quinta-feira, 29 de abril de 2021

.: Peça teatral "Madame e a Faca Cega" estreia online nesta quinta-feira


Novo espetáculo da Nossa Companhia, "Madame e a Faca Cega" estreia online dia 29 de abril no Alvenaria Espaço Cultural . Foto: João Valério

Com texto e direção de Tatiana Bueno e a atriz Alexandra DaMatta no elenco, o espetáculo Madame e a Faca Cega é o novo trabalho da Nossa Companhia, que estará em temporada online de 29 de abril a 2 de maio. Esta é a primeira dramaturgia de Tatiana e foi livremente inspirada em um trecho do livro Os Componentes da Banda, de Adélia Prado. 

No espetáculo, a personagem Vera - vivida por Alexandra - vai gravar seu programa de culinária, como de costume. Mas, desta vez, Madame atormenta seus pensamentos. “Madame é representação de todas as madames que vivem a realidade do Instagram, que utilizam canudinhos reutilizáveis, que têm discursos feministas sempre na ponta da língua e que ajudam todas as outras mulheres a entenderem que essa vida não é real, que não há vida perfeita”, conta a dramaturga. 

O texto aborda, ainda, relacionamentos tóxicos e abusivos e mostra a libertação catártica de Vera quando ela identifica seu verdadeiro algoz. “Falamos sob a ótica de relacionamentos homossexuais, mas não abordamos orientação e gênero. Os relacionamentos são universais. A ideia não é fazer uma peça sobre um universo específico, e sim trazer à cena a busca da própria voz, da libertação das relações opressoras, fazendo uma reflexão sobre a busca da felicidade imposta, que não é real”, diz Tatiana. Para Alexandra DaMatta, abordar relacionamentos homoafetivos num contexto de universalidade é um ganho da dramaturgia contemporânea e essencial para a representatividade. "O intuito é trazer o que é comum, natural e orgânico". 

Também diretora da montagem, Tatiana conta que o maior desafio da encenação foi entender a linguagem híbrida. O texto já foi escrito pensando no novo formato e ela optou por não fazer um “filme” e sim teatro híbrido. “Não há tratamento no pós-filmagem. A luz, o som e os cortes são feitos ao vivo, como no teatro. Optamos por um não cenário para quebrar o realismo que o cinema propõe. O signo do programa de culinária fica por conta dos objetos e do figurino que criamos", conta. 

A trilha sonora original foi criada por Rogério Bastos com a ideia de trazer loops de bateria, em uma trilha seca e descompassada que revela o estado emocional da personagem. 


Trilogia Madame
"Madame e a Faca Cega" é o primeiro espetáculo da trilogia Madame, da Nossa Companhia. O trabalho teve sua primeira apresentação em março na MoMo, a Mostra de Monólogos do Alvenaria, e agora estreia em temporada oficial. 

A segunda peça da trilogia é Codinome Madame, com Bia Toledo no elenco, texto de Tatiana Bueno e direção de Tatiana e André Grecco. Com estreia marcada para 13 de maio, a narrativa se passa em um futuro distópico onde a arte foi proibida e uma atriz passa anos enclausurada para se proteger e proteger toda a arte que conseguiu guardar. 

A terceira, Madame Tussaud, está em fase de pesquisa dramatúrgica e deve ser anunciada em breve. Em todos os espetáculos da trilogia a Cia apresenta mulheres fortes em busca da sua própria voz, da libertação dos próprios monstros e por seu lugar de fala. 


Ficha técnica
Espetáculo:
"Madame e a Faca Cega"
Realização: Nossa Companhia
Direção e dramaturgia: Tatiana Bueno
Assistência de direção: Bia Toledo
Preparação de elenco: Inês Aranha
Elenco: Alexandra DaMatta
Voz em off: Bibi Cavalcante
Trilha original: Rogério Bastos
Desenho de luz e operação de iluminação: Samya Peruchi
Direção de fotografia e operação de câmera: Nara Ferriani
Cenário e figurino: Nossa Companhia
Costureira: Therezinha Bueno
Desenho sonoro e captação de áudio: Cecília Lüzs
Técnico de streaming: Lucas Martinez
Direção de produção: Clube do Mecenas
Produção executiva: Camila Pontremoli e Bia Passet
Fotos: João Valério
Coordenação de comunicação: Dimalice Nunes
Assessoria de imprensa: Pombo Correio

Serviço
Espetáculo: 
"Madame e a Faca Cega"
De 29 de abril a 2 de maio, às 20h.
Duração: 30 minutos
Classificação indicativa: 16 anos
Onde: https://www.sympla.com.br/produtor/alvenaria
R$ 20 inteira e R$ 10 meia (50% da bilheteria será doada para o movimento SOS Técnica)

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.: Filme "Clara" estreia no Cinema Virtual nesta quinta-feira


O filme "Clara" estreia no Cinema Virtual na próxima quinta-feira, 29 de abril. O longa integrou a seleção oficial do Festival de Toronto e recebeu o prêmio de melhor filme no Festival de Cinema de Austin. Estrelado por Patrick J. Adams (Suits) e Troian Bellisario (Pretty Little Liars), “Clara” traz a história do Dr. Isaac Bruno (Adams), um astrônomo obstinado pela necessidade de encontrar vida fora da Terra, que contrata a artista plástica Clara (Bellisario) para ser sua assistente na sua incansável pesquisa. Akash Sherman ("The Rocket List") assina o roteiro e a direção do filme.

Isaac Bruno é um astrônomo obcecado pela busca de vida no cosmo. Logo que conhece Clara, uma artista curiosa, eles formam um vínculo improvável que os leva a uma descoberta científica profunda. Mas suas visões de mundo distintas logo se chocam e a dificuldade de Isaac para enxergar além de seu próprio sofrimento pode levar à sua destruição. Direção: Akash Sherman. Elenco: Patrick J. Adams, Troian Bellisario, Ennie Esmer.

