domingo, 26 de março de 2023

.: Literatura: Paulo Rezzutti e Adriana Moura lançam livro sobre contos celtas


"A Disputa dos Gigantes e Outros Contos de Fadas Celtas", o novo livro de Paulo Rezzutti e Adriana Moura, lançado pela editora Leya Brasil, já está em pré-venda. No livro, estão reunidos os mais fascinantes contos de fadas dos celtas, o povo cuja mitologia povoa ainda hoje o nosso imaginário. Nessa seleção de contos, traduzidos por Paulo e Adriana, estão as principais personagens da mitologia celta: fadas, gigantes, dragões, leprechauns e criaturas marinhas como as selkies, que se transformam em focas, além de animais encantados, os druidas e as sacerdotisas.

Essas figuras sobrenaturais não são boas nem más e podem tanto trazer grandes benefícios quanto causar grandes danos a quem os encontra. Pelo seu encantamento e mistério, elas chegaram até os dias de hoje e fazem parte de narrativas fantásticas de diversos países e culturas. Nessas histórias milenares, os celtas nos mostram também uma consciência da integração total entre os seres humanos e a natureza.

Apesar de serem chamados de “os celtas”, esse povo, que ocupou boa parte da Europa antes do Império Romano, possuía diversas etnias e línguas. No entanto, culturalmente eles tinham vários pontos em comum: se organizavam em clãs familiares, nos quais as mulheres tinham mais direitos e liberdade, eram exímios ferreiros e cultuavam a natureza, com a qual tinham uma estreita relação. E era a partir das forças da natureza que homens e mulheres também conseguiam refletir sobre si mesmos, seus desejos e anseios, coragem ou covardia, bondade ou vilania – todos os processos que levam a experiência humana muito além da sobrevivência física e que nos tornam capazes de compreender o que fazemos, o que queremos e para onde vamos. 

Dando sequência a "O Pássaro de Fogo e Outros Contos de Fadas Russos", o livro "A Disputa dos Gigantes e Outros Contos de Fadas Celtas" é o segundo livro da coleção de contos de fadas de Adriana Moura e Paulo Rezzutti. Compre o livro "A Disputa dos Gigantes e Outros Contos de Fadas Celtas" neste link.


Sobre os organizadores
Adriana Moura é jornalista, formada pela Universidade Metodista de São Paulo, e já trabalhou na Folha de S.Paulo e Gazeta Mercantil. É revisora, tradutora e pesquisadora.

Paulo Rezzutti é escritor e pesquisador, autor da série de sucesso A história não contada, com seis livros já publicados, dentre eles, "D. Pedro: o Homem Revelado por Cartas e Documentos Inéditos" – vencedor do Prêmio Jabuti 2016 na categoria biografia –, "D. Leopoldina: a Mulher que Arquitetou a Independência do Brasil", "D. Pedro II: o Último Imperador do Novo Mundo Revelado por Cartas e Documentos Inéditos" e o mais recente "Independência: a Construção do Brasil, 1500-1825". Garanta o seu exemplar de "A Disputa dos Gigantes e Outros Contos de Fadas Celtas" neste link.


Sobre a ilustradora
Fernanda Moreira é ilustradora freelancer e artista conceitual e de quadrinhos. É focada em cenários e personagens fantásticos. No momento, estuda também animação. 

sábado, 25 de março de 2023

.: Reedição da obra de Antonio Candido pela editora Todavia começa a chegar


A obra de Antonio Candido (1918-2017) passa a ser publicada pela Todavia a partir de março deste ano. Serão 17 livros, muitos deles clássicos da crítica literária e do pensamento social brasileiro. Todos eles ganharão, pela primeira vez, versões digitais em e-book. 

A primeira leva traz cinco livros: "Formação da Literatura Brasileira" (1959), "Os Parceiros do Rio Bonito" (1964), "Literatura e Sociedade" (1965), " O Discurso e a Cidade" (1993) e "Iniciação à Literatura Brasileira" (1997). Os títulos acabam de chegam às livrarias. 

No segundo semestre de 2023, e em duas levas semestrais em 2024, virão os seguintes títulos: Vários escritos; Um funcionário da monarquia; Teresina etc.; A educação pela noite; Brigada ligeira; O método crítico de Silvio Romero; Ficção e confissão; O observador literário; Tese e antítese; Na sala de aula: cadernos de análise literária; Recortes; O albatroz e o chinês. 

A editora Todavia tem a grande responsabilidade de dar continuidade ao trabalho de excelência feito pela Ouro sobre Azul, casa editorial que publicou a obra do autor nos últimos anos, em edições revistas pelo próprio Candido até pouco antes de sua morte. Compre os livros de Antonio Candido lançados pela editora Todavia neste link.


Ensaios inéditos
No site da Todavia serão publicados ensaios inéditos sobre cada um dos 17 livros, encomendados especialmente para a ocasião do relançamento. De autoria de intelectuais de uma geração jovem, em boa parte formada por professores que foram alunos de Antonio Candido, são textos que apresentam a obra ao público leigo, analisam seu papel de destaque no debate contemporâneo e atestam a extrema vitalidade dessa contribuição luminosa ao pensamento brasileiro. 

Neste primeiro momento, já estarão disponíveis para download gratuito textos da crítica literária e editora Rita Palmeira, que escreve sobre O discurso e a cidade; da pesquisadora e ensaísta Ieda Lebensztayn, sobre Iniciação à literatura brasileira; de Ana Paula Pacheco, escritora e professora de teoria literária na USP, sobre Literatura e sociedade; de Luiz Carlos Jackson, professor de sociologia na USP, sobre Os parceiros do Rio Bonito; e por fim, de Samuel Titan Jr., também professor de teoria literária na USP, que analisa Formação da literatura brasileira. Compre os livros de Antonio Candido lançados pela editora Todavia neste link.


Ampliar o acesso
Com o objetivo de tornar a produção de Antonio Candido mais acessível e fazer com que ela circule amplamente, a Todavia prepara ações promocionais para os cinco títulos. Os e-books ganharão descontos desde a pré-venda até 30 de abril, com preços que variam entre R$ 24,90 e R$ 59,90. Já as edições impressas terão 25% de desconto para  estudantes, mediante apresentação da carteirinha em livrarias parceiras, até 25 de abril. 


Todavia + Sesc
Para celebrar seu legado, a editora contará com uma parceria com o Sesc São Paulo. No dia 26 de abril, Antonio Candido será homenageado em um evento na unidade Vila Mariana. Em maio, o Centro de Pesquisa e Formação - CPF Sesc prevê um curso com nomes como Walnice Nogueira Galvão, Rita Palmeira, Julia O'Donnell, Ieda Lebensztayn, Luiz Carlos Jackson e Ivan Vilela.


Projeto gráfico
Com novo projeto gráfico, de autoria de Oga Mendonça, e ações de divulgação em diversas frentes, o relançamento da obra de Antonio Candido pela editora Todavia celebra a trajetória de uma figura de referência para o pensamento brasileiro, amplia a circulação de seu trabalho e mostra às novas gerações a atualidade de uma obra inesgotável e decisiva. Compre os livros de Antonio Candido lançados pela editora Todavia neste link.

.: Entrevista: Fred Desimpedidos abre o jogo do "BBB 23" pela primeira vez


Um dos jogadores mais marcantes desta temporada, Fred falou sobre o jogo e declarou torcida. Foto: Globo/João Cotta

Bruno Carneiro Nunes, mais conhecido como Fred, apresentador no canal Desimpedidos, foi eliminado em uma disputa acirrada contra sua maior rival no jogo - Domitila Barros. Youtuber, apresentador de televisão, jornalista, influenciador digital e ex-jogador de futsal brasileiro, ele deixou o "Big Brother Brasil 23" na última terça-feira, dia 21, com 50,23% dos votos do público. 

Também na berlinda, Gabriel Santana teve participação mínima no embate que definiu a saída do jornalista e influenciador. Fora do game, Fred faz uma avaliação positiva de sua trajetória no reality e afirma ter cumprido seu propósito ao entrar no "BBB". “Como eu disse na casa, todo projeto que eu resolvo abraçar eu me entrego, dou a minha vida e, realmente, lá dentro eu consegui fazer isso. Construí elos que vou levar para a vida toda, fiz amizades, joguei, me posicionei, me apaixonei, briguei, dancei, ri, chorei... Acho que tudo o que eu faço na minha vida, seja positivo ou negativo, acabei conseguindo transferir para o 'BBB'. Acertei bastante, errei bastante também”, analisa. 

Após deixar a casa por decisão popular, Fred se deparou com participantes já eliminados na Casa do Reencontro, mas optou por não permanecer na dinâmica que fez Fred Nicácio e Larissa Santos retornarem à disputa. “A minha trajetória já estava muito completa no 'BBB', então eu desejei sair. Honestamente, estou muito feliz por ter tomado essa decisão”, conta. Na entrevista a seguir, Fred revela o que mais lhe surpreendeu no "Big Brother Brasil", avalia sua participação nos jogos da discórdia e movimentos que teve na competição, e fala sobre seu futuro pessoal e profissional após o programa. 


