domingo, 17 de novembro de 2019

.: Documentário "A Arte de Tim Maia" é destaque na TV Cultura


De segunda, dia 18, para terça-feira, à 00h45, a emissora exibe o documentário musical "A Arte de Tim Maia", que resgata falas e números musicais do cantor, entre eles, uma versão de "Azul da Cor do Mar". 

Além disso, o programa também conta com depoimentos de três personagens que conviveram com o “Síndico”: os compositores Carlos Dafé e Skowa, e o instrumentista Paulinho Guitarra. 

Vai ao ar na TV Cultura e no aplicativo Cultura Digital. O documentário será apresentado na faixa "Mosaicos" da TV Cultura que terá programação especial pela Semana da Consciência Negra.

.: “EVA 4.0”: aos 40 anos, Banda Eva lança clipe “Simplesmente” no YouTube


Para marcar os 40 anos de carreira, a Banda Eva acaba de disponibilizar a primeira parte do DVD “EVA 4.0”. Sob a direção artística de Alexandre Lins e Marcos Piruka, produção musical de Marcelinho Oliveira e direção de vídeo de Anselmo Troncoso, o projeto foi gravado ao vivo, no dia 18 de maio, em Belo Horizonte. 

Grandes artistas colaboraram nessas quatro décadas de música, período no qual a Banda Eva teve diversas formações, funcionando como uma escola e contribuindo para a construção de músicos que marcaram e história da música brasileira. Passaram pelo EVA artistas de peso, como Ivete Sangalo, Saulo Fernandes, Jota Morbeck, Marcionilio, Ricardo Chaves, Emanuelle Araújo e o atual vocalista, Felipe Pezzoni. Outros nomes de sucesso também trabalharam com a banda, como Carlinhos Brown, Luiz Caldas, Durval Lelys (que junto com o Asa de Águia puxou o Bloco Eva por três anos) e Daniela Mercury, que se apresentou durante anos como backing vocal da banda.

Os atuais integrantes do EVA são Felipe Pezzoni (vocais), Marcelinho Oliveira (teclado e voz),  Peterson Figueredo (guitarra), Cuca e Hugo Alves (percussão), Max Fragoso (sax), Betinho (baixo) e Esso Brumon (bateria), formação que se estabeleceu a partir de 2013, quando Pezzoni assumiu à frente da banda. Na gravação do DVD, a banda contou ainda com os backing vocals Pablo Pitombo e Vinicius.

Banda Eva - “Simplesmente”

.: Halsey apresenta a versão acústica do single “Graveyard”


Já está disponível em todos os aplicativos de música a versão acústica do single “Graveyard”, da cantora Halsey. A versão original de “Graveyard” foi apresentada em setembro, com o anúncio e a pré-venda de seu novo disco, “Manic”, que tem lançamento em 17 de janeiro de 2020. 

A artista multiplatinada e indicada para o GRAMMY® passou duas semanas no primeiro lugar no Hot 100 da Billboard com a canção “Without Me”, que compõe o repertório de “Manic”, marcando seu primeiro single solo a alcançar o primeiro lugar. Atualmente, a faixa é a música mais antiga cantada por uma mulher a permanecer no Top 10 da parada da Billboard Hot 100.


.: CD e DVD mostram show ao vivo de Joe Bonamassa na Austrália


Por Luiz Gomes Otero, em novembro de 2019.

De músicos que escolhem tocar em um local tão mítico quanto a Opera House, na Austrália, você não espera nada além do melhor! E Joe Bonamassa não decepcionou fazendo nesse local um registro memorável de um show com repertório focado no seu mais recente disco de estúdio, o "Blues Of Desperation".

"Live At The Sydney Opera House" traz Bonamassa apoiado por uma banda competente de músicos. É possível notar o perfeito entrosamento de todos no palco, desde a abertura, com a energética "This Train", até o encerramento com o blues "No Place For The Lonely".