 Para assistir aos filmes, o público pode acessar a plataforma pelo NOW ou escolher a sala de exibição preferida em www.cinemavirtual.com.br e realizar a compra do ingresso. O filme fica disponível durante 72 horas para até três dispositivos. Outros onze filmes também estão disponíveis no Cinema Virtual: "Lucky - Uma Mulher de Sorte", "Doce Obsessão", "Uma Mulher Inesquecível", "Terminal Sul", "Prisioneiro Espacial", "A Poucos Passos de Paris", "Um Amor Proibido", "Mambo Man - Guiado Pela Música", "O Muro", "A Jornada de Jhalki", "O Mistério de Frankenstein".

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quarta-feira, 28 de abril de 2021

.: Arthur Picoli revela: "Não me perdoaria se não tivesse participado do 'BBB'"


Instrutor de crossfit fala sobre a trajetória repleta de altos e baixos na 21ª edição do "Big Brother Brasil". Foto: João Cotta

Foram cinco anos de inscrições até finalmente garantir a vaga no "Big Brother Brasil". Para Arthur Picoli, valeu a pena e, hoje, o instrutor de crossfit classifica a experiência de participar do reality show como um sonho realizado. Sua passagem pela 21ª edição do programa foi muito além da emoção de deixar uma cidade de apenas três mil habitantes para pisar na casa mais vigiada do Brasil: foram duas lideranças, um anjo e seis paredões enfrentados.

Além dos bons resultados nas disputas, o capixaba também viveu o relacionamento mais duradouro da edição, com Carla Diaz, uma amizade ao melhor estilo “carne e unha” com Projota, teve desentendimentos que acabaram fortalecendo sua relação com Fiuk e Juliette e protagonizou momentos muito divertidos com seus companheiros de Top 6 do "BBB".

“Eu não me perdoaria se eu chegasse aos 80, 90 anos e não tivesse participado do BBB. No jogo, se eu fosse um vilão, acho que teria saído antes, quando o público teve a possibilidade de me eliminar. Eu acredito que posso ter sido um jogador que não teve as melhores decisões”, avalia. No papo a seguir, após deixar a casa com 61,34% dos votos de um paredão com Pocah e Camilla de Lucas, ele revisita boa parte de sua trajetória e fala sobre as expectativas para a vida depois do reality.


Como você avalia a sua participação no "BBB 21"?
Arthur Picoli -
Eu acredito que a minha passagem pelo "BBB" foi algo que as pessoas vão lembrar quando falarem da temporada. Eu competi, me joguei, errei, acertei, pedi desculpas, perdoei. Eu acho que não foi uma participação apagada. Eu teria ficado preocupado se o discurso do Tiago fosse diferente do que ele fez ontem. Foi fundamental para eu perceber que a minha trajetória foi legal, apesar de tudo. Para mim, foi muito louco. Foi a quarta ou quinta vez que eu me inscrevi e acho que essa edição era mais a minha cara. Se eu tivesse entrado em qualquer outra, poderia não ter sido tão legal, já que eu era mais novo. Eu poderia não ter agido como agi nessa edição, poderia não tido tempo de dar a volta por cima. Eu estou muito feliz por ter realizado um grande sonho. Eu não me perdoaria se eu chegasse aos 80, 90 anos e não tivesse participado do "BBB". Esse ano eu não ia me inscrever, por incrível que pareça. Eu estava em Conduru, no meio da pandemia, trabalhando na roça. E acabou que mandei o vídeo no último dia e entrei no Big dos Bigs. Tenho um sentimento de gratidão muito grande pelo programa.


Você se deu muito bem em várias provas do programa, ganhou anjo, duas lideranças, chegou longe em provas de resistência. O que acha que te ajudou nesse resultado: a sua relação com o esporte, um pouco de sorte ou as duas coisas?
Arthur Picoli - 
Eu confesso que o medo de passar despercebido justamente por não conquistar as coisas lá dentro foi uma questão que mexeu comigo. Se eu tivesse entrado e ganhado só um “Bate e Volta” eu nunca me perdoaria. Eu ia para as provas com o sentimento de quando eu ia para os jogos, para as competição de crossfit. Eu ia pensando em dar o meu melhor, em ganhar. E os benefícios são maravilhosos – eu ganhei uma viagem para a Capadócia! Fiquei muito feliz. Eu acredito que a minha dedicação ao esporte fez com que as coisas acontecessem mais naturalmente. A questão do foco, de estar entregue ao que está fazendo. Um grande exemplo foi a prova dos lanches que eu e o Projota ganhamos, bem no início. Estava todo mundo brincando e nós não trocamos nenhuma palavra durante a dinâmica. No geral, eu estou satisfeito e feliz com o meu rendimento.


Você e o Projota tiveram uma grande identificação, desde o primeiro dia na casa. O quão importante essa amizade foi para você?
Arthur Picoli - 
Confesso que eu não imaginava. A gente brincava e falava que era a dupla mais improvável, só que no final das contas eu vejo que foi a dupla certa. Podem ter ocorrido inúmeros problemas e conflitos dentro da casa, mas tudo acontece com um propósito. Talvez, se eu não tivesse me aproximado do Projota, eu não teria chegado ao Top 6. Talvez eu fosse campeão... Não sei, não dá para saber. Sou muito honrado pela nossa amizade. Ele fez uma postagem linda para mim quando eu saí; ele já sabia do meu medo de voltar ao mundo real. Então, é só gratidão mesmo pela conexão e sintonia que nós tivemos.


O que vocês tinham em comum?
Arthur Picoli - 
Eu acho que, na verdade, a gente só tinha duas coisas em comum: ele também gostava de futebol e videogame (risos). E também é muito apaixonado pela família. Mas nós éramos pessoas totalmente diferentes, por isso a dupla improvável. A gente também tinha muita vontade de estar no programa, algo que também pode ter contribuído para formarmos uma dupla logo no início do jogo.
 

