terça-feira, 24 de janeiro de 2023

.: "Uma Mulher Vestida de Sol", de Ariano Suassuna, estreia no CCBB SP


A peça inédita nos palcos traz o universo imaginoso de uma tragédia sertaneja com direção de Fernando Neves. Foto: Erik Almeida


Estreia no dia 25 de janeiro, 18h30, no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo, "Uma Mulher Vestida de Sol". A peça inédita de Ariano Suassuna com direção de Fernando Neves e apresentada pela Cia Vúrdon de Teatro Itinerante, fica no CCBB SP para curta temporada, de quarta a domingo, até 12 de fevereiro. O drama que conduz o enredo está nas disputas de terra, em uma trama familiar de amor e sangue. Esta obra trágico-lúdica de Suassuna apresenta uma estética sertaneja que se une ao romanceiro ibérico.

O universo imaginoso dessa tragédia sertaneja conta com telões “armoriais” pintados por Manuel Dantas Suassuna (filho de Ariano), cenografia de Guryva Portela, figurino e visagismo de Leopoldo Pacheco e Carol Badra e trilha sonora original, incluindo os arranjos de canto, em criação assinada por Renata Rosa. No elenco, Guryva Portela, Marcello Boffat, Jorge de Paula, Bruna Recchia, Kátia Daher, William Amaral e Carlos Ataíde.

"Uma Mulher Vestida de Sol" traz uma atmosfera épica de amor e violência, permeada por elementos como sede de sangue, palavra de honra, amor e assédio paterno nas exatas medidas dramáticas e trágicas. Não realista, parte de um drama humano para falar da grande tragédia coletiva do sertão: a luta do homem com a terra queimada de sol. Disputas por terra, briga de famílias, feminicídio e ameaças de morte são temas latentes na peça.

Uma cerca que divide duas propriedades é o epicentro do conflito. De um lado, Joaquim Maranhão (Guryva Portela), violento e sanguinário, fazendeiro, criador de gado e pai de Rosa (Bruna Recchia); do outro, Antônio Rodrigues (Marcelo Boffat), agricultor pacífico e pai de Francisco. Como pano de fundo, a história do amor impossível entre os primos Rosa e Francisco (Jorge de Paula) que deveriam ser inimigos, mas se apaixonam profundamente.

“O texto de Suassuna vai muito além do tema. Trata-se da realidade do sertão elevada à tragédia. A terra é o que menos interessa no contexto geral. A cerca é a razão, simboliza os sentimentos, a vida, a falta de espaço”, argumenta o diretor. Ele explica que esta cerca se naturaliza em cena, movimentando-se em diferentes sentidos e direções. “Esta cerca existe dentro das personagens, elas estão cercadas. A cerca é a peça”, diz.

"Uma Mulher Vestida de Sol" é um texto importante não só pelos valores próprios, mas também por ser a primeira grande tragédia produzida no Nordeste, ainda inédita nos palcos brasileiros. Escrita em 1947, para um concurso promovido pelo Teatro do Estudante de Pernambuco, e classificada em primeiro lugar, deu início também à carreira de autor teatral de Ariano Suassuna.

O diretor Fernando Neves ressalta a relevância desse texto, “o primeiro de um advogado, um filósofo que, vendo o circo, se apaixona pelo teatro”. Ele destaca a qualidade da dramaturgia e as possibilidades que ela oferece, tendo claras as camadas clássicas de tempo, espaço e ação. “O texto é enxuto, trata de uma tradição familiar, sem viés psicológico, exigindo o aprofundamento do ator”, comenta. 

Sobre a concepção da montagem, Fernando Neves, mestre no ofício da reinterpretação do circo-teatro há quase duas décadas, explica que “a estética parte do arquétipo, da tipologia circense, mas retrabalhada na delicadeza, na precisão do domínio da linguagem”. O espírito onírico, a música e os cânticos estão presentes no espetáculo, entoados pelo elenco, performando momentos lúdicos no decorrer da história, que se passa em apenas 24 horas. A encenação de Neves traz também momentos de humor como respiros no trágico enredo.

Segundo Suassuna, "Uma Mulher Vestida de Sol" foi sua primeira tentativa de recriar o romanceiro popular nordestino. “Salientei, na época, a semelhança existente entre a terra da Espanha e o sertão, o romanceiro ibérico e o nordestino. Tomei um romance popular do sertão e tratei-o dramaticamente, nos termos da minha poesia - ela também filha do romanceiro nordestino e neta do ibérico. Procurei conservar na minha peça o que há de eterno, de universal e de poético no nosso riquíssimo cancioneiro onde há obras primas de poesia épica, especialmente na fase denominada pastoreio”, palavras do autor sobre sua obra.

Ao receber este espetáculo, o Centro Cultural Banco do Brasil oferece ao público contato com a obra de um dos maiores artistas do país, reafirmando seu compromisso com a promoção da arte e ampliação da conexão dos brasileiros com a cultura. Garanta o seu exemplar de "Uma Mulher Vestida de Sol" neste link.

Ficha técnica
Espetáculo 
"Uma Mulher Vestida de Sol". Texto: Ariano Suassuna. Direção: Fernando Neves. Elenco / personagens: Guryva Portela (Joaquim Maranhão), Marcello Boffat (Antônio Rodrigues), Jorge de Paula (Juiz e Francisco), Bruna Recchia (Rosa), Kátia Daher (Cícera e Inocência), William Amaral (Delegado, Gavião e Martim) e Carlos Ataíde (Manuel e Donana). Pinturas e desenhos originais: Manuel Dantas Suassuna. Cenografia: Guryva Portela. Figurino e visagismo: Leopoldo Pacheco e Carol Badra. Assistência de figurino: Bruna Recchia. Trilha sonora original: Renata Rosa. Criação de luz: Rodrigo Bella Dona. Produção executiva: Tati Nohr. Produção: Daiana Arruda - DAIA Produção e Comunicação. Idealização e produção geral: Cia Vúrdon de teatro itinerante. Realização: Centro Cultural Banco do Brasil, Governo do Estado de São Paulo por meio do ProAC - Programa de Ação Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.


