quarta-feira, 28 de setembro de 2022

.: "Hey Hey Club", de Carlo Antico: desconstrução inspirada em clássicos

Jornalista musical Carlo Antico mistura contos, crônicas e poesias no lançamento "Hey Hey Club"


Uma pequena cidade no nordeste americano, o futuro no espaço sideral, um pequeno jornal em Illinois, um reino mágico, dois músicos fugitivos e um bravo cavaleiro. Estas e outras narrativas compoem o lançamento "Hey Hey Club", do jornalista musical Carlo Antico.

Na obra, o autor reúne contos, crônicas e poesias sobre universos complexos e ficcionais, mas também retrata de forma poética momentos e ações do cotidiano, como uma simples viagem de ônibus. Com a proposta de criar uma narrativa singular e desconstruída dos padrões literários, a principal inspiração do jornalista brasileiro foi o escritor norte-americano Ernest Hemingway, conhecido pelos livros "O Velho e o Mar" e "Por Quem os Sinos Dobram".

Com o objetivo de dar continuidade ao trabalho de autores como Stephen King e Ray Bradbury, Antico realiza experimentos narrativos em que a fantasia e o absurdo surpreendem, sem perder a conexão com o mundo real. É como se as histórias presentes no livro pudessem acontecer com o leitor a qualquer momento.

"Hey Hey Club" é também um livro recheado de referências a clássicos da literatura como "A volta do parafuso", "Guerra e paz", "A volta ao mundo em oitenta dias", entre outros. Por meio dessas menções, o autor busca homenagear escritores renomados como Edgar Allan Poe, Stella Rimington e Arthur Conan Doyle.


Fiz uma “Entrevista com o vampiro”

Vi em “O iluminado” um hotel ruir

Realizei “Um estudo em vermelho”

E ouvi “O cão dos Baskervilles” latir

(Hey Hey Club, pg. 81)


Se em "Cinco Máscaras", Antico revelou sua faceta de romancista, neste lançamento o leitor é apresentado a capacidade de elaborar narrativas envolventes tanto na fantasia, quanto nas crônicas. "Hey Hey Club" é o terceiro livro do autor, que já foi premiado no estado do Oregon (EUA), com o livro "Straight and Lethal", publicado em 2013 apenas em inglês.


Ficha técnica

Título: Hey Hey Club

Autor: Carlo Antico

Editora: Labrador

Páginas: 190

Você pode comprar "Hey Hey Club" de Carlo Antico aqui: amzn.to/3E7iglA


.: "Monster High: O Filme" estreia em 7 de outubro no Paramount+ e mais!

O Paramount+ estreia na sexta-feira, dia 07 de outubro, "Monster High: O Filme", musical live-action baseado na franquia de sucesso da Nickelodeon sobre os filhos de monstros e criaturas famosas. No mesmo dia, às 19h, o filme vai ao ar na Nickelodeon.

A produção da Mattel, Inc. (NASDAQ: MAT) e da Nickelodeon, acompanha a história de Clawdeen Wolf (Miia Harris, Just Beyond), que nasceu meio humana e meio lobisomem. Depois de chegar em sua nova escola, Monster High, imediatamente faz amizade com seus colegas Frankie Stein (Ceci Balagot) e Draculaura (Nayah Damasen).

Pela primeira vez em sua vida, Clawdeen parece que finalmente encontrou um lugar onde se encaixa e pode realmente ser ela mesma, apesar de guardar seu segredo: ser meio humana. Quando um plano desonesto para destruir Monster High ameaça revelar sua verdadeira identidade, Clawdeen deve aprender a abraçar seu verdadeiro coração de monstro e encontrar uma maneira de salvar o dia com seus novos amigos.

"Monster High: O Filme" também é estrelado por: Case Walker (The Other Two) como Deuce Gorgon; Kyle Selig (Mean Girls em Broadway) como Mr. Komos; Marci T. House (Día de los Muertos) como Headmistress Bloodgood; Scotch Ellis Loring (Firehouse Dog) como o pai de Clawdeen, Apollo; Steve Valentine (mamá) como o pai de Dráculaura, Drácula; Jy Prishkulnik (Just Beyond) como Cleo de Nile; Lina Lecompte (Death Pursuit) como Lagoona; Justin Derickson (When the Streetlights Go On) como Heath Burns; Lilah Fitzgerald (Honey Girls) como Ghoulia; e Nasiv Sall (Descendientes 2) como Abbey Bominable. Outros personagens amados pelos fãs do universo Monster High também aparecerão durante o filme.

