domingo, 18 de dezembro de 2022

.: Anelis Assumpção explora significados do sal em novo disco

Dirigido por Anelis Assumpção e co-produzido majoritariamente por mulheres pretas, o álbum chega às plataformas de streaming


No sabor, nos banhos sagrados, na conservação de matéria orgânica, na lágrima, no suor, no sangue e no mar. O sal é o equilíbrio da vida. Esse é o elemento da natureza que carrega o nome do novo lançamento da cantora, compositora, escritora e percussionista Anelis Assumpção, "Sal". 

Inspirado nas movimentações e reorganizações dos corpos femininos no mundo, este é o quarto trabalho de estúdio da artista e que já está disponível nas plataformas digitais (ouça aqui). O álbum se desdobra ainda em peças audiovisuais no canal do YouTube da cantora (assista aqui). 

Reclusa em sua cozinha - seu cômodo favorito da casa e onde seu processo criativo se desperta -, Anelis contou com nomes como Thalma de Freitas, Céu, Ava Rocha, Liniker, Tulipa Ruiz, Iara Rennó, Luz Marina, Marina Peralta, Marcelle e Gustavo Ruiz para dar vida às composições que integram esse disco, além de uma composição inédita de sua irmã, Serena Assumpção, que lhe falta em matéria mas se faz presente inspiração.

Para cada canção, a Anelis convidou uma co-produtora, trazendo as características e as identidades de cada uma para se misturar com as suas, como numa receita. “Cada mulher dessa - produtora, cantora e compositora - trouxe pra dentro do meu trabalho a sua identidade e a sua assinatura. Eu acho que isso também me fez olhar e escolher especialmente cada uma delas. Algumas com mais tempo de carreira em estrada, outras com menos, no entanto com uma assinatura e uma identidade muito definida na musicalidade, no propósito dentro da arte e da música”, resume Anelis. 

“UVA Niágara” é o primeiro ingrediente que chega para dar gosto a esse novo projeto musical. Juntamente com Larissa Luz, a faixa chega com múltiplas sonoridades, mostrando as belezas da cidade ao cruzar a avenida. "Benta", co-produzida por Luedji Luna, é uma música que fala sobre ancestralidade e família. “Violeta Blue”, por sua vez, é co-produzida por Céu e ressignifica a cor do amor.

“Uma imersão nas sonoridades propostas”. É assim que Anelis descreve a estética de "Empírica", que chega com uma mistura de idiomas e é co-produzida por Jadsa; em sequência  vem “Rasta” (co-produzida por Mahmundi) e “Manadeiro” (co-produzida por Thalma de Freitas). Esta última  é a herança de família que sua irmã, Serena Assumpção, deixou antes de partir. “Sinhá Sereia” e “Pouso de Ave Rara” (co-produzida por Josyara)  chegam com uma sonoridade que desperta a ancestralidade que Anelis carrega.

“Sangue Mioma” (co-produzida por Iara Rennó) e “Clitórias” (co-produzida por Maíra Freitas) nascem para reforçar que SAL é uma obra sobre o feminino e que fala sobre equilíbrios desequilibrados. Ao lado de Curumin, na faixa “Mais Uma Volta”, a artista mostra que, em torno do Sol, as pessoas são como planetas e, assim, finaliza a junção de todos ingredientes que dão vida a "Sal". “Esse álbum foi feito por mim, são as minhas composições e a minha identidade, que, de alguma forma, vai se costurando desde primeiro ao último álbum. Ao último não, ao quarto", finaliza.

.: Luiz Fortes, de "Todas as Flores", desistiu do futebol para realizar sonho

Estreando em novelas em "Todas as Flores", Luiz Fortes desistiu do futebol para realizar o sonho de ser ator


Estreando nas novelas e consagrado no teatro, o jovem, que coleciona conquistas no futebol e vôlei, desponta em uma nova geração de galãs: “O que me importa é irradiar para o público um trabalho que rasgue as amarras sociais”. Paulista de 21 anos, Luiz Fortes inicia sua carreira em novelas com grandes passos: dando vida a Rômulo, personagem chave em “Todas as Flores”, novela de João Emanuel Carneiro que é sucesso da GloboPlay.

No mundo das artes desde os 16 anos, o ator já brilhou no teatro em “Confissões de Adolescente”, “Pluft - O Fantasminha” e destaca o clássico “O Pagador de Promessas”, em que viveu Zé-do-Burro, inspiração inclusive para compor seu personagem no folhetim atual. “Durante o processo da novela, associo muitas questões de Zé com Rominho. Nos dois pode-se observar a luta pela sobrevivência, resistência e a esperança sendo colocadas à prova na busca de um futuro melhor”.

Chamando atenção também por sua beleza, e segundo ele, namorando apenas a arte, Luiz coloca de lado o título de galã, se este não vier acompanhado de bons propósitos. “Um galã só tem importância se ele se propõe a atingir algo que está além da falsa beleza. Só tem relevância se possui suas raízes no íntimo do ser humano. Aquela em que a fealdade pode emocionar e o agradável vai além da estética”, afirma.


Herói sem capa
Parte do núcleo que compõe a obra social de fachada de Zoé (Regina Casé), Rominho tem 20 anos e vai tentar a vida no Rio de Janeiro. Procurando uma oportunidade de crescimento para sair da miséria e ajudar os pais, cai na armadilha da mãe de Maíra (Sophie Charlotte). 

“Rômulo é um herói romântico, um verdadeiro guerreiro, que faz de tudo para sobreviver do lado que nunca é visto. Ele resiste não só na fundação, mas durante uma vida toda em uma sociedade que nunca o enxerga”, conta sobre o personagem. O jovem ainda surpreenderá com mais atos heroicos ao longo da trama.


Inspiração e coincidências
Além de Zé-do-Burro, o ator teve diversas outras inspirações para compor Rominho. Em primeiro lugar, cita a própria vida. Filho de retirantes do Nordeste e uma família periférica que passou necessidades em São Paulo, Fortes diz que o personagem reflete sua história. “Meus heróis são meus pais. Estar nesse papel está sendo além de representar um personagem, mas contar a história de quem lutou para me fazer chegar onde cheguei”.

Distante apenas da realidade do tráfico humano, nesse ponto foi necessário muito estudo. Luiz conta que buscou referências principalmente no cinema e em séries, destacando os filmes de Jordan Peele como “Get Out” e a série “The Handmaid 's Tale”. Entre todas as coincidências, assim como Rômulo, Luiz também estudou em uma Fundação (Salvador Arena), mas sem o lado obscuro de Zoé. “A Fundação proporciona ensino de ponta de graça e com matérias além da escola, como cerâmica, agricultura e esportes”, lembra o ator. 

O rapaz cita como inspiração também o próprio elenco da trama, com destaque para Sophie Charlotte, que de acordo com ele, sempre dá dicas e o acolhe. “No geral, todos os profissionais envolvidos estão sendo importantes para esse processo, a dedicação e parceria de cada, me ajuda a dar o meu melhor”.

Primeiros passos e a vida no esporte
Com 22 anos, Luiz Fortes completa seis anos oficialmente na carreira artística. Campeão paulista de vôlei e tendo participado de categorias de base de futebol, o atleta tinha a atuação presente em trabalhos da escola e vídeos por lazer. “O esporte foi um dos elementos mais importantes da minha vida. Hoje muito do que sou e busco é consequência de 18 anos da prática em várias modalidades”, conta o ator.

Modelo aos 16 anos, começou a conciliar a carreira artística aos estudos e esportes. Foi quando iniciou seus primeiros 5 anos intensivos de espetáculos, oficinas de teatro e a tradicional formação na Escola de Atores Wolf Maya. Entre testes e self tapes, teve seu primeiro contato com a Globo nos testes de "Malhação", onde teve a oportunidade de ser visto por produtores como Felipe Aguiar, que o impulsionou para a emissora.