Serviço
Espetáculo 
"Uma Mulher Vestida de Sol"
Local:
Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo.
Estreia: 25 de janeiro, quarta-feira, 18h30.
Temporada: de 25 de janeiro a 12 de fevereiro de 2023.
Horários: quarta a sexta, às 18h30. Sábados e domingos, às 17h.
Ingressos: R$ 15 (valor único) - Na bilheteria do CCBB e no site bb.com.br/cultura.
Capacidade: 120 lugares.
Classificação: 14 anos.
Duração: 1h40.
Gênero: drama.
Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 - Centro Histórico - São Paulo.
Funcionamento CCBB SP: Aberto todos os dias, das 9h às 20h, exceto às terças.
Informações: (11) 4297-0600.
Entrada acessível: Pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e outras pessoas que necessitem da rampa de acesso podem utilizar a porta lateral localizada à esquerda da entrada principal.
Estacionamento conveniado: o CCBB SP possui estacionamento conveniado na Rua da Consolação, 228 (R$ 14 pelo período de 6 horas - necessário validar o ticket na bilheteria do CCBB). O traslado de van é gratuito para o trajeto de ida e volta ao estacionamento. As vans funcionam entre 12h e 21h.
Van gratuita: o CCBB oferece serviço de van gratuito. Ponto de partida e retorno, Rua da Consolação, 228. No trajeto de volta também há uma parada no Metrô República. As vans saem conforme demanda, das 12h às 21h.
Transporte público: o Centro Cultural Banco do Brasil fica a 5 minutos da estação São Bento do Metrô. Pesquise linhas de ônibus com embarque e desembarque nas Ruas Líbero Badaró e Boa Vista.
Táxi ou aplicativo: desembarque na Praça do Patriarca e siga a pé pela Rua da Quitanda até o CCBB (200 m).

.: Entrevista: Paulo Betti é o Coelho desmascarado do "The Masked Singer"


"É muito desafiador ser um mascarado. Eu consegui guardar o segredo, mas tive que falar que estava gravando uma novela para não levantar suspeita", revela Paulo Betti. Foto: Globo/Maurício Fidalgo


Na tarde do último domingo, dia 22, o Coelho foi o primeiro desmascarado da terceira temporada do "The Masked Singer Brasil". O ator Paulo Betti deu vida ao personagem cantando o medley com "Sway", sucesso de Michael Bublé, "Mamãe Passou Açúcar em Mim" de Wilson Simonal e "A Kind of Magic" da banda Queen. Além disso, na batalha final contra o Dinossauro, em que perdeu, cantou o sucesso de Wando, "Fogo e Paixão".  

 “Eu não queria ser desmascarado, queria ficar mais. Quando tirei a máscara, a repercussão foi incrível. Eu me emocionei com a fala dos jurados e da Ivete. Fiquei muito feliz de ter participado, é uma experiência muito divertida e muito curiosa que nos faz valorizar muito as pessoas que estão por trás de tudo”, conta. 

"The Masked Singer Brasil" é uma coprodução TV Globo e Endemol Shine Brasil, baseado no formato sul-coreano criado pela Mun Hwa Broadcasting Corp, tem supervisão artística de Adriano Ricco (TV Globo) e direção de Marcelo Amiky (Endemol Shine Brasil). O reality vai ao ar nas tardes de domingo. Confira a entrevista com Paulo Betti.

 

Conte um pouco da experiência de participar do "The Masked Singer Brasil"?
Paulo Betti -
 Foi emocionante para mim participar de um programa tão diferente, eu topei na hora que me chamaram. Fiquei muito feliz de ter participado, é uma experiência muito divertida e muito curiosa que nos faz valorizar muito as pessoas que estão por trás de tudo. Eu nunca cantei, e, de repente, apareci cantando (risos). Eu já assistia ao programa antes e adorava. 

 

Qual a parte mais difícil deste desafio?
Paulo Betti -
 É muito desafiador ser um mascarado. Eu consegui guardar o segredo, mas tive que falar que estava gravando uma novela para não levantar suspeita (risos). É um desafio fazer a coreografia, e eu também nunca tinha cantado e canto muito mal (risos). 

 

Como foi ser desmascarado e ver a reação do público?
Paulo Betti -
 Eu não queria ser desmascarado, queria ficar mais. Quando tirei a máscara, a repercussão foi incrível. Eu me emocionei com a fala dos jurados e da Ivete.  

 

Como foi esse processo de escolher o repertório e se preparar para a apresentação?
Paulo Betti -
 Eu gravei várias músicas e chegamos à conclusão de que o meu forte é o funk. Eu mandei uma lista de músicas e escolhi junto com a equipe qual seria o repertório

Leia +
.: #ResenhaRápida: tudo o que você sempre quis saber sobre Paulo Betti

.: Na Guerra Fria: um roubo, um desaparecimento e muitos crimes


No enredo do livro "Além da Fumaça", lançamento da editora Labrador, o autor Edvaldo Silva constrói uma investigação engenhosa que ultrapassa fronteiras e chega ao Brasil. O ano era 1987, a cidade de Berlim, capital da Alemanha, era dividida por um muro que impedia qualquer pessoa de atravessar para o outro lado e os escombros da Segunda Guerra Mundial ainda podiam ser vistos pelas ruas. Neste cenário, Bruno Fischer era apenas um músico fracassado e divorciado, que trabalhava como taxista apenas para pagar as contas, mas jamais por prazer.

Ele sabia que, ao levar Ingrid Bergunson Tavares, uma passageira brasileira do lado Ocidental para o Oriental, corria riscos, mas não esperava que aquela viagem o levaria para o outro lado do Atlântico. É no Brasil que o leitor desvenda o mistério Além da Fumaça, a exemplo do comércio ilegal de obras de arte roubadas dos judeus por tropas nazistas.

A partir do contexto histórico mundial sobre o período da Guerra Fria e o surgimento de grupos neonazistas, o escritor Edvaldo Silva inclui à trama uma tela do pintor barroco Peter Paul Rubens. É a busca pela obra que culmina no sumiço da brasileira, responsável pelo roubo, e faz o alemão Bruno Fischer abandonar o próprio país para ajudar Amanda Bergunson a encontrar a mãe.

