quarta-feira, 18 de outubro de 2023

.: Cineflix Cinemas estreia "Assassinos da Lua das Flores" e "O Livro dos Sonhos"



A unidade Cineflix Santos, localizada no Gonzaga, estreia na quinta-feira, dia 18 de outubro dois filmes: "Assassinos da Lua das Flores" "O Livro dos Sonhos". No drama "Assassinos da Lua das Flores"dirigido por Scorsese, os assassinatos dados a partir de circunstâncias misteriosas na década de 1920, assolando os membros da tribo Osage, acaba desencadeando uma grande investigação envolvendo o poderoso J. Edgar Hoover, considerado o primeiro diretor do FBI.

"O Livro dos Sonhos", drama francês, Louis entra em coma após ser vítima de um atropelamento. Contudo, sua mãe Thelma encontra o diário do garoto e, nele, uma lista com dez coisas para fazer antes do fim do mundo. Ela decide sair em uma jornada para realizar os desejos do menino.

Seguem em cartaz "O Exorcista - O Devoto""Trolls 3 - Juntos Novamente""Meu Nome É Gal", "Som da Liberdade" "Patrulha Canina: Um Filme Superpoderoso"No fime de terror "O Exorcista - O Devoto", Victor Fielding decide confrontar o mal quando repara que sua filha, Angela, e a amiga dela, Katherine, mostram sinais de possessão demoníaca. A animação "Trolls 3 - Juntos Novamente"  traz Branch e Poppy embarcando em uma jornada angustiante e emocionante para salvar um irmão que foi sequestrado por um par de vilões pop-star.

Já a cinebiografia nacional "Meu Nome É Gal", trata a trajetória de Gal Costa, uma menina tímida que desde muito cedo soube que a música guiaria seus caminhos. Ela foi criada sozinha pela mãe Mariah, que foi uma de suas maiores incentivadoras. Aos 20 anos, ela decide viajar rumo ao Rio de Janeiro para se tornar cantora. Lá, a jovem encontra seus amigos da Bahia: Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gilberto Gil e Dedé Gadelha, que acompanham os primeiros passos de Gal na música profissional no final da década de 1960.

A nova animação "Patrulha Canina: Um Filme Superpoderoso", traz o grupo de cães que ganha super poderes, após um meteoro mágico cair na cidade. O drama "Som da Liberdade" apresenta a história de um ex-agente federal que embarca em uma perigosa missão para salvar uma menina de traficantes de crianças. 

O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.

Estreias da semana no Cineflix Santos


"Assassinos da Lua das Flores" ("Killers of the Flower Moon") Ingressos on-line neste linkGênero: drama, crime. Classificação: 14 anos. Duração: 1h51. Ano: 2023. Idioma: inglês. Distribuidora: Paramount Filmes. Direção: Martin ScorseseRoteiro: Martin Scorsese, Eric Roth. Adaptação de: Killers of the Flower Moon: The Osage Murders and the Birth of the FBI. Elenco: Leonardo DiCaprio, Robert De Niro, Lily Gladstone, Jesse Plemons, Brendan Fraser, John Lithgow. Sinopse: Os assassinatos dados a partir de circunstâncias misteriosas na década de 1920, assolando os membros da tribo Osage, acaba desencadeando uma grande investigação envolvendo o poderoso J. Edgar Hoover, considerado o primeiro diretor do FBI.

Sala 3 (legendado) 

19/10/2023 - Quinta-feira: 15h30 - 19h30
20/10/2023 - Sexta-feira: 15h30 - 19h30
21/10/2023 - Sábado: 15h30 - 19h30
22/10/2023 - Domingo: 15h30 - 19h30
23/10/2023 - Segunda-feira: 15h30 - 19h30
24/10/2023 - Terça-feira: 15h30 - 19h30
25/10/2023 - Quarta-feira: 15h30 - 19h30

Trailer "Assassinos da Lua das Flores"


"O Livro dos Sonhos" ("La Chambre des merveilles") Ingressos on-line neste linkGênero: drama. Classificação: 14 anos. Duração: 1h34. Ano: 2023. Idioma: francês. Distribuidora: Paris Filmes. Direção: Lisa AzuelosRoteiro: Fabien Suarez. Elenco: Alexandra Lamy (Thelma), Muriel Robin (Odette), Hugo Questel (Louis), Xavier Lacaille (Etienne). Sinopse: Louis entra em coma após ser vítima de um atropelamento. Certo dia, sua mãe Thelma encontra seu diário e, nele, uma lista com dez coisas para fazer antes do fim do mundo. Ela decide sair em uma jornada para realizar os desejos do menino.

Sala 4 e 2 (legendado) 

19/10/2023 - Quinta-feira: 15h40 - 21h00
20/10/2023 - Sexta-feira: 15h40 - 21h00
21/10/2023 - Sábado: 15h40 - 21h00
22/10/2023 - Domingo: 15h40 - 21h00
23/10/2023 - Segunda-feira: 15h40 - 21h00
24/10/2023 - Terça-feira: 15h40 - 21h00
25/10/2023 - Quarta-feira: 15h40 - 21h00

Trailer "O Livro dos Sonhos"

Seguem em cartaz no Cineflix Santos

"O Exorcista: O Devoto" ("The Exorcist: Deceiver") Ingressos on-line neste linkGênero: terror, sobrenatural. Classificação: 16 anos. Duração: 1h51. Ano: 2023. Idioma: inglês. Distribuidora: Universal Studios. Direção: David Gordon GreenRoteiro: David Gordon Green, Peter Sattler. Elenco: Leslie Odom Jr. (Victor Fielding), Ellen Burstyn (Chris MacNeil), Ann Dowd (Ann), Jennifer Nettles (atriz). Sinopse: Victor Fielding decide confrontar o mal quando repara que sua filha, Angela, e a amiga dela, Katherine, mostram sinais de possessão demoníaca.

