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sábado, 28 de agosto de 2021

.: "À Espera dos Girassóis": as poesias de Solange Sólon Borges

A poesia brasileira está em festa. Tudo porque está sendo lançado "À Espera dos Girassóis: Poesias de Amor e Espera", o novo livro de poesias da jornalista Solange Sólon Borges, lançado pela editora O Artífice, com a proposta de tornar possível um passeio pela casa – a sólida, que nos habita, mas que leva à estrutura interior, repleta de sonhos e expectativas, chegadas e partidas, emoções e naufrágios.  

Neste livro, a prosa poética é tratada com intensidade: “Há dias de sol tão forte que me abro inteira - feito cortinas -, assim as perdas queimam e secam as cicatrizes. Quero violetas com flores porque o trabalho de cura é só meu”, um exemplo de comparação do jardim exterior e interno, com os quais a autora brinca.

Os poemas foram agrupados em função dos motivos tratados: Jardins Regulares – uma brincadeira com o título de seu primeiro livro, Jardins Irregulares –, Motivos de Chegadas, A Casa dos Sabores, Cotidianos, A Linguagem das Águas, As Estações do Amor (Temporais, Verão, Primavera, Outono, Inverno).

Na parte dedicada às estações, pode-se ler: “As estações têm sempre a porta aberta para o segundo verão. Na turbulência dos girassóis exuberantes, você surge com o sorriso ávido de flores e ervas aromáticas e percebo que não estou apenas diante de um corpo absolutamente másculo à vontade em si mesmo. Mas um rosto com seu depoimento de fera e história, com a sua biografia de barcos que atravessaram outros mares em busca das cartas celestiais”, ao se referir aos cheiros domésticos e à essência das flores, mas acima de tudo à profundidade que existe no feminino. “Suspiramos depois do amor, possuídos um do outro, quando um bafeja seu espírito no interior do seu contrário”, é outro exemplo do que se pode esperar do amor, alicerce entre pares, e deste livro.

Sobre a autora
Solange Sólon Borges é paulistana, jornalista, especialista em comunicação, mestra em Estudos Culturais (Filosofia/USP Leste). Seu primeiro livro de poesias publicado foi "Jardins Irregulares", mas também transita pelo gênero conto ("Janelas Abertas para Uma Canção Desesperada"), romance ("Todos os Homens são Girassóis"), e ainda conta com títulos infantis ("A História do Cachorro Cheirudo", "Meninas Também Crescem", "A História do Bichinho Gordão").

Você pode comprar "À Espera dos Girassóis: Poesias de Amor e Espera", escrito por Solange Sólon Borges, publicado pela editora O Artífice, neste link.

Ficha técnica
Livro: "À Espera dos Girassóis: Poesias de Amor e Espera" | Autora: Solange Sólon Borges | Editora: O Artífice | Páginas: 80 | Formato: 14x21 cm | Link do livro na Amazon: https://amzn.to/3gFBe6u

quinta-feira, 29 de julho de 2021

.: Grátis e online: Criolo brilha em filme-concerto de Monique Gardenberg



Cantor apresenta clássicos de diversas matizes do samba, vários deles pela primeira vez, em nova produção do Teatro Unimed, com acesso gratuito para todo o Brasil. Filme-concerto "Criolo Samba em 3 Tempos" pode ser visto gratuitamente no site do Teatro Unimed. Foto: divulgação


Sempre conectado com o público, o samba, a realidade brasileira e suas questões sociais, Criolo mais uma vez inova em sua produção artística, ao protagonizar o seu primeiro filme-concerto, "Criolo Samba em 3 Tempos". Com direção da cineasta Monique Gardenberg e realização da Dueto Produções, o filme poderá ser visto com acesso gratuito a partir da sexta-feira, 30 de julho, no site do Teatro Unimed (www.teatrounimed.com.br). 

Dividida em três tempos distintos, com músicas que conversam entre si pela sua temática, a produção revela um artista que continua se desafiando musicalmente, ao mesmo tempo em que se posiciona politicamente e chama a atenção da sociedade para se engajar em importantes ações de apoio a famílias em necessidade.

Em um cenário montado no Teatro Unimed, em São Paulo, criando um ambiente intimista de samba, sem qualquer referência à plateia, o filme "Criolo Samba em 3 Tempos" tem aquele clima de uma verdadeira roda de samba, marcando a primeira apresentação de um cantor na programação do teatro. A cada semana, estreia um novo tempo, cada um deles com identidade própria e com capacidade de nos transportar para o aconchego de uma performance de quem - verdadeira e naturalmente - ama o samba. 

“Em conversa com Criolo para criar o show, lembramos do fim de ano que passamos juntos, em que ele cantava muitos sambas lindos e falava de sua vontade de gravar um disco apenas com composições do gênero. Pouco depois, Criolo de fato gravou Espiral de Ilusão, com sambas inéditos de sua autoria.  Agora, veio a vontade de voltar àquele primeiro momento e homenagear obras de vários compositores, artistas que admiramos e que tiveram grande influência em Criolo. Diante da estranheza de filmar uma apresentação de Criolo voltado para uma plateia inexistente, concebi um pequeno ambiente vazado no palco, uma espécie de bar ou roda de samba com um clima nostálgico, para receber esse repertório extraordinário", afirma a diretora Monique Gardenberg.

“É com muita felicidade que eu reencontro Monique Gardenberg, que é uma grande diretora e ela deu a mim e a minha equipe toda segurança de sabermos que íamos fazer um trabalho de arte. Nesse conceito de concerto de cinema, estávamos em boas mãos e foi feito um trabalho com muita entrega, com muita dedicação, com muito carinho, com muito amor pra chegar na casa das pessoas, no coração das pessoas. E fica aqui o meu agradecimento à toda equipe, meu agradecimento a Monique por essa oportunidade e a gente tá vivenciando isso. Muita dedicação, muito amor, muita entrega envolvida numa equipe que só pensou em arte o tempo todo”, declara Criolo.

Com Ricardo Rabelo (cavaco), Gian Correa (violão de 7 cordas), Ed Trombone (trombone) e Maurício Badé (percussão), Criolo interpreta alguns dos mais importantes clássicos do samba, vários deles, pela primeira vez. O "Tempo 1" possui um clima de sofrência, com músicas como "Carinhoso" (Pixinguinha / Braguinha), "A Flor e o Espinho" (Nelson Cavaquinho / Alcides Caminha / Guilherme de Brito) e "Luz Negra" (Nelson Cavaquinho / Amancio Cardoso). O "Tempo 2" reúne músicas que tratam da questão racial e social, a exemplo de "Canto das Três Raças" (Mauro Duarte / Paulo César Pinheiro), "Barracão de Zinco" (Luiz Antonio / Oldemar Magalhães) e "Agoniza Mas Não Morre" (Nelson Sargento). E o "Tempo 3" é uma celebração, à vida, ao amor, ao samba, com pérolas como "Corra e Olhe o Céu" (Cartola / Dalmo Castello), "Palpite Infeliz" (Noel Rosa) e "Desde que o Samba É Samba" (Caetano Veloso). Neste tempo, Criolo também interpreta as composições próprias "Linha de Frente" e "Calçada".

O filme "Criolo Samba em 3 Tempos" dá continuidade à programação 2021 do Teatro Unimed, como parte do projeto Teatro Unimed Em Casa, que estreou em 2020 com Luis Miranda, em Madame Sheila, e abriu 2021 com o espetáculo "Dez por Dez", obra de Neil LaBute adaptada pelos Irmãos Leme e protagonizada por Angela Vieira, Bruno Mazzeo, Chandelly Braz, Denise Fraga, Eucir de Souza, Ícaro Silva, Johnny Massaro, Leopoldo Pacheco, Luisa Arraes e Pathy Dejesus. Uma iniciativa comprometida a levar a produção artística inédita e de qualidade até onde as pessoas estão, contribuindo para aumentar o acesso gratuito à cultura em tempos de isolamento social.

 “Sabemos o quanto a saúde e o bem-estar das pessoas são impactados pela arte, cultura e lazer. Manter o acesso aos espetáculos do Teatro Unimed, mesmo diante do cenário que ainda estamos vivendo, é uma importante entrega para toda sociedade. Por meio do cooperativismo e de parcerias que beneficiam todo o setor, estamos felizes em contar com mais um artista desse prestígio na programação do Teatro. Acompanhem e curtam, gratuitamente, mais essa produção, que leva saúde, alegria e entretenimento de qualidade para todos”, afirma Luiz Paulo Tostes Coimbra, presidente da Central Nacional Unimed.

“É uma grande alegria termos Criolo como o primeiro astro da música a fazer parte da programação do Teatro Unimed, protagonizando o primeiro filme-concerto que produzimos. Assim como Criolo, nós também nos dedicamos a inovar em nossa produção cultural, sempre com qualidade e em defesa do respeito à diversidade e do amplo acesso à cultura e ao lazer, ao mesmo tempo em que chamamos a atenção para iniciativas de apoio a profissionais das artes em tempos de pandemia”, declara Fernando Tchalian, CEO da desenvolvedora Reud, controladora do Teatro Unimed.

