terça-feira, 14 de junho de 2022

.: FLI começa com participações de Mia Couto, Marina Lima, Otto e mais


O FLI - Festival Literário completa dez anos e inicia nesta terça-feira, dia 14. O Festival realizado pelo programa Oficinas Culturais percorre três cidades do Vale do Ribeira neste ano: de 14 a 17 de junho em Iguape, dia 18 em Iporanga, e dias 18 e 19 em Registro. Tudo gratuito e como boa alternativa para quem busca aproveitar o feriado com programação especial.

Além da Biblioteca dos abraços, oficinas literárias e S.O.S Literatura para escritores independentes, o FLI traz shows de Marina Lima, Packaw, Franscisco, el Hombre, entre outros; bate-papo com diversos escritores da região, entre eles a Isabel Campos, e com artistas como Otto e Jup do Bairro. E ainda a agenda on-line até dia 19 tem a presença de nomes como Mia Couto e Eliane Potiguara.


Sobre o FLI - Festival Literário
Desenvolvido a partir da diversidade cultural da região do Vale do Ribeira e ao abrir espaço para movimentos artísticos dessas e das demais regiões do Brasil, o FLI - Festival Literário chega a 10ª edição, entre os dias 14 e 17 de junho em Iguape, 18 de junho em Iporanga, e 18 e 19 de junho na cidade de Registro. Toda a programação é gratuita e para participar de algumas atividades é preciso passar pelas respectivas inscrições.

O FLI é uma realização das Oficinas Culturais, Programa da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e gerenciado pela Poiesis. Em 2022 conta com a correalização do programa Fábricas de Cultura, das Prefeituras de Iporanga e de Registro, com a parceria do museu Casa das Rosas, SP Leituras e SisEB, além do apoio do Sesc. Neste ano, a gestão do Ponto do Livro do Festival será feita por Mulheres Negras na Biblioteca (MNB), projeto idealizado por profissionais de Biblioteconomia e Letras que incentivam a leitura de autoras negras em diversas bibliotecas públicas, escolas e instituições culturais.

“O Abraço” é o tema desta edição e marca a celebração do retorno presencial. A programação é aberta para espectadores que poderão interagir de diferentes formas, desde indicar os livros que os abraçaram durante o período de isolamento devido à pandemia de covid-19, até trocar palavras com diversos nomes da literatura e da música no chamado palco-roda.

Além da realização do Programa Oficinas Culturais, neste ano o FLI conta com a curadoria convidada de Bel Santos Mayer e Marcelino Freire, profissionais com ampla atuação na literatura e a difundindo na área educativa. A dupla de curadores tem a função disparadora da programação, com um olhar técnico da Literatura e focada em eixos como a Biblioteca dos abraços, as rodas de conversas e a Itinerância Escolar, esta que é um conjunto de oficinas para professores de educação infantil da rede pública junto às intervenções literárias para alunos de escolas municipais e estaduais da região.

Outra proposta do FLI é conectar músicos de alcance nacional e internacional com músicos influentes do Vale do Ribeira, em apresentações que prometem movimentar o público. Diferentes estilos serão apresentados em shows como o da banda Francisco, el Hombre com uma participação de Bruna Rosa, cantora, produtora e atriz de Registro (SP), e da cantora e compositora Marina Lima com Pedrinho Costa, trompetista de Apiaí (SP).

A Fábrica de Cultura 4.0 Iguape - nova unidade de Fábricas de Cultura, Programa da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e gerenciado pela Poiesis - tem como parte da agenda algumas atividades correalizadas com o FLI de Oficinas Culturais, Festival que ocupará o prédio entre os dias 14 e 17 de junho. A Fábrica de Cultura recomenda o uso de máscara cobrindo nariz e boca nos espaços fechados do equipamento.

Além de apresentarem espetáculos, atores do Vale do Ribeira serão os “olhos” do Festival por Iguape, direcionando o público pelos andares da nova Fábrica de Cultura por meio de diferentes intervenções artísticas. Já a seção FLI entrevista convida seis alunos de escolas estaduais da cidade para o papel de entrevistadores, junto com Maria Vilani, Salloma Salomão, entre outros grandes nomes, com perguntas direcionadas aos escritores da região, entre eles, Giovana Neves. Os espectadores encontrarão, ainda, o Ponto do Livro, as rodas de conversas e o FLISARAU.

Na cidade de Iporanga, no dia 18 de junho, as pessoas poderão aproveitar diversas atrações, como a sessão de autógrafos de obras de escritoras do Vale do Ribeira, entre elas, Nathália Gonçalves e Isabel Campos; um show do músico Caio Simonian e a Roda de Jongo apresentada pela Comunidade Jongo Tiduca.

Em Registro, 18 e 19/06, o FLI promove diferentes atividades, dentre elas, um grafitti que será feito ao vivo por Pérola Santos, grafiteira e artista visual de Eldorado (SP); a estreia de Cypher do Vale: Abraços, encontro entre MCs mulheres e B-gilrs do Vale do Ribeira com a participação da DJ Damanobeat; um bate-papo com Jup do Bairro, cantora e compositora que, em 2020, lançou o EP "Corpo sem juízo"; e o encerramento com o show da banda Francisco, el Hombre.

Alternativas para a participação das pessoas com mobilidade reduzida: a Fábrica de Cultura 4.0 Iguape oferece rampa de acesso, elevadores e banheiros adaptados para pessoas com deficiências. Nas cidades de Iporanga e Registro, respectivamente na Praça da Matriz e Praça Beira Rio, o evento contará com espaços para cadeirantes e banheiros químicos para PcDs. A programação completa da 10ª edição do FLI está no site de Oficinas Culturais, com detalhes dos convidados, informações sobre a retirada de ingressos e links para as inscrições - aqui.


10 anos do FLI - Festival Literário
De 2013 a 2021, as edições anteriores do FLI - Festival Literário alcançaram mais de 50 mil espectadores, além de realizar mais de 200 ações de formação e difusão, com passagens pelas cidades de Barra do Turvo, Cajati, Cananéia, Eldorado, Iguape, Ilha Comprida, Iporanga, Itaoca, Itariri, Juquiá, Miracatu, Registro, Ribeira e Sete Barras.

