quarta-feira, 13 de março de 2019

.: Museu Casa de Portinari celebra 49 anos com apresentações gratuitas

Foto: Divulgação

Antiga residência de Candido Portinari, em Brodowski, o Museu Casa de Portinari, instituição da Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari -, comemora nesta quinta-feira, 14 de março, 49 anos. Para a data, o espaço cultural preparou atividades gratuitas.

A partir das 20h, o equipamento promoverá apresentações sobre os programas fornecidos pelo espaço. Os temas serão: acervo, educativo, exposições, comunicação, edificação, programação e ações de apoio ao Sistema Estadual de Museus (SISEM-SP). Todos serão ministrados por Angélica Fabri, diretora-executiva da ACAM Portinari.

"O objetivo é mostrar aos participantes os processos de trabalho dentro de um museu, com exemplos práticos do nosso espaço", destaca Cristiane Patrici, gerente do Museu Casa de Portinari.

Na sequência, para valorizar a arte e os cidadãos locais, o brosdosquiano César Gullo fará a apresentação da obra de sua autoria: “Um Conto de Natal”. A ação é aberta ao público de todas as idades.

"É hora de celebrarmos a história do museu e a cultura tão cultivada nesse espaço. Foi aqui que Candido Portinari realizou suas experiências com pinturas murais e se aprofundou na técnica com o passar dos anos, é nossa função perpetuar essa trajetória", reforça Cristiane.

Desde 1970, o Museu Casa de Portinari expõe ao público a casa principal do pintor, bem como anexos simbólicos e afetivos para o artista, como a capela que ele produziu para sua avó.

Serviço:
Apresentação dos programas do Museu Casa de Portinari
Data: 14 de março de 2019
Horário: às 20h
Local: Museu Casa de Portinari
Endereço: Praça Candido Portinari, nº 298, Centro - Brodowski/SP
Informações: (16) 3664-4284
Entrada: gratuita

Apresentação - Um Conto de Natal
Data: 14 de março de 2019
Horário: às 20h
Local: Museu Casa de Portinari
Endereço: Praça Candido Portinari, nº 298, Centro - Brodowski/SP
Informações: (16) 3664-4284
Entrada: gratuita

.: Crônica: Sustos e avisos de 2019, por Mary Ellen Farias dos Santos

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em março de 2019



Não posso reclamar. 2019 está sendo um bom ano.

Reencontrei um pendrive mínimo, que de tão pequerrucho ficou perdido, mas não esquecido no bolso de um shorts. A vestimenta foi lavada e guardada, enquanto que o próprio, no bolso permaneceu até que eu optasse por usar o shorts verdinho com um lenço de cinto. Até meu pendrive pink, perdido numa escola, apareceu e fui avisada por WhatsApp para buscá-lo. Quantas coisas revirei em busca deles.

Além da viagem nas férias para Curitiba e esticadinha até Penha, para eu me esbaldar no Beto Carrero World, também tive diversões maravilhosas surgindo, principalmente em São Paulo. E como eu amo teatro. Melhor diversão que essa, não há! É totalmente sensacional subir a serra com uma listinha de afazeres culturais.

E como nem tudo na vida chega com flores perfumadas, nesse ano também tomei alguns sustos. No domingo de Carnaval, quando eu e maridão subimos a serra para assistir "Dogville", na volta, uma empresa terceirizada pela Cometa foi quem fez o trajeto até São Vicente. Pois é! Saímos do espetáculo e queríamos vir direto para São Vicente, ônibus em que descemos praticamente na esquina de casa. Novato e sem informação, o motorista nos deixou perto do Fórum. De lá até o 2º Batalhão de Infantaria Leve é chão, viu!

Eis que a sorte de perambular de madrugada pelo Centro de São Vicente, não se repetiu na quarta-feira de cinzas. Dia em que é a feira aqui no Jardim Guassú. Subindo a nossa rua, bem na esquina, antes da Avenida Antônio Emmerick, um marginal de bicicleta veio nos abordar. 

De onde veio? Divisa, mas tal qual um fantasma, apareceu. Provavelmente o alvo era eu, uma vez que maridão vinha atrás de mim, não andando, mas se arrastando.

