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domingo, 6 de outubro de 2019

.: "Doutor Sono": Warner recriará cenários do filme na Horror Expo 2019

Estande da Warner Bros. Pictures terá temática voltada para adaptação de obra de Stephen King para o cinema, continuação do clássico "O Iluminado"
"Doutor Sono", livro de Stephen King que foi lançado em 2013, logo se tornou um best-seller. O sucesso não se deu apenas pela maestria do autor, mas por se tratar da continuação da obra-prima “O Iluminado”. Agora, a expectativa é grande para a adaptação de "Doutor Sono" para o cinema, que estreia no Brasil no próximo dia 7 de novembro, pela Warner Bros. Pictures.

Como uma prévia do que o fã pode esperar de "Doutor Sono", a Warner recriará dentro da Horror Expo 2019 dois cenários do filme, para que o visitante possa ser imerso no universo de Danny Torrance, o "Danny Boy" de “O Iluminado”, adulto na atual obra.

"Doutor Sono" 
"Doutor Sono" continua a história de Danny Torrance, 40 anos após sua assustadora estadia no Hotel Overlook, em “O Iluminado”. Ewan McGregor, Rebecca Ferguson e a novata Kyliegh Curran estrelam o thriller sobrenatural, dirigido por Mike Flanagan, que escreveu o roteiro com base no romance de Stephen King.

Ainda extremamente marcado pelo trauma que sofreu quando criança no Hotel Overlook, Dan Torrance lutou para encontrar o mínimo de paz. Essa paz é destruída quando ele encontra Abra, uma adolescente corajosa com um dom, conhecido como "brilho". Ao reconhecer instintivamente que Dan compartilha seu poder, Abra o procura, desesperada para que ele a ajude contra a impiedosa Rose Cartola e seus seguidores do grupo Verdadeiro Nó, que se alimentam do brilho de inocentes visando a imortalidade.

Ao formarem uma improvável aliança, Dan e Abra se envolvem em uma brutal batalha de vida ou morte com Rose. A inocência de Abra e a maneira destemida que ela abraça seu Brilho fazem com que Dan use seus próprios poderes como nunca, enquanto enfrenta seus medos e desperta os fantasmas do passado.

"Doutor Sono" é estrelado por Ewan McGregor (“Star Wars: Episódios I, II e III”, “T2 Trainspotting”) como Dan Torrance, Rebecca Ferguson (filmes “Missão: Impossível”, “O Rei do Show”) como Rose Cartola; e Kyliegh Curran, em sua estreia no cinema, como Abra. O elenco principal também inclui Carl Lumbly, Zahn McClarnon, Emily Alyn Lind, Bruce Greenwood, Jocelin Donahue, Alex Essoe e Cliff Curtis.

Trevor Macy e Jon Berg produziram o filme, e a produção executiva fica a cargo de Roy Lee, Scott Lumpkin, Akiva Goldsman e Kevin McCormick. A equipe criativa foi liderada pelo diretor de fotografia Michael Fimognari ("A Maldição da Residência Hill"), pelos designers de produção Maher Ahmad ("O Durão") e Elizabeth Boller ("Hush - A Morte Ouve") e pelo figurinista Terry Anderson ("Covil de Ladrões"). Os The Newton Brothers ("A Maldição da Residência Hill") assinam a trilha sonora.

A Warner Bros. Pictures apresenta "Doutor Sono", um filme de Mike Flanagan com produção da Intrepid Pictures/Vertigo Entertainment. Com lançamento previsto em 7 de novembro, "Doutor Sono" será distribuído mundialmente pela Warner Bros. Pictures.


Atrações da Horror Expo 2019
A organização da Horror Expo 2019 já anunciou a participação do cineasta Mick Garris, parceiro de longa data de Steven Spielberg, Stephen King e Michael Jackson, que dirigiu e/ou escreveu grandes clássicos do horror/terror para cinema e TV; o artista Derek Riggs, mundialmente conhecido por ser responsável por muitas das capas clássicas de álbuns dos britânicos do Iron Maiden e a criação de Eddie, mascote que acompanha a arte da banda desde os seus primórdios até os dias de hoje; a atriz Naomi Grossman, que viveu a personagem Pepper em “American Horror Story: Asylum” e “American Horror Story: Freak Show” e retornou no papel de Samantha Crowe em “American Horror Story: Apocalypse”; e o ator Lochlyn Munro, conhecido por interpretar Hal Cooper, um dos principais antagonistas da série Riverdale, e por possuir um extenso currículo no cinema, com filmes como Freddy Vs Jason, “Todo Mundo em Pânico” e “As Branquelas”.

Das atrações musicais, até o momento foram confirmadas as bandas suecas Deathstars (que se apresenta no palco principal do evento no dia 18/10 às 20h) e Therion (20/10 às 20h), além da Orquestra de Metais da Banda Marcial de Cubatão, que fará releituras para trilhas sonoras de filmes e séries exclusivamente de horror no dia 19/10 às 15h.

E entretenimento não vai faltar na Horror Expo 2019! Entre a lista de experiências, inclusas no valor do ingresso, já foram anunciadas a presença da boneca Annabelle original, usada nas filmagens da franquia Invocação do Mal, que ficará em exibição no estande da Warner Bros. Home Entertainment;  tradicionais atrações como o Castelo dos Horrores e Cemitério, ambas desenvolvidas pela Indiana Mystery (empresa que atuou em grandes parques como Playcenter, Hopi Hari e Beto Carrero World); o Celeiro do Horror, atração criada pela Prevent Senior, patrocinadora do evento; um Trem Fantasma em Realidade Virtual, exclusivamente desenvolvido para a Horror Expo pelo Esconderijo Criativo e Mundo360; os truckescapes, caminhões adaptados como escape rooms, Esquadrão de Elite e Operação Resgate da Escape Time; escape games com Cadeira Elétrica e Barril Explosivo, criados exclusivamente pela Fugativa; e o fantástico Museu dos Monstros, acervo do cineasta Rodrigo Aragão que engloba cenários e personagens dos filmes “Mangue Negro” (2008), “A Noite do Chupacabras” (2011), “Mar Negro” (2013), “As Fábulas Negras” (2015), “A Mata Negra” (2017) e o novíssimo “O Cemitério das Almas Perdidas”, que tem previsão de lançamento para este ano. Também foi desenvolvida uma área com mais de 1000 m² batizada como Horror Artists’ Pavilion, que reunirá ilustradores, autores, quadrinistas e escultores.


