quinta-feira, 16 de junho de 2022

.: Peça teatral "Maria da Escócia" estreia no Teatro Cacilda Becker

Com texto de Fernando Bonassi e direção de Alexandre Brazil, espetáculo propõe um encontro fictício entre as rainhas Elizabeth I e Mary Stuart, a peça cria uma discussão sobre as relações de poder e o que é preciso para a sua manutenção. Foto: Philipp Lavra.

O conflito que existiu entre as rainhas e primas Elizabeth I (1533-1603) e Mary Stuart (1542-1587) é pano de fundo para uma discussão sobre as relações de poder no espetáculo "Maria da Escócia", com dramaturgia de Fernando Bonassi e direção de Alexandre Brazil. A peça, estrelada por Bete Dorgam e Kátia Naiane, é inspirada no texto “Mary Stuart” (1800), do alemão Friedrich Schiller. A estreia acontece no dia 17 junho no Teatro Cacilda Becker.

O espetáculo, que teve uma versão audiovisual online bem diferente, é o segundo trabalho de Alexandre Brazil que nasce de uma investigação sobre rainhas renascentistas. De acordo com o diretor, o primeiro desses trabalhos foi “O Sorriso da Rainha” (2018), sobre a própria Elizabeth I, e ele ainda planeja montar uma peça sobre Ana Bolena (1501/1507-1536), a mãe dessa monarca.

“A pesquisa nasceu da minha paixão por William Shakespeare, que eu considero o maior dramaturgo que já existiu. Eu já montei nove espetáculos do bardo e, em todos esses trabalhos, ele menciona figuras fascinantes dessa História renascentista. A própria Elizabeth I foi a grande mecenas de Shakespeare e da companhia dele, responsável pela prosperidade que ele teve em vida. E essas rainhas são figuras que têm em suas trajetórias fatos extremamente teatrais. É isso que me interessa”, explica Brazil.


O contexto
A peça, que não se propõe a ser biográfica, parte da disputa pelo trono na Inglaterra entre as rainhas Elizabeth I e Mary Stuart. Única herdeira legítima do rei Jaime V da Escócia, Mary assumiu o trono aos seis dias de vida, teve vários maridos e sempre atuou apenas como a rainha consorte (o equivalente à primeira-dama).

Considerada pelos católicos ingleses como a legítima soberana da Inglaterra, já que Elizabeth I era filha bastarda do rei Henrique VIII, ela esteve envolvida com uma revolta conhecida como Rebelião do Norte e tentou depor a própria prima para assumir o poder em seu lugar. Vendo-a como uma real ameaça, Elizabeth I aprisionou-a em vários castelos e mansões no interior do país. E, depois de 19 anos, Mary foi condenada por tramar o assassinato da prima - dentro da própria prisão. É decapitada em 1587, aos 44 anos.

Já Elizabeth I, que é conhecida como a “A Rainha Virgem” por nunca ter se casado, assumiu o reinado aos 25 anos, depois de uma longa briga pela sucessão do trono desencadeada pela morte de seu irmão Eduardo VI. Ao contrário de sua grande rival, ela exerceu ativamente o poder e abriu mão de se casar e ter filhos para continuar com sua soberania. Ela também é considerada uma das rainhas mais prósperas, responsável por conduzir a monarquia inglesa por sua chamada "Era de Ouro".


A encenação
O espetáculo propõe um encontro fictício entre Maria e Elizabeth I, às vésperas da execução da primeira. Enquanto Maria tenta convencer a prima a não cortar sua cabeça por conspiração, Elizabeth procura motivos para não ter efetivamente que fazer isso e ainda continuar no poder.

Ao público, cabe assumir uma posição diante desse conflito. “Tomamos bastante cuidado para não retratar Elizabeth I como tirana na nossa peça. O público vai compreender que as duas tiveram sua responsabilidade no desfecho. As personagens tentam se entender. Elizabeth precisa decidir o que fazer com o destino da prima como uma questão de estado, porque a situação está insustentável e ela está sendo pressionada. Imagine o que é para uma rainha ter que mandar decapitar a outra”, indaga Alexandre Brazil.

Em cena, as rainhas estão separadas por uma cerca, que, ao contrário de uma grade de prisão medieval, lembra um presídio de segurança máxima. “É interessante que, no começo do espetáculo, o público talvez se pergunte: quem está realmente presa? E, de certa maneira, as duas estão aprisionadas. A Maria, literalmente, e a Elizabeth I, por todas as questões que ela precisa lidar para se manter no poder”, revela o diretor. 

Já os figurinos preservam a ambientação do século 16, mas vão sendo ligeiramente “desmontados” ao longo da peça, tornando-se um pouco mais atemporais. Esse efeito também está presente em outros elementos da montagem com a proposta de mostrar que essa história poderia ser atemporal.

“Não queremos exatamente traçar paralelos explícitos com o que se passa hoje no Brasil. O que é fundamental e nos impressiona é como as relações de poder pouco mudaram do século 16 para cá. Queremos discutir o quanto esse poder, quando mal usado, pode ser avassalador para o povo e para os próprios governantes. É claro que estamos falando de outro sistema, a monarquia, mas acho importante olharmos para as questões políticas do passado e percebermos como tudo é muito parecido com o que temos hoje”, acrescenta.

Outro tema importante ao redor da peça é a questão do gênero. “É preciso considerar a depreciação da mulher. Quando olhamos para essas duas rainhas do século 16 ficamos impressionados, mas elas foram colocadas nesse lugar de poder por homens e elas estão cercadas por eles o tempo todo. Elizabeth consegue romper parcialmente com isso, mas, na peça, não consegue ter um companheirismo e o que hoje chamamos de sororidade com a própria prima, pois ela é pressionada a executá-la”, reflete o diretor.


Sinopse
O espetáculo propõe um encontro fictício entre Maria e Elizabeth I, às vésperas da execução da primeira. Enquanto Maria tenta convencer a prima a não cortar sua cabeça por conspiração, Elizabeth procura motivos para não ter efetivamente que fazer isso e ainda continuar no poder.


Ficha técnica
"Maria da Escócia", de Fernando Bonassi
Inspirado e baseado na obra “Mary Stuart” de Friedrich Schiller
Idealização e direção:
Alexandre Brazil
Co-direção: Cacau Merz
Elenco: Bete Dorgam e Kátia Naiane
Cenário, cenografia e adereços: Mateus Fiorentino Nanci e Megamini
Música original: Dan Maia
Iluminação: Felipe Tchaça
Figurino: Alexandre Brazil
Gola Rufo: Marichilene Artisevskis
Visagismo: Sergio Gordin e Carmen Silva
Assistente de visagismo: Leninha Uckerman
Costura de figurinos: Judite de Lima, Glória Amaral, Lili Santa Rosa e Maria Lúcia 
Fotografia: Philipp Lavra
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Produção gráfica e mídias sociais: Felipe Apolo
Produção executiva: Escritório das Artes
Coordenação de produção: Maurício Inafre
Direção de produção: Alexandre Brazil
Gestão de produção: Escritório das Artes
Realização: Alexandre Brazil da Silva - “Este projeto foi contemplado pelo Edital de Apoio a Projetos Culturais Descentralizados de Múltiplas Linguagens- Secretaria Municipal de Cultura”


Serviço
"Maria da Escócia", de Fernando Bonassi
Temporada:
17 a 26 de junho
Às sextas e aos sábados, às 21h, e aos domingos, às 19h.
A estreia será gratuita. 

Encontros:
Dia 19 de junho, às 20h15 -
bate-papo com as atrizes;
Dia 25 de junho, às 17h  -  bate-papo sobre a direção artística e o processo do espetáculo com Alexandre Brazil e Cacau Merz;
Dia 25 de junho, às 18h - bate-papo sobre produção e o processo de montagem com Alexandre Brazil e Mauricio Inafre.

