenas o que a mantém viva. E esse filho rei desabrocha, cresce e corta aos poucos o cordão real que o mantinha em segundo plano, assumindo o seu posto e construindo um reinado que deixou marca nos dois continentes onde foi soberano.


Ficha técnica
Espetáculo "O Filho da Rainha e A Mãe do Rei". Texto: Cássio Junqueira. Direção: Cássio Scapin. Elenco: Luísa Ortigoso e Beto Coville. Assistência de Direção: Inês Oneto. Cenografia: Eurico Lopes. Figurinos: Fábio Namatame. Música: Davide Zaccaria. Desenho de Luz: Pedro Santos. Fotos: Daniel Fernandes e Sandra Cepinha. Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli. Designer Gráfico Portugal: André Vaz/ Innovdesigner. Produção Portugal: Helena Veloso e Nuno Pratas. Produção Brasil: André Acioli e Dani Angelotti. Realização: Teatro Livre e Cubo Produções.

Serviço
Espetáculo "O Filho da Rainha e A Mãe do Rei".  Estreia dia 9 de maio, quinta, às 21h no Teatro Alfredo Mesquita. Temporada: De 9 a 12 de maio de 2024 - Quinta a sábado, às 21h, e domingo, às 19h. Classificação: 10 anos. Duração: 60 minutos. Teatro Alfredo Mesquita - Av. Santos Dumont, 1770 – Santana/São Paulo. Ingressos: R$30 (inteira) e R$15 (meia-entrada). Vendas online: Sympla - https://www.sympla.com.br/produtor/ofilhodarainhaeamaedorei.Bilheteria presencial: 1 hora antes de cada sessão. Capacidade: 198 lugares. Acessibilidade: o Teatro é acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida na plateia.

segunda-feira, 6 de maio de 2024

.: Natércia Pontes e a Copacabana que você nunca leu em livro de contos


Idílica, caótica, nostálgica, improvável. Os contos reunidos no livro "Copacabana Dreams" escrito por Natércia Pontes mostram o bairro de Copacabana como você nunca viu. Lançada pela Companhia das Letras, esta nova edição do livro de estreia da autora do romance "Os Tais Caquinhos", com apresentação de Letrux e Arthur Braganti.

A quitinete onde este livro foi escrito - cravada entre a rua Tonelero e a Barata Ribeiro, no coração de Copacabana - serviu de pouso para uma jovem vinda de Fortaleza que desembarcou no Rio de Janeiro com olhos e ouvidos ávidos em busca de boas histórias. Aos 24 anos, tudo ao seu redor era fascinante: as vitrines, os sebos, as locadoras de vídeo, as lojas de peruca Lady, os bares, os inferninhos. As pochetes, a maquiagem derretida no calor, os chapéus escandalosos, os vestidos de elastano, o esmalte vermelho descascado, os frangos de padaria, os sanduíches gordurosos, o chope na pressão.

Entre a prosa e a poesia, o banal e o extraordinário, a crônica e a fotografia instantânea, "Copacabana Dreams", lançado originalmente em 2012, recebeu altos elogios da crítica e foi finalista do prêmio Jabuti na categoria contos. A nova edição do livro de estreia de Natércia Pontes traz de volta para as prateleiras seu olhar a um só tempo cômico e trágico, pop e lírico, amoroso e cruel, e pinta um retrato apaixonante de uma cidade. Compre o livro "Copacabana Dreams", de Natércia Pontes, neste link. 

O que disseram sobre o livro

"Tudo ali é pequeno, canhestro e vulgar - não fosse também perdidamente humano. Triste pra burro e belo, belíssimo. É essa a grandeza de 'Copacabana Dreams'." - Beatriz Bracher

"As situações, os cenários e os personagens de Copa nunca são menos do que tresloucados, e são tão fascinantes quanto inquietantes. Nada aqui é óbvio ou previsível. Não só a voz de Natércia é única: sua imaginação também não encontra paralelos." - Camila Von Holdefer

"Sem dormir, ela sonhava acordada e confabulava essas pérolas que viraram esse livro, que pra mim é puro deslumbre. Lembro de não querer que acabasse e, quando acabou, já reli de cara, tamanho assombro e frisson me causou." - Letrux

"'Copacabana Dreams' é um brinde embrulhado em celofane neon, um agrado dourado àqueles que já viraram vapor e podem passear por tudo que é lado." - Arthur Braganti


Sobre a autora

Natércia Pontes nasceu em 1980, em Fortaleza, viveu no Rio de Janeiro, onde fez faculdade de radialismo, e atualmente mora em São Paulo. É autora do romance "Os Tais Caquinhos" (Companhia das Letras, 2021) e de "Copacabana Dreams" (publicado originalmente pela Cosac Naify, em 2012, reeditado pela Companhia das Letras em 2024). Garanta o seu exemplar de "Copacabana Dreams" escrito por Natércia Pontes , neste link.