Novos convidados e atrações do evento ainda serão anunciados.
Os ingressos da Horror Expo 2019 já estão disponíveis em seu terceiro lote, com valores a partir de R$ 170, com entradas por dia, passaportes para os três dias de evento e opções de ingressos VIP, que dão diversas vantagens para o comprador. 

Qualquer visitante que adquira o ingresso inteiro comum ou passaporte inteiro comum, pode adquirir sua entrada com 50% de desconto com o Ingresso Solidário Horror Expo, mediante a doação de 1 kg de ração para cães ou gatos, que deve ser entregue no dia do evento. Toda a venda de ingressos da Horror Expo 2019 é operada pela Eventbrite e está disponível para comercialização pelo site oficial do evento, horrorexpo.com.br.

Serviço Horror Expo 2019:
Datas: 18, 19 e 20 de outubro de 2019
Horário: das 12h às 22h
Local: Expo Center Norte
Endereço: Rua José Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme, São Paulo/SP, CEP: 02055-000

Ingressos:
Ingresso individual por dia:
3º Lote: valor promocional a partir de R$ 170 (entrada solidária e meia-entrada)
Passaporte individual para os três dias do evento:
3º Lote: valor promocional a partir de R$ 390 (entrada solidária e meia-entrada)

Ingressos VIP:
VIP Platinum: R$ 1.000 (por dia) ou R$ 2.700 (três dias)
VIP Gold: R$ 700 (por dia) ou R$ 1.890 (três dias)
VIP Silver: R$ 500 (por dia) ou R$ 1.350 (três dias)

Para saber mais detalhes sobre cada formato de ingresso, assim como opções de pagamento e parcelamento, acesse: horrorexpo.com.br/ingressos/

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

.: 8x4: Em AHS, poderia ser o Satã, mas é uma guerra de gêneros

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em outubro de 2018



CONTÉM SPOILERS!



Embora a oitava temporada de "American Horror Story" não esteja alcançando altos índices de audiência a cada episódio, não há qualquer dúvida de que "Apocalyse" apenas cresce no quesito qualidade. No quarto episódio "Could It Be... Satan?", o prometido e aguardado crossover, de fato, acontece e não fica preso apenas às bruxas de "Coven", que já deram o ar da graça ao final do episódio anterior. Neste, o público revisita o Hotel Cortez. Contudo, o check-in de uma personagem não é só felicidade, como para muitos fãs, pois nem todos podem fazer o check-out. Mas uma ajudinha é de bom grado, hein!

No entanto, a riqueza de AHS explode no quarto episódio -como nunca antes- e belos efeitos visuais abrilhantam cada minuto. De quebra, traz Behold Chablis (Billy Porter, "Pose", série de Ryan Murphy que vale muito assistir) e revemos Cheyenne Jackson como John Henry Moore, tal qual um professor Snape por conta de tamanha desconfiança de seu novo aluninho, no caso, não é o bruxinho Harry Potter, mas Michael Langdon (Cody Fern). E o título do episódio cai como uma luva: "Could It Be... Satan?"

Langdon mostra ser a personificação do bruxo Alpha. Se é o Satã? Não há total certeza para levantar tamanha afirmação, mas é possível notar que finalmente foi feito um "namoro" com um possível spin-off de "Coven". Como lidar com as "escolas de bruxaria", não é mesmo? E ainda separadas tal qual antigamente: meninas e meninos. Afinal, as Supremas são superiores, ok!

Eis que, em busca de aprovação, o bruxinho faz demonstrações horripilantes de poder e até resgata Queenie (Gabourey Sidibe) do inferno mortal que a condena a jogar bridge com James March (Evan Peters), dono e criador do assombrado e medonho Hotel Cortez

Myrtle (Frances Conroy) é tão Myrtle que desdenha os warlocks, mas é Cordelia Goode (Sarah Paulson) quem lidera o clã. Ela, por sua vez, permanece cautelosa, após a perda de Misty e por temer os surpreendentes poderes desse membro da bruxaria masculina. Que aconteça a guerra dos sexos entre os feiticeiros!


Seriado: American Horror Story: Apocalypse
Episódio: Could It Be... Satan?
Exibido em 3 de outubro de 2018
Elenco: Sarah Paulson como Wilhemina Venable, Cordelia Goode e Billie Dean Howard, Evan Peters como Sr. Gallant e Tate Langdon, Adina Porter como Dinah Stevens, Billie Lourd como Mallory, Leslie Grossman como Coco St. Pierre Vanderbilt, Cody Fern como Michael Langdon, Emma Roberts como Madison Montgomery, Cheyenne Jackson, Kathy Bates como Miriam Mead, Joan Collins como Evie Gallant, Billy Eichner como Brock, Jeffrey Bowyer-Chapman como Andre Stevens, Kyle Allen como Timothy Campbell, Lesley Fera como Agente da Cooperativa, Erika Ervin, Ashley Santos como Emily, Billy Porter, Jessica Lange como Constance Langdon, Taissa Farmiga como Zoe Benson e Violet Harmon, Gabourey Sidibe como Queenie, Lily Rabe como Misty Day, Frances Conroy como Myrtle Snow, Stevie Nicks como ela mesma, Connie Britton como Vivien Harmon, Dylan McDermott como Dr. Ben Harmon.



*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: @maryellenfsm


sexta-feira, 8 de junho de 2018

.: Realidade: professor não é lixo, mas é tratado como

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em junho de 2018




Analisando bem toda a situação, a única sentença que não deixa de martelar a minha mente é a de uma antiga campanha publicitária da Fiat: "Xi! Está na hora de você rever os seus conceitos". De fato, em plena modernidade e com o Brasil afundado numa crise medonha, tudo está de pernas para o ar, completamente sem sentido.

O fato é que estou à procura de mais aulas. Portanto, do final de 2017 ao primeiro mês de 2018, entreguei meu currículo -eu e meu marido, também professor-, em escolas de Santos e São Vicente. Para dar mais sorte, na nossa mente, deixávamos os dois documentos juntinhos, alternando a ordem.