Como avalia sua trajetória no "BBB 23"?
Fred Desimpedidos -
De forma geral, mesmo vendo aqui de fora tudo o que eu passei, continuo com o mesmo discurso de lá de dentro sobre achar que foi cumprido o meu papel. O "Big Brother Brasil" foi muito bem vivido por mim. Como eu disse na casa, todo projeto que eu resolvo abraçar eu me entrego, dou a minha vida e, realmente, lá dentro eu consegui fazer isso. Construí elos que vou levar para a vida toda, fiz amizades, joguei, me posicionei, me apaixonei, briguei, dancei, ri, chorei... Acho que tudo o que eu faço na minha vida, seja positivo ou negativo, acabei conseguindo transferir para o "BBB". Acertei bastante, errei bastante também. Eu sempre falo, brincando, que ou a gente sai de lá com o caráter duvidoso ou a gente sai de lá uma pessoa muito melhor. E eu acho que saí de lá uma pessoa muito melhor, sem dúvidas.


O que mais te surpreendeu no programa?
Fred Desimpedidos - 
Várias coisas, mas uma que me assustou de início foi o Raio-X. Eu achava que super ia conseguir planejar e falar a minha estratégia de jogo, mas você acorda totalmente atordoado com o despertador. Mas o que mais me impactou de fato foi­ o quanto a gente não tem a menor noção das coisas que estão acontecendo aqui fora. Eu, como espectador, pensava: "Não é possível que essa pessoa não entendeu isso ou aquilo...". E lá a gente não tem o menor contato com o mundo aqui de fora; o Tadeu consegue ser imparcial. A gente tem que ir de acordo com os nossos sentimentos e com as nossas intuições, que às vezes acertam e às vezes falham lá dentro. Acho que essa foi a minha maior surpresa, porque eu me considero um jogador estratégico e lá dentro a gente tem que fazer estratégia com as peças que temos, com as poucas informações e com os nossos achismos. Fiz movimentos em alguns momentos acertados e, em outros, equivocados. Mas eu acho que cumpri aquilo a que eu me propus, que era jogar e viver de fato o "Big Brother".


Como foi viver um reencontro com outros brothers já eliminados logo após a sua saída da casa? Por que tomou a decisão de não participar da dinâmica e ter uma chance de voltar ao jogo?
Fred Desimpedidos - 
Eu tenho uma mania de tentar me preparar para tudo o que pode acontecer na minha vida. Então, eu falei: "Já pensou se eu saio, é um paredão falso e eu volto?’. Então, eu já tinha escolhido, a partir do momento em que eu assumi que já tinha chegado ao meu limite, que precisava cuidar de mim e principalmente matar a saudade do meu filho - que foi o que me pegou de fato. É óbvio que as porradas eu tomei lá por conta de erros meus acabaram adiantando esse processo. Mas eu acho que realmente acabei chegando ao meu limite e já tinha decidido que, se eu fosse para um paredão falso, eu iria desistir. Quando eu cheguei lá [na Casa do Reencontro] e vi tudo acontecendo de novo, parecia que eu estava andando para trás, sendo que eu já tinha feito uma trajetória em que havia conseguido mostrar o meu melhor, a essência de uma pessoa que se comunica, que cria laços, que é divertida, que faz piadas, imitações e brincadeiras e que tinha marcado a edição do "Big Brother". Queria, sim, fazer parte da história do programa. E eu acho que consegui. Quando eu entrei ali e vi todo mundo – fiquei muito feliz por ver a Larissa –, senti algo rolando. E eu falei: ‘Cara, não é para mim’.  Estava feliz de ver a Larissa, mas até falei brincando: ‘Gente, cadê o botão para eu desistir?’. Aí o Tadeu falou que naquele jogo não tinha botão e que se alguém quisesse desistir teria que sair naquele momento. Na minha cabeça, eu demorei uns três ou quatro segundos para reagir – me falaram até que eu reagi mais rápido. A minha trajetória já estava muito completa no" BBB", então eu desejei sair. Honestamente, estou muito feliz por ter tomado essa decisão. É óbvio que abri mão do prêmio, que era uma vontade que eu tinha, algo que ia muito dentro da minha competitividade e da minha determinação, mas eu acho que ali eu me priorizei acima disso.
 

Quem você acha que o público manda de volta para o jogo e que impactos acredita que essas pessoas podem ter na disputa?
Fred Desimpedidos - 
Eu já tive contato com algumas informações aqui fora, vi que a Key tem uma certa relevância. E obviamente a minha torcida é pela Larissa. Ela é uma pessoa extremamente inteligente, amiga, uma pessoa que ouve as outras, que tem uma visão de jogo, que é corajosa e dá a cara a tapa mesmo, para jogar e se jogar. Eu acho que ela voltando, tem uma grande chance de ir para as cabeças. Honestamente, como espectador, eu gostaria que voltasse um de cada lado, já que os grupos foram a grande tônica desse "Big Brother". Voltarem duas pessoas com visões de jogo diferentes, mas com o mesmo objetivo e com vantagens distintas. Para mim, foi a combinação perfeita: eu vivi o "Big Brother" e agora vou assistir ao reality. São duas coisas que eu amo muito. Eu realizei meu sonho e agora vou só me divertir com o restante do programa. Eu acho que seria muito interessante a volta delas duas. 

Do que mais sentiu falta em mais de dois meses de confinamento?
Fred Desimpedidos - 
De centenas de coisas, mas a primeira foi do meu filho, sem sombra de dúvidas. Se eu não me engano, no primeiro supermercado, quando eu vi o biscoito que ele ama eu já não aguentei, foi uma porrada, no bom sentido. Eu não estava preparado ali, então quando vi, falei: "É o biscoito do meu neneco!". Até tentei chorar escondido, mas todo mundo começou a perguntar se estava tudo bem, o que estava acontecendo. Então, foi isso: lembrar do meu filho, da minha família, dos meus amigos e de ter o tempo ocupado. Por mais que existam intrigas, existam as provas, tem um tempo em que as coisas não acontecem lá. O tempo no "Big Brother Brasil 23" passa de uma forma muito diferente. Eu fiquei lá 74 dias, mas, para mim, parece que eu fiquei oito ou nove meses. Também senti falta do Palmeiras, do meu trabalho, de mascar chiclete, de comer o que eu quisesse quando estava na xepa. Senti saudades de me comunicar com os meus fãs. Mas foi muito bem aproveitado enquanto eu estava lá dentro e eu sabia que teria que abrir mão dessas coisas que eu amo e que fazem parte da minha vida. Acho que o resumo é que foi uma experiência muito válida e o saldo é totalmente positivo.
 

Você entrou em dupla com o Ricardo e construiu uma amizade com ele durante boa parte da sua permanência na casa. O que fez com que vocês se desentendessem em determinado momento?
Fred Desimpedidos - 
Eu estava brincando com a Bruna de fazer tipo um bate-bola de podcast e ela perguntou: “Ricardo Alface”. Eu o classifiquei como intenso, porque da mesma maneira que eu o amei de uma forma intensa, eu também tive atritos com ele de um jeito intenso. Eu acho que houve visões diferentes de jogo. Embora a gente tenha jogado grande parte do jogo juntos, ele tinha uma visão em relação ao fatídico acordo, fosse ele verbal ou em termos de afinidade. Ali foi quando criamos faíscas. Mas é até engraçado que, no auge do ódio que a gente acabou nutrindo um pelo outro no jogo da discórdia, houve um momento em que ele fez um sinal para mim e eu dei risada, assim como ele fez e deu risada para mim. Então, eu acho que foi muito do jogo: ele foi uma pessoa que entrou para jogar; eu também sou uma pessoa que fui para jogar. Ali houve um embate. Obviamente eu passei do ponto em algumas questões e ele também, mas classifico que a relação com o Alface é totalmente positiva. A forma que a gente se despediu diz muito sobre isso. A mesma forma que a gente se cumprimentou chegando e ao vencer a prova de resistência foi a forma como a gente se despediu, fazendo o cumprimento do Marcelo e do Cristiano Ronaldo e eu dando um beijinho na careca dele. Com certeza é uma pessoa que vai estar na minha vida.
 

O Ricardo apontou que você e outras pessoas do quarto Deserto ficaram muito tempo na zona de conforto, sem serem votadas e irem ao paredão. Você concorda?
Fred Desimpedidos - 
Não foi que eu entrei numa zona de conforto, foi uma estratégia que eu tive. Primeiramente, eu acho que não recebi votos por conta da afinidade que eu tive com as pessoas e isso aconteceu por questões totalmente naturais. É óbvio que no fundo eu entendia que, se a pessoa gosta de mim, ela não vai votar em mim. Mas nunca foi um acordo, nunca fiz uma aproximação, dancei ou puxei assunto com alguém buscando não ter um voto. Eu tive essa atitude porque eu sou assim na minha vida. Se um dia eu estiver num churrasco, eu vou puxar assunto com você; se tiver uma pessoa desconhecida, eu vou querer trocar ideia e fazer com que ela goste de mim logo de cara. Foi o que eu fiz dentro da casa. O grande lema do "BBB" é: ‘Fuja do paredão’. Eu entendo que com essa minha postura eu acabei fugindo, tanto é que acabei sendo marcado por conta do Big Fone.
 

Na casa e fora dela, você foi julgado por não ter atendido ao Big Fone quando teve oportunidade. Acredita ter sido uma postura omissa ou estratégia da sua parte?
Fred Desimpedidos - 
Muitas vezes o Big Fone tocava e colocava as pessoas no paredão. Eu pensei: ‘Se eu não sou alvo nem voto de ninguém, para que eu vou atender o Big Fone?’. Foi uma estratégia minha que soou como omissão aqui fora. Entendo as pessoas que têm essa visão, mas para a minha estratégia de jogo naquele momento, eu achei que foi interessante, tanto é que não fui ao paredão mesmo tocando o Big Fone e passando pelas semanas. 
 

