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segunda-feira, 6 de maio de 2024

.: Natércia Pontes desvenda a Copacabana que você nunca leu em livro de contos


Idílica, caótica, nostálgica, improvável. Os contos reunidos no livro "Copacabana Dreams" escrito por Natércia Pontes mostram o bairro de Copacabana como você nunca viu. Lançada pela Companhia das Letras, esta nova edição do livro de estreia da autora do romance "Os Tais Caquinhos", com apresentação de Letrux e Arthur Braganti.

A quitinete onde este livro foi escrito - cravada entre a rua Tonelero e a Barata Ribeiro, no coração de Copacabana - serviu de pouso para uma jovem vinda de Fortaleza que desembarcou no Rio de Janeiro com olhos e ouvidos ávidos em busca de boas histórias. Aos 24 anos, tudo ao seu redor era fascinante: as vitrines, os sebos, as locadoras de vídeo, as lojas de peruca Lady, os bares, os inferninhos. As pochetes, a maquiagem derretida no calor, os chapéus escandalosos, os vestidos de elastano, o esmalte vermelho descascado, os frangos de padaria, os sanduíches gordurosos, o chope na pressão.

Entre a prosa e a poesia, o banal e o extraordinário, a crônica e a fotografia instantânea, "Copacabana Dreams", lançado originalmente em 2012, recebeu altos elogios da crítica e foi finalista do prêmio Jabuti na categoria contos. A nova edição do livro de estreia de Natércia Pontes traz de volta para as prateleiras seu olhar a um só tempo cômico e trágico, pop e lírico, amoroso e cruel, e pinta um retrato apaixonante de uma cidade. Compre o livro "Copacabana Dreams", de Natércia Pontes, neste link. 

O que disseram sobre o livro

"Tudo ali é pequeno, canhestro e vulgar - não fosse também perdidamente humano. Triste pra burro e belo, belíssimo. É essa a grandeza de 'Copacabana Dreams'." - Beatriz Bracher

"As situações, os cenários e os personagens de Copa nunca são menos do que tresloucados, e são tão fascinantes quanto inquietantes. Nada aqui é óbvio ou previsível. Não só a voz de Natércia é única: sua imaginação também não encontra paralelos." - Camila Von Holdefer

"Sem dormir, ela sonhava acordada e confabulava essas pérolas que viraram esse livro, que pra mim é puro deslumbre. Lembro de não querer que acabasse e, quando acabou, já reli de cara, tamanho assombro e frisson me causou." - Letrux

"'Copacabana Dreams' é um brinde embrulhado em celofane neon, um agrado dourado àqueles que já viraram vapor e podem passear por tudo que é lado." - Arthur Braganti


Sobre a autora

Natércia Pontes nasceu em 1980, em Fortaleza, viveu no Rio de Janeiro, onde fez faculdade de radialismo, e atualmente mora em São Paulo. É autora do romance "Os Tais Caquinhos" (Companhia das Letras, 2021) e de "Copacabana Dreams" (publicado originalmente pela Cosac Naify, em 2012, reeditado pela Companhia das Letras em 2024). Garanta o seu exemplar de "Copacabana Dreams" escrito por Natércia Pontes , neste link.

.: "Caio em Revista" traz para o teatro textos inéditos de Caio Fernando Abreu


Os textos que compõem o roteiro abordam a relação de Caio com a cidade de São Paulo, memórias da infância e da juventude, a visão crítica da sociedade e dos tipos urbanos que a compõem. Foto: Gilberto Perin


“Gentalha adora ruído e fica úmida com aquela britadeira que ocupa espaço dentro do seu cérebro sem permitir pensar. Aliás, gentalha que é gentalha pensa pouco ou quase nada. Mas, como fala muito, às vezes engana”. (Caio Fernando Abreu para a revista "AZ")

Espetáculo solo do ator Roberto Camargo, dirigido por Luís Artur Nunes, "Caio em Revista" põe em cena textos inéditos de Caio Fernando Abreu. Engraçadíssimos, com altas doses de ironia e sarcasmo, as crônicas publicadas em revistas, como a "Around", depois "AZ", sucessos editoriais de Joyce Pascowitch, fazem um retrato dos anos 80, com as suas questões sexuais, sociais e de mudança de comportamento. Dias 11, 18 e 25 de maio, sábados, às 17h00, no Teatro Viradalata.

As vidas de Roberto Camargo, Luís Artur Nunes e Caio Fernando Abreu se cruzaram definitivamente em Paris, no início dos anos 90, e os encontros se repetiram até a morte precoce do escritor em 1996, aos 47 anos. "A Maldição do Vale Negro", texto de Luíz Artur Nunes, em colaboração com Caio Fernando Abreu, recebeu o Prêmio Molière de melhor autor em 1988.  

A ideia do espetáculo "Caio em Revista" surgiu em uma homenagem para o escritor, quando Roberto Camargo, um dos fundadores da "Terça Insana", em meio aos textos mais densos e conhecidos de Caio trouxe “Bolero”, uma crônica escrita para a revista "AZ", editada por Joyce Pascowitch, que comandou uma revolução editorial nos anos 80, trazendo personagens e a efervescente cena cultural de São Paulo para as suas páginas e capas. Ao lado de Caio, trabalhavam para as suas publicações a fotógrafa Vania Toledo, o jornalista Antonio Bivar e o artista Guto Lacaz, que assinava a direção de arte e que agora, em "Caio em Revista" irá assinar o cenário e toda a parte gráfica.

Os textos que compõem o roteiro abordam a relação de Caio com a cidade de São Paulo, suas memórias da infância e da juventude, sua visão crítica da sociedade e dos tipos urbanos que a compõem, como o bar Ritz, a novela "Vale Tudo", a boite Madame Satã e as músicas de Rita Lee, Madonna e Chet Baker. Tudo isso temperado com a ironia fina e o humor cáustico e requintado que caracterizaram a vida e a obra do escritor, uma pessoa à frente do seu tempo, ligado em questões que só muito mais tarde viriam a ser discutidas.


