segunda-feira, 16 de setembro de 2019

.: "Asterix e o Segredo da Poção Mágica" estreia nesta quinta-feira, 19

Foto: divulgação

Por Tutatis! “Asterix e o Segredo da Poção Mágica” (Astérix - Le Secret de la Potion Magique/Bonfilm), longa de Louis Clichy e Alexandre Astier (“Asterix e o Domínio dos Deuses”), estreia dia 19 de setembro nas cidades de Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Maceió, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Sucesso na França, onde foi visto por mais de 4 milhões de espectadores, a animação integrou o Festival Varilux de Cinema Francês deste ano e chega aos cinemas em versões legendadas e dubladas, com Gregório Duvivier dando voz a Asterix.

O velho druida e protetor da aldeia, Panoramix, é o foco da nova aventura. Ao cair de uma árvore durante a colheita de visco, ele decide que é hora de repassar seu manto e garantir o futuro da aldeia. Acompanhado por Asterix e Obelix, ele parte em uma viagem pela Gália em busca de um jovem druida bom e talentoso para transmitir o Segredo da Poção Mágica.

Primeiro roteiro totalmente original sobre os gauleses criados por René Goscinny e Albert Uderzo há 60 anos, o filme resgata a magia e essência dos quadrinhos clássicos ao mesmo tempo em que apresenta temas nunca antes discutidos nas histórias de Asterix e seus amigos, como o protagonismo feminino e questões relacionadas à transmissão do conhecimento. 

Gregório Duvivier, fã de Goscinny e dos quadrinhos, comemora o convite: “Asterix é um dos heróis da minha infância, eu li todos os quadrinhos”, conta.

Para o diretor Louis Clichy, Goscinny é um dos grandes motivos pelos quais ele gosta de contar histórias sobre os gauleses: “Nós queremos que o filme mostre como é divertido ler os quadrinhos de Asterix, e dessa forma conseguimos manter o espírito de Goshiny vivo.”


Trailer:

Clichy fez parte da equipe de animação em produções como “Wall-E” e “UP – Altas Aventuras”, da Pixar, experiências que lhe deram uma visão mais ampla sobre a narrativa e mercado de animação: “Nas animações americanas, eles tentam, na maior parte do tempo, criar produtos que agradem o mundo todo. Existem coisas boas e ruins sobre isso. O bom é que eles estão criando histórias fortes. Como é dito na Pixar, ‘a história é quem manda’. Isso é verdade. O problema é que você não precisar agradar a todos sempre. Mas isso não é necessariamente o melhor a se fazer, porque às vezes é necessário mostrar aquilo o que as pessoas não querem ver. Mas esse é um jeito diferente de pensar e de falar sobre arte, de pensar sobre orçamento e retorno do investimento. O bom seria achar um equilíbrio entre história e investimento, e foi isso que tentamos fazer em Asterix.”

Sua experiência no estúdio americano também foi importante para definir qual relação gostaria de ter com a equipe de seus filmes: “Nos estúdios, o que eu realmente gosto nos EUA é que não há uma estrutura piramidal rígida para decisões. Existe a estrutura, mas é fácil você ir conversar com o diretor da produção. Eu falei para o diretor de “UP” coisas que eu achava boas ou ruins no filme. Isso não é comum na França, o que é uma pena. Eu tentei criar essa liberdade e envolver as pessoas nas minhas produções de Asterix, mesmo que elas não estivessem tão envolvidas na parte criativa. Eu queria criar a sensação de que todos nós estávamos construindo o filme juntos.”
Sobre os diretores

Louis Clichy: Formado pela famosa Escola de Gobelins, Louis Clichy dirige um filme de fim de curso, “Mange”, que chama a atenção de um pequeno estúdio de animação francês, Cube. Eles o contratam e lhe dão carta branca. O cineasta aprendiz começa a imaginar imagens com a música de Edith Piaf A quoi ça sert l’amour? O clipe atravessa as fronteiras e atrai os olhares dos animadores da Pixar, que o contratam. Ele trabalha em “Wall-E” e logo depois em “Up – Altas Aventuras”, de Pete Docter. Três anos depois, ele sai da Pixar. De volta à França, se divide entre publicidades, clipes e projetos pessoais, até que Pierre Coffin (diretor de “Meu Malvado Favorito”) pede a ele para colaborar em “Asterix e o Domínio dos Deuses”. O duo Alexandre Astier – Louis Clichy se forma. No início, os papéis eram claros: ao primeiro, a história, ao segundo, a direção. Mas as atribuições se confundem e “Asterix e o Domínio dos Deuses” acaba sendo feito a quatro mãos.

Alexandre Astier: A primeira paixão de Alexandre Astier foi a música. Muito jovem, entra para o conservatório antes de continuar os estudos na American School of Modern Music em Paris. Após ter composto músicas para curtas-metragens, se lança na direção do seu próprio curta, “Dies iræ”, que ganha o prêmio do público 2003 do Festival Off-Courts. 

Ele cria a série “Kaamelott”, que o tornou conhecido do grande público. É, ao mesmo tempo, diretor, roteirista e ator dessa ficção que encena a lenda dos cavaleiros da Távola Redonda. Interpreta o primeiro papel no cinema em 2006 no filme “Como Você está Linda!”, ao lado de Michèle Laroque. Em seguida tem um papel no live action francês “Asterix nos Jogos Olímpicos”, e depois atua em várias comédias. Em 2012, Alexandre Astier realiza seu primeiro longa-metragem no cinema: “David et Madame Hansen”. Como de hábito, Alexandre está em todas as frentes, já que escreve, produz, dirige, monta e compõe as músicas do filme. No Natal de 2014, lança “Asterix e o Domínio dos Deuses”, nono filme de animação do famoso pequeno gaulês.

Asterix e o Segredo da Poção Mágica (Astérix - Le Secret de la Potion Magique)
De Louis Clichy e Alexandre Astier
Com Sandrine Kiberlain, Thaïs Alessandrin, Victor Belmondo
2018 – Animação 
Duração: 1h25
Distribuição no Brasil: Bonfilm
Classificação indicativa: Livre

Sinopse: Asterix e Obelix precisam ajudar o velho druida Panoramix a encontrar um novo guardião para a poção mágica da Gália. Durante a viagem pela região, eles devem impedir que a receita mágica caia em mãos erradas, dando início a uma inesperada aventura.

.: "Os Monólogos da Vagina": em outubro mulheres pagam meia

Válido de  1º a 27 de Outubro, no Teatro Gazeta

05/out - Sábado - 18h 
06/out - Domingo - 20h
11 e 18/out - sextas - 21h
12,19,26/out - Sábados - 20h
13 e 27/out - Domingos - 18h


Sucesso há 19 anos, peça traz depoimentos verídicos de mais de 200 mulheres sobre a sua relação com sua sexualidade. Tudo abordado de maneira direta, livre de preconceitos e bem humorada

Rebeca Reis, Maximiliana Reis e Cacau Melo. Foto de Pedro Veras


Com: Maximiliana Reis, Cacau Melo, Sônia Ferreira e Rebeca Reis
Direção: Miguel Falabella

Comemorando 19 anos de sucesso absoluto de crítica e público. A comédia "Os Monólogos da Vagina" continua encantando e emocionando plateias de todo Brasil.

Produzido em mais de 150 países e traduzido para mais de 50 idiomas o espetáculo tornou-se fenômeno mundial. Depoimentos verídicos de mais de 200 mulheres colhidos pela autora em todo o mundo abordam de maneira extremamente bem humorada, direta e livre de preconceitos uma reflexão sobre a relação da mulher com sua própria sexualidade.

A estreia brasileira desse fenômeno teatral aconteceu em 07 de abril de 2000, no Teatro Clara Nunes, no Rio de Janeiro, com incrível sucesso de público e crítica. A genialidade de Miguel Falabella na adaptação e direção do texto o tornou o primeiro diretor no mundo a escalar três atrizes para, ao mesmo tempo, encenarem as narrativas das entrevistas originais colhidas por Eve Ensler. Essa concepção, a pedido da própria autora que esteve presente na estreia brasileira, foi adotada mundialmente em todas as produções e assim permanece até hoje.