Como surgiu a rivalidade com a Domitila no jogo?
Fred Desimpedidos - 
Ela era importante no jogo, tanto é que a nossa primeira aproximação não foi afetiva, foi muito mais estratégica. E a partir do momento em que eu vi que as nossas estratégias batiam, eu tive receio de formar um casal no "Big Brother Brasil 23", porque eu tinha medo de que aquilo interferisse no meu jogo. Mas como as coisas sempre foram muito claras entre a gente em relação a jogo e as visões estavam coincidindo naquele momento, eu cheguei à conclusão de que não iria me atrapalhar. E por que não? A gente até brincou que vinha sendo uma prova de resistência para ambos, porque nem ela nem eu queríamos ficar com alguém dentro da casa, mas a partir do momento em que a gente entendeu que as ideias convergiam, tanto estratégica, quanto afetivamente, a gente acabou dando esse passo. Ela acabou sendo a atacante e eu estava um pouco mais na defensiva, tentando manter o combinado que eu tinha comigo mesmo. Mas ainda bem que aconteceu. A Larissa foi a minha maior surpresa dentro do "Big Brother". Senti coisas muito importantes lá dentro, mas ter conhecido a Larissa, ter vivido com ela, ter tido essa troca afetiva nesses momentos em que eu estava fraco... Uma das coisas que eu acho que mais vai me marcar nessa edição é o Quarto Branco. Se não fosse a Larissa, eu não teria conseguido. Obviamente eu buscava forças da minha família, do meu filho, mas a maneira como ela se despediu de mim foi primordial. Ela falou: "Você é forte, é resistência e você já ganhou. Se perder a sua festa, não interessa, você ganha outro líder. Vamos para cima!". Quando eu fui para o Quarto Branco, eu já estava perdendo a força porque eu não iria conseguir ficar com a Domitila ali, por saber que ela iria se utilizar de diversos artifícios para tentar me eliminar. Eu, honestamente, estava muito focado na minha festa, mas a partir do momento em que eu vi que tinha um carro ali, que tinha um objetivo e uma prova para competir, eu falei: ‘Agora vai ser muito difícil me tirar desse carro’. É óbvio que a Larissa teve uma série de atitudes e outras conversas muito importantes para mim, mas eu acho que essa acaba classificando bem como ela era meu braço direito, esquerdo, meu coração e minha cabeça dentro do jogo.
 

O seu posicionamento como líder mudou muitas coisas na casa. Você se arrepende da forma como jogou naquele momento? Se pudesse, faria diferente?
Fred Desimpedidos - 
A partir do momento em que eu tive a minha liderança e um poder nas mãos, resolvi mexer um pouco no jogo e foi quando a casa "pegou fogo". Sou um gênio do "Big Brother" e sabia que iria acontecer tudo aquilo? É claro que não! Sabia que eu teria consequências? Sim. Sabia que seriam todas aquelas consequências, de entulho, lama e afins? Não sabia também. Mas eu sabia que eu iria arcar com elas e não me arrependo das movimentações que fiz. Tanto é que fui muito sincero no Raio-X e disse: "Se vocês quiserem que eu fique, eu não vou mudar as minhas movimentações de jogo, os meus elos, a forma como eu brinco e faço piada". Mas em termos de energia eu já tinha me esgotado ali. Saio muito feliz e contente com a minha trajetória lá dentro.
 

Você mencionou que apontar os erros dos outros era algo que não fazia parte da sua personalidade. Os jogos da discórdia foram momentos difíceis na casa?
Fred Desimpedidos - 
Sem dúvidas. Eu acho que até verbalizei, na semana em que fui parar no paredão, que eu preferia enfrentar a berlinda do que participar do jogo da discórdia. E ali peguei o pergaminho que me levou direto ao paredão (risos). Sendo muito sincero, eu sou do esporte, sou da competitividade, então todo jogo em que eu me comprometo, eu vou jogar com as regras que tenho ali. Por exemplo, se eu estou jogando uma partida de futebol de forma tranquila, com jogadas de ataque, defesa e estratégia, eu jogo dessa forma. Agora, se eu estou tomando porrada, eu também sei jogar o jogo dessa forma. Obviamente é um risco que a gente corre de tomar um cartão amarelo ou um cartão vermelho. Mas eu acho que tem muito dessa minha competitividade de tentar me adaptar e fazer com que as coisas funcionem. O jogo da discórdia acabou extraindo um lado que nem eu mesmo conhecia, tanto é que eu ainda não vi as imagens e estou curioso para ver, mas também estou com receio de assisti-las (risos). Parafraseando o Gabriel que, quando eu pedi mais posicionamento dele no jogo da discórdia, acabou respondendo que "o jogo da discórdia fala zero sobre mim", eu vou utilizar a frase de que ‘o jogo da discórdia fala zero sobre mim também’. Eu jamais sou essa pessoa que vejo alguém errando e aponto os erros dela, jogando objetos, fumaça, líquido ou o que for. Realmente era algo que fazia parte do jogo, algo que eu temia e que também ajudou a me tirar do game. Teve um jogo em que eu fui extremamente explosivo, passei do ponto; e outro em que eu consegui concentrar mais as informações e tentar dosar o ataque com a defesa; e no último, como eu estava com a sensação de final de festa, consegui me desculpar e pedir o perdão das pessoas em relação a forma como errei, seja de maneira arrogante, com alguma afirmação que tenha soado superior ou que tenha ofendido alguém. Mas está tudo certo, acho que o saldo é positivo.

 
Perder aliados como a Larissa, nas últimas semanas, influenciou nesse esgotamento interno que você mencionou?
Fred Desimpedidos - 
Fez total diferença. Como eu disse, o tempo lá passa muito devagar. Como sou uma pessoa muito agitada, que está sempre fazendo muitas coisas o tempo todo, isso estava começando a me pegar cada vez mais. Já era algo que me chamava atenção havia algum tempo, mas a Larissa, o Sapato, o Guimê e outras pessoas, que eram minhas aliadas no jogo, eu acabei perdendo. Realmente foi nesse momento em que eu acabei perdendo a força também, principalmente por conta da Larissa. A gente tinha uma troca muito interessante sobre jogo, mas também uma troca afetiva, que é algo que faz muita diferença para nós. Lá você não tem carinho nenhum, você tem o contrário. Então, quando existe uma pessoa que te entende e que te faz esquecer os problemas, ajuda muito. Quando perdi, grande parte da minha força se foi. Eu sempre vou buscar fazer as coisas para que elas aconteçam, mas também acho que algumas acontecem quando realmente têm que acontecer.  

 

Qual foi a importância de tê-la ao seu lado no reality?
Fred Desimpedidos - 
Ela era importante no jogo, tanto é que a nossa primeira aproximação não foi afetiva, foi muito mais estratégica. E a partir do momento em que eu vi que as nossas estratégias batiam, eu tive receio de formar um casal no ‘Big Brother’, porque eu tinha medo de que aquilo interferisse no meu jogo. Mas como as coisas sempre foram muito claras entre a gente em relação a jogo e as visões estavam coincidindo naquele momento, eu cheguei à conclusão de que não iria me atrapalhar. E por que não? A gente até brincou que vinha sendo uma prova de resistência para ambos, porque nem ela nem eu queríamos ficar com alguém dentro da casa, mas a partir do momento em que a gente entendeu que as ideias convergiam, tanto estratégica, quanto afetivamente, a gente acabou dando esse passo. Ela acabou sendo a atacante e eu estava um pouco mais na defensiva, tentando manter o combinado que eu tinha comigo mesmo. Mas ainda bem que aconteceu. A Larissa foi a minha maior surpresa dentro do ‘Big Brother’. Senti coisas muito importantes lá dentro, mas ter conhecido a Larissa, ter vivido com ela, ter tido essa troca afetiva nesses momentos em que eu estava fraco... Uma das coisas que eu acho que mais vai me marcar nessa edição é o Quarto Branco. Se não fosse a Larissa, eu não teria conseguido. Obviamente eu buscava forças da minha família, do meu filho, mas a maneira como ela se despediu de mim foi primordial. Ela falou: ‘Você é forte, é resistência e você já ganhou. Se perder a sua festa, não interessa, você ganha outro líder. Vamos para cima!’. Quando eu fui para o Quarto Branco, eu já estava perdendo a força porque eu não iria conseguir ficar com a Domitila ali, por saber que ela iria se utilizar de diversos artifícios para tentar me eliminar. Eu, honestamente, estava muito focado na minha festa, mas a partir do momento em que eu vi que tinha um carro ali, que tinha um objetivo e uma prova para competir, eu falei: ‘Agora vai ser muito difícil me tirar desse carro’. É óbvio que a Larissa teve uma série de atitudes e outras conversas muito importantes para mim, mas eu acho que essa acaba classificando bem como ela era meu braço direito, esquerdo, meu coração e minha cabeça dentro do jogo.
 