Ao longo dos dez anos movimentando o cenário cultural do Vale do Ribeira, atrações como a conversa entre Ferréz e Paulo Lins na temática "Da margem à poesia"; shows de grandes nomes da música, entre eles, Luiz Melodia, As Baías, Gilberto Gil e Tulipa Ruiz; apresentação do Grupo 3 de Teatro; diálogos com escritoras e pensadoras como Conceição Evaristo e Djamila Ribeiro; Timóteo Verá Tupã Popyguá, Jerá Guarani, Ailton Krenak e demais lideranças e pensadores indígenas, quilombolas, caboclos e caiçaras; nascimento do FLISARAU em 2018; e Geovani Martins, Russo Passapusso e Zezé Motta na conversa "O futuro não demora" integram um breve panorama das ações do FLI. O Festival vem alcançando, cada vez mais, públicos em busca da literatura, música, teatro, dança e troca de saberes.


Serviço:
Iguape
14 a 17 de junho: terça, quarta e sexta-feira, das 9h às 22h; quinta-feira, das 9h às 23h
Fábrica de Cultura 4.0 Iguape (Praça Engenheiro Greenhalgh, 01, Centro Histórico)
14 de junho, terça-feira - agenda neste link
15 de junho, quarta-feira  - agenda neste link
16 de junho, quinta-feira - agenda neste link
17 de junho, sexta-feira - agenda neste link

Iporanga
18 de junho, sábado, das 10h às 22h - agenda neste link.
Praça da Matriz (Praça Luiz Nestlehner, s/n.º, Centro)

Registro
18 e 19 de junho: sábado e domingo, das 10h às 21h
18 de junho, sábado - agenda neste link
19 de junho, domingo - agenda neste link
Praça Beira Rio, s/n.º

Programação on-line
As atividades virtuais do FLI possibilitam que espectadores de diferentes regiões do Brasil possam conhecer e interagir com o Festival e suas atrações, além de conhecer a literatura, as artes e as tradições do Vale do Ribeira. Essa agenda online segue até 19/06, quando é encerrada a 10ª edição do Festival Literário.

Serviço:
Para acessar a agenda on-line na íntegra, acesse o site aqui.

10 anos do FLI: Bate-papo com curadores Instagram de Oficinas Culturais - onde estão disponíveis conversas dos dias 8, 9, 10 e 13 de junho.

Café em Casa
Acessibilidade em Libras
17 a 19 de junho: de sexta a domingo, das 10h às 11h30
Plataforma: Zoom | Inscrição disponível até 15 de junho neste link. Simultaneamente, as conversas serão veiculadas no canal de YouTube de Oficinas Culturais e nas demais redes dos parceiros do Festival:
17 de junho: também é possível assistir no canal de YouTube de Fábricas de Cultura
19 de junho: a página de Facebok da Prefeitura de Registro será mais um canal de transmissão da conversa. Para mais informações sobre a 10ª edição do FLI, acesse o site do programa Oficinas Culturais.

.: Literatura juvenil anos 90: "Medley ou os dias em que aprendi a voar"

Uma garota, um pai que partiu cedo demais e uma viagem que pode mudar tudo. Roteirista premiada Keka Reis, finalista do Jabuti 2018 e 2019, explora amadurecimento infantojuvenil, luto, relacionamentos amorosos e o despertar para a sexualidade em lançamento publicado pelo selo jovem da VR Editora


Depois da indicação ao Prêmio Jabuti em 2018 e 2019 com dois livros infantis, a escritora Keka Reis mergulha em Medley ou os dias em que aprendi a voar, livro de estreia na literatura juvenil. A obra é inspirada no primeiro longa-metragem adolescente da roteirista, premiado em festivais estrangeiros como o México Internacional Film Festival e top 10% no Bluecat Screenplay Contest, um dos mais prestigiados concursos de roteiro dos Estados Unidos.

Como sugere o título e capa da produção, a protagonista é esportista. A presença do esporte na vida da jovem permeia a narrativa para além das piscinas: a atividade é como um grande espelho da subjetividade de Lola e dos desafios que precisa enfrentar durante a fase de transição da infância para a vida adulta. A notícia da morte do pai, por exemplo, recebida sem muita explicação por parte da mãe aos quase quatro anos, mudou para sempre a vida da personagem. 

É na viagem de férias, longe da mãe e do irmão, que a relação de Lola com a vida, e com ela mesma, começa a se transformar. Em Salto Bonito, cidade imaginária que ganhou até um mapa no início do livro, a protagonista se expõe a novas amizades, a primeira paixão e ao despertar para a sexualidade, sempre com a problemática da perda precoce e inexplicada do pai como pano de fundo.

Ambientada no início dos anos 1990 e repleta de referências musicais, literárias e cinematográficas, Medley ou os dias em que aprendi a voar retrata o adolescer da protagonista tímida em uma época de conexões estabelecidas presencialmente. Memórias há muito esquecidas e outras partes de uma nova Lola emergem durante as 232 páginas da narrativa.


FICHA TÉCNICA:

Livro: Medley ou os dias em que aprendi a voar

Autora: Keka Reis

Editora: VR Editora – selo Plataforma21

Páginas: 232 páginas

Você pode comprar "Medley ou os dias em que aprendi a voar", de Keka Reis aqui: amzn.to/3HloQES

.: “Quero vê-la sorrir – O Musical” tem novas datas no Teatro Claro Rio

“Quero vê-la sorrir – O Musical” ganha novas datas graças ao sucesso da temporada no Teatro Claro Rio. Foto: Carlos Costa


Sucesso de público o espetáculo “Quero vê-la sorrir – O Musical” ganhou novas datas de exibição. A peça terá exibições extras nos dias 22 e 23 de junho às 20h e 26 de junho às 19h. O musical é uma homenagem nas comemorações dos 50 anos de carreira do cantor Sidney Magal. A produção tem roteiro de Francisco Nery baseado no livro “Sidney Magal – Muito Mais Que Um Amante Latino”, de Bruna Ramos da Fonte. 

- “Quero vê-la Sorrir – O Musical” é uma grande ode ao amor – amor de mãe e filho, amor de marido e mulher, amor de pais e filhos, amor de artista e fãs – ressalta Francisco Nery, que também assina a direção da peça.

Na história o ator Marcio Louzada interpreta Sidney Magal, a atriz Izabella Bicalho, vive Dona Sônia, mãe do Magal, e Francisco Nery, sobe aos palcos para dar vida ao eterno Chacrinha. Os cenários são assinados por George Bravo, figurinos de Rogério Santinni, coreografia de Sueli Guerra, iluminação de Paulo César Medeiros, arranjos e direção musical de Nico Rezende e direção de Francisco Nery.