Durante este período de pandemia e a cada espetáculo online gratuito, o Teatro Unimed tem reforçado a importância de iniciativas de apoio a profissionais das artes, fortemente afetados pela diminuição de trabalho, convidando o público a colaborar de alguma forma. Assim foi com o Fundo Marlene Colé, em "Dez por Dez", e com a APTR - Associação dos Produtores de Teatro, em Madame Sheila. Agora, em "Criolo Samba em 3 Tempos", todos se reúnem para chamar atenção para o Backstage Invisível (www.backstageinvisivel.com.br), movimento que arrecada e distribui cestas básicas para profissionais das artes que trabalham atrás das cortinas. São técnicos, carregadores, montadores, seguranças, equipes de limpeza, assistentes, produtores, motoristas e vários outros profissionais, cujas famílias têm enfrentado uma situação de insegurança alimentar, em um período em que muitos palcos ainda estão vazios.

Em todos os momentos de preparação, montagem, ensaios, filmagens e desmontagem, todos os profissionais envolvidos foram cuidadosamente acompanhados com contínuos registros de condições de saúde e submetidos a testes pela rede de medicina diagnóstica Alta Excelência Diagnóstica, referência em tecnologia, inovação e qualidade médica, com foco no atendimento humanizado (www.altadiagnosticos.com.br).

Além disso, como tem sido prática cotidiana do Teatro Unimed e do Edifício Santos-Augusta, realizou-se todo o protocolo de praxe de ações anti-Covid, com higienização contínua de equipamentos, acessórios, pisos e ambientes, uso de máscara obrigatório generalizado, higienização periódica das mãos, amplo distanciamento social e desinfecção diária dos locais.


Criolo
O MC, cantor e compositor Criolo iniciou sua carreira em 1989. Paulistano do bairro de Santo Amaro, criado no Grajaú, Kleber Gomes, o Criolo, escreveu seu primeiro rap aos 11 anos e sua primeira canção, aos 25. Criador da Rinha dos MCs, dedicada às batalhas de improvisação, lançou em 2006 "Ainda Há Tempo", seu primeiro registro em estúdio com tiragem de 500 unidades. Em 2011, despontou no cenário musical brasileiro com Nó na Orelha, um dos álbuns mais comentados da última década na cena nacional. 

Em 2020, Criolo se juntou a Milton Nascimento para "Existe Amor", projeto lançado durante a pandemia do Covid-19, formado por um EP com duas regravações dos músicos e duas inéditas (com arranjos de Arthur Verocai e Amaro Freitas) e um fundo para auxiliar a população em situação de vulnerabilidade social. Criolo iniciou 2021 com um show em realidade estendida (XR) em seu canal na Twitch. Seu mais recente lançamento foi o clipe de Fellini em 3D, com referências a filmes do diretor italiano.


Monique Gardenberg
Nascida na Bahia, morou em Santos dez anos e mudou-se para o Rio de Janeiro em 1974, onde cursou o segundo grau e a Faculdade Economia da UFRJ. Ainda na faculdade, como parte do movimento pela abertura política, organizou diversos espetáculos, participando da coordenação dos shows de 1º de Maio, liderados por Chico Buarque. Em 1982, ao lado da irmã Sylvia Gardenberg, fundou a Dueto Produções, produtora que deixou sua marca ao criar eventos culturais históricos, como o Free Jazz Festival, Carlton Dance Festival, Carlton Arts, Tim Festival, Mastercard Jazz, entre muitos outros.

Em 1989, Monique cursou cinema na New York University, e dirigiu seu primeiro curta-metragem. Em 1993 fez sua estreia profissional com o premiado curta Diário Noturno, protagonizado por Marieta Severo.  Seus primeiros longa-metragens, "Jenipapo" (1996) e "Benjamim" (2003), este último baseado no livro de Chico Buarque, foram exibidos em importantes festivais internacionais como Sundance, Toronto e Roterdã. "Ó Paí, Ó" (2007),  filme baseado em peça do Bando de Teatro Olodum, deu origem à série do mesmo nome na Rede Globo de televisão.

Ainda como diretora, assinou os especiais Caballero de "Fina Estampa" e "Prenda Minha", de Caetano Veloso. No teatro, adaptou e dirigiu as peças "Os Sete Afluentes do Rio Ota", de Robert Lepage (2002), "Baque", de Neil LaBute (2005), "Um Dia no Verão", de Jon Fosse (2007), "Inverno da Luz Vermelha" (2010) e "A Hora Amarela" (2014), ambas de Adam Rapp,  "O Desaparecimento do Elefante",  peça criada a partir de cinco contos de Haruki Murakami (2013),  "Fluxorama", de Jô Bilac e o retorno do grande sucesso teatral dos anos 90 -  "5 X Comédia" ( 2016). Em 2018, lançou "Paraíso Perdido", filme que marcou sua volta ao cinema autoral.


Teatro Unimed
Iniciativa da Desenvolvedora REUD e projeto do cultuado arquiteto Isay Weinfeld, o Teatro Unimed está localizado em um dos pontos centrais da cidade de São Paulo: esquina da Rua Augusta com a Alameda Santos, a apenas uma quadra da Avenida Paulista. Com curadoria da programação feita por Monique Gardenberg, Carlos Martins e Jeffrey Neale, da Dueto Produções, o Teatro Unimed é voltado para espetáculos de alta qualidade e nunca antes exibidos na cidade, como o musical "Lazarus", de David Bowie, com o qual abriu suas portas em agosto de 2019, e "Madame Sheila", com Luis Miranda, que deu início, em 2020, ao projeto Teatro Unimed Em Casa, sendo visto online por mais de 80 mil pessoas em 40 países.

Muito versátil, com o que existe de mais moderno em tecnologia cênica, ideal para espetáculos de teatro, música, dança, eventos, gravações e transmissões ao vivo, o Teatro Unimed é todo revestido em madeira, com 249 lugares, palco de 100m2, boca de cena com 12m de largura e fosso para orquestra. Primeiro teatro criado por Isay Weinfeld (responsável pelos projetos dos hotéis do Grupo Fasano, do residencial Jardim, em Nova York, e do Hotel InterContinental, em Viena), o Teatro Unimed ocupa o primeiro andar do sofisticado edifício projetado pelo arquiteto, o Santos Augusta, empreendimento da REUD, combinação única de escritórios, café, restaurante e teatro.

Elegante e integrado ao lobby no piso térreo, o Perseu Coffee House é a porta de entrada do Santos Augusta. Com mobiliário vintage original dos anos 50 e 60, assinado por grandes nomes do design brasileiro, como Zanine Caldas, Rino Levi e Carlo Hauner, e uma carta de cafés, comidinhas e drinks clássicos, é o lugar perfeito para encontros informais, desde um café da manhã até o happy hour. O Casimiro Ristorante é uma iniciativa de um dos mais admirados e tradicionais restaurantes de São Paulo o Tatini, fruto da dedicação de três gerações de profissionais voltados para a gastronomia italiana de qualidade: Mario Tatini, Fabrizio Tatini e Thiago Tatini.
 

Ficha técnica
Filme-concerto:
"Criolo Samba em 3 Tempos"
Voz: Criolo
Cavaco: Ricardo Rabelo
Violão 7 cordas: Gian Correa
Percussão: Maurício Badé
Trombone: Ed Trombone
Direção: Monique Gardenberg
Fotografia: José Roberto Eliezer, A.B.C.
Direção de arte: Carila Matzenbacher
Figurino: Cassio Brasil
Produção de figurino: Daniela Tocci
Assistente de figurino: Mariana Milani
Assistente de câmera: Rafael Farinas
Operadores de câmera: Diego Garc, Elisa Ratts, Pedro Eliezer
Logger: Rodrigo Belati
Gaffer: Sergio Bronzo
Diretor técnico: Paul Lewis
Técnico de gravação: Fernando Narcizo
Técnico de monitor: Rubinho Marques
Produção Criolo: Belma Ikeda
Roadie: Nino Rodrigues
Mixagem: Daniel Ganjaman
Edição: Ana Paula Carvalho
Fotógrafo: Pedro Pupo
Gerente técnico: Reynold Itiki
Identidade visual: Tommy Kenny
Comunicação: Dayan Machado
Assessoria de imprensa: Fernando Sant' Ana
Assessoria jurídica: Carolina Simão
Pós-produção: Quanta Post
Produção: Giovanna Parra
Assistente de produção: Adriel Parreira
Direção de produção: Clarice PhiligretRealização: Dueto Produções
Equipe Criolo:  Oloko Records
Direção geral: Beatriz Berjeaut
Direção musical: Daniel Ganjaman
Produção executiva: Kler Correa
Direção criativa e comunicação: Tino Monetti
Assistência de comunicação: Yan Marrese
Assessoria de imprensa Criolo: Perfexx
Produção operacional: Giovanna Scarano
 

Serviço
Filme-concerto: 
"Criolo Samba em 3 Tempos".
Local: Teatro Unimed em Casa (online).
Endereço: www.teatrounimed.com.br.
Quando:
a cada semana, estreia um novo tempo.
"Tempo 1": sexta-feira, dia 30 de julho de 2021, às 21h.
"Tempo 2": sexta-feira, dia 6 de agosto de 2021, às 21h.
"Tempo 3": sexta-feira, dia 13 de agosto de 2021, às 21h.
O filme inteiro, com os três tempos, poderá ser visto no site do Teatro Unimed até o dia 22 de agosto de 2021.
Classificação: livre.
Ingressos: gratuito e sem cadastro.
Duração: cerca de 20 minutos cada tempo.



sábado, 10 de julho de 2021

.: "O Pedido de Casamento" e a disputa de quem tem razão com o Grupo TAPA


No espetáculo, os atores 
Brian Penido Ross, Daniel Volpi e Natália Moço interpretam personagens que disputam de quem tem razão. Em cena, está o trio. Foto: Ronaldo Gutierrez

O Festival de Inverno - Grupo TAPA chega em seu último mês no Teatro Aliança Francesa com uma peça online diferente toda semana, sempre aos sábados e domingos, às 19h, até 1º de agosto. Dentro da programação do festival, a estreia de "O Pedido de Casamento", de Anton Tchekhov, será dias 17 e 18 de julho, sábado e domingo, às 19h. 