Teatro Cacilda Becker – Rua Tito, 295, Lapa
Ingressos:
R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia-entrada)
Vendas on-line: através do site Sympla e uma hora antes do início do espetáculo diretamente na bilheteria.
Duração: 60 minutos
Classificação: 14 anos
Capacidade: 198 lugares



.: “Lightyear” e "Aline: a Voz do Amor": estreias da semana no Cineflix Santos

A origem definitiva de Buzz Lightyear, o herói que inspirou o brinquedo é o tema central do “Lightyear”, que segue o lendário Space Ranger em uma aventura intergaláctica, e é a principal estreia da semana na rede Cineflix Santos. A outra estreia da semana é "Aline: a Voz do Amor", livremente inspirado na cida da cantora Celine Dion

Também seguem em cartaz os longas-metragens "Ilusões Perdidas", adaptação do livro de Honoré de Balzac"Jurassic World: Domínio", encerrando a trilogia de sucesso e "Top Gun: Maverick", com Tom Cruise revivendo o icônico personagem dos anos 80. Confira os dias, horários e sinopses para você ficar por dentro de tudo o que acontece no mundo do cinema. O Cineflix Santos fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, Gonzaga, em Santos, no litoral de São Paulo. 


Estreias da semana 
"Lightyear" ("Lightyear") (dublado)
Classificação: livre. Ano de produção: 2022. Idioma: inglês. Diretor: Angus MacLane. Duração: 1h33m. Elenco: Chris Evans, Taika Waititi, James Brolin, Keke Palmer, Peter Sohn, Efren Ramirez, Dale Soules, Uzo Aduba, Mary McDonald-Lewis e Isiah Whitlock Jr. Sinopse: a origem definitiva de Buzz Lightyear (voz de Chris Evans, dublado pno Brasil por Marcos Mion), o herói que inspirou o brinquedo. “Lightyear” segue o lendário Space Ranger em uma aventura intergaláctica ao lado de um grupo de recrutas ambiciosos. 

Sala 4
16/6/2022 - Quinta-feira: 14h15 - 16h30 - 18h45 
17/6/2022 - Sexta-feira: 14h15 - 16h30 - 18h45
18/6/2022 - Sábado: 14h15 - 16h30 - 18h45
19/6/2022 - Domingo: 14h15 - 16h30 - 18h45
20/6/2022 - Segunda-feira: 14h15 - 18h45
21/6/2022 - Terça-Feira: 14h15 - 18h45
22/6/2022 - Quarta-Feira: 14h15 - 18h45

"Lightyear" ("Lightyear") (legendado)
Sala 1
16/6/2022 - Quinta-feira: 21h 
17/6/2022 - Sexta-feira: 21h
18/6/2022 - Sábado: 21h
19/6/2022 - Domingo: 21h
20/6/2022 - Segunda-feira: 21h
21/6/2022 - Terça-Feira: 21h
22/6/2022 - Quarta-Feira: 21h

"Lightyear" - Trailer dublado


"Aline: a Voz do Amor" ("Aline") (legendado)
Classificação: 10 anos. Ano de produção: 2022. Idioma: francês. Diretor:  Valérie Lemercier. Duração: 2h06m. Elenco: Valérie Lemercier, Sylvain Marcel e Danielle Fichaud. Sinopse: no Quebec, na década de 1960, Sylvette e Anglomard dão as boas-vindas a sua 14ª filha, Aline (Valérie Lemercier). A música impera nesta família modesta. Quando um produtor descobre Aline e sua voz de ouro, sua ideia é uma: torná-la a maior cantora do mundo. Apoiada em sua família e guiada pela experiência de Guy Claude (Sylvain Marcel) e pelo amor que ele nutre por ela, Aline criará para si um destino extraordinário que tocará o coração de milhões de pessoas. Filme livremente inspirado na vida de Celine Dion.

Sala 1
16/6/2022 - Quinta-feira: 18h05 - 20h45
17/6/2022 - Sexta-feira: 18h05 - 20h45
18/6/2022 - Sábado: 18h05 - 20h45
19/6/2022 - Domingo: 18h05 - 20h45
20/6/2022 - Segunda-feira: 18h05 - 20h45
21/6/2022 - Terça-Feira: 18h05 - 20h45
22/6/2022 - Quarta-Feira: 18h05 - 20h45

"Aline: a Voz do Amor" - Trailer legendado


Seguem em cartaz
"Ilusões Perdidas" ("Illusions Perdues") (legendado)
Classificação: 14 anos. Ano de Produção: 2021. Idioma: francês. Diretor: Xavier Giannoli. Duração: 2h29m. Elenco: Benjamin Voisin, Cécile de France e Vincent Lacoste. Sinopse: Lucien é um jovem poeta desconhecido na França do século XIX, com grandes esperanças e aspirações. Deixa a tipografia na sua província natal para tentar a sorte em Paris sob tutela da sua mecenas. Rapidamente deixado à sua sorte nesta fabulosa cidade, Lucien descobrirá os meandros deste mundo submisso à lei do lucro e do fingimento. Uma comédia humana onde tudo tem um preço, seja sucesso literário ou imprensa, política ou sentimentos, reputações ou almas... Uma adaptação do livro "Ilusões Perdidas", de Honoré de Balzac,.

Sala 1
16/6/2022 - Quinta-feira: 15h15 
17/6/2022 - Sexta-feira: 15h15
18/6/2022 - Sábado: 15h15
19/6/2022 - Domingo: 15h15
20/6/2022 - Segunda-feira: 15h15
21/6/2022 - Terça-Feira: 15h15
22/6/2022 - Quarta-Feira: 15h15

"Ilusões Perdidas" - Trailer legendado


"Jurassic World: Domínio" ("Jurassic World: Domimion") (dublado)
Classificação:
 12 anos. Ano de produção: 2022. Idioma: inglês. Diretor: Colin Trevorrow. Duração: 2h27m. Elenco: Chris Pratt, Bryce Dallas Howard e Jeff Goldblum. Sinopse: episódio final da trilogia iniciada por "Jurassic World - O Mundo dos Dinossauros". Quatro anos após a destruição da Ilha Nublar, os dinossauros agora vivem - e caçam - ao lado de humanos em todo o mundo. Contudo, nem todos répteis consegue viver em harmonia com a espécie humana, trazendo problemas graves. Esse frágil equilíbrio remodelará o futuro e determinará, de uma vez por todas, se os seres humanos continuarão sendo os principais predadores em um planeta que agora compartilham com as criaturas mais temíveis da história em uma nova era. Os ex-funcionários do parque dos dinossauros, Claire (Bryce Dallas Howard) e Owen (Chris Pratt) se envolvem nessa problemática e buscam uma solução, contando com a ajuda dos cientistas experientes em dinossauros, que retornam dos filmes antecessores. 

Sala 2
16/6/2022 - Quinta-feira: 14h50 - 17h50  
17/6/2022 - Sexta-feira: 14h50 - 17h50
18/6/2022 - Sábado: 14h50 - 17h50
19/6/2022 - Domingo: 14h50 - 17h50
20/6/2022 - Segunda-feira: 14h50 - 17h50
21/6/2022 - Terça-Feira: 14h50 - 17h50
22/6/2022 - Quarta-Feira: 14h50 - 17h50

"Jurassic World: Domínio" ("Jurassic World: Domimion") (legendado)

Sala 4
16/6/2022 - Quinta-feira: 20h50  
17/6/2022 - Sexta-feira: 20h50
18/6/2022 - Sábado: 20h50
19/6/2022 - Domingo: 20h50
20/6/2022 - Segunda-feira: 20h50
21/6/2022 - Terça-Feira: 20h50
22/6/2022 - Quarta-Feira: 20h50

"Jurassic World: Domínio" - Trailer dublado


"Top Gun: Maverick" (
"Top Gun: Maverick") (legendado). Crítica do filme neste link.
Classificação: 12 anos. Ano de produção: 2022. Idioma: inglês. Diretor: Joseph Kosinski. Duração: 2h11m. Elenco: Tom Cruise, Jennifer Connelly e Miles Teller. Sinopse: Depois de mais de 30 anos de serviço como um dos principais aviadores da Marinha, Pete "Maverick" Mitchell está de volta, rompendo os limites como um piloto de testes corajoso. No mundo contemporâneo das guerras tecnológicas, Maverick enfrenta drones e prova que o fator humano ainda é essencial.

Sala 2
21/6/2022 - Terça-Feira: 20h50 

Sala 3
16/5/2022 - Quinta-feira: 15h20 - 18h - 20h40
17/6/2022 - Sexta-feira: 15h20 - 18h - 20h40
18/6/2022 - Sábado: 15h20 - 18h - 20h40
19/6/2022 - Domingo: 15h20 - 18h - 20h40
20/6/2022 - Segunda-feira: 15h20 - 18h - 20h40
21/6/2022 - Terça-Feira: 15h20 - 18h - 20h40
22/6/2022 - Quarta-Feira: 15h20 - 18h - 20h40

"Top Gun: Maverick" - Trailer legendado

Em parceria com a rede Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - uma oportunidade para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.