Os ingressos para “Quero vê-la sorrir! – o musical” podem ser adquiridos pelo sympla.

Instagram oficial: instagram.com/querovelasorrir_oficial


Quero vê-la sorrir! – O Musical

Teatro: Teatro Claro Rio

Dias: Sexta e Sábado às 21h, Domingo às 19h

Sessões extras: 22 e 23 de junho às 20h e 26 de junho às 19h

Temporada: de 27 de maio a 26 de junho

Ingressos entre R$ 25,00 e R$ 150,00

Classificação: Livre

Duração: 100 minutos

Lugares: 659 lugares (*Sujeito a lotação)


FICHA TÉCNICA:

Elenco: Márcio Louzada (Sidney Magal); Izabella Bicalho – Dona Sônia (mãe); Francisco Nery (Chacrinha); Fabiana Figueiredo; Andrea Del Castel; Mariana Braga; Marcus Anoli; Francis Fachetti

Roteiro: Francisco Nery

Direção: Francisco Nery

Direção de Produção: Ernaldo Santini

Direção Musical: Nico Rezende

Figurino: Rogério Santinni

Cenografia: George Bravo

Cenotécnico: Humberto Silva e Humberto Silva Jr.

Projeto de Iluminação: Paulo Cesar Medeiros

Som: Opsom

Assistente de Produção: Leonardo Guzman

Designer: Paulo Cordeiro

Assessoria de Imprensa: Julyana Caldas

Foto: Carlos Costa


.: Jota Quest estreia tour "JOTA 25 - De Volta ao Novo" em SP




Se tem uma coisa que a Jota Quest tem, é história para contar! A banda, uma das mais queridas do pop-rock nacional, fará turnê nacional para comemorar seus 25 anos de carreira e o primeiro show será em São Paulo, no grande palco do Espaço Unimed, no dia 2 de julho, sábado.  

“JOTA25 - De Volta ao Novo” é o nome da turnê que irá propor aos fãs uma inédita “viagem no tempo” pela trajetória musical do grupo, reativando memórias e emoções, a partir de experiência audiovisual sensorial e futurista. 


Com mesma formação desde sua criação em meados dos anos 90, os mineiros – PJ, Paulinho, Marco Túlio, Buzelin e Flausino – formam juntos uma “química” única. E é a partir desta simbologia “atômica” que se desenvolverá o conceito e o enredo do novo espetáculo: Cinco amigos, cinco energias, cinco átomos, formando um novo elemento, a molécula “JOTA”. Curiosamente, o “J” é a única letra do alfabeto que não estava “ainda” presente na tabela periódica. 


Com direção criativa de Rafael Conde e roteiros de Eduardo Rios, o novo show terá produção audiovisual do Studio Curva (SP) e cenários do renomado Zé Carratu. Dividido em três atos - sólido, líquido e gasoso - em referência aos “estados físicos da matéria”, novo espetáculo será uma experiência “explosiva” que certamente irá marcar o início de um novo ciclo artístico da banda mineira. 

No repertório, 25 canções que embalaram a vida de boa parte dos brasileiros nas últimas pouco mais de duas décadas, além das novidades de seu 10° álbum de estúdio, em fase de finalização, como os singles A Voz do Coração e Imprevisível, e da recém lançada Te Ver Superar, já em alta rotação nas players e rádios de todo país. A direção musical do espetáculo será do próprio grupo em parceria com o músico e produtor paulistano Renato Galozzi. 


Os ingressos podem ser adquiridos online ou nas bilheterias do Espaço Unimed.
 







Local: Espaço Unimed  (Rua Tagipuru, 795 - Barra Funda - São Paulo - SP)

Classificação etária: 14 anos

Acesso para deficientes: sim

Ingressos: Pista - 1º Lote: R$ 120,00 (inteira) e R$ 60,00 (meia entrada) |  Pista Premium - 1 Lote: R$ 200,00 (inteira) e R$ 100,00 ( meia entrada) |  Camarote A: R$ 340,00 (inteira)  | Camarote B: R$ 300,00  (inteira e individual) | Mezanino- 1º Lote: R$ 240,00 (inteira) e R$ 120,00 (meia entrada).

segunda-feira, 13 de junho de 2022

.: Livro traz fotografias de drag queens que movimentam a cena paulistana

Artistas como Silvetty Montilla, Marcia Pantera, Danny Cowltt, Tchaka, Salete Campari e Lysa Bombom fazem parte do projeto.

O novo livro do fotógrafo Paulo Vitale, lançado pela editora Brasileira, conta com fotografias de 50 "Drag Queens" que movimentam a cena paulistana desde o fim da década de 80, e artistas iniciantes em suas carreiras.

O projeto inclui diversas artistas que são referências dessa representação, como Silvetty Montilla, Marcia Pantera, Danny Cowltt, Tchaka, Salete Campari e Lysa Bombom. “Convidei drag queens de vários nichos, amadoras e profissionais, famosas e anônimas, ícones e iniciantes. Meu intuito foi explorar a magia única de cada caracterização, pois, ao usar o próprio corpo como base, essa manifestação artística é visceral e libertadora”, afirma Paulo Vitale.

O livro mostra as artistas com e sem suas caracterizações, realçando assim o “ilusionismo de gênero” criado pelas personificações das drag queens. Elas contribuíram para o desenvolvimento cultural e criativo da cidade de São Paulo, uma vez que grandes equipes de artistas, cenógrafos, figurinistas, coreógrafos e DJs começaram a se formar e profissionalizar trabalhando nos shows delas.

“Descobri que a grande maioria é tímida e reservada e usa a caracterização como uma roupa de super-heroína, um escudo protetor”, diz o fotógrafo. O lançamento será no dia 4 de junho, das 18h às 22h, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, em São Paulo (Av. Paulista, 2073).

Sobre o fotógrafo Paulo Vitale
Cursou História na Universidade de São Paulo (USP) e Fotografia no International Center of Photography, de Nova York. Como fotógrafo, já percorreu mais de 50 países fazendo trabalhos editoriais, corporativos e publicitários. Ganhou 15 prêmios Abril com suas fotografias. Tem mais de 100 capas publicadas nas principais revistas brasileiras, como Marie Claire, Vip, Alfa, Veja, Época, Men’s Health e GQ, dentre outras.