"Monster High: O Filme" é dirigido e produzido por Todd Holland (The Real O'Neals, Malcolm in the Middle, Firehouse Dog). Com roteiro de Jenny Jaffe (Big Hero 6: The Series, Rugrats), Greg Erb e Jason Oremland (Princesa e o Sapo, Playmobil: The Movie), e a novela é de Jaffe e Billy & Matt Eddy (Zapped, Teen Beach Movie). Adam Bonnett (franquia Descendentes, Masters of the Universe: Revelation) atua como produtor executivo. Frederic Soulie, vice-presidente sênior e gerente geral da Mattel Television e Phil Breman, vice-presidente de desenvolvimento de ação ao vivo, surpervisionam o filme para a Mattel e atuam como produtores executivos. A produção de Monster High: O Filme para Nickelodeon é supervisionada por Zack Olin e Shauna Phelan, co-diretores do Nickelodeon & Awesomeness Live-Action, junto com os executivos Lee Rosenthal, Linda Halder e Jules Kovisars.

"Monster High: O Filme"
Estreia: sexta-feira, dia 07 de outubro, no Paramount+. E no mesmo dia, às 19h, na Nickelodeon (consulte sua operadora).


.: "Abracadabra 2" em bons motivos para assistir ao filme

A produção estreia no dia 30 de setembro, exclusivamente na plataforma


Bruxas do mundo, uni-vos! Nesta sexta-feira, 30 de setembro, estreia “Abracadabra 2” com exclusividade no Disney+. A sequência live-action do clássico de Halloween reúne novamente as atrizes Bette Midler, Sarah Jessica Parker e Kathy Najimy interpretando as irmãs Sanderson.

Já se passaram 29 anos desde que alguém acendeu a Vela da Chama Negra e ressuscitou as irmãs do século XVII, e elas estão em busca de vingança. Agora, cabe a três adolescentes impedir que as vorazes bruxas despertem um novo tipo de caos em Salem antes do amanhecer da véspera do Dia de Todos os Santos.

Se você ainda não está ansioso para assistir a continuação desse clássico, confira abaixo alguns motivos para entrar no hype de “Abracadabra 2”.

A CONTINUAÇÃO DO PRIMEIRO FILME

O primeiro filme estreou nos cinemas em 1993 e se passa em Salem, Massachusetts, onde o adolescente Max Dennison explora uma casa abandonada com sua irmã Dani e sua nova amiga Allison. Depois de não acreditar em uma história que Allison conta, Max acidentalmente liberta três bruxas más - Winnie (Bette Midler), Sarah (Sarah Jessica Parker) e Mary (Kathy Najimy) - que moravam na casa. Com a ajuda de um gato mágico, as crianças devem roubar o livro de magias das bruxas para impedi-las de se tornarem imortais.

O sentimento de nostalgia da infância é um dos mais destacados pelos fãs que assistiram “Abracadabra” na década de 90 e aguardam ansiosamente a continuação da história.


CARACTERÍSTICAS ÚNICAS DAS PROTAGONISTAS

Cada protagonista apresenta atributos singulares que proporcionaram uma conexão imediata com o público. Winnifred Sanderson (Bette Midler) é a líder das irmãs, Sarah Sanderson (Sarah Jessica Parker) é a mais bonita e avoada, e Mary Sanderson (Kathy Najimy) tem a boca torta e é a irmã mais amável das três. Assim como as características, os figurinos também se tornaram um ícone da cultura pop e do Halloween. Como será a estética das bruxas 29 anos após a estreia do primeiro filme?

MOMENTOS MARCANTES

O primeiro “Abracadabra” proporcionou frases memoráveis, como: “- Vá para o inferno! - Eu já estive lá, obrigada. É um lugar adorável”; “Olhem só, outra manhã gloriosa! Isso me deixa enjoada” e “- O que aconteceu? - Um virgem... acendeu a vela”.

Além das frases, a música I Put a Spell On You, interpretada pelas protagonistas, tornou-se um marco em comemoração ao Dia das Bruxas. Alguns fãs estão ansiosos para rever uma possível reinterpretação da canção ou até mesmo uma nova música cantada pelas irmãs Sanderson, além de esperar por mais frases marcantes.


BRUXAS EM 2022

Agora, as bruxas do século XVII serão ressuscitadas para o século XXI. Na nova produção, os fãs poderão ver como Winnie, Mary e Sarah irão lidar com a tecnologia presente em 2022 e como conseguirão se reintegrar em um mundo tão diferente daquele que conhecem.