A pintura causadora de tantas reviravoltas pertencia, originalmente, a coleção de uma família de origem judaica, na Hungria. Durante a Segunda Guerra Mundial, um soltado nazista confiscou todos os quadros e, posteriormente, adquiriu por meios ilícitos uma das pinturas. Agora, Sebastian Gunter, o filho do ex-soldado, estava disposto a mover o mundo para recuperar a tela. Mas será que ele é o real responsável pelo desaparecimento da mulher?

Pistas sobre o caso são entregues em doses homeopáticas e assim, o autor aguça o desejo do leitor em saber o rumo da história, com plot twists a cada capítulo. Com uma narrativa engenhosa de suspense e mistério, Edvaldo Silva mostra, em "Além da Fumaça", que nem tudo é como parece e que existem muitas camadas não exploradas, tanto na vida como na arte. Compre o livro “Além da Fumaça” neste link.


Sobre o autor
Edvaldo Silva é mestre em Artes e Multimeios pela Unicamp e pós-graduado em Publicidade pela ECA/USP. Com uma carreira de sucesso em empresas como FOX Latin American Channels (Canais Disney), o Portal Terra (Grupo Telefônica), e a gigante latino-americana dos aplicativos para celular Movile (Naspers Group), ele foi Presidente do Comitê de Ad Tech & Data do Interactive Advertising Bureau. É autor do livro "Da Válvula ao Pixel - A Revolução do Streaming”, lançado com sucesso no Brasil e em Portugal, pela editora Atlântico, e agora estreia na ficção com o romance histórico “Além da Fumaça”, pela Editora Labrador. Garanta o seu exemplar de “Além da Fumaça” neste link.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

 .: Sucesso no TikTok, "As Coisas que Nunca Superamos" chega ao Brasil 


Chega ao Brasil pela Alta Novel e presenteia o leitor com boas doses de drama e bom-humor. Ser uma noiva em fuga, desempregada, sem celular, que vai até uma cidade desconhecida para ajudar a irmã em apuros, não é tarefa fácil. Ainda mais quando Tina Witt é uma gêmea do mal, rouba o carro da moça, as economias e abandona a filha de 11 anos com a irmã - uma sobrinha que nem sabia da existência. 


Essa é a realidade encarada pela bondosa Naomi Witt, protagonista da obra "As Coisas que Nunca Superamos", novo romance contemporâneo da escritora Lucy Score, best-seller do jornal The New York Times, Wall Street Journal, USA Today e da Amazon, que chega ao Brasil pela Alta Novel, selo da Editora Alta Books. 


Narrado em dois pontos de vista e ao bom estilo enemies-to-lovers e grumpy-sunshine, nesta história o leitor conhece a visão de Naomi, dona de um sarcasmo afiado e uma organização impecável. Aos 36 anos, ela decide escapar do casamento aparentemente perfeito e arriscar tudo na pequena cidade fictícia de Knockemout. Do outro lado está Knox Morgan, um barbeiro solitário, rabugento e mal-humorado que não tolera dramas, especialmente de mulheres carentes e românticas, mas tudo muda quando ele precisa ajudar a protagonista a sair da encrenca que se meteu.  


Para além do romance, Lucy Score aborda temas delicados que envolvem emoções e saúde mental: traumas familiares, abandono parental e síndrome do impostor, já que a protagonista, Naomi, sofre de uma necessidade aguda de agradar aos outros, em detrimento de si, e não consegue estabelecer limites. Knox, por outro lado, tem um passado familiar traumático que o faz, com frequência, manter distância de elos mais profundos. Compre "As Coisas que Nunca Superamos" neste link.


Trecho do livro 

"Percebi como esses limites estavam ficando confusos no meu coração. Eu estava enrascada. E não tinha nada a ver com uma invasão, uma irmã criminosa ou um ex-noivo. Eu estava me apaixonando pelo homem pelo qual jurei não me apaixonar. Mas Knox tornou isso possível. Tornou inevitável." ("As Coisas que Nunca Superamos", p.354)  



Sobre a autora

Lucy Score é autora best-seller do The New York Times, USA Today, Wall Street Journal e nº 1 Amazon. Escreve comédias românticas e romances contemporâneos. Ela cresceu em uma família de escritores que insistia que a mesa de jantar servia para ler e se formou em jornalismo. 


Escreve em tempo integral em sua casa na Pensilvânia, que ela e o marido dividem com seu gato irritante, Cleo. Quando não passa horas criando heróis destruidores de corações e heroínas incríveis, Lucy pode ser encontrada no sofá, na cozinha ou na academia. Ela espera um dia escrever de um veleiro, condomínio à beira-mar ou ilha tropical com Wi-Fi confiável.

 

Números: 

Sucesso no TikTok e finalista do prêmio Goodreads Choice Awards 2022 na categoria romance, "As Coisas que Nunca Superamos" tem mais de 1,5 milhão de cópias vendidas nos Estados Unidos, com o título de "Things We Never Got Over". A obra de Score já foi traduzida para 27 países. Lucy também é autora de 24 livros e já vendeu mais de 7 milhões de exemplares das obras ao redor do mundo. Garanta o seu exemplar de "As Coisas que Nunca Superamos" neste link.




.: "Os Oito Vestidos Dior", de Jade Beer, mistura mistério e romance em Paris



Lucille recebe de sua adorada avó Sylvie uma missão: resgatar um vestido em Paris. Mas o que a jovem britânica não sabe até embarcar no trem rumo ao seu destino é que essa viagem em busca da inestimável peça vai muito além de um passeio glamouroso pela Cidade Luz. "Os Oito Vestidos Dior", que chega às livrarias pela Intrínseca, exalta a força das mulheres ao unir amor proibido, mistério, drama familiar e cenários incríveis.

A trama criada pela premiada escritora Jade Beer tem como ponto de partida a busca pelo valioso Maxim's — um vestido raríssimo desenhado por Christian Dior nos anos 1950. Lucille precisa seguir intrigantes pistas deixadas por personagens do passado para desvendar suas tramas e entender o que, de fato, a levou até ali. E cada novo passo revela mistérios envolvendo a vida dos que testemunharam a existência do vestido nas altas rodas da sociedade de Paris daquela época.