A partir desse momento, passou a fazer oficinas e workshops da Globo para descobrir novos talentos. “Em 2022, fiz a ‘Potencializa’ organizada por produtores como Chico Accioly e Lauro Macedo e fui visto pela maravilhosa Dani Pereira, que está produzindo o elenco de ‘Todas as Flores’”, conta, sobre como entrou para a novela.


Um grande futuro pela frente
Honrando suas raízes, os anseios de Fortes para o futuro vão muito além do profissional. O ator quer carregar a bandeira da representatividade e ser inspiração para quem também sonha em chegar lá. “Meu objetivo é ser um farol para aqueles que estão por vir”, afirma.

Profissionalmente, a diversidade é o que chama atenção de Luiz, que afirma desejar papéis variados que possam ser fonte de estudo e inspiração para quem ainda não tem oportunidades, e cita alguns ícones que cumpriram esse posto em sua jornada:

“Durante esse tempo de luta para ter uma chance, o que me manteve de pé foi ver os trabalhos de pessoas pretas e ter a esperança que teria espaço para mim. Viola Davis, Taís Araújo, Denzel Washington, Lázaro Ramos, Djonga, Emicida e outros grandes artistas, me comprovaram durante esse tempo que para nós nem o céu é o limite. Hoje posso ver e ser uma prova disso”, finaliza.

.: Quem é quem na equipe por trás do sucesso "Avatar: o Caminho da Água"

Além de um elenco repleto de estrelas, o novo longa-metragem da 20th Century Studios conta com uma equipe de produção talentosa e renomada.

Em cartaz na rede Cineflix Cinemas, “Avatar: O Caminho da Água” - a tão aguardada sequência do filme vencedor do Oscar® “Avatar” (2009) é ambientado mais de uma década após os acontecimentos do primeiro filme, o novo longa-metragem apresenta a história da família Sully (Jake, Neytiri e seus filhos), o perigo que os persegue, os esforços que fazem para permanecerem seguros, as batalhas que lutam pela sobrevivência e as tragédias que suportam.

A produção é estrelada por nomes de sucesso, como: Sam Worthington, Zoe Saldaña, Sigourney Weaver, Stephen Lang e Kate Winslet. Por trás das câmeras, o filme também conta com uma equipe renomada no universo do cinema. Confira quem é quem por trás das câmeras de "Avatar: o Caminho da Água":

James Cameron, diretor: "Eu uso a ficção científica para falar dos humanos"
James Francis Cameron nasceu em 16 de agosto de 1954 no Canadá e se mudou para os Estados Unidos em 1971. Ele conseguiu seu primeiro emprego profissional no cinema como diretor de arte, montador de miniaturas, e supervisor de projeção de processo em “Mercenários das Galáxias” (1980), de Roger Corman. Já sua primeira experiência dirigindo um filme foi em “Piranhas 2: Assassinas Voadoras” (1981), que durou apenas duas semanas pois o orçamento do filme era baixo e o seu estilo meticuloso o fazia gastar tempo demais na direção.

Em seguida, escreveu e dirigiu “O Exterminador do Futuro” (1984), um thriller de ação futurista estrelado por Arnold Schwarzenegger, Michael Biehn e Linda Hamilton. Foi uma produção independente de baixo orçamento, mas a direção dinâmica de Cameron fez dele um sucesso e agora é considerado um dos filmes mais icônicos da década de 1980.

Depois disso, veio uma série de filmes de ação de ficção científica de maior sucesso e orçamento, como “Aliens, O Resgate” (1986), “O Segredo do Abismo” (1989) e “O Exterminador do Futuro 2 - O Julgamento Final” (1991). Em 1997, escreveu e dirigiu “Titanic” (1997), romance épico sobre dois jovens amantes de diferentes classes sociais que se encontram a bordo do famoso navio. O filme quebrou todos os recordes, ganhando onze Oscar® e se tornando a maior bilheteria de todos os tempos. Até que 12 anos depois, Cameron lançou o longa que superaria “Titanic”: “Avatar” (2009), produção pioneira na tecnologia de filme 3D.

Jon Landau, o produtor
Jon Landau é considerado o braço direito de James Cameron. Nascido em 23 de julho de 1960, ele começou a atuar na produção em 1987 com o filme “Uma Vida de Louco”. Também produziu o clássico “Querida, Encolhi as Crianças” (1989) e co-produziu o filme de ação “Dick Tracy” (1990). Landau começou a trabalhar com Cameron em “Titanic” (1997), filme que o entregou diversos prêmios por seu trabalho como produtos. Em 2002 produziu “Solaris”, filme de ficção científica dirigido por Steven Soderbergh. Já em 2009 voltou a trabalhar com Cameron em “Avatar” e também produziu “Avatar: O Caminho da Água”. O astro veio para a CCXP 2022 divulgar o novo filme em um painel exclusivo que aconteceu no dia 1° de dezembro.


Rick Jaffa e Amanda Silver, o casal roteirista
Rick Jaffa e Amanda Silver são roteiristas e produtores de cinema estadunidenses. Os dois, além de serem uma dupla no trabalho, também são casados desde 1989 e têm dois filhos. Eles são mais conhecidos por terem escrito e co-produzido o filme “Planeta dos Macacos: A Origem” (2011), um reboot da franquia de 1968. Por essa produção, eles foram nomeados para o prêmio Saturn Award® na categoria de Melhor Roteiro. Em 2020, o casal foi responsável pelo live-action da Disney “Mulan”. Além disso, Amanda Silver foi nomeada uma das "Mulheres Mais Influentes de Hollywood" pela Revista Elle em 2015.

Os críticos de cinema do portal Resenhando.com assistem as estreias dos filmes no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, Gonzaga, em Santos, no litoral de São Paulo. Confira os dias, horários e sinopses para você ficar por dentro de tudo o que acontece no mundo do cinema. Programação do Cineflix em outras localidades neste link ou no app Cineflix.

sábado, 17 de dezembro de 2022

.: Morre a escritora Nélida Piñon, primeira mulher a presidir a ABL

A escritora Nélida Piñon, ocupante da cadeira 30 da Academia Brasileira de Letras. Foto: Divulgação

A escritora Nélida Piñon, uma das mais brilhantes escritoras brasileiras e primeira mulher a presidir a Academia Brasileira de Letras, entre os anos de 1996 a 1997. Nélida foi vencedora do Prêmio Jabuti duas vezes, em 2005, com a obra “Vozes do Deserto”, que ganhou nas categorias “Melhor Romance” e “Livro do Ano - Ficção”. No livro, ela recria a história des “As Mil e Uma Noites” e nos mostra Scherezade no papel de mulher transgressora a romper as amarras de uma sociedade patriarcal. A Câmara Brasileira do Livro (CBL) foi uma das entidades a lamentar profundamente a morte da escritora.


Sobre a escritora
Nélida Cuíñas Piñón
(Rio de Janeiro, 3 de maio de 1937 – Lisboa, 17 de dezembro de 2022) foi uma escritora brasileira, integrante da Academia Brasileira de Letras (ABL), a qual já presidiu.Filha de Lino Piñón Muíños e Olivia Carmen Cuíñas Morgado, de origem galega do concelho de Cotobade. Seu nome é um anagrama do prenome de seu avô materno Daniel Cuiñas Cuiñas.

Formou-se em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e foi editora e membro do conselho editorial de várias revistas no Brasil e exterior. Também ocupou cargos no conselho consultivo de diversas entidades culturais em sua cidade natal. Estreou na literatura com o romance "Guia-mapa de Gabriel Arcanjo", publicado em 1961, que tem como temas o pecado, o perdão e a relação dos mortais com Deus.

