quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

.: Crônicas em livro desvendam faceta misteriosa de Cecília Meireles


No mês de anivesário de 120 anos de Cecília Meireles, a editora Global lança "Um País no Horizonte" da autora. O livro, que é inédito, oferece a oportunidade aos leitores de conhecer um lado de Cecília ainda por ser conhecido.

Os nove textos de Cecília Meireles reunidos no livro foram publicados na revista "O Observador Econômico e Financeiro" entre fevereiro de 1939 e maio de 1940. A magnitude da poesia de Cecília Meireles já é bastante celebrada tanto nacional, como internacionalmente. Outro segmento da  produção escrita da autora é sua produção no campo dos contos. As crônicas da escritora também integram um capítulo modelar da literatura brasileira. 

Com organização de Gustavo Henrique Tuna, editor da Global, os textos abordam assuntos como a necessidade de descansar e tirar folgas da jornada de trabalho, a pressão estética que as mulheres sofrem com a moda, o cotidiano desafiador do professor e até mesmo a necessidade de um sistema profissionalizante melhor e mais preparado para formar jovens trabalhadores.

Nesta edição, os leitores terão acesso a ensaios/reportagens concebidos pela escritora nas quais ela toca de forma profunda em questões centrais de sua época como: o cotidiano desafiador do professor (tanto os do magistério como no nível superior), as barreiras para a formação de um sistema de ensino que prepare adequadamente os jovens para a vida profissional, as barreiras enfrentadas pelas mulheres para firmar seu lugar na sociedade brasileira, a importância da moda na vida das pessoas, a necessidade dos trabalhadores terem um período de descanso em benefício de sua saúde, etc.

A leitura do conjunto de matérias/reportagens envolve os leitores não apenas em virtude da qualidade textual única, como também os encanta pela capacidade da escritora em abordar os assuntos de maneira muito perspicaz e pessoal, lançadas pela primeira vez em livro e com apresentação do Doutor em História Social pela USP Gustavo Henrique Tuna.

O livro é um marco na publicação das obras da Cecília Meireles no Brasil. Assim como as outras obras dela, os artigos reforçam a sensibilidade da autora, sendo que os textos servem, principalmente, para se aprofundar na forma que ela pensava e via o mundo. O livro é essencial para os fãs da escrittora, mas também para aqueles que querem estudá-la. Você pode comprar o livro neste link.

.: Versão cinematográfica de "Antígona Terceirizada" encerra temporada digital


Com dramaturgia de Victor Nóvoa, versão cinematográfica da peça exibida no YouTube do no CCSP é protagonizada por Denise Assunção, dirigido por Aysha Nascimento, Georgette Fadel e Karen Menatti e tem trilha sonora original de André Abujamra.


O público tem até o dia 4 de dezembro para conferir a versão cinematográfica de "Antígona Terceirizada", livremente inspirada na tragédia grega de Sófocles, transmitida pelo canal do Centro Cultural São Paulo no YouTube, todos dias às 19h.

O trabalho tem direção compartilhada por Aysha Nascimento, Georgette Fadel e Karen Menatti e trilha sonora original de André Abujamra. O elenco do espetáculo é composto por Denise Assunção, Éder dos Anjos, Nilcéia Vicente, Alba Brito e Luís Mármora, que idealizou a montagem ao lado de Nóvoa.

A obra dialoga com a tragédia original de Sófocles para propor uma reflexão ácida sobre os tempos sombrios atravessados pelo Brasil diante da pandemia de Covid-19; a ausência do direito ao luto e a falta de dignidade nos processos de morte enfrentados pela população pobre; os processos de exclusão racial, social e de gênero; o avanço da necropolítica, que não está submetida a nenhuma ética; e a polarização política da sociedade.

Na tragédia original de Sófocles, Antígona confronta o rei Creonte ao tentar enterrar apropriadamente o irmão Polinice, morto na disputa contra seu outro irmão, Etéocles, pelo trono de Tebas. O monarca - e tio de todos - sepultou Etéocles e proibiu que enterrassem o outro. Para os gregos, os rituais fúnebres tinham extrema importância para que as almas dos mortos fossem encaminhadas devidamente ao mundo dos mortos.

