domingo, 14 de maio de 2023

.: Estreia da poeta Marina Grandolpho aborda a condição feminina e dores


Fotos: Gabriela Luz

Livro de estreia da professora e escritora paulista Marina Grandolpho, “Maquinário Feminino e Outras Conversas” aborda, em 46 poemas, vivências tipicamente femininas a partir de um olhar afiado, sensível e crítico que partem da experiência da autora como mãe e feminista. Publicada pela Editora Patuá, a obra conta com orelha assinada pela escritora capixaba Carla Guerson. 

“Maquinário Feminino e Outras Conversas” trata da condição da mulher e de mães em nossa sociedade: violadas e sobrecarregadas, apesar de tantos avanços; dos encontros e desencontros nos relacionamentos interpessoais; dos silêncios e silenciamentos que tanto comunicam; fora questões cotidianas tão atreladas à existência e os processos (de cura e de escrita, e às vezes de cura pela escrita) na vida de indivíduos. 

“Os temas que trago no livro perpassam a minha existência, a existência da minha filha, a existência de tantas outras mulheres, mas ao mesmo tempo dizem respeito a todo mundo; além disso, a dor é um eixo condutor entre as temáticas - e não seria a dor uma condição humana, com a qual todos se identificam? Talvez tenha sido essa a maior motivação: dialogar com as pessoas por meio da sensibilidade que as dores nos causam”, justifica a autora. 

Alguns poemas foram rascunhados pela primeira vez ainda em 2008, muito antes de Marina ter o desejo de fazer sua escrita literária publicada. “A necessidade de escrever sobre coisas que estavam incontidas desde sempre urgia para mim, o livrar-se de todas essas coisas (sentimentos e sensações), o lidar com a dor, o extravasar. Talvez por isso tenha sido um longo processo”, relata.

Para Carla Guerson, a escrita de Marina denota essa urgência. “Não a urgência de quem esteve no fundo do poço, mas a de quem ainda está ali. De quem de vez em quando emerge para anunciar: eu estou aqui. Para respirar, para exigir, para denunciar”, frisa, ressaltando o poder de reflexão e identificação da poética construída pela poeta ao longo do livro. 

O silêncio e seus efeitos e causas formam a espinha dorsal da obra ao transformar a palavra em um ato existencial e essencial para esse eu-lírico marcadamente feminino, logo humano. “O livro que você tem em mãos brota do desalento. E se um dia você já esteve nesse lugar (e talvez estejamos todos), vai ser impossível não se identificar”, aponta Carla. Compre o livro “Maquinário Feminino e Outras Conversas” neste link.

Um maquinário feminino dividido em cinco partes
Apesar do título fazer um aceno especial às mulheres em “Maquinário Feminino e Outras Conversas”, todas as pessoas são bem-vindas a conversa poética estabelecida pela autora, na qual encontrar-se-ão com angústias, silenciamentos e crises existenciais - perpassando temas como maternidade, violências de gênero, amor desencontrado, abandono, vazio, falta de inspiração.

E, ao mesmo tempo, os leitores poderão deparar-se com o alento de (re)encontros bem-sucedidos ou com a sensação de livramento que vêm das decisões acertadas. Ainda que a poeta escreva sobre questões relacionadas à violência patriarcal e a exploração do trabalho de cuidado feminino, especialmente na primeira seção do livro, o corpo da obra se forma a partir de cinco partes, indo muito além desse escopo inicial, ainda que sempre em diálogo com ele. 

A primeira parte, "maquinário feminino", que dá nome ao livro, trata de assuntos relacionados a um universo comumente vivenciado por mulheres e ao mesmo tempo convida quem está alheio a este cosmos a refletir sobre ele. A segunda seção, "encontros e desencontros", aborda como relacionamentos amorosos podem ser complexos, ora promovendo que nos encontremos com nossos pares, ora nos desencontrando de pessoas que imaginávamos ser nossas parceiras. 

A terceira seção, "silêncios", anuncia possibilidades para pensarmos como o silêncio pode transpor de modos diferentes as nossas vidas, coexistindo de forma angustiante e libertadora. A quarta seção, "observações cotidianas", apresenta um olhar atento e reflexivo sobre o mundo que nos circunda, sobre questões relacionadas à nossa existência. Já a quinta e última seção, "processo", faz referência ao próprio processo de escrita, como ele pode se dar tão singularmente, atravessado por dores, inseguranças e, até mesmo, falta de inspiração. Um livro fermentado pela experiência acadêmica, vivência feminina e boas referências. 

Em “Maquinário Feminino e Outras Conversas”, a autora explora o poder dialógico de um eu-lírico feminino. “O livro que você tem em mãos foi construído no silêncio que habita as entranhas de uma mulher. Uma mulher que se recusa a ser mais uma peça de uma engrenagem, mas que não consegue se livrar dela. Roda, gira, cuida. Sangra, dói, lateja.” - Trecho da orelha da escritora capixaba Carla Guerson. Você pode comprar o livro “Maquinário Feminino e Outras Conversas” neste link.


Sobre a autora
Marina Grandolpho
nasceu e vive no interior de São Paulo. Formada em Letras pela UFSCar e doutora em Estudos Literários pela Unesp, atua como professora e escritora, é mãe e feminista. Possui textos publicados em revistas e portais literários, como Aboio, Ruído Manifesto, e mantém uma newsletter. Em 2022, publicou a zine independente “Por Debaixo da Carne Sou Palavra” e, recentemente, lançou seu primeiro livro, após longo período de trabalho, pela editora Patuá.

As principais referências literárias da autora são nomes clássicos da literatura do século XX, sendo sua obra de estreia inspirada por poemas esparsos de Alice Ruiz e pelos livros “ Aos Teus Pés” de Ana Cristina César, “Redoma de Vidro” de Sylvia Plath, e “Um Útero é do Tamanho de Um Punho” de Angélica Freitas. Além dessas grandes autoras, a poeta também cita Paulo Leminski, Carlos Drummond de Andrade, Ana Martins Marques, Adília Lopes, Clarice Lispector, Cecília Meireles e Manuel Bandeira como parte de sua bagagem literária.

“Escrevo todo dia: anoto coisas que me acontecem e/ou me chamam a atenção, sonho, lembranças/ideias que me vêm à cabeça. E, então, quando há tranquilidade, paro e organizo essas anotações. Muitas delas se transformam em textos, que vão sendo mexidos e remexidos ao longo do processo de produzir algo”, relata Marina, que já tem o original do seu segundo livro, também de poesia, fechado. Além disso, tem se dedicado, nas frestas de um dia-a-dia atribulado, a dois projetos em prosa: um de contos e outro de novela. Garanta o seu exemplar de “Maquinário Feminino e Outras Conversas” neste link.

.: "Coisas que Você Pode Dizer em Voz Alta" traz à cena música e delicadezas


Embaladas por canções de David Bowie, Aretha Franklin e PJ Harvey, peça a graphic novel "O Enterro das Minhas Ex", da francesa Anne-Charlotte Gauthier. Foto: Ivy Onodera

As primeiras descobertas amorosas da adolescência e o processo de crescimento são o ponto de partida do espetáculo juvenil "Coisas que Você Pode Dizer em Voz Alta", quarto trabalho da DeSúbito Companhia. Com dramaturgia de Ricardo Inhan, inspirada na Graphic novel francesa "O Enterro das Minhas Ex" (2015), de Anne-Charlotte Gauthier, e direção de Ricardo Henrique, a peça narra, em três atos, fragmentos do cotidiano cheio de curiosidades e contratempos de uma adolescente, que vive em uma pequena cidade do interior. 