A bem da verdade, Bonamassa estava devendo um disco com o seu ótimo material autoral ao vivo. Seus últimos discos gravados dessa forma contém releituras de nomes consagrados do blues e do rock. Então já era hora de mostrar também o seu próprio material para o público.

Os arranjos seguem os dos originais de estúdio, com uma licença maior para os solos de Bonamassa. "Drive", por exemplo, tem sete minutos de puro groove e solos viajantes do guitarrista. Outro momento bem interessante é a ótima "Mountain Climbing", com um balanço e um groove irresistível do começo ao fim.

Ouvir Bonamassa tocando ao vivo suas canções nos faz entender porque a crítica especializada elogiou tanto o seu último disco de estúdio. Todas as canções funcionam muito bem ao vivo, mostrando a força do material produzido pelo músico que é apontado como uma das maiores revelações na linha do blues rock dos últimos anos.


"This Train"



"Drive"




"Blues Of desperation"


sábado, 16 de novembro de 2019

.: "Heathers - O Musical" em dez motivos para não perder no Teatro Viradalata


Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em novembro de 2019



Em cartaz no Teatro Viradalata até o dia 17 de novembro, "Heathers, o Musical", apresenta a história da jovem Verônica Sawyer em seu último ano do colégio. Após começar a namorar J.D., enquanto se autodescobre, mergulha na exteriorização extrema do ódio. A primeira montagem brasileira do filme cult dos anos 80 -de Daniel Waters, protagonizado por Winona Ryder, intitulado "Atração Mortal" e, também, no musical de Laurence O’Keefe e Kevin Murphy, com mesmo nome-, está imperdível. Para tanto, nós do portal Resenhando.com elencamos dez motivos para você não perder o espetáculo e provar do melhor. Confira!


1. Antes de qualquer encenação, enquanto o público procura pelos respectivos assentos, o palco está aberto, iluminado e perfeitamente habitado por adolescentes que transitam livremente como se estivessem no intervalo da Westerburg High School.

2. A trama juvenil trata temas delicados de modo direto como amizade, paixão, perdão, assédio, bullying, morte, suicídio e ódio.

3. Durante a encenação no Teatro Viradalata, os atores não ficam presos ao palco. Assim, usam os corredores e as escadas laterais, dando ritmo e dinâmica para a narrativa. 

4. Embora esteja inserido no ambiente escolar, a narrativa traz aspectos de suspense e terror que marcam os clássicos da década de 80.

5. Todo o elenco é espetacular em cena. A sintonia no palco facilmente leva o público para dentro da história turbulenta dos alunos da Westerburg High School



Foto: Adriano Doria


6. A trindade da maldade das Heathers faz o público amar odiá-las, além de ajudar a sustentar as reviravoltas na história com a chegada de J.D. na vida de Verônica.


7. As músicas cantadas em português, versionadas por Rafael Oliveira, empolgam o público.

8. A efervescência juvenil de todo o elenco é complementada pelas coreografias de Mariana Barros que explodem em ritmo contagiante.

9. É possível assistir o musical do palco, ao comprar ingressos para ver a peça de pertinho. É muita emoção!

10. O espetáculo com direção geral de Fernanda Chamma, também tem direção de Daniela Stirbulov e direção musical de Amanda Bamonte e Willian Sancar. Enfim... é imperdível! Prove do melhor e não irá se arrepender!


Elenco: Ana Luiza Ferreira (Veronica Sawyer), Diego Montez (Jason Dean), Murilo Armacollo (alternante Jason Dean), Bruna Vivolo e Gigi Debei (Heather Chandler), Verônica Goeldi e Mariana Fernandes (Heather Duke), Carol Amaral, Isa Castro e Luisa Valverde (Heather McNamara), Ana Araújo (Srta Fleming), Arízio Magalhães (Bill Sweeney), Bruno Kimura (Paul Kelly), Gustavo Daneluz e Roberto Justino (Ram Sweeney), Lucas Colombo (Kurt Kelly), Luanna Barbosa e Luisa Phoenix (Martha Dunnstock).