Eis que 2018, considerando tal busca, está sendo um ano surpreendente, no pior sentido do imprevisto. Por quê? Simplesmente fiz entrevistas de emprego lamentáveis, provavelmente para cumprir cota. Uma foi da escola que fica pertinho de casa, em São Vicente. Após ser recepcionada pela coordenadora e outra professora, um quiproquó para ligar o ar-condicionado do lugar, a coordenadora que, visivelmente, deu uma "passada de olhos" em meu currículo, pouco perguntou. Apenas demonstrou grande apreço em saber o endereço de duas escolas em Santos, das quais trabalhei. Ainda não entendi!

Na vez da professora fazer perguntas básicas em inglês, não pude falar a verdade sobre o que eu fazia para exercitar o meu inglês. Respondi que dava aula e assistia muitas séries. E parei por ali. Ok! Quantas e quantas vezes ligo o computador e coloco em algum canal gringo? Entretanto, não pude citar, de fato, o que acompanho, por streaming gringo. Como eu poderia dizer que madrugo para assistir "American Horror Story", "American Crime Story" e que as minhas noites de quintas-feiras são de "RuPaul´s Drag Race"?

A primeira é sanguinolenta, a outra, que estava na segunda temporada, era sobre Versace e estabelece certa relação com RPDR: homossexualidade. "Educadores" adoram encher a boca sobre ter a mente aberta, mas quem convive nas salas dos professores, sabe que não é bem assim. O julgamento ao outro é o que impera. Imagine uma coordenadora? Eis que a própria trouxe a cereja do bolo e pediu que eu apresentasse a aula teste. Fiquei sem reação, pois a secretária que marcou a entrevista comigo não mencionou qualquer teste. Escola organizada, não é mesmo?

É vida que segue e a entrega de currículo em dupla, continuou. Fomos até a Avenida Presidente Wilson, no colégio localizado ao final. Dessa vez, deixamos o currículo de meu marido em cima do meu. Antes mesmo que saíssemos da escola, o porteiro nos chamou. Voltamos. Era preciso retornar às 15 horas para uma entrevista. Contudo, a secretária nem mesmo se deu ao trabalho de folhear o que lhe foi entregue. Apenas viu o documento que estava acima. Informamos que o meu estava logo abaixo, assim, a entrevista terminou por me incluir.

Chegamos no horário, sendo que logo em seguida iríamos à minha dentista para extrair um siso. A coordenadora se apresentou de um modo efusivo e nos mandou subir as escadas até a sala dela. Mantive certa distância, para que meu marido fosse entrevistado e permaneci fora. Ela mandou que eu entrasse e me sentasse ao lado dele. Fiquei incrédula! Fiz uma mini "entrevista" ao lado do marido. Não se tratava de uma dinâmica em grupo. 

No fim, aquela presepada de nos fazer retornar no horário da tarde, foi resumida em dizermos os dias disponíveis e nada mais. A coordenadora comentou que a diretora estava em férias e que a professora já estava para deixar o colégio por ter sido chamada na escola pública. No entanto, após uma semana, o chamamento para preencher a vaga foi mantido na fanpage da escola. Encorajei meu marido, para que ligasse. Mantendo a falta de educação e tato, após saber que ele não era o amigo do professor de quem ela esperava ligação, disse separando sílabas: "A vaga não foi preenchida".

Algum tempo depois, fui até Santos, na Benjamin Constant. Fiz uma excelente entrevista, a coordenadora me explicou o método de ensino e a tecnologia de ponta usada em sala de aula, além de me deixar com os olhos cheios pelo excelente salário. No entanto, após toda a conversa, comentou que aquela conversa seria repassada ao diretor e aconteceria uma nova entrevista, além de um período de adaptação, tudo isso, somente no caso de os professores da casa não conseguirem conciliar o afastamento da professora de português. Pois é!

Entretanto, a melhor de todas foi a que aconteceu exatamente dia 4 de junho, meu aniversário. O telefone de casa tocou, não reconheci o número. Não! Não era alguém para me dar os parabéns, mas o Verde (!?). Conclui qual escola era, mas convenhamos que excesso de confiança é tudo. Do outro lado da linha alguém queria saber se eu estava interessada em participar do processo seletivo. Disse que sim e quis saber seria. O melhor veio muito antes de eu saber os horários das aulas: "Olha a gente faz uma entrevista por telefone mesmo, dependendo do nível, a gente nem continua!", finalizando com uma risada debochada.

Então, amiguinhos, o professor não é tratado como lixo? Em um Brasil gigante como o nosso, os formadores dos diversos profissionais são mal remunerados, quando o são. Muitos mendigam por seus pagamentos que são atrasados, normalmente por serem desconsiderados. Sem deixar de citar membros escolares que humilham os professores, o que endossa ainda mais o desrespeito dos alunos. 

Não bastando tal massacre no meio de trabalho, governantes engravatados e seus entendidos de educação mexem e remexem nas regras para anular as conquistas dessa classe desrespeitada. Alguns lançam lindos livros, pelo único fato de nunca ter pisado numa sala de aula. Outros até conhecem o ambiente escolar, mas de uma época em que o professor chegava na porta e todos os alunos se levantavam, em silêncio, para recebê-lo e os pais eram presentes nas vidas dos filhos. 

O professor não quer louros, apenas respeito, dignidade ao desempenhar tamanha profissão desgastante. Consideração dentro da sala de aula, com outros docentes e o salário decente. Diante dos "milenials", pais que largam os filhos nas escolas e a completa inversão de "conceitos", ser professor não é fácil, antes de tudo é preciso estar com a autoestima em dia. Do contrário, a depressão é certeira. 

Você que sonha com a profissão que só é bela nos filmes da "Sessão da Tarde"ainda quer ser professor? 


*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: @maryellenfsm


Abaixo a carta de um professor, divulgada há mais de 10 anos, que traduz a desvalorização de quem leciona.


Aos meus alunos, aos Pais dos meus alunos, aos professores e a todos os meus concidadãos, incluindo os nossos governantes e o Senhor Presidente da República

Tenho cinquenta e tal anos de idade, trinta e muitos dos quais como docente no ensino secundário e no ensino superior. 

Fiz a Licenciatura com 16 valores, o Estágio Pedagógico com 18 e um mestrado em Ciências da Educação com Muito Bom. 