Atualmente o elenco é formado por Maximiliana Reis, Cacau Melo, Sônia Ferreira e Rebeca Reis. Atrizes consagradas, como Zezé Polessa, Cláudia Rodrigues, Cissa Guimarães, Fafy Siqueira, Totia Meirelles, Bia Nunes, Lucia Veríssimo, Tânia Alves, Elizângela, Mara Manzan, Chris Couto e Claudia Alencar, Adriana Lessa, dentre outras, se orgulham de um dia ter tido a oportunidade de encenar esse espetáculo.

Muito mais que um espetáculo teatral, Os Monólogos da Vagina tornou-se um Movimento Mundial. Segundo Charles Isherwood, do The New York Times, “provavelmente a mais importante obra de teatro político da última década.”

Mas como surgiu este fenômeno? A autora Eve Ensler escreveu o primeiro rascunho dos Monólogos em 1996, após entrevistar mais de 200 mulheres de vários países sobre sexo, relacionamentos, violência doméstica, estupro, etc. Essas entrevistas se transformaram numa enorme fonte de pesquisa e informações.

Eve escreveu o texto para “celebrar a vagina”, mas o propósito do espetáculo transformou-se de uma simples performance comemorativa sobre vaginas e feminilidade em um enorme movimento mundial para acabar com a violência contra as mulheres. A primeira temporada do espetáculo foi no teatro HERE Arts Center em Nova Iorque, e o que era para ter sido uma curtíssima temporada transformou-se rapidamente em um fenômeno ganhando extraordinária visibilidade através de uma enorme campanha popular e mídia espontânea. O espetáculo, desde então, tornou-se fenômeno mundial, sendo inclusive apresentado em países Islâmicos, considerados muito fechados para tal contexto, incluindo Egito, Indonésia, Bangladesh, Malásia e Paquistão.

O texto ganhou em Nova Iorque o prêmio “Obie Award”, na categoria Melhor Espetáculo Inédito, e em apresentações beneficentes já teve em seu cast estrelas hollywoodianas, como Jane Fonda, Susan Sarandon, Glenn Close, Melissa Etheridge, Whoopi Goldberg e até Oprah Winfrey.

Por MIGUEL FALABELLA - Concepção Original e Adaptação: "Os Monólogos da Vagina" são depoimentos que Eve Ensler colheu pela vida afora como quem colhe flores, sem se importar com cor, forma ou perfume, apresentando esse arranjo múltiplo, ora como jornalista, ora como dramaturga, arrancando as mordaças das mulheres que habitam nosso planeta.

De início, a proposta de mergulhar neste universo e resgatar a liberdade e dignidade da expressão feminina me encantou, porque gosto de mulheres e sua interiorização, de sua vida secreta, de suas formas que sangram e se dilatam e nutrem toda a vida. Esta peça é um resgate, um afago e um carinho para todas as mulheres e homens que se respeitam e tentam trilhar os difíceis caminhos de um grupo social injusto e desumano.

No país das bundas expostas nas bancas de revistas como carnes penduradas ao sol, as vaginas vão falar. Ao público, peço a delicadeza de escutar o seu discurso.

Sobre EVE ENSLER - Autora: Escritora e ativista americana é autora da peça Os Monólogos da Vagina, que já foi traduzida para 50 idiomas e produzida em mais de 150 países. Em 2004, Eve estrelou na Broadway em THE GOOD BODY, também de sua autoria. Em 2006, lançou sua mais importante publicação, o livro INSECURE AT LAST, uma memória política. No mesmo ano, coeditou A MEMORY, A MONOLOGUE, A RANT AND A PRAYER, uma antologia de textos sobre violência contra as mulheres. Seu mais recente lançamento I AM AN EMOTIONAL CREATURE: THE SECRET LIFE OF GIRLS AROUND THE WORLD, em fevereiro de 2010, entrou para a lista de best sellers do The New York Times. Dentre as peças de Eve estão: THE TREATMENT, NECESSARY TARGETS, CONVICTION, LEMONADE, THE DEPOT, FLOATING RHODA AND THE GLUE MAN and EXTRAORDINARY MEASURES.

Eve escreveu inúmeros artigos para Glamour Magazine, The Guardian, Marie Claire, Huffington Post, Washington Post, Utne Reader, e assina regularmente uma coluna na O Magazine, de Oprah Winfrey.

Dentre as várias conquistas, destacam-se um prêmio da Fundação Guggenheim e um “Obie Award”, um dos mais importantes prêmios de teatro de Nova Iorque. Em novembro de 2009, Eve foi eleita uma das “Melhores Líderes” pela US News & World Report’s, em conjunto com o Centro para Liderança Pública da Harvard Kennedy School, e, em 2010, ela entrou para o ranking das “125 Mulheres Que Mudaram Nosso Mundo”, segundo a Good Housekeeping Magazine.

Inspirada por Os Monólogos da Vagina, Eve criou o “V-DAY”, um movimento feminista global para acabar com a violência contra as mulheres e jovens meninas, incluindo estupro, agressão física, incesto, mutilação genital feminina, exploração sexual, etc. O “V-DAY” existe por uma única razão, a de acabar com a violência contra as mulheres.

MAXIMILIANA REIS Iniciou profissionalmente como atriz em 1983. Trabalhou e excursionou com a Cia. Arte Livre  por 9 países totalizando 320 cidades europeias conquistando 9 Festivais Internacionais. No Brasil obteve 06 premiações com o espetáculo “Draculinha” dentre eles: Melhor Atriz, Direção e espetáculo. Produziu e dirigiu os espetáculos: “Marly Emboaba”, “Draculinha, A Vida Acidentada de um Vampirinho”, “Vote no Draculão na próxima eleição”, “O Patinho Preto”, “Vampiros na Bloodway”, atuou como atriz em “Grease, o Musical". Dirigiu e atuou no Musical: "Planeta Sbrufs". Atuou por 04 anos em "Monólogos da Vagina" com direção de Miguel Falabella. Protagonizou por 04 anos  "Querido Mundo" de Miguel Falabella e Maria Carmem Barbosa com direção de Rubens Ewald Filho. Dirigiu : "7 é Demais"  com texto e atuação de Sônia Ferreira,"Não me acompanhe que eu não sou novela",  dirigiu também "Os Saltimbancos" pela Cia. Realce em 2006 e 2014. Viveu Tatiana Belinky no Musical "Um Punhado de Letras..." (Indicada para o prêmio FEMSA como atriz protagonista).  Em 2013 atuou em "Conexão Marilyn Monroe" com direção de Alexandre Reinecke.   Participou de "8 longa-metragem". Atuou na novela "Maria Esperança", foi COACHING de Cláudia Raia em Salve Jorge, participou da novela "Chiquititas" como  Leila -Assistente Social. Integrou o elenco da novela " CÚMPLICES DE UM RESGATE" como Berta. Dirigiu a peça teatral de Walter Jr “Coisa de Mulher”, Dirigiu também “SENHORITA K” de Biah Karfig. Dirigiu “Sem Limites” com Marcos Rossi, “Felicidade” com Maurício Patrocínio, dirigiu “Dois Santos e Dois nem Tanto” com Vampeta, César Sampaio e Flávio Prado.  É integrante e diretora de elenco de “Os Monólogos da Vagina” com direção de Miguel Falabella. Em 2018 dirigiu Menopausa, O Musical.