Trailer




 

terça-feira, 27 de setembro de 2022

.: 1x8: "Chucky", "Um Caso para Desmembrar" explode com Andy e Kylie


Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em setembro de 2022


O oitavo episódio da primeira temporada da série "Chucky""Um Caso para Desmembrar" resgata para a trama, trabalhando efetivamente, a dupla formada pelos sobreviventes do boneco assassino, Andy Barclay (Alex Vincent), além de Kyle (Christine Elise). Ao ajudar as atuais vítimas de Chucky, a dupla dá agilidade para a trama, enquanto cria elos surpreendentes para as cenas de sequências -mais assustadoras e inimagináveis.

Contudo, os amigos Lexy (Alyvia Alyn Lind), Devon (Björgvin Arnarson) e Jake (Zackary Arthur) voltam a se juntar para combater o terrível Chucky. No entanto, ninguém cogitava que o mal estava espalhado num pelotão de bonecos aparentemente lacrados em caixas, na versão clássica, "Good Guys". Detalhe: após o ritual voltam para as caixas e serão entregues em um orfanato.

Por outro lado, Junior assume estar do lado mal da força e segue os passos de Chucky -ou pelo menos tentando. Enquanto a história atual dos adolescentes fica sem resolução, tendo o ponta-pé iniciado para o culto de Chucky, detalhes do passado conturbado do casal Chucky e Tiffany fazem juz ao título do episódio, "Um Caso para Desmembrar". Para tanto, os matadores discutem e revelam mágoas que culminam em sangue jorrando -inclusive do boneco. 

Sim! O oitavo e último episódio da primeira temporada é bastante sanguinolento, com direito a uma gigante explosão. Pobre Kylie! Contudo, não poderia se esperar algo calmo, uma vez que temos o maior assassino serial incorporado em um boneco ao lado de sua amada que também tem sede de sangue. Em um "Um Caso para Desmembrar", há até ciúmes no fato de um matar sem que o outro esteja junto. De fato, eles formam o verdadeiro casal de serial killers, não é mesmo?!

Episódio 8: "Um Caso para Desmembrar", "An Affair to Dismember"

Exibição: 30 de novembro de 2021

Emissora original: SyFy; USA Network

Dirigido e escrito por: Don Mancini

Idioma original: inglês

Criador(es): Don Mancini

Elenco: Zackary Arthur, Björgvin Arnarson, Alyvia Alyn Lind, Teo Briones, Brad Dourif


Leia + críticas sobre o seriado "Chucky"!


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm


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.: "Bibi, uma vida em musical" se despede de São Paulo no domingo

Espetáculo fica em cartaz até 01 de outubro, com ingressos a R$ 50. Foto: Leo Aversa


Um dos espetáculos mais premiados do teatro brasileiro, "Bibi, uma vida em musical" se despede dos palcos paulistas neste sábado, após uma temporada popular com preço único de R$ 50,00, no Teatro Claro. O espetáculo retorna aos palcos para celebrar o centenário de Bibi Ferreira, uma das maiores artistas brasileiras de todos os tempos.

"Bibi, uma vida em musical" tem texto de Artur Xexéo e Luanna Guimarães, e direção geral de Tadeu Aguiar. Amanda Acosta volta a viver Bibi, em interpretação super premiada (Melhor atriz 2018 – APCA, Bibi Ferreira, Reverência, Cesgranrio, entre outros). O musical tem uma trajetória vitoriosa: 44 prêmios e 110 indicações.  Apresentado pelo Ministério do Turismo e Circuito Cultural Bradesco Seguros, através da Lei de Incentivo à Cultura, o espetáculo é uma realização da Negri e Tinoco Produções Artísticas ("Excepcionalmente Normal" e diversos shows de Thereza Tinoco e Áurea Martins).

O musical reúne 17 atores em cena: além de Amanda Acosta, estarão no palco Chris Penna, Gottsha, Simone Centurione, Rosana Penna, João Telles, Fabricio Negri, Carlos Arruza, Carlos Darzé, André Rayol, Julie Duarte, Bela Quadros, Fernanda Misailidis, Flávio Moraes, Larissa Landim, Luísa Vianna, Leonam Moraes, Daruã Góes e Léo Araújo.

“Não consigo lembrar de mim fora de um teatro”. Assim se descrevia Bibi Ferreira, 96 anos de vida e 76 como atriz, cantora, diretora e produtora. A trajetória pessoal e profissional dessa estrela brasileira só poderia ser contada e celebrada levando para o palco o próprio palco, das companhias de comédia, do teatro de revista, dos grandes musicais e do teatro engajado em que ela atuou.