Ensemble: Alice Zamur, Ana Bia Matos, Ana Itokazu, Ana Luiza Leal, Andreas Trotta, Augusto Follmann, Beatriz Soares, Carol Kiatake, Carol Pelegrini, Carol Pfeiffer, Clarice Sakamoto, Dante Morais, Davi Gazal, Deivisson Cruz, Diego Fecini, Duda Araujo, Estevão Souz, Esther Arieiv, Fabiana Marun, Giulia Propheta, Henrique Hadachi, Ingrid Sanchez, Isabella Arruda, Jean Cruz, John Seabra, Lorena Tucci, Luana Lavareda, Luís Vasconcelos, Lu Freixedas, Manu Casado, Manu Della Monica, Pedro Ogata, Renan Souza, Renata Regina, Sophia Almeida, Sophia Correia, Thayna Luanny e Vicky Maila.

Equipe Criativa:
Direção geral: Fernanda Chamma
Direção: Daniela Stirbulov
Direção musical: Amanda Bamonte e Willian Sancar
Coreografia: Mariana Barros 
Direção residente e assistência de direção: Ana Elisa Mattos
Versionista: Rafael Oliveira
Diretor de produção: Robert J Lima
Produtora executiva: Claudia Lima
Mídias sociais: Káthia Akemi

Serviço:
"Heathers, o Musical"
Teatro Viradalata
Rua Apinajes, 1387 - Sumaré - São Paulo
Temporada até 17 de novembro
Gênero: musical 
Duração: 120 minutos
Classificação indicativa: 12 anos
Sábados às 17h e 21h. Domingos às 15h e às 19h. Segundas, às 20h30.
Ingressos: Palco (R$ 150 e R$ 75 - meia). Plateia (R$ 100 inteira e R$ 50 - meia). Mezanino (R$ 70 e R$ 35 - meia)
Fotos: Adriano Doria


*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura e licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos. Twitter: @maryellenfsm



Encerramento do espetáculo


.: Livro "O Ano da Graça" é considerado o novo "O Conto da Aia"


A Globo Alt, selo de literatura jovem da Globo Livros, lança "O Ano da Graça", uma história brilhante, assustadora e atual sobre esperança e resistência. Escrita por Kim Liggett, a obra mostra os complexos laços formados entre mulheres numa sociedade misógina e patriarcal, e como existir pode ser, por si só, um ato de coragem. A história já foi adquirida pela Universal Pictures e Elizabeth Banks para adaptação no cinema.

Tierney James vive no Condado de Garner, uma sociedade onde as garotas aprendem desde cedo que sua existência é uma ameaça. Lá, acredita-se que jovens mulheres detêm poderes obscuros e, por isso, ao completarem dezesseis anos, são enviadas a uma espécie de campo de trabalho, no qual devem permanecer durante um ano para se "purificar". Nem todas retornam vivas, porém, e as que voltam parecem diferentes. No Condado de Garner, é proibido falar sobre o Ano da Graça. Mas Tierney está pronta para subverter as regras.

Sobre a autora:
Aos 16 anos, Kim Liggett mudou-se de sua cidadezinha no interior dos EUA para viver a agitada rotina de Nova York. Desde então, já trabalhou com música, atuação e dança. Em seu tempo livre, Kim gosta de jogar tarô e descobrir novos perfumes. "O Ano da Graça" é seu quinto romance, o primeiro publicado no Brasil pela Globo Alt.

.: Livro revela a verdade sobre mulher conhecida como "Maria, a Louca"

Livro reconta a vida da monarca de uma perspectiva inédita, revelando uma época em que depressão e melancolia eram confundidas com insanidade
D. Maria I é conhecida há séculos como “a rainha louca de Portugal”. Mãe de d. João VI e avó do futuro imperador brasileiro d. Pedro I, ela nunca recebeu muita atenção nos livros de história, e os detalhes de sua vida são pouco conhecidos. O que a teria levado à loucura? E será que ela era realmente insana? Ou apenas mal compreendida? Este é o tema abordado pela obra "D. Maria I", lançado pela editora Benvirá, da historiadora Mary del Priore, que marcou presença na lista de mais vendidos na categoria de não-ficção da PublishNews.