“Sexo hoje em dia, para mim, é uma palavra envolta em brumas ainda mais densas do que as de Avalon. Um assunto pré-histórico, algo que as pessoas costumavam fazer umas com as outras antes que isso fosse considerado fatal.”
(Caio Fernando Abreu)


Em cena, Roberto será porta voz de Caio nos textos mais pessoais, falando em primeira pessoa sem qualquer tentativa de reproduzir as características físicas e vocais de Caio. Uma outra voz abarca dois heterônimos criados por Caio:  as colunistas Nadja de Lemos e Terezinha O’Connor, figuras femininas (dentro de uma estética “camp”, é claro), que fazem uma crônica dos tipos humanos e comportamentos da fauna urbana da São Paulo (ou de qualquer megalópole) dos anos 80, revelando uma percepção aguda a apontar um dedo (de longa unha vermelho-ciclâmen) para as idiossincrasias da sociedade alternativa da época.


“Naja é aquela pessoa que faz ou diz maldades com classe, elegância, charme, inteligência, sabedoria e humor. Uma najice dói feito ácido porque é verdadeiríssima.” (Caio Fernando Abreu)

Em "Caio em Revista" teremos um Caio Fernando Abreu um tanto diverso daquele intérprete das angústias e do mal-estar no mundo de sua geração. Roberto Camargo vestirá a roupa de um Caio memorialista e poético, de um Caio humorista e cronista, de um Caio cheio de graça e de luz.


Ficha técnica
Monólogo "Caio em Revista"
Textos: Caio Fernando Abreu
Roteiro e Atuação: Roberto Camargo
Direção: Luís Artur Nunes
Assistência de direção: Patrícia Vilela
Projeto gráfico: Guto Lacaz
Iluminação: Claudia de Bem
Figurino: Mareu Nitschke
Trilha Sonora: Roberto Camargo e Luís Artur Nunes
Edição de Trilha Sonora: André Omote
Direção de Produção: COLAATORES e Splendore Produções Produtor de Parcerias
Gênero: comédia
Indicação etária: 14 anos
Duração: 60 minutos

Serviço
Monólogo "Caio em Revista"
Temporada: dias 11, 18 e 25 de maio, sábados, às 17h00
Ingressos: R$ 80,00 | R$ 40,00
Bilheteria abre duas horas antes do espetáculo
Link para compra on-line: https://bileto.sympla.com.br/event/92820/d/250020
Teatro Viradalata | 240 lugares
Rua Apinajés, 1387 – Sumaré/São Paulo
Teatro com acessibilidade

sábado, 4 de maio de 2024

.: Regina Braga e Isabel Teixeira voltam com “São Paulo”, no Teatro Bravos


Grande sucesso de público e crítica, espetáculo teatral cheio de música, poesia, bom humor e histórias curiosas é uma celebração à cidade, sua gente e seus artistas. Esta é a última chance para ver Regina Braga em espetáculo que celebra São Paulo. Foto: Roberto Setton


Quem ainda não assistiu tem agora uma última chance de ver o espetáculo "São Paulo", estrelado por Regina Braga e dirigido por Isabel Teixeira.  O espetáculo poderá ser visto em todos os sábados e domingos de maio (de 4 a 26), na Sala Multiuso do Teatro Bravos (Complexo Aché Cultural, Rua Coropés, 88, Pinheiros). Ingressos já à venda online (https://bileto.sympla.com.br/event/93269) ou nas bilheterias do teatro.

Ao ver "São Paulo", o público descobre histórias encantadoras, garimpadas ao longo de anos, sobre uma cidade que assusta, desafia, acolhe, estimula e sempre surpreende. Dividindo o palco com Regina, um grupo músicos e atores formado por Xeina Barros (voz e percussão), Alfredo Castro (voz e percussão), Vitor Casagrande (voz, cavaquinho e bandolim) e Gustavo de Medeiros (voz e violão) traz à tona versos, contos e melodias que mostram uma cidade única, contraditória, misteriosa e muito divertida.

Desde a sua fundação, em 25 de janeiro de 1554, na área conhecida como Campos de Piratininga, entre os rios Anhangabaú e Tamanduateí, onde já existia o Pateo do Colégio, a cidade de São Paulo tem vivido contínuas transformações, sempre acolhendo quem chega, multiplicando sua diversidade e acelerando sua evolução. Esta cidade ocupa o papel de personagem principal do espetáculo, que reúne histórias deliciosas como o relato do Padre José de Anchieta sobre subir a serra do mar (a pé!), a visão poética de Itamar Assumpção sobre o Rio Tietê, a reflexão de Drauzio Varella sobre os passarinhos (bem-te-vis, tico-ticos, sanhaços, sabiás...) que, teimosos, ainda insistem em morar na cidade, e outras preciosidades escritas por ninguém menos que José Miguel Wisnik, Mario de Andrade, Oswald de Andrade, Paulo Prado, Castro Alves, Paulo Caruso, Guilherme de Almeida, Plínio Marcos, José Ramos Tinhorão, Alcântara Machado, German Lorca, Frei Gaspar da Madre de Deus, Carlos Augusto Calil, Paulo Bonfim e Pedro Corrêa do Lago.

A ideia do espetáculo começou a tomar forma há dez anos, estimulada pela leitura do livro A Capital da Solidão, de Roberto Pompeu de Toledo. “Com este livro, a minha relação com a cidade mudou, passou a ser mais amorosa, de afeto mesmo, buscando entender os lugares descritos no livro, como a forca que existia na Liberdade”, revela Regina, que chegou em São Paulo aos 18 anos de idade e, como ela mesma diz, “foi ficando”. São Paulo, uma cidade que nasceu isolada, escondida e assim permaneceu por quase quatro séculos.

Ao longo da peça, (re)descobrimos a transformação da pacata vila com o ciclo do café, que fomentou estradas de ferro e estimulou a imigração; a fundação da Faculdade de Direito no largo de São Francisco, que impactou definitivamente em sua vida cultural e de lazer; o crescimento da cidade para além dos rios Tietê e Pinheiros; o surgimento das periferias a partir dos anos 30 e sua imensa força braçal e cultural; o carnaval do jeito bem paulistano e suas primeiras escolas de samba...

“A evidente paixão de Regina pela cidade de São Paulo é contagiante, conduz o fio narrativo e envolve completamente quem assiste ao espetáculo”, afirma a diretora Isabel Teixeira. Este afeto e este encantamento motivaram uma extensa pesquisa sobre a cidade e o que se escreveu e se cantou sobre ela, com inúmeras ideias anotadas - uma a uma, ano após ano - em um caderninho. Um processo de construção narrativa realizado com as pessoas e para as pessoas, que foi incorporando referências que vieram à tona em uma série de leituras realizadas na Casa de Mario de Andrade, na Biblioteca Mario de Andrade, na Casa das Rosas e em oito exibições no YouTube.