Uma das figuras principais deste enredo é Alice Ainsley: jovem que deixou registradas, de forma misteriosa, suas aventuras, medos e ousadias vividos naqueles tempos. Esposa do embaixador britânico da época, Alice tinha como única função manter as aparências — mesmo que não concordasse com isso. Seu marido não deixava que lhe faltassem joias, banquetes e vestidos caros, mas o que ela realmente queria era se sentir amada e desejada.

Com o casamento em ruínas, o único conforto de Alice era a amizade com sua empregada de confiança, Marianne. Mas, quando uma presença inesperada surgiu em sua sala de estar, Alice sentiu que precisava seguir seu coração... não importavam as consequências.

Lucille e Alice vivem em épocas completamente diferentes, mas, de alguma forma, seus caminhos se cruzam por meio da inusitada missão dada a Lucille. A conexão entre elas é mais forte do que se pode imaginar, e apenas um vestido Dior é capaz de trazer à tona segredos que vão mudar a vida das duas. Compre o livro "Os Oito Vestidos Dior" neste link.

Sobre a autora
Jade Beer
 é editora, jornalista e autora premiada. Já escreveu para diversos veículos importantes, como The Sunday Times Style, The Telegraph e Glamour, e é crítica de livros de ficção e não ficção do The Mail on Sunday. Jade divide o seu tempo entre Londres e Cotswolds, onde vive com o marido e as duas filhas. Foto: Holly Clark. Garanta o seu exemplar de "Os Oito Vestidos Dior" neste link.

.: "Boa Garota Nunca Mais", de Holly Jackson: quem vai investigar?

Com mais de 60 mil exemplares vendidos no país, "Manual de Assassinato Para Boas Garotas" e "Boa Garota, Segredo Mortal" envolveram os leitores brasileiros nas investigações da jovem detetive Pippa Fitz-Amobi. No último volume da trilogia, "Boa Garota Nunca Mais", a autora Holly Jackson irá surpreender os fãs com mais um mistério sombrio e inesquecível. Depois de desvendar o caso de Andie Bell e o desaparecimento de Jamie Reynolds, Pip terá que salvar uma nova possível vítima: ela própria.

 

Prestes a ir para a faculdade, Pip ainda é assombrada pelo desfecho de sua investigação mais recente. Devido à fama de detetive amadora, ela se acostumou a receber ameaças na internet. Mas, nos últimos tempos, uma pergunta não para de surgir: quem vai investigar quando você desaparecer?

 

Após uma série de eventos estranhos, Pip percebe que está sendo perseguida de verdade. E pior: seu stalker pode estar conectado a um assassino que aterrorizou a região na mesma época do caso de Andie Bell. Com a ajuda de Ravi, a garota precisa descobrir quem está por trás disso… antes que se torne a próxima vítima.

 

Envolta em uma teia de segredos e perigos, Pip toma atitudes drásticas. Tudo em Little Kilton parece estar interligado e apontar para um único suspeito. É a investigação mais importante de sua vida, e também a última. Aconteça o que acontecer, seus dias de boa garota vão chegar ao fim.

 

Best-seller do jornal The New York Times, o primeiro volume da série está sendo adaptado para televisão pela Moonage Pictures, produtora de Peaky Blinders, com distribuição do BBC Studios. Na envolvente e chocante conclusão da jornada de Pip, outras facetas de personagens queridos pelos fãs serão reveladas e tudo que pensávamos saber sobre Little Kilton será posto à prova. Você pode comprar o livro "Boa Garota Nunca Mais" neste link.

 

O que disseram sobre o livro 

“Um thriller inquietante e impossível de largar.” - The Guardian

 

“Uma trama de disparar o coração.” - Kirkus Reviews

Sobre a autora 

Holly Jackson escreve desde jovem, tendo terminado seu primeiro (e terrível) romance aos quinze anos. Ela se tornou autora best-seller do New York Times com sua série de estreia, "Manual de Assassinato Para Boas Garotas". É formada na Universidade de Nottingham, onde estudou Linguística Literária e Escrita Criativa, e tem um mestrado em Língua Inglesa. Atualmente, mora em Londres. Holly gosta de jogar videogame e assistir a documentários sobre crimes reais para fingir que é uma detetive. Garanta o seu exemplar de "Boa Garota Nunca Mais" neste link.


 .: "Todo Dia Faça Algo Para Ser Feliz", um planner de leituras e compromissos  


A editora Agir lança o planner “Todo Dia Faça Algo Para Ser Feliz”, disponível em livrarias físicas e digitais. Com diversas ferramentas organizacionais, o título é essencial para os leitores que desejam planejar os próximos passos do seu ano literário em 2023 e o próprio dia a dia.


Neste planner da Agir, o leitor encontra um aliado para registrar as principais metas, compromissos e atividades que vão o ajudar, ao longo do ano, a construir ou reforçar o hábito da leitura. Intuitivo e fácil de usar, o livro traz espaço para listas, controle financeiro e muito mais.

 

“Todo Dia Faça Algo Para Ser Feliz” ainda inclui um calendário detalhado com frases inspiradoras de grandes autores da literatura mundial, como Oscar Wilde, Fernando Pessoa, Jane Austen e Simone de Beauvoir. Garanta o seu exemplar de “Todo Dia Faça Algo Para Ser Feliz” neste link.