Dediquei a minha vida à Escola Pública. Fui Presidente do Conselho Executivo (dois mandatos) orientador de estágio pedagógico (3 anos), delegado de grupo/coordenador de departamento (dois mandatos), Presidente do Conselho Pedagógico (um mandato) e director de turma durante vários anos. 

Nos últimos tempos leccionei no ensino superior, com ligação permanente à formação de professores. Desempenhei vários cargos pedagógicos, participei em múltiplos projectos e desenvolvi dois trabalhos de elevado valor científico. 

Entretanto, regressei ao ensino secundário e à minha escola de origem. 

Alguns dos antigos colegas, embora mais novos do que eu e com menos tempo de serviço (compraram o tempo, explicaram-me depois) já se tinham reformado. Eu também já tinha idade, mas faltavam-me alguns meses para o tempo necessário quando mudaram as regras do jogo.

E como se não bastasse a alteração dessas regras, é aprovado, entretanto, um novo estatuto para a carreira docente. E logo de seguida é aberto o concurso para professores titulares. Um concurso para uma nova categoria onde eu não tinha lugar!

Não reunia condições. Mesmo com um Mestrado em Ciências da Educação e sem ter dado uma única falta nos últimos sete anos, o meu curriculum valia, apenas, 93 pontos! Faltavam 2 pontos para o mínimo exigido a quem estivesse no 10º escalão. 

Com as novas regras, o meu departamento passou a ser coordenado, a partir do presente ano lectivo, por um professor titular. Um professor que está posicionado no 8º escalão. Tem menos 15 anos de serviço do que eu. Foi meu aluno no ensino secundário e, mais tarde, meu estagiário. Fez um bacharelato com média de 10 valores e no estágio pedagógico obteve a classificação de 11 valores. Recentemente concluiu a licenciatura numa estabelecimento de ensino privado, desconhecendo a classificação obtida.

É um professor que nunca exerceu qualquer cargo pedagógico, à excepção de director de turma. Nos últimos sete anos deu 84 faltas, algumas das quais para fazer 15 dias de férias na República Dominicana (o atestado médico que utilizou está arquivado na secretaria da escola, enquanto os bilhetes do avião e a factura do hotel constam de um outro processo localizável). 

O seu curriculum vale 84 pontos, menos 9 pontos do que o meu. Contudo, este docente foi nome a do professor titular. 

De acordo com o Senhor Primeiro Ministro e demais membros do seu Governo, com o apoio do Senhor Presidente da República e, agora, com o apoio dos dirigentes sindicais, este professor está em melhores condições do que eu para integrar “(…) um corpo de docentes altamente qualificado, com mais experiência, mais formação e mais autoridade, que assegure em permanência as funções de organização das escolas, para a promoção do sucesso educativo, a prevenção do abandono escolar e a melhoria da qualidade das aprendizagens.

A conclusão, embora absurda, é clara: se eu estivesse apenas no 9º escalão, e com os mesmos pontos, seria considerado um docente altamente qualificado, com mais experiência, mais formação e mais autoridade. Como estou no 10º escalão, e não atingindo os 95 pontos, eu já não sou nada.

Isto é o resultado de uma selecção feita com base na “(…) aplicação de uma grelha de critérios objectivos, observáveis e quantificáveis, com ponderações que permitam distinguir as experiências profissionais mais relevantes (…) [onde se procurou] reduzir ao mínimo as margens de subjectividade e de discricionariedade na apreciação do currículo dos candidatos, reafirmando-se o objectivo de valorizar e dar prioridade na classificação aos professores que têm dado provas de maior disponibilidade para assumir funções de responsabilidade.” É assim que “reza” o DL 200/2007, de 22 de Maio. Admirável!

Agora consta-se por aí (e por aqui) que aquele professor (coordenador do meu departamento) me irá avaliar… 

Não, isso não será verdade. Esse professor irá, provavelmente, fazer de conta que avalia, porque só pode avaliar quem sabe, quem for mais competente do que aquele que se pretende avaliar. 

O título de “titular” não é, só por si, suficiente. Mesmo que isto seja só para fazer de conta…

Conhecidos que são os meus interesses, passo ao principal objectivo desta carta, que é, simplesmente, pedir perdão!

Pedir perdão, em primeiro lugar, aos meus alunos. Pedir perdão a todos os Pais dos meus alunos. Pedir perdão porque estou de professor, mas sem me sentir professor. Tal como milhares de colegas, humilhado se desencorajados, sinto-me transformado num funcionário inútil, à espera da aposentação.

Ninguém consegue ser bom professor sem um mínimo de dignidade. Ninguém consegue ser bom professor sem um mínimo de paixão. 

As minhas aulas eram, outrora, coloridas, vivas e muito participadas. Com acetatos, diaporamas, vídeos, power point, etc. Hoje é, apenas, o giz e o quadro. Só a preto e branco, com alguns cinzentos à mistura. Sinto-me desmotivado, incapaz de me empenhar e de estimular. Receio vir a odiar a sala de aulas e a própria escola. Receio começar a faltar para imitar o professor titular e coordenador do meu departamento (só não irei passar férias para a República Dominicana porque tenho outras prioridades…). Receio que os professores deste País comecem a fingir que ensinam e a fingir que avaliam. Sim, porque neste país já tudo me parece a fingir.

Cumprimentos.

(Um professor anónimo e humilhado, tal como milhares de outros professores)

Fonte da carta: CARTA-DE-UM-PROFESSOR-HUMILHADO

terça-feira, 24 de outubro de 2017

.: 7x7: American Horror Story: Cult volta a um culto dos anos 60

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em outubro de 2017



Que a sétima temporada de American Horror Story, intitulada Cult, sacudiu as estruturas, não há qualquer dúvida. E, para sambar mais, está cuspindo na cara de Trump por meio de palavras provocantes, lançadas a cada episódio. Entretanto, a contextualização dos fatos é sempre importante, logo, com "
Valerie Solanas Died for Your Sins: Scumbag", o público é apresentado ao SCUM.

O que seria? SCUM (Society for Cutting Up Men - Sociedade para eliminar os homens), é a origem do culto, quando o "assassino" Zodíaco passou a atuar (e até hoje nunca foi desvendado). Numa volta ao fim dos anos 60, conhecemos as aliadas ou as verdadeiras chefonas do pedaço (Quem tem certeza disso, não é?!). O brilho em cena é das seguidoras do "SCUM Manifesto", um livreto que propõe a destruição dos homens como meio de criar um mundo melhor e de libertação para as mulheres. O que fazem? Agem sem dó ou piedade. Resultado: O sétimo episódio de Cult é tenso e sanguinolento.