A verdade é que ele falou algo, que no dialeto único, nada entendi. Contudo, maridão, mergulhado no próprio universo mágico, deu trela. Acreditou que ele pedia informação. Santa inocência! Notando do que se tratava, embora tudo tenha acontecido em pouquíssimos minutos, apertei o passo para chegar logo na Avenida. Não voltaria para casa! E pertinho, duas mulheres conversavam na porta de casa e nem faziam ideia do que poderia acontecer, quase ao lado delas.

Desistiu! Embora tenha simulado a todo momento estar armado.

Queria a minha aliança? A bolsinha rosa? Ali, não carregava documentos, carteira ou celular. Só levava o porta-níquel com exatos R$ 16,00 e as chaves de casa. É... eu só precisava de bananas e algumas verduras. No entanto, voltamos para casa com o coração acelerado e sem parar de tagarelar confabulando o que, de fato, o vagabundo queria.

O que ele tanto disse para o maridão, fazendo cara de quem comeu e não gostou?

- Tu é polícia? Mostra a tua carteira! 



*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: 
@maryellenfsm


.: Troca de Esposas: no quinto episódio troca maridos

Parceiro de Ana Paula Almeida, a paquita Pituxita, vai parar em casa de tatuadores profissionais



Crédito: Antonio Chahestian/Record TV


O quinto episódio do Troca de Esposas, que vai ao ar nesta quinta-feira, dia 14/3, promoverá, na realidade, uma troca de maridos. Será a primeira vez que isso acontecerá nesta temporada do reality show apresentado por Ticiane Pinheiro.

Na atração, o comerciante José Roberto, 54 anos, marido de Ana Paula Almeida, 41, mais conhecida como a paquita Pituxita, que mora no Rio de Janeiro, vai parar em uma casa de tatuadores profissionais na cidade de Pedreira, interior de São Paulo. Será que ele, que determina uma série de regras em sua residência, incluindo horários definidos para comer, usar o computador e dormir, vai conseguir se adaptar na rotina do lar do casal Cris Piza, 30, e Mauro, 36, que é bastante liberal?

O Troca de Esposas é a versão brasileira da atração Wife Swap, que já foi produzida em mais de 20 países. No Brasil, a produção é da Teleimage. A atração, sob comando do diretor de núcleo de realities Rodrigo Carelli, vai ao ar todas as quintas-feiras, a partir das 22h30. A atração também está disponível no PlayPlus, plataforma de streaming e VoD do Grupo Record, que pode ser acessada pelo www.playplus.com.

.: Cena inédita mostra muita ação em "O Parque dos Sonhos"

Distribuída pela Paramount Pictures, animação chega aos cinemas nesta quinta, dia 14 


A Paramount Pictures acaba de divulgar mais uma cena inédita da animação "O Parque dos Sonhos" (WONDER PARK), que estreia dia 14 de março. Produzido por Josh Appelbaum, André Nemec e Kendra Haaland, o filme conta a história de um parque de diversões que ganha vida na  imaginação de June, de 12 anos.

Na versão brasileira, os atores e Lucas Veloso e Rafael Infante dão voz a uma dupla de irmãos bem atrapalhada. Os castores Gus e Cooper são os responsáveis pela manutenção dos brinquedos do parque. Na versão americana, Jennifer Garner, Matthew Broderick, John Oliver, Mila Kunis fazem parte do casting de dubladores do longa.  
      
Sobre a Paramount Pictures Corporation: A Paramount Pictures Corporation (PPC), uma importante produtora e distribuidora global de entretenimento filmado, é uma unidade da Viacom (NASDAQ: VIAB, VIA), casa de marcas globais famosas que cria emocionantes programas de televisão, filmes de longa-metragem, conteúdo de curta-metragem, apps, jogos, produtos de consumo, experiências nas mídias sociais e outros conteúdos de entretenimento para audiências de mais de 180 países.

Clipe


.: Rio sem lei: livro faz paralelo por trás da morte de Marielle

A trama começa a ser descoberta e um dos presos de hoje no caso Marielle é um dos personagens do livro-reportagem "Rio Sem Lei", lançado pela Geração Editorial, em meados de 2018.