.: “Poliana Moça”, do SBT: resumos dos capítulos 221 ao 225

“Poliana Moça”

Resumos dos capítulos 221 ao 225 (23.01 a 27.01)

Celeste vai morar com a mãe no esconderijo (Foto: Divulgação/SBT)


Capítulo 221, segunda-feira, 23 de janeiro

Pinóquio prepara armadilhas e ataca Waldisney e Violeta (Foto: Lourival Ribeiro/SBT)


O concurso de dança começa no baile do CLL, diversas duplas se apresentam. Waldisney e Violeta conseguem invadir a casa de Luísa; Pinóquio arma emboscadas para os vilões. Na entrada do banheiro do evento, Tânia encontra com Luca e intimida o jovem. Kessya e Bento descobrem que Song e Luigi vão dançar a mesma música que eles e surge um conflito. Kessya alega que Song a copiou e Song Park afirma que foi amiga que imitou, argumentando que ela sempre teve inveja. Kessya propõe a Bento, sua dupla, uma nova música e coreografia de última hora. Renato conversa com Tânia e Ruth fica incomodada com a aproximação dos dois. Por telefone, o capanga de Tânia informa que Waldisney e Violeta saíram da casa de Luísa sem o Pinóquio. Otto e Luísa dançam coladinhos na festa; Claudia diz para Joana que está rolando um clima entre eles. De longe, Tânia vê Otto e Luísa juntos e tira sarro. Pinóquio aparece na festa, ele avista Tânia e sai correndo. João e Poliana seguem Pinóquio,Tânia vai atrás. Chloe vê a correria do LUC1 (Pinóquio). Branca anuncia Poliana e João no microfone para a performance, mas eles não estão presentes no momento; Otto, Luísa e Ruth ficam preocupados.


Capítulo 222, terça-feira, 24 de janeiro

Luísa enfrenta Tânia (Foto: Lourival Ribeiro/SBT)

Chloe avisa os membros dos clubinhos sobre perseguição ao Luc1; os amiguinhos não acreditam no relato da menina. João, Poliana e Pinóquio vão até a casa de máquinas, Tânia segue os garotos. João discute com Tânia; a Cobra afirma que só quer o que é dela. Otto aparece no momento e confronta a ex-namorada. Tânia diz que João ameaçou agredi-la. Tânia declara a Otto que vai acionar os advogados dela. Luísa esbarra com Tânia; a vilã expressa que foi atrás de Poliana porque estava preocupada do androide atacar a garota. Tânia tenta tocar na Poliana e Luísa enfrenta a vilã. Bento se declara para Kessya, diz que nunca teve coragem de assumir algo por conta da amizade e pede a amada em namoro entregando uma aliança. Tânia cutuca Luísa falando que quando a Poliana mais precisou ela não estava lá. Já em outro momento, Otto expõe a Luísa e a filha que vai levar o Pinóquio em segurança para casa e que vai encaminhar seus seguranças para a festa. Tranquilizados, Poliana e João são os últimos na dança. O Clube do Laço Lilás homenageia Ruth, Tânia e Otto, mas pela ausência de Otto, Luísa representa o dono da Onze. No palco do evento, Tânia agradece e discursa que assim como as pessoas atendidas pelo CLL, ela sabe como é ser injustiçada e viver na miséria, já que teve uma infância muito difícil. Otto chega na casa de Luísa com Pinóquio e se depara com a bagunça, Pinóquio diz que deu uma lição nos bandidos. Roger compartilha com Waldisney e Violeta que agora Otto vai trancar o Pinóquio e dobrar a segurança; Violeta pensa em um novo plano agora que sabem onde ele está: acessar o androide de maneira remota, mas para isso, eles precisam estar relativamente perto da criatura. Tânia chega nervosa no esconderijo.


Capítulo 223, quarta-feira, 25 de janeiro

Tânia manda Waldisney, Violeta e Roger irem embora do esconderijo (Foto: Divulgação/SBT)


Pela votação dos jurados, Gleyce e Branca revelam os vencedores da dança de casal: Kessya e Bento. A dupla sobe no palco e recebe o prêmio, dando um beijo entre eles e mostrando a aliança. Chega o último dia de Glória, Otto e Poliana na casa de Luísa; eles tomam café da manhã juntos. Pinóquio passa a faca para Poliana cortar o pão e Luísa, assustada, bate na mão do androide afastando o item cortante. Carmen, parente da Pâmela, mãe biológica de Pedro e Chloe, liga para Eugênia dando notícia da moça; ela declara que a Pâmela está hospitalizada. Brenda e Raquel perguntam para Celeste de quem é o carro estacionado na porta da casa delas; Celeste afirma que é dela. Raquel e Brenda desconfiam de algo de errado na história, já que Celeste nunca tinha dinheiro para o aluguel. Glória comenta com Otto que Luísa vai sofrer se ficar sozinha em casa e fala para o filho convidar ela para morar junta.  Luísa pede para Otto desligar o androide. Roger, Waldisney e Violeta visitam Luca, declaram que tem um plano e pedem recursos financeiros. Song diz para Luigi que está incomodada com a vitória da Kessya e que foi tudo armado, já que a Gleyce, mãe da Kessya, é organizadora do evento. Carmen liga novamente para Eugênia alegando que Pâmela está com câncer e que tem um procedimento que pode dar mais tempo de vida, mas que o plano de saúde não cobre o procedimento. Carmen pede ajuda e promete pagar tudo depois. Eugênia fica preocupada da mãe biológica morrer e as crianças não conhecerem. Glória aconselha Luísa que o melhor é ela morar com Otto. Tânia diz para Waldisney, Violeta e Roger que sabe que eles estão armando para roubar Pinóquio e tentando enganá-la. Tânia expõe que a parceria com o trio de vilões acabou e manda eles irem embora do esconderijo que eles vivem. 


Capítulo 224, quinta-feira, 26 de janeiro

Disfarçada, Valdinéia aluga o apartamento de Glória (Foto: Divulgação/SBT)


Davi acha estranho Carmen pedir dinheiro e fala que vai verificar o caso. Roger diz para Tânia que não vai sair do esconderijo e eles acabam trocando farpas. Waldisney, Violeta e Roger são expulsos do esconderijo; Roger bagunça tudo antes de ir embora. Otto, Poliana e Glória se despedem da casa de Luísa. Um corretor imobiliário leva uma possível inquilina para alugar a casa de Glória: Valdinéia, com o pseudônimo de Vanderléa. Valdinéia fecha negócio e aluga a casa de Glória. Roger, Waldisney e Violeta alertam Luca, notificando que Tânia sabe que eles estão contra ela; os vilões pedem espaço para morar na 'Luc4Tech'; ele recusa. Raquel e Brenda pedem para Celeste sair imediatamente da casa delas. Celeste vai viver no esconderijo com a mãe. Tânia pergunta se Celeste já conseguiu se aproximar de Luca.