No centro do espetáculo, está uma DR que prenuncia a futura vida conjugal. Não importa o objeto do desentendimento, mas a disputa de quem tem razão. Em cena, está o trio Brian Penido Ross, Daniel Volpi e Natália Moço.

Depois de "O Pedido de Casamento", de Anton Tchekhov, os espetáculos que encerram a mostra são: "A Mais Forte", dias 24 e 25 de julho, de August Strindberg com Clara Carvalho e Sandra Corveloni. "Despedida de Solteiro", dias 31 de julho e 1º de agosto, de Arthur Schnitzler, com Adriano Bedin, Antoniela Canto, Ariel Cannal e Bruno Barchesi.

“Em tempos de polarização, a metáfora da vida privada como reflexo da dinâmica pública. Os fatos ficam em segundo plano, o que prevalece é a opinião. Entramos em mais uma incursão no humor das obras curtas deste autor clássico, que parecem feitas sob medida para essa plataforma digital, com sua curta duração e poucos personagens. É um desafio para o Tapa transitar do universo das grandes peças de Tchekhov no palco para essas pequenas jóias de observação que são o esboço do que estaria por vir em sua carreira”, ressalta o diretor, Eduardo Tolentino de Araujo. 

Tchekhov é um dos autores mais bem quistos pelo Grupo TAPA, que celebrou 40 anos de trajetória com "O Jardim das Cerejeiras". Tolentino reforçou um outro lado na obra do autor russo. “Um mestre das narrativas curtas, ele já era famoso por seus contos quando começou a afiar suas ferramentas na dramaturgia através de pequenos vaudevilles que já trazem em si o aspecto patético das relações humanas”, conclui o diretor. 

As montagens têm direção de Eduardo Tolentino de Araujo e a transmissão acontece pela plataforma Zoom. Os ingressos têm preços populares de R$ 20 e o público pode contribuir com outros valores para a campanha SOS TAPA. A venda é feito Sympla. Todos os espetáculos foram gravados no palco do Teatro Aliança Francesa.

As montagens têm direção de Eduardo Tolentino de Araujo e a transmissão será pela plataforma Zoom. Os ingressos têm preços populares de R$ 20 e o público pode contribuir com outros valores para a campanha SOS TAPA. A venda é feito Sympla. Todos os espetáculos foram gravados no palco do Teatro Aliança Francesa.

Ficha técnica
Texto: 
Anton TchekhovDireção: Eduardo Tolentino de Araujo. Elenco: Brian Penido Ross, Daniel Volpi e Natália Moço. Fotos: Ronaldo Gutierrez. Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes. Captação de vídeo e fotografia da transmissão: Gito Fernandez. Captação e edição de áudio: Henrique Maciel e Lucas Bulhões. Design gráfico: Mau Machado. Assistência de produção: Nando Barbosa, Nando Medeiros e Rafaelly Vianna. Produção geral: Ariel Cannal. Duração: 40 minutos. Classificação etária: livre.


Serviço
O Festival de Inverno - Grupo TAPA
https://www.sympla.com.br/produtor/teatroaliancafrancesaonline
Ingressos: R$ 20 (ingresso único), R$ 35 (SOS TAPA), R$ 50 (SOS TAPA), R$ 75 (SOS TAPA), e R$ 100 (SOS TAPA).

sexta-feira, 9 de julho de 2021

.: "O Urso", de Tchekhov, será atração no Festival de Inverno do Grupo Tapa


Com apresentações neste sábado e domingo, a primeira montagem de Anton Tchekhov no festival conta com Brian Penido Ross, Camila Czerkes e Dalton Vigh no elenco. Foto: Ronaldo Gutierrez


O Festival de Inverno do Grupo Tapa chega em seu último mês no Teatro Aliança Francesa com uma peça online diferente toda semana, sempre aos sábados e domingos, às 19h, até 1º de agosto. O próximo espetáculo é "O Urso", de Anton Tchekhov, que será apresentado neste sábado e domingo, às 19h.

O espetáculo, com Brian Penido Ross, Camila Czerkes e Dalton Vigh, é uma comédia curta que traz uma jovem viúva recolhida em sua propriedade. Durante o luto, ela recebe a inesperada e intempestiva visita de um proprietário de terras vizinho que veio cobrar dívidas contraídas pelo falecido marido. A tensão entre os dois, intermediada por um velho criado, adquire alta voltagem na medida que as máscaras caem.

Depois de "O Urso", de Anton Tchekhov, os espetáculos que encerram a mostra são: "O Pedido de Casamento", dias 17 e 18 de julho, de Anton Tchekhov, com Brian Penido Ross, Daniel Volpi e Natália Moço. "A Mais Forte", dias 24 e 25 de julho, de August Strindberg com Clara Carvalho e Sandra Corveloni. "Despedida de Solteiro", dias 31 de julho e 1º de agosto, de Arthur Schnitzler, com Adriano Bedin, Antoniela Canto, Ariel Cannal e Bruno Barchesi.

“Em tempos de polarização, a metáfora da vida privada como reflexo da dinâmica pública. Os fatos ficam em segundo plano, o que prevalece é a opinião. Entramos em mais uma incursão no humor das obras curtas deste autor clássico, que parecem feitas sob medida para essa plataforma digital, com sua curta duração e poucos personagens. É um desafio para o Tapa transitar do universo das grandes peças de Tchekhov no palco para essas pequenas joias de observação que são o esboço do que estaria por vir em sua carreira”, ressalta o diretor, Eduardo Tolentino de Araujo. 

Tchekhov é um dos autores mais bem quistos pelo Grupo Tapa, que celebrou 40 anos de trajetória com "O Jardim das Cerejeiras". Tolentino reforçou um outro lado na obra do autor russo. “Um mestre das narrativas curtas, ele já era famoso por seus contos quando começou a afiar suas ferramentas na dramaturgia através de pequenos vaudevilles que já trazem em si o aspecto patético das relações humanas”, conclui o diretor. 

As montagens têm direção de Eduardo Tolentino de Araujo e a transmissão acontece pela plataforma Zoom. Os ingressos têm preços populares de R$ 20 e o público pode contribuir com outros valores para a campanha SOS Tapa. A venda é feito Sympla. Todos os espetáculos foram gravados no palco do Teatro Aliança Francesa.


Ficha técnica
Texto: Anton Tchekhov. Direção: Eduardo Tolentino de Araujo. Elenco: Brian Penido Ross, Camila Czerkes e Dalton Vigh. Fotos: Ronaldo Gutierrez. Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes. Captação de vídeo e fotografia da transmissão: Gito Fernandez. Captação e edição de áudio: Lucas Bulhões. Design gráfico: Mau Machado. Assistência de produção: Felipe Souza, Nando Barbosa, Nando Medeiros e Suzana Muniz. Produção geral: Ariel Cannal. Duração: 30 minutos. Classificação etária: livre. 


Serviço
Festival de Inverno do Grupo Tapa

https://www.sympla.com.br/produtor/teatroaliancafrancesaonline
Ingressos: R$20 (ingresso único), R$ 35 (SOS Tapa), R$ 50 (SOS Tapa), R$ 75 (SOS Tapa), e R$ 100 (SOS Tapa).

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

.: Dicas: meu amigo jabuti, como cuidar desses cascudinhos

Por: Mary Ellen Farias dos Santos*


Os jabutis são animais extremamente dóceis, logo são tranquilos para conviver com crianças e outros bichinhos. Contudo, dicas de cuidados são essenciais para o trato correto deles. Antes de qualquer outra informação os jabutis são animais silvestres, portanto, para tê-los como animal de estimação é preciso de licença do Ibama. Assim, o correto é encomendar o seu numa reserva legalizada. 

E como é o trato dos jabutis? Esse bichinho parecido com um dinossauro pode vir atraído pela voz do cuidador, mas a interação não vai passar muito disso. Ele gosta de ser acariciado na cabeça e casco, mas não deve passar de mão em mão, pois pode ficar nervoso. Portanto, não espere alguma festinha, como rabinho abanando quando chegar em casa ou se aproximar dele.