Sala 1 (legendado) 

19/10/2023 - Quinta-feira: 20h40
20/10/2023 - Sexta-feira: 20h40
21/10/2023 - Sábado: 20h40
22/10/2023 - Domingo: 20h40
23/10/2023 - Segunda-feira: 20h40
24/10/2023 - Terça-feira: 20h40
25/10/2023 - Quarta-feira: 20h40

Trailer "O Exorcista: O Devoto"

"Trolls 3 - Juntos Novamente" ("Trolls 3") Ingressos on-line neste linkGênero: animação, musical. Classificação: livre. Duração: 1h32. Ano: 2023. Idioma: inglês. Distribuidora: Universal Studios. Direção: Walt DohrnRoteiro: Elizabeth Tippet. Elenco: Anna Kendrick, Justin Timberlake. Na versão dublada: Larissa Manoela, Hugo Bonemer e Jullie. Sinopse: Branch e Poppy embarcam em uma jornada angustiante e emocionante para salvar um irmão que foi sequestrado por um par de vilões pop-star.

Sala 1 (dublado) 

19/10/2023 - Quinta-feira: 14h40 - 16h40 - 18h40
20/10/2023 - Sexta-feira: 14h40 - 16h40 - 18h40
21/10/2023 - Sábado: 14h40 - 16h40 - 18h40
22/10/2023 - Domingo: 14h40 - 16h40 - 18h40
23/10/2023 - Segunda-feira: 14h40 - 16h40 - 18h40
24/10/2023 - Terça-feira: 14h40 - 16h40 - 18h40
25/10/2023 - Quarta-feira: 14h40 - 16h40 - 18h40

Trailer "Trolls 3 - Juntos Novamente"


"Meu Nome é Gal" ("nacional") Ingressos on-line neste linkGênero: drama. Classificação: 16 anos. Duração: 1h49. Ano: 2023. Idioma: inglês. Distribuidora: Paris Filmes. Direção: Dandara Ferreira, Lô PolitiRoteiro: Maíra Bühler, Lô Politi. Elenco: Sophie Charlotte (Gal Costa), Rodrigo Lélis(Caetano Veloso), Dan Ferreira (Gilberto Gil), Camila Márdila (Dedé Gadelha), Gal Costa, Fábio Assunção (Diretor de TV), Luis Lobianco (Guilherme Araújo), George Sauma (Waly Salomão)Sinopse: A trajetória de Gal Costa, uma menina tímida que desde muito cedo soube que a música guiaria seus caminhos. Ela foi criada sozinha pela mãe Mariah, que foi uma de suas maiores incentivadoras. Aos 20 anos, ela decide viajar rumo ao Rio de Janeiro para se tornar cantora. Lá, a jovem encontra seus amigos da Bahia: Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gilberto Gil e Dedé Gadelha, que acompanham os primeiros passos de Gal na música profissional no final da década de 1960.

Sala 2 (nacional) 

19/10/2023 - Quinta-feira: 19h00
20/10/2023 - Sexta-feira: 19h00
21/10/2023 - Sábado: 19h00
22/10/2023 - Domingo: 19h00
23/10/2023 - Segunda-feira: 19h00
24/10/2023 - Terça-feira: 19h00
25/10/2023 - Quarta-feira: 19h00

Trailer "Meu Nome é Gal"



"Patrulha Canina: Um Filme Superpoderoso" ("Paw Patrol: The Mighty Movie") Ingressos on-line neste linkGênero: animação, infantil. Classificação: livre. Duração: 1h35. Ano: 2023. Idioma: inglês. Distribuidora: Paramount Pictures. Elevation Pictures. Direção: Cal BrunkerRoteiro: Cal Brunker, Bob Barlen. Elenco: Mckenna Grace (Skye), Taraji P. Henson (Victoria Vance), James Marsden (Hank), Marsai Martin (Liberty). Sinopse: Os filhotes da Patrulha Canina ganham poderes após um meteoro mágico cair na cidade. Para um deles, é um grande sonho que se tornou realidade, mas a felicidade dos patrulheiros pode estar ameaçada quando o maior inimigo dos filhotes foge da prisão.

Sala 2 (dublado) 

19/10/2023 - Quinta-feira: 15h00 - 17h00
20/10/2023 - Sexta-feira: 15h00 - 17h00
21/10/2023 - Sábado: 15h00 - 17h00
22/10/2023 - Domingo: 15h00 - 17h00
23/10/2023 - Segunda-feira: 15h00 - 17h00
24/10/2023 - Terça-feira: 15h00 - 17h00
25/10/2023 - Quarta-feira: 15h00 - 17h00

Trailer


"Som da Liberdade" ("Sound of Freedom") Ingressos on-line neste link
Gênero: drama, ação. Classificação: 12 anos. Duração: 2h15. Ano: 2023. Idioma: inglês. 
Distribuidora: Paris Filmes. Direção: Alejandro Gómez MonteverdeRoteiro: Alejandro Monteverde, Rod Barr. Elenco: Jim Caviezel (Tim Ballard), Bill Camp (Vampiro), Mira Sorvino (Katherine Ballard), Kurt Fuller (John). Sinopse: Um ex-agente federal embarca em uma perigosa missão para salvar uma menina dos cruéis traficantes de crianças. Com o tempo se esgotando, ele viaja pelas profundezas da selva colombiana, colocando sua vida em risco para libertá-la.