.: "Além da Ilusão": Regiane Alves e Juliane Araújo participam da novela

Foto: Rede Globo/Cadu Pilotto


Novas participações especiais entram em "Além da Ilusão" nos próximos capítulos. A atriz Regiane Alves chega na trama como Dirce, a ex-noiva de Eugênio (Marcello Novaes), por quem ele foi apaixonado e terminou tudo após uma armação de Úrsula (Barbara Paz). No entanto, a vilã está prestes a ser desmascarada. Ela fica chocada ao se deparar com Dirce em sua casa durante uma reunião entre Mr. Taylor (Ralf Itzel), o diplomata Afrânio (Ricardo Ripa), Violeta (Malu Galli) e Eugênio sobre a fábrica. Na ocasião, Violeta percebe o climão, mas disfarça, enquanto Úrsula se apavora com a possibilidade do passado vir à tona. Eugênio fica mexido com a presença dela, afinal, não se recuperou do trauma por ter sido “traído”.

Enquanto isso, seu afilhado, Joaquim (Danilo Mesquita), não satisfeito em destruir a vida de Davi (Rafael Vitti) e Isadora (Larissa Manoela), decide sair com Sueli (Juliane Araújo) para se divertir após uma noite no cassino e é flagrado pelo mágico, que aproveita a situação para chantagear a jovem e tentar provar para a amada que Joaquim não a ama de verdade. Mesmo sem conhecer Sueli, Davi propõe a ela um acordo e sugere um encontro com Isadora e Joaquim para que ele seja desmascarado. A contrapartida da moça vem rápido e Davi não mede esforços para atender ao pedido dela. Tudo para que Isadora volte a acreditar que o lugar dela é ao seu lado. Confira as entrevistas com as atrizes!

 

Entrevista com Regiane Alves:

 

Fale sobre a personagem.

Eu acho que a Dirce está um pouco acima do bem e do mal, ela vem bem resolvida, e é muito justa. Ela tenta falar para o Eugênio o que aconteceu, mesmo ele não acreditando, para ela não faz diferença, mas alertando o quanto ele ainda pode ser feliz. Ela é muito perceptiva.

 

Como se preparou?

Eu pensei muito em Evita Perón para fazer essa personagem, ela tem um pouco dessa classe, uma postura, e eu acho que ela tem um pouco dessa imagem dessa mulher que vem e vai embora.      

 

Como recebeu o convite?

Eu fiquei muito feliz de ter sido chamada. Primeiro porque eu acho a novela linda, muito bem feita, com bons atores, a trama. Eu já tinha visto alguns capítulos e falado: ‘ah, que novela boa!’ – aquela novela que você fala: "ah, queria ter sido escalada". Acho que o universo ouviu isso e eu fui chamada. Eu fiquei muito feliz, e uma coisa curiosa é que eu ia fazer "Malhação" com o Marcello Novaes. Ficamos um ano e meio de reserva, até não rolar mais, o Marcello foi para a novela e eu fiquei à espera do que poderia acontecer. A última vez que estive nos Estúdios Globo para fazer dramaturgia foi na preparação com o Novaes, e aí eu voltei ao set com ele. Foi muito especial, me senti segura. Foi muito bom rever os amigos, muito bom estar com a Malu Galli em cena, porque nós já fizemos duas novelas juntas e eu a admiro muito, acho que ela está fazendo um trabalho brilhante. Estar com amigos, a equipe, a minha volta foi muito festejada, foi muito bacana. 

 

Tem algum outro projeto em vista?

Tenho, sim. É uma volta à televisão, em breve tenho mais informações. Em "Além da Ilusão" foi uma participação pequena, mas para mim foi muito afetiva, eu gostei muito de ter feito.  

 


Entrevista com Juliane Araújo

 

Como você define a sua personagem?

A Sueli é uma mulher muito esperta e calculista, ela consegue ter foco no que quer. Tem a capacidade de resolver e achar novos caminhos rapidamente pra chegar em um lugar em que ela se beneficie. Eu acho qualidades ótimas, o problema é que ela nem sempre usa toda essa “eficiência” para o bem de todos os envolvidos (risos). 

 

Em que/quem se inspirou para fazê-la?

Eu tenho um bom caminho em novelas de época, o que me permite já entender um pouco sobre o contexto histórico, estudei a novela, o tom das personagens e me diverti. Não me inspirei em ninguém, a criei com as características que acho importante pra ela atingir o objetivo dela. 

 

Qual a sua expectativa para ver este trabalho no ar? 

A novela é linda, é um prazer enorme participar, já trabalhei com muitas pessoas do elenco e da equipe, sempre bom estar em um ambiente querido. A Sueli vai ser uma boa surpresa. 

 

Comente a relação de Sueli com Joaquim. E a relação dela com Rafael/ Davi.

Não sei se posso dar tanto spoiler, mas ela se envolve na trama Joaquim- Rafael/Davi- Isadora, e acho que ninguém vai sair muito satisfeito (risos).

 

Como está sendo contracenar com Danilo Mesquita e Rafael Vitti? 

Danilo é um amigo muito querido, adoro o trabalho dele, não só como ator, mas também como músico, é um amigo de roda de violão e samba. Um grande prazer encontrá-lo em cena. Rafa também conheço há um tempo e é a gentileza em pessoa. Eu estou muito bem acompanhada, os dois são ótimos atores. 

 

Como foi o convite para atuar em "Além da Ilusão"?

Fábio Zambroni, produtor de elenco da novela, me ligou e fiquei superanimada. Confio muito no Fábio. Já trabalhei com Luiz Henrique Rios também e foi um trabalho ótimo. Luiz dirigiu “Pais de primeira”, inclusive a deusa da Marisa Orth também estava nesse projeto e estou a reencontrando agora, por mais que a gente não vá se encontrar em cena, é sempre um prazer. 

 

Tem algum outro projeto em andamento que ache legal comentar?

Esse ano lanço Travessia, que é um projeto em que eu assino roteiro, produção e assistência de direção, um curta filmado em plena pandemia em um barco, com Caio Blat e uma equipe genial. Um projeto pra correr festivais, espero em breve dar outras notícias. Também estou filmando a série “O jogo que mudou a história”, criada por José Júnior, direção do Heitor Dhalia e vai ao ar na Globoplay. É um projeto que acredito muito, não só pelo que ele é, que é incrível, mas também porque é a primeira vez que trabalho com o José Júnior e a produtora Afro Reggae audiovisual, que além de hoje ser uma produtora, é um projeto que respeito profundamente e sempre foi referência de arte pra mim, principalmente no espaço Baixada Fluminense, onde eu nasci. O AfroReggae fez e faz a diferença pra muitas pessoas vindas de lugares onde o poder público não chega, um projeto que amplia o olhar da periferia, que tem responsabilidade com o social. O nosso dever como artista, o meu, principalmente, que conheci a arte através de um projeto social é estar alinhado com projetos que acrescentam não só o público, mas a gente também. Estou animada!

        

"Além da Ilusão" é criada e escrita por Alessandra Poggi, com direção artística de Luiz Henrique Rios. A obra é escrita com Adriana Chevalier, Letícia Mey, Flávio Marinho e Rita Lemgruber. A direção geral de Luís Felipe Sá e direção de Tande Bressane, Jeferson De e Joana Clark. A produção é de Mauricio Quaresma e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim.

.: Lista: celebre o "Dia do Cinema Brasileiro" no domingo

A data é comemorada no próximo domingo (19) e ideal para maratonar e valorizar os filmes brasileiros


Em homenagem às primeiras imagens em movimento registradas em território nacional, o Dia do Cinema Brasileiro é comemorando no dia 19 de junho. E para aqueles que amam, apoiam e valorizam as produções brasileiras, o Star+ é o lugar certo! A plataforma tem em seu portfólio diversas opções, que vão de comédia ao drama e contam com grandes nomes nacionais, como Glória Pires, Leandra Leal, Bruno Gagliasso, Alice Braga, Reinaldo Gianecchini, Wagner Moura, Lázaro Ramos, entre outros. 