Em agosto de 2018, publicou o livro de retratos “Feito no Brasil”, com 50 personalidades relevantes da sociedade do Brasil. Em 2020, publicou também o livro de retratos “Feito no Sumaré”, que contou a história do bairro Sumaré por meio de retratos de personagens moradores e pontos relevantes do bairro. Já retratou grandes personalidades brasileiras e mundiais, como Nelson Mandela, Oscar Niemeyer, Bill Clinton, Mark Zuckerberg e Pelé. 


Serviço
Livro: "Drags"
Autor: Paulo Vitale
Editora Brasileira -
1ª edição
Venda: na Amazon e nas principais livrarias

.: Obra sobre James Joyce será lançada no Bloomsday em bar irlandês de SP


"17 de Junho de 1904 - O Dia que não Amanheceu"
, o novo livro do autor, produtor de conteúdo, crítico literário e profundo estudioso e conhecedor da obra de James Joyce, Mateus Ma´ch´adö será lançado na próxima quinta-feira, dia 16 de junho de 2022, dia de Bloomsday conhecido  e comemorado em diversas cidades do mundo, no Finnegan´s Club, tradicional bar irlandês, em Pinheiros, São Paulo.

A ocasião é especial por dois motivos: o primeiro, é que neste ano, 2022, a obra "Ulisses", um clássico da modernidade, escrito por Joyce, é ainda hoje considerado o grande romance do século XX, e completa 100 anos de publicação. Lançado em 2 de fevereiro de 1922, data de aniversário de Joyce, "Ulisses" foi proibido na época, nos EUA e na Inglaterra.

O romance se passa no período de um dia do protagonista, Leopold Bloom. A história se passa no dia 16 de junho de 1904. Esse dia passou a ser conhecido como Bloomsday: o dia de Bloom. "Ulisses" se tornou um ícone literário e foi absorvido pela cultura pop. Em várias partes do mundo, anualmente, todo o dia 16 de junho é comemorado o Bloomsday, com leituras de textos do romance e performances, além de reedições de livros do autor ou sobre o autor e sua obra.

Em Dublin, capital da Irlanda, país de origem de James Joyce, é a cidade onde se passa a história de Leopold Bloom. A tradição anual em todo o dia 16 de junho inclui uma peregrinação pela cidade de Dublin onde artistas, leitores joyceanos e amantes da literatura se encontram para caminhar pelos pontos principais da cidade que corresponde aos locais do romance.

Mateus Ma’ch’adö, na primeira parte do livro "17 de Junho de 1904 - O Dia que não Amanheceu", composto por artigos e ensaios sobre a obra de James Joyce, traz um pequeno roteiro sobre cada livro do autor, pontuando algumas observações e críticas pessoais. Mas é em "Ulisses" que o poeta, ou melhor, anti-poeta, como ele mesmo se autodenomina, traz as suas maiores observações sobre o romance e sua relação com a crítica e com os leitores do romance. 

"Ulisses" termina com o monólogo semi-desperto de Molly Bloom, deitada na cama ao lado do seu marido Leopold Bloom, seus pensamentos vagueiam sonolentos. Já é madrugada do dia 17 . Porém, o anti-poeta Mateus Ma’ch’adö vai além, fazendo um gancho com o final do romance "Ulisses", para apresentar a sua interpretação da última obra de James Joyce, "Finnegans Wake". 

Segundo Mateus Ma’ch’adö, Finnegans Wake, o livro da noite, é sonhado pelo casal Molly Bloom e Leopold Bloom, se desdobrando no mítico casal Adão e Eva e que vai se desdobrar em outros casais míticos como HCE e ALP em um processo de queda, da criação divina, da humanidade e de tudo que existe.

Nesta parte do livro, Mateus Ma’ch’adö faz uma breve crítica sobre as traduções de "Finnegans", primeiramente pelos irmãos Campos e mais recentemente pelo escritor e tradutor Donaldo Schüler. E finaliza fazendo um paralelo entre Finnegans Wake e o conto "Biblioteca de Babel", de Jorge Luis Borges, e um paralelo inusitado sobre "Finnegans Wake" e a música "Construção", de Chico Buarque.

Sobre o autor
Mateus Ma’ch’adö é
escritor e anti-poeta. Autor do romance "As Hienas de Rimbaud", e dos livros de poemas "Origami de Metal", "A Mulher Vestida de Sol", "A Beleza de Todas as Coisas" e "Nerval". Foi diretor de cultura da AEPTI (Associação dos Escritores Poetas e Trovadores de Itatiba). Ganhador do prêmio Ocho Venaco (México) e um dos quinze finalistas do Mapa Cultural Paulista (2002). Produtor de conteúdo do canal literário Biblioteca D Babel

Serviço:
Livro: "17 de Junho de 1904 - O Dia que Não Amanheceu"
Autor: Mateus Ma´ch´adö
Editora: Caravana
Lançamento: 16 de junho de 2022
Local: Finnegan´s Pub
Endereço: Rua Cristiano Viana, 358 - Pinheiros - São Paulo

.: Música no Teatro Liberdade: no show "ceLEEbration", Beto Lee toca Rita Lee

Músico passeia por sucessos da Rainha do Rock com novo show, todo dedicado a Rita, no qual chega com o repertório contagiante da big mamma roqueira. Foto: Mila Maluhy

Desde que nasceu, Beto Lee foi embalado pela mente criativa da mãe, Rita Lee, e do pai, Roberto de Carvalho. Ele foi testemunha da criação de hits que moldaram - e mudaram - o pop/ rock brasileiro. Beto cresceu, apareceu e acabou se tornando parte da banda de Rita. E, agora, passeia por sucessos da Rainha do Rock com seu novo show, todo dedicado a Rita, no qual chega com o repertório contagiante da big mamma roqueira.

“Saúde”, “Lança Perfume”, “Ovelha Negra”, “Ando Meio Desligado”, “Agora Só Falta Você”, “On The Rocks”, “Mania de Você” e “Banho de Espuma” estão no set list do show, que conta com outros hits da enorme lista de sucessos de Rita Lee. A banda conta com a seguinte formação: Beto Lee (voz e guitarra), Lee Marcucci (baixo), Debora Reis (vocais), Danilo Santana (teclado), Edu Salvitti (bateria) e Rogerio Salmeron (guitarra).