.: "Caio em Revista" traz para o teatro textos inéditos de Caio Fernando Abreu


Os textos que compõem o roteiro abordam a relação de Caio com a cidade de São Paulo, memórias da infância e da juventude, a visão crítica da sociedade e dos tipos urbanos que a compõem. Foto: Gilberto Perin


“Gentalha adora ruído e fica úmida com aquela britadeira que ocupa espaço dentro do seu cérebro sem permitir pensar. Aliás, gentalha que é gentalha pensa pouco ou quase nada. Mas, como fala muito, às vezes engana”. (Caio Fernando Abreu para a revista "AZ")

Espetáculo solo do ator Roberto Camargo, dirigido por Luís Artur Nunes, "Caio em Revista" põe em cena textos inéditos de Caio Fernando Abreu. Engraçadíssimos, com altas doses de ironia e sarcasmo, as crônicas publicadas em revistas, como a "Around", depois "AZ", sucessos editoriais de Joyce Pascowitch, fazem um retrato dos anos 80, com as suas questões sexuais, sociais e de mudança de comportamento. Dias 11, 18 e 25 de maio, sábados, às 17h00, no Teatro Viradalata.

As vidas de Roberto Camargo, Luís Artur Nunes e Caio Fernando Abreu se cruzaram definitivamente em Paris, no início dos anos 90, e os encontros se repetiram até a morte precoce do escritor em 1996, aos 47 anos. "A Maldição do Vale Negro", texto de Luíz Artur Nunes, em colaboração com Caio Fernando Abreu, recebeu o Prêmio Molière de melhor autor em 1988.  

A ideia do espetáculo "Caio em Revista" surgiu em uma homenagem para o escritor, quando Roberto Camargo, um dos fundadores da "Terça Insana", em meio aos textos mais densos e conhecidos de Caio trouxe “Bolero”, uma crônica escrita para a revista "AZ", editada por Joyce Pascowitch, que comandou uma revolução editorial nos anos 80, trazendo personagens e a efervescente cena cultural de São Paulo para as suas páginas e capas. Ao lado de Caio, trabalhavam para as suas publicações a fotógrafa Vania Toledo, o jornalista Antonio Bivar e o artista Guto Lacaz, que assinava a direção de arte e que agora, em "Caio em Revista" irá assinar o cenário e toda a parte gráfica.

Os textos que compõem o roteiro abordam a relação de Caio com a cidade de São Paulo, suas memórias da infância e da juventude, sua visão crítica da sociedade e dos tipos urbanos que a compõem, como o bar Ritz, a novela "Vale Tudo", a boite Madame Satã e as músicas de Rita Lee, Madonna e Chet Baker. Tudo isso temperado com a ironia fina e o humor cáustico e requintado que caracterizaram a vida e a obra do escritor, uma pessoa à frente do seu tempo, ligado em questões que só muito mais tarde viriam a ser discutidas.


“Sexo hoje em dia, para mim, é uma palavra envolta em brumas ainda mais densas do que as de Avalon. Um assunto pré-histórico, algo que as pessoas costumavam fazer umas com as outras antes que isso fosse considerado fatal.”
(Caio Fernando Abreu)


Em cena, Roberto será porta voz de Caio nos textos mais pessoais, falando em primeira pessoa sem qualquer tentativa de reproduzir as características físicas e vocais de Caio. Uma outra voz abarca dois heterônimos criados por Caio:  as colunistas Nadja de Lemos e Terezinha O’Connor, figuras femininas (dentro de uma estética “camp”, é claro), que fazem uma crônica dos tipos humanos e comportamentos da fauna urbana da São Paulo (ou de qualquer megalópole) dos anos 80, revelando uma percepção aguda a apontar um dedo (de longa unha vermelho-ciclâmen) para as idiossincrasias da sociedade alternativa da época.