CACAU MELO  começou sua carreira na TV em 2004, no seriado Aprendendo a Empreender (Canal Futura). Em 2005, foi escolhida entre 300 jovens atrizes para participar da novela América (Rede Globo) e no ano seguinte foi convidada para o elenco de Amazônia - de Galvez a Chico Mendes, ambas de Glória Perez. Em 2007, passou pelo SBT, onde viveu na novela Amigas e Rivais sua primeira protagonista. No ano seguinte, voltou à Rede Globo a convite de Glória Perez e Marcos Schetman para dar vida à jovem sonhadora Deva, personagem amiga e confidente de Maya (Juliana Paes) em Caminho das Índias, atualmente sendo reprisada no Vale a pena ver de novo. No mesmo ano, concluiu o curso de Licenciatura em Artes Cênicas pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, UNIRIO. No teatro, atuou nos espetáculos A.M.I.G.A.S - Associação das Mulheres Interessadas em Gargalhadas, Amor e Sexo, de Cláudia Mello, Gorda - Quanto Pesa o Amor, de Neil Labute - ao lado de Fabiana Karla - e em 2008, integrou a trinca de Os Monólogos da Vagina, com direção e adaptação de Miguel Falabella, peça há 15 anos em cartaz no Brasil. Ela retornou ao espetáculo na nova montagem em 2012, da qual ainda faz parte do elenco. Em 2010, assinou longo contrato com a Record, estreando na minissérie Rei Davi em 2012, além de participar de outras produções da casa. Seu último trabalho na emissora foi o telefilme "Onde está você?", produzido pela Gullane Filmes e exibido pela emissora. Participou na série "Não vem que não tem" canal Fox, fez participação na novela Apocalipse na Record.

SÔNIA FERREIRA - Atriz, locutora e produtora. Atualmente está no espetáculo, “Os Monólogos da Vagina”, de Eve Ensler, direção de Miguel Falabella, e também no filme longa, “A Moça do Calendário”, direção de Helena Ignês, nas séries, “Carcereiros”, na TV Globo, de Dráuzio Varela, com roteiro adaptado de Marçal Aquino e Fernando Bonassi, direção de José Eduardo Belmonte e Fernando Gronstein, e “A Lei”, no canal Space, direção de Tomas Portella e Adrian Caetano. Também participou da novela, “Cúmplices de um Resgate”, no SBT. Estrou profissionalmente como atriz em 1992 no espetáculo infantil, “Draculinha, A Vida Acidenta, de um Vampirinho”, com direção de Maximiliana Reis, posteriormente atuou em diversas peças teatrais, entre elas; “Desperta-me Deseja-me”, direção de Valderez Cardoso Gomes; “Risos.com”, direção de Carlos Falat; “Risoterapia” de Nilton Rodrigues. É autora, atriz e produtora da peça “Sete é Demais”, onde interpreta sete mulheres, com direção de Maximiliana Reis. Também em cinema fez oito curtas, entre eles; “Suriname Gold”, de Paulo Henrique Testolini, “casa dos Filósofos” de Bruna Oliveira, e mais dois longas, “Morracom”, de Valter Lopes e “Tônica Dominante, de Lina Chamye. Na TV também participou das séries “Meu Cunhado”, no SBT, “Páginas da vida”, na TV Record e a novela “Felicidade Existe”, também na TV Record. Apresentou o programa “Revista” na Direct TV. Trabalhou como radioatriz em nove novelas da rádio Aleluia. Dublou nos estúdios da Álamo, Marshmallow e Dubla Vídeo, fiz filmes publicitários, sendo o último, “Seguro de vida da Caixa Seguradora”.

REBECA REIS - Atriz, cantora e produtora de eventos por formação, começou profissionalmente nos palcos aos 7 anos em “A Patolândia”, atuou também nos espetáculos “O Pequeno Polegar”, “Planeta Sbrufs”, “Um punhado de Letras para Enfeitar os Cabelos de Tati”, pelo qual foi indicada ao prêmio FEMSA como melhor atriz revelação e “O Mágico de Oz” ambos com direção de Rony Guilherme ,“Chapeuzinho Vermelho e o Lobo” direção de Sebastião Apolônio, “A Bela e a Fera” direção de Alexandre Biondi, “O Sonho de um Natal Branco” com a Cia. Broadway Brasil e “Legally Blonde” espetáculo inteiramente em inglês dirigido por Jefferson Ventura. Em 2008, se formou no curso Emílio Fontana de Teatro, TV e Cinema onde dá aulas de teatro atualmente para crianças de 6 à 17 anos. Teve aulas de Cinema e TV na Escola de Atores Wolf Maya, além de ter participado de workshops de interpretação com Marcelo Zambelli e Luciano Sabino. Foi dirigida por Rogério Matias, dentro do Colégio Ábaco onde completou seu ensino médio e lá integrou o elenco de diversos espetáculos musicais, como “Grease”,“A Pequena Sereia” como Úrsula, “Sally Collins- Uma babá quase perfeita”, como Sally e “MisteriOz- A história não contada das bruxas de Oz”, como Debora, a Bruxa do Oeste. Atuou no longa-metragem “Porto das Monções” de Vicentini Gomes e no curta-metragem “SP//Saúde Privada” que também assina o roteiro, a direção artística e produção executiva. Fez uma participação especial no segundo capítulo da novela “Boogie Oogie” exibida na Rede Globo. Dentre seus trabalhos mais recentes, destacam-se o espetáculo adulto “Mãe de Dois” em que atuou ao lado de Flávia Monteiro com direção de Luiz Antônio Pillar; o musical “Meninos e Meninas” ganhador do prêmio Jovem Brasileiro de Melhor Espetáculo em 2016 e a novela Cúmplices de um Resgate como Beatriz, no SBT. Como produtora cultural, trabalha como Coordenadora de Eventos no Teatro Gazeta desde 2014. Atualmente gravando o seriado da  TV Globo “HEBE” como irmã de Hebe.

Trechos do espetáculo


SERVIÇO:
OS MONÓLOGOS DA VAGINA
Texto: Eve Ensler
Direção de Atrizes: Maximiliana Reis
Adaptação, Concepção e Direção: Miguel Falabella
Elenco: Maximiliana Reis, Cacau Melo, Sônia Ferreira e Rebeca Reis
Temporada:
Setembro: sessões aos sábados, às 20h e domingos, às 18h.
Outubro:
De 1º a 27 de outubro, as mulheres pagam meia entrada
05/out - Sábado - 18h
06/out - Domingo - 20h
11 e 18/out - sextas - 21h
12,19,26/out - Sábados - 20h
13 e 27/out - Domingos - 18h
Duração: 90 minutos
Classificação etária: 12 anos
Preço: R$ 80,00 inteira e R$ 40,00 estudantes, aposentados e idosos

TEATRO GAZETA. 700 lugares
Avenida Paulista, 900 – Térreo – Metrô Trianon Masp
Bilheteria: (11) 3253.4102
Vendas Online: teatrogazeta.com.br e sympla.com.br/teatrogazeta
A Bilheteria abre de terça a domingo, a partir das 14h até 20h ou  horário do espetáculo.
Grupos e caravanas: rmbrasileventos@uol.com.br
(11) 99286.5010

Convênio com estacionamento Multipark – Rua São Carlos do Pinhal 303

REALIZAÇÃO: R&M BRASIL PRODUÇÕES ARTÍSTICAS

.: Resumo do 349º ao 353º capítulo de "As Aventuras de Poliana", do SBT

As Aventuras de Poliana
Resumo dos Capítulos 349 a 353 (16 a 20.09)


Capítulo 349, segunda-feira, 16 de setembro

Após a delação de Waldisney, Falcão é capturado pela polícia. Foto: Bruno Correa / SBT

A mãe de Mirela faz uma live da menina limpando o chiqueiro do sítio. Raquel decide dar uma festa na casa de sua tia Luisa e começa a convidar seus amigos. Débora e Nadine articulam suas estratégias contra o CLP e Afonso estranha ao ver as duas juntas. Serena é apresentada a Bento como uma amiga de Ruth. Na delegacia, Waldisney delata Falcão e pede ajuda a Pendleton para ser liberado. Jeff pede que Poliana a ajude a encontrar o pen drive de seu pai. Os convidados da festa de Raquel começam a chegar na casa de Luisa. A live de Mirela bomba na internet e a menina fica empolgada. Mesmo sem ter sido convidado, Guilherme aparece na festa de Raquel.  Luisa e Durval chegam em casa e ficam furiosos com a festa. Jeff finalmente encontra o pen drive de seu pai. Mário conta ao seu irmão sobre a misteriosa menina que conheceu no Vetherna. Guilherme admite a Raquel que está com ciúmes da menina. Luisa e Durval tem uma séria conversa com Poliana, Lorena e Raquel sobre a situação financeira da família. Ansioso para ver o conteúdo do pen drive,  Jeff se depara com um imprevisto. Após a delação de Waldisney, Falcão é capturado pela polícia.