Você acha que jogou em dupla com ele ou seu jogo era individual?
Arthur Picoli - 
No início, eu estava bem perdido no jogo e tinha ele como uma âncora para mim. Eu perguntava a opinião dele, falava o que eu estava pensando e o escutava muito ali. Mas acho que, no geral, nós tivemos decisões que foram mais coincidências do que combinações. Teve uma vez que votamos na Thaís e só ficamos sabendo depois que terminou a votação. Quando eu votei no Fiuk, ele não votou. Então, tivemos, sim, situações em que nós jogamos juntos, ele me deu a visão dele e eu acabei cedendo porque achei que era a melhor visão. Houve situações em que a gente discordou e chegou a discutir no gramado. Nós jogamos juntos, mas também pensávamos muito diferente na maioria das vezes. 
 

Quais foram os melhores momentos e os mais difíceis que você viveu no jogo?
Arthur Picoli - 
Os melhores momentos, sem dúvidas, foram as festas. Acho que todo mundo conseguiu perceber que eu gosto de uma festa. Estava com muita saudade porque aqui fora não dá para fazer isso ainda. Me senti muito privilegiado por ter toda aquela estrutura, artistas... foi muito lindo! As conquistas das provas também foram muito legais. As minhas voltas dos paredões – eu fui para seis – e também teve uma em que escapei no “Bate e Volta”. Até mesmo a parte mais sentimental, quando eu me permiti viver coisas que há muito tempo eu não vivia. Por mais que tenham acontecido algumas questões por conta da minha imaturidade ou falta de experiência, eu também coloco a minha relação com a Carla como um dos meus melhores momentos dentro da casa. E de pior foram as três semanas seguidas que eu fui ao paredão. Eu fiquei muito triste e vieram à tona sentimentos de coisas que eu já vivi aqui fora, uma mania de perseguição, de achar que eu estava sendo rejeitado pela casa por estar recebendo voto em várias semanas. As perdas dos meus amigos e da Carla, que foi para o paredão falso e duas semanas depois foi eliminada no paredão real, também foram difíceis.
 

Como a saída dos seus amigos mais próximos impactou na sua jornada no "BBB"? 
Arthur Picoli - 
Não tem como você ver seus amigos saindo e você não pensar que é o próximo – eu tinha muita certeza disso. Mas, vieram os paredões e eu fui ficando. Pensei: “Gente, o que está acontecendo? Alguém gosta de mim”.


Isso te desestabilizou de alguma maneira?
Arthur Picoli - 
Pegou bastante para mim quando eu vi os meus amigos indo embora. O “loft” (casa dos imunes) parece que durou um ano e foi um dia só. A gente falava dele inúmeras vezes. A perda faz você refletir e enxergar que não está tão bem no jogo quanto você queria estar.
 

Você foi indicado pela casa para seis paredões, saiu de um na "Bate e Volta". Você se considerava um vilão desta temporada?
Arthur Picoli - 
Se eu fosse um vilão, acho que teria saído antes, quando o público teve a possibilidade de me eliminar. Eu acredito que posso ter sido um jogador que não teve as melhores decisões. Eu poderia ser um vilão bobo, porque fazia alguma coisa e depois chorava sozinho, me arrependia. Eu fiz isso muitas vezes. Eu sou assim, coração mole. Em casa, eu choro sozinho e ninguém vê. Ali eu estava chorando em casa também, mas as câmeras estavam olhando para mim (risos). Eu tive que me permitir e aceitar isso também. Mas não me vejo como vilão porque o sentimento nunca foi de fazer mal para ninguém, longe disso. Eu queria ser legal, fazer coisas bacanas, mas muitas vezes eu não conseguia por causa do sentimento de achar que as pessoas poderiam estar me perseguindo. Enfim, um vilão bonzinho, talvez...
 

Você acabou machucando o ombro em uma das provas e precisou ficar um tempo com ele imobilizado. Como foi passar por isso dentro de uma competição?
Arthur Picoli - 
Eu confesso que foi assustador porque a última vez em que eu passei por isso eu estava me preparando para um campeonato de crossfit, então foi um balde de água fria. Estava no meio de um processo seletivo e não podia aparecer numa videochamada com a tipoia; tive que cortar um dobrado. Dessa vez, foi uma sensação de superação ter saído da casa, ter toda a estrutura que me ofereceram, ser atendido com tanto carinho. E voltar para a casa, continuar no jogo, foi muito bom. Eu estava com muito medo do que poderia acontecer, de eu precisar ficar fora do programa. A gente chega num momento do game que não é mais só R$ 1,5 milhão. É claro que deve ser incrível ganhar o prêmio, só que você começa a pensar em tudo, e vai batendo o sentimento de perda. Ter dado a volta por cima, ganhado a prova de tipoia, jogando com o braço esquerdo, foi muito maravilhoso. Foi uma forma de mostrar a minha força para mim mesmo, não para os outros. Eu achava que não ia ganhar mais provas, não ia fazer mais nada. Pensei que seria paredão e monstro, um atrás do outro. Acabou que na questão do monstro a galera deu um refresco, porque não dava para colocar as fantasias. No geral, me deu uma motivação, sim, porque nada aqui fora é fácil. Acho que a tipoia ali foi mais um adversário, talvez o meu pior no jogo. Eu me considerava meu maior adversário e acho que a tipoia conseguiu ocupar esse posto. Mas foi dada a volta por cima e isso me tranquiliza.


No início do programa você comentou sobre um possível interesse na Thaís, mas depois decidiu se declarar para a Carla Diaz. Um relacionamento no "BBB" fazia parte dos seus planos?
Arthur Picoli - 
Eu até tive uma discussão com a Pocah, no dia do jogo da discórdia em que eu briguei com o Fiuk, sobre não ter ido lá para fazer amigos, e depois comecei a chorar. Não tem como a gente não se envolver. É um jogo de relações pessoais mesmo, você tem que conversar, se aproximar das pessoas. Mas eu juro que eu não fui com intenção de ter um relacionamento com alguém. No início, eu me aproximei muito da Thaís, a gente teve uma conexão legal. Frequentávamos os mesmos lugares aqui no Rio de Janeiro e tínhamos coisas em comum para conversar, só que eu nunca conversei com ela sobre algo do tipo. Eu posso ter externado algum sentimento para uma pessoa próxima a mim, assim como no final a gente ria disso. Foi uma parada bem leve para mim. Depois eu tive uma conexão com a Carla, que começou com um inhame (risos). Ela disse: “Nossa, você descasca diferente...”. E aí começou todo o nosso romance. Não estava nos meus planos, mas não me arrependo também de ter encontrado, conhecido a Carla e ter me relacionado com ela. Nem um pouco. 