Todos esses artistas já passaram pela escola Rita Lee e participaram durante anos de shows da Rainha. Lee Marcucci, ex-Tutti-Frutti, acompanhou Rita Lee e Roberto de Carvalho em diversos espetáculos.


Serviço
Show "ceLEEbration: Beto Toca Rita"
Data:
15, 22 e 29 de junho de 2022
Horário: 21h
Classificação indicativa: 12 anos
Endereço: rua São Joaquim nº129 - Liberdade – São Paulo
Local: Teatro Liberdade
Link para vendas: https://bileto.sympla.com.br/event/73481/d/139809


.: Texto inédito de Mia Couto e Agualusa será interpretado por Expedito Araújo

Teatro Sérgio Cardoso recebe leitura dramática de texto inédito no Brasil dos escritores. "Chovem Amores na Rua do Matador", conto escrito por Mia Couto e José Eduardo Agualusa, ganha adaptação para o teatro com interpretação do ator Expedito Araújo.

O Teatro Sérgio Cardoso, equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e gerido pela Amigos da Arte, recebe o ator brasileiro residente em Moçambique Expedito Araújo para leitura dramática da peça "Chovem Amores na Rua do Matador", adaptada para o teatro a partir do conto de Mia CoutoJosé Eduardo Agualusa, A apresentação acontece no dia 16 de junho, quinta-feira, às 19h30, com entrada gratuita.

O conto Chovem Amores na Rua do Matador integra o livro de contos "O Terrorista Elegante e Outras Histórias", escrito a quatro mãos pelos notáveis escritores de dois países de língua portuguesa, José Eduardo Agualusa (Angola) e Mia Couto (Moçambique), com ilustrações de André Carrilho (Portugal).

A leitura dramática interpretada por Expedito Araújo é uma adaptação do conto para os palcos criada pelo próprio Mia Couto e o enredo retrata a história de Baltazar Fortuna, que após longos anos de uma vida penosa e amargurada, volta a Xigovia com planos de matar as três mulheres com quem se relacionou no passado pela crença de que elas são a fonte de todos os azares que lhe perseguem. 

Mia Couto e José Eduardo Agualusa refletem, neste conto, sobre o conflito entre um Moçambique periurbano, que hesita entre um lastro de tradições e práticas ancestrais cristalizadas nas mentalidades masculinas dominantes; e um novo país, de demografia galopante, prenhe de jovens que, a cada dia, se revêem menos nas estruturas culturais herdadas e nas práticas sociais que elas impõem.

O conflito entre Baltazar Fortuna e as suas mulheres - Mariana Chubichuba, Judite Malimali e Ermelinda Feitinha - leva, inevitavelmente, à morte de um desequilíbrio social onde o lugar que cabe às mulheres e o dos homens é vigorosamente questionado e resolvido em cada opção, em cada atitude, em cada gesto do presente.

Sinopse do espetáculo
Um homem que está zangado e que volta a uma pequena vila no Sul de Moçambique, chamada Xigovia, onde vivem as três mulheres da sua vida. O seu objetivo é matá-las e, assim, limpar da sua existência o mal-estar, o azar e as maldições que vêm delas, cada uma delas associada a um determinado episódio da sua vida. Há, no entanto, um problema. As mulheres em questão “não querem colaborar, não lhes apetece morrer”, e, dentro das suas próprias cabeças, já mataram Fortuna.


Sobre Expedito Araujo
Com mais de 25 anos de experiência na área cultural, tem seu foco de pesquisa e atuação em atividades relacionadas ao teatro, às artes cênicas, cultura e educação. Como ator, gestor cultural e diretor, destacam-se sua passagem pela Secretaria Municipal de Cultura da Cidade de São Paulo, onde criou o Núcleo Vocacional, tendo implementado o projeto Teatro Vocacional em 2005 e criado e implantado os projetos Dança, Música, Artes Visuais e Aldeias Guarani Vocacional em mais de cem pontos da cidade por mais de seis anos. Foi curador artístico e um dos criadores do programa cultural Vivo EnCena, da Vivo, de 2010 a 2017. 

Destaques de sua trajetória foram também a curadoria de teatro do Metrô de São Paulo em 2009, a gerência de conteúdo da SP Escola de Teatro no ano de sua criação, além de participar, como convidado, do Projeto Bando à Parte, do Teatrão, de Coimbra, em Portugal a partir da participação do seminário “Culturas Juvenis - Repensar a Cidadania a partir da Experiência Artística”. Atuou também como consultor do Projeto Ademar Guerra, do Governo do Estado de São Paulo.

Em 2017, realizou consultoria em gestão cultural no Timor Leste. Como ator, somam-se mais de 20 espetáculos de teatro e mais de 50 performances lítero-musicais. Atualmente reside em Moçambique e um dos destaques mais recentes foi a sua atuação no espetáculo "A Paixão Segundo G.H.", de Clarice Lispector, apresentado em Maputo, Moçambique e Lisboa, Portugal. É autor do livro Núcleo Vocacional – Criação e Trajetória e assinou colaborações para o site Cultura e Mercado e para o livro Léxico de Pedagogia do Teatro, entre outros.


Serviço
Leitura Dramática da peça “Chovem Amores na Rua do Matador”
Data:
  16 de junho, quinta-feira, às 19h30
Local: Teatro Sérgio Cardoso - Sala Paschoal Carlos Magno
Capacidade: 149 lugares (143 lugares e 6 espaços de cadeirantes)
Duração: 80 minutos
Classificação: 14 anos
Acesso gratuito


.: BibliON: a biblioteca digital gratuita com mais de 15 mil títulos e atividades

A plataforma irá se conectar com mais de 330 bibliotecas públicas, de 240 cidades, para promover a capacitação e garantir o direito à leitura e ao conhecimento em todo o Estado.

A Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo lançou a biblioteca digital gratuita do estado de São Paulo, BibliON, que abre com um acervo de mais de 15 mil títulos e uma vasta grade de atividades culturais, como clubes de leitura e oficinas de capacitação.

A iniciativa recebeu um investimento total de R$ 10 milhões do Governo de São Paulo (serão mais R$ 5 milhões a cada ano) e irá interagir com as cerca de 330 bibliotecas municipais que integram o Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas (SisEB.), localizadas em 240 cidades no Estado. O objetivo é que o projeto promova a capacitação continuada dos profissionais de bibliotecas e provoque o crescimento de usuários, tanto da biblioteca digital, quanto das físicas.