Assim, já no primeiro segundo, o som de tiro e a informação dada é que se trata do dia 3 de junho de 1968. Um carro sacoleja, num beco sem saída. É Valerie (Lena Duham, de Girls) fazendo sexo por 10 dólares, com direito a mãozinha no vidro da janela e tudo. Resmunga e xinga, por receber apenas 5 dólares, mas aceita o que o cliente lhe paga. Calma! Não é o jogo GTA (Grand Theft Auto), embora toda a situação lembre bem.

Para que ela queria dinheiro? Comprar balas para Andy Warhol (Evan Peters), não as saborosas, mas as que matam. Por quê? Ele pegou um roteiro escrito por ela e perdeu. Qual é interpretação dela pela perda proposital? Ele não aguenta que uma mulher seja bem sucedida. Para piorar, ele ainda endossa que uma mulher não pode, realmente, ser artista, talvez modelo ou atriz. 

Provocação para a pessoa errada, meu caro! Sim! Esse foi o dia do ataque de Valerie ao pintor e cineasta. Fato verídico! Assim, a "caça" por Andy é facilitada, o próprio segue no elevador com Valerie, mas é no ambiente de trabalho dele que tudo acontece. Em tempo, Evan Peters atuou muito bem nos trejeitos afetados do artista por art! 

Voltando a toda a situação causada por Meadow Wilton (Leslie Grossman), no episódio anterior, os telejornais noticiam que a mulher abriu fogo enquanto Kai (Evan Peters), candidato a governador, discursava para uma multidão. Resultado desejado obtido: Todos os holofotes foram voltados para Kai, que, de fato, posou de bravo sobrevivente do ataque planejado por ele mesmo. Né?

Eis que Beverly (Adina Porter) é abordada por uma mulher misteriosa (Frances Conroy) que a aponta como marionete do teatro encenado para o protagonismo de kai. O combinado? Um encontro no Hotel Reunion, quarto 12, para saber a verdade. E não é que ela vai!? Claro! Fica nítido para Beverly que Kai mudou o plano de "incendiar o mundo". Na casa dele, principalmente no porão, há um verdadeiro Clube do Bolinha, em que ela, para entrar e falar com o, agora, "líder", encontra dificuldade.

Eis que Beverly leva Bebe Babbitt (Frances Conroy) até o restaurante de Ivy (Alison Pill), que por sua vez, está com Winter (Billie Lourd). Para acontecer uma conversa entre as quatros mulheres, que se sentem desvalorizadas, outro retorno ao passado para contar a história de Valerie, Bebe e o SCUM. Para a alegria de muitos fãs, há o retorno de Jamie Brewer, interpretando Hedda e Dot-Marie Jones (a treinadora Bestie de "Glee", Shannon Beiste) na pele de May Sapatão, ambas integram o grupo feminista.

A ação delas começa assim que Valerie dá o primeiro tiro, no caso, em Andy Warhol. Pegam o primeiro casal, que estava no "lugar errado, hora errada": David Faraday e Betty Lou Jensen. Embora o crime seja atribuído ao Zodíaco, Bebe afirma que foram as seguidores do manifesto de Valerie. Nos assassinatos, o que elas faziam era meticulosamente estudado. Todo detalhe era planejado mesmo estando Valerie internada no Instituto Matteawan para Criminosos Insanos.

Ver os louros recebidos pelos homens a partir das tarefas realizadas por mulheres mexeu ainda mais com Valerie. Ao sair do manicômio, a sede em diminuir o ego dos homens leva a idealizadora do SCUM a total esquizofrenia e o grupo se desfaz. Em pleno delírio, sozinha, ela recebe "a visita" de Warhol e morre.



Após contar a história de Valerie e seu grupo com frieza latente de matar, Bebe Babbitt mantém o discurso de convencimento para Ivy, Winter e Beverly. O intuito é o de fortalecer a mulher para que não sofra com a marginalização na sociedade. Assim, a ideia do grupo é de contra-atacar e não mais errar. Será?

Enquanto encena diante dos corpos decompostos dos pais, Kai "encaminha" o trio feminino do culto que elege Harrison (Billy Eichner) para ser uma nova vítima. Ingênuas, fazem sem perceber a malícia do líder a quem elas, de fato, obedecem. Afinal, como diz Kai: "a coroa é pesada e tenho que fazer escolhas difíceis todo dia."

Qual é o desfecho após a morte e a cena montada com o corpo de Harrison? No porão, Kai assiste na TV o noticiário de Beverly, tece comentários sobre a raiva do trio e sorri para Bebe que lhe sorri de volta. Que final emblemático e provocante! Vamos acompanhar o episódio que estreia hoje, na FX gringa. Oremos para que tenha mais de Ally (Sarah Paulson)!

Valerie Solanas: Escreveu o livro SCUM Manifesto onde propõe a criação de uma sociedade dirigida pelas mulheres, livre do controle masculino, na qual homens seriam aniquilados e extintos para que as mulheres possam viver em harmonia e igualdade segundo os preceitos do feminismo.


Assassino do Zodíaco: Foi um assassino em série estadunidense que atuou no Norte da Califórnia durante 10 meses desde o final da década de 1960. Sua identidade permanece desconhecida. O Zodíaco colocou seu nome em uma série de cartas ameaçadoras que enviou à imprensa até 1974. Em suas cartas incluiu quatro criptogramas, dos quais três ainda não foram decifrados.


Seriado: American Horror Story: Cult
Episódio: Valerie Solanas Died for Your Sins: Scumbag
Elenco: Sarah Paulson como Ally Mayfair-Richards, Evan Peters como Kai Anderson, Cheyenne Jackson como Dr. Rudy Vincent, Billie Lourd como Winter Anderson, Alison Pill como Ivy Mayfair-Richards, Colton Haynes como Detetive Samuels, Billy Eichner como Harrison Wilton, Leslie Grossman como Meadow Wilton, Adina Porter como Beverly Hope, Lena Dunham como Valerie Solanas, Emma Roberts como Serena Belinda, Chaz Bono como Gary Longstreet, John Carroll Lynch como Twisty, o Palhaço, Frances Conroy, Mare Winningham, James Morosini.