Sala 4 (legendado) 
19/10/2023 - Quinta-feira: 18h00 - 20h45
20/10/2023 - Sexta-feira: 18h00 - 20h45
21/10/2023 - Sábado: 18h00 - 20h45
22/10/2023 - Domingo: 18h00 - 20h45
23/10/2023 - Segunda-feira: 18h00 - 20h45
24/10/2023 - Terça-feira: 18h00 - 20h45
25/10/2023 - Quarta-feira: 18h00 - 20h45

terça-feira, 17 de outubro de 2023

.: Crítica: "Trolls 3 - Juntos Novamente" garante mais uma sequência impecável

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em outubro de 2023

A animação "Trolls 3 - Juntos Novamente", em cartaz no Cineflix Cinemas, entrega cores vibrantes, alegria e muita música pop, mantendo a qualidade de enredo dos outros dois filmes da franquia. Em 1h32 -que não se percebe passar de tão envolvente que é-, a produção dirigida por Walt Dohrn encanta desde os mais pequenos aos adultos acompanhantes nas sessões de cinema, ao entregar uma história cheia de revelações para Tronco (com voz de Hugo Bonemer) e Poppy (dublada por Julie)


A terceira aventura dos pequenos trolls começa muito agitada com o casamento de Bridget e Rei Gristle Jr., mas é a uma informação que muda o rumo de tudo: Tronco foi um Brozone, uma boy band de trolls, de muito sucesso, que se desfez. No entanto, a dúvida que fica é: onde estão os irmãos dele? Eis que a resposta logo surge na tela com um irmão atrapalhando, inclusive, o casório de Bridget e Gristle.


Mesmo relutando com o passado, Tronco segue numa missão de resgate, porém é Poppy quem conhece alguém da infância que será a sua metade. Em meio a imagens psicodélicas e uma trilha sonora perfeita, "Trolls 3 - Juntos Novamente" consegue garantir mais uma sequência impecável, inserindo por um par de vilões pop-star estilo Sharpay e Ryan Evans de "High School Musical".


Enquanto a trama da franquia "Trolls" só aprimora a cada novo filme, há ainda um feito para marcar a trilogia, pois o filme de 2023 promoveu o reencontro da boy band, N´Sync -quem tem quase ou mais de 40 vai lembrar direitinho do quinteto. Focando na importância da família e amigos, "Trolls 3 - Juntos Novamente" é indiscutivelmente imperdível, independente da idade!

Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 


"Trolls 3 - Juntos Novamente" ("Trolls 3") Ingressos on-line neste linkGênero: animação, musical. Classificação: livre. Duração: 1h32. Ano: 2023. Idioma: inglês. Distribuidora: Universal Studios. Direção: Walt DohrnRoteiro: Elizabeth Tippet. Elenco: Anna Kendrick, Justin Timberlake. Na versão dublada: Larissa Manoela, Hugo Bonemer e Jullie. Sinopse: Branch e Poppy embarcam em uma jornada angustiante e emocionante para salvar um irmão que foi sequestrado por um par de vilões pop-star.

Trailer "Trolls 3 - Juntos Novamente"



.: Helio de La Peña lança livro "Aventuras de um Pijamão" com Adão Iturrusgarai

Eterno "Casseta & Planeta" e cartunista promovem noite de autógrafos no próximo dia 31, na Livraria Travessa de Ipanema


O humorista Helio de La Peña, consagrado por integrar o saudoso "Casseta & Planeta", une forças com o cartunista Adão Iturrusgarai, autor de tiras diárias de sucesso como “Aline”, para o lançamento do livro "Aventuras de um Pijamão". A noite de autógrafos acontece no dia 31 de outubro, às 19h, na Livraria Travessa de Ipanema, no Rio de Janeiro.

Publicada em parceria pelas editoras Almedina Brasil e Banca do Minhoca, a coletânea de charges e crônicas faz rir ao esmiuçar temas como casamento, solteirice e sexo (ou a falta dele). Na casa dos 60, casados e felizes com suas escolhas de vida (será?), os autores disparam suas metralhadoras de piadas contra a pegação, a não-monogamia e outras “vulgaridades” da modernidade.

Autointitulados “dinossauros, machos, héteros e cis”, Peña Iturrusgarai investigam com muito humor porque as pessoas ainda optam pelo matrimônio ao mesmo tempo em que não desejam voltar ao status de solteiro. Uma reflexão descarada sobre como o cotidiano a dois é difícil, mas com a certeza de que viver sozinho é muito pior. Compre o livro "Aventuras de um Pijamão", de Helio de La Peña e Adão Iturrusgarai, neste link.