Apesar de estarem juntos, você e a Carla votavam em pessoas diferentes. O seu namoro com ela chegou a interferir de alguma maneira no seu jogo?
Arthur Picoli - 
Eu sempre fui bem tranquilo e, às vezes, a galera ficava chateada comigo porque eu recebia voto e ficava de boas; outras vezes eu sentia mais. Mas é uma situação muito delicada o relacionamento no jogo –  já fica aí a dica para quem for entrar nas próximas edições. É difícil quando você está com uma pessoa que não faz parte do mesmo grupo de amigos que você, nem você do grupo de amigos dela. Várias pessoas próximas a ela votaram em mim, se não me engano, Camilla, João e Thaís. É complicado separar os sentimentos. Eu acho que a gente daria muito certo se não tivesse o jogo interferindo. Tinha horas em que a gente estava chateado com o jogo e acabava descontando um no outro. Ia dar um “bom dia” e já virava aquela coisa ácida na porta do confessionário; passava o dia de nariz torcido. Não acredito que o nosso relacionamento tenha atrapalhado o jogo. Eu acho que o jogo atrapalhou o nosso relacionamento. Eu prefiro ver dessa forma, porque é muito difícil conciliar as duas coisas lá dentro. A pessoa que dorme com você é amiga de quem te quer fora do programa. Assim como ela teve uma situação com o Projota, em que ela não ficou feliz e eu entendi perfeitamente.


Pretende levar a relação adiante, fora da casa?
Arthur Picoli - 
Uma das primeiras coisas que eu quero resolver aqui fora é essa. Mesmo que seja para a gente sentar e ter uma conversa para escutar o que eu não quero. Eu quero, sim, ver o que ela tem para falar e também quero pedir desculpas por qualquer coisa. E a partir daí a gente vê se compensa. Eu fiquei muito feliz porque soube que tem muita gente que gostou de nós juntos. Isso me confortou de certa forma e me deixou mais tranquilo. Tem gente que ainda shippa o casal, e já faz mais de um mês que a gente não se vê. As pessoas ainda estão na esperança. Eu não vou gerar expectativa, mas é algo que eu quero conversar e, se for da vontade de ambos, vamos tentar. Vai ser muito bom não ter que votar em ninguém e ter a relação ao mesmo tempo (risos).


Você protagonizou diversos desentendimentos com o Fiuk até fazerem as pazes, nas últimas semanas. O que te incomodava nele? Ele era seu maior rival?
Arthur Picoli - 
Tudo começou quando eu vetei ele de uma prova. O meu primeiro veto foi o Gil e eu não imaginava que teria um segundo. Eu olhei para o sofá e estava todo mundo cabisbaixo, algumas pessoas me olhando com medo. Ele era a única pessoa que estava sentada atrás de mim; é mais fácil a gente fazer as coisas sem olhar para a pessoa. Aí eu vetei ele e depois falei na cozinha que não me sentia bem com aquilo, que estava envergonhado com a minha atitude. É um cara que eu admiro, já vi novela dele aqui fora – acompanhava  "Malhação", quando ele fazia o Bernardo; minha família é fã do Fábio Júnior. Enfim, uma pequena decisão começou a gerar alguns atritos e a troca de farpas, que não eram só da minha parte. Ele jogava umas alfinetadas e eu sou meio impulsivo, tem horas que não consigo ficar quieto. Jurei que se eu ganhasse os anjos colocaria sempre ele no monstro (risos). Esse é o Arthur, às vezes, a minha forma de explodir. Eu acho que foi uma bobeira, um ressentimento do início, uma falta de se sensibilidade da minha parte. Eu poderia ter chegado e pedido desculpas. Mas, antes tarde do que nunca. Quando eu ganhei a minha segunda liderança, foi muito de coração a questão de ter levado ele para o Vip. Eu deixei muito claro para ele que não era sobre voto, tanto é que ele votou em mim no último paredão. Confesso que eu não fiquei satisfeito porque sentia que era um paredão em que eu podia sair. Mas levei ele para o Vip porque eu realmente estava cansado de brigas. Depois a gente acabou brigando de novo, na semana seguinte, no jogo da discórdia. Ali foi a briga mais pesada e também o momento em que a gente colocou a mão na consciência e viu que a gente se gostava. Ele viu em mim um Fiuk de quatro, cinco anos atrás, que tinha atitudes semelhantes. Depois ele me consolou no meio de uma festa. Para mim foi muito importante ter saído da casa com esse sentimento de termos nos perdoado. Acredito que foi um mal-entendido e que aqui fora a gente vai se dar muito bem.


O Fiuk era seu maior rival?
Arthur Picoli - 
Eu vejo como rival no jogo, que tinha uma opinião diferente, um grupo diferente. Mas nas festas estávamos sempre nós dois no final, abraçados, cantando (risos). Deve ter sido bem engraçado de assistir. 


Que amizades você pretende manter fora do "BBB"?
Arthur Picoli - 
O Projota foi o cara que esteve mais próximo a mim. As vezes em que ele teve que apontar para mim, ele fez, não passou a mão na minha cabeça. A Carla, a Pocah também. Eu fiquei sabendo hoje que a torcida dela veio para cima de mim, não entendi nada, já que eu estava protegendo ela lá dentro, tentando fazer o certo. Eu acho o Caio uma pessoa com o coração gigante, super engraçado, alto astral, família. Me espelho muito na relação dele com a esposa e é um cara que eu tenho vontade de manter a amizade. Tem o Gil, que eu passei a amar. A gente começou se votando, na “cachorrada”, como ele fala. E no final das contas, um respeito absurdo, um carinho, brincadeiras que todo mundo disse que foi divertido ver. Esses cinco são os principais, mas, como eu falei, quero carregar todo mundo do lado esquerdo do peito e espero ter uma relação muito boa aqui fora.