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do www.photonovelas.com.br. Twitter: @maryellenfsm 

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

.: Teaser da sexta temporada AHS destaca conexão e dúvidas

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em agosto de 2016



Uma série produzida como antologia, mas que estabelece conexões entre si. Esta é "American Horror Story", criação de Ryan Murphy e Brad Falchuk, que irá estrear a sexta temporada em  14 de setembro, na FX. Para esquentar os tambores, foi liberado um vídeo promocional que conecta todas as temporadas.

Em apenas 30 segundos, o retorno ao homem de borracha que tenta nos alcançar na "The Murder House", mas acerta um dos olhos da freira branca da temporada intitulada de "Asylum", o trio de serpentes representando as bruxas de "Coven", além da gigante lona de circo e uma aberração de "Freak Show" e, por fim, chega na chave do "Hotel" Cortez atravessada na boca acolchoada. 

Na sequência? Um ser estranho que se assemelha a um gigante inseto com olhos demoníacos, que anda rapidamente nos trilhos de trem, suturas num couro cabeludo raspado exibindo um sinal de interrogação e o número 6, uma "família" estranha tem o sol como contraste, o que impede de ver os seus rostos, embora os olhos brilhem. Já num lago, uma mulher grita ao ser puxada por uma criatura verde, mãos iluminadas surgem  entre os degraus de uma escada e muito mais. Tudo termina numa pilha de ossos com a inscrição "AHS", numa floresta que, no vão da claridade para o céu, compõe FX.

Por hora, o que se sabe é que a sexta temporada está concentrada em dois períodos de tempo e irá girar em torno das crianças. Qual é o subtítulo? Esse ainda não foi revelado. American Horror Story estreia em 14 de setembro nos Estados Unidos. Confira o vídeo promocional e outros mais curtos que complementam o principal!

Vídeo de 30 segundos

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*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

.: 1x1: "American Crime Story" apresenta O. J. Simpson

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em fevereiro de 2016



A história de uma figura pública que se aproveitou da notoriedade para manipular a todos é o foco da primeira temporada de "American Crime Story", com o subtítulo "The people v. O.J. Simpson". No episódio inicial intitulado de "From the Ashes of Tragedy", há uma rápida introdução histórica destacando a dificuldade de ser negro entre os americanos, durante os anos 90. No entanto, o recorte na narrativa leva ao fatídico dia na vida de Orenthal James Simpson (Cuba Gooding Jr.). Famoso no esporte e no cinema, desse dia em diante, teria mais destaque na mídia pelo crime contra a ex-mulher, Nicole Brown Simpson, e amigo Ron Goldman.

Baseada no livro "The Run of His Life: The People V. O.J. Simpson", de Jeffrey Toobin", a série apresenta uma história verídica e extremamente chocante, mesmo após tantos anos. Nada é desinteressante, a trama é tão bem elaborada que consegue confundir os sentimentos do público diante da confusão do protagonista interpretado por Cuba Gooding, Jr. Raiva e dó se misturam. Convenhamos, o ator está dando um show de talento!

A nova série do produtor e diretor ganhador de vários prêmios Emmy e Golden Globe, Ryan Murphy, remete a certos momentos de outra recente criação: "American Horror Story: Hotel". Não só pelo fato de também ser uma série no formato de antologia, mas pelo conteúdo mesmo. Não há dúvida de que as pesquisas feitas para uma série foram aproveitadas, tanto para um, quanto para outro. Os assassinos seriais apareceram para jantar em AHS, mas terão total destaque em "American Crime Story". Fato!

Embora O. J. Simpson seja o centro das atenções, há espaço para que os outros personagens brilhem. É o caso do eterno membro de "Friends", David Schwimmer, na pele do advogado Robert Kardashian, extremamente convincente. Não! Ele não tem nada do engraçado e amigável Ross. Neste personagem, as ações e falas são de um personagem pontual, sereno e assertivo em cada cena. 

Entretanto, quem chama a atenção mesmo neste primeiro episódio e segue paralelamente com o protagonista é a brilhante Sarah Paulson. Na pele da promotora Marcia Clark, uma mulher de família e que ama a profissão, é bem distinta de todos os papeis interpretados em "American Horror Story", por exemplo. A interpretação e a mudança de visual é totalmente diferente da que foi apresentada em "American Horror Story: Hotel", na pele da alucinada Sally, por exemploDesta forma, fica muito fácil entender todo o carinho de Ryan Murphy por Paulson. Que mulher para atuar de forma marcante!


John Travolta está bem como o advogado de defesa Robert Shapiro, mas, infelizmente, as plásticas deixam uma sensação estranha e até roubam a atenção, ainda que por curtos milésimos de segundos. Apesar disso, Travolta está dando um show de interpretação também.

"American Crime Story: o Povo Contra O.J. Simpson" agarra o público ao explorar, com excelente narrativa e incrível edição de imagens, as situações caóticas vividas por trás das negociações deste caso que tem muito o que ser especulado. A direção do primeiro episódio é de Ryan Murphy, que também é produtor executivo da série ao lado de Nina Jacobson, Brad Simpson, Scott Alexander, Larry Karaszewski e Brad Falchuk. Vamos acompanhar!


Seriado: American Crime Story: The people v. O.J. Simpson
Temporada: 1
Episódio: 1 - "From the Ashes of Tragedy"
Exibido em: 2 de fevereiro de 2016, EUA.

Elenco: Sterling K. Brown (Christopher Darden), Kenneth Choi (Judge Lance Ito), Christian Clemenson (William Hodgman), Cuba Gooding Jr. (O. J. Simpson), Bruce Greenwood (Gil Garcetti), Nathan Lane (F. Lee Bailey), Sarah Paulson (Marcia Clark), David Schwimmer (Robert Kardashian), John Travolta (Robert Shapiro), Courtney B. Vance (Johnnie Cochran)


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do www.photonovelas.com.br. Twitter:@maryellenfsm


Sugestão de leitura rápida sobre O.J.: 
Biography: http://www.biography.com/people/oj-simpson-9484729

Vídeo promocional da série


quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

.: 5X12: "American Horror Story: Hotel" atrai novos clientes

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em janeiro de 2016


É a despedida de "American Horror Story: Hotel" e nada melhor do que iniciar com a reflexão de Liz Taylor (Denis O´hare) destacando que "começamos com altas esperanças". Brincadeira ambígua! Tanto os personagens quanto os fãs experimentaram tal emoção nesta quinta temporada do seriado de Ryan Murphy e Brad Falchuk. Contudo, o efeito na cena fatídica de Liz -com sangue esguichando-, é bem ruinzinho.