A fim de lançar uma nova luz sobre essa figura histórica tão importante, a escritora decidiu investigar a fundo sua trajetória. Neste livro, ela reconta a vida da monarca de uma perspectiva inédita, revelando que seu estado mental era provavelmente fruto de todas as tristezas e perdas que vivenciou, em uma época em que depressão e melancolia eram confundidas com insanidade – e até mesmo consideradas obras do demônio.

Abordando desde sua infância em Portugal, passando por sua devoção ao catolicismo, sua coroação como a primeira rainha portuguesa, as desavenças com o marquês de Pombal, os primeiros sintomas de sua doença, até sua morte, aqui no Brasil, para onde se mudara em 1808 junto com toda a família real, esta obra faz jus a uma personagem que merece lugar de destaque na historiografia brasileira e portuguesa.

“Maria foi um ser espiritual em tudo o que a palavra contivesse de íntimo, de doutrinal e de social. Foi religiosa a ponto de adoecer. Louca? Nunca. Nem psicótica maníaco-depressiva. De acordo com os sintomas, psiquiatras e neurologistas hoje em dia atestam que ela sofria de depressão severa, mal que, segundo pesquisas, atinge hoje 6% da população brasileira e 8% da portuguesa. (...) Eu sabia muito pouco dela... Conhecia apenas ‘a louca’. Hoje conheço uma mulher. E mulher como tantas de nós”, diz a autora.

Mary del Priore é historiadora e escritora. Já publicou mais de 50 livros e venceu mais de 20 prêmios literários nacionais e internacionais, como Jabuti, Casa Grande & Senzala e APCA. Pós-doutorada na École des Hautes Études em Sciences Sociales, de Paris, é membro de instituições como a Academia Carioca de Letras, o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, o PEN Clube do Brasil e o PEN International. Ex-professora de História da USP e da PUC/RJ, atualmente leciona no curso de pós-graduação em História da Universidade Salgado de Oliveira, além de colaborar para jornais e revistas científicos e não científicos, nacionais e estrangeiros. 

.: Ana Beatriz Barbosa Silva e Lauren Palma lançam livro sobre solidão


A Globo Livros lança Solidão acompanhada, novo título da autora best-seller Ana Beatriz Barbosa Silva com a estreante Lauren Palma. Desta vez, a incursão da consagrada psiquiatra, ao lado de Lauren, é uma comédia romântica que conta a história de Eleonora, uma protagonista que vive sozinha em um quarto e sala bancado pelos pais e não tem muita ideia do que fazer da vida.

Divertida e repleta de questões existenciais sobre o mundo e as pessoas que a cercam, Eleonora é uma jovem mulher em busca do amor e da felicidade num universo onde, apesar de todas as conexões, dos aplicativos de encontros e das redes sociais, nunca houve tanta solidão. Seu mundo é extremamente conectado, embora ela tenha uma crescente noção de que cada pessoa é, mais do que nunca, uma ilha.

Enquanto tenta arrumar um amor, uma vocação, um grupo de amigos, o sucesso nas redes sociais e algum sentido para sua existência, Eleonora diverte o leitor com as confusões do seu dia a dia e suas observações ácidas e sagazes sobre o mundo que a cerca.