Capítulo 350, terça-feira, 17 de setembro

Luigi faz uma sessão de cinema com seus amigos para exibir sua produção amadora. Foto: Bruno Correa / SBT

Luisa expõe sua situação financeira para Marcelo. Chega o dia do casamento de Débora e Afonso. A notícia da prisão de Falcão se espalha. Presos na mesma cela, Rato e Falcão brigam entre si. Marcelo oferece ajuda financeira para Luisa. Ao entrar na igreja, Débora surpreende a todos com uma atitude inesperada. As crianças do Clubinho acreditam que a menina que viram na casa de Pendleton é uma fantasma e tentam se comunicar com ela. Luigi faz uma sessão de cinema com seus amigos para exibir sua produção amadora. Após o sucesso da primeira live, Mirela decide fazer mais transmissões mostrando sua rotina no sítio. Marcelo decide dar o próximo passo em sua relação com Luisa, e a pede em casamento. Durante uma discussão, João acaba contando para Bento que Ruth não é sua verdadeira tia e o menino vai confrontar a tia.


Capítulo 351, quarta-feira, 18 de setembro

Ruth conta a verdade a Bento, diz que o menino não é seu verdadeiro sobrinho e que Serena é sua avó. Foto:  Lourival Ribeiro / SBT

As crianças do Clubinho pedem para João deixar Feijão ajuda-los numa missão. Ruth conta a verdade a Bento, diz que o menino não é seu verdadeiro sobrinho e que Serena é sua avó. Poliana e João voltam a casa de Pendleton para tirar mais algumas dúvidas. Luisa e Marcelo ficam noivos. Disfarçado, Zóio vai visitar Falcão na delegacia e o entrega uma lâmina. Guilherme se confunde durante o encontro com Carla e acaba chamando a menina de Raquel. Filipa mostra Sara para suas amigas. As crianças do Clubinho se infiltram no túnel secreto da casa de Pendleton e conseguem conversar um pouco com Ester. Branca incentiva Vini a investir em Mirela. Guilherme flagra Jerry em um encontro com outra garota. Pendleton encontra as crianças bisbilhotando sua casa e conta o ocorrido aos seus pais. Serena e Ruth decidem que Bento deve escolher com quem quer ficar. Afonso pede perdão a Sophie por ter a abandonado no altar. Guilherme conta o que viu para Raquel e pede para a menina tomar cuidado com Jerry. Sem ter para onde ir, Débora pede para voltar a morar na casa de Verônica. Poliana e João vão visitar Bento, mas Ruth não encontra o menino em sua casa.


Capítulo 352, quinta-feira, 19 de setembro



Jerry presenteia Raquel com ingressos para o show de sua banda preferida. Foto: Ze Paulo Cardeal / SBT

Bento pede para passar a noite na casa de Gleyce. Débora chantageia Roger e o obriga a deixá-la morar em sua casa, mesmo contra a contra a vontade de sua família. Vini conta a Guilherme e Jeff que Branca o incentivou a ir atrás de Mirela. Jerry presenteia Raquel com ingressos para o show de sua banda preferida. Intrigados com a voz que ouviram na casa de OTTO, o Clubinho insiste em sua investigação. Ruth vai à casa de Gleyce para resolver sua situação com Bento. Filipa tenta incomodar Débora durante sua permanência em sua casa. Rato é liberado pela polícia e decide se vingar de Marcelo. João faz as pazes com Bento. Luisa pensa em vender as joias de sua mãe para ajudar a quitar sua dívida. Zóio e Mosquito riscam o carro de Marcelo. Waldisney procura a pessoa responsável por tê-lo tirado da cadeia. Bento perdoa Ruth e decide ficar com ela. Pendleton intima Waldisney para uma conversa.


Capítulo 353, sexta-feira, 20 de setembro

Serena conta a história de sua família a Bento e mostra ao garoto uma foto de sua mãe. Foto: Lourival Ribeiro /SBT

O clipe de "Lindão" é lançado oficialmente. Débora, Nadine e Roger arquitetam um plano para desviar dinheiro do CLP. Pendleton conta que foi o responsável por soltar Waldisney, e pede alguns favores em troca. Luisa aceita a oferta de emprego de Durval e passa a cuidar das finanças da padaria. Os desenvolvedores da "Escola dos Sonhos" são convidados para acompanhar o andamento do projeto na O11O. Serena conta a história de sua família a Bento e mostra ao garoto uma foto de sua mãe. Luca e Vini aparecem de surpresa no sítio de Mirela atrás da menina. Pendleton procura Glória e diz que precisam conversar sobre um acordo misterioso. Afonso fica depressivo após o término com Débora. Iure se incomoda com a força de Sophie. O  videoclipe de Lindomar passa a ser criticado devido a participação de Falcão. Marcelo e Luisa contam sobre o noivado para Glória. O pai de Mirela propõe uma disputa entre Vini e Luca e o vencedor terá permissão para namorar sua filha. Durval conta a Afonso que Luisa ficou noiva de Marcelo.

“As Aventuras de Poliana” é exibida de segunda a sexta às 20h50 no SBT. Site oficial: sbt.com.br/novelas/as-aventuras-de-poliana


.: "Criatura, Uma Autópsia", de Bruna Longo, tem sessões extras em SP

O espetáculo é uma fricção entre o romance "Frankenstein, ou O Prometeu Moderno" e a vida de sua autora Mary Wollstonecraft Godwin (Shelley)


"Como eu, então uma menina, pude pensar e me debruçar sobre ideia tão terrível?" 
Mary Shelley na introdução da edição de 1831 de "Frankenstein, ou O Prometeu Moderno"

"Criatura, Uma Autópsia" é um espetáculo solo de Bruna Longo, fruto de dois anos de pesquisas dentro e fora da sala de ensaio.  Após uma linda temporada de estreia na Oficina Cultural Oswald de Andrade, de 9 a 31 de agosto, volta com quarto sessões extras nos dias 20 e 21 de setembro. 

Em 2013, a atriz lê "Frankenstein, ou O Prometeu Moderno", pela primeira vez. Assombrada pela absoluta solidão da criatura, o romance vira uma fonte de interesse que visita de tempos em tempos. Até a decisão, em 2016, de embarcar em uma adaptação da obra para o palco, a princípio um solo sob o ponto de vista da criatura. Mas os caminhos da pesquisa são frequentemente misteriosos. Por vezes busca-se algo e outra coisa nos encontra. Ao tentar falar da criatura cada ação, cada palavra, cada dor encontrava Mary Wollstonecraft Godwin (mais tarde Shelley), a jovem que escrevera o livro. Sua história se impunha através da narrativa que ela mesma escreveu. 

O trabalho em sala de ensaio inicia-se em fevereiro de 2018, com a colaboração da diretora Larissa Matheus. A dramaturgia física é criada tendo como base duas narrativas: a do romance e a da vida de Mary Shelley, buscando os pontos de fricção. Em junho de 2018, já em meio aos ensaios, um convite surpreendente acontece. Em contato com a Universidade de Oxford sobre documentos originais de Mary Shelley e sua família, Bruna Longo foi convidada pela Bodleian Libraries e o curador do acervo especial Stephen Hebron a acesso total aos diários, cartas e manuscritos originais, reservado geralmente apenas a acadêmicos ligados a grandes centros de pesquisa. 

Com a decisão tomada de aceitar o convite, foi à Inglaterra e visitou todos os lugares relevantes à vida de Mary Shelley em Londres e Bournemouth (onde está o túmulo da família). Além disso teve acesso a outros documentos na British Library. Voltando à sala de ensaio, chega-se à versão final da dramaturgia que agora vem à publico em aberturas de processo. Dois anos depois do início da pesquisa, o espetáculo que nunca se propôs uma biografia da criatura ou tampouco da autora, tornou-se uma autopsia de um romance, de uma personagem revelando as entranhas, artérias, musculatura de dores pessoais e universais. 