Em "Bibi, uma vida em musical", a história familiar, profissional e amorosa da artista se enredam. A formação em música, dança e línguas estrangeiras foi estimulada pela mãe Aida Izquierdo, bailarina espanhola. A estreia profissional no teatro, aos 19 anos, foi pela mão do pai, o ator Procópio Ferreira, em papel escrito por ele para a filha. Assim, o musical percorre todas as fases da vida de Bibi, da escolha do seu nome, sua preparação para os palcos, os espetáculos musicais como os inesquecíveis "Gota d’Água", de Paulo Pontes e Chico Buarque, "My Fair Lady", "Alô Dolly" e "Piaf, a Vida de Uma Estrela da Canção", seus casamentos, o nascimento da filha única, Tina Ferreira, as viagens para Portugal e Inglaterra a trabalho, a homenagem da escola de samba Viradouro até sua chegada a um teatro da Broadway, aos 90 anos.

O espetáculo celebra ainda o legado de Artur Xexéo, que partiu no ano passado. Um dos maiores jornalistas brasileiros, autor de espetáculos como "Cartola – O Mundo é um Moinho", "Eu Não Posso Lembrar Que Te Amei – Dalva e Herivelto", "Hebe, o Musical", era fã confesso e avaliou a importância de Bibi Ferreira na profissionalização do ator no Brasil, em relação ao seu ofício. “No teatro musical, ela foi, sem dúvidas, a primeira atriz brasileira pronta para o gênero. Antes dela, havia as vedetes de revista, não necessariamente atrizes”, diz o coautor do texto.

Sob direção musical de Tony Lucchesi ("A Cor Púrpura", "Eu não posso lembrar que te amei–Dalva e Herivelto") o elenco interpreta 33 canções. Cinco delas foram criadas especialmente para o espetáculo, com letra e música de Thereza Tinoco, que já teve composições gravadas por Simone, Ney Matogrosso, Lucinha Araújo, entre outros. Um dos grandes sucessos compostos por Thereza foi a canção "O Viajante", tema do personagem de Tony Ramos, na novela Baila Comigo, da TV Globo. Thereza compôs ainda para vários espetáculos infantis, como "Fica Combinado Assim", de Herval Rossano, além de dois números musicais para "Bibi in Concert Pop III", a pedido de Bibi Ferreira.

"Bibi, uma vida em musical" tem direção geral de Tadeu Aguiar ("A Cor Púrpura", "Quase Normal", "Ou tudo ou Nada", "Essa é a nossa Canção", "4Faces do Amor", "Para sempre ABBA", "Eu não posso lembrar que te amei–Dalva e Herivelto"). A direção musical é de Tony Lucchesi, com música original de Thereza Tinoco.


.: "Inferno" no Teatro Uol: comédia do argentino Rafael Spregelburd estreia

Montagem brasileira tem direção e tradução de Malú Bazán. Texto inédito no Brasil toca em temas sensíveis da américa latina sem perder o humor.  Foto: Andreia Machado


"Inferno", texto do dramaturgo argentino Rafael Spregelburd, estreou recentemente em Buenos Aires (setembro de 2022) num dos principais palcos da famosa Avenida Corrientes com direção do próprio autor. Inédita no Brasil, a peça ganha uma montagem, dirigida e traduzida por Malú Bazán, com estreia prevista para 08 de outubro, no Teatro Uol, onde fica em cartaz até 28 de novembro. O elenco traz Camila Czerkes, Gabriel Miziara, Henrique Schafer e Luciana Carnieli. Assim como outros textos do ator e dramaturgo argentino encomendados por companhias de outros países, este foi uma encomenda do teatro austríaco Vorarlberger Landestheater Bregenz em comemoração aos 500 anos do pintor Hieronymus Bosch (1450-1516). 

Malú Bazán nasceu na Argentina, mas foi criada aqui e se considera uma diretora brasileira. Esse trânsito que faz parte dela lhe interessa, e acredita na potência da troca entre esses dois países e todos os outros que compõem nossa América Latina. “Através das dramaturgias, podemos entender como cada um desses países lida com sua história, e como a elabora. Essa troca entre nós, a construção desse diálogo, é de uma potência revolucionária.”, comenta. Por isso ressalta a importância dessas duas montagens coexistindo nesse momento. 

A comédia de Spregelburd é uma espécie de labirinto. Na trama, uma confusão causada por um funcionário do Vaticano faz com que o inferno bíblico deixe de existir no subterrâneo e passe a ficar escondido nos detalhes mais minuciosos da existência humana, até na linguagem ou principalmente nela. 

Nesse contexto, Filipe (Gabriel Miziara), um escritor de resenhas turísticas, recebe a visita surpresa de três emissários (Camila Czerkes, Henrique Schafer e Luciana Carnieli) que afirmam que a única maneira de se livrar do inferno é aprender as sete virtudes: Caridade, Fé, Esperança, Temperança, Justiça, Prudência e Fortaleza. 