Aliás, a junção de jabutis e cachorros não é muito aconselhável. Uma mordida pode até ser fatal. Embora o jabuti pareça ser forte, por conta do casco, não é. E, não... o casco não é a casa dele igual nos desenhos animados, mas o corpinho que protege os órgãos internos -quando novinhos é molinho. A atitude de recolher os membros acontece quando o jabuti se sente ameaçado, então ele comprime todos os órgãos em busca de segurança. 

Deixar jabutis grandes (com pelo menos 15 centímetros) no jardim também não é uma atitude adequada, principalmente se na residência ocorrem frequentes visitas de ratos. Há casos de animais que nasceram perfeitos, mas perderam as patas dianteiras após um roedor machucá-lo severamente. O bichinho usa as patas dianteiras para esconder e proteger a cabeça ou para escurecer o ambiente, para dormir. 

Quando filhotinho, todo o trato deve ser feito dentro de casa, mas é muito importante que tome banho de sol diariamente por pelo menos 15 minutos e até tenha lâmpadas UVB direcionadas para o terrário do animalzinho. Ajuda no aquecimento dele, afinal ele é um réptil. A temperatura ambiente ideal para o jabuti é de 26º a 30ºC, portanto, no inverno, é recomendado colocar o animal, mesmo grande, para dentro de casa, num espaço de temperatura adequada. 

Enquanto forem bebês e até um pouquinho maiores, um terrário é indicado, por ter uma área aberta e toca. Mesmo nele, o animalzinho deve tomar banho de sol. Contudo, a caixa precisa ter substrato próprio para jabutis, fibra de coco. Não coloque pedrinhas para decorar, pois os bichinhos podem se confundir e pensar que são alimentos. No terrário, além da fibra de coco, vão comedouro, bebedouro e toca.

Terrário à venda no Mercado Livre

Quando o recipiente de água para beber é espaçoso, o bichinho ficará dentro. Mas, o jabuti bebê precisa de banho? Assim como nós humanos, ele precisa de hidratação. No entanto, é preciso banhá-lo uma vez por semana e, caso esteja sujo, esfregá-lo. Uma escova de dentes velhinha e macia é o suficiente. Depois, seque-o numa toalhinha e separe para usar após o próximo banho.

O brilho do casco é somente da limpeza no banho com água e somente água. Não passe creme hidratante ou óleo. Por tanto, o filhotinho deverá ser colocado num recipiente com água rasa -altura que bata no queixo dele- por 20 minutos. Ali, ele se hidrata e evacua também. E como fazer em dias frios? Durante o inverno o banhinho também é bem-vindo, mas com água morna. 

Nos dias frios os bichinhos ficam mais recolhidos e comem bem menos, mas após o banho de água morna eles ficam mais ativos e comem bem também. Caso a água esfrie, retire-os da hidratação. Onde é melhor de se fazer isso? No tanque, assim a água vai embora com toda a sujeira e germes.

A alimentação do jabuti deve ser balanceada, portanto priorize as verduras verde-escuras, ofereça junto frutas e legumes. No entanto, uma vez por semana, sirva carne moída misturada com suplemento de cálcio (farinha de cascas de ovos cozidos).


E o que mais ele come? Lá vai a listinha:

- abóbora cozida (sem sal);

- acerola;

- alface (não sirva diariamente, pois causa diarreia no animal);

- amora;

- banana;

- batata cozida (sem sal); 

- carne moída crua, mas salpicada por cascas de ovos cozidos;

- cascas trituradas de ovos cozidos (semelhante a uma farinha, mas de cascas de ovos);

- couve manteiga;

- espinafre;

- goiaba; 

- hibisco (flor e cabinho);

- kiwi;

- laranja;

- maçã;

- melancia;

- melão;

- mamão (não sirva diariamente, pois causa diarreia no animal);

- ovo cozido;

- pepino;

- pera;

- pêssego;

- pitanga;

- ração própria para jabutis;

- tangerina;

Evite servir morangos e tomates, por conta da grande quantidade de agrotóxicos. 

Afinal, qual a porção a ser servida aos cascudinhos? Uma boa medida é considerar o tamanho do casco deles. No caso da carne moída, uma bolinha do tamanho da cabeça é o suficiente e somente uma vez por semana, no máximo. Não se preocupe, pois os jabutis adoram passar por cima da comida e até deitar em cima. Às vezes, chegam a urinar e defecar próximo ou em cima. Não custa nada limpar o local ou recolher o alimento sujo. Fique de olho para logo tirar as fezes, ou o bichinho pode pensar que seja para comer também.

Ame e cuide muito bem do seu amiguinho cascudo, essa relação promete durar pelo menos 80 anos, ou seja, um jabuti pode ser uma herança de família.


*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura, licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos e formada em Pedagogia pela Universidade Cruzeiro do Sul. Twitter: @maryellenfsm

terça-feira, 24 de novembro de 2020

.: Digital Dellarte: Sinfônica de Bamberg é o próximo espetáculo gratuito

A unicidade do som e a grandeza da história da Sinfônica de Bamberg poderá ser vista na próxima apresentação do Digital Dellarte, projeto que conta com espetáculos online gratuitos, com nomes da música e dança contemporânea inéditos no Brasil, que acontecem entre os meses de outubro e dezembro. Com um história centenária, a Sinfônica já apresentou mais de 7 mil concertos em 63 países. Nesta apresentação, o público verá a execução da obra Má Vlast, do compositor tcheco Bedřich Smetana, realizada no Concerto do Festival da Primavera de Praga.

O espetáculo acontece no dia 26 de novembro, às 19h30, no canal DellArteSolucoes, no Youtube. Antes da apresentação, o público poderá conferir, uma entrevista exclusiva com o regente da orquestra, o tcheco Jakub Hrůša.

Formada em 1946, a Sinfônica de Bamberg era constituída, principalmente, por ex-membros da Orquestra Filarmônica Alemã de Praga e colegas que fugiam da guerra e de suas consequências. Juntos, eles fundaram a Orquestra de Músicos de Bamberg, logo após renomeada como Sinfônica de Bamberg. Seu repertório inclui, além das obras clássicas e românticas, criações contemporâneas.

Sobre o Digital Dellarte: Um formato de entretenimento que leva ao público que está em casa novas descobertas! Foi assim que a Dellarte - produtora cultural, que atua no mercado de grandes eventos de arte e cultura há 38 anos, construiu o projeto Digital Dellarte. Ao todo, são sete espetáculos online gratuitos, com alguns nomes inéditos no Brasil que acontecem entre os meses de outubro e dezembro.

Em uma versão interativa de programa de TV, cada espetáculo gravado conta com entrevistas exclusivas com diretores artísticos, maestros e músicos comandadas pelo jornalista e escritor Rodrigo Alzuguir que serão exibidas, com as apresentações, no canal Dellarte no Youtube DellArteSolucoes.

O primeiro espetáculo aconteceu no dia 15 de outubro com a apresentação da Lucerne Symphony Orchestra. Na sequência, a apresentação do Balé Nacional da China, no dia 22 de outubro. Fechando o mês de outubro, a exibição do Balletto di Roma, que aconteceu no último 29. O mês de novembro abriu a programação de exibições no dia 12 com a aclamada percussionista chinesa Beibei Wang. A unicidade do som e a grandeza da história da Sinfônica de Bamberg poderá ser apreciada pelo público no próximo 26 de novembro. Dia 10 de dezembro é a vez da Orquestra Sinfônica Jovem de Macau, formada por estudantes universitários, através de um grupo de professores e antigos músicos da Orquestra de Câmara de Macau. O famoso Quebra-Nozes, com música de Tchaikovsky numa nova versão ainda não conhecida pelo grande público, será o espetáculo final do projeto, apresentado dia 17 de dezembro pelo Ballet du Grand Théâtre de Genève.

Para Steffen Dauelsberg, diretor executivo da Dellarte, o projeto digital marca mais um passo importante na democratização do acesso à arte e cultura. "A pandemia afetou pesadamente o setor cultural, onde a interação presencial é um dos propósitos da experiência. Tivemos que nos adaptar a novos formatos para o espetáculo continuar. Em nosso último evento completamente digital, o Festival de Inverno Online, conseguimos forte engajamento com as transmissões online com um aumento expressivo de público para mais de 100 mil pessoas nos cinco dias de transmissões ao passo que nas últimas edições, físicas, nos anos anteriores, chegamos a 10 mil pessoas. Um incremento não indiferente que nos faz pensar."