A própria Regina, responsável pelo roteiro, organizou tudo sobre uma ampla mesa, peça central no processo de criação e que acabou sendo o principal elemento cenográfico na montagem teatral, em volta da qual casos e lembranças são compartilhados e ganham calor, cor e som, como acontece mesmo em uma acolhedora mesa de roda de samba, daquelas que adoramos em um boteco ou no quintal de casa. Entre as pérolas resgatadas, São Paulo, Chapadão da Glória (Silas de Oliveira e Joaci Santana), Samba Abstrato (Paulo Vanzolini), Viaduto de Santa Efigênia (Adoniran Barbosa), O Mundo (André Abujamra), No Sumaré (Chico César), Vira (Renato Teixeira), Persigo São Paulo (Itamar Assumpção), entre outras. “A Regina é uma artista muito completa: escreve, canta, produz, sempre muito viva e inquieta. Eu me reconheço nessa inquietação”, complementa Isabel.

E é por inquietação e afeto que Regina compartilha também algumas de suas lembranças da cidade, como as chegadas de trem na Estação da Sorocabana (como era conhecida a estação Júlio Prestes), os jardins floridos dos casarões da Av. Angélica, a elegância nas ruas, a garoa, as águas que sumiram embaixo do cimento, com os rios subterrâneos e retificados, a efervescência do centro da cidade e de teatros como o Maria Della Costa, o Arena e o Oficina, a Escola de Arte Dramática que funcionava onde hoje é a Pinacoteca, as - também teimosas! - árvores da cidade: ipês brancos, roxos, amarelos; flamboyants vermelhos, alaranjados; tipuanas; jacarandás mimosos; sibipirunas com flores amarelas que imitam canários... Uma cidade sempre viva, estimulante e aberta, como o próprio espetáculo, como seus próprios habitantes. Parafraseando Itamar Assumpção, não é (só) amor, é uma identificação absoluta. São Paulo é Regina, São Paulo somos nós.


Sinopse do espetáculo "São Paulo"
Espetáculo teatral que passeia pelos encantos, mistérios e fatos curiosos da cidade de São Paulo, sua formação, suas transformações, sua gente, suas contradições, sua força. A cidade de São Paulo como personagem principal que ganha vida em textos e músicas garimpados ao longo de uma extensa pesquisa, apresentados de forma divertida, leve e surpreendente.


Sobre a atriz Regina Braga
Atriz formada pela EAD – Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo (USP), Regina Braga recentemente deu vida à psicanalista Ana Virgínia, na novela "Um Lugar ao Sol", na Rede Globo, onde participou também de "Por Amor", "Mulheres Apaixonadas", "Ti-ti-ti", "A Lei do Amor" e da série "JK". Atuou em mais de trinta espetáculos teatrais, entre eles "Chiquinha Gonzaga, Ô Abre Alas", de Maria Adelaide Amaral; "Uma Relação Tão Delicada", de Loleh Bellon; "À Margem da Vida", de Tennessee Williams; "Um Porto para Elizabeth Bishop", de Marta Goes. Por esses espetáculos, recebeu os prêmios de melhor atriz do ano. Nos últimos anos, em parceria com Isabel Teixeira, apresentou "Desarticulações", de Silvia Molloy e "Agora Eu Vou Ficar Bonita", escrito por ela e Drauzio Varella. Regina também integrou o elenco da série "Alice", na HBO.


Isabel Teixeira
Atriz formada pela EAD, foi assistente de Regina Braga no espetáculo "Totatiando", com Zélia Duncan (2011), dirigiu "Desarticulações", com Regina Braga e texto de Sylvia Molloy (2013); "Tudo Esclarecido", show de Zélia Duncan (2013); "Animais na Pista", de Michelle Ferreira (2014); "Agora Eu Vou Ficar Bonita", com Regina Braga e Celso Sim, roteiro de Regina Braga e Drauzio Varella (2014); "Fim de Jogo", de Samuel Beckett, com Renato Borghi (2016); "Lovlovlov, Peça Única em Cinco Choques", (2016); e "A Mulher que Digita", de Carla Kinzo (2017). Como atriz, atuou em "Puzzle (A, B, C e D)", sob a direção de Felipe Hirsch (2014); e "E Se Elas Fossem Para Moscou?", cumprindo temporada ao redor do mundo até 2020. Foi contratada, como integrante da Cia. Vértice de Teatro, pelo Teatro Odeon de Paris e pelo Le Centquatre-Paris para atuar no espetáculo "Ítaca", de Christiane Jatahy, que estreou em Paris em abril de 2018. Ganhou o prêmio Shell de Melhor Atriz por "Rainha(s)" (2009). Em 2019, escreveu e dirigiu a peça "People vs People",  que estreou em novembro de 2019, em Curitiba. Fez parte do elenco da série "Desalma", de Ana Paula Maia, direção de Carlos Manga Junior, e da novela "Amor de Mãe", de Manuela Dias, direção de José Villamarin. Recentemente, chamou a atenção de todo o Brasil pelo seu desempenho como a personagem Maria Bruaca, na novela "Pantanal" (Rede Globo), com direção de Rogério Gomes, e como Helena no remake da novela "Elas por Elas" (Rede Globo).


Ficha técnica
Monólogo "São Paulo". Elenco: Regina Braga, Vitor Casagrande, Gustavo de Medeiros, Alfredo Castro e Xeina Barros | Direção: Isabel Teixeira | Assistente de direção: Aline Meyer | Roteiro: Regina Braga | Colaboração no roteiro: Isabel Teixeira, Aline Meyer, Vitor Casagrande, Alfredo Castro, Guilherme Girardi e Mônica Sucupira | Colaboração artística: Monique Gardenberg | Iluminação: Beto Bruel | Cenografia e Figurino: Simone Mina | Assistente de Cenografia: Vinicius Cardoso | Gravuras: ateliê Fora de Esquadro – Isabel Teixeira (a partir de arquivos antigos, acervo pessoal e fotos de German Lorca) | Projeto Gráfico: Alexandre Caetano e Júlia Gonçalves (Oré Design Studio) | Fotos: Roberto Setton | Vídeo: Gislaine Miyono e Michel Souza | Operação de som: Alexandre Martins/ Pedro Semeghini | Operador de luz: Taiguara Chagas | Assessoria de Imprensa: Fernando Sant’ Ana | Produção Executiva: Rick Nagash | Produtora-Chefe: Anayan Moretto | Realização: Ágora Produções Teatrais e Artísticas