“A BibliON vai permitir que a gente amplie o acesso e estimule o hábito da leitura. A nova plataforma tem o mesmo status e importância das bibliotecas estaduais e do sistema SiSEB. Uma instituição de caráter continuo e permanente, que acompanhará toda a evolução tecnológica e das pessoas”, afirmou o secretário de Cultura e Economia Criativa Sérgio Sá Leitão. “A BibliON será um poderoso instrumento para que o Brasil se torne um país de leitores. Neste primeiro ano de funcionamento, cada título do acervo de 15 mil livros será lido 1 milhão de vezes”.

O acervo da nova plataforma, gerida pela SP Leituras, Organização Social responsável pela Biblioteca de São Paulo (BSP), a Biblioteca Parque Villa-Lobos (BVL) e o Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas de São Paulo (SisEB), estará em constante atualização e conterá títulos dos mais variados gêneros, áreas de conhecimentos e idiomas, no formato de livros digitais (e-books) e audiolivros. O projeto também contempla clubes de leitura, podcasts, seminários, capacitações e oficinas, além de outras atividades culturais e de formação, para dinamizar seu uso e fomentar as interações do público, tanto com ela, quanto com as bibliotecas físicas.

“Bibliotecas públicas contemporâneas no mundo são o que há de mais moderno em termos de investimento de cultura e economia criativa. Mas, para que essa afirmação seja verdadeira, é necessário que os projetos sejam pensados para privilegiar não apenas o acervo como também - e principalmente - o usuário, por meio de uma oferta variada de serviços que compõem o conhecimento além da leitura”, disse o diretor executivo da SP Leituras, Pierre André Ruprecht.. “É por isso que a essência da BibliON compreende o conceito de biblioteca digital, não em substituição às bibliotecas locais, mas integrada como forma de crescer seu público", explica.

O usuário pode fazer empréstimo de até duas obras simultâneas, por 15 dias. A BibliON permite ações como organizar listas, adicionar favoritos, compartilhar um livro como dica de leitura nas redes sociais, fazer reservas, ver histórico e sugerir novas aquisições. Por meio de princípios de gamificação, os associados conseguem acompanhar as estatísticas do tempo dedicado à leitura e participar de desafios.

E o sistema de busca permite que o usuário utilize diversos filtros, como tema, autor, categoria ou título. É possível ler em dispositivos móveis, sem a necessidade de usar dados do celular, por meio do download prévio do título ou, ainda, ajustar o tamanho da letra e o contraste da tela; escolher diferentes modos de leitura para dia ou para noite e acionar a leitura em voz sintetizada, para saída em áudio do texto. Para utilizar o serviço gratuito, basta que os interessados acessem site ou baixem o aplicativo BibliON, disponível no Google Play e na Apple Store e realizem um breve cadastro.


BSP Digital
BibliON é a extensão de um projeto piloto iniciado em janeiro de 2020 e que disponibilizou pouco mais de mil obras. Em mais de um ano de atividade foram realizados mais de 27 mil empréstimos de livros.

domingo, 12 de junho de 2022

.: "A Hora do Desespero": tensão máxima de uma mãe que faz roer as unhas

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em junho de 2022

Um filme que faz roer as unhas por deixar o público tenso. Assim pode ser descrito o novo longa estrelado por Naomi Watts: "A Hora do Desespero". Em cartaz na rede de cinemas Cineflix, a produção dirigida pelo cineasta australiano, Phillip Noyce, o mesmo de "O Colecionador de Ossos", "Salt" e "Invasão de Privacidade", leva a atriz de "O Chamado" para uma nova caçada em nome de proteger o filho Noah (Colton Gobbo).

Desta vez, em 1h21m, a mocinha do "King Kong" de Peter Jackson é Amy Carr, mãe de um casal de filhos, Noah e Emily (Sierra Maltby), que decide tirar um dia de folga e tem como plano, uma noite de pizza. Para tanto, sai numa corrida matinal por trilhas e bosques. Embora perceba uma movimentação estranha da polícia, segue seu longo percurso. Até que Amy recebe uma mensagem de texto pedindo distanciamento da escola. 

Mãe é mãe. Alarmada com o fato, a viúva procura saber da filha mais nova, que está bem. Segue a corrida tranquila, pois acredita que o filho está em casa -uma vez que se recusou a levantar da cama para ter um dia de estudos. Todavia, ao ligar para o celular do rapaz, que não atende, entra em pânico. Onde estaria Noah, uma vez que viram o jovem sair de casa com uma picape branca? Após a ligação de uma amiga e por vídeos de noticiários locais, Amy é informada que a escola local, a que o filho frequenta, está sitiada por um atirador. 

Tudo leva Amy a dar o seu melhor para sair da mata em que adentrou, mesmo com topadas e tropeços. Desde pedir favores a várias pessoas, inclusive ao mecânico do carro dos pais. No decorrer do longa, Amy deixa o posto de mãe desesperada e assume o de solucionadora de um tremendo problema policial. Sim! Até dialoga com o rapaz que, perto do meio do filme, faz uma vítima do sexo feminino.

Entre muitas ligações e vídeos de noticiário, Amy faz tudo por seu Iphone, munido com bateria de longa duração. Ainda que sejam de épocas diferentes, a dinâmica de gerar suspense com personagem e um aparelho de celular, em muito remete ao longa de 2004, com Chris Evans e Kim Basinger"Celular". Apesar de certos furos no roteiro, Naomi Watts, atua grande parte do filme na floresta -produção em período pandêmico-, e consegue dar um show promovendo diversos momentos de puro nervosismo e, com facilidade, envolve quem está do outro lado da telona. 

Eis o deleite em "A Hora do Desespero", entretenimento puro para os fãs de suspense e drama. Contudo, ao fim, o longa ainda abre espaço para uma mensagem positiva a respeito de tamanho problema, que, infelizmente, é algo corriqueiro no cotidiano dos americanos, além de debater sobre o posse de armas. É um filme que vale a pena ser assistido!


*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm

Filme: "A Hora do Desespero" ("The Desperate Hour")
Diretor: Phillip Noyce
Classificação: 14 anos
Idioma: Inglês
Duração: 1h21m
Data de lançamento: 9 de junho de 2022 (Brasil)
Elenco: Naomi Watts, Colton Gobbo e Sierra Maltby

Trailer de "A Hora do Desespero"

Em parceria com a rede Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - uma oportunidade para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.