Você imagina um futuro com a Larissa após o programa?
Fred Desimpedidos - 
É curioso e eu vou ser 100% franco: a gente só se jogou e viveu algo intenso e muito gostoso. Mas a gente nunca conversou sobre como seria aqui fora, porque a gente não estava preparado para pensar. Teve uma frase muito fofa que ela disse: se nós estivéssemos errados, estaríamos errados juntos e, se estivéssemos certos, estaríamos certos juntos. Descobrimos que estávamos errados juntos (risos). A gente não conversou e eu fico muito feliz com o carinho que as pessoas têm aqui fora, mas obviamente eu tenho que esperar ela sair. Espero que seja daqui a 36 dias, que ela volte para o jogo, porque tem grandes chances de ganhar o prêmio por conta dessa visão estratégica dela, por ser corajosa dentro do game. E depois a gente conversa. Mas é óbvio que temos grandes esperanças (risos).

Que amigos pretende trazer do "BBB" para a vida aqui fora?
Fred Desimpedidos - 
Obviamente a Larissa, que é uma pessoa que já faz parte da minha vida. Eu até falei brincando, mas com um fundinho de verdade, lá no começo: ‘Já estou com saudades de tanta gente lá fora e agora tem mais a Larissa para sentir saudades’. A Bruna também, mesmo com esse jeito doido dela. Eu até brinco: será que o Brasil ama ou odeia? A gente consegue amá-la e odiá-la dentro da casa (risos). O quarto Deserto como um todo, na verdade. Em determinado momento, eu falei: ‘Não tem paredão que separe mais a gente’. Eu acho que esse é o espírito que a gente leva. Muito provavelmente, daqui a pouco já vai ter um grupo no WhatsApp do quarto Deserto. Aqui, com certeza a gente vai permanecer na vida um do outro.
 

Para quem está torcendo agora que está fora da disputa pelo prêmio?
Fred Desimpedidos - 
Com certeza é pela Larissa. Tenho carinho por muitas pessoas que estão dentro da casa, mas torço para a Larissa, principalmente pela questão afetiva, por torcer muito por ela, seja no BBB ou em qualquer coisa que ela for fazer na vida dela daqui para frente. Mas também por questões de jogo, como espectador, por saber que ela tem um potencial muito grande de voltar e movimentar a casa. Eu acho que a pessoa que mais movimenta a casa, hoje, é o Alface, e ele perdeu o seu grande antagonista ali. Eu acho que os embates estão um pouco enfraquecidos nesse momento e, com ela voltando, vai voltar a reforçar isso dentro do programa.

 
E tirando a Larissa, para quem fica sua torcida?
Fred Desimpedidos - Uma pessoa que eu não tinha como prioridade e acabou crescendo muito foi a Amandinha. Na forma como ela é simples, na forma como ela ouve as pessoas, que é algo raro lá dentro, porque todo mundo quer falar, todo mundo se interrompe. Ela é uma ótima ouvinte e uma excelente amiga, então torço muito para ela. Torço pela Mami (Aline) também, que tem um dos corações mais bondosos que eu já vi na minha vida. E tem a Bruna também que está nessa dicotomia. Estou muito com essas três.
 

O que muda na sua vida pessoal e profissional depois do "BBB"? 
Fred Desimpedidos - 
Vou passar a atender mais o telefone quando tocar em casa. Esse é o primeiro ponto. Fazia muito tempo que eu não via um telefone fixo, então eu acabei me assustando (risos).  Falando sério, eu saio uma pessoa melhor, sem dúvidas. Um ensinamento que eu levo é que a gente não pode julgar as pessoas e, sim, as atitudes das pessoas. Eu tive atitudes lá dentro que não condizem com a minha pessoa. Espero que julguem essas atitudes e não a pessoa que eu sou de fato. Aprendi muito em relação a isso. A gente acabou passando por situações muito extremas, que dificilmente eu vou passar na minha vida aqui fora. Dificilmente alguém vai apontar um erro meu e me jogar uma bomba de fumaça ou um balde de óleo na cabeça. Mas acho que essas situações extremas fizeram com que eu pudesse encontrar os meus erros e ter essa reflexão sobre o julgamento das atitudes e não das pessoas.



.: Martha Batalha autografa "Chuva de Papel" em São Paulo


Na próxima quinta-feira, dia 30 de março, o romance "Chuva de Papel", terceiro livro assinado por Martha Batalha, autora de "A Vida Invisível de Eurídice Gusmão", será lançado na Livraria Megafauna, em São Paulo, às 19h. O evento terá a presença da escritora Andrea Del Fuego em formato bate-papo e sessão de autógrafos.

Tragicômico, intenso e sensível, "Chuva de Papel", gira em torno do repórter policial Joel Nascimento, arquivo vivo das transformações do Rio de Janeiro. Ele passou meio século nas redações noticiando o lado B da Cidade Maravilhosa, e agora enfrenta dificuldades financeiras, problemas familiares e alcoolismo. 

Após uma peculiar tentativa de suicídio, a vida dele toma um rumo inesperado quando ele é obrigado a morar de favor com a tia de um amigo. Glória é uma senhora energética, que exige mais interações e boas maneiras do que ele está disposto a dar. A esse arranjo junta-se a falante vizinha Aracy e seus dois chiuauas grisalhos.

Da convivência inesperada e pontuada por atritos corriqueiros emerge um companheirismo que preencherá o vagar das horas. À medida que Joel se ambienta à nova rotina, ele se verá diante de uma última história formidável, e sabe que deve contá-la. Passado e presente se alternam neste romance entremeado da crueza da vida marginal e de dissabores afetivos. Compre "Chuva de Papel" neste link.


O que disseram sobre o livro

"Neste romance vigoroso, são vários os começos na vida das personagens, estas em vertigem num Brasil que se acidenta sempre que amanhece." – Andréa Del Fuego, escritora

"Separar comédia de tragédia neste romance de Martha Batalha é tão impossível quanto traçar fronteiras nítidas entre morro e asfalto – ou entre mar e floresta, glória e decadência, doce e amargo – no Rio de Janeiro que é seu personagem principal." – Sérgio Rodrigues

"Martha Batalha sabe contar histórias. Ela parece usar com habilidade uma câmera com grandes angulares e zoom para compor o vibrante retrato de um bairro e dos seus tempos."  Cora Rónai, jornalista

"O repórter policial escreve a crônica cotidiana de sonhos estilhaçados e esperanças sem porvir. Como ele sobrevive a tantas histórias de dor, sangue e ruína? Essa pergunta perturbadora ressoa no novo romance, apaixonante e pungente, de Martha Batalha." – Mário Magalhães, jornalista

 
Sobre a autora
Martha Batalha nasceu em Recife em 1973 e cresceu no Rio de Janeiro. Trabalhou como repórter e criou a editora Desiderata. Mudou-se em 2008 para Nova Iorque, onde fez mestrado em Publishing na NYU e atuou no mercado editorial. Seu romance de estreia, "A Vida Invisível de Eurídice Gusmão", foi finalista do prêmio São Paulo de Literatura e semifinalista do Oceanos, além de ter os direitos vendidos para mais de 11 países e para o cinema. Martha mora em Santa Mônica, na Califórnia, com seu marido e dois filhos. Garanta o seu exemplar de "Chuva de Papel" neste link.


Serviço:
30 de março (quinta-feira), às 19h
Livraria Megafauna
Av. Ipiranga, 200 - Loja 53 - Centro - São Paulo


.: Sesc Santos promove Encontro de Comunidades Caiçaras no dia 1º


Aberto ao público, o evento conta com bate-papo, feira de artesanato e materiais de sete comunidades caiçaras da Baixada Santista e apresentação de Fandango Caiçara, com entrada gratuita. Ação integra a programação do projeto Territórios do Comum. 
De 25 de março a 2 de abril, o Sesc São Paulo promove semana para conectar pessoas em ações pela cidadania. Na imagem, o quadro "O Pescador", de Tarsila do Amaral


A partir deste sábado, dia 25 de março, o Sesc São Paulo dá início à segunda edição do projeto Territórios do Comum - uma programação com mais de 70 atividades voltada à construção de modos de viver mais sustentáveis, economicamente justos e com acessibilidade a todos os públicos. Entre os destaques, estão previstas feiras, oficinas, vivências, rodas de conversa e intervenções artísticas, visando a promoção da cidadania em suas múltiplas dimensões, em 22 unidades da rede.

A programação foi pensada com o objetivo de construir e fortalecer vínculos entre os participantes, na medida em que aproxima as pessoas que residem numa mesma região ou pessoas de outras localidades, mas com interesses e propósitos semelhantes. Daí vem o nome do projeto. 

Territórios do Comum tem o intuito de difundir e potencializar ações já em desenvolvimento nos locais que abrigam as unidades do Sesc São Paulo, com enfoque para as questões socioambientais, geração de renda e trabalho e acessibilidade. Atenta aos desafios e à riqueza de repertórios das comunidades de cada região, a instituição pretende, neste projeto, reunir - pessoas propondo reflexões e projetos sociais para o bem comum. O Sesc Santos coloca em pauta as questões socioambientais da Baixada Santista  e sua relação com as comunidades tradicionais da região, em duas ações: 


Laboratório Cidadão:
Mudanças climáticas e comunidades tradicionais vai reunir representantes do poder público, universidades, coletivos, ONGs e lideranças indígenas para pensar propostas de ações e articulações em rede perante os impactos das mudanças climáticas na Baixada Santista, em especial as comunidades indígenas. O encontro acontece na Aldeia Aguapeú, em Mongaguá e será reservado a pessoas convidadas, mas o público poderá acompanhar a cobertura pelas redes sociais do Sesc Santos.