Voltado para jovens e adultos, o espetáculo conta com um elenco totalmente feminino, Tay O'hanna (“Leci Brandão na Palma da Mão” e “As Five”), Carla Zanini (“Extraordinarias”), Marô Zamaro (“Os Fins do Sono”) e Mônica Augusto (“Nóis na Firma” e “A Divina Farsa”), a peça fala sobre descoberta da sexualidade e processo de crescimento e aceitação na adolescência

"Coisas que Você Pode Dizer em Voz Alta" circula em São Paulo, a partir do dia 19 de maio, às 21h, começando pelo Teatro Arthur Azevedo, na Mooca. Em seguida,  se apresenta em teatros e centros culturais municipais até o mês de junho. Confira a programação completa abaixo. Todas as 16 apresentações são gratuitas.

Na trama, o público acompanha a jornada de Charlotte entre os 13 e 17 anos, em seu processo de descoberta e conhecimento. “São muitas as crises nesse período, que é também uma passagem para a vida adulta. Por isso, quisemos dialogar com esse público jovem com o respeito que eles merecem”, conta o diretor Ricardo Henrique.   


Sobre a história
"Coisas que Você Pode Dizer em Voz Alta" se passa em uma garagem, lugar onde Charlotte se sente livre para extravasar seus pensamentos e desejos. Nesse espaço libertador, ela precisa aprender a lidar com preconceitos maiores do que o seu quintal. Seu grande sonho é sair da cidade minúscula em que vive para conhecer o mundo,  como fez sua tia favorita muitos anos antes. 

A montagem alterna acontecimentos realistas e a imaginação da protagonista. Lirismo e realismo mágico se misturam para falar de seus segredos, pensamentos, dúvidas, confissões e feitos, em uma linguagem rápida, semelhante a de YouTubers.  O pop conduz essa narrativa ao misturar imaginação, falas, sons e canções, de David Bowie, Aretha Franklin e PJ Harvey,  artistas admirados por sua tia. Em alguns momentos, astronautas mulheres surgem como “fantasmas”, mentoras da ação da protagonista. A direção musical, a guitarra e os vocais são de Mini Lamers e, na bateria, está Didi Cunha. 

Embora a história não seja totalmente centrada na estética dos quadrinhos, há algo de graphic novel no jogo entre as atrizes. “As cenas são bem frontais e fotográficas. Em alguns momentos as relações no espaço formam desenhos cênicos que relembram os quadrinhos”, comenta o diretor. Coisas que Você Pode Dizer em Voz Alta  procura um olhar cuidadoso e generoso com a adolescência, suas vozes e seus conflitos, e, acima de tudo, coloca em cena um tema sempre urgente: a aceitação. Essa circulação do espetáculo foi possível graças à segunda edição do edital de Múltiplas Linguagens e Culturas na cidade de São Paulo do Fomento ao Teatro.


Sinopse do espetáculo
Numa minúscula cidade do interior onde existe mais gado do que gente, a adolescente Charlotte vive suas primeiras descobertas amorosas. Tudo acontece em sua garagem, lugar onde se sente livre para extravasar seus pensamentos e guarda os livros e discos enviados por sua tia preferida, a única mulher da família a sair desse fim de mundo. Em meio ao cotidiano pacato e a aparente imobilidade das pessoas ao redor, Charlotte começa a descobrir que gosta de garotas e terá que lidar com preconceitos maiores do que o seu quintal.

DeSúbito Companhia
A companhia nasceu em 2014, do encontro de artistas egressos da EAD - Escola de Arte Dramática ECA-USP. Com quatro trabalhos já encenados, "Coisas que Você Pode Dizer em Voz Alta" (2019); "Os Tubarões, os Peixes e os Mortos" (2018); "Você Só Precisa Saber da Piscina" (2017); "Casa e Nuvem Branca" (2015), a pesquisa do grupo é voltada sobretudo para criação contemporânea a partir de dramaturgia própria e com um trânsito de artistas e parcerias que se moldam de acordo com o novo trabalho.

Com a direção artística do ator, diretor, produtor e cofundador da companhia, Ricardo Henrique, entre suas principais realizações estão parcerias com os dramaturgos Ricardo Inhan, Rafael Augusto e a dramaturga e atriz integrante da companhia Carla Zanini.

No próximo semestre, a companhia estreia o espetáculo "Afeto - Uma História de Amor (Violenta e Difusa) entre Mulheres Quebradas", com dramaturgia de Carla Zanini, premiada pela 9ª Mostra de Dramaturgia em Pequenos Formatos do CCSP. O novo trabalho, que será dirigido pela própria dramaturga em parceria com Angélica Di Paula, reforça uma das marcas comuns dos projetos do grupo que é falar sobre afetividades. "Afeto" faz parte de uma trilogia escrita por Carla. Os outros dois textos são: "Raiva - Nós Temos Um Cão que Morde" e "Coragem - Um Lugar Melhor que Aqui". Nessa trilogia, situações limites e privadas são usadas para falar sobre o público e o coletivo, num jogo intenso e constante de contradições sociais, políticas e afetivas vivenciadas pelas personagens. Compre a graphic novel "O Enterro das Minhas Ex", da francesa Anne-Charlotte Gauthier, neste link.

Ficha técnica
"Coisas que Você Pode Dizer em Voz Alta", da DeSúbito Companhia. Direção: Ricardo Henrique. Dramaturgia: Ricardo Inhan. Elenco: Tay O'hanna, Carla Zanini, Marô Zamaro e Mônica Augusto. Stand-ins: Darília Ferreira e Marisa Bezerra. Cenografia e iluminação: Marisa Bentivegna. Direção musical, guitarra e vocais: Mini Lamers. Bateria: Didi Cunha. Figurinos: Muca Rangel. Assistente de figurino: Padu. Técnico de luz: Bruno Garcia. Arte gráfica: Angela Ribeiro. Direção de Produção: Mariana Novais - Ventania Cultural. Assessoria de Imprensa: Canal Aberto  | Márcia Marques

Serviço
"Coisas que Você Pode Dizer em Voz Alta". Duração: 70 minutos. Classificação: 12 anos. Entrada gratuita - ingressos serão distribuídos com 1h de antecedência.


Teatro Arthur Azevedo
19, 20 e 21 de maio, sexta e sábado, às 21h, e domingo, às 19h
Endereço: Av. Paes de Barros, 955 - Alto da Mooca, São Paulo

Teatro Alfredo Mesquita
24 e 25 de maio, quarta às 21h e quinta às 15h e às 21h
Endereço: Av. Santos Dumont, 1770 – Santana, São Paulo

Teatro Cacilda Becker
Dias  7 e 08 de junho, quarta às 21h e quinta às 15h e às 21h
Endereço: Rua Tito, 295 - Lapa, São Paulo

Teatro Paulo Eiró

Dias  21 e 22 de junho, quarta às 21h e quinta às 16h e às 21h
Endereço: Adolfo Pinheiro, 765 - Santo Amaro, São Paulo

.: Sesc Santos recebe show "Wanderléa Canta Choros" no próximo dia 26


Ícone da Jovem Guarda apresenta ao vivo repertório do álbum lançado pelo Selo Sesc com clássicos do choro e canção inédita inspirada na cantora. Foto: Ione Cadengue


Wanderléa
celebra seu novo trabalho "Wanderléa Canta Choros", lançado pelo Selo Sesc, em um show especial nas unidades do Sesc em São Paulo. Em Santos, a cantora se apresenta no dia 26, sexta, às 20h, com o show inspirado em grandes clássicos do choro e na carreira da artista, que estará acompanhada pelos músicos: Zé Barbeiro no violão de 7 cordas, Alessandro Penezzi no violão, Fabricio Rosil no cavaquinho, Milton de Mori no bandolim, João Poleto na flauta, Alexandre Ribeiro no clarinete, Roberta Valente no pandeiro e Douglas Alonso na percussão. Os ingressos podem ser adquiridos no site do Sesc São Paulo, a partir do dia 16 de maio, ou nas bilheterias das unidades, a partir do dia 17.