Serviço
Monólogo "São Paulo".
Teatro Bravos - Sala Multiuso
Complexo Aché Cultural (Rua Coropés, 88 – Pinheiros, São Paulo - SP)
Última temporada: de 4 a 26 de maio de 2024
Sábados, às 20h. Domingos, às 18h.
Inteira R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia-entrada)
Horários da bilheteria: de terça a domingo, das 13h às 19h, ou até o início do último espetáculo.
Formas de pagamento aceitas na bilheteria: todos os cartões de crédito, débito e dinheiro. Não aceita cheques.
Vendas on-line: https://bileto.sympla.com.br/event/93269
Informações ao público: (11) 99008-4859
Duração: 90 minutos
Classificação: 12 anos
Capacidade: 176 lugares
Acesso para pessoas com mobilidade reduzida
Recomenda-se o uso de máscara durante todo o espetáculo.
Estacionamento no Complexo Aché Cultural: R$ 39,00 (por até três horas)

.: "E se Fôssemos Baleias?" mostra como é possível sonhar como contraposição


Dirigida por Fernanda Raquel e com dramaturgia de Victor Nóvoa, peça encerra a Trilogia do Acúmulo com crítica ao capitalismo de plataformas. Temporada estreia em 9 de maio no Sesc Pinheiros. Foto: Noelia Nájera


O coletivo A Digna apresenta o espetáculo "E se Fôssemos Baleias?", um olhar crítico sobre a mercantilização dos afetos e seu impacto nas relações humanas mediadas pelo mercado de dados. Com dramaturgia de Victor Nóvoa e direção de Fernanda Raquel, a peça estreia no Sesc Pinheiros em 9 de maio, permanecendo em cartaz até 15 de junho, com sessões quinta a sábado às 20h. Dia 30 de maio (feriado) haverá sessão às 18h.

O trabalho conclui a "Trilogia do Acúmulo", que questiona a lógica de eficiência e desempenho que captura os corpos e as relações sociais em "Verniz Náutico para Tufos de Cabelo" (2015), vencedor do Prêmio Aplauso Brasil de Melhor Dramaturgia em 2015, e "Insones" (2018), que teve sucesso de crítica e público em diversas cidades do estado de São Paulo.

A narrativa apresenta uma trabalhadora de um centro de distribuição de uma big tech, cuja rotina de 12 horas diárias é consumida pelo trabalho, deixando suas noites marcadas pela exaustão e insônia. Uma reviravolta ocorre quando ela finalmente consegue dormir e sonha que é uma baleia. Impactada profundamente por este sonho, comete um erro que resulta em sua demissão, desencadeando uma série de violências que a levam a perder as sensações do próprio corpo.

As atrizes Ana Vitória Bella e Helena Cardoso interpretam a protagonista juntas. A escolha de uma pessoa duplicada reflete a força representativa dessa personagem, que carrega elementos comuns a tantos trabalhadoras e trabalhadores atualmente. “O capitalismo de plataformas captura as nossas experiências de vida e as transforma em dados comercializáveis para grandes empresas. Tudo aquilo que sentimos, pensamos e desejamos se transforma em mercadoria. Não somos mais apenas consumidores, mas o próprio produto que é consumido”, explica o coletivo.

"A única personagem da peça, duplicada pela presença de duas atrizes – estratégia que nos ajuda a multiplicar as perspectivas – não consegue mais seguir com sua rotina diária depois de ter vivido a experiência de um sonho e percebe que a vida pode ser muito mais que a mera reprodução da máquina capitalista", completa a diretora Fernanda Raquel.

Essas novas dinâmicas sociais e de trabalho mudaram a forma como nos relacionamos social e politicamente. “Michel Foucault tem uma frase bem interessante sobre os corpos dóceis. Ele diz que quanto mais um corpo produz, menos ação política ele tem no mundo”, contextualiza A Digna. O conjunto de espetáculos é fruto de uma pesquisa de oito anos em parceria com a diretora e atriz Fernanda Raquel. E a peça que encerra a trilogia foca nas maneiras de se contrapor ao acúmulo capitalista a partir de elementos como a memória, o sonho e o tempo.  "Dirigir esta peça é poder ativar o sonho como uma tecnologia de transformação, um ato de resistência, que nos mova em direção a outros horizontes", fala Fernanda.

A encenação minimalista, com cenografia de Renan Marcondes e figurinos de Joana Porto, cria um universo poético, que destaca de forma sutil a transformação dos corpos, utilizando materiais que possam brincar com os efeitos luminosos. Além disso, a trilha sonora original, a cargo de João Nascimento, e a iluminação de Matheus Brant, desempenham papéis essenciais na criação deste universo onírico.

Este espetáculo foi contemplado pelo Edital Proac N.º 01/2023 – Teatro / Produção de Espetáculo Inédito do Governo do Estado de São Paulo, a Secretaria da Cultura e Economia Criativa  e o Programa de Ação Cultural – Proac, com realização do SescSP.


Ficha técnica
Espetáculo "E se Fôssemos Baleias?"
Idealização e realização: A Digna. Dramaturgia: Victor Nóvoa. Direção: Fernanda Raquel Elenco: Ana Vitória Bella e Helena Cardoso. Produção: Carol Vidotti. Trilha sonora original: João Nascimento. Direção de arte: Renan Marcondes. Iluminação: Matheus Brant. Figurinos: Joana Porto. Trilha sonora original: João Nascimento. Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli. Assistência de produção: Marô Zamaro. Assistência de figurino: Rogério Romualdo. Operação de som: Thiago Shin. Operação de luz: Matheus Brant. Colaboração poética: Maria Thaís.