No romance "A República dos Sonhos", baseado em uma família de imigrantes galegos no Brasil, ela faz reflexões sobre a Galícia, a Espanha e o Brasil. Nélida Piñon foi, também, académica correspondente da Academia das Ciências de Lisboa como também, em outubro de 2014, entrou na Real Academia Galega. Morreu em 17 de dezembro de 2022, aos 85 anos de idade, em Lisboa.

Academia Brasileira de Letras
Eleita em 27 de julho de 1989 para a cadeira que tem por patrono Pardal Mallet, da qual foi a quinta ocupante. Tomou posse em 3 de maio de 1990, recebida por Lêdo Ivo. Foi a primeira mulher a se tornar presidente da Academia Brasileira de Letras, entre 1996 e 1997.

.: Musical "Ney Matogrosso - Homem com H" terá nova temporada em 2023

Com texto de Emilio Boechat e Marília Toledo, segunda produção teatral da Paris Cultural homenageia a trajetória de um dos artistas mais autênticos da cultura brasileira. Foto: Adriano Doria 

Depois do enorme sucesso de sua primeira temporada, o musical "Ney Matogrosso - Homem com H", produção da Paris Cultural, volta em cartaz no 033 Rooftop, do Teatro Santander, localizado no Complexo JK Iguatemi, para uma nova temporada entre os dias 13 de janeiro e 5 de fevereiro de 2023. As apresentações acontecem às quintas e sextas, às 20h30, aos sábados, às 20h30 e às 15h30; e aos domingos, às 15h30 e às 20h.

O espetáculo tem texto de Emilio BoechatMarilia Toledo, que assina também a direção ao lado de Fernanda Chamma, e direção musical de Daniel Rocha. O cantor camaleônico Ney Matogrosso, grande homenageado no musical, é vivido no palco pelo ator Renan Mattos, escolhido por meio de um intenso processo de audições. 

O elenco ainda conta com Vinícius Loyola (Cazuza), Hellen de Castro (Rita Lee), Adriano Tunes (Gérson Conrad), Arthur Berges (Vicente Pereira), Bruno Boer (cover Ney Matogrosso), Murilo Armacollo (Ney jovem), Fábio Lima (ensemble), Giselle Lima (Beíta), Juliana Romano (Regina Chaves), Marcos Lanza (Moracy do Val), Maria Clara Manesco (Luli), Maurício Reducino (Ensemble), Natália Antunes (Dance Captain), Rhener Freitas (João Ricardo), Tatiana Toyota (Elvira) e Vitor Vieira (Matto Grosso).

A ideia de montar essa produção, de acordo com a diretora e autora Marilia Toledo, surgiu depois que ela soube que seus sócios Marcio Fraccaroli e Sandi Adamiu tinham adquirido os direitos para realizar um longa-metragem sobre a vida de Ney Matogrosso. “Eu logo pedi para que eles também adquirissem os direitos para levar a história para o teatro. Tivemos um almoço com o Ney, quando pudemos compartilhar com ele nossa visão sobre esse espetáculo musical”, revela.

“Ney é um artista único, com uma visão cênica impressionante. Ele cuida de todas as etapas de sua performance. Além da escolha de repertório e banda, pensa no figurino, na iluminação, na direção geral.  E, quando está em cena, transforma-se em diferentes personagens. Ele nunca estudou dança e, quando o vemos em cena, parece que nasceu sabendo dançar. Mas ele jamais se coreografa. É sempre um movimento livre”, admira-se a encenadora. 

Já para Renan Mattos é extremamente desafiador interpretar uma figura tão importante para a nossa cultura. “O Ney é um ser camaleônico, tem um lado íntimo reservado, mas ao mesmo tempo é catártico no palco e apresenta um leque de personas a cada música. Cada uma dessas personas tem algo de místico, de misterioso, de selvagem, um ser ‘híbrido’ como definido por muitos, indecifrável. Então eu não me sinto interpretando o Ney e sim pedindo licença e pegando emprestado tudo aquilo que ele transformou na música e na vida das pessoas, todos os caminhos que ele abriu para pessoas e artistas como eu e isso é muito significativo”.

O musical chega para apresentar ao público essa figura tão importante para a nossa cultura, “algo obrigatório para qualquer brasileiro”, como considera Toledo. “A discografia de Ney Matogrosso passeia pelos compositores mais importantes do nosso país, o que reflete a nossa história. E sua história de vida é extremamente interessante. Ele sempre foi um homem absolutamente autêntico. Experimentou e ousou como nenhum outro artista, enfrentando os militares de peito aberto e nu, literalmente”.


A montagem
"Ney Matogrosso - Homem com H" explora momentos e canções marcantes na trajetória do cantor sem seguir necessariamente uma ordem cronológica. A história começa em um show do Secos & Molhados, em plena ditadura militar, quando uma pessoa da plateia o xinga de “viado”. Essa cena se funde com momentos da infância e adolescência do artista. E, dessa forma, outros episódios vão se encadeando na cena.

Para contar essa história, Marilia ToledoEmilio Boechat mergulharam nas três biografias já publicadas sobre Ney Matogrosso, além de matérias jornalísticas, vídeos e o próprio artista. “Com a ajuda do próprio Ney, tentamos ser fiéis aos fatos mais importantes de sua vida privada e profissional, mas com a liberdade lúdica que o teatro pede”, revela a diretora.

Em relação às canções do homenageado, o musical também não segue uma cronologia - exceto naqueles momentos em que a dramaturgia precisa ser mais fiel à realidade. As músicas vão sendo encaixadas no contexto de cada cena e as letras acabam estabelecendo um diálogo interessante com a vida de Ney Matogrosso.  

Quanto à encenação, as diretoras apostam em um ensemble potente, que irá apoiar o protagonista do começo ao fim – e praticamente sem sair de cena. As trocas de figurinos e até maquiagens, inclusive, serão feitas na frente do público, brincando com as ideias de oculto e o explícito o todo o tempo. 

Além da própria trajetória do homenageado, o musical discute um tema cada vez mais relevante para a realidade brasileira: a liberdade. “Principalmente, a liberdade de ser quem se é, a qualquer custo. Ney combateu a ditadura não com palavras, mas com sua atitude cênica, entrando maquiado e praticamente nu no palco e na televisão, na época de maior censura que o país já viveu. As ambiguidades que ele sempre trouxe para o público foram pauta na década de 70 e permanecem em pauta até os dias de hoje. Ele também sempre foi adepto do amor livre e deixou clara a sua bissexualidade desde o início”, destaca Toledo.

Outro aspecto que tem bastante importância na montagem são os icônicos e provocantes figurinos de Ney Matogrosso. A diretora conta que a figurinista Michelly X está mergulhada em uma intensa pesquisa dos trajes originais usados pelo artista-camaleão para poder reproduzi-los com bastante fidelidade. “Para a direção musical, demos total liberdade a Daniel Rocha na concepção musical e sonora. Ele tem uma inteligência profunda na arte de contar histórias por meio de seus arranjos e escolhas de instrumentos e vozes para cada momento da trama", explica.