Em agosto de 2011, dois policiais militares dispararam 21 tiros contra a juíza Patrícia Acioli quando ela chegava em casa, após um longo dia de trabalho. A juíza investigava assassinatos de centenas inocentes por policiais de um grupo de extermínio, em favelas da região metropolitana do Rio de Janeiro. 

Sete anos depois, na noite de 14 de março de 2018, a vereadora Marielle Franco, negra e ex-moradora do Complexo da Maré que denunciava feminicídios, levou quatro tiros na cabeça e morreu ao lado de seu motorista, Anderson Gomes. Eles tinham saído antes de uma reunião de mulheres negras. Os executores de Patrícia foram presos rapidamente, os de Marielle começam a ser descobertos agora. A polícia prendeu um sargento reformado da Polícia Militar e um ex-PM acusados do crime.

O sargento perdeu a perna esquerda num atentado a bomba em outubro 2009 quando, segundo a Polícia Federal, trabalhava para a máfia dos jogos ilegais. “A bomba instalada 30 centímetros à frente do banco do motorista explodiu em uma caminhonete Hilux blindada. O veículo percorreu 160 metros deixando um rastro de sangue até bater no poste que então o fez parar. A polícia não identificara o tipo de explosivo, mas concluiu que fora detonado por meio de um celular, conectado a um sistema elétrico composto por duas baterias. O conjunto estava num invólucro de PVC com ímãs de imenso poder de aderência, geralmente utilizados em discos rígidos de computadores”, diz trecho do livro.

O PM trabalhava na Delegacia de Repressão a Armas e Explosivos e também serviu no batalhão cujo comandante foi condenado pelo assassinato da juíza Patrícia Acioli. O livro “Rio sem Lei” une as pontas do poder paralelo por trás dos homicídios de Marielle e Patrícia.

Escrito pelos jornalistas Hudson Corrêa e Diana Brito, o livro conta como o estado paralelo funciona e domina o Rio de Janeiro. São quatro organizações criminosas: a máfia dos jogos, o tráfico de drogas, as milícias e a banda podre da polícia. Os policiais corruptos aparecem em todas as pontas. Eles dão proteção aos chefes do jogo ilegal, recebem suborno de traficantes e estruturam grupos paramilitares chamados milícias. Os milicianos tomaram bairros e favelas com a promessa de expulsar o tráfico, mas começaram a extorquir moradores cobrando taxas de proteção (quem não paga morre) e por serviços de internet, gás de cozinha e TV a cabo. O livro revela que, outrora arqui-inimigos, os milicianos e os traficantes se associaram nas “narcomilícias”.

Rio em guerra: A eletrizante história de como a corrupção e o crime levaram o Rio de Janeiro para o caos. “Polícia é polícia. Bandido é bandido. Não devem se misturar, igual água e azeite”, alertou na década de 1970 o famoso assaltante de bancos Lúcio Flávio Vilar Lírio, assassinado após testemunhar contra policiais corruptos. O eletrizante livro de Hudson Corrêa e Diana Brito mostra que caminhamos acelerados na direção contrária à constatação óbvia, até para um bandido, de que a polícia não pode se misturar com criminosos. O livro descreve em detalhes como a corporação policial do estado do Rio de Janeiro foi minada pelo banditismo e como a bandidagem passou a impor suas leis. O assassinato da juíza Patrícia Acioli, com 21 tiros, em agosto de 2011, é um dos crimes esmiuçados e reconstituídos pela dupla de repórteres, que se debruçou também sobre o poder paralelo das milícias, do jogo do bicho e do narcotráfico. As cenas da agonia e morte de um jovem punido pelo traficante Fernandinho Beira-Mar que, por telefone, ordenou e acompanhou a tortura e a execução, são de tirar o fôlego. “Rio sem lei” é uma denúncia vigorosa da calamidade que se instaurou no Rio de Janeiro. – ELVIRA LOBATO, jornalista  

Diana Brito: Jornalista desde 2005, enfrentou tiroteios intensos nas ruas que rodeavam favelas para não faltar a universidade no turno da noite. Fez estágio numa rádio comunitária na favela Vila Cruzeiro com apoio da ONG Viva Rio. Passou pela TV Brasil, assessoria de imprensa do estádio do Maracanã, UOL, Globo.com e Canal Futura. Trabalhou oito anos na Folha de S.Paulo, principalmente na cobertura de segurança pública. Em 2015, mudou para a Inglaterra. Faz trabalhos para a BBC Brasil, na sede da emissora na capital britânica, e colabora com a Folha de S. Paulo.