SERVIÇO:

SINFÔNICA DE BAMBERG

ONLINE | YOUTUBE DELLARTE

Data: 26 de novembro (Quinta-Feira)

Hora: 19h30

Entrevista com Jakub Hrůša


ORQUESTRA SINFÔNICA JOVEM DE MACAU

ONLINE | YOUTUBE DELLARTE

Data: 10 de dezembro (Quinta-Feira)

Hora: 19h30

Entrevista com o maestro Veiga Jardim


BALLET DU GRAND THÉÂTRE DE GENÈVE

ONLINE | YOUTUBE DELLARTE

Data: 17 de dezembro (Quinta-Feira)

Hora: 19h30

Programa: O Quebra Nozes. Entrevista com Jeroen Verbruggen, coreógrafo


Acesse: digital.dellarte.com.br

sábado, 15 de agosto de 2020

.: Streaming Disney+ chega ao Brasil em novembro com blockbusters e clássicos

A partir de novembro, Disney+ (“Disney plus”) é a nova casa de Disney, Pixar, Marvel, Star Wars e National Geographic na América Latina. Todos os títulos originais produzidos por e para o Disney+, assim como as coleções completas de todos os conteúdos disponíveis dessas cinco marcas em todos os formatos (cinema, séries, curtas, shows e documentários) estarão disponíveis exclusivamente na plataforma. O Disney+ estará disponível ao público de toda a América Latina e Caribe em dispositivos com conexão à Internet

Disney+, o serviço de streaming por assinatura da The Walt Disney Company dirigido a todos os membros da família, que já acumula 60,5 milhões de assinantes nos países em que está presente desde a sua estreia nos Estados Unidos em 12 de novembro de 2019 e em outros países do mundo, chegará a toda América Latina e Caribe em novembro de 2020. A partir do seu lançamento na região, o Disney+ será o destino exclusivo para a mais completa e melhor seleção de filmes e séries de Disney, Pixar, Marvel, Star Wars, National Geographic, além de produções originais exclusivas, tornando-se a única plataforma de streaming onde estarão todos os filmes disponíveis de Disney, Pixar, Marvel e Star Wars.

“Sabemos que nosso público da América Latina está ansioso pela chegada do Disney+, o único serviço de streaming que oferecerá acesso exclusivo a todas as estreias dos conteúdos disponíveis de Disney, Marvel, Pixar, Star Wars e National Geographic. Além disso, todos os clássicos animados da Disney estarão juntos pela primeira vez em um único e exclusivo destino. A proposta de entretenimento será complementada por uma oferta robusta de séries e filmes originais do Disney+, um selo de produção própria, com uma variedade de títulos que podem ser vistos apenas em nossa plataforma, bem como conteúdo original produzido localmente em vários países da região para os mais diversos públicos”, disse Diego Lerner, presidente da The Walt Disney Company Latin America. 

“A partir do seu lançamento na América Latina, Disney+ se tornará a primeira e única opção de acesso em streaming com presença exclusiva dos conteúdos cinematográficos de todas as nossas marcas. O Disney+ também será a única plataforma a oferecer acesso ilimitado e permanente ao catálogo completo de todos os filmes de Disney, Pixar, Marvel e Star Wars para seus assinantes. Nossa audiência poderá também acessar no Disney+ todos os programas de TV produzidos local ou globalmente (séries, filmes para TV, documentários, shows, eventos e programas especiais), tornando-se o único destino digital que terá tudo. De um modo geral, posso dizer que as melhores e mais relevantes experiências Disney para todos os membros da família estarão disponíveis no Disney+ de maneira ilimitada e permanente. Compartilharei mais detalhes no lançamento do Disney+ em breve", acrescenta.

Marvel, Star Wars e live-action têm espaço garantido na Disney +
Na América Latina, alguns dos novos filmes, séries, documentários e curtas produzidos para serem vistos somente na plataforma (Disney+ Originals, com 19 indicações ao Emmy®) estarão disponíveis no lançamento do serviço, outros irão estrear posteriormente. As novas histórias da Marvel Studios, que chegarão na região em lançamento simultâneo aos EUA atualmente programado para 2020 e 2021: "Falcão e o Soldado Invernal", que reúne Sam Wilson/Falcão (Anthony Mackie) e Bucky Barnes/O Soldado Invernal (Sebastian Stan) após os eventos de "Vingadores: Ultimato", em uma aventura global que testa suas habilidades e paciência; "WandaVision", a série de comédia que combina o estilo das comédias clássicas com o Universo Cinematográfico da Marvel (MCU), no qual Wanda Maximoff (Elizabeth Olsen) e Visão (Paul Bettany) estão vivendo uma vida suburbana ideal, até começarem suspeitar que nem tudo é o que parece; e "Loki", uma nova série na qual Tom Hiddleston reprisa seu papel como Loki e que também se passa depois de "Vingadores: Ultimato".

Os oito episódios que compõem a primeira temporada de “The Mandalorian”, a série épica de live-action da saga Star Wars que acumula 15 indicações ao Emmy ®, com Jon Favreau como showrunner e Pedro Pascal como Mando. A segunda temporada será lançada ao mesmo tempo que nos EUA. Os fãs de Star Wars também poderão ver em novembro "Disney Gallery: The Mandalorian" uma série documental que explora os bastidores de "The Mandalorian" em entrevistas, imagens exclusivas e mesas redondas com os envolvidos no projeto. Além disso, "Star Wars: The Clone Wars", a série animada vencedora do Emmy®, retorna para sua conclusão épica no Disney+.

Filmes criados pelo The Walt Disney Studios exclusivamente para a plataforma, como "A Dama e o Vagabundo", uma versão live-action do clássico de animação de 1955; "Noelle", uma comédia original com temática natalina protagonizada por Anna Kendrick; "Togo", uma história real ambientada no inverno de 1925, na perigosa tundra do Alasca, cheia de aventura, que testarão a força, a coragem e a determinação de um homem, Leonhard Seppala (interpretado por Willem Dafoe, nomeado para o Oscar® quatro vezes) e Togo, seu principal cão de trenó

Filmes que capturam a essência de experiências ao vivo, como "Hamilton", que representa um salto na arte de filmar shows ao vivo como longas-metragens e transportará o público para o mundo dos espetáculos da Broadway de maneira única e intimista, conta com a direção de Thomas Kail e produção executiva de Lin-Manuel Miranda e Jeffrey Seller, entre outros.

"High School Musical: O Musical - A Série", uma nova série que segue os dias dos alunos do East High que estão se preparando para apresentar um musical na escola pela primeira vez, com muitas referências à franquia original do Disney Channel. "Secret Society of Second-Born Royals", um filme emocionante que combina o encanto da realeza com as aventuras repletas de ação de super-heróis em treinamento. Da diretora Anna Mastro e baseado em uma história de Alex Litvak, Andrew Green e Austin Winsberg.

A série original da National Geographic "The Right Stuff" uma adaptação do best-seller homônimo de Tom Wolfe, no qual ele relata no gênero "não-ficção" os primeiros dias do programa espacial dos Estados Unidos. Produzida por Appian Way de Leonardo Di Caprio e Warner Horizon Scripted Television, conta com a produção executiva de Leonardo DiCaprio e Jennifer Davisson. Mark Lafferty ("Castle Rock", "Halt and Catch Fire") é produtor executivo e showrunner. 

O "Projeto Os Heróis da Marvel", que celebra os extraordinários jovens que fazem a diferença em suas comunidades. A série documental de seis episódios "The Imagineering Story", da diretora Leslie Iwerks, indicada ao Emmy® e ao Oscar®. As novas séries em formato curto "Pixar na Vida Real" e "Disney Family Sundays", e as coleções completas dos curtas animados "SparkShorts" e "Forky Asks a Question", da Pixar Animation Studios.

Passado, presente e futuro do storytelling com sabor local
A plataforma oferece aos espectadores de todas as idades uma combinação única e inigualável, integrando novos programas e filmes à coleção que pertence ao acervo dos criadores da The Walt Disney Company; visionários que representam a vanguarda de criatividade na Disney, Pixar, Marvel, Star Wars, National Geographic e mais. A partir do lançamento em novembro de 2020, estes são alguns dos filmes, curtas e séries que estarão disponíveis para streaming de forma exclusiva na região pelo Disney+:

Animações clássicas da Walt Disney Signature Collection, da Walt Disney Animation Studios, criados ou inspirados na imaginação e no legado de Walt Disney, incluindo: "Branca de Neve e os Sete Anões", "A Bela e a Fera", "Pinóquio", "Bambi", "O Rei Leão", "A Dama e o Vagabundo", "Peter Pan", "A Pequena Sereia", "Cinderela" e mais. Os mais recentes sucessos da Disney em live-action, como "Aladdin", "Mogli - O Menino Lobo", "O Rei Leão", "A Bela e a Fera", "Cinderela", entre outros. Filmes produzidos pela Marvel Studios e distribuídos pela Walt Disney Studios que fazem parte do MCU (Universo Cinematográfico da Marvel) de “Homem de Ferro” a “Vingadores: Ultimato”.

A saga completa de Star Wars, desde a estreia em 1977 até o ápice em 2019, além de títulos lançados no cinema que ampliam esse universo como "Rogue One: Uma História Star Wars" e "Han Solo: Uma História Star Wars". A coleção completa dos filmes inovadores favoritos dos fãs da Pixar Animation Studios, como "Toy Story", "Divertida Mente", "Viva: a Vida É Uma Festa", "Wall·E", "Up - Altas Aventuras", "Monstros S.A.", "Procurando Nemo", "Os Incríveis" e "Valente", assim como todos os curtas inesquecíveis da Pixar, entre eles "Bao" e "Os Heróis de Sanjay", vencedores do Oscar®.

O repertório completo de episódios de séries de sucesso com produção local da Disney que será gradualmente incorporado ao Disney+ para que um novo público descubra histórias como "Violetta", "Sou Luna", "BIA", "O11ZE", "Juacas", "Peter Punk", "Jungle Nest", "Highway Rodando a Aventura", "Quando Toca o Sino" "Art Attack" e crianças em idade pré-escolar poderão aprender e se divertir com "Nivis: Amigos de outro mundo", "Junior Express", "A Floricultura da Nana", "A Casa do Disney Junior", "Morko e Mali", "O Jardim da Clarilu", "Playground" e "Playhouse Disney".