Este espetáculo foi produzido sem nenhum patrocínio ou edital. Para a plena realização da temporada, também financiada de forma independente, foi aberto um financiamento coletivo através do site:  https://www.kickante.com.br/campanhas/temporada-estreia-criatura-uma-autopsia

Temporada
Dias 20 e 21 de setembro de 2019. Sextas, às 20h. Sábados, às 18h.
Oficina Cultural Oswald de Andrade. Rua Três Rios,  363 - Bom Retiro, São Paulo.
Gratuito.

Ficha Técnica
Concepção: Bruna Longo
Assistentes: Giovanna Borges e Letícia Esposito
Dramaturgia: Bruna Longo com colaboração de Larissa Matheus
Cenário: Bruna Longo, Larissa Matheus e Kleber Montanheiro
Cinotécnica: Evas Carreteiro e Nani Brisque
Figurinos: Bruna Longo e Kleber Montanheiro
Objetos: Bruna Longo com colaboração de Larissa Matheus
Desenho de luz: Rodrigo Silbat
Trilha: Bruna Longo
Colaboração de edição de trilha: Lino Colantoni
Colaborador de interpretação textual: Mateus Monteiro
Colaborador de direção de arte: Victor Grizzo
Colaboradora de música: Anna Toledo 
Operação de som: Giovanna Borges / Leticia Esposito
Operação de luz: Rodrigo Silbat / Giovanna Borges. 
Fotos: Guilherme Correa (arte oficial) / Danilo Apoena (espetáculo)

Bruna Longo
Atriz, pesquisadora corporal, dramaturga. Mestre em Movement Studies pela Royal Central School of Speech and Drama – University of London, Reino Unido, 2010. Entre seus trabalhos mais recentes como atriz estão: Os 3 Mundos, com direção de Nelson Baskerville, no Teatro Popular do SESI (2018); Um Dez Cem Mil Inimigos do Povo, de Cassio Pires sobre texto de Henrik Ibsen. Direção: Kleber Montanheiro (2016); Ópera do Malandro, de Chico Buarque de Hollanda. Direção: Kleber Montanheiro (2014/15); Crônicas de Cavaleiros e Dragões, de Paulo Rogério Lopes. Direção: Kleber Montanheiro. Teatro Popular do SESI (2013); Kabarett, direção: Kleber Montanheiro (2012/14); Cabeça de Papelão, de Ana Roxo sobre conto de João do Rio. Direção: Kleber Montanheiro. Prêmio de Melhor Atriz no Festival de Teatro de Taubaté em 2013 (2012/16); Cada Qual no Seu Barril, dramaturgia corporal de Bruna Longo e Daniela Flor. Direção: de Kleber Montanheiro. Indicada como melhor atriz ao prêmio FEMSA de Teatro Infantil e Jovem em 2012 (2011/2018); Carnavalha, de Bruna Longo. Direção: Kleber Montanheiro (2011); The Marriage of Medea. Direção: Eugenio Barba. Holstebro, Dinamarca (2008); Landrus & Cassia, escrito e dirigido por Brian O’Connor. Virginia, EUA (2007); Shentai – The Circus Must Go On. Direção: Martha Mendenhall. Virginia, EUA (2007); Ur-Hamlet. Direção: Eugenio Barba. Ravenna, Itália – Helsingør, Dinamarca - Holstebro, Dinamarca - Wroclaw, Polônia (2006/09). É também preparadora corporal e diretora de movimento, tendo trabalhado em projetos na Europa, Brasil e Estados Unidos.

.: "Cada Qual no Seu Barril" reestreia oito anos depois para curta temporada

Oito anos após sua estreia, "Cada Qual no Seu Barril" volta a São Paulo para três únicas apresentações

"Cada Qual no Seu Barril" nasceu em 2011 do desejo da criação de um espetáculo infanto‐juvenil utilizando técnicas provenientes do teatro físico. Após oito anos de sua estréia, e contando com 209 apresentações em mais de 40 cidades em seu currículo, o espetáculo volta a São Paulo para três únicas apresentações no mês das crianças.

Este espetáculo é resultado de uma proposta diferenciada de criação de espetáculos infanto-juvenis: A dramaturgia foi desenvolvida inteiramente a partir de improvisações físicas. O espetáculo não possui texto falado, mas uma dramaturgia corporal cuja linguagem é inspirada nos grandes personagens de desenho animado e nos clássicos filmes de cinema mudo, utilizando técnicas de composição derivadas da Mímica Corporal Dramática, Antropologia Teatral, dança e esquetes de palhaço. 

O diretor Kleber Montanheiro, com vasta experiência como palhaço, tendo sido membro do projeto de humanização hospitalar Doutores da Alegria por dez anos, imprimiu este treinamento à direção do espetáculo. Livremente inspirado no livro de Ruth Rocha, Dois Idiotas Sentados Cada qual no seu Barril, a temática de "Cada Qual no Seu Barril" é também diferenciada: o espetáculo discute a intolerância, um dos temas mais caros de nossos tempos. 

Em uma época de ignorância, as guerras, a banalização da violência e a negação / incompreensão daquilo que é diferente (etnia, condição social, religião e sexualidade, evidentes nas manchetes dos jornais) são realidades às quais as crianças estão constantemente sendo expostas. Tratar desses temas de forma bem-humorada e utilizando a fisicalidade dos cartoons permite estabelecer diálogo direto com o público infantil: a linguagem não-verbal não depende da linearidade aristotélica, se aproximando da brincadeira de faz de conta.

Inspirado em famosos personagens de desenhos animados e utilizando o teatro físico como linguagem, "Cada Qual no Seu Barril" conta a história de Igor e Vladimir, dois náufragos em uma ilha deserta tendo que dividir um mesmo espaço. A intransigência faz essa relação virar uma divertida batalha de egos, com um final inesperado.



Histórico do espetáculo 
"Cada Qual no Seu Barril" estreou no Espaço da Cia. da Revista, sede da Cia. da Revista localizada na Praça Roosevelt, em São Paulo, no dia 18 de junho de 2011, permanecendo em cartaz até 23 de outubro, aos sábados e domingos. Reestreou no] Teatro Folha, também em São Paulo, capital, no dia 5 de novembro, cumprindo temporada até 18 de dezembro, aos sábados e domingos.

Foi levado ainda à cidade de Araras, no interior do estado, onde foi apresentado no Teatro Estadual de Araras “Maestro Francisco Paulo Russo”, a 10 de julho de 2011 e novamente em 1º de setembro de 2013. Outras apresentações aconteceram no Clube Paineiras do Morumby (em 29 de outubro de 2011) e Biblioteca Monteiro Lobato (no dia 11 de novembro de 2011). O espetáculo fez parte, de março a maio de 2012, do projeto Escola em Cena do SESC Santo André, realizando 26 apresentações para alunos de diversas escolas da região. Também cumpriu 4 espetáculos para o público em geral na mesma unidade do SESC, em abril e maio.

Cada Qual no Seu Barril participou da primeira temporada de 2012 da Viagem Teatral Sesi, realizando apresentações nas cidades: Araraquara, Birigui, Campinas, Franca, Itapetininga, Marília, Mauá, Osasco, Piracicaba, Ribeirão Preto, Rio Claro, Santo André, Santos, São Bernardo do Campo, São José do Rio Preto, São José dos Campos e Sorocaba, de março a julho de 2012.

Cumpriu temporada no SESC Ipiranga de 07 de setembro a 21 de outubro de 2012, aos domingos e feriados. Participou do projeto FDE – Fundação para o Desenvolvimento da Educação no SESC Santo Amaro, em abril de 2013, realizando 08 apresentações. Participou dos seguintes festivais: 54o FESTA (Festival de Teatro de Santos / SP - Teatro Guarany – 15/04/2012), 16o FENATIB (Festival Nacional de Teatro Infantil de Blumenau / SC – 29/08/2012), XX FENTEPP (Festival Nacional de Teatro de Presidente Prudente / SP – 11/09/2013), 22a Mostra Monte Azul de Teatro (São Paulo / SP – 18/07/2014), 4º Festival de Teatro de Ibira – FESTIB (24/06/2015).