Produzido pelo Selo Sesc, o álbum "Wanderléa Canta Choros" faz um duplo movimento da cantora de volta às suas origens: ela revisita seu início de carreira como intérprete em programas da Rádio Mayrink Veiga, quando era acompanhada por um dos mais importantes grupos de choro da época, o Regional do Canhoto, e, ainda, realiza seu projeto de valorização do choro, destacando o caráter original e primevo desse gênero na música brasileira. Com a direção e produção musical de Mario Gil, direção artística de Luiz Nogueira, pesquisa de Roberta Valente e direção de mixagem de Lalo Califórnia, o disco Wanderléa Canta Choros, de 12 canções, já está disponível em todas as plataformas de streaming e no Sesc Digital, a partir de hoje, 12 de maio.

O repertório traz clássicos como “Carinhoso”, de João de Barro e Pixinguinha, “Brasileirinho”, de Waldir Azevedo e Pereira da Costa, e “Pedacinhos do Céu”, também de Waldir Azevedo e Miguel Lima, incluindo a canção inédita “Um Chorinho para Wandeca”, composta por Douglas Germano e João Poleto em homenagem à relação da cantora com o gênero.

O álbum "Wanderléa Canta Choros" também traz um time de ouro com sete arranjadores, entre eles, Cristovão Bastos e Toninho Ferragutti, o próprio João Poletto e Milton de Mori, referências do choro paulista, e Angelo Ursini, professor da Escola Portátil de Música na Holanda, além da participação especial de Hamilton de Holanda no single “Delicado”, canção de Waldir Azevedo e Ary Vieira. Compre a autobiografia de Wanderléa - "Foi Assim" - neste link.


Serviço
Show "Wanderléa Canta Choros". Dia 26 de maio, sexta, às 20h, no Teatro do Sesc Santos. Ingressos: R$ 12 (credencial plena), R$ 20 (meia) e R$ 40 (inteira) à venda no site a partir de 16 de maio e nas bilheterias a partir de 17 de maio, às 17h. Classificação livre. 

Sesc Santos
Rua Conselheiro Ribas, 136, Aparecida - Santos.
Telefone: (13) 3278-9800. Site do Sesc Santos neste link. 
Instagram, Facebook e Twitter: @sescsantos . YouTube /sescemsantos  

Bilheteria Sesc Santos - Funcionamento    
Terças a sextas, das 13h às 21h30. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30.   

.: Figurinos de "Terra e Paixão" trazem Gloria Pires vaidosa e mocinha "nem aí"


Antônio (Tony Ramos) e Irene (Gloria Pires), os vilões de "Terra e Paixão". Foto: Globo/João Miguel Júnior

Para o figurino de "Terra e Paixão", nova novela das 21h escrita por Walcyr Carrasco, as referências encontradas no Mato Grosso do Sul também serviram de inspiração, além de muita pesquisa na moda atual. Uma peça de roupa que marca o trabalho da figurinista Paula Carneiro no início das gravações é o vestido vermelho com estampas alaranjadas que Aline (Barbara Reis) usa no momento em que a casa onde vive com a família é invadida e pega fogo. 

A intenção é que a roupa represente as faíscas do incêndio e também se sobressaia no escuro, já que a personagem foge à noite pelo meio do mato com o filho pequeno. A peça foi confeccionada com um tecido desenvolvido pela artista e designer baiana Goya, uma das pioneiras a trabalhar de maneira criativa com a moda afro-brasileira. "É uma história que criei enquanto pensava no figurino da Aline. É um vestido muito especial porque eu consegui juntar um pouco o olhar da representatividade, sem necessariamente trazer uma etnia, ou uma estampa africana e, ao mesmo tempo, conseguir contar uma história do meu imaginário, de que a protagonista é uma faísca que está saindo daquele fogo para sobreviver", conta Paula. 

Após escapardo atentado, Aline passa a usar roupas emprestadas da amiga Menah (Camilla Damião) e começa a trabalhar na terra. Basicamente veste jeans, camiseta e bota. O que não vai mudar muito depois que ela consegue comprar roupas novas. "É assim que a gente vai ver a Aline na maior parte do tempo porque ela não está preocupada em estar bonita e sim em plantar, colher, se tornar uma produtora rural naquele lugar. Não tem vaidade, mas é muito bela e feminina", explica Paula.   

A vaidade está em outras personagens, especialmente Irene (Gloria Pires). No entanto, a bela e ambiciosa esposa do fazendeiro Antônio (Tony Ramos) não se veste com cores vivas ou escuras, como é mais comum em personagens com essas características de personalidade. "No primeiro momento eu e minha equipe logo pensamos na personagem usando cores fortes como roxo, rosa pink e laranja. Mas depois pensamos que a Irene comete tanta maldade na história que seria interessante um contraponto, que ela só usasse tons bebês de rosa, azul, amarelo. E fiz um estudo dos últimos dez anos de trabalhos da Gloria na televisão, ela nunca tinha usado uma paleta como essa, sempre vestiu muito preto, vermelho, muita cor. Achamos então interessante seguir na linha que pensamos, já que o público nunca a viu usando essas cores mais claras", conta Paula, que ressalta que a extravagância do figurino da personagem está na forma e no tecido das peças. "É um figurino todo confeccionado nos Estúdios Globo, as peças têm manga comprida, volume, comprimento, detalhes difíceis de encontrar nas peças prontas. E ela também usa muito cetim, muita seda com brilho", exemplifica.  

Já o figurino do marido Antônio segue um caminho mais comum dentro do universo em que está inserido. O personagem de Tony Ramos usa chapéu e muitos acessórios de couro e camurça, e colete, pois no Mato Grosso do Sul é uma peça bastante usada pelos fazendeiros. "Nos coletes têm as iniciais do Antônio, e ele usa um cinto com a inicial também. Veste calça jeans, bota, a intenção é trazer um jeito de vestir no estilo 'olho por olho, dente por dente', mostrar o coronelismo enraizado e uma personalidade muito forte", conceitua Paula. 

Os figurinos do filho mais velho de Antônio, Caio (Cauã Reymond), e do filho de Gentil (Flávio Bauraqui), Jonatas (Paulo Lessa), também irão representar bastante o estilo de se vestir dos produtores rurais e as roupas passam por um processo de envelhecimento. "O Caio usa uma espécie de uniforme, como se ele não trocasse de roupa nunca, porque é um cara abandonado de atenção que não perde tempo escolhendo roupa. Ele veste praticamente jeans, camiseta branca e jaqueta jeans. Temos 30 camisetas brancas no guarda-roupa do personagem, que vestem ele muito bem e que trabalhamos um envelhecimento avermelhado por conta da terra. Já o Jonatas é um cara que pega pesado no trabalho na terra, então trabalhamos com tons terrosos, muito verde musgo, marrom, mostarda. Ele usa camiseta regata com camisa de tecido que às vezes amarra na cintura e está sempre de boné. Faz um estilo bem charmoso", conta a figurinista.  