Sobre as autoras:
Ana Beatriz Barbosa Silva é médica graduada pela Uerj, com residência em psiquiatria pela UFRJ. É professora honoris causa pela UniFMU - SP e diretora da clínica Ana Beatriz Barbosa Silva - Comportamento Humano e Psiquiatria (RJ). É autora de diversos livros, entre eles "Mentes Perigosas: o Psicopata Mora ao Lado", "Mentes Depressivas: as Três Dimensões da Doença do Século", "Mentes Ansiosas: o Medo e a Ansiedade Nossos de Cada Dia" e "Mentes que Amam Demais: o Jeito Borderline de Ser". É também coautora das obras de ficção "Horizonte Vertical" e "Janelas da Mente". Todos os títulos foram publicados pela Globo Livros.

Lauren Palma é graduada em Belas Artes, e nunca fez exposições ou vendeu um quadro. Atriz profissional, com DRT e tudo, atuou apenas em campanhas publicitárias, mas não sabe se isso conta. Cenógrafa profissional, não tem nenhuma criação de cenário em seu currículo e sabe que isso não é um ponto a seu favor. Orgulha-se de ter criado sua primeira conta em uma rede social de poucos caracteres, entrando oficialmente para o fabuloso mundo da escrita. Solidão acompanhada é o seu primeiro livro.

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

.: Crítica: "Jardim de Inverno" reverbera gritos silenciosos em um país estridente

Com Andréia Horta, Fabricio Pietro e grande elenco, "Jardim de Inverno" terá seu último final de semana no Teatro Raul Cortez. Antes, nesta quinta-feira, haverá sessão popular a R$ 20. Foto: Danilo Borges

Por Helder Moraes Miranda, editor do Resenhando.

"Jardim de Inverno" é um espetáculo que abrange tantas coisas ao mesmo tempo que é difícil especificar apenas um assunto. O principal deles, como se sabe e vem se falando muito, é o machismo que impede a vida de tantas pessoas, sejam homens ou mulheres, a irem adiante. 

Mas a peça teatral é mais do que essa "guerra dos sexos" enfadonha que, em um mundo de "lacres" em redes sociais, é tão problematizada e tão pouco combatida em ações efetivas. A realização de "Jardim de Inverno" é uma medida efetiva para esse assunto, mas vai além. 

O espetáculo é sobre o vazio existencial de pessoas, tratadas como produtos do meio e parte de um sistema, que ficaram pelo caminho. Algumas querem mais da vida, outras se acomodaram ao redor do que conquistaram. Em comum entre as duas, há o medo. De seguir em frente... embora haja insatisfação, e perder tudo o que foi conquistado. Ou de partir para objetivos mais ambiciosos e jogar para o alto tudo o que foi acumulado ao longo da vida.

Mas o que fazer, sobretudo se você é mulher, se nasceu em uma época que não é adequada para pessoas brilhantes? Aliás, as pessoas brilhantes se encaixam em alguma época, seja qual for o tempo ou elas sempre serão escamoteadas? Intérprete do protagonista e tradutor do espetáculo, Fabricio Pietro daria dois conselhos ao protagonistas. Ao Frank, personagem que ele interpreta, ele diria para "enxergar além do óbvio". Para April, personagem de Andréia Horta, para ela "tomar as rédeas da própria vida". Será que esses personagens ouviriam os conselhos do ator? E se ouvissem, o rumo das coisas seria diferente?

Em interpretações arrebatadoras por todos os lados, em cima do texto baseado no romance "Revolutionary Road", de Richard Yates, Fabricio Pietro e Andréia Horta mostram dois lados de uma história de desenlaces e frustrações que reverberam para além do feminino e do masculino. São questões universais, que interferem na vida de todos, mas que têm mais consequências para as mulheres. 

Talvez o único personagem que fique no meio termo é o filho da vizinha que, com problemas mentais, dá as opiniões mais coerentes e certeiras. Iuri Saraiva é esse contraponto entre um personagem e outro e é, também, a voz da sanidade em um mundo em que as aparências falam mais alto do que os gritos silenciosos que ecoam ao longo do espetáculo. Gritos de socorro em um país estridente e histriônico que, além de tudo, é carente de tudo o que está relacionado a gente (de ambos os sexos).  