“Naja é aquela pessoa que faz ou diz maldades com classe, elegância, charme, inteligência, sabedoria e humor. Uma najice dói feito ácido porque é verdadeiríssima.” (Caio Fernando Abreu)

Em "Caio em Revista" teremos um Caio Fernando Abreu um tanto diverso daquele intérprete das angústias e do mal-estar no mundo de sua geração. Roberto Camargo vestirá a roupa de um Caio memorialista e poético, de um Caio humorista e cronista, de um Caio cheio de graça e de luz.


Ficha técnica
Monólogo "Caio em Revista"
Textos: Caio Fernando Abreu
Roteiro e Atuação: Roberto Camargo
Direção: Luís Artur Nunes
Assistência de direção: Patrícia Vilela
Projeto gráfico: Guto Lacaz
Iluminação: Claudia de Bem
Figurino: Mareu Nitschke
Trilha Sonora: Roberto Camargo e Luís Artur Nunes
Edição de Trilha Sonora: André Omote
Direção de Produção: COLAATORES e Splendore Produções Produtor de Parcerias
Gênero: comédia
Indicação etária: 14 anos
Duração: 60 minutos

Serviço
Monólogo "Caio em Revista"
Temporada: dias 11, 18 e 25 de maio, sábados, às 17h00
Ingressos: R$ 80,00 | R$ 40,00
Bilheteria abre duas horas antes do espetáculo
Link para compra on-line: https://bileto.sympla.com.br/event/92820/d/250020
Teatro Viradalata | 240 lugares
Rua Apinajés, 1387 – Sumaré/São Paulo
Teatro com acessibilidade

sábado, 4 de maio de 2024

.: Regina Braga e Isabel Teixeira voltam com “São Paulo”, no Teatro Bravos


Grande sucesso de público e crítica, espetáculo teatral cheio de música, poesia, bom humor e histórias curiosas é uma celebração à cidade, sua gente e seus artistas. Esta é a última chance para ver Regina Braga em espetáculo que celebra São Paulo. Foto: Roberto Setton


Quem ainda não assistiu tem agora uma última chance de ver o espetáculo "São Paulo", estrelado por Regina Braga e dirigido por Isabel Teixeira.  O espetáculo poderá ser visto em todos os sábados e domingos de maio (de 4 a 26), na Sala Multiuso do Teatro Bravos (Complexo Aché Cultural, Rua Coropés, 88, Pinheiros). Ingressos já à venda online (https://bileto.sympla.com.br/event/93269) ou nas bilheterias do teatro.

Ao ver "São Paulo", o público descobre histórias encantadoras, garimpadas ao longo de anos, sobre uma cidade que assusta, desafia, acolhe, estimula e sempre surpreende. Dividindo o palco com Regina, um grupo músicos e atores formado por Xeina Barros (voz e percussão), Alfredo Castro (voz e percussão), Vitor Casagrande (voz, cavaquinho e bandolim) e Gustavo de Medeiros (voz e violão) traz à tona versos, contos e melodias que mostram uma cidade única, contraditória, misteriosa e muito divertida.

Desde a sua fundação, em 25 de janeiro de 1554, na área conhecida como Campos de Piratininga, entre os rios Anhangabaú e Tamanduateí, onde já existia o Pateo do Colégio, a cidade de São Paulo tem vivido contínuas transformações, sempre acolhendo quem chega, multiplicando sua diversidade e acelerando sua evolução. Esta cidade ocupa o papel de personagem principal do espetáculo, que reúne histórias deliciosas como o relato do Padre José de Anchieta sobre subir a serra do mar (a pé!), a visão poética de Itamar Assumpção sobre o Rio Tietê, a reflexão de Drauzio Varella sobre os passarinhos (bem-te-vis, tico-ticos, sanhaços, sabiás...) que, teimosos, ainda insistem em morar na cidade, e outras preciosidades escritas por ninguém menos que José Miguel Wisnik, Mario de Andrade, Oswald de Andrade, Paulo Prado, Castro Alves, Paulo Caruso, Guilherme de Almeida, Plínio Marcos, José Ramos Tinhorão, Alcântara Machado, German Lorca, Frei Gaspar da Madre de Deus, Carlos Augusto Calil, Paulo Bonfim e Pedro Corrêa do Lago.

A ideia do espetáculo começou a tomar forma há dez anos, estimulada pela leitura do livro A Capital da Solidão, de Roberto Pompeu de Toledo. “Com este livro, a minha relação com a cidade mudou, passou a ser mais amorosa, de afeto mesmo, buscando entender os lugares descritos no livro, como a forca que existia na Liberdade”, revela Regina, que chegou em São Paulo aos 18 anos de idade e, como ela mesma diz, “foi ficando”. São Paulo, uma cidade que nasceu isolada, escondida e assim permaneceu por quase quatro séculos.