Já na dramaturgia de Victor Nóvoa, Antígona é uma mulher negra que não tem direito à aposentadoria e é obrigada a trabalhar em uma empresa que terceiriza serviços gerais. Diante da pandemia que já matou milhares de pessoas em seu país, ela se opõe às leis do Estado - representadas pela figura de Creonte - para tentar enterrar sua filha, que morreu infectada pelo vírus causador de uma das maiores tragédias humanas de todos os tempos. A dramaturgia de Nóvoa foi profundamente debatida coletivamente, o que fez com que o texto inicial se alterasse durante o processo de criação e dialogasse com a urgência de todas/os artistas presentes nesse trabalho.

E não há pessoa melhor para dar corpo a essa protagonista do que a veterana atriz Denise Assunção. “A experiência dela faz com que tenhamos uma força trágica no trabalho para que possamos extrapolar o drama e a questão individual. Ela traz a dimensão mais profunda da dor, do embate. Sem essa potência e experiência, não conseguiríamos atingir isso que é tão necessário para essa dramaturgia”, comenta Georgette Fadel.

Ao contrário da tragédia de Sófocles, que tem apenas um coro, o Antígona Terceirizada tem esse elemento dividido em dois. “Temos um coro de seguidores de Creonte no Twitter, que repete tudo o que ele diz e outro que apoia Antígona. A proposta é justamente mostrar como está dividida a nossa sociedade e as opiniões opostas, que são repetidas à exaustão. Queremos retratar a enorme tragédia pela qual o mundo passa e toda a solidão e cegueira de se caminhar em direção ao abismo com a cabeça erguida”, revela a encenadora.


Direção compartilhada
A encenação de "Antígona Terceirizada" assume a linguagem em vídeo que o grupo escolheu chamar de teatro filmado ou versão cinematográfica da peça. Embora tenha elementos do cinema, como a composição das cenas e a adoção dos diferentes pontos de vista de várias câmeras, o trabalho preserva elementos fortes do teatro – os atores, por exemplo, jogam e contracenam com essas câmeras.

“É difícil encaixar o trabalho em nomenclaturas. O que buscamos foi uma atuação não-realista, exceto em alguns momentos. A peça traz um desenho trágico e as personagens representam essas forças que atuam na sociedade – as classes sociais, a cor de pele. O gestual, o desenho e essa câmera vão buscar o traço não realista e sintético, no qual o desenvolvimento não é psicológico”, explica a codiretora.

Fadel ainda conta que, durante o processo criativo, o grupo mergulhou profundamente no estudo da tragédia grega, nos textos de estudiosos sobre essa obra e na discussão do texto de Victor Nóvoa. “Tem outra obra que nos debruçamos para pensar o diálogo com o cinema que foi o filme 'Medeia' (1988), de Lars von Trier. A obra trouxe algumas questões importantes, como os tempos e os planos. Isso abriu muito a nossa perspectiva dentro da obra”, acrescenta a codiretora Aysha Nascimento.

Já a experiência da direção compartilhada foi bastante rica. “Esse lugar de dividir o pensamento é muito importante para o teatro coletivo. E ter três mulheres muito diferentes, mas ao mesmo tempo muito próximas em seu fazer teatral, na linha de frente foi muito importante. A direção infelizmente ainda é um lugar muito hierarquizado dentro dos grupos e poder dividir isso com pessoas que pensam diferente de você é muito rico. O projeto foi muito importante para que pudéssemos crescer e entender as novas formas de fazer artes cênicas. É um projeto muito visceral”, completa Nascimento.

“Houve uma escuta muito atenta, fina e generosa de todas as pessoas que fizeram parte da composição. Nós da direção, todo o elenco e o próprio Victor Nóvoa debatíamos muitas vezes cada ponto e íamos construindo pequenas mudanças e trajetórias na dramaturgia. E, sobre trabalhar com essas duas artistas que eu tanto admiro e acompanho em suas trajetórias individuais, foi um deleite. Conseguimos que todas tivessem suas vozes representadas ali. E eu acho que politicamente isso é muito importante”, reforça Karen Menatti.


Sobre Victor Nóvoa
Victor Nóvoa é formado como ator pela ECA/USP e mestre em artes cênicas pela UNESP. Desde 2011, trabalha coletivo teatral A Digna como dramaturgo e produtor. Seus textos foram montados por diretores de destaque da cena nacional: Aysha Nascimento, Carla Candiotto, Domingos Montagner, Eliana Monteiro, Luis Fernando Marques (Lubi), Kiko Marques, Paulo Fabiano, Rogério Tarifa e Verônica Veloso. Em 2012, ganhou o concurso Dramaturgias Urgentes do Centro Cultural Banco do Brasil.