No dia 1º de abril, sábado, das 11h às 19h, o Encontro de Comunidades Caiçaras acontece no Sesc Santos, no intuito de reunir comunidades caiçaras da Baixada, e promover um espaço de encontro e fortalecimento de redes entre as comunidades e demais agentes do poder público, iniciativa privada e sociedade civil. A partir das 11h, a Feira de Comunidades Caiçaras abre um espaço de exposição de materiais de cerca de 7 das 22 comunidades caiçaras da Baixada Santista (artesanato, artefatos de pesca artesanal, publicações, fotografias, banners). Das 15h às 17h, o bate-papo (com tradução em Libras)


Praça de Ideias: Comunidades Caiçaras e impactos do Porto promove a discussão de como a exploração portuária afeta as comunidades caiçaras nos âmbitos da saúde, segurança alimentar, econômica e socioambiental - desde a qualidade da água que banha essas localidades, a navegabilidade dos barcos que são seus meios de transporte, a pesca artesanal que é sua fonte de alimentação e trabalho, e o ecossistema do manguezal, abrigo das espécies de peixes e frutos do mar que lhes são fonte de alimento; e como a possível privatização do Porto colocam essas problemáticas ainda mais em evidência, dada a inseguridade das comunidades diante das possibilidades da exploração pela iniciativa privada. Fechando o dia, das 18h às 19h, uma apresentação de Fandango Caiçara com o grupo musical Raízes da Jureia, de Peruíbe, e dança Raízes do Mangue, de Iguape.


Serviço:
Territórios do Comum
De 25 de março a 2 de abril
Unidades do Sesc:
na capital e Grande SP - 24 de Maio, Avenida Paulista, Campo Limpo, Centro de Pesquisa e Formação, Consolação, Interlagos, Ipiranga, Itaquera, Osasco, Pinheiros, São Caetano, Vila Mariana. No interior e litoral -- Araraquara, Bertioga, Piracicaba, Registro, Ribeirão Preto, Santos, São Carlos, São Jose dos Campos, Taubaté e Thermas De P. Prudente. Programação completa no site do Sesc SP.


Programação promovida pelo Sesc Santos:
Laboratório cidadão:
Mudanças climáticas e comunidades tradicionais 
Onde: Aldeia Aguapeú (Mongaguá)
Encontro fechado para grupo convidado 

Encontro de Comunidades Caiçaras 
Onde:
Sesc Santos (Rua Conselheiro Ribas, 136. Aparecida) - Convivência e Auditório
Quando: dia 1° de abril, sábado, das 10h às 19h
Das 11h às 13h: Feira de Comunidades Caiçaras (Convivência)
Das 15h às 17h: Praça de Ideias: Comunidades Caiçaras e impactos do Porto (Auditório) - Atividade com tradução em Libras
Às 18h: Encerramento: Fandango Caiçara (Convivência)
Classificação: livre
Gratuito 

Sesc Santos 
Rua Conselheiro Ribas, 136, Aparecida (13) 3278-9800

Orientação para acesso à unidade: 
Recomendado o uso de máscara em lugares fechados.

sexta-feira, 24 de março de 2023

.: 2x3: Chucky tem "Ave-Maria" no Convento e Chucky que malha braço

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em março de 2023


"Hail, Mary", o terceiro episódio da segunda temporada da série "Chucky" consegue deixar qualquer fã do brinquedo assassino boquiaberto com uma variação um tanto que curiosa de Chucky. Enquanto que Devon (Björgvin Arnarson), Jake (Zackary Arthur) e Lexy (Alyvia Alyn Lind) seguem vigiados por freiras, uma versão sombria de Chucky adentra o ambiente de oração. Experientes em lidar com o boneco que ama derramar sangue alheio, o trio que ganha uma nova ajudante, , conseguem fazer uma lavagem cerebral num exemplar.

Assim, aquele Chucky da experiência passa a ser fofo. No entanto, crimes acontecem dentro dos muros cheios de oração. Seria o brinquedo assassino "curado"?! Definitivamente a culpa é uma versão de Chucky pra lá de inusitada, com um corpo pra lá de escultural. Sim! No terceiro episódio da segunda temporada é um Chucky musculoso e que malha o braço também faz acontecer e agita a trama.

Ainda que o padre com a aparência do pai de Jake, Logan (Devon Sawa, de "Premonição"), dê um flagrante discreto, no rapaz beijando Devon e Lexy siga mantendo embates com um rival de seu passado escolar, o destaque de todo o enredo é para o dono do seriado. Não há como negar, a cada episódio, Chucky cresce e empolga!

Episódio 3: "Hail, Mary" ()

Exibição: 19 de outubro de 2022

Emissora original: SyFy; USA Network

Dirigido e escrito por: Don Mancini

Idioma original: inglês

Criador(es): Don Mancini

Elenco: Zackary Arthur, Björgvin Arnarson, Alyvia Alyn Lind, Teo Briones, Brad Dourif


Leia + críticas sobre o seriado "Chucky"!

.: Crítica: "Peles" põe o dedo na cara da sociedade refém do belo


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm


Trailer


.: "Cássia Eller & Victor Biglione In Blues", um disco acima da média

Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural.


Gravado em 1991, esse projeto musical reunindo Cássia Eller e o guitarrista Victor Biglione chegou finalmente nas plataformas de streaming e em disco. Trata-se de um trabalho com releituras de clássicos do blues. E ao conferir o seu resultado acima da média, fica difícil compreender porque demoraram tanto tempo para lançá-lo.

Na época, Cássia havia lançado apenas um disco enquanto que Biglione já era um músico experiente, com passagens marcantes no grupo "A Cor do Som" e em projetos instrumentais solos mais próximos do jazz rock.

A sintonia entre Biglione e Cássia fica nítida logo de cara para o ouvinte. Ela foi uma grande vocalista que tinha o blues e rock como referências importantes em sua formação. E ele é um dos grandes nomes da guitarra de sua geração, sem sombra de dúvida.

A banda de acompanhamento foi formada por André Gomes (baixo), André Tandeta (bateria) e dois tecladistas: Marcos Nimrichter e Ricardo Leão. Nico Assumpção toca baixo acústico na faixa “When Sunny Gets Blue”. O grupo ainda contava com um experiente naipe de metais formado por Zé Nogueira (sax alto e soprano), Zé Carlos Ramos, o Bigorna (sax alto), Chico Sá (sax tenor), Bidinho (trompete) e Serginho Trombone (trombone).

A reunião desses experientes músicos com Biglione e Cássia no estúdio rendeu um ótimo disco. Diria até que é um dos melhores com a voz dela. Há versões seminais de clássicos como "I´m a Hoochie Coochie Man" (de Muddy Waters), "I Ain´t Supertitious" (clássico de Howlin Wolf que o Jeff Beck Group regravou no final dos anos 60) e "Prision Blues" (do disco solo de Jimmy Page chamado Outrider). Há também uma faixa de autoria de Jimmi Hendrix (If Six Was Nine), que ganhou um arranjo focado no blues.

Ela também canta "Got to Get You Into My Life" (dos Beatles) de forma brilhante, sustentada pelo ótimo naipe de metais. E os solos de Biglione jamais se sobrepõem ao vocal da Cássia. Pelo contrário: valorizaram ainda mais a interpretação dela.

O lançamento do disco, que aconteceu em dezembro de 2022, quando Cássia teria completado 60 anos (ela faleceu em 2001), acabou sendo uma bela homenagem para a cantora. E foi importante para mostrar o quanto de talento que ela tinha em sua arte de interpretar música. Vale muito a audição, do início ao fim. 


Got to Get You Into My Life


I´m a Hoochie Coochie Man


 Prision Blues



.: "Mulheres que Nascem com os Filhos" tem novas apresentações


Espetáculo dirigido por Rita Elmôr e protagonizado por Samara Felippo e Carolinie Figueiredo investiga a transformação vivida pelas mulheres na maternidade. Foto: divulgação.


Idealizada e protagonizada por Samara Felippo e Carolinie Figueiredo, e dirigido por Rita Elmôr, "Mulheres que Nascem com os Filhos" surgiu do desejo das atrizes de investigarem seus processos de transformação após os filhos. A peça, que estreou em 2022 e foi super bem-recebida pela crítica e pelo público, tem novas apresentações no Teatro MorumbiShopping, de 31 de março a 2 de abril, na sexta e no sábado, às 20h, e no domingo, às 19h.

Cômica e dramática como a própria vida de mãe, a peça acompanha a trajetória do renascimento da mulher após a maternidade. Indicada para mulheres, mães, homens e todos que são filhos, a montagem aborda de forma sensível, bem-humorada e sarcástica – como a própria vida das mães – o cotidiano e os dilemas do universo da maternidade, além da trajetória de renascimento da mulher com a chegada desse momento. 

O trabalho busca desconstruir e convidar as mulheres a pensarem na maternidade fora dos rótulos a partir de temas como gravidez, puerpério, criação, aceitação do corpo pós-filhos e o encontro de sua nova identidade como mulher.