Ficha técnica
"Ney Matogrosso - Homem com H"
Texto:
Marilia Toledo e Emílio Boechat
Direção: Fernanda Chamma e Marilia Toledo
Coreografia: Fernanda Chamma
Direção musical: Daniel Rocha
Cenografia: Carmem Guerra
Figurinos: Michelly X
Visagismo: Edgar Cardoso
Desenho de som: Eduardo Pinheiro
Desenho de luz: Fran Barros & Tulio Pezzoni
Preparação vocal: Andréia Vitfer
Realização: Paris Cultural
Apresentado por: Santander Seguros e Previdência
Patrocínio: Santander e EMS
Apoio: Trousseau
Produção geral: Paris Cultural
Elenco em ordem alfabética: Adriano Tunes (Gérson Conrad), Arthur Berges (Vicente Pereira), Bruno Boer (Cover Ney Matogrosso), Murilo Armacollo (Ney jovem), Fábio Lima (ensemble), Giselle Lima (Beíta), Hellen de Castro (Rita Lee), Juliana Romano (Regina Chaves), Marcos Lanza (Moracy do Val), Maria Clara Manesco (Luli), Maurício Reducino (ensemble), Natália Antunes (dance captain), Renan Mattos (Ney Matogrosso), Rhener Freitas (João Ricardo), Tatiana Toyota (Elvira), Vinícius Loyola (Cazuza) e Vitor Vieira (Matto Grosso).


Sobre a Paris Cultural
Criada pelos sócios Marcio Fraccaroli, Sandi Adamiu e Marilia Toledo, a Paris Cultural é uma empresa cem por cento brasileira dedicada ao desenvolvimento e produção de espetáculos teatrais, musicais e exposições originais focadas em personalidades e temas nacionais. Com a intenção de valorizar dramaturgos, diretores, compositores e outros artistas brasileiros, a primeira estreia foi o musical Silvio Santos Vem Aí, em março de 2019. Acreditando no potencial dos nossos talentos, a Paris Cultural afirma seu compromisso na criação de um legado para a cultura nacional.


Sobre o 033Rooftop
Inaugurado em 2018 e localizado no topo do Teatro Santander, apontado como um dos melhores espaços de eventos da capital, o 033 Rooftop oferece uma excelente infraestrutura para eventos de qualquer natureza, com modernidade e flexibilidade. Já passaram pelo palco do local os espetáculos Natasha, Pierre e o Grande Cometa de 1812, Zorro – Nasce uma Lenda, Silvio Santos vem aí e Sweeney Todd.

Com o número 033, identificação do Santander em seu nome, o 033 Rooftop tem 1000m² de área total. O empreendimento possui pé direito alto e amplas janelas que exploram o conceito de industrial chic, mesclando obras de arte com um design em linhas retas e tons neutros. O local conta com lounge, terraço, salão principal, bar, varanda privada, sala de reunião VIP, camarim, cozinha industrial e salas técnicas e de apoio.


Sobre o Teatro Santander
O Teatro Santander abriu as cortinas em 2016, com a proposta de ser um espaço multifuncional, moderno, sofisticado e inovador. É o único espaço no Brasil que possui o sistema de recolhimento automático das poltronas e de varas cênicas automatizadas, que permitem a mudança de configuração do espaço em questão de minutos.

Pelo palco do Teatro Santander já passaram musicais como: “We Will Rock You”, “My Fair Lady”, “Alegria, Alegria”, “Cantando na Chuva”, “Se meu apartamento falasse”, “A Pequena Sereia”, “Annie: O Musical”, “Sunset Boulevard”, “Escola do Rock”, “Turma da Mônica”, “O Som e a Sílaba”, “Donna Summer” e “Chicago”.

O Teatro Santander também já recebeu diversos eventos corporativos importantes, além de desfiles, jantares, premiações para empresas, seminários e workshops. Graças a sua versatilidade e tecnologia, o espaço está preparado para receber qualquer tipo de evento sem necessidades de mudanças na configuração. O Teatro Santander também dispõe de acessibilidade para comodidade e locomoção necessária.

Sobre o JK Iguatemi
Projetado sob novo conceito de shopping center, desde 2012, o Shopping JK Iguatemi reúne arte, moda, entretenimento, lazer, tecnologia, cultura, design, gastronomia e excelentes serviços em um único lugar. Faz parte do seu DNA os pilares de inovação e experiência, fazendo com que cada visita seja única e proporcionando oportunidades diferentes e inéditas para todos os públicos. Com a expertise e o diferencial em oferecer o mais completo e diversificado mix, o JK Iguatemi inova com qualidade e antecipa tendências para continuar sendo referência no setor.

Serviço
"Ney Matogrosso - Homem com H"
Temporada:
13 de janeiro a 5 de fevereiro de 2023.
Sessões: às sextas-feiras às 20h30; aos sábados às 15h30 e às 20h30; e aos domingos às 15h30 e às 20h.
Duração do espetáculo: 2 h (com 15 minutos de intervalo)
Local: 033 Rooftop (cobertura do Teatro Santander)
Capacidade: 313 lugares
Setores e preços:  Setor VIP R$ 250 e Setor 2 R$ 75
Vendas online em: https://bileto.sympla.com.br/event/75548
Classificação indicativa:
16 anos
** Clientes Santander possuem 15% de desconto nas compras no bar do 033 Rooftop

Canais de vendas oficiais
Internet (com taxa de serviço): https://www.sympla.com.br/

Bilheteria física (sem taxa de serviço):
Atendimento presencial
: todos os dias 12h às 18h. Em dias de espetáculos, a bilheteria permanece aberta até o início da apresentação. Não é possível o parcelamento em ingressos adquiridos na bilheteria. Autoatendimento: a bilheteria do Teatro Santander possui um totem de autoatendimento para compras de ingressos sem taxa de conveniência 24 horas por dia.
Formas de pagamento: dinheiro, cartão de débito e cartão de crédito.

.: Barbie grávida: qual é a boneca que tira a barriga, então?


Por: Mary Ellen Farias dos Santos*

Em dezembro de 2022


A boneca Barbie está prestes a ganhar as telas dos cinemas com um longa dirigido por Greta Gerwig que irá estrear em julho de 2023, com a atriz Margot Robbie no papel da namorada do boneco Ken. Ainda que ela tenha passado dos 60 anos, o produto principal, desconsiderando amigas e familiares, ainda retrata uma jovem mulher, ou seja, ainda segue a proposta de lançamento da Mattel. No entanto, cada vez mais a Barbie vem ficando mais jovial e, fatalmente, a ideia de ter uma Barbie grávida nas prateleiras somente ficou no passado.

No entanto, nos anos 90, quando as bonecas genéricas tentavam imitar com capricho as fabricadas pela Mattel e Estrela, surgiram nas feiras e em lojinhas, as inovadoras "Barbies Grávidas" com uma barriga removível e dentro um bebê. Tecnologia que em muito lembrava a boneca que fez sucesso nos anos 80, fabricada pela Mimo, aqui no Brasil, a "Boneca Ganha Nenê". Contudo, a comparação entre as duas bonecas fica por aqui, uma vez que são de escalas distintas. 

Contudo, nos anos 2000 foi a vez de a Mattel apostar numa outra família. Assim, lançou a Happy Family. Sem esbarrar no nome da Barbie, incluiu nessa família com marido, avós, um menininho e um bebê, a Mattel criou a amiga da boneca de quase 30 centímetros, a ruivinha com sardas, Midge para o posto de mamãe grávida. A amiga mais antiga da Barbie, que já tinha sido noiva e teve Barbie como madrinha, foi a única boneca do tipo Barbie a ser mamãe com o kit completo. 

Na época, inclusive, foi lançada, uma casa especial para a Happy Family. Hoje é um tesouro para fãs saudosistas que pode ser encontrado para revenda em valores extremamente salgados. No lar da Happy Family, não se tinha uma Barbie com barriga de mamãe, mas a Midge, ou seja, a ruiva, com aliança de casada, vinha com uma barriga com imã e um bebê dentro, pronto para nascer. 

No entanto, em 2002, a opinião do público foi ferrenha, por conta da influência que a boneca teria nas meninas, promovendo um incentivo a gravidez na adolescência. A venda da Midge mamãe, isolada, foi extremamente criticada pela opinião pública. Contudo, a Mattel contornou a situação e passou a vender a mamãe grávida junta a família inteira, cessando as reclamações. 