Publicou três textos teatrais: "Estilhaços de Janela Fervem no Céu da Minha Boca" (2019), "Condomínio Nova Era" (2014) e "Verniz Náutico para Tufos de Cabelo" (2016), sendo que por esse último texto recebeu o V Prêmio Aplauso Brasil de melhor dramaturgia. Foi coordenador de artes cênicas da Universidade Nove de julho por nove anos e é professor tutor de Roteiro para Cinema, TV e Games na EBAC – Escola Britânica de Artes Criativas e Tecnologia.


Sobre Georgette Fadel
Georgette Fadel é diretora e atriz de formação acadêmica (escola de arte dramática e departamento de comunicação e artes da USP), participa da fundação de grupos como Cia do Latão, Núcleo Bartolomeu de depoimentos e Cia São Jorge de Variedades, para a qual dirigiu e atuou em diversos espetáculos marcantes do movimento estético da virada do século como "O Nome do Sujeito", "Bartolomeu que Será que Nele Deu", "Biedermann e os Incendiários", "As Bastianas", "Barafonda", "Quem Não Sabe Mais Quem É, o que É Onde Está, Precisa se Mexer". Dirigiu mais recentemente com a Mundana Cia e Camila Pitanga, com a Probastica Cia e vários outros artistas espetáculos que além do eixo Rio-São Paulo ganharam também palcos internacionais. Como atriz, foi dirigida por Cristiane Paoli Quito, Tiche Viana, Francisco Medeiros, Cibele Forjaz, Frank Castorf e Felipe Hirsch.


Sobre Aysha Nascimento
Atriz, dançarina, professora e diretora de teatro, formada pela Escola Livre de Teatro de Santo André (2007) e licenciada e bacharelada em Dança pela Universidade Anhembi Morumbi (2018). Integrante fundadora da companhia de Teatro de Rua Cia. Dos Inventivos (2005). Integrante fundadora do grupo de Teatro Negro Coletivo Negro (2008). Integra como intérprete criadora desde 2016 a companhia de Dança Negra contemporânea - Cia. Sansacroma, fundada em 2002. Integra como intérprete-criadora o espetáculo AJEUM do Núcleo Ajeum. Diretora do espetáculo "Vulcânicas", da Cia Vulcânicas (2019) e "Fuzarca dos Descalços", com texto de Victor Nóvoa. Atualmente atua no "Gota d’Água {Preta}", com direção e concepção de Jé Oliveira (2019).


Sobre Karen Menatti

Karen Menatti é atriz e cantora formada pela Fundação das Artes de São Caetano do Sul, estuda filosofia no Centro Universitário Claretiano. Com o Grupo Ventoforte, desenvolveu o trabalho como atriz, ministrando oficinas, e como assistente de direção, participando do repertório e da criação de novos espetáculos, desde 2004 até 2016.

Na Cia do Tijolo, desde a sua fundação em 2008, está na criação de todo o repertório. Concerto de Ispinho e Fulô representou o Brasil no Festival Assitej 2011, na Dinamarca, e recebeu o Prêmio Shell de Música e Prêmio da Cooperativa Paulista de Teatro por "Projeto Sonoro". E "Cantata para Um Bastidor de Utopias" recebeu os mesmos prêmios, incluindo de melhor cenário. O mais recente trabalho é a peça "O Avesso do Claustro". Em 2014, participou da peça "Condomínio Nova Era", de Victor Nóvoa, com direção de Rogério Tarifa. Em 2016, também atuou na peça "Ópera Urbe - Peste Contemporânea", do autor e compositor Carlos Zimbher e direção de Rogério Tarifa assim como no show que leva o mesmo nome.

Trabalhou como diretora do espetáculo da Cia Coletivo dos Anjos, "Sobre Meninos e Pipas", com início em 2017. Participa da 2ª,3ª e 4ªTemporada de PSI, para HBO. Em 2017, lançou seu primeiro livro "Quintal de Miudezas", pela editora Lamparina Luminosa. Em 2019, foi orientadora no XV Festival Nacional de Teatro de Limeira e na 61ª edição do Festa-Santos.