Confira abaixo uma seleção de produções nacionais disponíveis no Star+:

Vale Night (2022) 

Um “vale night” é o sonho de consumo de todo casal com filho pequeno. E com Daiana e Vini, um casal da periferia paulista, não é diferente. Cansada de lidar com as responsabilidades do primeiro filho, Daiana (Gabriela Dias) resolve pegar um “vale night” para passar a noite com as amigas, mas, para isso, precisa deixar o filho com o pai da criança. Vini (Pedro Ottoni), também entediado, decide levar o bebê para o baile funk, onde tudo vai bem até que ele perde o menino e parte em busca da criança por toda a comunidade, se colocando em situações inusitadas e divertidas para que Daiana não perceba nada. O filme ainda conta com Linn da Quebrada, Yuri Marçal, Tia Má, Jonathan Haagensen e grandes nomes no elenco.

Fédro (2022)

“Fédro” trata-se de um documentário que promove o reencontro entre o ator Reinaldo Gianecchini e seu mentor, o diretor José Celso Martinez Corrêa, para a primeira leitura do texto “Fedro” de Platão, adaptado por Zé Celso. O reencontro evitado por mais de duas décadas apresenta uma verdadeira aula sobre arte, amor e vida, sendo uma experiência transformadora.

O Segundo Homem (2022)

Dirigido por Thiago Luciano, “O Segundo Homem” conta a história de Miro (Anderson di Rizzi), um bom homem, casado com Solange (Lucy Ramos) e pai de Rosa, uma menina de sete anos. Miro decide se alistar nas forças militares para proteger sua família da explosão de violência. O que ele não esperava é que essa transformação acabasse levando a guerra para dentro de casa, atingindo as pessoas que ele mais ama. Uma história impactante, baseada em fortes críticas sociais, que pode ser um retrato preciso do que teremos que enfrentar.

Veneza (2021)

O longa de Miguel Falabella conta a história de Gringa (interpretada pela espanhola Carmen Maura), uma cafetina cega e obcecada pela ideia de conhecer a famosa “cidade flutuante” e reencontrar a grande paixão de sua vida nas terras e águas italianas. Ao mesmo tempo em que lidam com seus desejos e frustrações, as prostitutas do bordel buscam alguma forma de realizar o último pedido daquela que as acolheu quando mais precisaram.

Grandes nomes como Dira Paes, Eduardo Moscovis, Carol Castro, André Mattos, Caio Manhente e Danielle Winits compõem o elenco do longa-metragem. Baseado na premiada peça teatral homônima do autor argentino Jorge Accame, “Veneza” foi adaptado pelo próprio Miguel Falabella para os palcos brasileiros no início dos anos 2000.

O Auto da Boa Mentira (2021)

Dizem que mentira tem perna curta. Se isso é verdade, a bichinha corre rápido, viu! Em quatro histórias inspiradas em contos bem-humorados de Ariano Suassuna, cada uma criada a partir de frases do poeta paraibano, conhecemos Helder (Leandro Hassum), Fabiano (Renato Góes), Pierce (Chris Mason) e Lorena (Cacá Ottoni), vivendo diferentes situações em que, ironicamente, a mentira é sempre a protagonista.

A Comédia Divina (2017)

Em crise, um programa jornalístico demite uma repórter e em seu lugar contrata Raquel (Mônica Iozzi), jornalista recém-formada e affair do âncora garanhão, Mateus (Dalton Vigh). Incomodada pela convivência com Lucas (Thiago Mendonça), um inconformado ex-namorado que trabalha na produção, ela vê sua carreira decolar graças a um furo: o Diabo (Murilo Rosa) acaba de abrir sua própria igreja na Terra.

Nise: O Coração da Loucura (2016)

Filme biográfico baseado na história de Nise da Silveira (Glória Pires), psiquiatra reconhecida mundialmente por ter revolucionado o tratamento psiquiátrico no Brasil. "Nise: O Coração da Loucura" mostra como Nise, ao voltar a trabalhar em um hospital psiquiátrico no subúrbio do Rio de Janeiro, propõe uma nova forma de tratamento aos pacientes que sofrem de esquizofrenia. Sem o apoio dos seus colegas, ela então assume o abandonado Setor de Terapia Ocupacional, onde dá início a uma nova forma de lidar com os pacientes: através do amor e da arte.

É Fada! (2016)

Após se dar mal em uma série de trabalhos, a fada tagarela e atrapalhada Geraldine (Kéfera Buchmann) recebe a missão de ajudar a jovem Júlia (Klara Castanho). A garota vive com o pai e acaba de trocar de colégio. Ela tem dificuldade de lidar com os novos colegas e não é nenhum pouco popular na escola. A fada tentará mudar isso, ajudando em sua vida social e amorosa.

Doidas e Santas (2016)

Beatriz (Maria Paula) é uma terapeuta de casais que também escreve livros sobre o tema. Pressionada com o prazo cada vez mais apertado para escrever seu novo livro, ela precisa lidar com problemas no próprio casamento com o advogado Orlando (Marcelo Faria), e ainda a filha adolescente (Luana Maia) e a mãe (Nicette Bruno), com as quais vive batendo de frente.

Entre Idas e Vindas (2016)

Afonso (Fábio Assunção) é um professor universitário separado, que vive com o filho Benedito (João Assunção). Um dia, eles resolvem fazer uma viagem juntos, mas enfrentam problemas quando o carro deles quebra. Eles são ajudados por quatro operadoras de telemarketing — Amanda (Ingrid Guimarães), Sandra (Alice Braga), Krisse (Rosanne Mulholland) e Cillie (Caroline Abras) — que também faziam uma viagem e os levam de volta a São Paulo. O que seria uma simples carona acaba se transformando em uma viagem cheia de aventuras e transformações pessoais.

Bem Casados (2015) 

Solteirão convicto, Heitor (Alexandre Borges) ganha a vida comandando uma equipe que registra cerimônias de casamento e se mete em encrenca ao se tornar alvo de Penélope (Camila Morgado), que está desesperada para impedir o enlace matrimonial do amante.


O Vendedor de Passados (2015)

O que você faria se pudesse alterar erros ou lembranças dolorosas do passado? Esta é a profissão de Vicente (Lázaro Ramos): ele vende passados às pessoas, criando documentos, fotos e outros indícios necessários para reescrever a história. O filme é uma adaptação do livro de mesmo nome, escrito pelo angolano José Eduardo Agualusa.


O Lobo Atrás da Porta (2013)

O desaparecimento de uma criança faz com que seus pais, Bernardo (Milhem Cortaz) e Sylvia (Fabiula Nascimento), vão até uma delegacia. O caso fica a cargo do delegado (Juliano Cazarré), que resolve interrogá-los separadamente. Logo descobre que Bernardo mantinha uma amante, Rosa (Leandra Leal), que é levada à delegacia para averiguações. A partir de depoimentos do trio, o delegado descobre uma rede de mentiras, amor, vingança e ciúmes envolvendo o trio.

Trash: A Esperança Vem do Lixo (2014)

"Trash: A Esperança Vem do Lixo" apresenta os garotos Gardo (Eduardo Luís) e Raphael (Rickson Tevez), que vivem em um lixão no Rio de Janeiro e sempre buscam algo valioso entre os restos despejados no local todo dia. Porém, após um deles encontrar uma carteira em meio aos despejos do aterro sanitário, os garotos entram na mira do policial Frederico (Selton Mello) e do político corrupto Santos (Stephan Nercessian). A carteira em questão pertencia a José Ângelo (Wagner Moura), que deixou um código capaz de levar a uma fortuna de R$ 10 milhões.

Mato Sem Cachorro (2013)

Deco (Bruno Gagliasso) vive jogado no sofá de sua casa, apesar de ter talento musical. Um dia, ele encontra dois grandes amores: a radialista Zoé (Leandra Leal) e o cachorro Guto, que desmaia toda vez que fica muito animado. Não demora muito para o trio começar a viver junto, mas dois anos depois Zoé termina o namoro, fica com a guarda de Guto e arranja um novo namorado (Enrique Diaz). Motivos mais do que suficientes para Deco ficar revoltado e preparar uma vingança: sequestrar Guto. Para isso, ele conta com a ajuda de seu primo Leléo (Danilo Gentili).

Senna: O Brasileiro, O Herói, O Campeão (2010)

Este documentário emocionante narra a vida do lendário campeão brasileiro de automobilismo, Ayrton Senna. Abrangendo a década de sua chegada à Fórmula 1 em meados dos anos 80, o filme segue as lutas de Senna tanto na pista quanto fora dela, retratando uma figura pública dinâmica e complexa que poderia ser espiritual e implacável, ao mesmo tempo em que se tornava uma superestrela global.