O que o "BBB" representou na sua vida?
Arthur Picoli - 
Quando eu me mudei para o Rio de Janeiro, eu vim contratado por uma empresa; antes eu morava em Conduru. Eu estava há quatro anos tentando entrar nessa empresa e, de repente, um dia, eles me chamaram para fazer um teste, no qual eu fui aprovado. No dia em que eu sentei para assinar o meu contrato, eu falei para a minha patroa que só duas coisas me tirariam do meu trabalho sem pensar duas vezes: o "BBB" e o Flamengo, que é meu time do coração, onde eu tenho o sonho de trabalhar com preparação física, que é a minha área. Quando o "BBB" surgiu na minha vida, eu estava dando aula. Apareceu notificação no relógio e eu deixei a aula no meio do caminho para ver o que estava acontecendo. Hoje eu coloco o BBB ao lado do nascimento do meu sobrinho como o momento de maior emoção e realização para mim. Como eu falei, eu não me perdoaria se, com 80 ou 90 anos, eu não tivesse entrado no programa, não tivesse feito o que eu fiz, jogado, me arriscado. Se não tivesse deixado a minha vida aqui fora sabendo dos riscos. Eu coloco o "BBB" no lugar mais alto da prateleira lá de casa. Eu tenho um carinho enorme e uma admiração pelo programa. Eu nunca mais vou conseguir ver da mesma forma, nunca mais vou jugar alguém que entra no confessionário, dá uma pipocada e vota por afinidade, nem no jogo quando dá a plaquinha para o amigo. Não tem mais como eu apontar o dedo para ninguém. Eu vi de dentro para fora e de fora para dentro já. Sou privilegiado. Não são nem 500 pessoas no país que já passaram por essa experiência. O BBB está no Top 1 da minha vida.


O que você acha que faltou para chegar mais longe na disputa por R$ 1,5 milhão?
Arthur Picoli - 
Eu acredito que esse é um jogo de relações interpessoais, a gente tem que se relacionar. No início, eu estava muito fechado pela comodidade de ter o Projota, alguém ali sempre que eu quisesse conversar, e de repente não precisar falar com outras pessoas. Se eu tivesse sido o Arthur dessa reta final, que a galera falou que estava legal de ver, divertido, eu teria mais chance. Só que eu poderia também ter me perdido no caminho e não ter chegado nem ao Top 6. Eu estou muito feliz com o que eu fiz. Faria um pequeno ajuste para as coisas saírem de uma forma melhor. Mas acho que aconteceu como tinha que acontecer. É como o Tiago falou no meu discurso ontem: se deixassem a edição do programa na minha mão para tirar as partes que eu não queria ver, seria um fracasso a minha participação.
 

Quem chega à final do "BBB 21"? E para quem fica sua torcida?
Arthur Picoli - 
Eu já tinha comentado com a Pocah que eu achava que as personalidades do Gil e da Juliette eram muito fortes. Inclusive, quando eu fui líder e coloquei ela no paredão, eu disse que poderia estar indicado a pessoa mais forte aqui fora. E falei dela segunda-feira, que mesmo nas brigas, estava sempre segurando a minha mão, me acalmando. Eu vejo a Ju e o Gil como finalistas e acho que, pelas circunstâncias de jogo, o Fiuk chega no Top 3. Acho que a galera vai para cima da Pocah nesse paredão. A Ju e o Gil são duas pessoas muito especiais para mim, mas a torcida vai para o Gil, de quem eu me aproximei mais no final.


Quais são seus planos daqui para frente? 
Arthur Picoli - 
Fiquei sabendo hoje que a minha academia em Conduru está terminando de ser construída – era um sonho que eu tinha. Lá era o meu projeto social e quando eu “quebrei” na pandemia, precisei deixar parado. E agora meu pai está reconstruindo do lado da nossa casa. Pretendo continuar na minha área, que é o que eu gosto de fazer. E voltar a ajudar minha galera de Conduru porque agora eu sou o Arthur Picoli de Conduru. Estou muito feliz com isso. Conduru é meu refúgio: quando tudo desanda é para lá que eu vou. Pego minhas cachorrinhas, vou correr, tomar banho de rio com elas. É onde estão minha família e meus amigos mais próximos. Eu também quero voltar a trabalhar como modelo, ver se eu ainda tenho jeito para a coisa aqui fora.

.: Flipoços Clássicos terá retransmissão no Resenhando.com e parceiros


O Flipoços Clássicos começa nesta quarta-feira, dia 28, e vai até quinta, dia 29 de abril. Programa aborda importância de ler clássicos e traz grandes nomes para o debate. Programação do Flipoços Clássicos está sensacional, além do Facebook do Resenhando.com, outros parceiros irão retransmitir a festa literária ao vivo, diretamente dos canais do Flipoços pelo YouTube e Facebook.

O evento faz parte de uma extensa programação anual temática, lançada e desenvolvida pela curadora do Festival que contará com quatro programas ao longo do ano. Iniciando nessa semana, dias 28 e 29 de abril, com a abordagem voltada para os a importância da literatura clássica sem preconceitos e como lê-los, já que existe um "receio" de incompreensão do tema.

Segundo Matheus Araujo, responsável pelo Canal Dom Literário no YouTube, é preciso reverter o quadro do nosso país nesse estigma de "país de não leitores" e oportunizar a todos esse acesso. "Em alguns casos a própria escola não cumpre efetivamente seu papel de levar os alunos até a literatura em geral e prepará-los para entender e gostar de ler os clássicos. Isso acaba criando traumas que as pessoas carregam por toda vida, pela obrigação de ler esse estilo sem nenhuma preparação e conceito prévios". Os próximos programas confirmados são: Flipoços Verde (23 e 24 de junho); Flipocinhos Educação (25 e 26 de agosto); Flipoços Noir (27 e 28 de outubro).

Confira a programação completa e programe-se para não perder nada!

Quarta-feira, dia 28 de abril

10h às 11h - Atividade 1 - Aula Magna "O Inventor Augusto de Campos (Aniversário de 90 Anos)", com Sérgio Roberto Montero Aguiar.