“Se trata de uma fábula moral, mas sem uma moralzinha”, diz o autor. Spregelburd nos conduz nessa jornada que mais questiona do que afirma essas virtudes, e como muito humor nos faz olhar para a história latino-americana, seus momentos sensíveis, suas contradições e suas narrativas ainda não completamente elaboradas e que ainda precisam ser revisitadas.

O autor, segundo a diretora, tenta criar uma espécie de gramática teatral em seus textos. “Spregelburd tem um interesse específico pela linguagem como construção de um mundo. A partir da teoria do caos, ele brinca com as palavras, subverte sentidos. Cria um mundo aparentemente desordenado, polifônico, mas vai construindo ordens próprias para elaboração dessa gramática.  Cria tensões e distensões onde o público é convidado o tempo todo a rever seu olhar, porque a cada momento existem quebras de expectativas, subversões e mudanças na trama.”   

A tradução da obra é também de Malú Bazán que, cada vez mais, pesquisa no teatro latino americano questões que são pertinentes não somente em seus países de origem mas também no contexto brasileiro. “Costumo dizer que toda peça tem um CEP, uma data de nascimento e um CPF, que mostram onde, quando, em que contexto e por quem ela foi escrita. Venho construindo um diálogo a partir das traduções e montagens desses textos, estabelecendo uma conversa entre essas dramaturgias com a nossa realidade e nosso momento presente.”, explica a diretora. 

A encenação de Bazán, também prioriza o jogo dos atores e para isso se apoia na limpeza do espaço cênico, uma característica de suas direções.  Na contramão das montagens do próprio Rafael que comumente coloca em cena o caos explicitando seu aspecto estereofônico, ela aposta na síntese e na subversão dos poucos elementos cenográficos para a construção desses múltiplos universos que se sobrepõe e coexistem nas peças de Spregelburd.

“'Inferno' é um labirinto de narrativas, um jogo da amarelinha, uma comédia perigosa sobre temas sérios. O importante é que através de dramaturgias como essa acredito que possamos ampliar nosso horizonte. Espiando o jardim de nossos vizinhos, talvez possamos rever o nosso e assim abrir possibilidades de entendimento sobre nossa própria história.”, acrescenta.

"Inferno" faz parte do projeto Todo viabilizado pela da Secretaria Municipal de Cultura da Cidade de São Paulo através da Lei de Incentivo PROMAC. O apoio é da GUIDE Investimentos.

Sobre Malú Bazán: Mulher de teatro, diretora, atriz e professora.  Formada pelo TUCA/PUC (1996). Trabalhou com o Grupo TAPA de 2000 a 2017, com o qual atuou em diversas peças, ministrou diferentes Grupos de Estudos para atores e dirigiu em 2012 seu primeiro espetáculo A Noite das Tríbades, de Per Olov Enquist.

Em 2018, foi indicada ao APCA de melhor direção pelo espetáculo Aproximando-se de A Fera Na Selva, de Marina Corazza.  Alguns dos outros trabalhos anteriores como diretora são: O Corpo da Mulher Como Campo de Batalha de Matéi Visniec (2016); Alice, retrato de mulher que cozinha ao fundo (2016), que fez parte do projeto Escritoras na Boca De Cena, e Soledad – A Terra é Fogo Sob Nossos Pés (2015). Em 2021, estreou seus dois últimos trabalhos como diretora Mulheres Sonharam Cavalos, de Daniel Veronese, e A Pane, de Friedrich Dürrenmatt. 

Sinopse: Nessa comédia de Rafael Spregelburd, uma confusão causada por um funcionário do Vaticano faz com que o  INFERNO bíblico deixe de existir no subterrâneo e passe a ficar escondido nos detalhes da existência humana. Filipe (Gabriel Miziara), um escritor de resenhas turísticas, recebe a visita surpresa de três emissários (Camila Czerkes, Henrique Schafer e Luciana Carnieli) que querem ensinar-lhe as sete virtudes para tirá-lo desse inferno que, segundo eles, ocupa a vida deste escritor. Uma dramaturgia contemporânea argentina que com muito humor nos faz olhar para nossa história latino-americana.