Serviço
Espetáculo "E se Fôssemos Baleias?"
Estreia dia 9 de maio, quinta-feira, às 20h00.
Temporada: de 9 de maio a 15 de junho. Quinta a sábado, 20h00. Dia 30 de maio. Quinta, 18h00.
Duração: 65 minutos.
Classificação: 14 anos.
Sesc Pinheiros - Auditório - 3º andar
Rua Paes Leme, 195, Pinheiros
Ingressos: R$ 40,00 / R$ 20,00 / R$ 12,00

quinta-feira, 2 de maio de 2024

.: Resenha: "O Dublê" é repleto de ação para homenagear quem se arrisca

 

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em abril de 2024


Muita ação e explosões com trilha sonora escolhida a dedo para brindar o trabalho dos dublês. Eis o novo longa dirigido por David Leitch, quem também é coordenador de dublês e comandou títulos de sucesso como "Trem-Bala""Deadpool 2", "Velozes & Furiosos: Hobbs & Shaw" e creditado como co-diretor do primeiro filme de "John Wick": a ação e comédia, "O Dublê".
 
A estreia das telonas Cineflix Cinemas entrega o combo perfeito dos filmes que agradam o público de imediato enquanto reviravoltas surgem na trama. Assim, o romance mesclado com um pingo de drama e muita, muita ação empolgam, pois toda a adrenalina permite que a história de amor aconteça e se tenha o tão aguardado beijo de amor dos protagonistas.

Baseado na série "Duro na Queda", sucesso dos anos 80, "O Dublê", apresenta a história do cara do tombo -o que perto do fim do longa ganha uma revelação pra lá de vilanesca. Para tanto, Colt Seavers (Ryan Gosling, "Barbie" e "Diário de Uma Paixão"), um dublê de Hollywood, precisa abandonar -por meses- a vida de acrobacias perigosas após sofrer um grave acidente. 

A provocação ao público começa no nome do personagem, uma vez que Colt é também o de uma fabricante de armas de fogo de 1836. Contudo, na série que teve 5 temporadas, o protagonista de mesmo nome e sobrenome, interpretado por Lee Majors, era um dublê que ganhava dinheiro extra trabalhando como caçador de recompensas. Parceiro de profissão de Jody Banks (Heather Thomas) e Howie "Kid" Munson (Douglas Barr), Colt tentava conciliar o emprego formal em sets de filmagens  enquanto rastreava criminosos fugitivos.

Agora, o Colt de Ryan Gosling, longe dos bastidores cinematográficos, trabalhando como valet e dando o seu melhor para ganhar uns trocados -e até gorjetas-, volta a ser procurado pela agente do grande astro Tom Ryder (Aaron Taylor-Johnson, "Trem-Bala" e "Kick-Ass - Quebrando Tudo"), Gale (Hannah Waddingham, "Os Miseráveis"). Assim, ele é convidado a atuar em um filme dirigido por sua ex, Jody Moreno (Emily Blunt, "Um Lugar Silencioso" e "O Retorno de Mary Poppins"), para cobrir a ausência misteriosa de Ryder.


Esperançoso ao reencontrar seu amor do passado, Colt realiza as cenas mais intensas de ação no lugar do protagonista. De quebra, tenta concluir uma atividade paralela para Gale e garante sequências que dão mais ritmo para a trama. Assim, ele se vê mergulhado até a ponta de cada fio de cabelo, numa morte misteriosa que pode tirar a vida dele desta vez.

"O Dublê" entrega um saladão que homenageia produções de ações, por vezes citadas pelos personagens, enquanto enaltece o trabalho dos profissionais que sobrevivem ao se colocarem em risco. Com uma trilha sonora incrível, garante uma cena que muito remete a de "Deadpool 2". Neste, ao som de "Against all odds", de Phill Collins, ora na voz de Emily Blunt, num karaokê, Colt enfrenta vilões com muita pancadaria. Tudo sem o sangue jorrando, como também visto em "Noite Infeliz", por exemplo, em que Leitch foi produtor.

A nova produção que não chega a ser gigante para superar a genialidade de "Trem-Bala", consegue agradar a quem busca um bom filme de ação no estilo clássico. Com direito a lutas cheias de acrobacias e armas cenográficas ou ainda com o mocinho amarrado a uma cadeira, enquanto é cercado por bandidos que querem acabar com a vida dele.

O longa de 2h05 entretém, faz o público roer as unhas, gargalhar e torcer pela história de amor que tem tudo para ser simples e perfeita, mas é tão difícil de ser concretizada. A propósito, em nenhum momento do longa toca a clássica canção de Bon Jovi, "You Give Love a Bad Name", como no trailer do filme. Por outro lado, pergunta sobre ser time Britney Spears ou Christina Aguilera. Em tempo, a equipe do longa demonstra ser time Xtina, pois insere no karaokê "Genie in a Bottle", deixando a princesinha do pop ser apenas citada na brincadeira. Vale a pena conferir "O Dublê" na telona do cinema!



Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 



"O Dublê" ("The Fall Guy"). Ingressos on-line neste linkGênero: ação, comédia, dramaClassificação: 14 anos. Duração: 2h05. Ano: 2024. Distribuidora: Universal Studios. Direção: David Leitch. Roteiro: Drew Pearce. Elenco: Ryan Gosling, Emily Blunt, Aaron Taylor-JohnsonSinopse: O dublê Colt Seavers volta à ação quando uma estrela de cinema desaparece de repente. À medida que o mistério se aprofunda, Colt se envolve em uma trama sinistra que o leva à beira de uma queda mais perigosa do que qualquer uma de suas acrobacias.

Trailer de "O Dublê"

Leia+

.: Revista serrote, do IMS, celebra 15 anos com nova edição e festival


A revista serrote 46 traz textos de Alejandro Zambra, Djaimilia Pereira de Almeida e Hilton Als. Já o festival organizado pela revista acontece em 3 e 4 de maio, no IMS Paulista, reunindo artistas e intelectuais para debates e atividades gratuitas. Dedicada a difundir o gênero do ensaio como exercício de experimentação e debate intelectual, a revista serrote completa 15 anos em 2024.

Nesse período, a publicação do Instituto Moreira Salles apostou na pluralidade de ideias, trazendo tanto autores consagrados quanto novos nomes, nacionais e estrangeiros. Em celebração ao aniversário da revista, o IMS lança a serrote #46, já disponível nas livrarias, e promove a 7ª edição do Festival Serrote, nos dias 3 e 4 de maio.


Sobre o Festival
Sediado no IMS Paulista, o Festival Serrote reunirá escritores, artistas e ativistas para dois dias de atividades gratuitas, em 3 e 4 de maio. A programação inclui debates e a já tradicional serrote ao vivo, apresentação que une performances, leituras e música. Entre os participantes confirmados, estão o escritor chileno Alejandro Zambra, que publica ensaio na serrote #46 e lança seu novo livro, "Literatura Infantil", pela Companhia das Letras, o pesquisador Mário Augusto Medeiros da Silva, autor de "A Descoberta do Insólito: literatura Negra e Literatura Periférica no Brasil".