Sem dar sequência ao ocorrido, a história volta com Liz na companhia de Iris (Kathy Bates) para recepcionar um casal, mas é Sally (Sarah Paulson) quem dá o recado. Entretanto, o roteiro já deixa um aviso de que é a hora do "encontro maldito". Ok! Que seja, não é?!

Uma hilária reuniãozinha de fantasmas. Como escapar sem rir? Missão impossível! A graça tem curto prazo e o ar sombrio, ao dominar o ambiente, leva o assunto para o rumo sério e tenebroso. Embora Drake (Cheyenne Jackson), dono do Cortez saliente estar morto, ele deixa claro nunca ter se sentido tão vivo. Apesar do texto bem elaborado, é a fala e perfeita atuação de Evan Peters, na pele do senhor March quem rouba, brilhantemente, a cena. Uma salva de palmas! Peters é o cara!

Na sequência, a brincadeira no diálogo permanece e apimenta a trama, pois Iris, bondosa e solícita diz para Sally: "Quero ajudá-la!". Como ela retribui? "Oh! A mulher que me jogou pela janela". Mais risadas.

Neste episódio, de pretinho básico em pretinho básico, Liz Taylor arrasa. Detalhe para um vestido, com as costas de fora, na cor preta com brilhos e saia com cores vibrantes. Eis que um excêntrico desfile fantasmagórico é encabeçado por Liz Taylor. Contudo, é Ramona (Angela Basset) quem arrasa na passarela em um modelito incrível. Ela é demais!

No camarim, uma surpresa sensitiva da primeira temporada da série: Billie Dean Howard (Sarah Paulson). Com quem ela bate-papo? Tristan e Donovan fazendo com que Iris e Liz chorem. Já a risada vem com Sally ganhando um celular de Iris e conhecendo a magia das redes sociais. Na sequência, mais pesar para a forte notícia de Liz aos amigos fantasminhas camaradas e uma sequência pavorosa... Ops! A Condessa (Lady Gaga) quer fazer parte da transição: um sorriso e uma lágrima. Detalhe: É belíssimo o desfecho ao personagem que ficou eternizado por O´hare. 

A vida segue. Sim! E o ano é de 2022 e a sensitiva permanece na tentativa de estabelecer comunicação com os espíritos do Hotel. Billie Dean finalmente encontra o terrível assassino dos dez mandamentos: John Lowe (Wes Bentley). Começa o papinho do carrasco explicando a reação da família ao saber que ele era um assassino. A narrativa é ágil e a edição das cenas eletrizante, desta forma o bate-papo ganha ritmo em meio à frieza do detetive do mal.

O contato que acontece em 13 de outubro, segue para a noite demoníaca tornando evidente a despedida dos assassinos que apavoraram na "Devil´s night". Assim, todos reúnem-se diante dos olhos de Billie que tal qual Lowe (no quarto episódio desta temporada), toma absinto, tem os punhos presos na cadeira e uma conversa medonha. 

Qual é o desfecho? Não! Billie não descobre ser uma nova assassina, pois a entrada triunfal de Ramona desvia o rumo da história da médium. Convenhamos que Basset sabe roubar a cena como ninguém. Como não amar esta mulher? A cuidadosa e linda cena de Scarlett e o pai é de mexer com os bons sentimentos. E, claro, é Lady Gaga quem tem as honras da cena de encerramento, mas fica no ar, deixando um gostinho de quero mais.

Para tanto, como toda série que se preza, é hora de seguir com uma maratona e rever a temporada desde o início com outros olhos -afinal, os segredos já foram revelados, mas sempre há o que descobrir. Enfim, divirta-se sendo um verdadeiro convidado do Hotel Cortez. 


Seriado: American Horror Story: Hotel
Temporada: 5
Episódio: 12 - "Be our guest"
Exibido em: 13 de janeiro de 2016, EUA.
Elenco: Lagy Gaga, Sarah Paulson, Wes Bentley, Denis O'Hare, Matt Bomer, Evan Petters, Kathy Bates, Angela Bassett, Cheyenne Jackson, Chloë Sevigny.


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do www.photonovelas.com.br. Twitter:@maryellenfsm



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quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

.: 5x11: "American Horror Story: Hotel" tem batalha real de Ramona

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em janeiro de 2016



Preparação para a hora perfeita de Iris e Liz com direito a trilha sonora e câmera lenta. No décimo primeiro episódio de "American Horror Story: Hotel", intitulado "Battle Royale", a sequência para a cena no estilo Quentin Tarantino não sai como planejado, mas Donavan (Matt Bomer) descobre que quem tem uma boa mãe nunca está só. Sim! Iris (Kathy Bates) resgata a cria e consegue ser chamada de "mãe". 

Mas é Sally (Sarah Paulson) quem muda o rumo da história com a Condessa (Lady Gaga) em mãos. Tal qual a calculista ressalta: "Eles não me chamam Sally Hipodérmica por nada!". É, nós que acompanhamos os seus passos, só podemos concordar. 

Para entender melhor a história de Sally, uma volta ao ano de 1993, em Los Angeles. Num estúdio de gravadora, um casal pervertido segue com a compositora para o Hotel Cortez. Após a entrada do trio ser acertada por Liz Taylor, eles enlouquecem numa insana orgia e o final é muita união. Literalmente!

A triste confirmação de que "Donavan está morto", enquanto que os Lowe voltam para casa. De fato, não há como ser uma família novamente, por mais que se diga. Eis que Sally, presa ao Hotel, precisa que John Lowe cometa o último assassinato para estar a salvo e voltar a viver com quem ama. 

Um bate papo de Iris e Liz e a curiosidade com o que há dentro da lata entregue à mamãezinha sofredora é gigantesca. Contudo, a curiosidade logo é sanada. Cena forte, mas compreensível. 