Ficha técnica

Texto: Rafael Spregelburd

Direção: Malú Bazán

Elenco: Camila Czerkes, Gabriel Miziara, Henrique Schafer e Luciana Carnieli

Desenho de Luz: Miló Martins

Vídeos: Beto De Faria

Figurino: Anne Cerutti

Cenário: Héctor Bazán e Malú Bazán

Assessoria de imprensa: Pombo Correio 

Produção Executiva: Fernando Azevedo

Direção de Produção: André Canto

Produção: PFSI Produções


Serviço

"Inferno", de Rafael Spregelburd

Temporada: 8 de outubro a 28 de novembro, aos sábados, às 22h, aos domingos, às 20h, e às segundas, às 21h

Teatro Uol – Shopping Pátio Higienópolis – Avenida Higienópolis, 618, Higienópolis

Ingressos: R$ 40 a R$ 100

Classificação: 14 anos

Duração: 100 minutos 

Capacidade: 300 lugares

Acessibilidade: local acessível para cadeirantes (2 lugares) 



.: Sesc Belenzinho: Dulce Quental lança álbum "Sob o Signo do Amor"

A apresentação, que tem participação especial de Jonas Sá e Pedro Sá, abre as comemorações dos 40 anos de carreira que Dulce completa no próximo ano. Foto: divulgação


A cantora e compositora Dulce Quental apresenta-se no Teatro do Sesc Belenzinho, em São Paulo, no dia 15 de outubro (sábado, às 21h), com o show "Sob o Signo do Amor", nome de seu recente álbum autoral. A apresentação também comemora a edição física do CD, que acaba de chegar às lojas, bem como antecipa as comemoração dos 40 anos de carreira que a artista completa em 2023.

O show tem participação especial de Jonas Sá e Pedro Sá (diretores artísticos do espetáculo e também produtores de Sob o Signo do Amor). Dulce canta acompanhada por Thomás Jagoda (teclados), Pedro Fonte (bateria) e Paulo Emmery (contrabaixo).

O repertório traz o disco na íntegra - “Apenas Uma Fantasia”, “Vaga-lumes Fugidios”, “A Pele do Amor”, “Poeta Assaltante”, “Obra Aberta”, “Com Mais Prazer”, “Morcegos à Beira-Mar”, “A Arte Não É Uma Jovem Mulher” (parceria com Zé Manoel), “Poucas Palavras”, “Amor Profano” (parceria com Arthur Kunz) e “Tudo Vai Passar” - traduzindo o momento artístico de Dulce Quental, que compôs todas as canções no primeiro ano da pandemia. Ela ainda promete uma breve parada nos anos 80 para lembrar dois sucessos do início de sua carreira.

"Sob o Signo do Amor" chegou às plataformas digitais em março de 2022, precedido pelo lançamento de três singles. O CD físico saiu em agosto, com distribuição da Cafezinho Edições - selo, editora e distribuidora - sob comando da própria Dulce.

Desde 2004, quando lançou "Beleza Roubada" (Sony/BMG), Dulce Quental não entrava em estúdio. Nesse intervalo, lançou o vinil Música e Maresia (Discosaoleo/Cafezinho Edições, 2016) com repertório de canções inéditas “guardadas”, gravadas nos anos 90, e o DVD homônimo ao vivo e em parceria com o Canal Brasil, em 2017. 

Dulce começou a carreira no grupo "Sempre Livre", nos anos 1980, cantando sucessos como “Eu Sou Free”, “Esse Seu Jeito Sexy de Ser” e “Fui Eu”.  Na carreira solo, cravou sucessos como “Natureza Humana” (1986), “Caleidoscópio” (1987) e “O Poeta Está Vivo” (parceria com Frejat; sucesso do Barão Vermelho em 1990).

Nesses 40 anos de carreira a compositora Dulce fez várias outras parcerias com nomes como com Moska, Ana Carolina, Zélia Duncan, Toni Garrido, George Israel, Celso Fonseca, Zé Manoel, Raul Misturada e Paulo Monarco e foi gravada por muitos desses artistas, além de Simone, Leila Pinheiro, Barão Vermelho, Capital Inicial, Daúde, Toni Platão, Cidade Negra, Frejat, entre outros.

Ficha técnica | "Sob o Signo do Amor" (Dulce Quental)
Produção: Jonas Sá e Pedro Sá. Arranjos: Jonas Sá, Pedro Sá e Dulce Quental. Edições criativas: Jonas Sá. Gravação: Jonas Sá e Pedro Sá, no TILT. Gravações adicionais: Cellos, por Jacques Morelembaum - estúdio Mirante; bandoneóns, por Mariano Gonzáles; piano, por Itamar Assiere; vozes e vassourinha, por Ricardo Cidade & Ricardo Calafate - Estúdio Umuarama. Mixagem: Duda Mello - Estúdio Rockit!. Masterização: Ricardo Garcia - Estúdio Magic Master. Capa/arte: Rodrigo Sommer. Fotos: Nana Moraes. Produção de arte & visage: Rodrigo Bastos. Assessoria de imprensa: Eliane Verbena. Lançamento: Cafezinho Edições & Produções Musicais.