.: Autobiografia de José Simão mescla relatos pessoais com irreverência


No próximo dia 28, será lançado o livro "Definitivamente, Simão!", que trapela primeira vez as memórias do jornalista José Simão. Com o senso de humor que lhe é tão característico, ele mistura lembranças pessoais com a história do Brasil das últimas décadas. 

É um livro cheio de causos engraçados, envolvendo as mais diversas figuras públicas - ou não - do país. Além disso, é um retrato de sua relação com o jornalismo, a cultura e a política brasileira. "Definitivamente, Simão! - Ou de como eu dancei com o Nureyev, aplaudi o pôr do sol nas Dunas da Gal, chamei um político de Picolé de Chuchu e virei presidente do Partido da Genitália Nacional" mistura humor e irreverência, as marcas registradas do jornalista. 

Zé Simão, que agora divide com os leitores suas lembranças da carreira, família e amigos, compondo assim um singular e bem-humorado retrato de uma geração... e do Brasil. Neste livro, ele, que alegra as manhãs dos brasileiros na BandNews FM e na Folha de S.Paulo, teve a ideia de contar suas memórias sentimentais, que se relacionam com a história do Brasil nas últimas décadas. Assim, discute de temas da atualidade até as performances de figuras lendárias como Elvira Pagã, Virgínia Lane e Mara Rúbia.

Fala da homossexualidade, das novelas de que gostou e não gostou, da pandemia de covid-19, das inúmeras viagens que fez para países como China, Cuba, Egito e Portugal, dos reality shows preferidos, das Copas que cobriu e, principalmente, dos amigos que fez ao longo da vida, como o companheiro no rádio, Ricardo Boechat.

Além disso, Simão rememora cenas de sua infância e adolescência, vividas em uma família de origem libanesa e com membros atuantes na esquerda brasileira, e os bastidores de sua carreira desde os anos 1980. Como diz o próprio José Simão, “não é um livro homenagem ao Brasil. Mostra um Brasil desigual, um Brasil alegre, um Brasil que se conformou, um Brasil que luta, um Brasil da folia. Um Brasil que eu sinto!”. Você pode comprar "Definitivamente, Simão!" de José Simão, neste link.


Sobre o autor
José Simão - jornalista paulistano, mais conhecido como Zé Simão - nasceu em 1943. É colunista da Folha de S.Paulo desde 1987, quando assumiu uma coluna humorística no caderno cultural "Ilustrada". No portal UOL, teve os programas “Monkey News”, “Ondas Latinas” e o “Blog do Simão”. Diariamente faz o quadro “Buemba! Buemba!”, na BandNews FM. Ao longo de sua carreira, publicou diversos livros, como "A Esculhambação Geral da República".


"Definitivamente, Simão!"
Autor: José Simão
280 páginas
Lançamento: 28 de junho de 2022
Link na Amazon: https://amzn.to/3HjmCWG

.: Entrevista: Aline Borges, a Zuleica de "Pantanal", chega para movimentar

Atriz comenta em entrevista bastidores da chegada e das gravações no Mato Grosso do Sul. Foto: Globo/João Miguel Júnior

Na novela "Pantanal", Zuleica (Aline Borges) é mãe de três jovens adultos: Marcelo (Lucas Leto), Renato (Gabriel Santana) e Roberto (Caue Campos). Os seus “meninos” são fruto da duradoura relação com Tenório (Murilo Benício). Relação, não casamento. Quando engravidou de Marcelo, Tenório já era casado com Maria Bruaca (Isabel Teixeira), e ela sempre soube. 

“É bonito de ver, diante de toda a situação que vai acontecer nesse trio, de Maria Bruaca, ela e Tenório, que ela não larga a mão da Maria Bruaca. A sororidade, a empatia estão na frente. E é bonito o Bruno Luperi (autor) não ter ido para o caminho da rivalidade entre elas. Porque a gente vive num Brasil e num mundo onde a mulher foi ensinada a rivalizar. Neste caso, essa história tem dor, mas tem também respeito, empatia, entendimento de que é muito mais importante a integridade dessas mulheres do que conquistar um espaço na vida desse homem. Principalmente pra Zuleica, que está nessa relação por diversas razões que ainda vão ser reveladas. Ela tem uma dívida de gratidão com esse homem. O que fica pra mim, de bonito, é ver a integridade dela, sua força, e o fato de ela não ser uma mocinha. Ela também erra porque é humana”, diz Aline Borges sobre sua personagem.

Zuleica chega na novela em um cenário de crises. Crise no casamento de Tenório, crise econômica, já que ele está com a corda no pescoço, e crise entre os filhos, que ao saberem que Maria Bruaca descobriu sobre a traição do marido, não entendem por que não podem, então, conhecer a outra família e as terras do pai no pantanal. Na entrevista abaixo, Aline Borges conta sobre os bastidores da chegada à novela, sobre as gravações no pantanal e sua visão sobre a personagem que interpreta na trama.


Você assistiu à primeira versão?
Aline Borges -
Assisti partes, não a novela toda. Eu tinha 15 anos, mais ou menos, e tenho uma memória afetiva com a novela, assim como muitos brasileiros. "Pantanal" é uma novela que mexe com nossas emoções, mexe com o lúdico, o imaginário, você acreditar no encantamento das coisas, nas lendas.


Tem alguma relação especial, familiar, ou de trabalho com a novela? 
Aline Borges - 
Tem um valor muito especial, que deixou marcas e por isso que hoje ela é tão abraçada, tão assistida, tão amada. Quem assistiu, guarda alguma história ou memória afetiva; e quem não assistiu, como é o caso do meu enteado que tem 19 anos, vejo ele super encantado, acreditando naquela história daquela mulher que vira onça, no Velho do Rio, gostando de se encantar. Isso é muito rico porque os nossos jovens hoje só querem saber de internet, eu nunca tinha visto meu enteado ver televisão, novela principalmente. "Pantanal" é realmente pra todas as idades, não tem uma faixa etária. Ela pega as pessoas sensíveis, que estão abertas e querem se emocionar com a simplicidade da vida.