Também estão entre os convidados, a escritora, roteirista e ativista Triscila Oliveira, o artista Thiago Rocha Pitta e a escritora Bianca Santana, a crítica literária e tradutora Fernanda Silva e Sousa e a jornalista e ensaísta Thaís Regina. O evento reunirá escritores, pesquisadores, jornalistas e artistas para apresentações e debates sobre temas como as literaturas periféricas e as narrativas de experiências negras. Todos os eventos são gratuitos, abertos ao público e contam com interpretação em Libras.


Sobre a serrote #46
Já disponível nas livrarias, o novo número da revista traz textos de autores como Alejandro Zambra, Hilton Als, Djaimilia Pereira de Almeida e Roland Barthes. Destaque desta edição, “Conto de Natal” é um relato entre a ficção, a memória e o ensaio, no qual Alejandro Zambra (1975) narra, de forma bem-humorada, a relação de amizade com o seu editor. “Agora sei que um editor é uma espécie de irmão mais velho, que nos educa, protege e reprime, ou talvez, propriamente, um segundo pai, que nunca deixamos de querer bem, respeitar e temer, mesmo que depois o desafiemos”, escreve o autor chileno.

A serrote #46 publica ainda um ensaio do filósofo francês Roland Barthes (1915-1980), sobre a obra de Saul Steinberg (1914-1999). No texto, intitulado “All except you”, o autor analisa aspectos da produção do artista, como o papel da representação e a presença de elementos constantes, como as máscaras e os gatos. Escrito em 1976, “All Except You” só viria à luz em 1983, publicado pela galeria Maeght, então representante de Steinberg na França. A tradução publicada na serrote é a primeira a restituir o formato original, com os desenhos de Steinberg.

A publicação traz também o ensaio “Minha Pinup”, do crítico norte-americano Hilton Als (1960), autor de "Garotas Brancas". O escritor revisita a carreira e a obra de Prince para refletir sobre gênero, negritude, poder e indústria cultural, temas frequentes em sua produção. Inédito no Brasil, o texto foi publicado em livro em 2022 pela editora New Directions.

Autora de "Esse Cabelo e Luanda, Lisboa, Paraíso", a escritora Djaimilia Pereira de Almeida (1982), nascida em Angola e hoje radicada nos Estados Unidos, assina o ensaio “A Condição Sem Nome”. A autora analisa os usos e significados do termo “mulata”. “Estará o problema não na palavra ‘mulata’, que abomino, mas no facto de que não há lugar no mundo para a (minha) raça ambígua? [...] Que fazer, se nem uns nem outros me aceitam como parte da tribo — branca não serei nunca, negra a sério muito menos?”, indaga a autora.

A linguagem também está no centro do ensaio “´Pretagogias”, da artista visual e professora Andréa Hygino (1992). A partir de memórias da infância, da convivência com a mãe, professora no subúrbio do Rio de Janeiro, e da experiência de uma residência artística em Joanesburgo, Hygino reflete sobre o papel da linguagem e dos sistemas de ensino como forma de dominação, mas também sobre as possibilidades de levante e valorização de novos saberes, no contexto dos movimentos estudantis e das culturas afrodiaspóricas. 

Em “Desapropriação para Principiantes”, a mexicana Cristina Rivera Garza (1964) investiga os processos de escrita e as tensões entre experiência individual e coletiva. “A figura solitária do autor, com suas práticas de devorador e seu estatuto de consumidor genial, encobriu a série de relações complexas de intercâmbio e compartência, a partir das quais são geradas as diferentes formas de escrita que, depois, ele assina como suas”, escreve.

A edição também publica dois textos que conquistaram menção honrosa na última edição do Concurso de Ensaísmo serrote. Em “Apontamentos para Costurar Mortalhas”, Douglas Santana Ariston Sacramento (1993), doutorando na Universidade Federal da Bahia, reflete sobre as representações da morte e o papel da literatura negra em criar espaços dignos de luto, “dando conta de tantos corpos que tombam diariamente em solo brasileiro”. Já o pesquisador, dramaturgo e escritor cearense kulumym-açu (1995), assina o texto “Era Possível Anoitecer como Velhim e Acordar como Curumim”, no qual une a arte da contação de histórias com reflexões sobre os resquícios da dominação colonial e a potência dos saberes ancestrais.

A escritora e pesquisadora Elvia Bezerra (1947), por sua vez, parte de memórias pessoais, da lembrança de um namorado de infância até uma ida recente ao médico, para refletir sobre como a experiência da surdez intriga pensadores e artistas. Esta edição traz ainda o ensaio visual “O Suplício de Cabral”, do artista Thiago Rocha Pitta, além de trabalhos de Lidia Lisbôa, Rodrigo Cass, Vivian Caccuri e Alisson Damasceno, que assina a capa da revista.


Sobre a revista
Lançada pelo Instituto Moreira Salles em 2009, a serrote é uma revista dedicada ao gênero do ensaio, publicada três vezes ao ano, em edição impressa. Nesses 15 anos, a revista apresentou textos inéditos em português de alguns dos principais nomes do ensaio mundial e publicou autores brasileiros consagrados e iniciantes. Também realiza, desde 2011, o Concurso de Ensaísmo serrote, que premia novas vozes. Já foram contemplados com o prêmio nomes como Djaimilia Pereira de Almeida, Francesco Perrotta-Bosch e Rodrigo Nunes. Em 2018, lançou a antologia Doze ensaios sobre o ensaio e promoveu a 1a edição do Festival Serrote, que reúne artistas, ativistas e intelectuais para debates, no IMS Paulista, e chega agora à sua sétima edição.

