domingo, 20 de fevereiro de 2022

.: Crítica: "Massacre da Serra Elétrica: o retorno de Leatherface" desperta fúria


Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em fevereiro de 2022


Reboot ou sequência?! Afinal, o que é "Massacre da Serra Elétrica: o retorno de Leatherface", nova produção de terror da Netflix derivada de "O Massacre da Serra Elétrica"? O longa dirigido por David Blue Garcia e Kim Henkel, disponível na plataforma de streaming, é a nona produção da franquia. No entanto, é uma sequência direta do slasher original de Tobe Hooper, de 1974.


Portanto, o que se vê é a simplicidade do primeiro longa e a tendência de sangue jorrando na tela. Aos fãs do gênero, o "Massacre da Serra Elétrica: o retorno de Letherface" representa, apesar dos pesares, a retomada de uma experiência cinematográfica de um serial killer dos velhos tempos. Contudo, não há como fazer comparações com a originalidade do longa de 2003, "Massacre da Serra Elétrica", com a final girl da atriz Jessica Biel: Erin.

Em "Massacre da Serra Elétrica: o retorno de Letherface", conhecemos dois jovens empresários, Melody (Sarah Yarkin) e Dante (Jacob Latimore) que chegam a cidade fantasma texana, Harlow para revivê-la. Acompanhados, ela tem ao lado a irmã, sobrevivente de um massacre na escola. Enquanto que Dante leva a namorada: Ruth (Nell Hudson). Eis que um mal-entendido gera uma confusão que reacende todo o ódio do assassino da serra elétrica: o brutal Leatherface -abrindo espaço para debater a gentrificação.


Seguindo a premissa slasher, Leatherface sai matando aleatoriamente novamente. Afinal, o mesmo assassino serial de 1974 está de volta após manter-se por anos escondido. É só vendo para crer quando ele tem para diversão um ônibus cheio de pessoas, enquanto empunha uma serra elétrica em pleno funcionamento. 

"Massacre da Serra Elétrica: o retorno de Letherface" também resgata a única sobrevivente de 1974, Sally Hardesty (agora interpretada por Olwen Fouéré, a primeira atriz, Marilyn Burns faleceu em 2014). No entanto, não se dá ao trabalho de desenvolver a história da agora policial que seguiu a vida à caça do assassino. As cenas são de pouco texto, embora aconteça um embate, frente a frente, sem o uso da arma que ela empunha para matar o vilão. Tanto é que Leatherface levanta-se e, simplesmente, pega a motosserra e liga o aparelho para fazer o que ama. É um grande momento do clássico "rir para não chorar"!

Em tempo, nenhum dos personagens tem a trama desenvolvida a ponto de fazer o público torcer por sua sobrevivência -o que desperta certa fúria em quem assistindo. "Massacre da Serra Elétrica: o retorno de Leatherface" acaba em mortes de completo "tanto faz". Ao menos provoca com a dúvida sobre "quem irá sobreviver desta vez?". Por outro lado, o longa aproveita para apontar a problemática gerada pelo livre acesso às armas, assim como os tiroteios em escolas. Aos fãs do gênero, "Massacre da Serra Elétrica: o retorno de Leatherface" é uma boa pedida!

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm


Filme: Massacre da Serra Elétrica: o retorno de Letherface

Direção: David Blue Garcia, Kim Henkel

Elenco: Sarah Yarkin, Elsie Fisher, Mark Burnham, Jacob Latimore, Moe Dunford, Olwen Fouéré, Alice Krige, Jessica Allain, Nell Hudson


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