Capítulo 225, sexta-feira, 27 de janeiro


Capanga de Tânia aborda Poliana (Foto: Divulgação/SBT)


Glória diz para Otto que sentiu a inquilina com ar de malandra e que sente que conhece de algum lugar, mas que conferiu os documentos e até recebeu adiantado. Luísa janta sozinha e se sente vazia. Waldisney, Violeta e Roger alugam um local para passar um tempo, uma espécie de lixão. Celeste se aproxima de Luca. Jefferson vai até ao laboratório de Otto para pesquisar mais sobre o androide. Celeste convida Luca para jantar depois do serviço. Davi descobre que Carmen é uma golpista. Claudia olha o cabelo de Benício; o menino esconde que está sofrendo bullying. Na escola, um capanga de Tânia, disfarçado de encanador, aborda Poliana, mas os seguranças de Otto aparecem imediatamente. Depois de muita conversa, Benício assume que mudou o corte de cabelo porque estava sofrendo bullying, mas na tentativa, só piorou o visual. Poliana pergunta para Bento e Kessya como foi o pedido de namoro, João alega que eles dois estão de vela, mas que isso se dá porque Poliana não quis namorar o cearense. Yupechloe vê, através da janela, uma pessoa diferente no apartamento de Glória.                                                               


Sábado, 28 de janeiro

Trio de vilões no lixão (Foto: Divulgação/SBT)

Resumo dos capítulos da semana


A novela “Poliana Moça” vai ao ar de segunda a sábado, às 20h30, no SBT

.: "Criança-borboleta" celebra a coragem de ser diferente 


Um garotinho adora se fantasiar e brincar pelo bairro vestido de borboleta. Mas nem todos os colegas entendem seu jeito de ser, por isso, o excluem das brincadeiras e rasgam suas asas. Essa era a realidade enfrentada pelo autor e ilustrador francês Marc Majewski, que utiliza de um tom autobiográfico para dar vida ao personagem da obra "Criança-borboleta", lançada no Brasil pela VR Editora.

Assim como foi na meninice do escritor, ao se sentir rejeitado, é o pai do garoto que o incentiva a não deixar a própria essência de lado e a construir novas asas coloridas. Por meio das rimas delicadas e de belas ilustrações multicoloridas que encantam adultos e crianças, Marc mostra a importância do apoio familiar e ensina os pequenos leitores a assumirem os desejos e gostos desde a infância. Você pode comprar o livro "Criança-borboleta" neste link.

Sobre o autor e ilustrador

Marc Majewski nasceu na França em 1993. Quando criança, passava a maior parte do tempo desenhando, escrevendo histórias e vestindo fantasias. De lá pra cá, ele não mudou muito. Criança-borboleta é uma obra inspirada em sua infância. Marc vive em Berlim, na Alemanha. Garanta o seu exemplar de "Criança-borboleta" neste link.



domingo, 22 de janeiro de 2023

.: Entrevista: Camilla Loreta, escritora e poeta fala sobre o primeiro romance


Por Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com. 

“Sândalo Vermelho e os Gatunos Olhos Dela” marca a estreia da poeta Camilla Loreta como romancista. Lançamento da editora Urutau, o livro explora questões de ancestralidade e de linhagem materna. Por meio de uma linguagem que passeia entre os diários de viagem, o onírico e as conexões entre passado e presente, o romance gira em torno da travessia e do inconsciente da protagonista Léia Stachewski, que decide iniciar uma viagem de carro sozinha pelo Leste Europeu, rumo à Finlândia. Perdida em um território gelado, ela relembra momentos de sua formação no Brasil, origens familiares e motivações. Tem tudo para levar os leitores ao deleite estético e de inspiração. 

Camilla Loreta é formada em Audiovisual e História da Arte, em São Paulo. Pesquisa a escrita o corpo e a imagem através das artes gráficas e audiovisuais. Dirigiu dois curtas-metragens, “Clara” e “O Silêncio das Pedras”. Participou de diversas residências artísticas, entre elas: "The Artist Meeting", em Marianowo (Polônia). Atualmente cursa a pós-graduação do Instituto Vera Cruz para escritores de ficção. De vez em quando, surgem grandes artistas e grandes escritores. Camilla Loreta está entre esses e, nesta entrevista exclusiva, permite o leitor observar, mesmo que de longe, um pouco de sua alma criativa. Você pode comprar o livro “Sândalo Vermelho e os Gatunos Olhos Dela” neste link.


Resenhando.com -  O romance “Sândalo Vermelho e os Gatunos Olhos Dela” tem um título curioso. Pode explicar o porquê dele?
Camilla Loreta - O porquê talvez não possa explicar... Mas como foi a escolha: estava no ônibus, andando por São Paulo e o título brotou na minha cabeça, sem muito motivo. Ainda estava na metade da escrita do livro, não havia acabado, mantive o título. Fui entendendo se ficaria... e ficou. Apresentei o título para algumas pessoas e todas acharam que ele era forte e interessante, mais um motivo para manter. Obviamente ele tem conexões com a história, principalmente a parte que falamos sobre planetas, universo...marte e lua no céu! Acho que cada leitor pode tirar suas conclusões.

Resenhando.com - O livro explora questões de ancestralidade e de linhagem materna. O que a motivou a misturar esses dois assuntos?
Camilla Loreta - 
A viagem para Polônia que fiz foi a base da construção da narrativa. Tenho uma linhagem de ancestralidade, por parte da minha avó paterna, que tem suas raízes na Polônia pré-Segunda Guerra. Foi um caminho orgânico, não planejei que esses temas seriam centrais, apenas uma aceitação que era sobre isso que meu livro iria tratar. Acabou que pra personagem principal isso era um centro das transformações que ela estava passando com sua Avó e sua Mãe.

Resenhando.com - Como foi a transição entre poeta a romancista? 
Camilla Loreta - 
Não me parece que ouve transição, continuo sendo poeta, não parei de escrever poesia, e no romance eu exerci um caminho muito próximo do de quando escrevia poesia. A poesia toma tanto tempo, reescrita e releitura, quanto a prosa para mim.