As séries preferidas do Disney Channel como "Hannah Montana", "Zack & Cody: Gêmeos em Ação", "Kim Possible", "A Casa do Mickey Mouse", "PJ Masks – Heróis de Pijama" e "Jake e Os Piratas da Terra do Nunca" além dos filmes originais do Disney Channel favoritos de uma geração, incluindo: "High School Musical", "Camp Rock" e "Descendentes".

Aventuras incríveis do National Geographic, incluindo: a série documental "One Strange Rock" (apresentada por Will Smith); a série documental "Origens: A Evolução Humana", que conta com o famoso anfitrião Jason Silva; "Jane Goodall: The Hope", o documentário que marca os 60 anos de sua chegada à Tanzânia para estudar o reino dos chimpanzés; "Before the Flood", protagonizado por Leonardo Di Caprio; "Free Solo", o documentário vencedor do Oscar® na categoria "Melhor Documentário"; e programas produzidos na América Latina como "Ciência do Absurdo". Algumas das séries de televisão da Marvel desde 1979 até os dias de hoje, incluindo "X-Men", "Homem-Aranha" e "Marvel's Runaways".

segunda-feira, 13 de julho de 2020

.: Um espetáculo em que cada ator se apresenta para apenas um espectador


O Teatro Lâmina estreia "Onde Você Estava, se Você nem Saiu de Casa?", que terá temporada online a partir de sábado, o dia 18, às 18h30. Em cada sessão, cada um dos cinco artistas da companhia irá abrir uma chamada de vídeo pelo aplicativo WhatsApp com um espectador, promovendo uma experiência-conexão de um para um a partir dos recursos do teatro físico. Os ingressos custam R$ 20 e estão à venda pelo Sympla.

Durante a fase final de ensaios de uma peça infanto-juvenil baseada no livro "Onde Nascem as Estrelas - Doze Lendas Brasileiras", de Clarice Lispector, o Teatro Lâmina interrompeu a montagem devido à recomendação de isolamento social a fim de evitar o contágio por covid19. Neste meio tempo, a necessidade de estabelecer contato com o público de algum modo resultou na criação de "Onde Você Estava, se Você nem Saiu de Casa?", que terá temporada online

Em cada sessão, cada um dos cinco artistas da companhia irá abrir uma chamada de vídeo pelo aplicativo WhatsApp com um espectador, promovendo uma experiência-conexão de um para um a partir dos recursos do teatro físico. Viviane Monteiro, que assina direção e dramaturgia, define o experimento como uma conexão direta entre o teatro e o público para tempos de saudade do palco. Na obra, cada ator personifica algum elemento que compõe o espaço físico do teatro e inicia sua interação com o público a partir disso. 

As personagens são: Zé Linóleo (Inácio Marçal), Dona Proscênia (Giovanna Koyama), Rita Camarim (Inaiê Kariny), Ana Ribalta (Julia Azzam) e  Maria Coxia (Giovanna Kuczynski). “Trata-se de um exercício para manter imaginação viva por meio da interação com o espectador. Quando nos conectamos, buscamos ocupar toda extensão da tela do celular. O maior instrumento que temos neste momento é a voz, então apostamos nas modulações, suspiros e sussurros. Também desenhamos todo espaço da tela com gestos e aproximações”, conta a diretora.

A dramaturgia é tecida com informações sobre o teatro que são costuradas com trechos de textos como "Soneto 66", de William Shakespeare; "As Três Irmãs", de Anton Tchekhov, e o poema "Soube que Vocês Nada Querem Aprender", de Bertold Brecht – autores e nomes dos mais expressivos de suas épocas. A base de todo texto é praticamente a mesma para os atores do Teatro Lâmina, com exceção dos momentos em que falam sobre as características do teatro ligadas aos seus nomes e aos dramaturgos citados acima.

Viviane conta que, mesmo estabelecendo um encontro de um para um, o espectador não assistirá a uma peça de teatro. Ele viverá uma experiência de se conectar ao teatro. “É como se fosse uma chamada de vídeo com o teatro e o público poderá se conectar a partir da personificação deste espaço”, complementa.

Na concepção de uma cena que se resume a uma tela de celular com a câmera posicionada na direção vertical, Viviane conta que a criação coletiva do grupo potencializou a linguagem do teatro físico, que já é uma característica do Teatro Lâmina. Conta também sobre as influências diversas, como a improvisação e espontaneidade dos atores da commedia dell'arte, o jogo cênico dos clowns, além de técnicas de respiração e articulação que o grupo desenvolve.  “Acredito piamente que o teatro é a arte do ator. Essa experiência – apesar de não a considerar ‘teatro’ – é tão efêmera quanto uma peça teatral. Confio que meus atores dominarão este pequeno espaço virtual como dominam o palco. Improvisarão como improvisam no palco mesmo com um texto pronto e estarão em prontidão como estão no palco. É uma experiência para atores e público viverem juntos, assim como no espaço físico do teatro”, finaliza a diretora.

Sinopse
Zé Linóleo, Dona Proscênia, Rita Camarim, Ana Ribalta, Maria Coxia, são Teatro. Todos estão aqui há mais de cem anos e procuram por alguém para dividir suas histórias já que ninguém os visita mais. Os personagens interagem com os espectadores em um formato um para um, mostrando um pouco de suas realidades dentro de “casa” e os convidando para refletir e se conectar com o que faz a magia acontecer neste lugar.

Elenco
Giovanna Koyama - Atriz e cantora. Estudou “Teatro Físico”, com John Mowat (UK) e Mímica, com Luis Louis. Realizou um Workshop de verão de Jacques Lecoq em Berlim - 2018. Estudou “O Corpo Poético”, com Sebastién Brottet-Michel (FR). Trabalhou como assistente de direção na peça “O Corte”, com direção de Daniel Lopes, e em “A Via Crucis do Corpo” de Clarice Lispector em 2017, com direção de Adriana Pires. Foi Dirigida em Oficina de montagem do grupo Garagem-21 por César Ribeiro em 2018. Em 2019, realizou oficinas no Núcleo Experimental com o diretor Zé Henrique de Paula e Fernanda Maia. Mantém aulas de canto regulares com a cantora lírica Francielle Barros. Atualmente mora em Londres, Reino Unido.

Inaiê Kariny - Atriz paraense, da Ilha de Marajó, estuda e atua em São Paulo onde atualmente reside. Cursa o Técnico de Artes Cênicas na Escola Wolf Maya e é atriz do Teatro Lâmina.

Giovanna Kuczynski - Natural de São Paulo, atuou em quatro espetáculos dirigidos por Marcelo Fonseca, no Teatro do Incêndio, em “Trabalhos de amor perdidos”, dirigido por Eliete Cigarini, e na performance "O Corpo Social", durante o Festival Satyrianas, em 2016. Trabalhou como assistente de direção de Kiko Marques, Elias Andreato e Sérgio Ferrara. Participou das oficinas: “Improvisação entre Dança e Teatro”, ministrada por Miguel Prata na Galeria Olido, “Escuta, Autoficção e Cena”, ministrada por Chris Ubach na Oficina Cultural Oswald Andrade e “O Teatro do Oprimido”, ministrada por Cecília Boal no Centro Cultural São Paulo. Integrou ainda oficinas dedicadas ao estudo da obra de Clarice Lispector, William Shakespeare e Andy Warhol. Atualmente trabalha como atriz no Teatro Lâmina.

Julia Azzam - Atriz paulistana e integrante do Teatro Lâmina, estudou interpretação na Escola de Atores Wolf Maya e canto no Studio Marconi Araújo, com Adriano Disidney, Paula Capovilla, Bianca Tadini e Mary Setrakian. Seu último trabalho no teatro foi a peça Jardim de Inverno, dirigida por Marco Antônio Pâmio, em 2019, cuja temporada de 2020 está pausada no momento. Fluente em inglês, é bilíngue com diploma emitido pelo International Baccalaureate.

Inácio Marçal - Ator natural do Paraná, começou a fazer teatro em um curso livre durante a faculdade, mudando-se para São Paulo logo depois para dar continuidade aos estudos de artes cênicas. Estudou teatro com pessoas como Josemir Kowalick, Marco Antônio Pâmio e Guilherme Santana. Estudou televisão com Samantha Dalsoglio, Renato Simões, Nara Marques e André Garolli. Participou do processo da peça "Inferno, um interlúdio expressionista", com direção de André Garolli. No teatro foi dirigido por Hugo Coelho em "Vereda da salvação" e atualmente está em processo sendo dirigido por Viviane Monteiro no Teatro Lâmina, além de estar em processo da peça "O Mambembe" com direção de Sandra Corveloni.