Em 2014 realizou três apresentações na Fábrica de Cultura Parque Belém, em fevereiro e março; cumpriu temporada no Teatro Leopoldo Fróes, em São Paulo, realizando um total de 10 apresentações, em maio; realizou quatro apresentações, em outubro, no Armazém cultural SP; e realizou apresentações nos Teatros Zanoni Ferrite e Martins Penna, em novembro. Em 2015, cumpriu temporada de dois meses no Armazém Cultural SP (São Paulo, Capital) e participou da Mostra Busoni de Artes, São Caetano do Sul, com uma apresentação. 

Além disso realizou diversas apresentações em teatros distritais e bibliotecas públicas de São Paulo como parte do Circuito SP Cultura da Secretaria de Cultura. Em maio de 2016 participou da Viradinha Cultural, no CEU Jaçanã, organizada pela Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo. Em 2017 realizou apresentações no SESC Osasco, no Espaço Cia da Revista e no projeto Diversão em Cena em Piracicaba. 2018 começou com a participação no Festival Janeiro para Criança é o Maior Barato organizado pela Cia. Fábrica de Sonhos, em São José do Rio Preto. Em abril sai em turnê pelo interior do estado com o Circuito SESC de Artes, visitando: Lins, Penápolis, Araçatuba, Guaratinguetá, Tremembé, Pindamonhangaba Suzano, Mogi das Cruzes e Rio Grande da Serra. Ainda em 2018 foi apresentado em 9 bibilotecas públicas da cidade de São Paulo, cumpriu temporada no Teatro Cacilda Becker e foi levado à Iracemópolis e ao SESC São José dos Campos.

"Cada Qual no Seu Barril" foi indicado a 6 prêmios Coca-Cola FEMSA, nas categorias: cenografia, figurino e trilha sonora para Kleber Montanheiro, melhor atriz para Bruna Longo, melhor espetáculo infantil e na Categoria Especial pela adaptação da linguagem de desenho animado para o teatro.

Ficha Técnica
"Cada Qual no Seu Barril" 
Elenco, concepção e dramaturgia corporal: Bruna Longo e Daniela Flor.
Direção, figurinos e iluminação: Kleber Montanheiro.
Assistência de direção e responsável técnica: Luiza Torres.
Criação e confecção de objetos cênicos: Ricardo Costa, Beatriz Nogueira e Adriana Michalski. Produção executiva: Bruna Longo

Duração: 45 minutos.
Gênero: comédia.
Classificação: livre.
Faixa etária recomendada: maiores de 5 anos
Tema e conteúdo: guerras, conflitos.

Serviço
Domingos, 6, 13 e 20 de outubro, às 16h.
Teatro Irene Ravache, da Oficina de Atores Nilton Travesso. 
Rua Capote Valente, 667, Pinheiros.
Lotação: 50 lugares.
Ingressos: 30 reais, com direito à meia entrada.



.: "Sukata o Musical" em últimas apresentações no Teatro West Plaza

Todos os domingos de setembro, o Teatro West Plaza recebe o espetáculo infantojuvenil "Sukata o Musical". Restam apenas duas apresentações e o público não pode perder as aventuras de Suzana, Katarina e Tânia que, unidas por um sonho e em busca de  um mundo melhor começam um trabalho de reciclagem. 

Música, dança e muito conhecimento marcam uma aventura repleta de desafios. "Sukata o Musical", teve a sua estreia domingo dia 1º de setembro e fica em cartaz até o próximo dia 29 no Teatro do Shopping West Plaza. As apresentações acontecem todos os domingos, às 15h.

Serviço:
"Sukata o Musical"
Gênero: musical infantojuvenil 
Duração: 60 minutos
Classificação livre
Local: Teatro Shopping West PlazaSala Nicete Bruno 
Datas: 22 e 29 de setembro
Horário: 15h
Endereço: Av. Francisco Matarazzo, s/n.º - Água Branca, São Paulo

Ficha Técnica
Direção geral, dramaturgia e canções : Alexia Annes
Direção musical e arranjos: Dan Ricca
Coreografia: Regina Lino
Preparação vocal: Matheus Noquelli
Assistente de produção: Ana Lívia Kanno
Elenco: Amanda Matos, Bruna Story, Gabriela Silveira, Gabriele Annes, Isabelly Billota, Isack Paulino, Júlia Domingues, Luana Rodrigues, Madu Almeida, Marina Ginesta, Paloma Gomes, Raphaella Paes, Renan Wender
Ingressos: R$ 60 e R$ 30 (meia-entrada)





.: "Um Certo Canto Brasileiro", de Anselmo Zolla, com a Studio3

Após o sucesso absoluto no MASP Auditório, o espetáculo faz única apresentação, dia 20 de setembro, no mesmo local, com ingressos a
preços populares

A Studio3 Cia. de Dança, companhia brasileira de dança que tem representado o país no mundo todo em eventos significativos no cenário da dança, em cidades como Milão, na Itália, Paris, Lyon e Biarritz, na França, Regensburg, na Alemanha, Lisboa e Porto, em Portugal, e também nos palcos do Brasil, reestreia o espetáculo "Um Certo Canto Brasileiro", de Anselmo Zolla, em mais uma parceria com o MASP.

O público irá "viajar" no tempo e no espaço com "Um Certo Canto Brasileiro" e se identificar de imediato com as músicas, dos anos 30 aos 80, que marcaram várias épocas e gerações. O idealizador do espetáculo, Anselmo Zolla, e o diretor musical, Felipe Venancio, apresentam canções populares brasileiras, atemporais e imortalizadas por suas letras e interpretações. 

A vida da gente é um filme repleto de lembranças em que a música faz a nossa trilha. Através da dança e do som, a plateia irá se emocionar com as pérolas brasileiras que foram resgatadas. As coreografias muito entrosadas com a música faz com que os espectadores sintam vontade de dançar e fazer parte da montagem. É um universo muito nosso, rico, que vai trazer à tona uma memória afetiva.

No palco estão presentes as vozes únicas de Caetano Veloso, Tim Maia, Maysa Matarazzo, Chico Buarque, Roberto Carlos, Bethânia, Cartola, Elizeth Cardoso, Angela Maria, Jamelão, Milton Nascimento, Tom e Elis. É um reencontro com os grandes cantores.

Outro destaque do espetáculo é o belo cenário todo feito em papelão ondulado produzido pela Klabin, assinado por Antônio S. Lemes. Se vivemos num mundo onde nos preocupamos com o meio ambiente e a reciclagem dos objetos, é necessário que o espaço cênico das grandes montagens acompanhe esse tendência ecológica.

Sobre a Studio3 Cia. de Dança
A criação da Studio3 Cia. de Dança representa a consolidação de um trabalho artístico cuidadosamente preparado pelo seu coreógrafo e diretor artístico Anselmo Zolla, sob a direção geral de Evelyn Baruque. Criada em 2005, a companhia hoje conta com 18 intérpretes em seu elenco, provenientes de diversas formações e origens profissionais.



Sobre Anselmo Zolla
Anselmo Zolla atuou como bailarino nos teatros alemães de Kaiserslautern e Wiesbaden. No exterior, onde permaneceu por oito anos, ele criou obras para as companhias Azet Dance Company, Teatro de Heidelberg, Teatro de Mannheim e Teatro de Kaiserslautern. No Brasil, trabalhou ao lado de Deborah Colker e também no Balé da Cidade de São Paulo e na Quasar Cia. de Dança. Atualmente é diretor artístico da Studio3 Cia. de Dança.