Como os figurinos de novela costumam lançar tendência, Paula aposta nas peças de Graça (Agatha Moreira), a dona da butique mais chique da cidade. "A Graça é nossa 'agro girl', a nossa influencer. Nos inspiramos nas blogueiras e vestimos o que quisermos nela, desde que seja chique, cool, diferente. Ela é a personagem que lança a tendência, que dita a moda", acredita Paula, que destaca entre as peças de Graça que irão chamar a atenção o vestido que irá usar no noivado com Daniel (Johnny Massaro). "O vestido de noivado dela é um sonho, criado pela estilista Andrea Almeida. Ele é todo de franja de seda e branco perolado, quando ela se mexe o vestido dança. É um negócio lindo", empolga-se a figurinista.  


Cabelos ditam as personalidades da novela
Na caracterização, a personagem de Agatha Moreira também exigiu criatividade e empenho da equipe. A atriz veio do trabalho em "Verdades Secretas 2" com os fios curtíssimos e na pele de Graça ostenta fios loiros e longos. "A Graça é a nossa bonequinha 'agropop', quisemos fazer algo diferente no visual da personagem. Optamos pelo megahair, mas com cabelo natural do tom de loiro que criamos para a personagem. Foi difícil encontrar, precisamos trazer o cabelo do sul do país. O processo durou dez horas só para descolorir e tratar as mechas e mais umas 16 horas para colocar o megahair. E a cada três meses esse processo vai exigir uma manutenção", conta a caracterizadora Gilvete Santos.  

Outra personagem que tem um processo demorado de caracterização é Irene, que usa lace, uma prótese feita fio a fio em uma tela de microtule. Neste caso, os fios são colocados um a um sobre o tecido, o que permite um efeito mais semelhante ao couro cabeludo. "Lace significa três horas em uma cadeira, é ter muita paciência, muita disciplina. A Gloria (Pires) está muito feliz com o resultado e nós também", explica Gilvete. 

Enquanto alguns personagens carregam uma produção maior no cabelo e na maquiagem e estarão sempre impecáveis em cena, Aline, a protagonista da história vivida por Barbara Reis, tem o visual o mais natural possível. "Para a Aline optamos pelo cabelo como ele realmente é. Todos os dias no Mato Grosso do Sul antes de a Barbara (Reis) ir dormir eu ia no quarto dela e falava: ’vamos fitar o cabelo’. Fitar é o que a gente chama para ficar um cabelo o mais natural possível, sem usar secador, eu fazia isso e misturava o creme que a própria atriz usa. Também deixamos a cor mais escura, ela estava com as pontas loiras no trabalho anterior. E mantemos o frizz que existe na maioria das pessoas. Você olha e diz: ‘a personagem é uma pessoa do nosso dia a dia’, explica.

Criada e escrita por Walcyr Carrasco, a obra é escrita com Márcio Haiduck, Vinícius Vianna, Nelson Nadotti e Cleissa Regina, com direção artística de Luiz Henrique Rios, direção geral de João Paulo Jabur e direção de Tande Bressane, Jeferson De, Joana Clark, Felipe Herzog e Juliana Vicente. A direção de gênero é de José Luiz Villamarim e a produção é de Raphael Cavaco e Mauricio Quaresma.


.: "Terra e Paixão": viagem romântica e apimentada ao Mato Grosso do Sul


Na imagem, Aline (Barbara Reis) quer justiça, mas se apaixona pelos filhos do assassino do marido. Foto: Globo/João Miguel Júnior

Bem antes do início das gravações de "Terra e Paixão", novela das 21h escrita por Walcyr Carrasco, a equipe de cenografia e produção de arte começou a conceber o conceito e reunir as referências para os cenários e a cidade cenográfica da novela. As obras com cores vivas marcantes de artistas populares da região Centro-Oeste, como Siron Franco e Moacir Sodré, serviram de inspiração para cenários de diversos personagens, como a fazenda de Antônio (Tony Ramos), a casa de Aline (Barbara Reis), o bar de Cândida (Susana Vieira) e o quarto de Anely (Tata Werneck), entre outros.  

Quadros dos artistas fazem parte da decoração do interior da fazenda de Antônio, da pousada de Andrade (Ângelo Antônio) e Lucinda (Débora Falabella) e da casa de Ademir (Charles Fricks). A pintura da praça da cidade cenográfica da fictícia Nova Primavera foi feita pelo goiano Kboco. A natureza e a paisagem das plantações de Dourados e Deodápolis, principais locações na região, dão o tom de toda a cenografia, assinada por Cris Bisaglia e Ana Aline, e da produção de arte, de Eugênia Maakaroun, que também assina a direção de arte.  

"Trabalhamos com os tons da terra da região, bastante vermelha, e trouxemos muitas cores da natureza para o nosso cenário e para dentro das casas. Esse processo foi muito diferente do que estamos acostumados, pois nos preocupávamos mais com o momento das plantações, o dia em que a fazenda que a gente estava gravando iria plantar e colher a soja. Nosso trabalho foi muito em função do que iria acontecer durante a viagem. Íamos correndo atrás desses acontecimentos e construindo o cenário da nossa história, à mercê da natureza", conta Eugênia Maakaroun, conhecida como Didi.  

Gravar uma novela que se passa em um ambiente com uma economia rural trouxe um desafio a mais para as equipes de cenografia e arte em relação ao maquinário e à imensa tecnologia implantada, além da necessidade de reproduzir esse universo em gravações externas no Rio de Janeiro. A parceria com fazendas locais ajudou a ter em cena máquinas grandiosas, como tratores, plantadeiras, semeadeiras e colheitadeiras.

Além de drones e outros equipamentos tecnológicos, mas ainda assim foi preciso conseguir máquinas em outro estado devido à demanda intensa das gravações no Mato Grosso do Sul. "Trouxemos maquinários e equipamentos agrícolas do Paraná para o Mato Grosso do Sul. Estávamos em época de colheita, então precisamos correr atrás de mais colheitadeira, plantadeira e o trator de outro estado que não estava exercendo a colheita naquela época. Foi uma curiosidade interessante desse trabalho", conta Eugênia.  

Nas externas no Rio de Janeiro, "Terra e Paixão" tem cenas gravadas em Guaratiba, Mangaratiba, Seropédica e Itaguaí, entre outros lugares. "Encontramos locações em que podemos trazer fragmentos das plantações do Mato Grosso do Sul. Lá é uma grandiosidade, horizontes sem fim, mas aqui também conseguimos contar essa história, ter um cenário próximo, só que um pouco menor", explica a diretora de arte.  

A fazenda de Aline fica em uma das cidades cenográficas da novela e precisou passar por um processo de reconstrução ao longo das gravações, já que acontece um incêndio no primeiro capítulo e na história a casa é toda reformada após o atentado. A cidade cenográfica que representa Nova Primavera traz a Cooperativa, o bar de Cândida (Susana Vieira), a escola municipal onde Gladys (Leona Cavalli) é diretora, a delegacia, a academia de Krav Magá de Odilon (Jonathan Azevedo) e a butique de Graça (Agatha Moreira), entre outros cenários. 