Ficha Técnica:
Concepção e idealização:
Victor Nóvoa e Luís Mármora. Direção: Aysha Nascimento, Georgette Fadel e Karen Menatti. Dramaturgia: Victor Nóvoa (com interferência poética do coletivo). Elenco: Denise Assunção, Luís Mármora, Nilcéia Vicente, Éder dos Anjos e Alba Brito. Participações especiais (vídeos e áudios): Catarina Milani e Karen Menatti. Direção de produção: Catarina Milani. Direção de arte: Eliseu Weide. Designer de luz: Aline Santini e Clara Caramez. Trilha sonora original: André Abujamra. Direção audiovisual e montagem: Julia Rufino. Desenho de som e mixagem: Ivan Garro. Video Mapping: Rafael Drodro. Operação de luz: Clara Caramez. Captação de som direto: Gabriel Piotto. Assistência de produção: Paula Praia. Assessoria de imprensa: Adriana Balsanelli. Contrarregragem: Bruno Maldegan. Imagens de drone: Anali Dupré. Técnico de Transmissão: Leandro Simões Wanderley. Design e comunicação: Cuíca Comunicação e Design. Registro fotográfico e making off: Jamil Kubruk. Composição em parceria música “Ouça”: Victor Nóvoa, Alba Brito e André Abujamra. Produção e realização: Marmorhaus Produções. Este projeto foi contemplado pela 12a Edição do Prêmio Zé Renato de Teatro para a cidade de São Paulo - Secretaria Municipal de Cultura.


Serviço
Filme Espetáculo - "Antígona Terceirizada"
Estreou em 15 de novembro.
Temporada:
até 4 de dezembro, todos os dias, às 19h.
Transmissão: YouTube do CCSP – Centro Cultural São Paulo.
Acesse aqui para acessar o link: linktr.ee/antigonaterceirizada
Duração:
70 minutos.
Classificação: 14 anos.
Ingressos: gratuito.
Todas as sessões possuem tradução em libras.


.: Comédia musical "Tralala" é uma das atrações do Festival Varilux


Consolidado como o maior evento de filmes franceses fora da França e somando mais de um milhão de espectadores em todo país desde sua criação, a 12ª edição do Festival Varilux de Cinema Francês, com exibição somente nos cinemas entre 25 de novembro e 8 de dezembro, traz a comédia musical "Tralala".

Integrante da seleção oficial de Cannes e codirigida por Arnaud e Jean Marie Larrieu, o filme acompanha um cantor de ruas de Paris que, milagrosamente, se reinventa na cidade de Lourdes. Aos 40 anos, Tralala encontra uma jovem que lhe deixa uma única mensagem antes de desaparecer: "Acima de tudo, não seja você mesmo". Teria Tralala sonhado? Ele deixa a capital e acaba encontrando em Lourdes a mulher pela qual já estava apaixonado, mas que não se lembra dele. 

Porém, uma emocionada mulher de 60 anos acredita que Tralala é seu próprio filho, Pat, desaparecido 20 anos antes nos Estados Unidos. Tralala decide assumir o papel. Ele vai descobrir para si uma nova família e encontrar a vocação que não sabia que tinha. Elenco: Mathieu Amalric, Josiane Balasko, Mélanie Thierry. Diretores: Arnaud e Jean Marie Larrieu. Distribuidora: Bonfilm. Classificação: 12 anos. Duração: 120 minutos.

Sobre os diretores
Jean Marie Larrieu e seu irmão Arnaud  desenvolveram uma paixão pelo cinema desde muito cedo, graças a um avô dos Hautes-Pyrénées que fazia filmes em 16 mm. A partir de meados da década de 1980, os irmãos realizaram diversos curtas-metragens que percorreram festivais, como "Les Baigneurs" (1991) e "Bernard ou les Apparitions" (1993). Eles levaram dois anos para refinar o roteiro de seu primeiro longa, "Fin d’été" (1999), a história do reencontro entre um engenheiro e seu ex-pai de 68 anos.

Em 2000, dirigiram Mathieu Amalric em "La Brèche de Roland", com a história de uma caminhada em família que se transforma em acerto de contas. Quatro anos depois, o ator participa também de "Un Homme, Un Vrai" ao lado de Hélène Fillières, que os cineastas já haviam dirigido no curta "Madonna in Lourdes".