Hudson Corrêa: Trabalhou em grandes veículos de comunicação do Brasil: Gazeta Mercantil, Jornal do Brasil, Folha de S.Paulo, revista  Época e O Globo. Ganhou o Premio Latinoamericano de Periodismo sobre Drogas (2012), o prêmio Direitos Humanos do Movimento de Justiça e Direitos Humanos da OAB-RS (2016 e 2018) e o Patrícia Acioli de Direitos Humanos, da Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (2017). Autor de Sérgio Cabral o homem que queria ser Rei (Sextante), de Eleições na estrada (PubliFolha), além de Rio sem lei (Geração Editorial).

.: Homens buscam lado feminino em cena de "Um Banho de Vida"



“Busquem a mulher dentro de vocês”, pede a professora de nado sincronizado aos seus alunos quarentões em cena recém-divulgada do filme francês “Um Banho de Vida”, de Gilles Lellouche. Para atender aos pedidos dela, a equipe ensaia posições de balé de um modo um tanto desajeitado. Assista à cena aqui. 

“Um Banho de Vida” integrou a seleção oficial “fora de competição” do Festival de Cannes em 2018, antes de chegar aos cinemas da França – onde já foi visto por mais de 4 milhões de espectadores. No Brasil, a estreia está prevista para 21 de março, com distribuição da Pagu Pictures.

No elenco estão Mathieu Almaric (“O Grande Hotel Budapeste”), Jean-Hughes Anglade (“A Rainha Margot”), Virginie Efira (“Elle”), entre outros.

Sinopse: Bertrand (Mathieu Amalric) está no “auge” dos seus quarenta anos e sofre de depressão. Depois de usar uma série de medicamentos que não surtiram nenhum efeito, ele começa a frequentar a piscina municipal do bairro em que vive. Lá ele conhece outros homens com histórias semelhantes a sua. O grupo se junta e forma uma equipe de nado sincronizado masculino, algo incomum dentro do esporte. Sob o comando de Delphine (Virginie Efira), uma ex-atleta vitoriosa, Bertrand e os novos companheiros decidem participar do Campeonato Mundial de Nado Sincronizado, encontrando, enfim, um novo propósito para sua vida.

Sobre a Pagu Pictures: Fundada em 2017 por amantes do cinema, a Pagu Pictures é uma distribuidora inovadora que acredita que cada filme é feito para as pessoas que, sem saber, esperavam por ele. Em seu primeiro ano de vida, lançou grandes filmes brasileiros, destacando-se “Gabriel e a Montanha”, de Fellipe Barbosa, único filme brasileiro no Festival de Cannes de 2017, e “On Yoga: Arquitetura da Paz”, de Heitor Dhalia. A Pagu existe para levar cada um de seus filmes às pessoas que desejam esse encontro, seja onde for, seja no formato que for, mas que fundamentalmente acredita que é na sala de projeção que o filme explode inesquecível. O Cinema brasileiro vive!

Ficha técnica
Título original: Le Grand Bain
Direção: Gilles Lellouchue
Elenco: Mathieu Almaric, Virginie Efira, Jean-Hughes Anglade
Gênero: Comédia
País: França
Ano: 2018
Distribuição: Pagu Pictures

.: Pop Funko lança Monkey Assassin do jogo "Fanstastik Plastik"

Se você está procurando o seu jogo de segurança em casa, esta edição limitada do "Fantastik Plastik" lança o Monkey Assassin da Funko Pop. Esse colecionável tem a crueldade - para não mencionar os polegares opositores - para fazer o trabalho. Mais importante, o estilo de Monkey Assassin faz uma declaração poderosa.

terça-feira, 12 de março de 2019

.: Lista: 10 provas de que o DVD de "O Primeiro Homem" é imperdível!