15h às 16h - Atividade 2 – Mesa "Por que Ler e Ver os Clássicos Hoje?", com Katia Canton, escritora e artista plástica e Vera de Sá, jornalista e escritora. Mediador: Cassiano Elek Machado, editor da Planeta Brasil.

17h às 18h - Atividade 3 – Mesa "As Cosmocartas de Julio Cortázar", com Kátia Bandeira de Mello-Gerlach e Sérgio Montero Aguiar.

18h30 às 19h30 - Atividade 4 - Mesa "Por que os Brasileiros Não Gostam de Ler Literatura", com o professor Matheus Araújo. Oferecimento Canal Dom Literário.


Quinta-feira, dia 29 de abril

10h as 11h - Atividade 1 - Minicurso – "História, Livros e Cinema: do Poderoso chefão aos Vikings", com Guto Mello. Autores como Mario Puzo e Umberto Eco só se tornaram conhecidos do grande público após a adaptação cinematográfica de seus romances. Com o crescimento dos streamings, houve uma indiscutível democratização do acesso às produções audiovisuais, inclusive séries e documentários. Esse minicurso mostrar como transformar produções em recurso didático para o ensino da história. Oferecimento Nós Educação.

15h as 16h - Atividade 2 - Mesa "De Camões a Saramago, Uma Viagem entre Dois Tempos, Uma Conversa entre Pilar Del Rio e Nélida Piñon". Mediação: Gisele Ferreira.

17h às 18h - Atividade 3 - Mesa "Platão e a Literatura" com Thiago Bittencourt ("Inspiração Poética e Loucura Sagrada") e Bruno Drumond Mello Silva ("A Apropriação da Narrativa Mítica como Recurso Pedagógico em Platão").

18h30 às 19h30 – Atividade 4 – Mesa "Literatura, Moda e Gastronomia: Clássicos - Uma Conversa Macanuda", com Priscila Moraes, Giovanna Penido e Carolina Figueira de Castro.


Toda a programação do Flipoços Clássicos é gratuita e a transmissão vai acontecer na redes sociais do Flipoços (Youtube e Facebook) e com retransmissão nos parceiros: Nós Educação; Município de Óbidos (Portugal); Publishnews; The Book Company (Portugal); Elicer (Festival do Cerrado); Museu da Língua Portuguesa (SP); Podcast Rabiscos; Resenhando.com e Secult Poços. Patrocínio Cultural do Clube de Literatura Clássica.

Fique ligado ainda no Flipoços Virtual 2021, com a temática «Literatura, Design e Tecnologia, a nova década em suas mãos» que vai acontecer de 21 a 25 de julho. Acesse o site www.flipocos.com Para mais informações os interessados podem entrar em contato pelo (35) 3697 1551 na GSC Eventos Especiais, Poços de Caldas.



.: Resenha de "Beetlejuice - Os Fantasmas Se Divertem", de Tim Burton

Por Mary Ellen Farias dos Santos


Em junho de 1986 as telonas dos cinemas brasileiros exibiam o filme que se tornaria mais um clássico de Tim Burton: "Os Fantasmas Se Divertem". A produção que custou R$ 15 milhões, foi estrelada pelo talentoso Michael Keaton (protagonista também de "Batman" e "Birdman"), intérprete de Beetlejuice -nome que posteriormente foi incorpoado no Brasil ao título do longa. A trama coloca ao lado de Keaton outros grandes nomes da época como Alec Baldwin, Geena Davis, Winona Ryder, Catherine O'Hara e Jeffrey Jones. 

Em 92 minutos, um casal sofre um acidente e garante bilhete com passagem para outro plano. Assim,  Adam Maitland (Alec Baldwin) e Barbara (Geena Davis) começam a peregrinação da vida pós-morte enquanto continuam, em alma, na casa em que viviam felizes. Contudo, o lugar é vendido a uma família bastante excêntrica e as tentativas para afastá-los é levada até a última consequência, no caso: chamar Beetlejuice três vezes.

Eis que ao tentarem apavorar a família Deetz, Barbara e Adam encantam-se pela jovem Lydia Deetz (Winona Ryder). A moça que é puro desânimo, sempre vestida em modelitos curiosos, na cor preta consegue ver as assombrações e não sente medo. Assim, a amizade entre os três é contruída, porém o protagonista da história entra para dar fim a tudo. Ou fortalecer?! A película retrata com bom humor uma viva sem vida e recém-mortos que não aceitam terem passado para o além.

Costurando comédia de terror com muita fantasia, "Os Fantasmas Se Divertem" também é considerado um musical. Não há como escapar impune na cena do jantar quando coisas inimagináveis acontecem ao som de "Day-O" (música que, pouco depois, ganhou versão no comercial do Bubbaloo banana). Outro momento musical marcante é ao final quando Lydia chega a flutuar ao som de "Jump In the Line/Shake Senora".

O brilhante longa concorreu ao Oscar de 1989 na categoria "Melhor Maquiagem" e levou a estatueta. Também recebeu indicação ao BAFTA por "Melhor maquiagem e caracterização" e "Melhores efeitos visuais", mas perdeu na disputa. Já no Saturno totalizou sete indicações, mas ganhou o prêmio nas categorias "Melhor Maquiagem", "Melhor Atriz Coadjuvante" e "Melhor Filme de Terror".

Outra conquista de "Beetlejuice" foi na televisão, pois ganhou uma animação de mesmo nome com quatro temporadas de 1989 até 1991 e Tim Burton como diretor executivo. O desonesto do mundo dos mortos também chegou nos games e ganhou até musical na Broadway. Em contrapartida, muito foi especulada uma continuação do filme, mas as reescrituras dos roteiros sempre são arquivadas.