Tropa de Elite (2007)

Nascimento (Wagner Moura), capitão da Tropa de Elite do Rio de Janeiro, é designado para chefiar uma das equipes que tem como missão apaziguar o Morro do Turano. Ele precisa cumprir as ordens enquanto procura por um substituto para ficar em seu lugar. Em meio a um tiroteio, Nascimento e sua equipe resgatam Neto (Caio Junqueira) e Mathias (André Ramiro), dois aspirantes a oficiais da PM. Ansiosos para entrar em ação e impressionados com a eficiência de seus salvadores, os dois se candidatam ao curso de formação da Tropa de Elite.

O Homem que Copiava (2003)

André (Lázaro Ramos) é um operador de fotocopiadora na livraria e papelaria J. Gomide que ganha mal e mora com a mãe. Ele é apaixonado por Silvia (Leandra Leal), sua vizinha, quem ele espia toda noite de sua janela. Ele descobre que ela trabalha em uma loja de roupas e, para chamar sua atenção, tenta de todas as formas conseguir 38 reais para fazer uma compra no estabelecimento. Ele então tem a ideia de copiar uma nota de 50 reais, o que desencadeia uma série de confusões em sua vida. 


quarta-feira, 15 de junho de 2022

.: Crítica: "Ilusões Perdidas", longa francês adaptado de Honoré de Balzac

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em junho de 2022



A produção que esteve nas salas de cinemas do Cineflix durante o Festival de Cinema Varilux do ano passado, retorna para apresentar a história do poeta Lucien Chandour de Rubempré (Benjamin Voisin) que, ainda jovem, trabalha numa tipografia e mantém relação amorosa com uma mulher importante e casada de sua província natal: Madame Louise de Bargeton (Cécile de France). 


Eis que a musa inspiradora para a coletânea de poemas do rapaz, intitulada de "Margaridinhas", segue até o berço da evolução, Paris, e o leva junto. Para não ser fofoca da sociedade burguesa dali, Madame de Bargeton, aconselhada pela prima e marquesa (Jeanne Balibar), rompe com o poeta sonhador, deixando-o à própria sorte. Todavia, antes, Lucien estende a rede de relações conhecendo, superficialmente, o grande nome da escrita dos salões, o poeta Anastazio (Xavier Dolan).

Sem dinheiro e comendo restos, o poeta de província trabalha como garçom num restaurante, que tem Étienne (Vincent Lacoste), editor de jornais, como cliente. Numa situação bastante curiosa, os dois acabam se aproximando a ponto de Lucien sair da gastronomia e mergulhar no lado obscuro da imprensa. Hábil com as palavras, ele é inserido na engrenagem de fazer chacota de todos, inclusive de figuras importantes da sociedade. 

Com talento indiscutível para o jornalismo, de acordo com a linha editorial do "Le Corsaire-Satan", rapidamente ascende na carreira jornalística e assina seus artigos usando o sobrenome da mãe, Rubempré. Ao frequentar os salões de teatro, Lucien conquista uma parceira no amor, a dona das meias escarlate: Coralie (Salomé Dewaels). Uma ex-atriz de rua, mantida por um homem velho e endinheirado, que consegue chegar ao grande palco principal do teatro parisiense.


No topo, Lucien ouve Anastazio e acaba caindo na desgraça de se reencontrar com a amante, Louise de Bargeton. Qual a maior promessa dela? A de que ele consiga um título na sociedade. Assim, deixaria o sobrenome do pai, Chandour -do qual tinha vergonha-, e assumiria perante todos, Rubempré. A verdade é que para chegar tão alto, Lucien desmereceu a todos que estavam em seu entorno. Fatalmente, o desejo de vingança dos ridicularizados fez com que armassem planos para levá-lo à miséria. Sabemos bem que "tudo o que vai, um dia volta."

O longa é definitivamente uma montagem belíssima -das que se assiste duas vezes no cinema quando se tem oportunidade. Desde o figurino, cenário, iluminação, sonoplastia, trilha sonora, edição de imagens e a atuação impecável do elenco, que ainda tem Gérard Depardieu na pele de Dauriat, um editor analfabeto. Em "Ilusões Perdidas" tudo contribui para o enriquecimento da produção que se debruça no texto intocável de Balzac



O filme dirigido por Xavier Giannoli é fiel ao retratar um sonhador que sabe usar as palavras, mas não o cérebro a ponto de colocar o próprio sucesso em jogo. Enquanto que Lucien cresce dançando a música que lhe é tocada, cresce, porém acaba se perdendo ao ridicularizar os poderosos, tentando reviver um amor do passado e ainda ser conhecido pelo sobrenome de seu agrado. Mesmo que tenha que dar as costas para o verdadeiro amor e aquele que, desde o início, tinha tudo para ser seu grande amigo na Paris que vivia a lei do lucro e do fingimento.

Em 2h29m a rede de interesses é formada em torno de Lucien, desde a criação e divulgação de fake news -não com esse nome, na época- ao ápice da luta declarada para firmar quem pode mais. Contudo, Lucien, descobre que a vida não só traz champanhe, mas também muita dor e perdas. Afinal, para tudo há um preço, seja na redação de um jornal ou no meio político. Ainda mais que acima de tudo estão as reputações e a importância de quem as pode manter. Filme imperdível!


Em parceria com a rede Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - uma oportunidade para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.

*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm

Filme: "Ilusões Perdidas" ("Illusions Perdues")
Ano de Produção: 2021
Idioma: francês
Diretor: Xavier Giannoli
Duração: 2h29m
Classificação: 14 anos
Elenco: Benjamin Voisin, Cécile de France, Vincent Lacoste

Trailer de "Ilusões Perdidas"



.: Da Alemanha nazista para o sul do Brasil: memórias inspiram romance

Prefaciado por Marcos Piangers e Claufe Rodrigues, lançamento do escritor Paulo Stucchi manifesta as dores causadas pela ideologia que repercutem até os dias atuais.


No cemitério de Marburg, na Alemanha, em um dia frio de inverno, uma mulher está em frente a uma lápide, acompanhada apenas por uma sombra que a persegue há muitos anos. Ela decidiu viajar até o país unicamente para visitar esse túmulo: é lá onde estão os restos do homem que sempre foi um mistério: o próprio pai, Jonas. A mulher é Susan Schunk, protagonista do novo romance histórico de Paulo Stucchi, escritor finalista do Prêmio Jabuti.

A personagem de "Um de Nós Foi Feliz" é inspirada em Tania Girke Volkart, gaúcha de Três Coroas. Ela presenciou o relacionamento abusivo dos pais e cresceu com o sentimento de rejeição e culpa. Entre o passado da família na Alemanha nazista e o presente no Rio Grande do Sul, a obra publicada pela Maquinaria Editorial repercute as dores provocadas pela ideologia durante o período de ascensão e também nos dias atuais.

Antes de ser o pai de Susan e causar os traumas que seguiram a personagem durante toda a vida, o jovem Jonas enfrentou as primeiras consequências e contradições da vida adulta na cidade de Neumarkt. Ao mesmo tempo, ele descobriu o amor nos olhos intensos da colega de tranças duplas. O problema é que o temperamento explosivo e os erros de adolescente aconteceram em meio à ascensão do Partido Nazista.

Prefaciado por Marcos Piangers e Claufe Rodrigues, o livro consagra o estilo narrativo histórico iniciado pelo autor em "O Triste Amor", de Augusto Ramonet, que se passa no Chile de Salvador Allende, durante o golpe de Estado de Pinochet. Na sequência, Paulo escreveu o romance Menina – Mitacuña, que tem como pano de fundo a Guerra do Paraguai. Até então, o grande destaque foi a indicação de A Filha do Reich ao Jabuti, mas Um de nós foi feliz é uma evolução de seu jeito único de contar histórias baseadas em fatos. Você pode comprar o livro "Um de Nós Foi Feliz", de Paulo Stucchi, neste link.


Livro: "Um de Nós Foi Feliz" 
Autor:  Paulo Stucchi
Páginas:
352
Formato: 23 x 15 cm
Link na Amazon: https://amzn.to/3xqt6hW


.: Roberta Campos apresenta o show “O Amor Liberta” no Teatro Liberdade


“O Amor Liberta”
é o novo álbum de Roberta Campos, que faz única apresentação no Teatro Liberdade, no dia 19 de agosto (sexta-feira), a partir das 21h00. Com 11 faixas inéditas, o trabalho produzido por Paul Ralphes mostra uma Roberta que se abriu para outros gêneros. Na mistura de sua MPB de voz e violão com indie, jazz, bossa nova ou blues, as faixas ganham swing e preservam a leveza característica da artista.