Sobre o livro

"Sou um dinossauro. Um homem macho hétero Ccis alfa tarja preta casado, porém respeitador das vontades alheias, temente a Deus, mesmo sendo ateu, e principalmente à minha patroa. Apesar de tudo isso, não tenho como negar, ainda me reúno com meus amigos, muitos deles cancelados nas redes antissociais. Vivem na clandestinidade, calados, sem acesso a qualquer tipo de teclado, exceto a suas máquinas de escrever sem wi-fi, Bluetooth ou cabo USB. [...] Em outras ocasiões, gravei histórias com o celular. Juntei com memórias pessoais, troquei nomes para manter o anonimato de todos, apimentei tudo com boas mentiras e reuni neste livro. Só um frequentador da sala sabia dessa trama diabólica. Adão Iturrusgarai. Quando mostrei a coleção, ele se identificou e fez uma seleção dos melhores – ou piores, a depender do ponto de vista do leitor, leitora ou mesmo leitore – cartuns que dialogassem com os textos e... voilà! Aqui estão nossas aventuras. Faça bom proveito. Mas mantenha este exemplar longe das crianças e dos advogados." Garanta o seu exemplar de "Aventuras de um Pijamão", escrito e ilustrado por Helio de La Peña e Adão Iturrusgarai, neste link.


Serviço
Noite de autógrafos do livro “Aventuras de um Pijamão”. Terça-feira, dia 31 de outubro, às 19h. Livraria da Travessa. R. Visc. de Pirajá, 572 - Ipanema / Rio de Janeiro.

.: "The Money Shot", a comédia perversa de Neil LaBute, estreia no Teatro Vivo


Eric Lenate dirige versão de "The Money Shot", comédia perversa do autor estadunidense Neil LaBute que estreia no dia 24 de outubro no Teatro Vivo. Estrelado por Lavínia Pannunzio, Fabiana Gugli, Jocasta Germano e Fernando Billi, espetáculo usa humor ácido para criar uma reflexão sobre arte, ambição, status e sexo em Hollywood. Foto: Leekyung Kim

A toxidade da indústria de entretenimento norte-americana é discutida na comédia perversa "The Money Shot", do autor estadunidense Neil LaBute. O espetáculo ganha uma versão brasileira dirigida por Eric Lenate que estreia no dia 24 de outubro no Teatro Vivo, onde segue em cartaz até 6 de dezembro. As apresentações acontecem às terças e quartas-feiras, às 21h. O elenco é formado por Lavínia Pannunzio, Fabiana Gugli, Jocasta Germano e Fernando Billi. A peça ainda tem tradução de Jorge Minicelli, direção assistente de Vitor Julian, figurinos de João Pimenta, desenho de luz de Aline Santini, trilha sonora original de L. P. Daniel e produção de Luque Daltrozo.

"The Money Shot" explora o humor ácido para criar uma reflexão sobre ambição, arte, status, sexo na indústria do entretenimento norte-americana. A peça narra o drama de Karen e Steve, estrelas do cinema que não conseguem mais emplacar um grande sucesso nas telonas. Desesperados para parar de despencar na cadeia alimentar de Hollywood, eles apostam todas as suas cartas em um famoso diretor europeu que pode mudar tudo com seu próximo filme.

“O texto tem personagens extremamente privilegiadas. Elas têm o mundo aberto à sua frente, mas são incapazes de enxergar as questões que são próprias da realidade de pessoas que não fazem parte de seu território de privilégio. Estão sempre tentando se proteger e autopromover. E estão inseridas em um processo de retroalimentação das neuroses da branquitude, que tem medo de perder seus lugares de privilégio”, comenta o diretor Eric Lenate.

A história tem como ambiente a luxuosa mansão de Karen e sua companheira Bev, que trabalha na área de pós-produção da indústria cinematográfica. Elas recebem para um jantar Steve e Missy, a jovem esposa dele que aspira à carreira de atriz. “É um encontro requintado, regado a muita bebida alcoólica, que faz com que a situação entre essas figuras vá se desenrolando de uma maneira cada vez mais feia. Queremos criar um contraste entre o refinamento e a feiura dessas personagens”, acrescenta o encenador.

Para representar esse ambiente, Lenate, que também assina a arquitetura cênica da peça, revela que optou por reproduzir a sala dessa casa. “Estamos pensando em um espaço que tenha bastante luxo e opulência, mas que também tenha certa cafonice”, revela. Já a encenação é bastante pontuada pelo jogo entre as três atrizes e o ator. “É um trabalho bastante calcado na verborragia do texto. São quatro personagens em cena que falam o tempo todo, tentando discutir um assunto que sempre se perde. Eles começam a fazer o desfile de egos deles e a situação fica cada vez mais esquisita, até chegar em um desenlace que vai fazer com que as pessoas fiquem bastante atônitas”, garante o diretor.


Sobre Neil LaBute
Neil LaBute recebeu seu diploma de Mestre em Belas Artes em redação dramática pela New York University. Recebeu uma bolsa literária para estudar no Royal Court Theatre, em Londres, e também frequentou o Playwrights Lab do Sundance Institute.

Entre seus filmes, estão “In the Company of Men” (Prêmio do Círculo de Críticos de Nova York de Melhor Primeira Longa-Metragem e Troféu dos Cineastas no Festival de Cinema de Sundance), “Seus Amigos e Vizinhos”, “Enfermeira Betty”, “Possessão”, “The Shape of Things” (uma adaptação cinematográfica de sua peça com o mesmo título), “The Wicker Man”, “Lakeview Terrace” e “Death at a Funeral”.