Com um casting de peso (Auteuil, Azéma), "Pintar ou Fazer Amor", sexto longa dos irmãos, foi apresentado em competição no Festival de Cinema de Cannes em 2005. Em 2013, os Larrieu adaptaram o romance "Incidences" de Philippe Djian com o filme "L’amour est Un Crime Parfait", que estreou no Festival de Cinema de Toronto.

No verão de 2014, os dois irmãos gravaram "21 Nuits avec Pattie" com Isabelle Carré e Karin Viard. Equilibrado entre o solar e o noturno, o filme caminha livremente entre a comédia, o conto e o suspense, destacando o desejo feminino como fonte de ficção jubilosa.

Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.


terça-feira, 30 de novembro de 2021

.: 5x9: "9-1-1" mostra que "Past Is Prologue" e resgata histórias


Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em novembro de 2021

O nono episódio de "9-1-1", intitulado "Past Is Prologue", da quinta temporada da série exibida na FOX gringa começa com duas mulheres que conversam tranquilamente  num carro prata, uma delas ao volante até que uma freada brusca para o sinal vermelho leva a conversa para um outro rumo. Mas o que as faz chegar ao pedido de socorro do "9-1-1" é uma explosão de água que faz o chão da rua ceder, deixando o carro abaixo de um chafariz. Enquanto isso, o chão vai sendo levado pela água e um buraco cresce. Para piorar, a moça no carona do carro acabou com uma caneta cravada no tórax. Que atendimento pavoroso!

Longe da agitação do trabalho, Athena (Angela Basset) e Bob Nash (Peter Krause) fazem uma festinha para os dois. No entanto, eles são flagrados por May Grant (Corinne Massiah). Situação difícil de encontrar uma saída e fica o pedido para May avisar quando chegará na casa. Eis que Buck (Oliver Stark) está em dúvida sobre o rumo do relacionamento dele com Taylor Kelly (Megan West). 

Calma! Depois Taylor explica o comportamento estranho. Tudo está ligado ao pai dela, quem matou a mãe de Taylor. Contudo, a amada de Buck foi a primeira pessoa a encontrar o corpo. Realmente é algo muito traumático. E não pense que a história fica por aqui, terá mais.

Num Casino, em 1987, um motoqueiro com as vestimentas típicas adentra o local, sem tirar o capacete. Segue direto até uma mesa que realiza jogos e atira de modo certeiro para realizar um roubo. Nos dias atuais, temos Athena na jogada para desvendar esse caso do passado. Aliás, o passado ressurge diversas vezes nesse episódio. Daí o título!

Ao atender um senhor, inconsciente, Hen (Aisha Hinds) descobre que o homem foi próximo a mãe dela, Toni. Para tanto, Hen aproveita para saber sobre o pai. Algum tempo depois, ela conversa com a mãe sobre o senhor atendido. A bombeira quer saber mais. No entanto, na conversa são acrescidos Athena e Bob. E o assunto muda para o casino e os achismos deles torna a história ainda mais interessante. 

E Bob fica fascinado em desvendar o mistério do roubo do casino. Pois é! A ponto de assistir as gravações antigas e levantar a suspeita de que foi algo combinado -ao menos com o segurança do local. Assim, garantimos boas imagens de Athena e Bob em belas vestimentas para uma noite no Casino e até os dois tentam simular o que poderia ter acontecido ali há tantos anos. 

E não é que a gerente vê o casal e os interprela? Erro grave. Ela fica diante de um bombeiro e uma policial. Assim, entra na mira dos dois como uma possibilidade de estar envolvida com no crime que estava engavetado. Como? A estrutura física dela. Numa volta ao passado, a história do Casino é esclarecida.

Taylor visita o pai na prisão e ao desembarcar do ônibus, encontra Buck à espera. Ter o apoio de quem amamos é tudo, não é?! Ao menos Taylor sabe que não está sozinha. E não é que o homem socorrido por Hen realmente conhecia a mãe dela?! Os dois se reencontram, com uma ajudinha da filha, mas a mãe detesta e deixa bem claro. Resultado: a mãe de Hen diz que o passado é passado, abandonando qualquer possibilidade de um encontro.