Quer saber mais do universo das Barbies e similares?! Conheça o canal Photonovelas e divirta-se: youtube.com/@Photonovelas

Assista:


*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm


.: Sucesso de público, "Três Mulheres Altas" volta em cartaz no Teatro TUCA

Suely Franco, Deborah Evelyn e Nathalia Dill estão no elenco do clássico de Edward Albee dirigido por Fernando Philbert. A peça traz comédia mordaz que reflete sobre a passagem do tempo através do acerto de contas entre três gerações. Foto: Pino Gomes


Escrita por Edward Albee (1928-2016) no início da década de 90, "Três Mulheres Altas" logo se tornou um clássico da dramaturgia contemporânea. Perversamente engraçada - como é a marca do autor -, a peça recebeu o Prêmio Pulitzer e ganhou bem-sucedidas montagens pelo mundo, ao trazer o embate de três mulheres em diferentes fases da vida: juventude, maturidade e velhice. A peça faz nova temporada no Teatro TUCA entre 13 de janeiro a 12 de fevereiro de 2023.

A nova versão da peça estreia traz no elenco Suely Franco, Deborah Evelyn e Nathalia Dill e tem direção de Fernando Philbert, tradução de Gustavo Pinheiro e realização da WB Produções, de Bruna Dornellas e Wesley Telles. O espetáculo é apresentado por Bradesco Seguros e tem patrocínio da Renner, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Em cena, as atrizes interpretam três mulheres, batizadas pelo autor apenas pelas letras A, B e C. A mais velha (Suely Franco), que já passou dos 90, está doente e embaralha memórias e acontecimentos, enquanto repassa a sua vida para a personagem B (Deborah Evelyn), apresentada como uma espécie de cuidadora ou dama de companhia. A mais jovem, C (Nathalia Dill), é uma advogada responsável por administrar os bens e recursos da idosa, que não consegue mais lidar com as questões financeiras e burocráticas.

Entre os muitos embates travados pelas três, a grande protagonista do espetáculo é a passagem do tempo e também a forma com que lidamos com o envelhecimento. "O texto do Albee nos faz refletir sobre qual é a melhor fase da vida?, além de questões sobre o olhar da juventude para a velhice, sobre a pessoa de 50 anos que também já acha que sabe tudo e, fundamentalmente, sobre o que nós fazemos com o tempo que nos resta. Apesar dos temas profundos, a peça é uma comédia em que rimos de nós mesmos", analisa o diretor Fernando Philbert.

A última e até então única encenação do texto no Brasil foi logo após a estreia em Nova Iorque, em 1994. Philbert e as atrizes da atual montagem acreditam que a nova versão traz uma visão atualizada com todas as mudanças comportamentais e políticas que aconteceram no mundo de lá para cá, especialmente nas questões femininas, presentes durante os dois atos da peça. Sexo, casamento, desejo, pressões e machismo são temas que aparecem nos diálogos e comprovam a extrema atualidade do texto de Albee.

A estreia marca ainda os 15 anos da WB Produções, de Bruna Dornellas e Wesley Telles, que celebram dez projetos próprios e mais de 500 espetáculos em que assumiram a coprodução em Vitória (ES), cidade em que a produtora foi fundada. Neste período, foram mais de 2000 sessões e a incrível média de um milhão de espectadores.

A trajetória de um clássico instantâneo
Escrita em 1991 e lançada em 1994, "Três Mulheres Altas" representou uma virada na trajetória de Edward Albee, que recebeu as suas melhores críticas e viu renascer o interesse por sua obra. Aos 60 anos, ele ganhou o terceiro Prêmio Pulitzer, além de dois Tony Awards e uma série de outros troféus em premiações mundo afora. 

A peça tem características autobiográficas e foi escrita pouquíssimo tempo depois da morte da mãe adotiva do autor, que teria inspirado a personagem mais velha. Após abandoná-la aos 18 anos, Albee voltou a ter contato com a mãe em seus últimos dias, quando já estava doente de Alzheimer. No entanto, alguns especialistas em sua obra defendem que a peça não pode ser reduzida a este fato.

"Três Mulheres Altas" vai além de ser um retrato de sua mãe. O texto traz o olhar mordaz e perverso - por que não dizer cômico - de Albee para a classe média alta americana e toda a sua hipocrisia, ao falar sobre status, sucesso, sexo e abordar a visão preconceituosa da sociedade e as relações que as três mulheres travam com o mundo, sempre atravessadas pelo filtro machista.

O espetáculo estreou na Broadway em 1994, no Vineyard Theatre, e no mesmo ano chegou ao West End, em Londres, no Wyndham’s Theatre, além de iniciar uma turnê pelos Estados Unidos com a montagem americana e render versões na Espanha ("Tres Mujeres Altas") e Portugal. Em 2018, o texto foi remontado na Broadway, com direção de Joe Mantello ("Wicked", "Take Me Out", "Assassins") e estrelado por Glenda Jackson, Laurie Metcalf e Alison Pill. No Brasil, a peça foi dirigida por José Possi Neto, em 1995, e recebeu os prêmios APCA e Mambembe de Melhor Espetáculo.


Sobre Edward Albee
Edward Albee morreu em 2016 aos 88 anos e deixou um imenso legado para o teatro americano com suas 25 peças encenadas e publicadas. Autor de clássicos como "Quem Tem Medo de Virginia Woolf?", "Zoo Story", "Equilíbrio Delicado" e "Três Mulheres Altas", ele recebeu três vezes o Prêmio Pulitzer. Seus textos são marcados por um olhar sarcástico e por uma crítica intensa às convenções e hipocrisias da sociedade tradicional. 

Nascido em 1928, ele foi adotado por Reed e Frances Albee, um casal de milionários dono de uma cadeia de teatros na época. Ele cresceu em um bairro de classe média alta cercado dos tipos que iria retratar em seus espetáculos anos mais tarde. Em torno dos 20 anos, sai da casa dos pais definitivamente para viver em Nova York e inicia a sua produção literária.

Em 1957, ao escrever "The Zoo Story", peça de um ato que ecoava o teatro de Samuel Beckett, Jean Genet e Harold Pinter, Albee encontra a consagração inicial de sua exitosa carreira teatral. Em 1962, estreia "Quem Tem Medo de Virginia Woolf", que o levaria ao auge da fama. Nos anos 90, "Três Mulheres Altas" marca seu retorno ao centro das atenções do cenário teatral nesta que é talvez a mais pessoal e autobiográfica de suas peças. 

A estreia mundial de "Três Mulheres Altas" aconteceu no Teatro Inglês de Viena, Franz Schafranek, Produtor, junho de 1991. A primeira produção americana foi da River Arts, Woodstock, Nova Iorque, Lawrence Sacharow, diretor de teatro. A peça teve sua estreia em Nova York no Vineyard Theatre. Elizabeth I. McCann, Jeffrey Ash, Daryl Roth em associação com Leavitt/Fox/Mages apresentaram a produção do Teatro Vineyard no setor Off-Broadway no Teattro Promenade em Nova Iorque.