Filme: Beetlejuice - Os Fantasmas Se Divertem (Beetlejuice)

Direção: Tim Burton

Produção: Michael Bender, Richard Hashimoto

Roteiro: Michael McDowell, Larry Wilson, Warren Skaaren

Elenco: Alec Baldwin, Geena Davis, Winona Ryder, Michael Keaton, Catherine O'Hara, Jeffrey Jones

Género: comédia de terror, fantasia, musical

Música: Danny Elfman

Orçamento: US$ 15 milhões

Data de lançamento: 10 de junho de 1988

*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura, licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos e formada em Pedagogia pela Universidade Cruzeiro do Sul. Twitter: @maryellenfsm

Trailer


Cena final com "Jump In the Line/Shake Senora"




.: Diário de uma boneca de plástico: 28 de abril de 2021



Querido diário,

Às vezes, a vida brinca com a gente e bate um desânimo. As coisas simplesmente não acontecem...

Sei que "é impossivel ser feliz sozinho" também! No entanto, estava eu, borocochô... Acompanhando maridão que assiste #BBB e pá! Fiquei chocada com o Fiuk... 

O cara pode não ser um milionário, mas é filho do Fábio Jr. e, consequentemente, só soube o que é ter uma boa vida, mas ele é todo tristeza. Até para falar... Que dificuldade!! Como se arrasta...

Certamente não sabe o que é ter de cortar excessos em nome de manter a barriga cheia ou apertar os cintos muito bem apertados para resistir até o próximo mês sem dever as contas habituais como luz, telefone, imposto...

Noutro dia disse que precisava muito do dinheiro...

Eu só pensei... Cara, imagine eu!

Cada uma que se ouve...

Beijinhos pink cintilantes e até amanhã,


Donatella Fisherburg

.: Online e gratuito: últimos dias do espetáculo "Eu Não Sou Harvey"



Solo interpretado e idealizado pelo ator Ed Moraes é inspirado nos últimos dias da vida do ativista norte-americano Harvey Milk, um ícone na luta pelos direitos das pessoas LGBTQIA+ que foi brutalmente assassinado em 1978. Fotos: Caio Oviedo


Público tem até do dia 30 de abril para conferir o espetáculo "Eu Não Sou Harvey - O Desafio das Cabeças Trocadas", idealizado e interpretado por Ed Moraes, que é inspirado na figura de Harvey Milk (1930-1978), o primeiro político dos EUA a se assumir homossexual e um dos principais ativistas na luta pelos direitos humanos. A peça, escrita e dirigida por Michelle Ferreira está disponível site do ator - www.edmoraesoficial.com

Em cena, um ator que aceitou o desafio de viver o ativista percorrerá uma trajetória inusitada, do Brasil colonial até os Estados Unidos de 1978, tentando provar uma tese sobre esse assassinato. A encenação e o texto de Michelle Ferreira não têm a proposta de reconstruir de maneira factual e cronológica a trajetória de Milk. Ao invés disso, partem de vários símbolos e de cenas bem dinâmicas para traçar paralelos entre a figura do ativista norte-americano, a realidade brasileira e os processos históricos que levam a humanidade a cometer atrocidades como essa.

“Eu diria que o solo é um passeio por alguns pensamentos econômicos, científicos e históricos que permeiam os últimos séculos da humanidade. Vivemos em um mundo complexo capitalista e temos que saber da nossa História e de onde as coisas vêm e por que elas acontecem. Então, a ideia é, através desses processos, contar por que uma coisa que parece impossível ou ridícula foi possível e se não tomarmos cuidado voltará a acontecer. E para mim era muito importante falar não apenas da vida de uma pessoa, mas dos processos históricos de toda a humanidade”, afirma a diretora e autora Michelle Ferreira.

Ed Moraes conta como esse processo criativo foi desafiador para sua carreira. “Em quase 20 anos no teatro eu nunca tinha feito nada parecido. Quando Michelle chegou com esse texto pronto eu fiquei apavorado. Quando acabei de ler tive uma crise de choro. Na hora entendi que o que tanto buscava, estava ali em minhas mãos. Porém, existia esse desafio, que era um mergulho de um ator, dentro dos fatos vividos por Harvey, ora flertando ser ele e ao mesmo tempo com um distanciamento biográfico, pela não obrigação de interpretar o mesmo, dizendo a todo instante ‘Eu não sou Harvey’. São as memórias dele. Mas são as minhas, as nossas também. Cada um sofreu uma violência em certo nível, tanto ele como eu, e isso dentro de mim ecoa a todo momento. Então um caminho possível era surfar essa onda vertiginosa, de a todo instante ser ou não ser Harvey, sem me apegar a cronologia. Me dedico apenas a dizer aquilo que fora minunciosamente escrito. Respeitando cada respiro, cada pontuação, cada suspensão. Nada mais importava além de compartilhar essa experiência fantástica de se contar uma estória. E que estória...”, revela Moraes.


Sinopse:
Um ator aceita o desafio de viver Harvey Milk, o primeiro homossexual assumido a ser eleito para um cargo público nos EUA. Em 50 minutos, o ator percorrerá uma trajetória inusitada, que vai do Brasil colonial, até o assassinato de Harvey em 1978. Durante esse tempo, ele tentará provar a tese sobre o seu assassinato.


Ficha técnica:
Texto e direção: Michelle Ferreira. Idealização e atuação: Ed Moraes. Iluminação: Karine Spuri. Direção musical: Mau Machado. Cenário: Márcio Macena. Figurino: Ed Moraes. Fotos: Caio Oviedo/Gustavo Steffen/Amanda Clemente. Videomaker: Geraldo Arcanjo. Designer gráfico: Pietro Leal. Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli. Gerenciamento de mídias sociais: Beatriz Miranda. Orientação de processo: Georgette Fadel. Orientação corporal: Tainara Cerqueira. Assistente de produção: Dani D'Agostino e Micheline Lemos. Assessoria jurídica: Alber Sena. Produção: Arrumadinho Produções Artísticas. Direção de produção: Ed Moraes.


Serviço:
Espetáculo: "Eu Não Sou Harvey - O Desafio das Cabeças Trocadas"
Até 30 de abril.
Disponível no site www.edmoraesoficial.com
Duração: 60 minutos.
Classificação: 14 anos.
Grátis.