Ao longo da peça, (re)descobrimos a transformação da pacata vila com o ciclo do café, que fomentou estradas de ferro e estimulou a imigração; a fundação da Faculdade de Direito no largo de São Francisco, que impactou definitivamente em sua vida cultural e de lazer; o crescimento da cidade para além dos rios Tietê e Pinheiros; o surgimento das periferias a partir dos anos 30 e sua imensa força braçal e cultural; o carnaval do jeito bem paulistano e suas primeiras escolas de samba...

“A evidente paixão de Regina pela cidade de São Paulo é contagiante, conduz o fio narrativo e envolve completamente quem assiste ao espetáculo”, afirma a diretora Isabel Teixeira. Este afeto e este encantamento motivaram uma extensa pesquisa sobre a cidade e o que se escreveu e se cantou sobre ela, com inúmeras ideias anotadas - uma a uma, ano após ano - em um caderninho. Um processo de construção narrativa realizado com as pessoas e para as pessoas, que foi incorporando referências que vieram à tona em uma série de leituras realizadas na Casa de Mario de Andrade, na Biblioteca Mario de Andrade, na Casa das Rosas e em oito exibições no YouTube.

A própria Regina, responsável pelo roteiro, organizou tudo sobre uma ampla mesa, peça central no processo de criação e que acabou sendo o principal elemento cenográfico na montagem teatral, em volta da qual casos e lembranças são compartilhados e ganham calor, cor e som, como acontece mesmo em uma acolhedora mesa de roda de samba, daquelas que adoramos em um boteco ou no quintal de casa. Entre as pérolas resgatadas, São Paulo, Chapadão da Glória (Silas de Oliveira e Joaci Santana), Samba Abstrato (Paulo Vanzolini), Viaduto de Santa Efigênia (Adoniran Barbosa), O Mundo (André Abujamra), No Sumaré (Chico César), Vira (Renato Teixeira), Persigo São Paulo (Itamar Assumpção), entre outras. “A Regina é uma artista muito completa: escreve, canta, produz, sempre muito viva e inquieta. Eu me reconheço nessa inquietação”, complementa Isabel.

E é por inquietação e afeto que Regina compartilha também algumas de suas lembranças da cidade, como as chegadas de trem na Estação da Sorocabana (como era conhecida a estação Júlio Prestes), os jardins floridos dos casarões da Av. Angélica, a elegância nas ruas, a garoa, as águas que sumiram embaixo do cimento, com os rios subterrâneos e retificados, a efervescência do centro da cidade e de teatros como o Maria Della Costa, o Arena e o Oficina, a Escola de Arte Dramática que funcionava onde hoje é a Pinacoteca, as - também teimosas! - árvores da cidade: ipês brancos, roxos, amarelos; flamboyants vermelhos, alaranjados; tipuanas; jacarandás mimosos; sibipirunas com flores amarelas que imitam canários... Uma cidade sempre viva, estimulante e aberta, como o próprio espetáculo, como seus próprios habitantes. Parafraseando Itamar Assumpção, não é (só) amor, é uma identificação absoluta. São Paulo é Regina, São Paulo somos nós.


Sinopse do espetáculo "São Paulo"
Espetáculo teatral que passeia pelos encantos, mistérios e fatos curiosos da cidade de São Paulo, sua formação, suas transformações, sua gente, suas contradições, sua força. A cidade de São Paulo como personagem principal que ganha vida em textos e músicas garimpados ao longo de uma extensa pesquisa, apresentados de forma divertida, leve e surpreendente.


Sobre a atriz Regina Braga
Atriz formada pela EAD – Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo (USP), Regina Braga recentemente deu vida à psicanalista Ana Virgínia, na novela "Um Lugar ao Sol", na Rede Globo, onde participou também de "Por Amor", "Mulheres Apaixonadas", "Ti-ti-ti", "A Lei do Amor" e da série "JK". Atuou em mais de trinta espetáculos teatrais, entre eles "Chiquinha Gonzaga, Ô Abre Alas", de Maria Adelaide Amaral; "Uma Relação Tão Delicada", de Loleh Bellon; "À Margem da Vida", de Tennessee Williams; "Um Porto para Elizabeth Bishop", de Marta Goes. Por esses espetáculos, recebeu os prêmios de melhor atriz do ano. Nos últimos anos, em parceria com Isabel Teixeira, apresentou "Desarticulações", de Silvia Molloy e "Agora Eu Vou Ficar Bonita", escrito por ela e Drauzio Varella. Regina também integrou o elenco da série "Alice", na HBO.