O que difere, e o que se assemelha, entre uma e outra?
Camilla Loreta - 
Os processos não diferem tanto, é mais o resultado final que na página parece diferir. Eu costumo não separar os gêneros, e tem várias escritoras e escritores que pensam assim no contemporâneo.

Resenhando.com - O que é mais difícil para escrever: poesia ou prosa?
Camilla Loreta - 
Acho que os dois são igualmente difíceis, por motivos diferentes. Poesia tem um impacto gráfico, único, marcante, contínuo da palavra. A narrativa de prosa se infiltra no cotidiano, então precisa de toada, convencer o leitor a seguir. Para mim, escrever tem conexão direta com o inconsciente, na poesia essa conexão fique ainda mais explícita, pois meu processo inicial é num caminho do deixar aparecer, fluir, e depois trabalhar. Eu levei esse processo para a escrita de prosa, e acho que isso ajuda a manter uma certa linha estética do meu projeto de escrita.

Resenhando.com - A ideia inicial era fazer desse romance uma ficção científica. Por que a mudança?
Camilla Loreta - 
No começo eu ia escrever sobre Marte e Lua, mas ai as páginas começaram a fazer aniversário na minha gaveta de projetos, a história não continuava, parecia travada. Foi então que eu comecei a escrever sobre a Léia, e quando ela apareceu costurando as páginas que eu já tinha percebi que se tratava da história dela, e não de um mundo de ficção científica. Esse mundo mágico que circunda a história acabou por representar mais o interior da personagem do que o mundo fora dela.

Resenhando.com - Na sua própria literatura, em que você se expõe mais, e por outro lado, em que você mais se preserva, em seus textos?
Camilla Loreta - 
Não entendi muito bem a pergunta, mas acho vou responder pensando sobre autoficção. No caso desse livro não sinto que expus ou preservei nada, eu simplesmente escrevi algo ficcional, que tinha conexões com a minha vida, mas nada literal. No meu próximo projeto tenho um pouco mais de tensão nessas escolhas, deixei alguns fatos mais crus, mas mesmo assim acredito que tudo é ficção. Inclusive a realidade.

Resenhando.com - Quais livros foram fundamentais para a sua formação enquanto escritora e leitora?
Camilla Loreta - Tudo que li do Murakami. Acho que ele constrói bem personagens, e isso sempre me motivou. Assim como os livros do Paul Auster. Gosto muito do "Noite de Oráculo". Gosto muito de literatura asiática, "Kitchen", da Banana Yoshimoto, é meu livro favorito. Tudo que envolve comida me interessa. A poesia de Emily Dickinson é bem seminal para mim, assim como a Sophia de Mello Breyner Andersen. Aqui no Brasil, duas leituras me deixaram rastros internos que ainda analiso os caminhos até hoje, que foram "Um Defeito de Cor", da Ana Maria Gonçalves, e "Outros Cantos", da Maria Valéria Rezende.

Resenhando.com - Como e quando começou a escrever?
Camilla Loreta - 
Não lembro, tenho diários de criança, tenho poesias também, de criança. Sempre escrevi, acho que sempre foi um modo de lidar com as minhas tensões internas. Mas assumi que era escritora quando comecei a deixar essa face pública. Eu tinha um Tumblr, chamava "Tomar Um Sol C." e eu publicava poesias em conjunto com fotos. Eu gosto muito dele, ainda hoje, acho que tudo que sou mora naquele começo. Eu me sentia muito livre, isso é importante para a literatura. Hoje em dia penso muito no depois e isso me trava constantemente.

Resenhando.com - Quais escritores mais influenciaram a sua trajetória artística e pessoal?
Camilla Loreta - 
Carola Saavedra, sem dúvida, pois ela me mostrou que eu poderia ser escritora, mesmo sendo mulher, mesmo parecendo que não era possível. Nos conhecemos num curso que ela ministrou, depois nos tornamos amigas por conta de compartilhamentos de visão sobre o mundo espiritual. Natália Zucalla, pois iniciamos nossa trajetória como escritoras ao mesmo tempo (mais ou menos) e publicamos pela mesmo editora, e isso nos deu possibilidade de trocar e conversar sobre um momento que é bem delicado, agradeço muito por isso. E por fim Gabriela Aguerre, por ser a melhor leitora que conheço, sempre me direcionou com sinceridade e afetos acolhedores.

Resenhando.com - O quanto para você escrever é disciplina? É mais inspiração ou transpiração?
Camilla Loreta - 
É uma mistura, tem de tudo. Tem trabalho, tem insights, tem crise, tem procrastinação, tédio, amor, raiva. Tem de tudo. Quando lemos os diários de escritoras por ai temos a dimensão que escrever é como dar murros (parafraseando Susan Sontag) não é bonito, nem agradável, mas libera certas energias que são importantes para nossos processos enquanto seres humanos.

Resenhando.com - Quanto tempo por dia você reserva para escrever?
Camilla Loreta - 
Depende da época. Na época de "Sândalo", eu ficava no meu espaço de trabalho umas três horas por dia, escrevi com intervalos intermitentes. Foram cinco anos no total, então tive momentos de pausa longa. No caso desse novo romance que estou escrevendo, que ainda não sei dizer bem sobre, costumo ficar uma hora por dia, mas as vezes eu só encaro a parede.

Resenhando.com - Você tem um ritual para escrever?
Camilla Loreta - 
Nem sempre. Mas costumo tentar fazer algo com o corpo antes de sentar. Eu fiz algum tempo de aulas de corpo, dança, e isso costuma a me ajudar a liberar.

Resenhando.com - Qual o mote que faz você ficar mais confortável para escrever?
Camilla Loreta - 
Liberdade e companheirismo. Ter companhia é muito importante, não a todo momento, mas tenho muitas amigas que envio os textos de tempos em tempos para conversar, amigas escritoras. Isso muda bastante algumas coisas, principalmente a sensação que o texto tem um caminho público, que ele pode pertencer ao mundo.