E entre as peças destacam-se “Bash: Latter-Day Plays”, “The Shape of Things”, “The Mercy Seat”, “The Distance From Here”, “Autobahn (Uma coleção de cinco de suas peças de um ato)”, “Fat Pig”, “Algumas Garotas”, “Isso é Assim Que Vai”, “Em Uma Casa Escura” e “Razões Para Ser Bonita”, que foi indicado ao prêmio Tony de melhor peça.

LaBute também é autor de várias peças de ficção que foram publicadas no “The New York Times”, “The New York Times Magazine”, “Harper's Bazaar” e “Playboy”, entre outros. “Seconds of Pleasure”, uma coleção de seus contos, foi publicada pela Grove Atlantic.


Ficha técnica
Espetáculo "The Money Shot". Autor: Neil LaBute. Direção: Eric Lenate. Tradução: Jorge Minicelli. Elenco: Lavínia Pannunzio, Fabiana Gugli, Jocasta Germano e Fernando Billi. Direção assistente: Vitor Julian. Arquitetura cênica: Eric Lenate. Desenho de luz: Aline Santini. Figurinista: João Pimenta. Trilha sonora original e desenho de som: L. P. Daniel. Cabelos: Marcos Ribeiro. Designer gráfico: Laerte Késsimos. Fotos: Leekyung Kim. Assessoria de imprensa: Pombo Correio. Produtora executiva: Camila Bevilacqua. Diretor de produção: Luís Henrique Luque Daltrozo. Realização: Daltrozo Produções.


Serviço
Espetáculo "The Money Shot". The Money Shot, de Neil LaBute. Temporada: 24 de outubro a 6 de dezembro de 2023. Às terças e quartas-feiras, às 20h. Teatro Vivo - Av. Chucri Zaidan, 2460 - Morumbi / São Paulo. Ingressos: R$ 100,00 (inteira) e R$ 50,00 (meia-entrada). Venda on-line em https://bileto.sympla.com.br/event/86906/d/216351/s/1457672. Bilheteria: (11) 3430-1524. Abre duas horas antes do espetáculo. Estacionamento no local. Entrada pela Av. Roque Petroni Jr, 1464. Duração: 90 minutos. Classificação indicativa: 18 anos. Capacidade: 274 lugares. Acessibilidade: Teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.

.: Espetáculo "Agnes de Deus" estreia no Teatro Aliança Francesa dia 20


Um thriller psicológico que aborda a investigação de um crime é a trama que envolve o espetáculo "Agnes de Deus", que estreia no Teatro Aliança Francesa, dia 20 de outubro, sexta-feira, às 20h. Com direção de Murillo Basso e codireção de Yara de Novaes, a peça foi escrita pelo dramaturgo americano John Pielmeier em 1979. A história tem início quando um bebê é encontrado morto em um cesto de lixo no quarto de um convento. A peça, baseada em fatos reais, nos conta os desdobramentos desta investigação. O elenco é formado por Clara Carvalho, Gabriela Westphal e Mariana Muniz. Foto: Ronaldo Gutierrez

Tocando em temas como o embate entre religião e ciência, fé e ateísmo, a violência e o controle sobre o corpo feminino e a institucionalização do poder, "Agnes de Deus" estreia na sexta-feira, 20 de outubro, às 20h no Teatro Aliança Francesa. A peça foi escrita pelo dramaturgo americano John Pielmeier em 1979 e conta com a direção de Murillo Basso e codireção de Yara de Novaes. O elenco é formado por Clara Carvalho, Gabriela Westphal e Mariana Muniz.  A temporada vai até 3 de dezembro com sessões de sexta e sábado, às 20h, e domingo, às 18h. A idealização do projeto é de Ariell Cannal e Gabriela Westphal, pela Cannal Produções.

A trama é um thriller psicológico que aborda a investigação de um crime: O assassinato de um bebê recém-nascido, supostamente cometido pela própria mãe da criança, uma jovem freira. A peça, baseada em fatos reais, nos conta os desdobramentos desta investigação. A história tem início quando um bebê é encontrado morto em um cesto de lixo no quarto de um convento. O texto apresenta a Dra. Martha (Clara Carvalho), uma psiquiatra; a Irmã Miriam Ruth (Mariana Muniz), coordenadora de um convento; e Agnes (Gabriela Westphal), a jovem freira.

Supõe-se que Agnes, a mãe da criança, teria dado à luz e, em seguida, matado seu bebê. Madre Miriam acredita que a jovem foi tocada por Deus, defendendo a ideia de que a criança poderia ser o resultado de uma concepção miraculosa, sem intercurso sexual. Já a Dra. Martha transita do ceticismo e do pragmatismo científico ao envolvimento cada vez mais obsessivo e pessoal com o caso de Agnes.

A idealização do projeto se deu durante a montagem de Escola de Mulheres, de Molière, também da Cannal Produções, quando Ariell Cannal e Gabriela Westphal interpretaram, respectivamente, Horário e Inês sob a direção de Clara Carvalho. Durante o processo criativo, ambos tiveram acesso ao texto de John Pielmeier e pensaram em uma futura peça.