O autor, Bruno Luperi, disse em entrevista que quis aproveitar a história de Zuleica na obra de seu avô para dar voz às questões de racismo e preconceito nesta adaptação. Como você, atriz, mulher, negra, enxerga essa mudança?
Aline Borges -
É uma benção ter um dramaturgo como ele, um homem branco que tem esse olhar afinado, apurado para questões raciais, de entendimento para as necessidades de discutir essas questões. Para descontruir a gente precisa discutir, colocar uma lupa para olhar para o racismo, que segue excluindo, oprimindo e matando o povo negro todos os dias. Então, é maravilhoso ter a oportunidade de dar vida a essa personagem, que é uma mulher negra, com uma família preta, numa relação inter-racial, que é até complicado falar sobre isso no Brasil, existe tanto preconceito, tanto julgamento... Acho importante ele ter a coragem e peitar, trazer essa mudança. Porque esse papel foi vivido pela Rosamaria Murtinho lá atrás, brilhantemente vivido por ela, uma mulher branca. Bruno fazer essa mudança para que a Zuleica seja uma mulher preta e trazer essas questões raciais é de um valor primoroso, muito especial e a gente precisa olhar para isso. Abraçar isso com todas as forças. Não é uma tarefa fácil, mas a gente está caminhando junto. E é lindo observar o quanto o Bruno tem a escuta aberta para essa transformação.


Quem é Zuleica?
Aline Borges -
A Zuleica é uma mulher como tantas e tantas mulheres, cheia de conflitos, dualidade permeando a vida dela o tempo todo. É uma mulher íntegra, criou os três filhos praticamente sozinha. Muita coisa vai acontecer ao longo do caminho, no arco dramático dela. Ela é uma mulher muito forte, que reconhece suas dificuldades, seus limites, mas que não entrega o jogo. Segue na resistência. E é bonito de ver, diante de toda a situação que vai acontecer nesse trio, de Maria Bruaca, ela e Tenório, que ela não larga a mão da Maria Bruaca. A sororidade, a empatia estão na frente. E é bonito o Bruno não ter ido para o caminho da rivalidade entre essas mulheres. Porque a gente vive num Brasil e num mundo onde a mulher foi ensinada a rivalizar. Neste caso, essa história tem dor, mas tem também respeito, empatia, entendimento de que é muito mais importante a integridade dessas mulheres do que conquistar um espaço na vida desse homem. Principalmente pra Zuleica, que está nessa relação por diversas razões que ainda vão ser reveladas. Ela tem uma dívida de gratidão com esse homem. O que fica pra mim, de bonito, é ver a integridade dela, sua força, e o fato de ela não ser uma mocinha. Ela também erra porque é humana.


Como foram as gravações no Pantanal? Você já conhecia o local? 
Aline Borges -
Não conhecia o Pantanal e quando fui na primeira viagem para gravar, tive uma crise de pânico antes do avião decolar, no Rio de Janeiro. Eu nunca havia tido nada parecido. Não entendi bem na hora, mas hoje, olhando o que aconteceu, entendo que não se tratava apenas de estar sozinha, viajando de avião, mas sim de tudo que esse momento significa. Estou dando um grande passo na minha carreira, fazer parte dessa novela é um marco que vai ficar para sempre. Então, entendo que foi um somatório de coisas. O medo desse passo novo, o uso das máscaras, a gente veio de uma pandemia muito traumática, enfim, foram vários fatores. Cheguei a sair do avião, chorei muito lá fora, mas decidi voltar. Olhei pra ele e decidi que seguiria meu caminho. A gente tem medo de crescer na vida, então olhar para esse medo, colocar luz nele, já foi o início da cura. Não é só sobre o medo de andar de avião, mas o medo do novo passo. Isso bate em todos nós, em todo mundo que é humano.


O que achou do pantanal?
Aline Borges - 
Estou aqui pela segunda vez e é um lugar que me deixa muito sensível, num bom sentido. Choro ouvindo uma arara, choro vendo um pássaro bebendo água. Onde estou, antes estava cheio, e agora está seco. A gente se conecta com a origem tudo, com a mãe terra, com os animais, a gente silencia a mente e reconstrói nosso olhar pro mundo. Ressignificar tudo. É uma oportunidade imensa, de cura e de expansão de consciência estar no pantanal.
 

Alguma impressão especial sobre os bastidores da novela?
Aline Borges -
A gente entende o sucesso estrondoso que é "Pantanal" quando vê os bastidores. Ontem eu fui gravar numa fazenda e fiquei vendo as duas outras cenas que tinham, fiquei vendo a raça, o amor, a dedicação da equipe, entrando no rio, levando câmera, para que aquilo ficasse bonito. A entrega do diretor, todos eles têm um olhar muito sensível para tudo, eles querem captar o melhor da gente. Outro fato interessante é que uma das minhas primeiras novelas na TV Globo foi "Celebridade", eu interpretava a empregada do personagem de Marquinhos Palmeira. Fiquei emocionada de ver esse lugar que a minha atriz está hoje. Em 2003 eu fiz essa empregada dessa casa e hoje estou aqui fazendo a mesma novela que Marquinho num outro lugar. Essa personagem é uma mulher forte, que tem uma casa, uma história, não é uma coadjuvante. Trabalhei esses anos todos para conquistar esse espaço que me chega agora. Porque antes de eu me reconhecer como mulher preta, não entendia por que não me chegavam papeis onde eu tinha uma casa, uma vida, era sempre a copeira, a empregada, nesses lugares. Eu não questionava, não entendia. Depois eu entendi que os papeis destinados às mulheres pretas eram esses, onde as mulheres não tinha história. E quando entendi fui trabalhando para que isso mudasse. No teatro ou na TV, quando eu era convidada para papeis assim, falava que não queria mais fazer aquele papel. Então, hoje, estar em "Pantanal", dando vida à Zuleica, para mim é um avanço enorme. É grandioso demais e diz muito sobre toda a minha trajetória e sobre o quanto isso mudou. Hoje estou dando vida a uma personagem que um dia foi de uma mulher branca, que esse autor decidiu mudar para uma mulher preta, para dar voz à ela. Isso é representatividade e dá sentido ao nosso ofício. Isso me engrandece também. Eu olho para trás e vejo que tudo valeu a pena.


A novela "Pantanal" é escrita por Bruno Luperi, baseada na novela original escrita por Benedito Ruy Barbosa. A direção artística é de Rogério Gomes e Gustavo Fernandez, direção de Walter Carvalho, Davi Alves, Beta Richard, Cristiano Marques e Noa Bressane. A produção é de Luciana Monteiro e Andrea Kelly, e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim. O Resenhando.com tem um grupo para comentar a novela das nove - entre e fique à vontade para participar!

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