Neste show em São Paulo, Roberta apresentará suas mais novas músicas com banda completa, além de outras tantas que marcaram a carreira da artista e foram de grande sucesso nas rádios e nas trilhas das novelas nacionais.

Assim, as novas faixas que já são sucesso de público e crítica, como “Miragem”, “Pro Mundo Que Virá”, “Começa Tudo Outra Vez” e “É Natural” (essa feita em parceria com Luiz Caldas), estarão juntas de hits autorais como “De Janeiro a Janeiro”, “Minha Felicidade”, de suas releituras tão particulares de “Casinha Branca” e “Quase sem Querer”, e das novas versões especiais de “Fico Assim Sem Você” e “Pensando em Você” elaboradas para esse show.


Serviço 
Show "Roberta Campos - O Amor Liberta"
Sexta-feira, dia 19 de agosto
Horário: 21h00
Classificação: Livre
Local: Teatro Liberdade
Rua São Joaquim nº129 - Liberdade – São Paulo
Site para compra de ingressos: https://bileto.sympla.com.br/event/73342

.: Atração infantil "Quintal do Portinari" mantém gratuidade até o fim do mês

Atração infantil "Quintal do Portinari" mantém gratuidade até o fim do mês; exposição sobre o pintor encerra em 10 de jujulho. Mostra reúne centenas de obras do artista por meio de projeções e recursos interativos com uso de tecnologia. "Quintal" oferece brincadeiras inspiradas na infância de Candido Portinari e a entrada, de terça a sexta-feira, é gratuita. No espaço “Portinari Imenso”, obras icônicas do artista retratam sua dedicação à população e à cultura do Brasil entre paisagens e cenas cotidianas (Fotos: divulgação/Agência Galo)

Ainda dá tempo de conferir a exposição “Portinari para Todos” no MIS Experience  instituição pertencente à Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo. A mostra reúne mais de 150 obras do artista, reproduzidas por meio de recursos tecnológicos e interativos. Até 30/06, o museu também oferece gratuidade para o “Quintal do Portinari”, espaço criado especialmente para o público infantil. As iniciativas fazem parte do programa Modernismo Hoje, criado pelo Governo de São Paulo para celebrar o centenário da Semana de 1922.

“Portinari para Todos” encerra temporada em 10 julho e é considerada a maior exposição realizadas sobre o trabalho e a vida do artista. Para conceber a mostra, o curador Marcello Dantas teve acesso a mais de cinco mil obras digitalizadas do Projeto Portinari, instituição gerida pelo filho do pintor, João Candido Portinari.

“Mestiço” (1934), “Cangaceiro” (1951), “Guerra e Paz” (1952) estão entre os trabalhos selecionados, mas a exposição vai além das projeções. Permite o contato com a paleta de cores usadas pelo pintor, em uma sala na qual o teto é recoberto por pincéis, jogo de luzes e sons. Maquetes de edifícios famosos mundo afora e que abrigam obras de Portinari também estão no trajeto da mostra.

Também é destaque a seção dedicada à Maria Portinari, esposa do artista. Áudios e projeções contam a trajetória dos dois e revelam sua contribuição para o sucesso do pintor. Quebra-cabeças de personagens saídos diretamente das telas de Portinari divertem os visitantes.

Segundo o curador, a exposição permite que o público compreenda a magnitude do legado do artista. “É uma maneira de dar imensidão à obra do Portinari de modo que o público brasileiro possa reconhecer a grande importância do artista através dos tempos e encontrar, na linguagem do século 21, uma forma de interpretá-lo”, comenta. Para João Candido, a mostra é definida como “um Portinari imersivo, interativo, digital, no formato inovador do MIS Experience, uma experiência inédita em escala monumental”.


"Quintal do Portinari"
Montado em uma área de 600 metros quadrados, “Quintal do Portinari” reúne instalações interativas e com recursos tecnológicos que recriam brincadeiras de infância retratadas por Portinari em suas obras. Até dia 30 de junho, a entrada é gratuita, de terça a sexta-feira, mediante agendamento prévio no site www.mis-sp.byinti.com/#/ticket/. Instalações convidam crianças a participarem de brincadeiras retratadas por Portinari (foto: divulgação Agência Galo)

Mais de 10 instalações estão em funcionamento no Quintal. Uma delas consiste na projeção de um dos personagens da obra Futebol (1935) esperando pela batida de um pênalti. O visitante se dirige até a marca e chuta uma bola de verdade em direção à tela. Outro destaque é a gangorra, equipamento que permite a brincadeira de forma inclusiva, considerando as necessidades de pessoas com mobilidade reduzida.

Muito presente na memória do artista, o espantalho não ficou de fora: ao levantar os braços ou movimentar as pernas, o visitante é imitado pelo personagem em uma projeção provocativa e, ao mesmo tempo, muito delicada. A “brincadeira” vai longe e conta, também, entre outras atrações, com um jogo musical, inspirado na tela Chorinho (1942). No monitor o visitante confere as regras e depois se direciona até um círculo para ouvir o som corresponde ao que foi projetado na tela.

Nessa área expositiva do MIS Experience, o público também confere o "Cinema do Candinho", com exibição de animações relacionadas às obras do artista. “Realizei um antigo sonho: criar um espaço dedicado ao público infantil. Idealizei um lugar de cultura lúdica, com atividades interativas, por acreditar que brincadeiras facilitam a aprendizagem e ajudam no desenvolvimento sociocultural da criança”, conta Marcos Mendonça, diretor geral da ACCIM – Associação Cultural Ciccillo Matarazzo, que gere o MIS, MIS Experience e Paço das Artes.


Realização
A exposição, apresentada pelo Bradesco, é uma realização do Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa de São Paulo, Prefeitura de São Paulo, Secretaria Municipal de Cultura e MIS Experience por meio da Lei de Incentivo à Cultura e do Promac. A concepção é da Magnetoscópio e do Projeto Portinari, e conta com as parcerias de TV Cultura e Museu Casa de Portinari.

O patrocínio master é da Sabesp. Portinari para todos conta também com patrocínios da Cerâmica Portinari, EMAE, Vivo e Vertical Garden. A iniciativa tem apoio institucional de Kapitalo, TozziniFreire Advogados, Shimano, PWC, Bain, Madri Soluções e Telium; e apoio operacional de GP&A, Royal Boutique Jardins e Eko Comunicação.

Inserida no calendário oficial de comemorações da Semana de Arte Moderna de 1922, Portinari para todos está presente na lista de atividades em vigor na plataforma Agenda Tarsila. Verifique: agendatarsila.com.br.


Serviço
Exposição": "Portinari Para Todos"
Até dia 10 de juho de 2022
Horário: terça a sexta-feira e domingo, das 10h às 17h | sábado e feriado, das 10h às 18h
Ingressos: terça-feira gratuito (retirada na bilheteria – sujeito a lotação) | quarta a sexta-feira R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia) | sábado, domingo e feriado R$ 45 (inteira) e R$ 22,50 (meia)
Local: MIS Experience – Rua Cenno Sbrighi, 250 - Água Branca - São Paulo. Formato: Presencial


"Quintal do Portinari"
Horário:
terça a sexta e domingo, das 10h30 às 15h30 (fecha às 16h30); sábado e feriados, das 10h30 às 16h30 (fecha às 17h30) 

Ingressos: gratuito de segunda a sexta-feira até 31/05; sábado, domingo e feriado: inteira R$45 / meia R$ 27,50

Promoção: 50% de desconto na compra conjunta de ingressos do 'Portinari para todos' e vice-versa; gratuidade para crianças de até 7 anos incompletos
Local: MIS Experience – Cenno Sbrighi, 250 – Água Branca – São Paulo/SP
Formato: Presencial


.: Juliana Notari comemora 20 anos de carreira com o filme "Coágulo"

Gravado na Mata Atlântica, o curta-metragem faz parte do projeto “20 Anos de Marionete Livre - Comemoração e Manifesto”, contemplado pelo programa Rumos Itaú Cultural. As duas sessões de pré-estreia estão marcadas para os dias 21 e 25 de junho. Foto: Mirrah da Silva


A marionetista, diretora, dramaturga e pedagoga cênica Juliana Notari comemora duas décadas de carreira com o projeto “20 anos de Marionete Livre – Comemoração e Manifesto”, que foi contemplado pelo programa Rumos Itaú Cultural. Ele inclui a criação do curta-metragem "Coágulo" e a publicação do livro "Pedagogia da Marionete Livre: Festa e Manifesto". Ainda neste ano, a artista também vai organizar uma mostra de repertório com obras apresentadas no exterior e inéditas no Brasil.