Ficha Técnica
"Um Certo Canto Brasileiro"
Com a Studio3 Cia. de Dança e a bailarina Vera Lafer
Ideia e direção coreográfica: Anselmo Zolla
Coreógrafia: Anselmo Zolla e elenco de intérpretes criadores
Ensaiador e assistente de coreografia: Gustavo Lopes
Direção Musical: Felipe Venancio
Cenografia: Móveis em papelão ondulado – Antônio S. Lemes/ Klabin Embalagens
Desenho de Luz: Joyce Drummond
Relações Públicas/ Convidados: Liège Monteiro e Luiz Fernando Coutinho
Assessoria de imprensa: Liège Monteiro e Luiz Fernando Coutinho

Serviço
"Um Certo Canto Brasileiro"
Local: MASP Auditório
Endereço: Av. Paulista, nº 1578, Cerqueira César, São Paulo, SP
Data e horário: sexta-feira, 20 de setembro, às 20h
Ingressos: R$ 40 e R$ 20 (meia-entrada)

Venda pela Internet:
https://masp.byinti.com/#/ticket/eventInformation/7EWAQyBfwWzXd-O4KCnD
Telefone: (11) 3149-5959
Horário da bilheteria: terça a domingo, das 10h às 17h30. Quinta-feira, das 10h às 19h30.
Em dias de espetáculo, a bilheteria funcionará até o horário de início da apresentação.
Cartões: todos
Estação de metrô próxima: Trianon-Masp
Indicação etária: livre
Duração: 60 minutos
Capacidade de público por sessão: 374 pessoas
Crédito das fotos: Renan Livi

.: Primavera Editorial lança "Uma Mulher Não É Um Homem", de Etaf Rum


Primeiro romance de Etaf Rum, "Uma Mulher não É Um Homem" aborda a devastadora estrutura doméstica e a opressão das mulheres na cultura palestina. A autora, norte-americana de origem árabe, toma por base as próprias experiências para construir uma história multigeracional sobre a realidade feminina dentro de uma estrutura patriarcal. 

A narrativa traz, ainda, a jornada de uma jovem mulher que desafia o caminho limitado legado a gerações para reivindicar uma existência traçada com base em sua própria vontade. O best-seller do New York Times, lançado no Brasil pela Primavera Editorial, foi publicado originalmente nos Estados Unidos pela HarperCollins.

“Você nunca ouviu essa história antes. Não importa quantos livros tenha lido, quantas histórias conheça, pode acreditar: ninguém nunca contou uma história assim. Lá de onde eu venho, nós guardamos essas histórias conosco. Contá-las para alguém de fora é inédito, perigoso e a maior das desonras.” A frase, uma das primeiras do livro, revela o tom do romance Etaf Rum, que examina três gerações de mulheres de origem palestina, residindo nos Estados Unidos, em uma saga familiar multigeracional. 

Centrado nas mulheres de três gerações - Deya, Isra e Fareeda -, o romance mergulha nos papeis e expectativas dessas mulheres que vivem em Nova York, no Brooklyn, mostrando como as ideias tradicionais e o feminismo moderno se entrelaçam, iluminando os desafios que imigrantes de primeira e segunda geração enfrentam.

O título é inspirado em uma frase misógina ouvida, repetidamente, por Etaf Rum. Proferida por familiares mais velhos, o dito surgia sempre que ela expressava o desejo de fazer as próprias escolhas; sempre quando se rebelava contra as diretrizes sociais da comunidade palestina. As personagens femininas, mesmo nos Estados Unidos, não contam com liberdade; o então sonho americano passa a ser realizado apenas pelos homens. 

O romance traz a perspectiva feminina, mostrando como a imigração para a América do Norte afeta essas mulheres. “Um dado importante é que não se refere à religião, mas à cultura patriarcal que leva estruturas de poder abusivas para dentro do casamento e da estrutura familiar. Essa distinção é importante para que a obra, em tempos de preconceito contra o Islamismo, não seja usada para reafirmar noções erradas”, afirma Lu Magalhães, presidente da Primavera Editorial.

Em entrevista, Etaf Rum – que se considera uma mulher mulçumana – comenta que teve receio em abordar o tema, porque sabe o quanto é um tabu na comunidade palestina; ressalta que esse, inclusive, é um desafio que as escritoras árabes frequentemente enfrentam. “Com esse romance, espero transmitir aos leitores, especialmente os que cresceram em circunstâncias semelhantes à narrativa e que foram ensinados que a vida das mulheres é mais limitada que a dos homens; quero reafirmar que essas são crenças tóxicas. Espero que as mulheres reconheçam e possam se libertar”, afirma. 

Ela acrescenta que, no início da trajetória como escritora, se censurava com medo de violar o código de silêncio da própria comunidade, fazendo-os parecer maldosos ou confirmando estereótipos. “Mas, o romance resultou em uma história empolgante, cuja prioridade era falar em nome de mulheres sem voz; falar que podem relatar as próprias histórias mesmo as mais desconfortáveis”, revela.

Na obra, Fareeda - avó e matriarca da família - está obcecada em manter a reputação da família após uma falha perigosa; Isra, a nora humilde e mãe de Deya, está presa em um casamento com um marido abusivo; a filha adolescente passa os dias tentando descobrir como obter uma educação, enquanto enfrenta reuniões familiares com pretendentes para um entrar em um casamento arranjado. Embora entrelaçadas na mesma narrativa, as três perspectivas mostram como diferentes gerações negociam o poder nas sociedades patriarcais.



Trechos do livro

Página 9
“(...) Nasci sem voz num dia frio e nublado no Brooklyn, em Nova York. Ninguém falava do que eu tinha. Só fui saber que era muda anos depois, quando abri a boca para dizer o que eu queria e percebi que ninguém podia me ouvir. Lá de onde eu venho, a falta de voz é parte do meu gênero, tão normal quanto os seios no tórax de uma mulher, e tão necessária quanto as gerações futuras que crescem dentro de seu ventre. Mas isso nunca será explícito, claro.”

Página 34
“(...) Deya lembrou-se do último pretendente que também havia retirado o pedido de casamento. Ele dissera aos avós que ela era muito insolente, muito questionadora, e que isso não era muito árabe. Mas o que os avós esperavam vindo para esse país?”

Página 109
“(...) Foi Fareeda que tivera a ideia de Isra não amamentar Deya. A amamentação impede a gravidez, e Adam queria um menino. Isra obedeceu sem resistir, misturando fórmula infantil nas mamadeiras sobre a pia da cozinha na esperança de reconquistar Fareeda.”

.: "Persona em Foco" terá Walcyr Carrasco, autor de "A Dona do Pedaço"


Na sexta-feira, dia 20 de setembro, o programa "Persona em Foco" presta homenagem a um dos principais autores da teledramaturgia brasileira: Walcyr Carrasco. Autor da atual novela das 21h na Rede Globo, "A Dona do Pedaço", ele é ganhador do Prêmio Emmy Internacional de 2016 pelo seriado "Verdades Secretas" e também é responsável por tramas que cativaram o espectador, como "Chocolate com Pimenta", "Xica da Silva" e "Alma Gêmea". 

No programa, Walcyr é entrevistado pelo ator Dionísio Neto e pela atriz Vera Mancini, que participaram de alguns de seus projetos para a televisão. Apresentado por Atílio Bari, o programa vai ao ar às 22h15, na TV Cultura e no aplicativo Cultura Digital.

domingo, 15 de setembro de 2019

.: Crítica de "Caros Ouvintes", espetáculo musical com resgate histórico


Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em setembro de 2019


"Caros Ouvintes", espetáculo com texto e direção de Otávio Martins, é sem dúvida um resgate da história do Brasil, embora seja o recorte de um dia dos anos de chumbo. Em cartaz no Teatro Renaissance, de sexta a domingo, até o dia 29 de setembro, a montagem faz uso do bom humor, enquanto também é engajada e crítica, sem pesar a temática.