Serviço

Show: Dulce Quental

Data: 15 de outubro. Sábado, às 21h

Local: Teatro (374 lugares)

Ingressos: R$ 40 (inteira); R$ 20 (meia entrada); R$ 12 (Credencial Sesc)

Classificação: 12 anos. Duração: 60 minutos.

Sesc Belenzinho

Rua Padre Adelino, 1000. Belenzinho – São Paulo (SP)

Telefone: (11) 2076-9700 | sescsp.org.br/Belenzinho

Nas redes: @sescbelenzinho

Estacionamento: de terça a sábado, das 9h às 21h. Domingos e feriados, das 9h às 18h.

Valores: Credenciados plenos do Sesc: R$ 5,50 a primeira hora e R$ 2,00 por hora adicional. Não credenciados no Sesc: R$ 12,00 a primeira hora e R$ 3,00 por hora adicional. 

Transporte Público

Metro Belém (550m) | Estação Tatuapé (1400m)

segunda-feira, 26 de setembro de 2022

.: Ciclo da vida: "Quero-quero na Várzea", de Sylvio Fraga reúne poemas


Lançado pela editora Todavia, o livro "Quero-quero na Várzea", de Sylvio Fraga, reúne poemas sobre o ciclo da vida na natureza e dentro de nossas casas. Por vezes nos esquecemos de que somos parte do mundo natural. Dentro de nossos apartamentos, acabamos perdendo os vínculos com a natureza, seus ciclos e seu tempo especial, que não segue os ditames dos nossos calendários.

Este conjunto de poemas de Sylvio Fraga vem para nos lembrar disso. O ser humano continua profundamente vinculado - ainda que à revelia - com a vida das plantas, dos animais, das estações do ano. Você pode comprar o livro "Quero-quero na Várzea", de Sylvio Fraga, neste link.


Sobre o autor
Sylvio Fraga
nasceu no Rio em 1986 e é poeta e compositor musical. Mestre em poesia pela Universidade de Nova Iorque, é diretor artístico da gravadora Rocinante.

.: "Wandinha", de "A Família Addams", por Tim Burton, ganha data de estreia


"Wandinha" estreia dia 23 de novembro, somente na Netflix, no mundo inteiro. Jenna Ortega conta sobre esta versão de Wandinha Addams“Na série, Wandinha é uma adolescente, e nunca a vimos com esta idade antes. Seus comentários sarcásticos podem não soar tão encantadores quando vêm de alguém que provavelmente deveria saber mais do que uma menina de dez anos. Isso foi um ato de equilíbrio. Não queríamos fazê-la soar como qualquer outra adolescente, mas também não queríamos fazê-la muito ignorante. E nunca a vimos tanto na tela. Todas as vezes que você viu Wandinha, ela era a responsável pelas tiradas inteligentes, a conclusão de uma piada, ela sempre acerta em cheio, e acho que é isso que as pessoas realmente amam nela. Mas nesta série, toda cena tem a Wandinha. Existe a oportunidade de dar um pouco mais de dimensão à personagem, ela se torna uma pessoa um pouco mais real, e acho que nunca vimos isso antes”, afirma a intérprete.

Da imaginação de Tim Burton, "Wandinha" é um mistério investigativo e sobrenatural que acompanha os anos de Wandinha Addams como estudante na Escola Nunca Mais, onde ela tenta dominar sua habilidade psíquica emergente, investigar uma monstruosa matança que aterroriza a cidade local e resolver o mistério do assassinato que envolveu seus pais há 25 anos. Tudo isso enquanto precisa lidar com seus novos e muito complicados relacionamentos na nova escola.


.: "A Política Contra o Vírus", senadores revelam bastidores da CPI da Covid


Bastidores da mais importante articulação de oposição republicana e democrática ao vírus do bolsonarismo.

No dia 18 de outubro, a Companhia das Letras lança o livro "A Política Contra o Vírus: Bastidores da CPI da Covid", de Randolfe Rodrigues e Humberto Costa. Nas impactantes páginas do livro, os senadores retraçam o percurso que começou com a trabalhosa colheita de assinaturas para o pedido de instalação da CPI da covid e desaguou nas discussões para redação do relatório final.

A comissão desvendou fatos aterradores, mas também foi palco de uma notável articulação pró-democracia. A participação ativa e republicana de lideranças da sociedade civil, o papel decisivo da mídia e dos influenciadores nas redes sociais, e as articulações produtivas entre deputados e senadores que compartilham pouco ou nada em termos de ideologia ou simpatia partidária são algumas das provas de que, no final das contas, a boa política existe.