Ficha técnica:
Título Original: "Revolutionary Road", romance De Richard Yates. 
Dramaturgia e tradução: Fabricio Pietro. 
Colaboração dramatúrgica: Erica Montanheiro e Marco Antônio Pâmio. 
Direção: Marco Antônio Pâmio. 
Elenco: Andréia Horta, Fabricio Pietro, Erica Montanheiro, Iuri Saraiva, Martha Meola, Ricardo Ripa, Luciano Schwab, Aline Jones, Julia Azzam e Lucas Amorim. Direção de Produção: Danielle Cabral. Direção de movimento: Marco Aurélio Nunes. Assistente de Direção: André Kirmayr. Cenografia: Marisa Rebolo. Figurinista: Flaviana Bernardo. Iluminador: Wagner Antônio. Trilha Sonora: Marco Antônio Pâmio. Visagismo: Louise Helène. Cabelo divulgação: Rô Pinheiro. Make divulgação: Rodrigo Nunes. Fotos divulgação: Danilo Borges. Finalização de fotos: Jujuba Digital. Artes: Marketing DCARTE. Vídeos divulgação: Kroon Company Produções. Promoção: Rede Globo. Vídeo Promocional: Johnny Luz. Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes. Produtoras associadas: Pietro Arte e Comunicação e Lolita e La Grange Produções. Administração Projeto PROAC ICMS: Amanda Leones - Versa Cultural. Assessoria contábil e jurídica: Juliana Rampinelli Calero. Produtoras de operações: Jessica Rodrigues e Victória Martinez  - Contorno Produções. Coordenação de produção: Fabrício Pietro e Mateus Monteiro. Negociação de direitos autorais: Marcel Nadal Michelman e Evandro Ragonha. Idealização: Fabrício Pietro. Produção Geral: DCARTE. Patrocínio: PAPIRUS.

Serviço:
"Jardim de Inverno" no Teatro Raul Cortez.
Duração: 100 minutos. Classificação: 14 anos. Ingressos: R$ 50 (inteira); R$25 (meia-entrada).
Sexta, às 21h30, sábado, às 21h, e domingo, às 20h.

Importante:
Dia 15 de novembro, sessão com preços populares a R$ 20 e acessível em libras.
Dia 17 de novembro, debate com elenco após a sessão.

Teatro Raul Cortez – Rua Dr. Plínio Barreto, 285 - Bela Vista, São Paulo.
Bilheteria: de terça a quinta, das 15h às 19h; e de sexta a domingo, das 15h até o início do espetáculo (Não abre aos feriados). Vendas online: https://www.sympla.com.br/.
Capacidade: 520 lugares. Informações: (11) 3254-1633.

E-mail: teatro.raulcortez@fecomercio.com.br

.: "Zorro - Nasce Uma Lenda" é o musical mais afetivo de todos os tempos


Por Helder Moraes Miranda, editor do Resenhando.

Este é o último final de semana daquele que é, hoje, um dos mais afetivos musicais da atualidade. "Zorro - Nasce Uma Lenda" já foi prorrogado no 033 Rooftop  do teatro Santander e segue até o próximo domingo cheio de energia, música e beleza. Todos aqueles que têm alguma experiência de vida já passaram por Zorro e não saíram indiferentes. Ou se ama ou odeia o personagem e seu universo: não há meio termo para a arte, a literatura e até a vida. 

Mas em Zorro a tinta é mais carregada e prevalecem o vermelho, da paixão e do encarnado, e o preto, do luto e das guerras. Isso se repete em tudo o que envolve a magia desse personagem. Seja no romance, nas várias adaptações que esta história já passou e agora, pela primeira vez no Brasil, em um musical que vai ficar na memória.