.: Marat Descartes encena o monólogo "Primeiro Amor", de Samuel Beckett


Com texto de Samuel Beckett e direção de Georgette Fadel, a obra narra a desventura existencial e amorosa de um homem em desajuste completo com a vida em sociedade. Foto: Lenise Pinheiro


Nesta quarta-feira, dia 28, o ator Marat Descartes apresenta no Teatro #EmCasaComSesc, direto de São Lourenço da Serra, em São Paulo, o monólogo "Primeiro Amor". Com texto de Samuel Beckett (1906-1989) e direção de Georgette Fadel, a obra narra a desventura existencial e amorosa de um homem em desajuste completo com a vida em sociedade: um típico burguês improdutivo, ocioso e em desacordo com os valores de sua classe, da qual recebe o julgamento de ser inútil, perdedor e vagabundo. 

Sempre recluso em seu quarto escuro, ele é obrigado a sair de casa com a morte do pai, passando a vaguear entre cemitérios e outras paisagens mórbidas, até ser surpreendido por Lulu - com quem esse anti-herói viverá seu único, último e primeiro amor. Após a apresentação, o ator e a diretora participam de um bate-papo com o público. Classificação indicativa: 16 anos.

No ar desde maio do ano passado, a programação Teatro #EmCasaComSesc segue em 2021 com espetáculos diversificados, sempre mesclando artistas, companhias e grupos consagrados no cenário brasileiro com as novas apostas. As apresentações seguem às quartas-feiras e aos domingos, sempre às 19h, no Instagram Sesc Ao Vivo e no YouTube Sesc São Paulo .

Em conformidade ao anúncio do Governo de São Paulo, que reclassificou todo o estado para a fase mais restritiva da quarentena onde são permitidas apenas atividades essenciais, as transmissões do #EmCasaComSesc serão realizadas da residência ou estúdio de trabalho dos artistas, seguindo todos os protocolos de segurança.

A série #EmCasaComSesc teve início em abril de 2020, com um conjunto de transmissões ao vivo das linguagens de Música, Teatro, Dança, Crianças e Esporte - que somaram 13,5 milhões de visualizações, até dezembro do ano passado, no total de 434 espetáculos. Transmissões ao vivo acontecem no YouTube do Sesc São Paulo e no Instagram do Sesc Ao Vivo: youtube.com/sescsp e instagram.com/sescaovivo.


terça-feira, 27 de abril de 2021

.: Leu "Em Nome do Mal", "O Monge Que Vendeu Sua Ferrari", "Sangue na Neve"?

Já leu "Em Nome do Mal", "O Monge Que Vendeu Sua Ferrari", "Sangue na Neve", "Ruptura e Subversão na Literatura para Crianças" e "João Simões continua"? Esses volumes e outros estão disponíveis para venda na lojinha do Portal Resenhando, no Shoppe. Para conferir esses livros e muitos outros produtos basta clicar em shopee.com.br/resenhando e conferir tudo. 

Na loja virtual há também brinquedos como um lote com os engradados dos Shopkins, miniaturas que servem para brincar, enfeitar a casa e até para colocar na ponta do lápis para estudar, além da "Lata de Shopkins" que acompanha dois exemplares do produto DTC. A lata é o espaço destinado para o armazenamento das miudezas que encantam as crianças. Outro item para os pequenos é a boneca Lullie com roupas estilo o desenho animado Frozen e até a gata Blissa, que é o bichano da Barbie em trabalho grande para a criança brincar.

O Shopee é um espaço de compras simples, realizadas na internet. Você pode buscar pelos itens, entrar em contato com o vendedor para tirar dúvidas, pagar e levar o produto. Para fazer as compras é preciso realizar um cadastro fácil e rápido. Assim, a compra pode ser feita usando cartão de crédito ou pagando via boleto bancário. 

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.: Fernando Calderón e Manuel Castells pensam "A Nova América Latina"


Um estudo abrangente e atualizado de uma nova América Latina a partir de suas dimensões políticas, econômicas, sociais e culturais. Resultado de extensa pesquisa de dois dos mais respeitados sociólogos da atualidade, este livro oferece o retrato fiel de um continente em ebulição.

Na virada do milênio, a América Latina parecia ter chegado a uma certa estabilidade democrática após séculos de sangue, suor e lágrimas. Contudo, a crise de legitimidade política e a corrupção do Estado na maioria do continente abriram caminho para a fragmentação das democracias liberais. O como e o porquê de tais processos, e as transformações que eles orquestraram na vida das pessoas, são analisados magistralmente no livro de Fernando Calderón e Manuel Castells.

Neste retrato envolto em luz e sombras, os autores apontam que, apesar de uma melhora dos indicadores básicos de desenvolvimento humano, a região permanece a mais desigual do mundo – marcada pela urbanização descontrolada, o avanço da violência e do medo, a penetração do Estado pelo narcotráfico e a destruição do meio ambiente.

No entanto, há caminhos de esperança: em meio às mudanças experimentadas, surgem novos movimentos – liderados sobretudo por jovens, mulheres, povos indígenas e afrodescendentes – que marcam as possibilidades de uma história centrada na ética da dignidade, da identidade, da ecologia, do antirracismo e do feminismo. Você pode comprar "A Nova América Latina", de Fernando Calderón e Manuel Castells, neste link.


Sobre os autores
Fernando Calderón sociólogo boliviano, é um dos mais destacados estudiosos da América Latina. Doutor pela École des Hautes Études en Sciences Sociales, tem uma extensa trajetória em importantes organismos internacionais, como Clacso, Cepal e Pnud. É autor de dezenas de livros sobre democracia e desenvolvimento.

Manuel Castells é sociólogo espanhol, considerado o principal intelectual da sociedade contemporânea conectada. Professor titular da Universidade do Sul da Califórnia e da Universidade Aberta da Catalunha e professor emérito da Universidade da Califórnia, Berkeley, tem dezenas de livros publicados, entre eles Ruptura, Redes de indignação e esperança e a famosa trilogia A era da informação.

Ficha técnica:
Livro: 
"A Nova América Latina"
Autores: Fernando Calderón e Manuel Castells
Tradução: Eliana Aguiar
Páginas: 352
Tiragem: 3 mil
Link na Amazon: https://amzn.to/3gObNjQ


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