Resenhando.com - Em um processo de criação, o silêncio e isolamento são primordiais para produzir conteúdo ou o barulho não lhe atrapalha?
Camilla Loreta - 
Não sou capaz de produzir com sons que me distraem, mas não são todos que me distraem. Sons de pássaros, água, tráfico longínquo são sons constantes, não me incomodam. Me parece que para alguma pessoas o barulho não é uma escolha, ou vai com barulho ou não se escreve nada, por isso eu diria, escreva mesmo assim, uma hora você alcança um espaço mais adequado, mas não pare de escrever por isso.

Resenhando.com - O que há de autobiográfico nos textos que escreve?
Camilla Loreta - 
Uma resposta sem muita resposta, tudo e nada. No fundo toda pessoa que cria usa o que tem para criar.

Resenhando.com - Hoje, quem é a Camilla Loreta por ela mesma?
Camilla Loreta - 
Uma jovem escritora, que ama a floresta, e espera um dia poder aproximar sua conexão com a escrita de forma tão livre como a água corre pelos rios.


.: "Jet Lag: Poemas Para Viagem", de Waly Salomão, é sobre liberdade


Em 6 de fevereiro, sai pela Companhia das Letras o livro "Jet Lag: Poemas Para Viagem", de Waly Salomão. A antologia é organizada por Omar Salomão, filho deste que é uma das principais vozes da cultura brasileira do século XX, e é ilustrada com monotipias do artista carioca Luiz Zerbini. Esta antologia é um convite para refletir sobre o significado de viajar – e de voltar para a própria casa


"Viajar, para que e para onde,/ se a gente se torna mais infeliz/ quando retorna?", questiona Waly Salomão no emblemático "Poema Jet-lagged". A viagem surge como um dos temas centrais na obra do poeta de origem síria nascido em Jequié, na Bahia, e radicado no Rio de Janeiro. 


O deslocamento, como se vê, compõe um rico testemunho do percurso do autor - tanto íntimo quanto poético -, mas funciona também como provocação ao leitor: "perambule agarrado e desgarrado perambule", aconselha em "Tarifa de Embarque".


Ao reunir versos de uma das principais vozes da cultura brasileira do século XX, a presente antologia atesta que a viagem, assim como a poesia, oferece a possibilidade de compreender o mundo com novos olhos, alargar fronteiras, retornar de outra forma - em outras palavras, se transformar. Garanta um exemplar de "Jet Lag: Poemas Para Viagem" neste link.



Sobre o autor 

Waly Salomão, baiano da cidade de Jequié, foi poeta, letrista, ator eventual, articulador cultural, artista visual, homem público e diretor de espetáculos como "Gal Fatal - A Todo Vapor". É autor de nove livros, dentre eles "Algaravias e Lábia". Teve poemas musicados por artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Jards Macalé, João Bosco e Adriana Calcanhoto. Você pode comprar o livro "Jet Lag: Poemas Para Viagem" neste link.

.: Thriller psicológico é eleito como um dos 50 melhores de todos os tempos


"A Última Casa da Rua Needless"
, vencedor do Fantasy British Awards como melhor livro de terror de 2022, traz em seu enredo uma história aterrorizante e surpreendente. Aclamado por ícones da literatura como Stephen King e A. J. Finn, o romance da norte-americana Catriona Ward, foi considerado um dos 50 melhores livros de terror de todos os tempos pela Revista americana Esquire.  Lançamento da Editora Jangada, a obra narra uma trama horripilante, capaz de fazer o leitor pular da cadeira, roer as unhas e se arrepiar.
 
A obra conta a história de Ted Bannerman, um homem com problemas de memória, que vive com a sua filha adolescente Lauren, e sua gata Olívia, em uma casa comum, no final de uma rua sem saída. Ted, que costuma beber sozinho em frente à TV, no passado, foi interrogado pela polícia quando uma menina desapareceu por ali, há onze anos. Quando Didi, a irmã da menina desaparecida resolve se mudar para a casa ao lado, o que está enterrado há muito tempo pode voltar para assombrá-los.
 
Com a influência do clima narrativo das obras de King e uma escrita inspirada em William Faulker, esta obra é um dos grandes sucessos internacionais do ano, com dezenas de resenhas e avaliações positivas em sites especializados em indicações literárias.
 
A obra foi vencedora do British Fantasy Award na categoria de “Melhor Romance de Terror de 2022” e finalista do prêmio World Fantasy Award. Catriona Ward se notabilizou como uma autora de raro talento, capaz de criar um thriller de suspense aterrorizante que envolve, na mesma trama, um assassinato, uma criança sequestrada e uma terrível vingança. "A Última Casa da Rua Needless" é um prato cheio para os fãs de obras como "Garota Exemplar" e "A Assombração da Casa da Colina", de Shirley Jackson. Você pode comprar o livro "A Última Casa da Rua Needless" neste link.

 
O que disseram sobre o livro
“Brilhante... uma desconstrução profundamente assustadora sobre a ilusão de si mesmo.” - The 
New York Times
 
“Não consigo me lembrar de outro livro de terror nos últimos anos que tenha ousado tanto e obtido tanto sucesso.” - A. J. Finn, autor best-seller de "A Mulher na Janela"
 
“O leitor está em suas mãos, mas nunca se sente manipular. Isso é terror psicológico feito com integridade. As revelações não são expostas apenas para chocar, mas para nos permitir ver o que realmente está acontecendo. ” - The Times, “Livro do Mês”
 

Sobre a autora
Catriona Ward nasceu em Washington, D.C., e morou nos Estados Unidos, Quênia, Madagascar, Iêmen e Marrocos. Estudou inglês na Universidade de Oxford e passou vários anos trabalhando como atriz em Nova York. Seu primeiro romance, "Rawblood", foi publicado em 2015, sendo um título da WHSmith Fresh Talent. Em 2016, ela ganhou o August Derleth Award de Melhor Romance de Terror por Rawblood, no British Fantasy Awards e, de novo, em 2018, por "Little Eve", tornando-se a primeira mulher a receber duas vezes o prêmio. Little Eve também ganhou o prestigioso Prêmio Shirley Jackson de melhor romance e foi o Melhor Livro do Guardian de 2018. Garanta um exemplar de "A Última Casa da Rua Needless" neste link.
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