Viviane Monteiro - Atriz, pernambucana da gema, e diretora/fundadora do Teatro Lâmina em São Paulo. Comunicóloga por formação, especializou-se em “Corpo: Dança, Teatro E Performance” pela ESCH- SP. Estudou teatro físico com John Mowat (UK), “O Corpo Poético”, com Sebastién Brottet-Michel (FR), e “A Poética Do Ator”, com Luíz Mário Vicente (BR). Seu último trabalho no teatro foi em “Eu estava em minha casa e esperava que a chuva chegasse”, dirigido por Antunes Filho, em 2018/19. No audiovisual, atuou em “Colônia” para o Canal Brasil com direção de André Ristum e em “Aruanas” para a Globoplay com direção de Bruno Safadi. Atualmente ensaia para uma peça dirigida por Bete Coelho e Cássio Brasil (em pausa no momento) e se dedica à pesquisa cênica com seu grupo.

Sobre a companhia
Fundado em 2017, o Teatro Lâmina (ou Cia Lâmina, como o grupo chama carinhosamente) é um grupo de pesquisa cênica que leva para o palco um trabalho consistente de voz e corpo dentro da pesquisa do Teatro Físico. Viviane Monteiro, fundadora do grupo, acredita que atores precisam ter uma consciência corporal potente de modo que se apropriem totalmente de seu único instrumento de trabalho – o corpo. 

Sua pesquisa nos últimos dez anos têm sido, para o palco e cinema, uma pesquisa de teatro físico. Assim, a atriz fundadora do grupo desenvolve sua própria “metodologia” com meditação, exercícios de visualização, articulação interna, externa, pinceladas de técnica Klauss Vianna, estudo de anatomia, fisioterapia e fonoaudiologia (estes últimos sempre com algum profissional da área), bastante filosofia, leitura, pesquisa teórica e, claro, muito treino físico e vocal para o palco.

Em 2017, o Teatro Lâmina surgiu de um projeto baseado em contos de Clarice Lispector. O grupo estreou no VIGA Espaço Cênico e lotou todas as sessões por duas temporadas. “A Via Crucis do Corpo”, com direção de Adriana Pires, encheu a casa mesmo em dias de “toró pesado”, como diz Viviane. Em seguida, o Teatro Lâmina entrou como realizador num projeto de Nelson Rodrigues e ganhou o Prêmio Cenym de Melhor Cia de Teatro, em 2018. Os processos de ensaio duram de seis a oito meses e acontecem na Oficina Cultural Oswald de Andrade. Durante os tempos de distanciamento social, os treinos e pesquisas mais específicas se dão por encontros virtuais que acontecem religiosamente três vezes por semana.

Ficha Técnica
Texto original: Viviane Monteiro. Textos usados: "Soneto 66", de Shakespeare; trecho de "As Três Irmãs", de Tchekhov; e o poema "Soube que Vocês Nada Querem Aprender", de Brecht. Direção geral: Viviane Monteiro. Assistência de direção: Angélica Prieto. Elenco: Julia Azzam, Giovanna Kuczynski, Inácio Marçal, Inaiê Kariny e Giovanna Koyama. Figurino, maquiagem, cenário, iluminação, pesquisa cênica, pesquisa de improviso e fotografia: o grupo.

Serviço
"Onde Você Estava, se Você nem Saiu de Casa?" - Teatro Lâmina
Temporada: 18 de julho até 16 de agosto.
Sábados, 1ª sessão às 18h30 e 2ª sessão às 20h.
Domingos, 1ª sessão às 18h30 e 2ª sessão às 20h.
Duração: 30 minutos.
Classificação indicativa: livre.
Ingressos: R$ 20, à venda pelo Sympla, neste link.

sábado, 11 de abril de 2020

.: NaQuarentenaEu: Fabrício Pietro prepara "A Grande Obra"


Por Helder Moraes Miranda e Mary Ellen Farias dos Santos, editores do Resenhando. Fotos: Instagram do artista

Com a confirmação do status de pandemia do novo coronavírus (Covid-19), feita pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a principal recomendação é ficar em casa. Pensando nisso, o Resenhando convidou uma série de artistas para dar sugestões sobre o que fazer diante do cenário de quarentena. Ator de sucessos do teatro como "Jardim de Inverno" (crítica neste link) e "Inferno" (crítica neste link)Fabrício Pietro deu dicas que podem inspirar muita gente.

"Oi, leitores do Resenhando! Como estamos de quarentena? Pois é, algo grande aconteceu pra colocar todos nós em xeque mate. Algo invisível aos olhos nos fez parar nosso estilo frenético de vida. Tudo se tratava de realizações, de levantar cedo e ir pra luta. Tudo se tratava de vencer batalhas e conquistar mais espaço, mais visibilidade, mais dinheiro, mais poder, mais, mais e mais. Agora são exatamente essas coisas que nos faltam.

Quero dizer que tenho usado meu tempo pra fazer pouco, muito pouco. Tenho aproveitado o tempo pra observar a mim e a natureza das coisas. Estou dando o tempo que o tempo pede e observado. Lido com minhas preocupações sobre o que julgo essencial e penso como isso tem sido para as pessoas que possuem carência do que é essencial e básico. Neste momento não me falta nada, sou um privilegiado. 

Claro que me faz falta a liberdade de ir e vir, os abraços, as festas, o teatro, meus pais. Mas como isso não está ao meu alcance no momento faço chats com amigos, tenho cozinhado bastante, lido poemas de Brecht e um clássico do Tolstói, Anna Karênina. Tenho olhado muito pro céu. Assisto um pouquinho de noticiários, confesso. E estou desenvolvendo a dramaturgia de 'A Grande Obra', meu próximo trabalho autoral. Já falei dele aqui outras vezes e convido a todos a seguirem o perfil da peça no insta, @a_grande_obraEnfim, minha gente, estou vivendo. Vivam também! O sol continua nascendo todos os dias. Avante!", Fabrício Pietro.



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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

.: Crítica: "Inferno" aponta santa ceia como início dos problemas do mundo





Por Helder Moraes Miranda, editor do ResenhandoFotos: Alexandre Inserra.

O filósofo e escritor francês Jean-Paul Sartre disse, em uma peça de teatro, que "o inferno são os outros". Essa premissa, dita pelo maior expoente do existencialismo -corrente filosófica que reflete sobre o sentido que o homem dá à própria vida-, pode ser encaixada perfeitamente ao ambiente hostil retratado em "Inferno - Um Interlúdio Expressionista". 

Inspirado no texto "Not About Nightingales", escrito por Tennessee Williams quando tinha 27 anos, e encenado dentro do projeto "Homens à Deriva", o espetáculo traça um paralelo entre os anos 30 e o período atual, dando pistas de que os homens de hoje ou não evoluíram em nada ou caminham a passos largos para um retrocesso difícil de ser concertado.

Em um presídio de 1937, várias histórias se entrelaçam. A fragilidade humana é o epicentro da trama e uma espécie de metáfora ao sistema prisional. É nesse caos que se faz a poesia, porque ninguém é inocente em um espaço em que todos são passíveis de erros, julgamentos e condenações justas ou não. Quem praticou um crime não aceita a inocência de ninguém e quem afirma que foi condenado injustamente também não dá aos outros o benefício da dúvida.  Nesse contexto, os habitantes do presídio vivem assim. A absolvição não existe no enredo de Tennessee Williams. Pelo contrário. 

O inferno, além de ser os outros, também está em cada um dos personagens e em cada espectador da peça - que absolve e condena com a mesma facilidade em que troca de roupa. Todos, com suas bagagens e pecados, estão condenados à liberdade e o que se faz com o livre arbítrio pode ser decisivo para os próximos passos. E é esse o pacto que se estabelece entre público e atores do espetáculo, em cartaz no Viga Espaço Cênico até dia 18 de fevereiro (apenas mais quatro apresentações, por isso, não perca).

Fabrício Pietro empresta seu carisma, mais uma vez, a um sujeito com índole duvidosa - embora não se repita. O papel dele conversa com o personagem que interpretou em "Jardim de Inverno", em breve de volta aos palcos de São Paulo (por isso, mais 11 motivos para assistir a peça). É possível fazer um paralelo, por exemplo, quando ele telefona para casa para falar com o filho pequeno ao mesmo tempo em que está claramente intencionado em ser infiel com a esposa no ambiente de trabalho. A diferença é que, enquanto o personagem de "Inferno" é um psicopata, o de "Inverno" é um egoísta. Em comum entre os dois, além do temperamento repleto de dualidades, estão as escolhas que estes homens imperfeitos fazem e que resultam em consequências diretas na vida dos outros e de si mesmos.



Em contraponto ao personagem, está a personagem de Camila dos Anjos - em um papel à altura de seu talento. Mas não se engane com a figura de mulher angelical que atriz e seu papel representam: ela está naquele lugar porque precisa do emprego e faz até o que não concorda para se manter empregada. Outra mulher que se destaca é a atriz Simone Rebequi, cuja personagem enfrenta a busca desesperada por um filho que desapareceu entre os homens daquele local. A dor dessa personagem é algo tão real e dilacerante que, muitas vezes, em cena, parece uma personagem à parte.