Entrada gratuita, com distribuição de senhas. Para o dia 3 de maio, sexta | Distribuição de senhas 1 hora antes do evento, com limite de 1 senha por pessoa. Para o dia 4 de maio, sábado | Distribuição de senhas para qualquer uma das mesas a partir das 12h. Limite de 1 senha por mesa para cada pessoa. Evento com interpretação em Libras,


IMS Paulista
Avenida Paulista, 2424
São Paulo
Tel.: 11 2842-9120


Programação completa

Sexta-feira, dia 3 de maio
20h00 - serrote ao vivo
Alejandro Zambra + Hurtmold + Padmateo + Thiago Rocha Pitta + Triscila Oliveira + Vivian Caccuri & Thiago Lanis + Yasmin Santos

4 de maio (sábado)
15h00 - Mesa 1: Reescrevendo histórias negras
Fernanda Silva e Sousa e Thaís Regina. Mediação: Bianca Santana

17h00 - Mesa 2: As periferias e os livros
Mário Augusto Medeiros da Silva e Triscila Oliveira. Mediação: Juliana Borges

19h00 - Mesa 3: Encontro com Alejandro Zambra
Alejandro Zambra. Mediação: Ana Lima Cecilio
Evento com tradução simultânea


Sobre os participantes
Alejandro Zambra
(1975) é romancista, ensaísta e poeta chileno radicado na Cidade do México. É autor de Bonsai, Poeta chileno e Literatura infantil, todos publicados no Brasil pela Companhia das Letras. A serrote 46, lançada no festival, apresenta seu texto “Um conto de Natal”, escrito em diálogo com o editor Andrés Braithwaite. De Zambra a revista também já publicou os ensaios “Caderno, arquivo, livro” (#15) e “À procura de Pavese” (#22).

Ana Lima Cecilio (1978) é editora e curadora da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip).

Bianca Santana (1984) é jornalista e escritora, professora na FAAP e na FGV, e diretora-executiva da Casa Sueli Carneiro, que compõe a Coalizão Negra por Direitos. É autora de Arruda e guiné: resistência negra no Brasil contemporâneo (Fósforo, 2022), Continuo preta: a vida de Sueli Carneiro (Companhia das Letras, 2021) e Quando me descobri negra (Fósforo, 2022). Foi uma das juradas do Concurso de Ensaísmo serrote 2023.

Fernanda Silva e Sousa (1993) é nascida e criada no Itaim Paulista, extremo leste da cidade de São Paulo. É doutora em teoria literária e literatura comparada pela Universidade de São Paulo (USP), tradutora, crítica e professora. Seu texto “Dos pés escuros que são amados” ficou em primeiro lugar no Concurso de Ensaísmo serrote 2023 e foi publicado na edição #45 da revista.

Hurtmold é uma das principais bandas do cenário alternativo e instrumental no país, com influências do rock e diversos gêneros. Presente desde a primeira edição da serrote ao vivo, em 2018, o grupo atualmente é formado por Fernando Cappi (guitarra e rabeca), Guilherme Granado (teclado/sinth e vibrafone), Marcos Gerez (baixo e sampler), Mário Cappi (guitarra e flauta), Richard Ribeiro (bateria) e Rogério Martins (percussão e clarone).

Juliana Borges (1983) é escritora, estuda segurança pública e é conselheira da Iniciativa Negra por uma Nova Política sobre Droga e da Plataforma Brasileira de Política de Drogas. Feminista antipunitivista e antiproibicionista, é autora dos livros Encarceramento em massa (Pólen) e Prisões: espelhos de nós (Todavia). Na serrote, publicou "A quem interessa lotar as prisões?" (#33) e "A vida pulsante das periferias" (#35-36).

Mário Augusto Medeiros da Silva é professor do Departamento de Sociologia da Unicamp e diretor do Arquivo Edgar Leuenroth. É autor de volumes de contos e do livro A descoberta do insólito: literatura negra e literatura periférica no Brasil (1960-2020), publicado em edição ampliada pelo Sesc em 2023.

Padmateo (1999) vive e trabalha entre Salvador e Jequié (BA), onde nasceu. É artista transdisciplinar e crítica de arte, bacharelanda em artes visuais pela UFBA e em arquitetura e urbanismo pela Unifacs. Em sua pesquisa, estuda as fantasmagorias e o invisível como método de emancipação do gênero e de trânsitos não binários. Ficou em terceiro lugar no Concurso de Ensaísmo serrote 2023 com “Pepper´s Ghost”, publicado na edição #45.

Thaís Regina (1996) nasceu em São Paulo, é repórter e ensaísta. Já colaborou com veículos como Time, Agência Pública, Elle Brasil e Uol. Formada em jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero, atualmente estuda a relação entre prisões, poder e resistência. “Severinos, o Brasil é uma guerra nossa”, publicado na serrote 45, ficou em segundo lugar no Concurso de Ensaísmo serrote 2023.

Thiago Lanis (1983) é artista, DJ e músico e nasceu no Rio de Janeiro.

Thiago Rocha Pitta (1980) nasceu em Tiradentes (MG) e vive entre o Rio de Janeiro e Petrópolis (RJ). Artista multimídia, explora linguagens de vídeo, fotografia, escultura, intervenções públicas e aquarela. Na serrote 46, publica o ensaio visual “O suplício de Cabral”.

Triscila Oliveira (1985) vive em Niterói (RJ) e é escritora, roteirista e ativista dedicada a pautas de gênero, raça e classe. Com o desenhista Leandro Assis, publica charges na Folha de S.Paulo e lançou os livros de quadrinhos Confinada (2021) e Os santos (2023). Este último narra as histórias cruzadas de uma família periférica e uma família branca rica da Zona Sul carioca. 

Vivian Caccuri (1986), nascida em São Paulo e radicada no Rio de Janeiro, propõe experimentos com o som em trabalhos que abarcam dimensões visual, corpórea e tecnológica. Seu trabalho está publicado na serrote 46. 

Yasmin Santos (1998) é jornalista e escritora e vive no Rio de Janeiro. Colaborou com veículos como piauí, Quatro Cinco Um, Folha de S.Paulo, Nexo, The Intercept Brasil, Uol, GQ e Elle Brasil. É editora do selo Companhia das Letras. “Ladainha da sobrevivência”, menção honrosa no 4o Concurso de Ensaísmo serrote, em 2021, foi publicado no número 40 da revista.


serrote #46
224 páginas
R$ 48,50
Festival serrote
3 e 4 de maio (sexta e sábado)
IMS Paulista (Av. Paulista, 2424, São Paulo)
Entrada gratuita

quarta-feira, 1 de maio de 2024

.: Cineflix Cinemas estreia "Garfield: Fora de Casa", "O Dublê" e "The Chosen"


Cena de "O Dublê", com Ryan Gosling, estreia na Cineflix Cinemas de Santos


A unidade Cineflix Cinemas Santos, localizada no Miramar Shopping, bairro Gonzaga, traz três estreias para as telonas. São elas: o longa de ação "O Dublê", a animação "Garfield: Fora de Casa",e a partir de 1º de maio, feriado que celebra o Dia do Trabalhador. Seguem em cartaz os sucessos de bilheteria como o filme de ação bélica "Guerra Civil" e o drama de romance caótico "Rivais". Programe-se e confira detalhes abaixo! 