As principais referências para ambientar os lugares da trama estão em Dourados. A parte externa da fazenda de Antônio fica em outra cidade cenográfica dos Estúdios Globo. A área interna, construída em estúdio que possibilita os cenários serem fixos, também precisou de muita pesquisa e referências diversas. "Essa é uma fazenda bem maximalista. Quando visitamos o Mato Grosso do Sul pela primeira vez, entendemos que existem casas com conceitos maximalistas, com muitas cores, animal print, bastante dourado. Aqui na região sudeste as pessoas gostam mais dos cinzas e beges e lá eles gostam dos coloridos. É um cenário que foi muito significativo compor", finaliza a diretora de arte.  

Criada e escrita por Walcyr Carrasco, a obra é escrita com Márcio Haiduck, Vinícius Vianna, Nelson Nadotti e Cleissa Regina, com direção artística de Luiz Henrique Rios, direção geral de João Paulo Jabur e direção de Tande Bressane, Jeferson De, Joana Clark, Felipe Herzog e Juliana Vicente. A direção de gênero é de José Luiz Villamarim e a produção é de Raphael Cavaco e Mauricio Quaresma.  


sábado, 13 de maio de 2023

.: Poeta, contista e doceira, Cora Coralina inspira coleção de joias


Poeta e contista brasileira Cora Coralina inspirou uma coleção inteira de joias feita pela designer Carolina Neves. Símbolo de mulher forte, que lutou pelos direitos das mulheres e sonhos que pareciam impossíveis, e escritora deixou um legado.

Cora Coralina só pôde estudar até o terceiro ano, o que não a impediu de continuar escrevendo poemas enquanto trabalhava como doceira para sustentar os filhos, seis ao todo. Apenas em 1965, com 75 anos, teve seu primeiro livro publicado, intitulado "O Poema dos Becos de Goiás e Estórias Mais". A coleção Cora traz anéis, pulseiras, brincos, piercings e colares cheios de significados, que contam com uma mistura de formatos, cores e tamanhos das gemas, além de combinar diamantes e turmalinas.

Aliás, todas as Turmalinas usadas na coleção são retiradas da Cruzeiro Mine, reconhecida como a maior produtora de turmalinas do mundo com cinco milhões de metros quadrados, localizada em São José da Safira, que realiza o processo de mineração sustentável chamado Fair Mining, sempre se preocupando com toda a cadeia, desde a extração, até a natureza no entorno e com todos os funcionários envolvidos.

Essa brasilidade, característica tradicional nas peças de Carolina Neves, pode ser vista nessa nova coleção. A coleção está disponível no site da marca e em todas as lojas próprias da rede. Carolina Neves é uma joalheria que vem ganhando destaque no mercado por conta de suas pedras preciosas cheias de significados. A marca busca contar histórias, a partir de peças produzidas com ouro 18k e combinações de gemas exclusivas, sendo as principais esmeraldas, rubis, diamantes e turmalinas. Compre os livros de Cora Coralina neste link.

.: "Aquário com Peixes": amor e conflitos entre casal de mulheres


Peça estreia dia 19 de maio no Teatro Sesc Santana, onde segue até 11 de junho. O espetáculo que marca a primeira direção da cineasta Marcela Lordy no teatro, tem dramaturgia de Franz Keppler e quer levar perguntas ao público. Foto: Ale Catan


Com texto de Franz Keppler, direção de Marcela Lordy e idealização da atriz Carolina Mânica, o espetáculo "Aquário com Peixes" estreia em 19 de maio no Teatro Sesc Santana. A peça é uma história de amor, mas também de embate entre duas mulheres completamente opostas - até nos signos. Protagonizada por Carolina Mânica e Natallia Rodrigues, a montagem reflete ainda sobre perdão, passagem do tempo e liberdade. O espetáculo tem sessões sextas e sábados, às 20h, e domingos, às 18h, e fica em cartaz até 11 de junho. A partir de 1º de junho sessões também às quintas, às 20h.

A história acompanha a promotora pública Anita (Carolina Mânica) e a astróloga Lídia (Natallia Rodrigues) autêntica pisciana, exageradamente sensível e emotiva. É essa intensidade que encanta a aquariana Anita e a desperta para viver sua primeira relação com uma mulher, aos 40 anos e após se divorciar do marido. O público acompanha a descoberta que uma faz do mundo da outra e o florescer dessa paixão que precisa abraçar e contornar as diferenças.

Esse encontro é um convite à reflexão sobre viver e amar, diz Keppler. “A personagem percebe que a vida não é essa coisa definida que a gente traz com a gente por educação. A vida não tem critério, ela pode estar de um jeito hoje e outro completamente diferente amanhã. Então por que não o amor? A peça fala que o amor pode mudar, ser diferente, encontrar outras formas e ser fluido. Ele pode tudo”.

No meio dessa história, Lídia descobre uma enfermidade com baixas chances de recuperação. Então, Anita se vê diante do dilema de enfrentar essa doença ao lado da companheira ou seguir seu caminho sozinha. A personagem questiona a si mesma - e a plateia - até que ponto somos responsáveis pela pessoa com a qual compartilhamos momentos fantásticos da vida.

Anita e Lídia apresentam muito mais que uma história de paixão e desafios. Elas também expõem o despertar de um desejo homoafetivo, a passagem do tempo para as mulheres que ainda é uma ferramenta de opressão social e impulsiona o desejo de liberdade na maturidade, o medo da morte e o autoperdão.

Para Mânica, qualquer pessoa pode se identificar com os dilemas das personagens. “É uma história muito potente que nos leva para muitos caminhos. O espetáculo é super poético, mas tem momentos de humor em que você dá risada com as duas, tem momentos de extrema tristeza. Ele vai transitando por todas essas sensações”, conta a atriz.

Segundo Marcela, diretora do espetáculo, este é mais um mérito do autor. "O fato de conseguirmos entrar na pele das personagens e compreendermos suas escolhas, sem julgá-las. O que é vivido ali pode ser experimentado por qualquer um de nós, independente do gênero, identidade sexual, etnia ou classe social", enfatiza.

A urgência de viver a própria história e não de servir às histórias dos outros é um sentimento que une as pessoas. "Essa urgência existe em todo mundo. Em alguns, mais latente. Em outros, mais adormecida. E estava adormecida na Anita. Ela estava tão preocupada em cuidar do trabalho, do filho e do marido que a urgência dela estava focada nisso. Mas quando ela faz 40 anos, se depara com um monte de questionamentos sobre a vida, o que fez com o tempo que passou e o que fazer com o que ainda resta. E claro que esse questionamento vem um pouco de nós quando escrevemos, a gente fica mais pensativo”, conta Kepler.

Conforme a narrativa avança fora de cronologia somos levados por dois fluxos de pensamentos simultâneos guiados por pistas emocionais distintas. São diálogos internos num jogo telepático entre medo, desejo, projeção e memória.

O caminho da direção foi pautado pela sutileza ao invés do drama para mostrar os embates dramáticos o suficiente, segundo a diretora. O tempo e o espaço mais indefinidos abriram possibilidades para a exploração cênica. “Esteticamente, achei muito desafiador porque o texto quase não tem rubrica de ação, é um jogo de pensamento muito difícil de adaptar. Você tem mil formas de interpretar: fazer tudo no presente, tudo na memória, misturar os tempos. É uma loucura, e eu falei: putz, que difícil, então eu quero”, diverte-se Marcela que recém adaptou para o cinema um romance de Clarice Lispector que é puro pensamento.