“Agnes é uma incógnita, ela é diferente, mas não conhece o mundo. É como se tivesse uma ligação com o divino, incorpora a fé na vida do dia a dia. A personagem sofreu muitos abusos quando era pequena, cheia de traumas”, fala Gabriela. Clara Carvalho ressaltou a importância das camadas que permeiam a dramaturgia. “O Brasil e o mundo têm passado pela questão do fundamentalismo religioso, é importante visitar esse texto levando em consideração os momentos sociopolíticos dos últimos anos. A grandeza deste trabalho é que ele discute com uma série de questões femininas sem se fechar em si. Lida com o erótico, o espiritual e o místico para trazer uma boa história”.

A paisagem sonora em cena, assinada por Morris, permeia o canto da personagem, habilidade que é praticada por Gabriela. A cenografia de Mira Andrade reforça que a peça se passa em um universo plano mental e as unidades de espaço não são bem determinadas, as cenas podem se passar ora em um consultório, ora em um convento. O desenho de luz, de Aline Santini, e o figurino, de Marichilene Artisevskis, dialogam com essa espécie de fluxo de pensamento e memória que guiam a trama.

De acordo com Murillo Basso, “A violência brutal sofrida por Agnes é um eco da nossa realidade, mas a direção encontra no mistério e nas perguntas sem resposta a possibilidade de expandir essa narrativa e tocar o desconhecido. A encenação parte de um lugar mais realista e vai se desdobrando poeticamente através do corpo em movimento, das sonoridades a iluminação e as transformações do espaço”.

Agnes é um agente transformador que impacta a vida e o modo de agir da psiquiatra Martha e da Madre Miriam Ruth. Apesar de serem dois pólos distintos, a ciência e a religião, as duas não são antagonistas, pois elas desejam proteger a freira mais nova. Clara enfatiza que a sua personagem até torce para que a jovem seja inocente e sua pureza seja preservada. A Madre de Mariana Muniz também mira no lado imaculado de sua protegida. “Ela era uma mulher que nem tinha certeza da existência de Deus, mesmo sendo freira. Porém ao ouvir o canto de Agnes, a Madre Miriam foi atingida pela inocência e a divindade”.

A equipe de profissionais tem uma extensa carreira que já rendeu dezenas prêmios somados como APCA e Shell, além de outras tantas indicações. As três atrizes estiveram juntas no elenco de O Jardim das Cerejeiras do russo Anton Tchekhov, também produzido por Ariell Cannal. Inclusive, Clara e Mariana são parceiras cênicas e trabalharam em vários projetos como em As Criadas, Jean Genet; Sete Histórias, uma adaptação da obra Das Tripas Coração, de Ezter Liu.

"Agnes de Deus" já marcou presença nos palcos brasileiros. Teve uma montagem com Clarisse Abujamra, Cleyde Yáconis e Walderez de Barros em 1982. No Rio de Janeiro, a história de John Pielmeier ganhou uma produção com Lucélia Santos, Nicette Bruno e Yara Amaral.


Ficha técnica
Espetáculo "Agnes de Deus". Idealização: Ariell Cannal e Gabriela Westphal. Texto: John Pielmeier. Direção: Murillo Basso. Codireção: Yara de Novaes. Elenco: Clara Carvalho, Gabriela Westphal e Mariana Muniz. Assistência de Direção: Marcella Vicentini. Desenho de luz: Aline Santini. Cenógrafa: Mira Andrade. Figurinista: Marichilene Artisevskis. Direção Musical E Trilha Sonora: Morris. Design Gráfico: Nando Medeiros. Fotos: Ronaldo Gutierrez. Assessoria De Imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes. Assistente de Produção: Paula Stricker. Produção Executiva: Rafaelly Vianna. Direção de Produção: Ariell Cannal / Cannal Produções.


Serviço
Espetáculo "Agnes de Deus". Teatro Aliança Francesa. Rua General Jardim 182 – Vila Buarque. Ar-condicionado. Informações: (11) 3572-2379. Temporada: De 20 de outubro a 3 de dezembro (Sexta e sábado às 20h | Domingo às 18h). Preço: R$60 (Inteira) e R$30 (Meia). Compra Online Sympla: https://bit.ly/agnesDeDeus. Classificação: 14 Anos. Duração: 100 minutos. www.teatroaliancafrancesa.com.br.

.: Peça "Babilônia Tropical - A Nostalgia do Açúcar" estreia no CCBB São Paulo


Criação do diretor Marcos Damigo, drama histórico real mistura passado e presente para falar sobre o período da invasão holandesa em Pernambuco no século XVII; em cena, a personagem Anna Paes é vivida pela atriz Carol Duarte, que divide o palco com Jamile Cazumbá, Ermi Panzo e Leonardo Ventura. Montagem tem recursos audiovisuais e música ao vivo executada pelo diretor musical Adriano Salhab. Cena de Babilônia Tropical - Crédito da Foto: Rodrigo Menezes

Segue em cartaz em São Paulo a peça "Babilônia Tropical - A Nostalgia do Açúcar", criação do diretor Marcos Damigo, com Carol Duarte, Jamile Cazumbá, Ermi Panzo e Leonardo Ventura no elenco. A temporada acontece no CCBB São Paulo, até dia 19 de novembro, às quintas e sextas-feiras, às 19h; sábados, domingos e feriado de 2 de novembro, às 17h. Os ingressos custam R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia-entrada).