A pré-venda dos ingressos para o longa de ação "Planeta dos Macacos: O Reinado", que estreia em 5 de maio, está aberta. Garanta os ingressos pela internet antecipadamente aqui: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.

O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.

Estreias da semana na Cineflix Santos


"Garfield: Fora de Casa" ("Garfield The Movie"). Ingressos on-line neste linkGênero: infantil, comédiaClassificação: livre. Duração: 1h41. Ano: 2024. Distribuidora: Sony Pictures Motion Picture Group. Direção: Mark Dindal. Roteiro: David Reynolds, Paul A. Kaplan, Mark Torgove. Dublagem original: Chris Pratt, Nicholas Hoult, Hannah Waddingham, Brett Goldstein, Cecily Strong, Bowen Yang e Luke Cinque-WhiteSinopse: Garfield tem um reencontro inesperado com seu pai, que estava há muito tempo desaparecido - um gato de rua todo desengonçado que atrai o filho para um assalto de alto risco.

Sala 2 (dublado) - Dia 1 de maio: 15h50 
Sala 3 (dublado) - Dia 1 de maio: 18h00
Sala 3 (dublado) - Dia 3 de maio: 14h00 - Bebê a Bordo
Sala 3 (dublado) - De 2 a 8 de maio: 15h00
Sala 4 (dublado) - De 2 a 8 de maio: 15h45 - 18h05 - 20h30


"O Dublê" ("The Fall Guy"). Ingressos on-line neste linkGênero: ação, comédia, dramaClassificação: 14 anos. Duração: 2h05. Ano: 2024. Distribuidora: Universal Studios. Direção: David Leitch. Roteiro: Drew Pearce. Elenco: Ryan Gosling, Emily Blunt, Aaron Taylor-JohnsonSinopse: O dublê Colt Seavers volta à ação quando uma estrela de cinema desaparece de repente. À medida que o mistério se aprofunda, Colt se envolve em uma trama sinistra que o leva à beira de uma queda mais perigosa do que qualquer uma de suas acrobacias.

Sala 3 (legendado) - 30 de abril: 19h30 
Sala 1 (legendado) - 1 de maio: 17h50 - 20h40
Sala 1 (dublado) - 1 de maio: 15h00

Trailer de "O Dublê"

"The Chosen: Os Escolhidos" ("The Chosen"). Ingressos on-line neste linkGênero: religiosoClassificação: 12 anos. Duração: 2h08. Ano: 2024. Distribuidora: Paris FilmesSinopse: Exibição dos episódios 3 e 4 da 4ª temporada da série The Chosen.

Sala 1 (dublado) - De 2 a 8 de maio: 18h20


Seguem em cartaz no Cineflix Santos


"Rivais" ("Challengers"). Ingressos on-line neste linkGênero: esporte, romance, dramaClassificação: 14 anos. Duração: 2h11. Ano: 2024. Idioma original: inglês. Distribuidora: Amazon MGM Studios, Warner Bros. Pictures. Direção: Luca Guadagnino. Roteiro: Justin Kuritzkes. Elenco: Zendaya, Josh O'Connor, Mike FaistSinopse: Um campeão de tênis do Grand Slam se vê do outro lado da rede do outrora promissor e agora esgotado Patrick, seu ex-melhor amigo e ex-namorado de sua esposa.

Sala 4 (legendado) - Dia 1 de maio: 15h20 - 18h10 - 21h00
Sala 2 (legendado) - De 2 a 8 de maio: 15h40 - 21h00

Trailer de "Rivais"



"Guerra Civil" ("Civil War"). Ingressos on-line neste linkGênero: drama bélico, açãoClassificação: 14 anos. Duração: 1h49. Ano: 2023. Idioma original: inglês. Distribuidora: A24, Diamond Films. Direção: Alex Garland. Roteiro: Alex Garland. Elenco: Kirsten Dunst, Wagner Moura, Cailee Spaeny, Stephen McKinley Henderson, Sonoya Mizuno, Nick OffermanSinopse: Num futuro próximo, uma equipe de jornalistas viaja pelos Estados Unidos durante uma guerra civil em rápida escalada que envolveu toda a nação.

Sala 3 (legendado) - Dia 1 de maio: 15h30 - 18h00
Sala 3 (legendado) - De 2 de maio a 8 de maio: 18h10 - 20h40

Trailer de "Guerra Civil"



"Aumenta Que é Rock´n´roll" ("nacional"). Ingressos on-line neste linkGênero: dramaClassificação: 16 anos. Duração: 1h52. Ano: 2023. Distribuidora: H2O Films. Direção: Tomás Portella. Roteiro: L.G. Bayão. Elenco: Johnny Massaro, George Sauma, João Vitor SilvaSinopse: Na década de 1980, Luiz Antônio é um atrapalhado radialista que inesperadamente se vê no comando de uma estação de rádio falida e caindo aos pedaços.

Sala 2 - Dia 1 de maio: 15h50 - 18h20


Vem aí na Cineflix Cinemas em maio!
"Planeta dos Macacos: O Reinado" ("Kingdom of the Planet of the Apes "). Ingressos on-line neste linkGênero: ação, aventuraClassificação: 14 anos. Duração: 2h18. Ano: 2023. Idioma original: inglês. Distribuidora: 20th Century Studios. Direção: Wes Ball. Roteiro: Josh Friedman, Rick Jaffa, Patrick Aison, Amanda Silver. Elenco: Owen Teague, William H. Macy, Freya Allan, Kevin Durand, Peter MaconSinopse: O longa realiza um salto no tempo após a conclusão da Guerra pelo Planeta dos Macacos. Muitas sociedades de macacos cresceram desde quando César levou seu povo a um oásis, enquanto os humanos foram reduzidos a sobreviver e se esconder nas sombras.

Sala 3 (dublado) - De 9 a 15 de maio: 15h00
Sala 3 (legendado) - De 9 a 15 de maio: 18h00 - 21h00



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