Isabel Teixeira
Atriz formada pela EAD, foi assistente de Regina Braga no espetáculo "Totatiando", com Zélia Duncan (2011), dirigiu "Desarticulações", com Regina Braga e texto de Sylvia Molloy (2013); "Tudo Esclarecido", show de Zélia Duncan (2013); "Animais na Pista", de Michelle Ferreira (2014); "Agora Eu Vou Ficar Bonita", com Regina Braga e Celso Sim, roteiro de Regina Braga e Drauzio Varella (2014); "Fim de Jogo", de Samuel Beckett, com Renato Borghi (2016); "Lovlovlov, Peça Única em Cinco Choques", (2016); e "A Mulher que Digita", de Carla Kinzo (2017). Como atriz, atuou em "Puzzle (A, B, C e D)", sob a direção de Felipe Hirsch (2014); e "E Se Elas Fossem Para Moscou?", cumprindo temporada ao redor do mundo até 2020. Foi contratada, como integrante da Cia. Vértice de Teatro, pelo Teatro Odeon de Paris e pelo Le Centquatre-Paris para atuar no espetáculo "Ítaca", de Christiane Jatahy, que estreou em Paris em abril de 2018. Ganhou o prêmio Shell de Melhor Atriz por "Rainha(s)" (2009). Em 2019, escreveu e dirigiu a peça "People vs People",  que estreou em novembro de 2019, em Curitiba. Fez parte do elenco da série "Desalma", de Ana Paula Maia, direção de Carlos Manga Junior, e da novela "Amor de Mãe", de Manuela Dias, direção de José Villamarin. Recentemente, chamou a atenção de todo o Brasil pelo seu desempenho como a personagem Maria Bruaca, na novela "Pantanal" (Rede Globo), com direção de Rogério Gomes, e como Helena no remake da novela "Elas por Elas" (Rede Globo).


Ficha técnica
Monólogo "São Paulo". Elenco: Regina Braga, Vitor Casagrande, Gustavo de Medeiros, Alfredo Castro e Xeina Barros | Direção: Isabel Teixeira | Assistente de direção: Aline Meyer | Roteiro: Regina Braga | Colaboração no roteiro: Isabel Teixeira, Aline Meyer, Vitor Casagrande, Alfredo Castro, Guilherme Girardi e Mônica Sucupira | Colaboração artística: Monique Gardenberg | Iluminação: Beto Bruel | Cenografia e Figurino: Simone Mina | Assistente de Cenografia: Vinicius Cardoso | Gravuras: ateliê Fora de Esquadro – Isabel Teixeira (a partir de arquivos antigos, acervo pessoal e fotos de German Lorca) | Projeto Gráfico: Alexandre Caetano e Júlia Gonçalves (Oré Design Studio) | Fotos: Roberto Setton | Vídeo: Gislaine Miyono e Michel Souza | Operação de som: Alexandre Martins/ Pedro Semeghini | Operador de luz: Taiguara Chagas | Assessoria de Imprensa: Fernando Sant’ Ana | Produção Executiva: Rick Nagash | Produtora-Chefe: Anayan Moretto | Realização: Ágora Produções Teatrais e Artísticas

Serviço
Monólogo "São Paulo".
Teatro Bravos - Sala Multiuso
Complexo Aché Cultural (Rua Coropés, 88 – Pinheiros, São Paulo - SP)
Última temporada: de 4 a 26 de maio de 2024
Sábados, às 20h. Domingos, às 18h.
Inteira R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia-entrada)
Horários da bilheteria: de terça a domingo, das 13h às 19h, ou até o início do último espetáculo.
Formas de pagamento aceitas na bilheteria: todos os cartões de crédito, débito e dinheiro. Não aceita cheques.
Vendas on-line: https://bileto.sympla.com.br/event/93269
Informações ao público: (11) 99008-4859
Duração: 90 minutos
Classificação: 12 anos
Capacidade: 176 lugares
Acesso para pessoas com mobilidade reduzida
Recomenda-se o uso de máscara durante todo o espetáculo.
Estacionamento no Complexo Aché Cultural: R$ 39,00 (por até três horas)

← Postagens anteriores Próximas postagens → Página inicial
Tecnologia do Blogger.