Antes de presenciarmos o palco escuro, um foco de luz se acender e Leonor Praxedes (Carol Bezerra) fazer uma entrada triunfante, nos minutos que antecedem o ingresso para a sala do espetáculo, a publicação "Caros Ouvintes - A Revista da Radionovela Brasileira"distribuída gratuitamente, contextualiza os espectadores para o que virá na comédia musical

Na capa da revista, o casal Conceição Neves (Natália Rodrigues) e Jonas Santinho, estrelas da emocionante radionovela "Espelhos da Paixão", indicam o rumo da trama. Jovens e bonitos, os dois são promessa para a televisão, tendo ela adotado o nome de Suzana Pascoal. No recheio da publicação, páginas 8 e 9, em formato de fotonovela, o público descobre que grandes segredos estão prestes a serem revelados na radionovela.

Logo, o espetáculo ambientado numa rádio, tem seus funcionários apresentados: o produtor da radionovela Vicente Martinho (Dalton Vigh), o locutor Wilson Nelson (Eduardo Semerjian), o sonoplasta Eurico Boa Vista (Alex Gruli), a atriz Ermelinda Penteado (Agnes Zuliani), o ex-galã Péricles Gonçalves (Léo Stefanini) e a cantora Leonor Praxedes (Carol Bezerra). 

Todos empenhados em terminar -com louvor- "Espelhos da Paixão"Sem qualquer informação a respeito da radionovela que substituirá o "sucesso", os atores preparam uma grande apresentação ao vivo com palco armado do lado de fora da rádio para a despedida do público. Mas a chegada do publicitário Vespúcio Neto (Fernando Pavão) agita mais os ânimos que já estão aguçados.

Em meio a discussões a respeito da ida de Conceição e Jonas para televisão, os atores descobrem que o patrocinador -sabonetes Carizia- passará a produzir telenovelas. Para piorar, o futuro galã de televisão, intérprete do protagonista e antagonista de "Espelhos da Paixão" some preocupando o perfilado produtor da radionovela Vicente (Dalton Vigh). Este, por sua vez, tem outros problemas a serem resolvidos, como por exemplo, o caso amoroso que mantém fora do casamento com Conceição, que está prestes a romper com ele e seguir para o meio televisivo.

A comicidade que suaviza a trama fica a cargo do profissional de sonoplastia Eurico (Alex Gruli), com contribuições generosas do locutor Wilson (Eduardo Semerjian), o ex-galã Péricles Gonçalves (Léo Stefanini), a dúbia Ermelinda Penteado (Agnes Zuliani) e da cantora decadente, chegada numa bebida, Leonor Praxedes (Carol Bezerra). Em perfeita sintonia, no palco, o quinteto dá o tom certo de cada brincadeira do texto. 

Alex Gruli, passa certa dose de inocência para o personagem Eurico e reforça o talento de fazer o público rir, atuando tal qual um homem da época, longe dos maneirismos do jogador de futebol, Cacau Bello, da peça "Divórcio". De voz sonora e marcante, está Eduardo Semerjian, no posto de um senhor distinto e discreto, embora o seu segredo seja bem conhecido por seus companheiros de trabalho. Atuação maravilhosa e bem diferente do professor Salvador de "As Aventuras de Poliana", novela do SBT.

Léo Stefanini, apresenta um Péricles no grande estilo Nelson Gonçalves de ser, não somente pelo mesmo sobrenome, a impostação de voz, mas por todas as vezes que ele anuncia aos outros ser primo do cantor. Assim, coroa a excelente atuação, Stefanini fazendo o público rir muito ao assumir três papéis em "Espelhos da Paixão": Padre Pontes e os gêmeos Aquiles e Átila, um bom e outro mau. 

Agnes Zuliani que defende a personagem Ermerlinda Penteado diverte, enquanto divide os sentimentos do público. Por vezes é detestável e outras comove expondo seu pensamento questionável sobre o certo e o errado. É a perfeita tia que adora uma fofoca e coloca defeitos nos outros. Além de fazer graça, na pele de Leonor Praxedes, a grande voz dos jingles nos comerciais de "Espelhos da Paixão", Carol Bezerra mais uma vez dá um show. Assim, ela entrega a árdua missão de ouvir sua voz sem emocionar a cada um ali presente. Impossível!

Já Natália Rodrigues interpreta uma Conceição Neves, futura atriz de televisão, Suzana Pascoal, com um toque leviano e que sabe aproveitar as oportunidades que a juventude lhe proporciona. Conhecida por conta da radionovela "Espelhos da Paixão", tem como objetivo maior ser famosa na televisão, ou seja, mudar de cidade e terminar a relação com Vicente Martinho. É impagável a voz da mocinha que interpreta Maria Isabel na radionovela! E como toda mocinha com pouco bom senso, a bela atrai um homem nada digno. No caso, o arrogante Vespúcio Neto, de Fernando Pavão. Ator que prova versatilidade ao interpretar um personagem cheio de nuances e índole duvidosa.

Contudo, o Vicente de Dalton Vigh assume uma postura íntegra, embora, em casa, esteja longe de ser um marido exemplar. Com a dignidade que lhe resta, tal qual um maestro, é quem se empenha em manter todos os perfis conturbados na mesma barca, mesmo com um naufrágio iminente. É ao entrar em substituição na radionovela que Vigh apresenta muita habilidade em divertir. Bem diferente do senhor Pendleton de "As Aventuras de Poliana", por exemplo.


Crédito: Heloisa Bortz

Além de trabalhar um momento marcante da história brasileira, outro ponto importante de "Caros Ouvintes" é a distinção dos personagens, que ao longo da narrativa se completam, tal qual em uma engrenagem. Com direito a segredos revelados que surpreendem e fazem a trama fluir de modo ágil. 

A caracterização dos atores, incluindo cabelos, perucas, maquiagens e vestimentas, são o toque perfeito para levar o público para dentro de uma rádio em plena ditadura militar. Em "Caros Ouvintes", inicialmente, as bombas das revelações estouram dentro da rádio, até que passam a estourar pelas ruas diante de toda tensão política da época. É um montagem impecável, portanto imperdível!

Premiações

Prêmio Shell

Melhor cenário: Marco Lima
Melhor Música: Ricardo Severo

Prêmio Arte Qualidade 2014 
Melhor direção: Otávio Martins
Melhor espetáculo: "Caros Ouvintes"

Prêmio Top Quality Brazil
Melhor atriz: Natállia Rodrigues

Prêmio Aplauso Brasil
Melhor figurino: Fábio Namatame

Prêmio R7 de teatro
Melhor figurino: Fábio Namatame

Melhores do ano 2014 Veja 
Melhores do ano 2014 Folha de S.Paulo

Ficha Técnica
Texto e Direção: Otávio Martins
Assistente de direção: Marcos Damigo
Elenco: Dalton Vigh, Agnes Zuliani , Alex Gruli, Natállia Rodrigues, Léo Stefanini, Fernando Pavão, Carol Bezerra, Eduardo Semerjian.
Cenário: Will Siqueira - a partir da cenografia desenvolvida por Marco Lima
Cenotécnica: Rafael Mesquita, Rafael Junqueira, Rafaelle Magalhães e Phelippe Lima.
Direção de arte: Fábio Almeida Prado
Música original: Ricardo Severo
Iluminação: Matheus Macedo
Figurino: Fábio Namatame
Fotos: Heloisa Bortz
Vídeo: Matheus Luz
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Produção: Adriana Grzyb, Léo Stefanini e Will Siqueira
Assistente de produção: Gabriela Fiorentino
Administração: Adriana Grzyb
Assistente administrativa: Márcia Oliani
Realização: Cora Produções Artísticas Ltda.

Serviço
"Caros Ouvintes", de Otávio Martins
Teatro Renaissance – Alameda Santos, 2233, Cerqueira César
Temporada: 2 de agosto a 29 de setembro, às sextas e aos sábados, às 21h, e aos domingos, às 18h.
Ingressos: R$100 (inteira) e R$50 (meia-entrada)
Capacidade: 440 lugares
Bilheteria: (11) 3069-2286
Horário da bilheteria: quinta-feira, das 14h às 20h; Sexta, sábado e domingo, das 14h até o início do último espetáculo.
Vendas online: www.ingressorapido.com.br

Duração: 90 minutos
Classificação: 12 anos
Estreou dia 16 de agosto de 2014. 




*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: @maryellenfsm


Encerramento do espetáculo no Teatro Renaissance



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