O drama histórico real mistura passado e presente para falar sobre o período da invasão holandesa em Pernambuco no século XVII (quando a região era a maior produtora de açúcar do mundo). A peça mostra um grupo de quatro atores ensaiando um espetáculo a partir da tentativa de reproduzir o momento em que Anna Paes, dona de engenho da época, escreve um bilhete para o aristocrata neerlandês Maurício de Nassau, presenteando-o com seis caixas de açúcar em sua chegada ao Brasil. A peça explora a reconstrução desse período para revelar a existência do racismo como herança da escravidão, e suas implicações nos modos de nos relacionarmos com a própria ideia do trabalho. 

No palco estão: Carol Duarte, no papel de Anna Paes; Jamile Cazumbá, artista baiana que transita pelo audiovisual e performance; Ermi Panzo, artista angolano radicado há quase dez anos no Brasil, que também assina a dramaturgia da obra; e Leonardo Ventura, ator consagrado em obras dirigidas por Antunes Filho no Centro de Pesquisa Teatral; além de Adriano Salhab, que assina a direção musical do espetáculo e executa a trilha sonora ao vivo em cena, com músicas originais.  

Uma experiência rica e instigante
O grupo de quatro atores, inspirados no episódio da invasão holandesa em Pernambuco - quando a região era a maior produtora de açúcar do mundo - ensaia o espetáculo que mescla passado e presente e se desenrola a partir da tentativa de reproduzir o momento em que Anna Paes, dona de engenho da época, escreve um bilhete para o aristocrata neerlandês Maurício de Nassau, presenteando-o com seis caixas de açúcar em sua chegada ao Brasil. O bilhete está guardado até hoje no Arquivo  Nacional dos Países Baixos, em Haia.

Anna Paes, uma mulher considerada à frente de seu tempo, já que sabia ler e escrever (algo raro para a época), assumiu também a administração de um dos maiores engenhos de Pernambuco com a morte do marido. Valores positivos para esse início de modernidade, como liberdade e  emancipação, vão sendo desmontados, revelando a grande farsa do projeto que deu início a esse empreendimento açucareiro, que só existiu graças à escravidão.

O idealizador, dramaturgo e diretor da obra, Marcos Damigo, enfatiza: "É uma responsabilidade imensa dar vida às pessoas que vieram antes de nós, para que possamos transformar a forma como nos enxergamos e, assim, talvez, ativar nossa sensibilidade para uma melhor compreensão de nós mesmos."  

O produtor do espetáculo, Gabriel Bortolini, adianta que a peça provoca reflexões profundas. "A representação histórica, exemplificada pela personagem Anna Paes, reflete nossas escolhas sobre como perpetuar a história, a imagem e seus pares. A história brasileira foi feita de brancos para brancos. Aqui, questionamos não apenas os reconhecimentos em si, mas também seus privilégios e as barreiras que precisam ser superadas para alcançar um lugar diferente", afirma Bortolini.  

Com sucesso de público e crítica em sua estreia em Belo Horizonte/MG, o espetáculo tem "cenas que revelam lugares mais oblíquos do racismo, justamente por parte daquelas personagens que se veem como artistas 'antirracistas'", afirma a crítica Júlia Guimarães no site Horizonte da Cena. 

"Tem sido interessante ver como o espetáculo toca as pessoas de maneiras tão diferentes, dependendo de onde você se situa em relação às questões que emergem em cena", conta o diretor Marcos Damigo. Para a temporada paulista, as expectativas são positivas: "A peça traz uma diversidade de olhares, provocando o espectador o tempo inteiro, com a busca de um teatro mais contemporâneo e desconstruído", complementa. 

A atriz Carol Duarte, que interpreta o papel de Anna Paes, destaca a importância de abordar a barbárie histórica do país. E ressalta: "como podemos olhar para o passado sem reparar que os pilares desse país foram sustentados pela escravidão? Os vilões da nossa história devem ser nomeados para que, no presente, possamos erradicar qualquer indício dessa herança escravocrata, restaurando o lugar devido para aqueles que foram capturados e para aqueles que ainda são oprimidos", afirma a atriz.  

O elenco tem os atores Ermi Panzo, artista angolano radicado há quase dez anos no Brasil, que também assina a dramaturgia da obra; Jamile Cazumbá, artista baiana que transita pelo audiovisual e a performance; e Leonardo Ventura, ator consagrado em obras dirigidas por Antunes Filho no Centro de Pesquisa Teatral; além de Adriano Salhab, músico pernambucano que assina a direção musical do espetáculo e executa a trilha sonora ao vivo em cena, com músicas originais.  

Destacando-se tanto na atuação quanto na dramaturgia, o ator e poeta Ermi Panzo explora a reconstrução desse período para revelar a existência do racismo como herança da escravidão, e suas implicações nos modos de nos relacionarmos com a própria ideia do trabalho. "A obra traz uma representação vívida do cenário dinâmico do trabalho da época, que resulta em um conjunto de elementos que caracterizam a precariedade das condições de vida do trabalhador, atentando contra sua dignidade, especialmente para a maioria negra", explica Panzo.  