Ficha técnica
"Três Mulheres Altas"
Texto:
Edward Albee
Direção: Fernando Philbert
Elenco: Suely Franco, Deborah Evelyn e Nathalia Dill
Tradução: Gustavo Pinheiro
Direção de produção: Bruna Dornellas e Wesley Telles
Participação especial: João Sena
Desenho de luz: Vilmar Olos
Cenografia: Natália Lana
Trilha sonora: Maíra Freitas
Figurino e visagismo: Tiago Ribeiro
Assistência de direção: Felipe Lima e João Sena
Produtor executivo: Felipe Lima
Fotos: Pino Gomes
Criação da arte: Nós Comunicação
Vídeos: Chamon Audiovisual
Assistente de interpretação: Gutenberg Rocha
Cenógrafa assistente: Marieta Spada
Assistente de cenografia: Malu Guimarães
Cenotécnico: André Salles e equipe
Costura de cenário: Nice Tramontin
Produção de arte: Natália Lana
Efeitos especiais: Mona Magalhães / Carlos Alberto Nunes
Costura: Ateliê das Meninas
Beleza: Cinthia Rocha
Peruqueira: Raquel Reis e Vicente Paulo da Silva Baptista
Assistentes de beleza: Deborah Zisman e Blackjess
Designer gráfico: Natália Farias.
Marketing digital: Válvula Marketing
Mídias sociais: Thiago Barrack
Assistente de produção: Anna Mittmann
Segurança do trabalho: Global Risk Solutions
Coordenação administrativa: Letícia Napole.
Gestão de projetos: Deivid Andrade
Assessoria jurídica: PMBM Advocacia.
Assessoria contábil: Leucimar Martins.
Assessoria de mídia: R+Marketing.


Equipe técnica São Paulo:
Operação Técnica de luz: Vinicius Rocha Requena
Operação Técnica de som: Fernando Castro
Diretor de palco: William Eduardo
Camareira: Consuelo Campos
Assessoria de comunicação: Pombo Correio
Apresentado por: Ministério do Turismo e Bradesco Seguros
Patrocínio: Renner
Produtor associado: WB Entretenimento
Realização:
WB Produções.


Serviço:
"Três Mulheres Altas"
De 13 de janeiro a 12 de fevereiro de 2023.
Sextas às 21h, sábados, às 20h e domingos, às 17h.
Teatro Tuca - R. Monte Alegre, 1024 - Perdizes, São Paulo.
Telefone: (11) 3670-8455.
Ingressos: R$ 140 e R$ 70 (plateia).
Ingressos Populares: R$ 70 e R$ 35 (20% da capacidade total do teatro).
(Desconto de 50% para estudantes, maiores de 60 anos, pessoas com deficiência (com acompanhante), jovens de baixa renda (de 15 a 29 anos) e professores).
As sessões de domingo vão contar com intérprete de libras.
Capacidade: 672 lugares.
Vendas Pela Internet: https://bileto.sympla.com.br/event/76145/d/155881/s/1040762
Horários de funcionamento da bilheteria:
de quarta a sábado das 14h às 20h, e domingos, das 14h às 18h.
Formas de pagamento:
Amex, Aura, Diners, Dinheiro, Hipercard, Mastercard, Redeshop, Visa e Visa Electron.
Estacionamentos indicados: MJS Serviços / Valet Valet: sexta, sábado e domingo, R$ 35.
MultiPark - Rua Monte Alegre, 961 - R$ 25.
Gênero: comédia dramática.
Classificação indicativa: 12 anos.
Duração: 100 minutos.

.: Odilon Wagner e Claudio Fontana voltam com "A Última Sessão de Freud"

Assistido por mais de 35 mil pessoas, "A Última Sessão de Freud", de Mark St. Germain, reestreia no Teatro Bravos em janeiro de 2023. Dirigido por Elias Andreato e estrelado por Odilon Wagner (indicado ao Prêmio APCA 2022 por este trabalho) e Claudio Fontana, o espetáculo narra um encontro hipotético entre o pai da Psicanálise e o escritor C.S. Lewis. Foto: João Caldas Fº


Quem perdeu o espetáculo "A Última Sessão de Freud", tem nova chance de assistir à bem-sucedida montagem dirigida por Elias Andreato para o texto do premiado autor americano Mark St. Germain. Isso porque a peça, que já foi vista por mais de 35 mil pessoas, volta em cartaz no Teatro Bravos entre os dias 20 de janeiro e 30 de abril de 2023, com apresentações às sextas e aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 19h. Sucesso de público e crítica, o espetáculo já fez turnê pelas cidades de Curitiba, Belo Horizonte, Recife, João Pessoa, Ribeirão Preto, São José dos Campos e Campos do Jordão, sempre com casa cheia. 

A trama apresenta um encontro fictício entre Sigmund Freud (Odilon Wagner - indicado ao Prêmio APCA 2022 por este papel) o pai da psicanálise, e o escritor, poeta e crítico literário C.S.Lewis (Claudio Fontana), dois intelectuais que influenciaram o pensamento científico filosófico da sociedade do século 20. Durante esse diálogo, Sigmund Freud, crítico implacável da crença religiosa, e C.S. Lewis, renomado professor de Oxford, crítico literário, ex-ateu e influente defensor da fé baseada na razão, debatem, de forma apaixonada, o dilema entre ateísmo e crença em Deus.

O texto de Mark St. Germain é baseado no livro "Deus em Questão", escrito pelo Dr. Armand M.Nicholi Jr. - professor clínico de psiquiatria da Harvard Medical School. Freud quer entender porque um ex-ateu, um brilhante intelectual como C.S. Lewis, pode, segundo suas palavras, “abandonar a verdade por uma mentira insidiosa” - tornando-se um cristão convicto.

No gabinete de Freud, na Inglaterra, eles conversam sobre a existência de Deus, mas o embate verbal se expande por assuntos como o sentido da vida, natureza humana, sexo, morte e as relações humanas, resultando em um espetáculo que se conecta profundamente com o espectador através de ferramentas como o humor, a sagacidade e o resgate da escuta como ponto de partida para uma boa conversa. O sarcasmo e ironia rondam toda essa discussão. As ideias contundentes ali propostas nos confundem, por mais ateus ou crentes que sejamos.

O cenário assinado por Fábio Namatame reproduz o consultório onde Freud desenvolvia sua psicanálise e seus estudos. Ele estava exilado na Inglaterra depois de ter fugido da perseguição nazista na Áustria, em plena segunda guerra mundial, no ano de 1939.

“A peça mostra um embate de ideias. Isso é uma armadilha, e eu não queria que o espetáculo se transformasse em um debate. Por isso, pelo bem da ação dramática, situei o encontro entre Freud e Lewis no dia em que a Inglaterra ingressou na Segunda Guerra Mundial. Então, são dois homens no limite, sabendo que Hitler poderia bombardear Londres a qualquer minuto”, comenta o autor em entrevista sobre o espetáculo.

O diretor Elias Andreato optou por uma encenação que valorize a palavra, construindo as cenas de modo que o texto seja o protagonista e as ideias estejam à frente de qualquer linguagem. “O teatro é uma forma de arte onde os atores apresentam uma determinada história que desperta na plateia sentimentos variados. É isso o que me interessa: despertar sentimentos e acreditar na força de se contar uma história. É muito prazeroso brincar de ser outro e viver a vida dessa pessoa em um cenário realista, com figurino de época, jogando com ficção e realidade. Isso é a realização para qualquer artista de teatro. E é assim que defino essa experiência de me debruçar sobre a obra teatral de Mark St. Germain: 'A Última Sessão de Freud'. Depois de 25 anos de sessões de psicanálise, talvez seja necessário me deixar conduzir, cada vez mais, pela paixão que tenho por meu ofício: o teatro. A minha profissão de fé. E crer: a arte sempre nos salva de todos os perigos”, comenta o diretor.

Para Odilon Wagner a experiência de interpretar Freud é fascinante. “Para um ator ter a oportunidade de representar um personagem tão intenso e profundo, que fez parte de nossa história recente, é um privilégio. A construção desse personagem me fez vibrar desde a primeira leitura, foram meses estudando sua vida e personalidade, para tentar trazer um recorte mais fiel possível do último ano de vida desse grande gênio do século 20”, revela.