As sessões de pré-estreia do filme vão ocorrer em duas datas. No Cine Matilha, a exibição está marcada para 21 de junho, com recepção a partir das 19h30 e sessão às 20h. No Museu da Imigração, o evento está agendado para o dia 25 de junho, com recepção a partir das 16h e exibição às 16h30. As duas sessões serão seguidas de bate-papo com a equipe e coquetel. No lançamento no Cine Matilha, a entrada será trocada pela doação de um pacote de absorventes para a Campanha Dignidade Menstrual para a população em situação de rua. 

Desde 2000, Juliana Notari criou mais de 30 obras, participou de festivais internacionais e fez grandes turnês por países como México, Bolívia, Argentina, Colômbia, Espanha, Letônia, França, Portugal, República Tcheca, Itália, Suíça, Coreia do Sul, entre outros. Além disso, a artista ficou conhecida pelo projeto “Velhas Caixas”, uma investigação sobre a velhice que a levou a se internar em duas casas de repouso na França em 2011. 

O filme "Coágulo" trata de uma batalha contra um sistema opressor patriarcal que invade os corpos dos seres viventes, humanos e não-humanos, e bloqueia o fluxo da existência. A inspiração para o projeto surgiu em 2016, a partir de reflexões sobre o cenário político do Brasil e a postura opressora adotada por homens que ocupam posições de poder.

Com duração de 20 minutos e dividido em quatro momentos - encantamento, contração, expansão e fluxo - , o filme discute a capacidade do ser humano de se transformar e se livrar das opressões que impedem a plena manifestação da vida e da liberdade.

Para o projeto, Juliana produziu a marionete chamada Coagulador, que representa as forças opressoras do sistema e foi modelada a partir de calcinhas de algodão usadas. “A matéria com que a marionete é fabricada também tem um peso na narrativa que queremos contar. As calcinhas são objetos íntimos, polêmicos, que, em si, manifestam um recorte da sociedade”, destaca Juliana. Já em parceria com Maria Zuquim, a artista criou os chamados coágulos, definidos como objetos-brinquedos-marionéticos, que se transmutam em diferentes formas e se fundem ao lugar em que são dispostos.

Juliana Notari contracena com o percussionista Herí Brandino, que também é o responsável pela direção musical e pela composição da trilha sonora do filme. O curta-metragem foi gravado na Mata Atlântica, no município de Ubatuba, no litoral de São Paulo, durante uma residência artística de 13 dias realizada em dezembro de 2021.

O livro "Pedagogia da Marionete Livre: Festa e Manifesto" reúne as experiências e os diversos processos de criação de marionetes de Juliana Notari, uma artista mulher, independente, antirracista, anticlassista e anticonformista. A obra aborda uma metodologia livre de construção de marionetes e relata os cursos e oficinas ministrados pela artista no Brasil e em diversos países, como Argentina, Colômbia, Chile e Espanha. A obra deve ser publicada no segundo semestre de 2022.

Juliana Notari encontrou nas marionetes a forma ideal de se expressar e se comunicar com o mundo. “Como se trata de uma arte muito generosa e aberta, ela pode dialogar com diversas tecnologias, e também com qualquer outra linguagem artística”, afirma a artista.

As técnicas e os materiais escolhidos para a criação de cada marionete variam de acordo com o objetivo da obra marionetesca. Juliana já criou marionetes com cascas de árvore, folhas, palha, cascas de alimentos e até com um vestido de noiva. A arte da marionete não tem restrição de público. “Desde criança temos essa conexão com os objetos e esse poder de transformá-los. A marionete tem uma liberdade de movimentos e ações, de transitar entre mundos e de, ao mesmo tempo, olhar profundamente, que fisga os adultos”, afirma.

Juliana Notari começou sua carreira no ano 2000, já dedicada à pesquisa e criação de espetáculos e oficinas de teatro de animação ao lado da artista Maria Zuquim, com quem trabalha até hoje. Desde então trabalhou e colaborou com músicos, compositores e multiartistas para abrir novos caminhos para a marionete contemporânea. 

Nas últimas duas décadas, a marionetista apresentou obras para públicos de todas as idades, criou e dirigiu festivais de marionetes, desenvolveu uma pedagogia própria, investigou diferentes processos de criação e materiais para suas marionetes, fez turnês internacionais em mais de 15 países. É criadora da Marionete Livre, movimento nômade defendido por meio de suas obras marionetescas e seus processos pedagógicos de trocas de saberes pelo mundo.

Em 2008, realizou uma residência como artista pesquisadora pelo Institut International de la Marionnette, em Charleville-Mézières, na França. Continuou suas pesquisas sobre o universo das marionetes dentro do programa de mestrado da Universidade de Strasbourg, onde viveu durante cinco anos. Em 2011, criou o projeto “Velhas Caixas”, uma série de mini espetáculos sobre a velhice que foi concebida depois que a artista se internou em casas de repouso da França.

De 2015 a 2020, foi gestora do espaço independente Condomínio Cultural, localizado em São Paulo, onde promoveu ações de difusão e fomentos às artes da marionete. Em 2020, realizou a minissérie audiovisual experimental Selva, ao lado da artista e jornalista Laura Corcuera e do editor Yuri de Francco, com apoio do Instituto Goethe. É fundadora da Sociedade Insólita para Marionete Contemporânea ao lado da Cia Mevitevendo.


Serviço
Filme "Coágulo"
Curta-metragem, 20 minutos
Classificação:
16 anos
Ideia original e concepção: Juliana Notari (@junotari)
Direção: Laura Corcuera (@saltoncia) e Jairo Pereira (@jairopereiraoficial)
Roteiro: Juliana Notari, Jairo Pereira, Laura Corcuera, Maria Zuquim (@maria_zuquim) e Mirrah da Silva (@mi.r.rah)
Direção de fotografia: Mirrah da Silva
Trilha sonora original: Herí Brandino (@heribrandino)
Direção de arte: Maria Zuquim
Câmera e montagem: Mirrah da Silva
Colorista: Marcelo Rodriguez (@mrzmarcelo)| Mia Lab
Criação de figurinos e objetos Coágulos: Maria Zuquim
Marionete: Juliana Notari
Produção: Ana Luiza Bruno (@analuizabruno1)
Costureira figurinos: Rita de Cassia Martins Freitas
Costureira Coágulos: Mônica Cristina Da Rocha
Bordados e estampas: Maria Zuquim


Trilha Sonora:
Herí Brandino -
Composição, direção musical e percussão.
Débora Neves - Soprano
Bárbara Blasques - Soprano
Josué Barcus - Baixo
Lucas Rezende - Barítono
Gerson Brandino - Trompetes
Efraim Santana - Clarinete
Sarah Honsby - Flautas
Gravação e mixagem: Gustavo Vellutini (@estudiomacuco)


Pré-estreias:
Cine Matilha
Dia 21 de junho de 2022
19h30:
Recepção e distribuição de ingressos
20h: Exibição
20h30:  Bate-papo com a equipe e coquetel
Endereço: rua Rêgo Freitas, 542 - República, São Paulo - SP, 01220-010
68 lugares
Entrada: 1 pacote de absorventes para a Campanha Dignidade Menstrual para a população em situação de rua. 


Museu da Imigração
Dia 25 de junho de 2022
16h:
Recepção
16h30: Exibição
17h: Bate-papo com a equipe e coquetel
Endereço: rua Visconde de Parnaíba, 1.316 - Mooca - São Paulo
96 lugares
Entrada: livre


terça-feira, 14 de junho de 2022

.: 35º Bloomsday terá participação da atriz Bete Coelho e de compositores

Imagem: Divulgação - Casa Guilherme de Almeida e Casa das Rosas

Este mês a Casa das Rosas - Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura e a Casa Guilherme de Almeida celebrarão o 35º Bloomsday. O evento, que é realizado no mundo todo, dedicado à obra do escritor irlandês James Joyce, desta vez acontecerá em dois dias, 15 e 16 de junho, na cidade de São Paulo.