Eis que a aparição de Ramona (Angela Basset) é tão perturbadora quanto cada fala da personagem. Entretanto, é o check-in, ou melhor a chegada do jantar de Ramona, que ironicamente é chamada de Queenie (Gabourey Sidibe). Sim! Ela até fala da Suprema dela. Confuso!

Para tornar tudo mais interessante, "um mau pressentimento" alerta a eterna "preciosa" do perigo que corre, embora seja uma bruxa vodu. Quem assistiu "Coven" vai lembrar bem! No entanto, o desfecho da cena perde o sentido. Como que Queenie leva a pior assim?

O esperado embate de Ramona e Condessa acaba em beijos, mas é Lowe quem dá o fim para a relação. Sim! O ex-detetive comete a última morte (de modo surpreendente) para ganhar a liberdade. Antes, a devoção da melhor lavadora de lençóis é exteriorizada. Entretanto, March (Evan Peters), em um jantar com a Condessa reage friamente aos sentimentos expostos sobrando tempo para um brinde selado com lágrimas quentes e tocantes.


Seriado: American Horror Story: Hotel
Temporada: 5
Episódio: 11 - "Battle Royale"
Exibido em: 6 de janeiro de 2016, EUA.
Elenco: Lagy Gaga, Sarah Paulson, Wes Bentley, Denis O'Hare, Matt Bomer, Evan Petters, Kathy Bates, Angela Bassett, Cheyenne Jackson, Chloë Sevigny.


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do www.photonovelas.com.br. Twitter:@maryellenfsm



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quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

.: 5x10: Desta vez, ela se vinga em "American Horror Story: Hotel"

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em dezembro de 2015


O décimo episódio de American Horror Story: Hotel, intitulado de "She gets revenge" é muito bem iniciado com as reflexões incríveis de Liz Taylor (Denis O´Hare) em uma conversa reveladora com Iris (Kathy Bates). Sim! Mais uma vez é o brilho de O´hare que toma conta de AHS Hotel. É com o apoio de Bates que se sabe ainda mais deste personagem que é uma completa caixinha de surpresas. 

Voltar ao passado com Liz é tão interessante que as conversas no bar ganham mais vigor e com o toque perfeito envolvem com propriedade. Enquanto isso, John Lowe (Wes Bentley) e a hipodérmica Sally (Sarah Paulson) voltam a agir, pois basta mais um (assassinato de acordo com o figurino de os dez mandamentos) para o ex-mocinho ser livre.

Neste episódio, as facas  são bem usadas, mas as armas de fogo é que mandam muitos para o além. Fato impressionante! Até Donavan (Matt Bomer) e Condessa (Lady Gaga) sapateiam ao dar fim ao passado, ou melhor, "amores" do passado. Calminha! As ações separadas dos dois ainda darão pano para as mangas!!

Enquanto Mr. Marsh (Evan Peters) ataca mais uma vez e mexe com fogo sem medo de fazer xixi na cama, deixando qualquer um boquiaberto diante da frieza com que ele reage diante do próprio feito. Ações fatais sem qualquer remorso. Medo! Por outro lado, Lowe entra no local, mas só deseja rever a esposa.

A verdade é que Lowe consegue o que deseja, mas ganha uma D.R. com Alex (Chloë Sevigny). Para voltar com o ritmo do episódio, na sequência é Liz quem brilha novamente. Após conhecer um pouco do ninho dos vampirinhos com pouquíssima luz, é a vez da polícia tomar conhecimento do sumiço de Drake.

Opa! Drake retorna de modo surpreendente e faz qualquer um engolir em seco. Mais uma D.R., desta vez entre Drake e Condessa. Tenso, mas convenhamos... era preciso fazer com que a trama pegasse um pouquinho de fogo. Estava morninha demais!

Mais um baldinho de água fria na trama é derramado quando a
 doutora bondosa leva a "cria" dela para o lugar mais adequado, ou seja, voltam às origens e fazem Ramona (Angela Basset) extremamente feliz. Em tempo, as aparições de Basset são um presente e só incrementam o seriado.

Os Lowe, finalmente, fazem love. Acalme-se!! Não são como a Condessa e seus parceiros sedentos por sexo. São apenas os Lowe fazendo "love". Eis que Sally cobra o amando pelo o que aconteceu usando o discurso da prostituta apaixonada. Sim! Fica claro que ela foi muito usada e abusada pelo ex-mocinho da temporada, mas acaba implorando por um sexo selvagem. Tentativa frustrada. Tadinha!

A mágica da máquina de lavar roupas chega até a obsessiva lavadora de lençóis do hotel, por Liz e Iris. Contudo, a bomba que ela solta só torna interessante todo o reencontro do filho e Liz. Deixando de ser fraternal, o episódio volta a pegar fogo, pois desta vez, é Donavan quem faz justiça e se vinga. Nada como esperar a hora certa para jogar algo grave na cara, não é mesmo?

O momento mais leve da trama, que até causa um riso, é quando Iris quer moralizar a si mesma com um vídeo na internet. Por quê? Ela e Liz têm o plano de realizar o mesmo que um casal de idosos fizeram em um quarto do Hotel Cortez. Entretanto, é Liz quem muda o rumo da história, pois "o melhor está por vir". E não há qualquer dúvida disso!


De repente, a família feliz com o sobrenome Lowe cruza a porta de entrada do Cortez. Em contrapartida, a próxima sequência é incrível e digna de "replay": Donavan chorando, empunhando um cigarro ao som de Drake com "Hotline Bling" -música moderninha, hein!- e mais uma D.R. do moço com a Condessa. Verdades são arremessadas na cara de um e de outro. Conversa de amor e ódio puro. Contudo, a cena final a lá "Bang bang", no maior estilo Quentin Tarantino, com Liz e Iris lacram "She gets revenge". 


Seriado: American Horror Story: Hotel
Temporada: 5
Episódio: 10 - "She gets revenge"
Exibido em: 16 de dezembro de 2015, EUA.
Elenco: Lagy Gaga, Sarah Paulson, Wes Bentley, Denis O'Hare, Finn Wittrock, Matt Bomer, Evan Petters, Kathy Bates, Angela Bassett, Cheyenne Jackson, Chloë Sevigny.


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do www.photonovelas.com.br. Twitter:@maryellenfsm




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