Sinopse do espetáculo
Em "A Última Sessão de Freud", no gabinete de Freud, na Inglaterra, o pai da psicanálise e o escritor C.S.Lewis conversam sobre a existência de Deus, mas o embate verbal se expande por assuntos como o sentido da vida, natureza humana, sexo, morte e as relações humanas, resultando em um espetáculo que se conecta profundamente com o espectador através de ferramentas como o humor, a sagacidade e o resgate da escuta como ponto de partida para uma boa conversa. O sarcasmo e ironia rondam toda essa discussão. As ideias contundentes ali propostas nos confundem, por mais ateus ou crentes que sejamos.


Ficha técnica
"A Última Sessão de Freud"
Texto:
Mark St. Germain
Tradução: Clarisse Abujamra
Direção: Elias Andreato
Assistente de direção: Raphael Gama
Idealização: Ronaldo Diaféria
Elenco: Odilon Wagner e Claudio Fontana
Cenário e figurino: Fábio Namatame
Assistente de cenografia: Fernando Passetti
Desenho de luz: Gabriel Paiva e André Prado
Iluminação: Nadia Hinz
Trilha sonora: Raphael Gama
Arte gráfica: Rodolfo Juliani
Fotografia: João Caldas
Iluminador: Cauê Gouveia
Designer de som: André Omote
Coordenador geral de produção: Ronaldo Diaféria
Produtora executiva: Jade Minarelli
Diretor de palco: Tadeu Tosta
Contrarregra: Vinicius Henrique
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Produtores associados:  Diaféria Produções e Itaporã Comunicação


Serviço
"A Última Sessão de Freud"
Temporada:
20 de janeiro a 30 de maio, às sextas e aos sábados, às 20h; e aos domingos, às 19h
Teatro Bravos - Rua Coropé, 88, Pinheiros, São Paulo

Ingressos:  Plateia Premium: R$120 (inteira) e R$60 (meia-entrada)
Plateia inferior: R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia-entrada)
Balcão: R$100 (inteira) e R$ 50 (meia-entrada)
Vendas on-line: https://bileto.sympla.com.br/event/78780/d/170197

Bilheteria: de terça a domingo, das 13h às 19h ou até o início do último espetáculo.
Formas de pagamento aceitas na bilheteria: todos os cartões de crédito e débito e dinheiro. Não aceita cheques.
Classificação: 12 anos
Duração: 90 minutos
Capacidade: 611 lugares
Acessibilidade: elevadores e escadas rolantes de acesso à sala de espetáculos em todos os andares, além de seis posições para cadeirantes e seis poltronas para obesos.

.: “Poliana Moça”, do SBT: resumos dos capítulos 196 ao 200

“Poliana Moça”

Resumos dos capítulos 196 ao 200 (19.12 a 23.12)


Em conversa com Luísa, Poliana diz que não consegue sair de casa (Foto: Lourival Ribeiro/SBT)


Capítulo 196, segunda-feira, 19 de dezembro

João visita Poliana e Otto acredita que a ajuda do garoto pode animar a filha (Foto: Lourival Ribeiro/SBT)


Poliana tem pesadelos e se assusta durante a noite. Brenda comenta com Raquel que Jefferson viajou para ver o Vini no Nordeste sem dar satisfação para a família; Raquel suspeita de algo doloroso, mas não revela para a amiga que Jeff estava se envolvendo em um esquema de espionagem. Kessya visita Poliana e fala tudo o que aconteceu quando ela estava fora. Violeta e Waldisney comentam com Luca que Jeff está desaparecido. Otto aconselha a filha a voltar para a escola somente quando estiver pronta.  Gleyce se encontra com Formiga e pergunta do filho. Pinóquio observa ‘Yupecho’ na escola. Otto e Luísa pensam em melhores formas de ajudar Poliana com o trauma. João visita Poliana e Otto fica contente sabendo que o garoto pode auxiliar a filha.


Capítulo 197, terça-feira, 20 de dezembro

João e Poliana/ Davi, Eugênia, Chloe e Pedro (Foto: Lourival/Ribeiro)


João fica empolgado em ver Poliana novamente; o jovem comenta com Poliana que a polícia quase o confundiu com o sequestrador no momento em que abordou Roger no cativeiro. Poliana diz que está triste que o tio Roger estava envolvido no sequestro. Claudia recebe flores de Durval, mas fica incomodada que ele tenha arrancado do jardim da padaria. Sérgio fala para os filhos que está pensando em reconquistar a mãe deles; os meninos dão dicas para o pai. Pedro e Chloe encontram o contato da mãe biológica e questionam a mãe; Eugênia admite esconder o número de telefone das crianças Helena e, principalmente, Pedro e Chloe ficam decepcionados com Eugênia. Violeta e Waldisney visitam Roger na prisão e pedem para ele não entregá-los, já que vão tirá-lo do local. Com olhar apaixonado, João diz para Poliana que sentiu medo de perdê-la. Poliana recebe mensagem anônima no celular para ficar quieta em relação ao sequestro. Poliana nota um carro do outro lado da sua rua a vigiando. Luigi e Kessya jogam baralho na casa de Poliana; Luigi deixa escapar que Otto não é mais dono da Onze; Poliana não sabia do fato. Poliana questiona Luísa sobre a venda da parte de Otto na Onze. Durval prepara jantar romântico para Claudia e serve coxinha; ela fica brava pelo marido ser mesquinho. Eugênia se lamenta por atitude com os filhos adotivos, mas Helena e Davi a tranquilizam.


Capítulo 198, quarta-feira, 21 de dezembro

Poliana fica triste por Otto vender a parte dele na Onze (Foto: Lourival Ribeiro/SBT)


Poliana pede desculpa para Otto pelo pai ter vendido a parte dele da Onze; Otto afirma não estar arrependido. Os amigos esperam Poliana na escola, mas ela não consegue ir pelo trauma. Poliana olha pela janela e ainda observa um carro estranho parado na rua. Sérgio entrega chocolate para Joana e Claudia afirma que Durval não faria o mesmo por ser pão-duro. Chloe fica com medo de ir mal em atividade artística por não dominar a pintura. Na surdina, Pinóquio modifica o desenho de Chloe. Poliana diz a Luísa que está tentando jogar o ‘Jogo do Contente’, mas que ainda tem medo de sair de casa. Claudia alerta Joana e Sérgio que em breve terão reunião com o novo dono da empresa. Gleyce liga para Jeff e o bandido manda o jovem enrolar a mãe. Raquel vai até a Onze e informa a Sérgio e Joana que Jefferson está desaparecido. 


Capítulo 199, quinta-feira, 22 de dezembro

Antônio diz estar orgulhoso por Poliana conseguir sair de casa (Foto: Lourival Ribeiro/SBT)


Dentro do carro parado na porta da casa de Poliana, Tânia abre o vidro, joga um envelope na rua e vai embora; a garota traumatizada vê a cena na janela do seu quarto. ‘Yupecho’ escuta barulho estranho pelos dutos de ar da escola. Poliana fica com falta de ar e pede para Antônio ir para rua com ela para respirar melhor. Disfarçadamente, Poliana pega o envelope de Tânia. Brenda suspeita que Raquel esconde algo sobre o desaparecimento de Jeff. Antônio elogia Poliana por fazer esforço e conseguir sair de casa um pouco. No envelope, uma foto da família de Poliana sendo ameaçada. Mario, Luigi e Sérgio arrumam o sótão para um encontro romântico entre a mãe e o pai. No jantar, Poliana fica incomodada por Otto afirmar que quer ir atrás dos bandidos para serem presos e recuperar o dinheiro. Pedro, Chloe e Eugênia se reconciliam. Luísa briga com Otto por não respeitar o tempo de Poliana, afirmando que o pai está machucando a menina; Otto fica indignado com a fala de Luísa. Sérgio e Joana se aproximam e se beijam. Com problemas psicológicos, Poliana não consegue levantar da cama. Eugênia tenta ligar para Pamela, mãe biológica dos filhos. Luísa declara ao pai de Poliana que a jovem precisa de ajuda profissional.