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em março de 2019



"O Primeiro Homem", filme indicado ao Oscar 2019 em quatro categorias técnicas -som e imagem-, premiado por "Melhores Efeitos Visuais", está nas lojas em DVD. Para tanto, nós do portal Resenhando.com provamos o quanto vale ter em casa, para ver e rever, a produção dirigida por Damien Chazelle, a cinebiografia do piloto e astronauta Neil Armstrong, o primeiro homem a pisar na lua. Confira!


1. O filme "O Primeiro Homem" é reflexivo e explora os detalhes íntimos e psicológicos do protagonista dentro do ambiente familiar, profissional e social. Embora traga momentos de explosão de fazer o queixo cair.

2. É baseado no livro homônimo de James R. Hansen, ou seja, é a cinebiografia do piloto e astronauta Neil Armstrong, quem conseguiu cumprir a primeira missão humana até a lua, com a Apollo 11.

3. O DVD é cheio de extras, desde cenas excluídas, entrevistas e bastidores. 

4. Ao mergulhar na trama, o público tem a chance de visualizar -e até ter a sensação de como é- a experiência de sair do planeta Terra, sem deixar de retratar as perdas até que determinada missão seja concluída. No extra "Colocando você no lugar" é possível ver todas as técnicas usadas.

5. O filme retrata o exato momento em que Armstrong desceu a escada da nave e seguiu as ordens para pisar na lua. No extra "Recriando o Pouso Lunar", o diretor e equipe comentam e mostram exatamente foi recriar toda a cena histórica, por meio de comparações -original e no filme.

6. O DVD oferece a opção para assistir o filme comentado pelo diretor Damien Chazelle, o roteirista Josh Singer e o montador Tom Cross.

7. A impressionante cena em que Neil Armstrong fez o treinamento que quase o levou a óbito, pode ser vista com mais detalhes, em "A Missão Que Deu Errado", com cenas dos bastidores, assim como a preparação do ator Ryan Gosling e de toda a equipe envolvida.

8. Em "Filmando na NASA"", vê-se um pouco do trabalho que foi filmar com o apoio da NASA e Força Aérea, o que deu mais veracidade nas cenas em que os astronautas caminham para a nave, por exemplo. 

9. A preparação física dos atores que atuaram como astronautas, incluindo a percepção do ambiente que implica na interpretação está em "Treinamento de Astronauta".

10. "O Primeiro Homem" é um excelente filme, seja por apresentar a história da evolução humana ou pela estética precisa, que transmite as emoções. Os enquadramentos amplos ou focados nos rostos dos personagens são um show à parte.


Filme: O Primeiro Homem (First Man, 2018)
Gênero: Drama
Diretor: Damien Chazelle
Roteiro: Josh Singer
Elenco: Ryan Gosling, Claire Foy, Jason Clarke, Kyle Chandler
Duração: 141 minutos
Legendas: Inglês SDH, Português e Espanhol
Áudio: Ingles 5.1 Dolby Digital, Portugês 5.1 Dolby Digital e Espanhol 5.1 Dolby Digital.



*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: @maryellenfsm

.: Entrevista com Jesus Borges, ator do espetáculo "A Mão na Face" e youtuber


Por Helder Moraes Miranda, em março de 2019.


Ator e youtuber, Jesus Borges é um artista em ascensão. Recentemente, ele protagonizou ao lado da atriz Renata Leite o espetáculo “A Mão na Face”, com texto de Rafael Martins e direção de Rô Sant’Anna. 

A apresentação, no Teatro BTC, girou em torno de Mara, a prostituta cansada de si e de seus shows que retorna ao palco, e Gina, a travesti que faz dublagens e tenta contornar certa ansiedade que se revela na preocupação com a cor do batom. Entre um show e outro, no camarim, Mara e Gina entram no caos de suas realidades, desejos e frustrações. 