Tudo indica que nos próximos anos seguiremos enfrentando novas variantes dos terríveis vírus que assolam o país - sejam eles o SARS-CoV-2 ou o bolsonarismo. Este livro traz contribuições fundamentais para quem está preocupado em combatê-los. Você pode comprar o livro "A Política Contra o Vírus: Bastidores da CPI da Covid", escrito por Randolfe Rodrigues e Humberto Costa, neste link.


Sobre os autores
Randolfe Rodrigues é advogado e historiador. Foi deputado estadual e, desde 2011, é senador da República pela Rede Sustentabilidade do Amapá.

Humberto Costa é médico e jornalista. Foi vereador, deputado estadual, deputado federal e ministro da Saúde do governo Lula. Desde 2011, é senador de República pelo PT de Pernambuco.

.: Kaitlyn Dever interpreta ex de Romeu, o da Julieta, em comédia romântica


“Rosalina”, a comédia romântica da 20th Century Studios estrelada por Kaitlyn Dever, Isabela Merced, Kyle Allen e Sean Teale, com Minnie Driver e Bradley Whitford estreia dia 14 de outubro, exclusivamente no Star+. O filme é uma nova versão, com um toque de comédia, da clássica história de amor de Shakespeare, “Romeu & Julieta”, contada da perspectiva da prima de Julieta, Rosalina (Denver), que também é o mais recente interesse amoroso de Romeu.

Inconsolável após o encontro de Romeu (Allen) e Julieta (Merced) e ele decidir ir atrás da amada, Rosalina planeja acabar com o famoso romance e reconquistar seu namorado. O filme é dirigido por Karen Maine a partir de um roteiro de Scott Neustadter & Michael H. Weber, baseado no romance “When You Were Mine”, de Rebecca Serle. Shawn Levy, Dan Cohen e Dan Levine são os produtores, com Kaitlin Dever, Scott Neustadter, Michael H. Weber, Whitney Brown, Emily Morris e Becca Edelman atuando como produtores executivos.

.: Tudo o que você precisa saber sobre “O Coro: Sucesso, Aqui Vou Eu”


A nova série original nacional “O Coro: Sucesso, Aqui Vou Eu” estreia em 28 de setembro, exclusivamente no Disney+. Criada e dirigida por Miguel Falabella, a produção conta a história de um grupo de jovens adultos aspirantes a atores que sonham em fazer uma carreira no teatro.


“O Coro: Sucesso, Aqui Vou Eu” é uma série musical que conta a história de dez jovens adultos, de diferentes origens, que veem no anúncio de um teste de elenco para uma companhia estável de teatro, a chance de retomar a busca de seus sonhos adormecidos e fazer uma carreira no teatro. Aprovados numa primeira triagem, os aspirantes a cantores-atores vivem um misto de sentimentos como deslumbramento com o mundo do teatro, a descoberta de novos amores, assombramentos do passado e o medo da reprovação, já que não sabem se serão contratados no final das audições.


A série acompanha o produtor Renato Milva (Miguel Falabella) e sua esposa Marita (Sara Sarres), que anunciam inscrições para o novo musical da Companhia de Teatro Estável e recebem milhares de vídeos. Entre os inscritos estão uma grande diversidade de pessoas, que incluem: Ivone (Gracielly Junqueira) e Alicia (Micaela Díaz), que trabalham num bar com o amigo Sissy (Bruno Boer); Nora (Gabriella Di Greco); os garçons Antonia (Carolina Amaral) e Mauricio (Rhener Freitas); o motoboy Leandro (Daniel Rangel); o ex-cantor de igreja Jorge (Lucas Wickhaus), entre outros.


A trilha sonora de “O Coro: Sucesso, Aqui Vou Eu” conta com uma grande variedade de músicas brasileiras, que vão de clássicos ao rock, revisitando canções dos Festivais de MPB, Jovem Guarda e muitos outros. Dentre os artistas que fazem parte da trilha, estão Pixinguinha, Raul Seixas, Jovem Guarda, Rita Lee, Chico Buarque, Lulu Santos, Legião Urbana, Chitãozinho e Xororó, Leandro e Leonardo e muitos outros. A série é também uma homenagem a todos os artistas que mantêm acesa a chama da paixão pelo palco e pela cultura brasileira.


“O Coro: Sucesso, Aqui Vou Eu” é uma série de dez episódios que navega entre o musical, focado principalmente nas audições e ensaios para a companhia de teatro. Através das histórias por trás de todos os personagens, o público viaja entre intrigas, romances, desafios, recomeços e superações.

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