“Eu renasci com a maternidade. Saí de uma zona de conforto e encontrei minha força e sentido na vida. Fui atrás da desconstrução para me reconstruir junto com minhas filhas. Nessa peça, quero trazer a transformação que é, em qualquer vida, a chegada de uma criança. Quero poder ecoar a voz dessas mães, mulheres, e até pais, que buscam diariamente fazer o seu melhor na criação dos filhos. Desde que minha filha, menina negra, questionou a beleza do seu cabelo, minha vida tomou outro rumo. Fui ao encontro de um mundo racista, cruel e covarde em busca de soluções e acolhimento.”, conta a atriz r Samara Felippo, mãe de duas meninas negras e criadora do canal no YouTube “Muito Além de cachos”.

No processo criativo, que durou o tempo de uma gestação, as três artistas levaram para a sala de ensaio suas vivências e memórias, fazendo emergir questões femininas que, muitas vezes, são silenciadas por padrões impostos pela sociedade. A criação do trabalho também simbolizou para elas um processo de cura, pois puderam revisitar suas relações com a maternidade e a ancestralidade. E, para trazer outras vozes para a cena, a peça ainda conta com outros depoimentos de mulheres que tiveram suas vidas transformadas quando se tornaram mães. São muitas as mães com quem a peça dialoga: jovens, maduras, solteiras, casadas, dependentes e independentes, presentes e ausentes.

Sobre as mudanças na vida ao se tornar mãe, a atriz e terapeuta Carolinie Figueiredo compartilha: “A maternidade mudou completamente minha vida, inclusive no campo profissional. Eu precisei passar por um profundo processo de redefinição de valores após a chegada dos filhos. É preciso sair do automatismo de repetir com os filhos aquilo que recebemos na infância como forma de educar. O mundo mudou, as crianças mudaram e a nossa geração precisa refletir sobre uma parentalidade mais consciente.”

O espetáculo fez sua pré-estreia no final de 2019, em São José dos Campos (SP), e devido a lotação, retornou semanas depois.  Em 2020 e 2021, participou de lives e exibições online, além de participar da FITA - Festa Internacional de Teatro de Angra dos Reis, sendo o maior público presencial e online do festival.

A estreia oficial foi em janeiro de 2022, no Rio de Janeiro, numa curta temporada de 1 mês no Teatro XP, no Jockey Club da Gávea, com lotação de 366 lugares. Após, desembarcou em São Paulo para uma temporada de 2 meses no Teatro Nair Bello, no Shopping Frei Caneca, na Consolação, espaço com lotação de 201 lugares.


Ficha técnica
Texto:
Carolinie Figueiredo, Rita Elmôr e Samara Felippo
Elenco: Carolinie Figueiredo e Samara Felippo
Direção, cenografia e trilha sonora: Rita Elmôr
Produção executiva: Rafael Salmona
Figurino: Mel Akerman e Mônica Xavier
Iluminação: Paulo Cesar Medeiros
Projeto gráfico:
Raquel Alvarenga


Serviço
Mulheres que Nascem com os Filhos
Apresentações:
31 de março a 2 de abril, na sexta e no sábado, às 20h, e no domingo, às 19h
Teatro MorumbiShopping - Av. Roque Petroni Jr., 1089 Piso Superior G1, 0 - Jardim das Acácias,
Ingressos: Inteira R$ 80,00 e meia entrada R$ 40,00
Vendas online pelo site https://teatromorumbishopping.com.br/mulheres-que-nascem-com-os-filhos/
Capacidade:
250 lugares
Classificação: 12 anos
Duração: 60 minutos
Acessibilidade: O teatro é acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida. 

.: Trupe circense Universo Casuo faz novas apresentações


Espetáculo narra saga de um palhaço para devolver as cores ao mundo em um universo paralelo


Visto por mais de 3 milhões de pessoas no Brasil, Argentina, Paraguai, Chile, Colômbia, Panamá, Costa Rica e México, o "Grand Spectacle du Cirque", da companhia circense Universo Casuo, ganha duas novas apresentações no Teatro J. Safra, nos dias 25 e 26 de março de 2023 (no sábado, às 17h e no domingo, às 16h).

Apresentado pelo Ministério do Turismo e pela Nutrigesso, o espetáculo tem como plataforma música, performance, humor e poesia e a trilha sonora - criada por Charlie Dennard e Igor Pimenta - é executada pela banda The White Clowns.

A companhia Universo Casuo é liderada por Marcos Casuo, o único brasileiro a protagonizar uma obra do Cirque Du Soleil, onde atuou por oito anos, se apresentando com o espetáculo "Alegria" para mais de 12 milhões de pessoas. "Grand Spectacle du Cirque" busca dentro de cada espectador “a sua essência de criança, os sentimentos mais doces, a pureza das emoções que habitam nossos sonhos e nos fazem passear por um mundo onde as nuvens são feitas de algodão doce e o Sol sorri, um convite para viajarmos ao sabor do vento com cheiro de tutti-frutti”, conta Marcos.

26 profissionais entre cenógrafos, artistas, músicos, produtores e bailarinos fazem parte do espetáculo. O Grand Spectacle du Cirque resgata a excelência da arte circense através de uma inovadora combinação de performances de tirar o fôlego e uma tecnologia de ponta.


Sinopse
O espetáculo conta a história de um universo paralelo, o “Universo Casuo”. Um lugar mágico onde tudo é possível. Nele, o personagem denominado Jean Francua, o Clown, percebe que a Terra, o Planeta Azul, o qual antigamente esbanjava cores, hoje está desbotada e quase sem cor. O Clown resolve atravessar o portal, entrar no nosso mundo e trazer de volta todos os sonhos, fantasias e tornando novamente colorido.


Sobre Universo Casuo
Após obter reconhecimento internacional por sua fantástica e criativa atuação de quase uma década no espetáculo “Alegria”, do Cirque du Soleil, e ter sido aplaudido em 24 países por 12 milhões de pessoas, inclusive, reis, rainhas, celebridades da música internacional e astros de Hollywood, Marcos Casuo, o único protagonista brasileiro na Cia Canadense, trouxe, em 2008, toda essa

bagagem adquirida para sua própria “Fábrica de fazer Sonhos”. O Universo Casuo surpreende pela combinação emocionante de performances, música, humor e poesia. Com figurinos exuberantes, a Cia. encanta com maquiagem artística, body painting e com o que há de mais moderno em termos de luz, som e efeitos especiais. Uma obra totalmente brasileira que emociona e traz de volta o brilho e a vitalidade dos anos dourados do circo.


Sobre Marcos Casuo
Artista consagrado em mais de 24 países, Marcos Casuo apresenta toda sua experiência internacional junto com sua trupe. Tornou-se conhecido ao redor do mundo pela sua fantástica atuação no espetáculo ‘Alegria’, da famosa trupe Canadense Cirque du Soleil. Único brasileiro protagonista, Casuo atuou na trupe durante oito anos, sendo aplaudido em 24 países por aproximadamente 12 milhões de pessoas, inclusive, reis, rainhas, celebridades da música internacional e astros de Hollywood.


Ficha técnica
"Grand Spectacle du Cirque". Artistas: Marcos Casuo (Clown), Rodrigo Forti Moraes (Bike Shark / Eban), Gabriel Gomes (Anuchavan Act – Mandala), Carol Rigoletto (Evron - Malabares), Thaina Alves Feroldi (Vênus - Handstand Emotion), Larissa Guimarães (Luna Act – Lira/ Auroras Act - Trapezio), Natalia Presser Alves da Silva (Lunia Act – Lira/ Auroras Act - Trapezio), Thais Ventorini de Morais (Auroras Act – Trapezio/ Earth – Tecido), João Marcílio (Tayrone – Duo Handstand Emotion) e  Roberta Grillo (Zeldia – Duo Handstand Emotion). The White Clowns - Banda. Stella Rocha (The Heart Singing - vocal). Igor Pimenta (Baxis - Band Leader). Eduardo Guarinon (Bateres). André Bordinhon Barbosa Dias Pereira (Guits). Rafael Castro (Teclis). Compositor e montagem Musical: Charlie Dennard e Igor Pimenta. Make-up designer: Marcos Casuo e Pâmela Sgarbi. Make hair designer: Aroldo Velanny. Designer de figurino: Chico Spinoza, Lesley Roveri, Sonia Roveri e Paola Roveri. Operador de PA e monitor: Silvio Romualdo. Light designer e iluminador e Rodolfo Domânico. Roadie: Luis Carlos da Silva Araújo. Head Rigger: Sérgio de Souza (Boca). Técnicos de montagem: Flávio Santiago Ramos e Wellington da Silva. Produção executiva: Escritório - UC. Coordenação de produção: Thais Blanco e Anderson Lana. Assistência de produção: Rodolfo Menezes. Assessoria de imprensa: Pombo Correio. Direção geral: Rodrigo Cauchioli. Direção artística e criação: Marcos Casuo. Patrocínio: Nutrigesso. Apresentado por Ministério do Turismo e Nutrigesso


Serviço
"Grand Spectacle Du Cirque", de Universo Casuo. Quando: 25 e 26 de março, no sábado, às 17h e no domingo, às 16h. Teatro J. Safra - Rua Josef Kryss, 318, Parque Industrial Tomas Edson. Ingressos: Plateia Premium: R$ 80. Plateia Vip: R$ 80. Mezanino: R$ 50. Mezanino com visão parcial - R$ 40 (duas fileiras têm visão parcialmente prejudicadas). Duração: 90 minutos. Classificação: livre. Acessibilidade: sala possui acessibilidade para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. 