É a partir dessa busca de informações de uma mãe pelo filho que as linhas, traçadas com mãos cirúrgicas em uma parceria entre texto e direção consistente de André Garolli resultam nas coincidências que fazem deste espetáculo algo tão avassalador. No inferno, há as revoltas e os motins. Quem as lidera é o personagem de Fernando Vieira, em mais um bom momento na carreira. A interpretação enérgica que ele dá a um homem repleto de defeitos e humanidade faz com que a plateia reflita que há um lado humano em um homem repugnante que despreza a humanidade dos outros e que quer para si o que tomou de alguém. "Inferno" discute as oportunidades, fala sobre o querer o que nunca se teve, e traça uma linha tênue entre o bem e o mal. 

A insanidade que permeia a insalubridade do lugar está potencializada no marinheiro Jack, defendido com muita firmeza por Lucas Guerini, em uma interpretação que vai da mais pura crueza ao mais poético momento do espetáculo. Lucas Guerini tem o mérito de iniciar o espetáculo de uma maneira contundente, na mais alta temperatura. É a partir dele, e por isso a responsabilidade imensa do ator, que todos começam no limite, e todos, nesse limite e em alta tensão, querem alguma coisa: só poderia dar errado. 

Esse "querer" em "Inferno" é o céu, a redenção, as oportunidades que não chegaram. O inferno é um lugar em que a luminosidade não se vê, a não ser a partir de personagens tão puros quanto o do presidiário Jim, que está naquele lugar porque roubou para comer. Jim é interpretado pelo ator Athos Magno que, em uma atuação sensível e repleta de nuances, demonstra desde o primeiro momento em que pisa em cena que o personagem é diferente de outros que estão ali. Além disso, o amor que ele sente é capaz de trazer a redenção para outros personagens e alguns desdobramentos. 

Destaca-se, também, entre os 40 atores do espetáculo, a presença hipnotizante de Wes Machado. No meio de tanto caos, ele traz a leveza da purpurina em um lugar que é só sombra. Para ver, refletir, melhorar e se reinventar, admitindo que o inferno está dentro de cada um de nós. Dosá-lo no cotidiano é a melhor maneira de conseguir estar em um mundo melhor e um pouco mais humanitário. 

Além disso, "Inferno" propõe críticas bem contundentes ao longo das apresentações, que relacionam 90 anos atrás e os dias de hoje. Há indícios de que todos os problemas do mundo começaram a partir da santa ceia, será? "Este não é o 'Messias' que vocês esperavam" é só uma delas. Quem tiver um pouco de sanidade sai do espetáculo com alma lavada.

Ficha Técnica:
"Inferno - Um Interlúdio Expressionista"
Inspirado no texto "Not About Nightingales", de Tennessee Williams, dentro do projeto "Homens À Deriva". Direção: André Garolli. Assistente de direção: Mônica Granndo. Elenco: Camila dos Anjos, Fernando Vieira, Fabrício Pietro, Athos Magno, Simone Rebequi e mais 36 atores. Produção: Cia. Triptal. Assistência de produção geral: Giulia Oliveira. Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes. Projeto contemplado pelo Programa Municipal De Fomento Ao Teatro Para A Cidade De São Paulo 32ª Edição – 2018.

Serviço:
VIGA Espaço Cênico
Rua Capote Valente, 1323 -  Próximo ao metrô Sumaré. Telefone: (11) 3801-1843. Temporada:  de 27 de janeiro até 18 de fevereiro de 2020. Segundas e terças, às 21h. Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia). Duração: 100 minutos. Classificação: 16 anos. Capacidade: 80 lugares.



sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

.: #ResenhaRápida: o céu e o inferno de Fabrício Pietro, ator e revolucionário


Por Helder Moraes Miranda e Mary Ellen Farias dos Santos, editores do Resenhando. Fotos de Kim Leekyung. 





Fabrício Pietro (entrevista com ele neste link) é ator formado pelo Indac. Estreou no SBT em 2003 na novela “Jamais Te Esquecerei”. Três anos depois, em 2006, fez a estreia no teatro com “Morte e Vida Severina”, que teve a direção de Kiko Marques. Em 2007, interpretou Julieta em "R&J", versão contemporânea do clássico shakespeariano escrita por Joe Calarco e dirigida por Zé Henrique de Paula.  Seguiu com o Núcleo Experimental em: “Mojo”, texto de Jez Butterworth e em “O Livro dos Monstros Guardados”, texto de Rafael Primot. Em outras duas produções, “Cândida” de Bernard Shaw e “Senhora dos Afogados” de Nelson Rodrigues, trabalhou como assistente de direção.

Em 2013, atuou em "Depois da Vida" sob direção de Juliana Galdino e em 2016 integrou elenco de"A Gaivota" de Tchekhov, sob direção do Kiko Marques. Ao longo dos anos, Fabrício integrou grupos de estudos dos diretores Antunes Filho, Antônio Januzelli, Cacá Carvalho, Grupo Tapa e Cia Hiato. Após nove anos contratado como apresentador do canal "Mix TV", pelo qual recebeu o prêmio PJB de “destaque na TV” em 2012, retomou os estudos de ator em 2017 e participou do projeto "Experiência Antígona", do diretor Eric Lenate. Em 2018, dando sequência aos projeto de reciclagem e aprimoramento, integrou as várias oficinas de interpretação.

Em 2019, cria a performace artística baseada no livro "Odisseia", de Homero, sob orientação da Cia Hiato e a performance “Isto Não É Um Homem Esta Não É Uma Dança” sob orientação da bailarina Beth Bastos. Em 2019, estreou os espetáculos “Jardim de Inverno”, em que assina a dramaturgia e idealização, com direção de Marco Antônio Pâmio e atuando ao lado de Andreia Horta. Também “Inferno - Um Interlúdio Expressionista” com direção de André Garolli, ao lado de Camila dos Anjos e Fernando Vieira, trabalho pelo qual foi indicado como “melhor ator” pelo Prêmio Aplauso Brasil, em cartaz no Viga Espaço Cênico.

Além de participações na série "Carcereiros" da TV Globo e da novela "Jezabel", da TV Record. Para 2020, além da reestreia de "Inferno" (sorteio de ingressos neste link), prepara o retorno de "Jardim de Inverno" (crítica neste link e 11 motivos para assistir o espetáculo) e a estreia de uma peça inédita ao lado da atriz e diretora Fernanda Stefanski entitulado "A Grande Obra".

#ResenhaRápida com Fabrício Pietro

Nome completo: Fabrício Pietro.
Apelido: nem pensar.
Data de nascimento: 21 de novembro de 1979.
Qualidade: não faltar em compromissos.
Defeito: me atrasar em compromissos.
Signo: escorpião (calma aí!).
Ascendente: áries (muita calma aí!).
Uma mania: arrumar o armário todo antes de arrumar uma pequena mala de viagem.
Religião: manipulação da fragilidade alheia.
Time: o meu.
Amor: filtro pra tudo.
Sexo: com sedução e luxúria.
Mulher bonita: Maria da Penha e Joana D'Arc.
Homem bonito: Cazuza e Zumbi dos Palmares.
Família é: samsara. 
Ídolo: sou de escorpião, esqueça.
Inspiração: biografias, cinema e música.
Arte é: enxergar mais longe, desmecanizar, sentir empatia e renovar as esperanças.
Brasil: muito pouco do que se orgulhar.
Fé: na vida.
Deus é: tudo o que tem vida e vibra amor.
Política é: diferente de “partido”.
Hobby: colecionar programas de peças de teatro e arrumar a casa.
Lugar: sobre as montanhas.
O que não pode faltar na geladeira: queijo.
Prato predileto: frango à milanesa da minha mãe.
Sobremesa: torta de morango e chocolate.
Fruta: pitaia amarela.
Cor favorita: azul e rosa.
Medo de: desistir.
Uma peça de teatro: "Solos", de Wadji Mouawad - Sesc Pinheiros (2015).
Um show: "MDNA Tour" (2012).
Um ator: Joaquin Phoenix e Daniel de Oliveira.
Uma atriz: Amanda Acosta, Débora Falabella e Kate Winslet.
Um cantor: Freddy Mercury e Ney Matogrosso.
Uma cantora: Madonna.
Um escritor: Ruy Castro e Fernando Pessoa.
Uma escritora: Eliane Brum.
Um filme: "A Grande Beleza", de Paolo Sorrentino.
Um livro: "1984", de George Orwell.
Uma música: "Nothing Fails" - Madonna.
Um disco: "Ray of Light", "Like a Prayer" e "Confessions on a Dance Flor" - Madonna.
Um personagem: Edmundo ("Rei Lear", de William Shakespeare).
Uma novela: "Tieta", de Aguinaldo Silva (1989).
Uma série: "The Crown" e "Os Normais".
Um programa de TV: "O Mundo Visto de Cima".
Um podcast: não ouço.
Uma saudade: das brincadeiras da infância.
Algo que me irrita: não desmarque um encontro comigo de última hora, não desmarque.
Algo que me deixa feliz é: dançar.
Não abro mão de: dançar e atuar.
Do que abro mão: em dar a última palavra.
Digo sim a: experiências novas.
Digo não a: violência e histerismo.
Sonho: em ter asas.
Futuro: resultado do presente.
Morte é: bem vinda e necessária.
Vida é: coexistência.
Uma palavra: avante.
Ser ator é: romper limites e gerar adrenalina.
Ser homem hoje é: saber ouvir as mulheres.


Encerramento de "Jardim de Inverno" com Fabrício Pietro

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