"A Mão na Face" retrata o inventário que podemos fazer de nossas vidas, de nossas quase-vidas, do que queríamos e do que deixamos de querer, aquele inventário que nos remete às memórias que preferíamos manter ofuscadas. É um espetáculo lúdico e realista que nos faz querer conhecer mais esses personagens que estão tirando as máscaras diante dos outros, em um mundo cada vez mais carente de representatividade e respeito ao próximo. 

RESENHANDO - Por que, em tempos de intolerância, um espetáculo como "A Mão na Face" é necessário nos dias de hoje?
JESUS BORGES - O teatro tem um grande poder em discorrer sobre os assuntos mais presentes, seja político, social. Isso sem dúvidas é uma grande vantagem, mas com o forte grito político que o teatro proporciona, estão sendo esquecidas as relações humanas, as abordagens sobre o que somos, sobre quem somos. "A Mão na Face" aborda o caos, a crise existencial de uma prostituta e uma diva gay, entretanto, o espetáculo quer mostrar o lado humano, o lado vivo e verídico, o grito de socorro perante as frustrações, as dores, as perdas... Está muito além de “um texto que participa do movimento LGBTQ+”. A necessidade do espetáculo, hoje, é mostrar que por trás das cortinas, dentro do camarim, dentro do quarto escuro, do calar da noite, existem corações gritando socorro, e ainda existem pessoas que mesmo também estando no caos, conseguem estender a mão, dizer “eu te amo”, se colocar no lugar do outro. O espetáculo é necessário para o despertar do aqui, do agora, do não deixar pra depois, já que as personagens já se encontram no depois, e buscam forças pra recomeçar, mesmo sem saber por onde começar.

RESENHANDO - Como surgiu a ideia de fazer este espetáculo? 
J.B. - Decidimos começar a desenvolver o espetáculo a partir de uma leitura do livro do autor Rafael Martins, que tem em anexo o texto “A Mão na Face”. Começamos sozinhos, sem direção, fazendo ensaios semanais, na tentativa de irmos montando e desenhando a obra por meio de suas percepções, dispostos a dar um passo por vez, mas com a certeza de fazer o espetáculo nascer. Dispostos a produzir, a lançar no circuito, a levar arte, a tocar o público com a sensibilidade das personagens, o espetáculo começou a ser desenvolvido ainda sem saber quais rumos tomaria, só com a certeza das dificuldades para ser lançado. Seis meses de pesquisa, laboratórios, ensaios, entrega. Surge a diretora Rô Sant’Anna, disposta a viver, desenvolver, e recriar uma leitura para a obra. Mais seis meses de total entrega, e aqui estamos, estreando a segunda temporada, e com a terceira temporada já marcada para início de Abril.  

RESENHANDO - O que mais lhe aproxima, e o que mais o afasta, da personalidade de sua personagem na peça? 
J.B. - O que mais me aproxima da personalidade de Gina Minelli, é a sensibilidade e a força em acreditar que por mais que pareçam impossíveis, os seus desejos vão se realizar, ainda sem saber como, apenas acreditar que vai. Além disso, a forma bem-humorada de levar a vida, e “rir da própria desgraça”, já que chorar não adianta, e se lamentar tampouco. O que mais me afasta, é a vulnerabilidade da personagem, o medo, a ingenuidade. Na vida real, a personalidade do Jesus é completamente oposta à de Gina, eu sou forte, decidido, faço acontecer. Eu sou do “ir”, do dar a cara à tapa, e ainda que doa, prefiro me arrepender por ter tentado.

RESENHANDO - Você tem Jesus no nome... e é a favor de dar a outra face para bater, ou é daqueles que revidam? Explique. 
J.B. - Como dizem por aí, “de Jesus só tem o nome”. Sem dúvidas sou o que revida, não gosto de perder, não me dou por vencido, eu prefiro revidar até o final. E não é que eu seja uma má pessoa, pelo contrário, mas é que eu não consigo me controlar, sou total adepto à lei de Newton.

RESENHANDO - Qual é a outra face do Jesus Borges, aquela que ninguém conhece? 
J.B. - Minha outra face, é que tem medo de não conquistar, é a que desabafa com Deus, que suplica,  que chora, que teme... Mas é uma face oculta, o mundo já tem tristezas demais, não vou ser mais um a colaborar. Quem me ver, vai me ver sorrindo!