.: Entrevista: Renata Sorrah e Lima Duarte relembram "‘Pedra Sobre Pedra"


Paixão e rivalidade entre as famílias Pontes e Batista é o tema central da obra escrita por Aguinaldo Silva. Foto: Globo/Divulgação


Ambientada na fictícia Resplendor, na Chapada da Diamantina - interior da Bahia-, a novela "Pedra Sobre Pedra", de Aguinaldo Silva, está disponível Globoplay, integrando o projeto de resgate dos clássicos da dramaturgia da plataforma. A trama gira em torno de Murilo Pontes (Lima Duarte) e Jerônimo Batista (Felipe Camargo), de famílias rivais e apaixonados pela mesma mulher, Pilar (Cláudia Scher/ Renata Sorrah). 

 Pilar é noiva de Murilo, mas o abandona no altar, desconfiando que sua melhor amiga espera um filho dele. Como vingança, casa-se com Jerônimo, com quem tem uma filha, Marina. Já Murilo resolve partilhar a vida com Hilda (Andrea Murucci/ Eva Wilma) e tem um filho chamado Leonardo (Maurício Mattar). Passados 25 anos, Pilar deseja à Marina (Adriana Esteves) o mesmo futuro que Murilo espera para seu filho: a prefeitura de Resplendor. 

É neste momento que se inicia uma batalha entre as famílias Pontes e Batista, na qual o herdeiro que vencer a eleição restabelece o poder de um dos clãs na cidade. Em meio a isso tudo, Pilar e Murilo, que ainda escondem o amor do passado, precisarão lidar com a paixão arrebatadora que une seus filhos, Marina e Leonardo. Escrita por Aguinaldo Silva, Ana Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares, com direção-geral de Paulo Ubiratan, "Pedra Sobre Pedra" reúne, ainda, talentos como Eva Wilma, Paulo Betti, Marco Nanini, Andrea Beltrão, Arlete Salles, Nívea Maria, Fábio Jr, entre outros.   


Como era a Pilar? Quais são as características mais fortes dessa personagem?
Renata Sorrah - A Pilar Batista é uma mulher corajosa, voluntariosa, raivosa e amorosa. Costumo dizer que a Pilar é feita de paixão.  


Como você descreve o Murilo Pontes?

Lima Duarte - Um homem do seu tempo. Quase um coronel dos antigos coronéis, como Odorico Paraguaçu, de "O Bem Amado". Ele tem uma fazenda, como vivem os grandes fazendeiros, proprietários de terras. É casado com a Hilda. “Hilda, minha filha”. Eu que inventei esse bordão! Murilo é um homem honesto na medida, poderoso na medida. É bem forte, no fim da novela ele leva uma que o faz melhorar como ser humano.   

 
Como foi contracenar com Lima Duarte? 
Renata Sorrah - Trabalhar com o Lima Duarte foi um sonho. Ele é um ator incrível, um ser humano de uma honestidade, como pessoa e como ator em cena. Lima se entrega ao personagem de uma maneira que é muito emocionante. É sempre um privilégio trabalhar com ele. 
 

Na sua avaliação, quais são os principais atrativos da novela em tempos atuais que tendem a chamar a atenção e carinho do público? 
Renata Sorrah - "Pedra Sobre Pedra" aborda a paixão, o ódio e a disputa. Uma novela incrível, seja pelo texto do Aguinaldo Silva, maravilhoso, ou pelo elenco incrível, cheio de vontade de fazer, com fogo nos olhos. A novela conta a história de duas famílias, Batista e Pontes, que disputavam o poder numa cidade - de um lado, Pilar Batista e de outro, Murilo Pontes. Foram apaixonados na adolescência, mas Pilar o deixou no altar e todo o sentimento mudou.
Lima Duarte - O que chama atenção nessa novela, é o mesmo que em todas as outras: o amor. O amor entre Murilo Pontes e Pilar Batista. Ele foi transmitido ao público de uma maneira absolutamente nova, grande e total. É lindo demais. E a Renata Sorrah também entendeu a mensagem e nós dois fizemos da melhor maneira possível. 
 

Qual é a expectativa para "Pedra Sobre Pedra" no Globoplay?
Renata Sorrah - "Pedra Sobre Pedra" é uma novela que ficará para sempre. O elenco tem Marco Nanini, Arlete Salles, Lima Duarte, Paulo Betti, Fabio Junior, Maurício Mattar, Adriana Esteves. Vale a pena assistir porque tem um show de atores, de escrita e de dramaturgia. A direção é incrível, maravilhosa. É uma ótima dica rever essa novela. Muito boa! 
    

Quais são as lembranças da época da gravação e dos bastidores da novela?
Lima Duarte - 
"Pedra Sobre Pedra" tem duas cenas que me chamam bastante a atenção. Uma é quando a Pilar, interpretada pela querida Renata Sorrah, arranca o retrato do Murilo e o joga na lama. A outra é logo em seguida, quando o Murilo vai para casa tomar banho e conversa com o sobrinho, interpretado pelo Nanini, contando o que aconteceu entre eles. É o momento que tenho um monólogo tão lindo. Me lembro que falo "Houve muito amor, paixão, essa mulher me deixa louco”. A paixão entre os dois, a loucura um pelo outro perpassa a novela inteira.

quinta-feira, 23 de março de 2023

.: Grupo Tapa estreia 2023 com encontro fictício entre Freud e um visitante


Dramaturgia do autor belga de origem francesa Éric-Emmanuel Schmitt coloca em cena uma disputa entre Divindade e Ateísmo. Brian Penido Ross é o responsável por dar vida ao pai da psicanálise em cena


Alguns dias após a anexação da Áustria pela Alemanha, em que Anna, a filha de Freud é levada para interrogatório na Gestapo, o pai da psicanálise recebe a visita de um desconhecido. O embate de ideias travado pelos dois pode ser pode ser uma alucinação, memória ou sonho. Esse é o cenário de "Freud e o Visitante", primeira estreia do Grupo Tapa em 2023, que acontece no dia 23 de março, quinta-feira, às 20h no Teatro Aliança Francesa. 

O texto é do autor belga de origem francesa Éric-Emmanuel Schmitt, a direção é de Eduardo Tolentino de Araujo e o elenco conta com Adriano Bedin, Anna Cecília Junqueira, Brian Penido Ross e Bruno Barchesi. A temporada vai até 4 de junho com sessões sempre de quinta a sábado, às 20h, e domingo, às 18h.

A trama se passa em Viena em março de 1938, os alemães invadem a Áustria e perseguem  os judeus. A Princesa Marie Bonaparte e o cônsul americano negociavam a partida de Sigmund Freud (1856 -1939), mas ele  resiste em partir. Primeiro porque  os alemães exigiam que ele assinasse um documento, contando como ele foi bem tratado pelos nazistas.

Outro fator é que ele já tinha 82 anos de idade, dos quais os últimos 16 com um câncer na boca e queria terminar seus dias nas terras do que já foi o Império Austro-Húngaro (ele nasceu em Příbor,  cidade da atual República Checa). Mas quando sua filha Anna é presa para interrogatório, a história toma outro rumo. É nesse dia que ele recebe uma estranha visita. 

“O desconhecido que encontra Freud vai atingindo várias personalidades ao longo da peça. Pode ser um louco que fugiu do hospício, um homem que assedia Anna no parque, uma manifestação do inconsciente ou quem sabe, Deus. Afinal seria mais fácil se ele não fosse ateu”, conta Tolentino. A encenação parte de dúbio, não naturalista, como se fosse um sonho. A história se passa no consultório com o uso de objetos específicos do ambiente freudiano como uma reprodução fiel de sua característica cadeira e um divã com tapete persa.

“Freud tem frases fortes e provocantes ‘Deus é uma hipótese inútil, se ele é onipotente, ele é mal’, chega até a dizer que a religião é uma neurose coletiva. Ele era judeu, mas não no sentido religioso, mas no cultural. Também era um ateu convicto e expurga tudo no choque de ideias com o Desconhecido”, enfatiza Ross. Em contrapartida, o visitante culpa o orgulho dos homens pelas mazelas do mundo em função do livre arbítrio. “Ele diz que o homem se tornou o senhor absoluto, senhor da natureza, onde ele degrada; senhor da política, onde o autoritarismo prevalece”, pontua o diretor.

Eduardo Tolentino é um estudioso de Freud e o tema da psicanálise já foi trabalhado em duas versões da peça Melanie Klein, do inglês Nicholas Wright, que contaram com sua direção. "'Freud e o Visitante' é uma peça factível, cujo tema me é caro. É uma alegoria sobre Freud. Brian tem o humor e a ironia certa para interpretar o personagem”. Para viver o protagonista, Brian Penido Ross tem mergulhado na literatura psicanalítica, em biografias de Freud e no "Velho Testamento", já que no período da peça, Freud estava terminando seu último texto, o controverso "Moisés e o Monoteísmo".

O diretor ressaltou as várias camadas do texto. “É um espetáculo com uma possibilidade de comunicação ampla, mexe com questões comuns. Vivemos em um tempo de guerra, mesmo não estando perto do conflito, pois recebemos informações toda hora sobre ela. Freud não esperava que a Áustria tivesse uma adesão tão rápida e forte dos ideais nazistas. A peça retrata a questão 'Qual o momento que você percebe que as coisas estão acontecendo?'. Mesmo Freud sendo um proeminente da época, ele não se deu conta do que estava ocorrendo. A peça é uma metáfora, uma situação que poderia ser iminente, hoje está na história, se não prestar atenção, acontece de novo”.