Capítulo 200, sexta-feira, 23 de dezembro

Helô ajuda Otto e Luísa com o caso psicológico de Poliana (Foto: Lourival Ribeiro/SBT)


Joana comenta com Claudia sobre beijo com Sérgio; Claudia pergunta se eles vão voltar a morar juntos, Joana nega e diz que o primeiro passo será um namoro. Luísa chama Helô para conversar com Poliana. Poliana fala para Helô que tem certeza que algo ruim vai acontecer com ela e com sua família. Vini volta de viagem, Brenda questiona sobre Jeff e Vinícius afirma que em nenhum momento estava com o namorado da amiga. Helô senta com Luísa e Otto, a profissional revela que Poliana está passando por um trauma e vive como se ainda estivesse no cativeiro. Helô alerta que os sequestradores ainda estão presentes na vida da Poliana fazendo ameaças constantemente. Chloe é elogiada pelo professor sobre seu desenho; ela estranha, já que não desenhou aquila obra. Poliana recebe mensagem criptografada de Pinóquio alegando estar bem. Violeta e Waldisney invadem a casa de Glória em busca de Pinóquio. Os vizinhos, Pedro e Chloe, olham dois estranhos no apartamento de Glória, sendo que Roger está preso e a Glória está morando na casa da Poliana.


Sábado, 24 de dezembro

Helô ajuda Otto e Luísa com o caso psicológico de Poliana (Foto: Lourival Ribeiro/SBT)


Resumo dos capítulos da semana


A novela “Poliana Moça” vai ao ar de segunda a sábado, às 20h30, no SBT.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

.: Além do trailer do filme "Barbie". Confira breve análise e assista!

  

Por: Mary Ellen Farias dos Santos* 

Em dezembro de 2022


Saiu o trailer de "Barbie, o Filme", longa metragem que irá estrear nos cinemas em julho de 2023, e já lança provocações aos fãs de cinema, uma vez que faz clara referência ao clássico "2001: uma Odisseia no Espaço", destacando a evolução causada pela Barbie desde o seu surgimento em 9 de março de 1959.

O vídeo de 1 minuto ainda contempla o passado da boneca que derrubou a ideia da "menina mãe" que brincava com bonecas bebês. Para tanto, a protagonista loira, surge numa pose de mulher empoderada, estando paramentada exatamente conforme a primeira boneca comercializada em 1959, ou seja, usando um maiô com listras brancas e pretas, além de óculos, cabelos no mesmo penteado, ainda mantendo a pose num salto alto, mesmo estando nas areias da praia.

O filme com previsão de lançamento para 20 de julho de 2023, tem direção de Greta Gerwig é protagonizado pela atriz Margot Robbie tendo ao lado, como Ken, o ator Ryan Gosling. 


Trailer



* Mary Ellen é editora do portal resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm


Os críticos de cinema do portal Resenhando.com assistem as estreias dos filmes no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, Gonzaga, em Santos, no litoral de São Paulo. Confira os dias, horários e sinopses para você ficar por dentro de tudo o que acontece no mundo do cinema. Programação do Cineflix em outras localidades neste link ou no app Cineflix.


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.: Barbie, ex-Lili, miniatura de mulher, faz 63 anos

.: Almanaque dos brinquedos: breve cronologia de profissões da Barbie

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.: 1x1: "Wednesday" logo alerta que "Wandinha é só desgosto"

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em dezembro de 2022


A trilha sonora nas cenas iniciais de "Wandinha/Wednesday", ingressando na "Escola Nancy Reagan" já entrega a essência do diretor Tim Burton aliada ao clássico de "A Família Addams". Produção da Netflix, a série que tem como primeiro episódio "Wandinha é só desgosto", começa com a protagonista de costas, foca nos passos compassados até chegar nos olhos dela. Sem esboçar um único sorriso, ela revela tamanha admiração pelo sadismo de quem teve a "ideia perversa de colocar centenas de adolescentes em escolas carentes de recursos, dirigidas por quem já teve os sonhos destruídos".

"Wandinha" é ácida?! Soturna?! Sem dúvida. Também pudera, não haveria qualquer possibilidade de um resultado diferente do entregue para o seriado focado na jovem criada pelo cartunista Charles Addams tendo a direção da mente alucinante de Burton. Conforme tudo acontece, fica visível o quanto os dois universos se conversam desde sempre. A abertura da série é a marca desse encontro de dois mundos geniais que se complementam.

Inicialmente, Wandinha resgata o irmão, Feioso, de um ataque de valentões. No entanto, durante o resgate, ela tem uma visão após o menino dizer não ter visto o rosto dos que lhe fizeram mal. Aliás, é nessa sacada das revelações que muito da trama ganha ritmo, ainda que, de certa forma, remeta ao clássico seriado juvenil "As Visões de Raven", da Disney Channel, protagonizado por Raven-Symoné que gerou o spin-off "A Casa da Raven".

Vingativa e eficiente, Wandinha dá o recado direto de que a única pessoa ali que pode torturar o Feioso é ela. Para tanto, joga dois sacos com piranhas na piscina em que os sádicos treinavam. Assim, a irmã do Feioso é expulsa do colégio e, os Addams, Mortícia (Catherine Zeta-Jones) e Gomez (Luis Guzmán) decidem enviá-la para a Escola Nunca Mais (Nevermore Academy), internato em que os pais se apaixonaram.

Lá, tem como companheira de quarto Enid Sinclair (Emma Myers), quem nitidamente ama cores -enquanto que Wandinha tem alergia. Detalhe para o blazer da garota, o uniforme escolar de Nevermore, que é uma nítida releitura do terno do protagonista do clássico de Tim Burton "Beetlejuice", batizado no Brasil de "Os Fantasmas Se Divertem"

Enquanto Enid assume o seu lado de "Gossip Girl/A Garota do Blog" apresentando os grupos de alunos para Wandinha, Ajax Petropolus (Georgie Farmer) é quem conhece a princesinha das trevas com o pé esquerdo. Chateada com a decisão dos pais, Wandinha dá o melhor nas tentativas de fugir do internato, ainda que ganhe a companhia de Mãozinha -deixado por Mortícia e Gomez como um vigia.

No episódio de estreia ainda há espaço para o ingresso da senhora Marilyn Thornhill, interpretada por Christina Ricci, a Wandinha dos filmes dos anos 90. E é prazeroso ver o encontro de Wandinhas. Usando metalinguagem de modo direto ou discreto com personagens que parecem se dirigir ao público -por vezes-, mas fala, na verdade, com outro em cena, "Wandinha" consegue fazer a trama crescer no tempo total de 55 minutos. O resultado é uma rápida conexão com o público e uma gigante curiosidade sobre o que pode acontecer a seguir. "Wandinha/Wednesday" é indiscutivelmente excelente! 


Seriado: Wandinha/Wednesday
Temporada: 1
Episódio: 1, "Wednesday's Child is Full of Woe" 
Exibição: 23 de novembro de 2022
Emissora original: Netflix
Criadores: Miles Millar, Alfred Gough
Diretor: Tim Burton
Elenco: 
Jenna Ortega (Wednesday Addams), Christina Ricci (Marilyn Thornhill), Catherine Zeta-Jones  (Mortícia Addams, Luis Guzmán (Gomez Addams), Gwendoline Christie (Larissa Weems), Emma Myers (Enid Sinclair), Isaac Ordonez (Pugsley Addams), George Burcea (Lurch), Thora Birch (Fred), Armisen (Tio Fester Addams),  Hunter Doohan (Tyler Galpin), Georgie Farmer (Ajax Petropolus)

*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm


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