O cenário é composto por uma divisória translúcida, como um vidro, entre as personagens para materializar esse rompimento. “Esse elemento divisor de ambientes é também um aquário. A cenografia estilizada é mais conceitual e o mesmo objeto pode ter diversos usos. Optamos por uma estética mais limpa para garantir que se possa prestar atenção no jogo de palavras”, conta a diretora.

A iluminação vai ajudar a contar essa história visualmente marcando o tempo das ações. A trilha sonora original criada por Edson Secco, compositor de dezenas de filmes e peças parceiro de longa data da cineasta, traz na construção sonora elementos cotidianos dos espaços físicos por onde transitam no tempo ações reais e imaginárias. A história de Anita e Lídia não se encerra no teatro: ela já está sendo adaptada para o cinema, com idealização de produção de Mânica. A temática de mulheres acima de 40 anos e suas descobertas também vai dar origem a um podcast.


Ficha técnica:
Autor: Franz Keppler. Direção: Marcela Lordy. Idealização: Carolina Mânica. Diretora assistente: Ziza Brisola. Atrizes: Carolina Mânica e Natallia Rodrigues. Fonoaudióloga: Ana Maria Parizzi. Cenário e Direção de Arte: Fernanda Carlucci e Fernando Passetti. Assistência de Cenografia: Guilherme Françoso. Figurino: Fábio Namatame. Modelista Juliano Lopes. Produção de figurino: Carol Zilig. Costureiro: Fernando Reinert. Visagismo: Louise Helene Desenho de luz: Cesar Pivetti. Programador de luz: Luiz Fernando. Equipe de iluminação: Ricardo Oliveira Luiz Fernando. Desenho de som: Edson Secco. Operação de som: Aghata. Fotografia: Alê Catan. Assistente de fotografia Rafael Sá e Zé Moreau. Identidade Visual: Julio Dui. Criação de conteúdo e mídias: gaTú Filmes. Produção: Nosso cultural. Direção de Produção: Ricardo Grasson. Produção Executiva: Heitor Garcia. Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes.


Serviço:
Espetáculo "Aquário com Peixes". Estreia dia 19 de maio de 2023, sexta-feira, às 20h, no Teatro Sesc Santana. Temporada: de 19 de maio a 11 de junho. Sextas e sábados, às 20h, e domingos, às 18h. A partir de 1º de junho. Quinta a sábados às 20h e domingos às 18h. Duração: 70 minutos. Classificação etária: 12 anos. Teatro Sesc Santana - Av. Luiz Dumont Villares, 579 - Santana, São Paulo. Capacidade: 330 lugares. Ingressos: R$40 (inteira), R$20 (meia-entrada) e R$12 (credencial plena). Grátis nas sessões da Virada Cultural. https://www.sescsp.org.br/programacao/aquario-com-peixes/

.: O "Retrato de Oscar Wilde" está em cartaz em São Paulo no Teatro de Arena


A peça teatral "O Retrato de Oscar Wilde" está em cartaz até o dia 28 de maio  no Teatro de Arena Eugênio Kusnet. O espetáculo ficará em curta temporada e terá Voucher Promocional com verba destinada à ações sociais para as 6 aldeias indígenas do Pico do Jaraguá, através da ONG Associação Espaço Curumim. Foto: Roberto Nakashima


Casado, pai de dois filhos, Oscar Wilde (1854-1900) assumiu publicamente um romance homossexual  com o poeta Alfred Douglas, que o levou aos tribunais e ruína financeira e profissional. Cento e sessenta anos se passaram desde o seu nascimento e a contribuição ao cenário literário e artístico do escritor irlândes é mundialmente reconhecida, bem como o preconceito do qual foi vítima.

O espetáculo, da Companhia Ágata de Artes, que completa 22 anos de contribuição para a esfera artística e cultural de São Paulo, tem como objetivo através da história de vida de Oscar Wilde, trazer uma reflexão da homofobia presente até os dias de hoje. Autor da obra “O Retrato de Dorian Gray”, seu único romance é considerado uma das mais importantes obras da literatura inglesa, também escreveu novelas, poesias, contos infantis e dramas e mestre em criar frases irônicas e sarcásticas.

Em 1895, o marquês de Queenberry iniciou uma campanha difamatória em periódicos e revistas acusando Wilde de tentar um caso amoroso com Lord Alfred Douglas, filho do marquês. Wilde tentou  defender-se com um processo contra Queenberry, mas não teve sucesso. No dia 27 de maio de 1895, Oscar Wilde foi condenado a dois anos de prisão e trabalhos forçados por atentado ao pudor. As inúmeras petições de clemência solicitadas por setores progressistas e pelos mais importantes círculos literários europeus não foram suficientes para sua soltura.

É possível creditar também ao escritor o tempero ácido e mordaz existente nas comédias contemporâneas, forma encontrada por ele para transcender os costumes da sociedade na época em que viveu . “A Importância de Ser Prudente", "Salomé", "Um Marido Ideal" , são espetáculos teatrais da autoria do autor, que trouxeram de volta ao mundo o poder de sátira política e social que a comédia possui, fazendo rir a muitos e incomodando a outros.

A Companhia Ágata traz a oportunidade de o espectador ajudar. Através da Associação Espaço Curumim, ONG que realiza diversas ações de ajuda para cerca de 250 famílias indígenas da etnia guarani que vivem em 6 comunidades no Pico do Jaraguá. Quem quiser colaborar poderá adquirir um “Voucher Promocional” cujo valor será revertido para compra de cestas básicas e miçangas para as mulheres indígenas que tem na venda de artesanatos sua única fonte de renda.


Ficha técnica
Elenco: Caio Pimenta, Gigi Santos, Henrique Possetti, Ju Camata , Marco Biofli, Ronaldo de  Lima e Vincce Vinnus. Direção: Silvio Tadeu


Serviço:
Data: dias 13,14, 20, 21, 27 e 28 de maio. Local: Teatro de Arena Eugênio Kusnet. Rua Doutor Teodoro Baima, 94 - Vila Buarque. Sábados, às 20h. Domingo, às 19h. Valor: R$ 30. Voucher promocional: R$ 20 (com verba destinada às ações sociais nas aldeias indígenas do Pico do Jaraguá através da ONG Associação Espaço Curumim). O Voucher deverá ser trocado na bilheteria do teatro no dia que o espectador irá assistir a peça. Para adquirir o Voucher e obter maiores informações, entrar em contato pelo telefone, (11) 99560-2507.

.: Novela faz Susana Vieira aparecer com cabelos grisalhos pela primeira vez


Sempre linda, Susana Vieira assume os grisalhos pela primeira vez na televisão.
Foto: Globo/Fábio Rocha


O bar de Cândida (Susana Vieira), ambiente dançante da cidade de Nova Primavera, em "Terra e Paixão", a próxima novela das nove, escrita por Walcyr Carrasco. Ponto de encontro dos moradores ao som de shows sertanejos e palco de grandes segredos da trama, o local pertence à Cândida (Susana Vieira), mas é administrado por Luana (Valéria Barcellos). 

Cândida é conhecedora dos segredos e mistérios dos moradores, acompanha a vida do maior produtor rural da região, Antônio La Selva (Tony Ramos) há anos e ama Caio (Cauã Reymond), porque era ligada à sua falecida mãe, Agatha. Ela tem em mãos informações sobre o passado de Irene (Gloria Pires) e também a verdade sobre a mãe do primogênito de Antônio. É áspera, mas ao mesmo tempo generosa. 