Com uma programação especial em 2022 - ano em que se completam 100 anos do lançamento do romance mais famoso do autor, "Ulysses". O Bloomsday paulistano terá a participação da atriz Bete Coelho e dos compositores Cid Campos e Edvaldo Santana, além de leituras de fragmentos da obra do romancista, lançamento de livros, comes inspirados na culinária da Irlanda, apresentações de músicas e danças irlandesas e muito mais!


100 anos de "Ulysses"
Neste ano do centenário de lançamento do livro "Ulysses", o evento vai homenagear a obra do escritor irlandês James Joyce sob o tema “Coletivo Joyce”, com participação da atriz Bete Coelho e dos compositores Cid Campos e Edvaldo Santana

A Casa Guilherme de Almeida e a Casa das Rosas - Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura, que integram a Rede de Museus-Casas Literários, programa da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo e gerenciado pela Poiesis, celebrarão o 35º Bloomsday em São Paulo. O evento que é tradicionalmente realizado em diversos países, dedicado à obra do escritor irlandês James Joyce, desta vez acontecerá na cidade de São Paulo em dois dias, 15 e 16 de junho, com uma programação especial em 2022 - ano em que se completam 100 anos do lançamento do romance mais famoso do autor, "Ulysses".

O Bloomsday paulistano é o mais longevo evento literário da cidade e foi criado por Haroldo de Campos e Munira Mutran em 1988, influenciando eventos em diversas outras partes do Brasil. Sua 35ª edição adotará o tema “Coletivo Joyce”, para mostrar a representação polifônica da vida e da humanidade criada por esse escritor, cuja obra transcende os limites do indivíduo inserido em seu espaço e em seu tempo, para alcançar o universal e o eterno.

O evento será aberto pela Casa Guilherme de Almeida, no dia 15, a partir das 16h, com palestra on-line de Marcelo Tápia, diretor da Rede de Museus-Casas Literários de São Paulo, sobre o sexto episódio de Ulysses, o “Hades”, relacionando-o com o Canto XI da "Odisseia de Homero". A atividade será transmitida pelo canal de YouTube do museu. 

Em seguida, a Casa Guilherme de Almeida, em parceria com o Consulado Geral da Irlanda, oferecerá, presencialmente, a exibição do filme - inédito no Brasil - "100 anos de Ulysses", produzido na Irlanda pelos canais RTÉ e ARTE, além de um programa com falas de representantes da comunidade irlandesa em São Paulo e uma apresentação musical preparada pelo Consulado. 

No Dia de Bloom, 16 de junho, data escolhida para lembrar James Joyce mundialmente - pois é o dia em que se passa a narrativa do romance "Ulysses", no qual o personagem central Leopold Bloom perambula por Dublin, em 1904, - a Casa das Rosas - Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura realiza a tradicional programação em celebração à obra de Joyce. A partir das 17h, no jardim do museu, em frente ao Café da Casa, o público poderá desfrutar das opções de comes inspirados na culinária irlandesa.

Diferentemente dos anos anteriores, em que o programa focalizava um episódio de "Ulysses", o evento deste ano apresentará leituras de fragmentos de diversos capítulos do romance para mostrar a sua diversidade. O evento também contará com lançamentos de novas edições de obras do romancista, performances - com participação especial da atriz Bete Coelho - e apresentações de músicas e danças irlandesas, além de evocar ressonâncias da obra de Joyce na criação de escritores brasileiros, entre eles Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Guimarães Rosa, Haroldo de Campos e Clarice Lispector - no ano do centenário da Semana de Arte Moderna de 1922. A atividade, gratuita, será realizada no jardim da Casa das Rosas e não há necessidade de inscrição prévia.

James Joyce, que hoje é considerado, em todo o mundo, um dos maiores escritores do século XX, inicialmente teve suas obras duramente criticadas e censuradas. O romance "Ulysses" (1922) acabou sendo proibido, à época, nos Estados Unidos e na Inglaterra, por ser julgado imoral pelas autoridades.


Serviço
Casa Guilherme de Almeida
Palestra sobre um episódio de Ulysses de James Joyce
Por Marcelo Tápia.
Quarta-feira, 15 de junho, às 16h.
A atividade será transmitida pelo canal de YouTube do museu.

Filme: “100 anos de Ulysses”
Quarta-feira, 15 de junho, às 18h.
As vagas foram preenchidas por ordem de inscrição.
A atividade será realizada na Sala Cinematographos, no Anexo da Casa Guilherme de Almeida.
Endereço: rua Cardoso de Almeida, 1943 - Pacaembu, São Paulo.

Museu - R. Macapá, 187 - Perdizes | CEP 01251-080 | São Paulo
Anexo: Rua Cardoso de Almeida, 1943 - Sumaré, São Paulo/SP
Telefones: 11 3673-1883 | 3803-8525 | 3672-1391 | 3868-4128
Agende sua visita e confira as medidas de segurança para se proteger da Covid-19 pelo site do museu. Algumas atividades continuam on-line e com programação pelos sites do museu ou +Cultura. Acessibilidade: rampa de acesso, elevador, piso podotátil e banheiro adaptado; videoguia em Libras e réplicas táteis. Programação gratuita.


Casa das Rosas
Lançamento de livros
Quinta-feira, 16 de junho, às 17h.
"Finnegans Rivolta" - organização de Dirce Waltrick do Amarante (Editora Iluminuras)
"Finnicius Revém" - tradução de Donaldo Schüler (Ateliê Editorial)
"James Joyce - Outra Poesia", de Vitor Alevato do Amaral (Syrinx Editora)
"Ulysses" - tradução de Caetano W. Galindo (nova edição, Companhia das Letras)

O lançamento acontecerá no jardim da Casa das Rosas.
Endereço: Av. Paulista, 37 -- Bela Vista, São Paulo.
Não há necessidade de inscrição.


Apresentações
Quinta-feira, 16 de junho, às 18h.
Abertura: Marcelo Tápia

Saudação de Rachel Fitzpatrick, vice-cônsul da Irlanda no Brasil

O Bloomsday e sua história no Finnegan’s Pub: homenagem ao taberneiro Mário Fuchs
Leitura da tradução ao inglês do poema “Enjoycíada”, de Marcelo Tápia - por Rodrigo Bravo
Evocação de Homero: performance sobre fragmento do Canto XI da Odisseia), em tradução de Marcelo Tápia, pelo tradutor

Sobre a tradução coletiva Ulisses a 18 vozes, a ser lançada em setembro, e a reedição de Finnicius Revém (tradução de Donaldo Schüler) - por Henrique Xavier

Leitura de fragmentos dos capítulos 1 e 12 de Ulisses a 18 vozes, por Aurora Bernardini e Henrique Xavier

Uma canção de "Ulysses", por Marcelo Tápia

Evocação de Haroldo de Campos - Ressonâncias da obra de Joyce em autores brasileiros: Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Guimarães Rosa, Décio Pignatari, João Ubaldo Ribeiro, Clarice Lispector, Haroldo de Campos e Paulo Leminski -- por Reynaldo Damazio, Julio Mendonça, Geruza Zelnys e Donny Correia

Apresentação musical: Edvaldo Santana

Sobre a tradução de Ulysses em nova edição - pelo tradutor Caetano W. Galindo (em vídeo)

 Trecho do monólogo de Molly Bloom, em tradução de Caetano W. Galindo - por Bete Coelho

Sobre o livro "James Joyce - Outra Poesia", pelo tradutor Vitor Alevato do Amaral

Apresentação musical: Cid Campos

Sobre a tradução coletiva "Finnegans Rivolta" - por Dirce Waltrick do Amarante (em vídeo)

Leitura de fragmento de "Finnegans Wake" - por John Milton (em inglês) e por Vitor Alevato do Amaral (em português)

Apresentação de música e dança irlandesas tradicionais - por Tunas Celtic Band e Letícia Pires A atividade acontecerá no jardim da Casa das Rosas. Endereço: Av. Paulista, 37 - Bela Vista, São Paulo. Não há necessidade de inscrição.

A Casa das Rosas está passando por restauro. O telefone atual para contato é do Anexo da Casa Guilherme de Almeida: 11 3673-1883 | 3803-8525; ou pelo e-mail contato@casadasrosas.org.br. Jardim do museu aberto de segunda a domingo, das 7h às 22h. Programação gratuita.

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