Leticia Spiller, na pele da cigana Inez é uma entidade. Ela devora a personagem como se fosse a sua última atuação, e imagino que essa espécie de ritual se repita a cada apresentação dela. Leticia está com fome de bons personagens e é isso que demonstra com a sua Inez. Ela pode estar parada e várias situações acontecendo ao mesmo tempo, mas o público olha para ela. Postura, empostação de voz, talento e tanta, mas tanta beleza, que é impossível não se envolver por uma personagem que retrata as minorias, os preconceitos e a altivez que se é necessária quando se precisa gritar para se impor e resistir.

Bruno Fagundes, no papel do herói que se despe de luxos para lutar pelos pobres surpreende como um bom cantor. Há tempos, com escolhas nada óbvias e personagens que o desafiem no teatro, ele vem se mostrando um ator que é mais que um rosto bonito. Ele é mais, e um personagem como Zorro vem para ampliar seu leque de personagens e surge como um respiro para os personagens densos que acumulando ao longo de uma carreira que sofre mais cobranças do que se não fosse filho de quem é. A boa notícia é que Bruno trilha um caminho próprio e que as escolhas que ele faz sempre restam em saldo positivo, principalmente para o público. 

Nicole Rosemberg, que interpreta Luisa, par romântico do herói e a mocinha do espetáculo, recém-saída do reality show "Cultura, o Musical" demonstra que tem uma longa trajetória pelo caminho. Tudo conspira a favor dela e de todo o elenco. Marcos Mion, como o vilão Ramon, dá mais do que o personagem pede - o que é ótimo, pois é desse exagero e da canastrice do personagem que o autor retira a leveza que faz de seu personagem um dos pontos altos de um espetáculo tão belo. Se Leticia Spiller é o ponto, ele é o contraponto. No embate entre os dois é o que se dá entre a mágica do teatro: a fusão entre o sagrado e o profano, o sublime e o palpável. 

É o Deus do Teatro agindo sobre toda a atmosfera que move o espetáculo em andamento. Zorro é lenda, mas também é vinho que merece ser degustado em pequenos goles até se chegar ao êxtase que esse teatro pode propiciar a uma realidade - hoje - tão carente de espetáculos que proporcionem um escapismo tão nobre.

Ficha Técnica:
Diretor Artístico: Ulysses Cruz
Diretor Assistente: Ravel Cabral
Diretor Musical: Carlos Bauzys
Diretora de Movimento e Coreógrafa: Bárbara Guerra
Coreógrafo de flamenco:  Johnny Camolese
Cenógrafo:   Marco Lima
Figurinista:  Theodoro Cochrane
Visagista:  Anderson Bueno
Designer de Luz:  Caetano Vilela
Designer de Som:  Tocko Michelazzo
Produtor executivo: John Gertz
Produção Geral:  Atual Produções e Bárbaro! Produções, em associação com Zorro USA LLC

Serviço
"Zorro - Nasce uma Lenda"
033 Rooftop do Teatro Santander
Endereço: Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2041 - Itaim Bibi - São Paulo
Até 3 de novembro
Duração: 1h40
Classificação: livre, menores de 12 anos acompanhados

Ingressos
Setores e preços
Setor único | Plateia – Ingressos de R$ 37,50 a R$ 200,00 (há ingressos em alguns lugares com preço popular que são vendidos apenas na bilheteria. Confira a sua cidade)

Bilheteria física
Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2041.
Domingo a quinta, das 12h às 20h ou até início do espetáculo.
Sexta e sábado, das 12h às 22h.

Formas de pagamento
Aceita todos os cartões de crédito e débito. Não aceita cheque

Horários :

Sexta-feira

20h - 21h - Pré Show
21h - 22h40 - Show

Sábado
16h - 17h - Pré Show
17h - 18h40 - Show

20h - 21h - Pré Show
21h - 22h40 - Show

Domingo
15h - 16h - Pré Show
16h - 17h40 - Show
19h - 20h - Pré Show
20h - 21h40 - Show

Observação: Durante o pré show, o público poderá começar a mergulhar no universo de Zorro, interagindo com alguns atores e dançarinos, participando de workshop de dança flamenca e visitando alguns camarins.


Encerramento do espetáculo





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