RESENHANDO - A peça trata sobre a convivência de uma prostituta e uma travesti. De que maneira essa união entre as minorias, como mulheres e gays, pode construir um mundo melhor?
J.B. - A relação de Mara e Gina é uma relação de afeto, de amor, de apoio. O que elas passam para o público, é a necessidade que as minorias tem de serem ouvidas, e que de tanto se calarem, elas se frustram, se machucam, se maltratam... "A Mão na Face" mostra a relação humana, que tá muito além da orientação sexual ou da profissão que se tem, mostra que o amor vale muito mais que qualquer razão, e é de amor que o mundo precisa!

RESENHANDO - Como mulheres e homossexuais podem se ajudar?
J.B. - As mulheres, os homossexuais, os heterossexuais, os assexuais, os transsexuais, todos podem se ajudar, todos podem se ouvir, se respeitar, se amar. O que o mundo precisa não é de opinião, é de abraço, de colo, tolerância, respeito, amor. Precisamos nos ajudar sem olhar a cor da pele, a orientação sexual, a vestimenta, o cabelo. Precisamos enxergar as formas do amor, e basta.




RESENHANDO - De que maneira o programa "Rupaul's Drag Race" abriu as portas para a carreira de pessoas que fazem performances?  
J.B. - "Rupal’s" foi a referência primária para a construção da Gina Minelli. O programa mostra que vale a pena sonhar, mostra que independente de qual seja o meu desejo, eu posso, eu tenho espaço! "Rupal’s Drag Race" é um lugar de “estou aqui, e vou fazer o que eu faço de melhor”, e vem mostrando talentos incríveis desses artistas que se mantinham escondidos atrás de uma peruca, vivendo com a mão na face.

RESENHANDO - Qual a sua queen favorita? 
J.B. - Não poderia citar outro artista que não fosse Pabllo Vittar. Porque abriu uma porta que se manteve trancada por séculos, mostrou a que veio, e não vai descansar até dominar o mundo! Tem meu respeito!

RESENHANDO - Com esse ambiente de intolerância nas ruas e nas redes sociais, do que você mais tem medo hoje? 
J.B. - Eu temo mais pelo outro, pela vítima que assim como a Gina Minelli, não tem voz, não tem coragem de se impor, de se colocar, de exigir respeito. Eu temo por aqueles que apanham e sofrem calados. Eu não sou parte deste núcleo vulnerável, eu exijo ser respeitado.

RESENHANDO - Fazer teatro é, de alguma maneira, um ato de resistência? 
J.B. - Na minha concepção, o teatro é a maior prova de resistência que já existiu. Os motivos são inúmeros: falta de oportunidades, falta de cachê, falta de apoio, prejuízos, golpes, abandono, desrespeito, falta de credibilidade... Mas é o maior ato de amor que também já existiu. O teatro salva vidas, o teatro quebra fronteiras, o teatro é o grito de liberdade, é o “eu te amo” sem vergonha de gritar!

RESENHANDO - Você tem um canal no YouTube em que responde perguntas de uma maneira muito bem-humorada e espontânea. Youtuber e ator se complementam, ou você separa bem as coisas? 
J.B. - Pra mim, ser ator é ser completo. É criar o texto, é dirigir, compor o elenco, cantar, dançar, fazer a iluminação, assumir a sonoplastia, ir pra rua panfletar, ter overdose de divulgação na internet. Ser ator é ser artista, é saber fazer tudo o que se precisa, é se produzir, se lançar no circuito. É não esperar do outro. 

RESENHANDO - O céu é o limite para Jesus Borges?
J.B. -  O céu não é o limite para Jesus Borges, e este nome ainda vai dar muito o que falar por aí, no YouTube ou na TV, no Instagram ou no cinema, na publicidade ou nas plataformas digitais. Eu vou fazer acontecer tudo aquilo que eu quiser, pois aquilo que eu quero MUITO, muito também me quer.




*Helder Moraes Miranda é bacharel em jornalismo e licenciado em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos, pós-graduado em Mídia, Informação e Cultura, pela USP - Universidade de São Paulo, e graduando em Pedagogia, pela Univesp - Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Participou de várias antologias nacionais e internacionais, escreve contos, poemas e romances ainda não publicados. É editor do portal de cultura e entretenimento Resenhando.