"Freud e o Visitante" é a primeira peça de teatro do autor, e é a mais traduzida do teatro contemporâneo francês, passou por mais de 40 países. No Brasil, o dramaturgo já foi montado com "Variações Enigmáticas", com Paulo Autran e Cecil Thirè em cena e direção de José Possi Neto (2002); e "O Libertino", com Cassio Scapin e direção de Jô Soares (2011). No Rio de Janeiro, a montagem ganhou uma versão para os palcos com direção de Giles Gwizdek, em 1995. O elenco tinha Cláudio Cavalcanti (Sigmund Freud), Maria Lucia Frota (Anna Freud), Rogério Fabiano (o visitante) e Marcos Wainberg (nazista).


Ficha técnica
"Freud e o Visitante". Texto: Eric-Emmanuel Schmitt. Direção: Eduardo Tolentino de Araujo. Elenco: Adriano Bedin, Anna Cecília Junqueira, Brian Penido Ross e Bruno Barchesi. Trilha sonora priginal: Paulo Marcos. Fotografias: Ronaldo Gutierrez. Design Gráfico: Mau Machado. Redes Sociais: Felipe Pirillo (inspira teatro). Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes. Assistente de produção: Luisa Ferrari. Produção executiva: Nando Medeiros. Direção de produção: Ariell Cannal.


Serviço
"Freud e o Visitante". Temporada: de 23 de março até 4 de junho. De quinta a sábados, às 20h. Domingo, às 18h. Preço: Quinta e sexta R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia). Sábado e domingo a R$70 (Inteira) e R$35 (Meia). Classificação: 14 anos. Duração: 90 minutos. Teatro Aliança Francesa - Rua General Jardim 182 – Vila Buarque.  Ar-condicionado. Informações: (11) 3572-2379. Link de compra de ingressos: https://bit.ly/FreudEVisitante

.: Bendita Trupe estreia versão inédita de "Volpone, A Raposa e as Aves de Rapina"


Na imagem, os atores 
Ester Laccava Sérgio Pardal interpretam os personagens Canina e Corbaccio. Obra de Ben Jonson foi encenada por Johana Albuquerque  e pela companhia em 2020 em formato presencial com distanciamento social e, agora, ressurge num novo formato para o palco italiano. Foto: Marcelo Villas Boas


Comédia criada para comemorar os 20 anos da Cia Bendita Trupe, "Protocolo Volpone - Um Clássico em Tempos Pandêmicos", dirigida por Johana Albuquerque, estreou em 2020 e foi indicada ao Prêmio APCA, na categoria de melhor espetáculo. Agora, essa que foi a primeira peça a estrear em formato presencial, com grande elenco e público restrito e isolado em cabines plásticas higienizadas - ganha uma versão inédita para palco italiano. "Volpone, A Raposa e as Aves de Rapina", comédia de Ben Jonson, segue em cartaz no Teatro Arthur de Azevedo, onde segue em cartaz até 2 de abril, com apresentações de quinta a sábado, às 21h, e aos domingos, às 19h. Ao todo são 16 apresentações, que foram possíveis graças ao ProAC ICMS Direto.

O espetáculo, que fez um barulho estrondoso na mídia, mas só foi visto presencialmente por 400 pessoas, agora retoma para seu projeto original, com a proposta de homenagear o Teatro Brasileiro de Comédia, que realizou uma montagem deste texto em 1953, sob a direção de Ziembinski. A versão inédita da peça também é uma resposta aos acontecimentos de 2023.

"Volpone" é uma comédia clássica, com uma embocadura de linguagem aparentemente de época, mas também divertida, cáustica e popular. Com tantas adversidades no entorno nos dias que correm, nada melhor do que uma ácida comédia, que discorre sobre seres humanos piores ou iguais a raposas e a aves de rapina, nos fazendo gargalhar e refletir sobre o nosso próprio infortúnio.

Visando ainda fomentar a discussão sobre as relações entre artes cênicas, cultura e o anúncio de novos tempos, como também, compartilhar impressões e relatos com os espectadores sobre o histórico e processo de montagem, acontecerão quatro debates com os criadores do espetáculo e o elenco da Bendita Trupe. Os debates acontecerão seguidos de roda de perguntas do público, sempre aos domingos, após o espetáculo.


A equipe
Essa montagem é a mais famosa comédia de Ben Jonson, na versão de Stefan Zweig, e tem adaptação de Marcos Daud. A idealização do projeto e direção é de Johana Albuquerque e o elenco é composto pelos atores Cris Lozano, Daniel Alvim, Ester Laccava, Fernanda D’umbra, Joca Andreazza,  Luciano Gatti, Mauricio de Barros, Pedro Birenbaum, Vanderlei Bernardino, Sergio Pardal e Vera Bonilha. Na visualidade do espetáculo figuram o cenógrafo Julio Dojcsar, a figurinista Silvana Marcondes, o diretor musical Pedro Birenbaum, o iluminador Wagner Pinto e o visagista Leopoldo Pacheco. O projeto conta também com a assistência de direção de Cacá Toledo e produção de Gustavo Sanna.


Sobre o espetáculo
Trata-se de uma adaptação de "Volpone", a comédia da ganância, de Ben Jonson, contemporâneo de Shakespeare, um dos textos mais encenados no Reino Unido. O texto ganha uma versão enxugada pelo austríaco Stefan Zweig, nos anos 1920. Volpone é um homem sem filhos, especialista na arrecadação de riquezas e, para mais acumular, finge estar agonizante e diverte-se com o desfile de bajuladores que, na expectativa de serem contemplados em seu testamento, o enchem de favores e se prestam a todas as humilhações. Para tal, Volpone conta com a colaboração fiel e estratégica de seu criado Mosca, que atua na armação de vários quiprocós para satisfazer a luxúria e sadismo de seu patrão. 

Ascensão social, conquistas amorosas e a influência nos altos círculos, que só o dinheiro pode oferecer, são temas eternos, todos presentes nesta peça escrita há mais de quatro séculos. A nobreza característica dos textos de época se contrapõe às expressões cômicas e bem humoradas presentes nesta tradução, além da teatralidade farsesca marcante na linguagem da peça. 

A adaptação de Marcos Daud atualiza a versão de Zweig, destacando temas contemporâneos como ganância, corrupção, assédio, protagonismo feminino, fake News, judiciário lacrador e trapaças golpistas. A ânsia caricatural por poder e dinheiro acima de qualquer princípio ético ou moral é sempre um tema caro e atraente ao grande público. 

O texto foi encenado pelo Teatro Brasileiro de Comédia nos anos 1950, e Décio de Almeida Prado, crítico que ajudou a formar o público do TBC, assim descreve o texto: “Voltore, Corvino, Corbaccio... Ben  Jonson não teria reunido assim esse bando de aves de rapina, em torno de Volpone, a astuta raposa velha, se não pretendesse escrever a mais estranha e inesperada das comédias: ‘a comédia da morte’ ”. 

A letra da música “Oh, Veneza, Terra dos Sonhos”, escrita especialmente por Bertolt Brecht para uma montagem deste texto pela diretora Elizabeth Hauptmann, em 1952, serviu de inspiração para a abertura deste espetáculo. 

Ficha técnica
"Volpone, A Raposa e as Aves de Rapina". Texto: Ben Jonson, na versão de Stefan Zweig. Adaptação: Marcos Daud. Idealização e direção: Johana Albuquerque. Assistência de direção: Cacá Toledo. Atores: Daniel Alvim (Volpone), Ester Laccava (Canina),  Joca Andreazza (Corvino), Luciano Gatti (Leone), Fernanda D’umbra (Juiz), Maurício de Barros (Mosca), Pedro Birenbaum (Inspetor e Músico em cena), Vanderlei Bernardino (Voltore), Sérgio Pardal (Corbaccio), Vera Bonilha/Cris Lozano (Colomba). Cenografia e Adereços: Julio Dojcsar. Figurino: Silvana Marcondes. Direção Musical, Músicas Originais, Produção de som e Teclados: Pedro Birenbaum. Iluminação: Wagner Pinto. Visagismo: Leopoldo Pacheco. Orientação corporal: Renata Melo. Operação de Som/Microfonista: Igor Souza. Operação de Luz: Iaiá Zanatta. Design gráfico: Werner Schulz. Mídias sociais: Carolina Coelho. Assessoria de Imprensa: Pombo Correio. Fotos Divulgação: Marcelo Villas Boas. Assistência de Produção (sala de ensaio): Marcelo Leão e Lucas Vannat. Produção Executiva: César Ramos. Administração: Complementar Produções Artísticas. Direção de Produção: Gustavo Sanna. Coordenação Geral: Johana Albuquerque. Realização: Bendita Trupe


Serviço
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Volpone, A Raposa e as Aves de Rapina". Temporada: até dia 2 de abril, de quintas a sábados, às 21h, e aos domingos, às 19h*. Teatro Arthur Azevedo: Avenida Paes de Barros, 955 - Alto da Mooca. Ingressos: grátis, distribuídos uma hora antes do espetáculo. *Debates: 12, 19, 26 de março e 2 de abril, após a apresentação. Duração: 100 minutos. Classificação: 12 anos. Capacidade: 349 lugares. Acessibilidade: Teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.

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