Ajuda Aline (Barbara Reis) e o filho da jovem a se salvarem de ser mortos por capangas. “A Cândida é bem diferente de tudo o que eu já fiz até hoje. Ela é muito misteriosa nas suas falas, tem segredos sobre todo mundo. Ela nasceu e cresceu na cidade de Nova Primavera, se dá e já se deu com todo mundo, até com quem já morreu. Ela cuida do Caio como se ele fosse um filho, um neto, ele vai se aconselhar sempre com ela. É uma personagem profunda, bonita e dramática”, destaca Susana, que vai aparecer em cena com os cabelos grisalhos pela primeira vez. 

Luana, a gerente do bar, é uma funcionária fiel que sonha em ser proprietária do estabelecimento. Pessoa íntegra, ela vive um amor secreto na trama. E, claro, não perde a chance de fazer fofoca sobre os clientes. "Defino a Luana como resistência e esperança. Ela resistiu a tudo na vida e tem esperança de que as coisas vão melhorar. Para compor a personagem, me inspirei em todas as pessoas trans que já passaram pela minha vida e na minha própria existência. Muito da vivência da Luana se mistura com a minha, embora tenhamos trilhado caminhos diferentes. Nos cruzamos quando percebemos que somos vítimas do preconceito que nos ronda todos os dias", revela Valéria Barcellos. 

Em sua primeira experiência em novelas, a atriz destaca o convívio com o elenco. "Tem outras pessoas do núcleo que estão fazendo novela pela primeira vez então estamos com sede de trabalhar, de aprender, e temos esse olimpo de atores, a Susana (Vieira), o Tony (Ramos), a Gloria (Pires), o Cauã (Reymond), a Tata (Werneck)...são pessoas que nos apoiam totalmente, está sendo muito incrível, são pessoas que sempre sonhei estar perto", conta.

Entre as mulheres que circulam pelo local oferecendo atenção aos clientes, os garçons e o cozinheiro do restaurante há um clima de diversão, mas muita intriga e disputa por atenção. Fernando Galego (Ignacio Luz), conhecido como Nando, é um cantor sertanejo que trabalha no local, mas também faz às vezes de garçom. Seu sonho é se tornar um cantor famoso. Kelvin Santana (Diego Martins) é um garçom simpático e bem-humorado. Tem falas maldosas, faz piadas, mas é um amigo real de Cândida e de Caio. 

Graciara (Natália Dal Molin) é uma moça amarga que serve as mesas do bar e não espera muito da vida. Ina Miranda (Mericia Cassiano), trabalha no bar, mas acha que é só o começo para uma carreira triunfal e Flor Da Conceição (Leticia Laranja) é uma mulher sexy. que se mudou para a região com o objetivo de ganhar dinheiro. É mãe de Rosa (Maria Carolina Basilio) e apaixonada por Caio. José Castilho (Marcio Tadeu), conhecido como Zezinho, é o cozinheiro do bar. Faz bico na pousada de Andrade (Ângelo Antônio) e em festas chiques também. No final das contas, todos dão satisfação para Cândida, que está sempre atenta aos acontecimentos diários do local e guarda seus segredos como trunfo, para desespero dos funcionários curiosos.

Criada e escrita por Walcyr Carrasco, a obra é escrita com Márcio Haiduck, Vinícius Vianna, Nelson Nadotti e Cleissa Regina, com direção artística de Luiz Henrique Rios, direção geral de João Paulo Jabur e direção de Tande Bressane, Jeferson De, Joana Clark, Felipe Herzog e Juliana Vicente. A direção de gênero é de José Luiz Villamarim e a produção é de Raphael Cavaco e Mauricio Quaresma.  


.: Espetáculo "Alguém Tinha Que Ceder" volta a São Paulo em curta temporada


O espetáculo "Alguém Tinha que Ceder" volta a São Paulo em curta temporada no Teatro Espaço Ao Cubo. Serão três apresentações, que acontecem no espaço aos sábados, às 20h, nos dias 13 e 20 de maio. e 3 de junho. Com direção de André Castelani e texto original de Henrique Vitorino e Bruna Gabrille, que divide o palco com Rodrigo Fortunato, o espetáculo se passa na São Paulo dos anos 90, em época de forte especulação imobiliária. 

Laura e Otávio são os últimos moradores de um edifício condenado, fadado a ser demolido no dia seguinte. O casal em franca decadência financeira, amorosa e habitacional passam uma madrugada repleta de embates. Para impedir que essa relação termine em ruínas, alguém deverá estar disposto a ceder. Sucesso de bilheteria no ABC Paulista, o texto original desenvolvido em tempos pandêmicos (2021), valendo-se de um certo distanciamento de gerações, reflete indiretamente o período de isolamento em que foi escrito. 

Utilizando um fictício edifício decadente como plano de fundo, durante a São Paulo dos anos 90, a trama abre uma discussão sobre instabilidade habitacional, relações codependentes em ruínas e a espera por um futuro mais brando, mas que parece inacessível. A primeira montagem do espetáculo estreou na sua cidade natal, em Santo André, no Teatro de Arena da Escola Nacional de Teatro e marca também a estreia dos coautores Bruna Gabrille e Henrique Vitorino, enquanto dramaturgos brasileiros. 

Pouco tempo após a estreia, naquele mesmo ano, o espetáculo foi contemplado a participar das Satyrianas 2022, um dos maiores festivais da América Latina e grande celebração do teatro no território Paulistano. Após um pequeno hiato, "Alguém Tinha Que Ceder" voltou aos palcos de Santo André, passando pelo Espaço Cultural Circo do Asfalto, de forma gratuita e com o propósito de colaborar com o social, o livre acesso à cultura e a formação de novos espectadores e pelo Teatri da Curva. Ainda em cartaz, o espetáculo volta a São Paulo no Teatro Espaço Ao Cubo (dias 13 e 20 de Maio/ 3 de Junho/ 2023, Sábados às 20h).


Ficha técnica
Gênero: tragicomédia. Classificação: 12 anos. Duração: 65 minutos. Texto original: Bruna Gabrille e Henrique Vitorino. Elenco: Bruna Gabrille e Rodrigo Fortunato. Direção: André Castelani. Assistente de direção: Henrique Vitorino. Figurino: Ahazzo Costumes & Style / Acervo. Design de som e arte: Bruna Gabrille. Iluminação e som: Kleber Gonçalves. Equipe técnica: Rafael Di Genova e Lara Silva. Fotos: Thaís Benke. Com Vozes de: Juan Garcia, Fred Cruz, Newton Lelis e Fernando Morata. Apoio: JG Dublagens, Sebo Letra & Música, Escola Nacional de Teatro, Clube dos Aposentados Casa Branca e ATW - Around the World Hamburgueria.

Serviço
Teatro Espaço Ao Cubo. Dias 13 e 20 de maio, e 3 de junho. Todos os sábados, às 20h. Rua Brigadeiro Galvão, 1010 - Barra Funda, São Paulo. Ingressos via Sympla. R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia-entrada). Link: https://bileto.sympla.com.br/event/82297.

sexta-feira, 12 de maio de 2023

.: Crítica: "O Amor Mandou Mensagem" é romance que há tempos não se via

Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em maio de 2023


"O Amor Mandou Mensagem" (Love Again) é história de amor gostosa que não se via há tempos nos cinemas. No longa americano adaptado de um filme alemão de 2016 e inspirado no romance de Sofie Cramer, "SMS für Dich", Priyanka Chopra Jonas e Sam Heughan dão vida a Mira Ray e Rob Burns, respectivamente, tendo ninguém mais, ninguém menos do que a diva Céline Dion para ajudar a fortalecer o elo de união entre ambos. 