A permanência do racismo em todas as relações também é um dos destaques que a peça traz para a atriz Jamile Cazumbá. Ela destaca que sua personagem experimenta "cotidianamente os danos, a violência e as perversidades do racismo, e de todas e diversas categorias de subalternidades estabelecidas socialmente e politicamente para que meu corpo habite", e que a peça "é uma tentativa de abrirmos mão da suposta ingenuidade que o romantismo colonial insiste em coreografar".

"Babilônia Tropical" oferece ao público uma experiência rica e instigante, com música ao vivo e recursos audiovisuais, utilizando desde imagens de arquivos históricos até filmagens realizadas em estúdio por uma equipe audiovisual, com imagens de grande impacto e beleza. "Enfrentamos, aqui, a questão central diante do teatro contemporâneo: a chegada de temáticas antes ocultas ou apagadas que demandam novos engendramentos, tanto de relações formais, quanto de relações profissionais e pessoais; e a despeito de qualquer resposta, encontramos no caminho da escuta, da contracena e do acolhimento, nosso modo de relacionarmo-nos com tudo isso e uns com os outros; que o teatro seja canal para toda essa elaboração e que a cena possa cumprir o seu papel primordial, que é o da síntese poética", adianta Leonardo Ventura, ator.

O projeto recebeu apoio da Embaixada dos Países Baixos para o desenvolvimento da dramaturgia, o que possibilitou uma viagem do autor Marcos Damigo a Pernambuco, bem como a participação do historiador Daniel Breda no processo de pesquisa, além de uma primeira imersão com o elenco da peça em 2022. A peça estreou no CCBB Belo Horizonte, depois teve temporadas pelo CCBB Brasília e pelo CCBB Rio de Janeiro.  


Ficha técnica
Espetáculo "Babilônia Tropical - A Nostalgia do Açúcar". Idealização, concepção e direção geral: Marcos Damigo. Concepção e direção de produção: Gabriel Bortolini. Dramaturgia: Ermi Panzo e Marcos Damigo. Elenco:  Carol Duarte, Jamile Cazumbá, Ermi Panzo, Leonardo Ventura e Adriano Salhab.  Interlocução artística:  Lúcia Bronstein e Sol Miranda. Direção musical e canções originais: Adriano Salhab. Direção de arte:  Simone Mina. Iluminação:  Wagner Pinto. Preparação vocal e consultoria artística e dramatúrgica: Glaucia Verena. Preparação corporal: Pat Bergantin. Consultoria histórica:  Daniel Breda. Programação visual:  Rafa Saraiva e Mila Cavalcanti. Direção de fotografia: Coletivo Corpo Sobre Tela/Ricardo Aleixo e Julia Zakia.   Montagem e finalização de cor:  Coletivo Corpo Sobre Tela. Vídeo engenho em chamas:  Rafael Tenório. Coordenação de redes sociais:  Luiz Schiavinato Valente. Design para redes sociais:  Mayara Santana e Rafael Tenório. Assistência de direção:  Jackeline Stefanski Bernardes e Ví Silva. Assistência de produção:  Luiz Schiavinato Valente e Ví Silva. Assistência de direção de arte:  Rick Nagash. Assistência de cenografia:  Vinicius Cardoso. Assistência de figurino e adereços:  Amanda Pilla B e Hellige Sant'Anna. Assistência de iluminação: Carina Tavares. Cenotécnica cenário:  Wanderley Wagner e Fernando Zimolo. Cenotécnica filmagem:  Mauro José da Silva e Matheus Kaue Justino da Silva. Cabeleireira elenco:  Vivona. Making off:  Julia Zakia. Câmera adicional making off:  Luiza Zakia Leblanc.

Serviço
Espetáculo "Babilônia Tropical - A Nostalgia do Açúcar". Temporada: de 06 de outubro a 19 de novembro de 2023, sempre de quinta a domingo. Horário: quinta e sexta às 19 horas, sábado, domingo e feriado do cia 2 de novembro, às 17h. Local: Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo - CCBB SP. Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico / São Paulo. Próximo à estação São Bento do Metrô . Entrada acessível: Pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e outras pessoas que necessitem da rampa de acesso podem utilizar a porta lateral localizada à esquerda da entrada principal. Duração: 80 minutos. Recomendação: 14 anos. Ingressos: R$ 30,00 (inteira) / R$15,00 (meia-entrada). Vendas: bilheteria do CCBB SP ou pelo site bb.com.br/cultura.  Informações: (11) 4297-0600 | Redes Sociais: instagram.com/Ccbbsp | facebook.com/ccbbsp | twitter.com/ccbb_sp |  @oficcinamultimedia

CCBB SP
Funcionamento: aberto todos os dias, das 9h às 20h, exceto às terças. Estacionamento: O CCBB possui estacionamento conveniado na Rua da Consolação, 228 (R$ 14 pelo período de 6 horas - necessário validar o ticket na bilheteria do CCBB). O traslado é gratuito para o trajeto de ida e volta ao estacionamento e funciona das 12h às 21h. Van: ida e volta gratuita, saindo da Rua da Consolação, 228. No trajeto de volta, há também uma parada no metrô República. Das 12h às 21h. Transporte público: O Centro Cultural Banco do Brasil fica a 5 minutos da estação São Bento do Metrô. Pesquise linhas de ônibus com embarque e desembarque nas Ruas Líbero Badaró e Boa Vista. Táxi ou Aplicativo: Desembarque na Praça do Patriarca e siga a pé pela Rua da Quitanda até o CCBB (200 m).

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