.: Dia Nacional do Bibliotecário: Uma importância social e cultural


Para celebrar o Dia do Bibliotecário, comemorado em 12 de Março, o poeta Mauro Felippe escreveu um artigo sobre a importância da data e das bibliotecas para a disseminação e democratização da informação e do conhecimento, a fim promover o desenvolvimento cultural e social do país.

Por Mauro Felippe*, em março de 2019.

Cada acervo guardado nas bibliotecas contém coleções infinitas de temas e personagens, cada qual com direito à datação e à evocação própria. Em meio ao conjunto incontável de tempos, temas e memórias abrigadas, há uma data singular, a que é pertencente ao corpo profissional que dá o sentido mais fundamental de tudo que se faz em meio às estantes repletas de obras únicas.

O Dia do Bibliotecário é comemorado no dia 12 de Março, e foi instituído no dia 12 de Abril de 1980, pelo Decreto nº 84.631, para ser comemorado em todo o território nacional. Essa data foi escolhida por um motivo especial: porque era o dia do nascimento do bibliotecário Manuel Bastos Tigre, que foi considerado o primeiro bibliotecário concursado do Brasil.

Manuel Tigre nasceu em 1882, formou-se em Engenharia e, em 1906, resolveu fazer aperfeiçoamento em eletricidade, nos Estados Unidos. Uma vez lá, conheceu o bibliotecário Melvil Dewey, que instituiu o Sistema de Classificação Decimal. Esse encontro foi decisivo na vida de Manuel, porque, em 1915, aos 33 anos de idade, largou a engenharia para trabalhar com a biblioteconomia. Tigre atuou durante muitos anos na Biblioteca Central da Universidade do Brasil, e mesmo depois de aposentado, retornou como diretor.

Mesmo com o advento tecnológico e a interligação dos sistemas de bibliotecas, ao contrário do que muitos pensam, isso não significa o fim da profissão de bibliotecário. Os avanços apenas revelaram que a função desse profissional é mais do que apenas organizar estantes de livros. São eles que guiam estudantes e visitantes em geral na busca pela informação desejada, seja no ambiente físico ou digital. A tecnologia apenas possibilitou um acesso melhor a informação, mas ainda assim é preciso de recursos humanos.

Essa data também chama atenção para o principal objetivo da biblioteca: a democratização do conhecimento. Historicamente, nem sempre os livros foram tão acessíveis. Clubes de livros e bibliotecas particulares eram privilégios das classes mais abastadas. Esse cenário começa a ser alterado em meados do século XVII, com o surgimento das primeiras bibliotecas públicas. Mais tarde, com a invenção do sistema de Classificação Decimal de Dewey, utilizado para padronizar índices e catálogos, as bibliotecas começaram a se tornar cada vez mais populares.

Em razão da imensa contribuição que Manuel Tigre trouxe à sociedade brasileira, a data de seu nascimento celebra o dia daqueles que comungam o mesmo objetivo: disseminar informação e conhecimento a fim promover o desenvolvimento cultural e social do país.


Sobre o autor*: 
Natural de Urussanga/SC, o advogado Mauro Felippe já chegou a cursar Engenharia de Alimentos antes de se decidir pela carreira em Direito. Autor das coletâneas poéticas Nove, Humanos, Espectros e Ócio, já preencheu diversos cadernos em sua infância e adolescência com textos e versos, dos simples aos elaborados (a predileção pelo segundo evidente em sua escrita). 

As temáticas de suas obras são extraídas de questões existenciais, filosóficas e psicológicas que compreende no dia a dia, sendo que algumas advém dos longos anos da advocacia, atendendo a muitas espécies de conflitos e traumas. 

Por fim, pretende com a literatura viver dignamente e deixar uma marca positiva no mundo, uma prova inequívoca de sua existência como autor. Participante assíduo de feiras literárias, já esteve como expositor na Bienal Internacional do Livro de São Paulo 2016 e Bienal Internacional do Livro do Rio 2017.
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