A produção escrita e dirigida por James C. Strouse, em cartaz no Cineflix Cinemas, é extremamente agradável de acompanhar durante 1h44, ainda que Mira e Rob tenham se fechado para o amor. Ela, uma ilustradora infantil, prestes a ser pedida em noivado por John (Arinzé Kene), presencia a morte do amado, enquanto que Rob, um crítico musical, stalkeia a ex que seguiu em frente e está com novo namorado.

Após dois anos de sofrimento, Mira tenta sair e conhecer novas pessoas -incluindo um encontro hilário com Nick Jonas, marido na vida real de Priyanka. No entanto, é numa conversa com o amigo e dono de um barzinho que o pontapé da grande revolução na vida dela é dado: a jovem deve falar com John. Em casa, Mira tenta servir um vinho para dois e desabafar. Contudo, a ilustradora não consegue seguir com a encenação, mas começa a escrever desabafos para o número de telefone que era do seu ex.

Para ter mais privacidade no trabalho, Rob habilita um número exclusivo, uma vez que o chefe rastreia todas as conversas. É justamente a tal linha que passa a receber as mensagens apaixonadas de Mira. E como acontece isso?! Quando um raio cai, o que remete ao videoclipe da clássica música romântica de Céline, "It´s All Coming Back To Me Now" -com fantasmas do passado. É justamente a cantora, que sai do posto de entrevistada por Rob e assume o posto de "cupido", seja com as músicas e até a presença dela, além da irmã de Mira, Suzy (Sofia Barclay) e os amigos de Rob, Billy (Russel Tovey) e Lisa (Lydia West).

Com essa história de amor bastante inusitada é empolgante assistir toda a saga ainda que saibamos de cor e salteado toda a curva da trama uma vez que a grande revelação -um dos amados sempre guarda um segredo para abalar a relação-, o que impõe sempre um distanciamento para que aconteça a reconquista definitiva, assim como vemos em sucessos como "Nunca Fui Beijada" ou "Como Perder Um Homem em Dez Dias", por exemplo. Em tempo, há toques desses filmes em "O Amor Mandou Mensagem"!

"O Amor Mandou Mensagem" envolve o público fazendo as pessoas, na sala de cinema, torcerem para que a história de amor aconteça e, claro, entregue um final feliz para os donos de corações partidos. Tudo isso embalado ao som de hinos de Céline Dion, incluindo "Where Does My Heart Beat Now" que ainda lança música com o nome do filme "Love Again""O Amor Mandou Mensagem" é definitivamente o filme de amor que sentíamos falta de assistir há anos. Totalmente imperdível! 

Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm


O Amor Mandou Mensagem (Love Again)Ingressos on-line neste link.
Gênero: romance, comédia romântica. 
Classificação: 12 anos
Duração: 1h44
Ano: 2023
Distribuidora: Sony Pictures Motion Picture Group
Direção: James C. Strouse
Roteiro: James C. Strouse
Elenco: Priyanka Chopra Jonas, Sam Heughan, Céline Dion, Russell Tovey, Celia Imrie
Sinopse: Filme americano de comédia dramática e romântica, escrito e dirigido por James C. Strouse, é um remake em inglês do filme alemão de 2016 "SMS für Dich", baseado em um romance de Sofie Cramer. Sobre a improvável história de amor entre Mira Ray (Priyanka Chopra Jonas) e Rob Burns (Sam Heughan). Mira, ao perder o noivo, desenvolve um hábito peculiar, tentando superar a morte de seu grande amor. Ela manda uma série de mensagens para o número de celular que pertencia ao noivo antigo, não sabendo que o mesmo número antigo foi transferido para Rob Burns, um jornalista. Ele acaba ficando intrigado e cativado pelas mensagens românticas. Quando é designado a escrever um perfil da cantora Céline Dion, ele pede conselhos a artista em como pode conhecer Mira pessoalmente (sem ser invasivo) e conquistar seu coração.

.: Crítica: "Do Jeito Que Elas Querem: O Próximo Capítulo" é divertidíssimo

Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em maio de 2023


Não pense que "Do Jeito Que Elas Querem: O Próximo Capítulo" (Book Club 2) é mais um filme protagonizado por grandes nomes do cinema interpretando um grupo de amigas em idade avançada numa aventura divertida. Em cartaz no Cineflix Cinemas, a sequência, de 1h44, que não obriga a assistir a produção anterior é extremamente cativante, atual e divertidíssima. 

Primeiramente, o quarteto composto por Diane (Diane Keaton), Jane Fonda (Vivian), Carol (Mary Steenburgen) e Sharon (Candice Bergen), aparece sobrevivendo as mazelas do período da pandemia em seus encontros virtuais. Seja superando o afastamento prolongado, a dificuldade de lidar com a tecnologia dos filtros engraçados ou o fechamento do restaurante de Carol.

Quando as quatro conseguem se reencontrar fisicamente, Vivian traz uma surpresa chocante: está noiva. Seguindo com os preparativos para o grande evento, elas saem em despedida de solteira pela Itália com direito a passagem por Veneza e Toscana. Enquanto Vivian tenta lidar com o tormento de vir a ser a esposa de alguém e viver presa com uma aliança no dedo. 

As amigas a convencem de que está no caminho certo, embora tenham as malas "roubadas" na estação de trem. De fato, empolgadas com o momento, o quarteto entrega as malas a dois estranhos que por ali circulavam, aparentemente uniformizados.

Em meio a confusões diversas, Sharon conhece um homem atraente num bar e elas vão parar num restaurante em que há uma figura importante do passado de Carol. A despedida de solteira garante uma fotografia de encher os olhos, levando o público para uma viagem pelas belezas da Itália, enquanto que se aguarda o grande momento de Vivian, finalmente, casar.

"Do Jeito Que Elas Querem: O Próximo Capítulo" (Book Club 2) é um filme divertidíssimo de tão agradável de se assistir. Não somente pelo texto leve e cheio de brincadeiras, mas também pela trilha sonora com músicas famosas cantadas em italiano. Não há como negar, o filme com Diane Keaton, Jane Fond, Mary Steenburgen e Candice Bergen é imperdível! Vale a pena conferir nas telonas dos cinemas! 

Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm


Do Jeito Que Elas Querem: O Próximo Capítulo (Book Club 2)Ingressos on-line neste link.
Gênero: romance, comédia
Classificação: 12 anos
Duração: 1h44
Ano: 2023
Distribuidora: Paramount Pictures
Direção: Bill Holderman
Roteiro: Bill Holderman e Erin Simms
Elenco: Diane Keaton (Diane), Jane Fonda (Vivian), Candice Bergen  (Sharon), Mary Steenburgen (Carol), Andy Garcia, Don Johnson, Craig T. Nelson
Sinopse: Nos arredores da Califórnia, quatro amigas de longa data estão na casa dos 60 anos e decidem ler o romance "Cinquenta Tons de Cinza" no clube do livro mensal. A experiência faz a vida dessas mulheres bem-sucedidas e inteligentes mudar completamente.

Trailer "Do Jeito Que Elas Querem: O Próximo Capítulo"

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