Hen e Toni conseguem acertar os ponteiros numa conversa de mãe e filha e a integrante do 118 até sabe um pouco além do que tanto gostaria de saber. A verdade é que a conversa das duas é de muito, muito amor. Cena linda!! Contudo, a de arrepiar é da mãe de Hen e seu amor do passado. Na tela imagens de um passado e chega na atualidade, que é completada com o amor entre Athena e Bob, assim como o de Buck e Taylor. "Past Is Prologue" é um episódio que termina com muito amor!



Seriado: 9-1-1
Temporada: 5
Episódio: 9, "Past Is Prologue"
Exibição: 29 de novembro de 2021
Emissora original: Fox Broadcasting Company
Criadores: Ryan Murphy, Brad Falchuk, Tim Minear
Produtores executivos: Ryan Murphy, Brad Falchuk, Tim Minear, Alexis Martin Woodall, Bradley Buecker
Elenco: 
Angela Bassett (Athena Grant), Peter Krause (Bobby Nash), Jennifer Love Hewitt (Maddie Buckley), Oliver Stark (Evan "Buck" Buckley), Aisha Hinds (Henrietta "Hen" Wilson), Kenneth Choi (Howie "Chimney" Han), Marcanthonee Reis (Harry Grant), Ryan Guzman, Rockmond Dunbar.

*Editora do site cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm

.: "@Arthur Rambo - Ódio na Rede" traz discussão importante ao Festival Varilux


Novo filme de Laurent Cantet, diretor de "Entre os Muros da Escola", parte de uma história real para discutir questões contemporâneas como a responsabilidade nas redes sociais e as celebridades da internet. Quem é Karim D.? Um jovem escritor empenhado no sucesso? Ou seu pseudônimo Arthur Rambo, que espalha mensagens de ódio em suas redes sociais?

Em seus filmes, o francês Laurent Cantet costuma abordar questões sociais do presente. Foi assim com o ensino fundamental e inclusão em “Entre os Muros da Escola”, ganhador da Palma de Ouro em 2008, e em “A Agenda”, que aborda o desemprego na França em tom de thriller. Em "@Arthur Rambo - Ódio na Rede", que faz sua estreia no Brasil no Festival Varilux de Cinema Francês, o cineasta parte da história real do jovem Mehdi Meklat, que se tornou uma estrela do jornalismo, mas viu sua carreira ruir quando antigos tweets vieram à tona.

O Festival acontece até 8 de dezembro em diversas cidades. Para as exibições do filme, acesse https://variluxcinefrances.com/2021/filmes/arthur-rambo/. O longa será lançado no país pela Vitrine Filmes em 2022. No filme, o protagonista se chama Karim D.,  interpretado por Rabah Nait Oufella (“Nocturama”), que partindo da blogosfera se torna um jornalista e escritor de sucesso, chegando a assinar um contrato com uma editora para publicar um livro. Ele é saudado como a voz dos filhos e filhas de imigrantes vindos das regiões mais distintas da África, e logo também se torna um queridinho dos intelectuais de esquerda.

Quando a estrela de Karim parece estar chegando ao topo, algo acontece. Antigos tweets homofóbicos, racistas, misóginos e antissemitas vêm à tona. Comentários feitos sob um pseudônimo - Arthur Rambo, a sonoridade cria a ideia dupla remetendo ao personagem do cinema Rambo e ao poeta francês Arthur Rimbaud. "@Arthur Rambo - Ódio na Rede", cujo roteiro foi escrito por Cantet, Fanny Burdino e Samuel Doux, acompanha 48 horas na vida desse jovem, depois que ele é desmascarado.

Em entrevista ao site de cinema europeu, Cineroupa, Cantet conta que costumava acompanhar Mehdi Meklat em seus comentários políticos numa rádio francesa, e o achava muito inteligente. “Quando os tweets foram revelados, eu custei a acreditar que era a mesma pessoa. Como isso era possível? Para mim, era um quebra-cabeças, no qual vi potencial para um filme”.

Para o roteiro, ele também confessa que havia um dilema de como o filme deveria retratar seu protagonista. “Deveríamos estar muito distantes dele e o pintar como desprezível? Achamos que não devíamos julgar ou trazer explicações.  O personagem se mantém um enigma, um enigma que é confuso até para ele mesmo. O  filme tem certa empatia com o personagem, mas não o exime da culpa de ter escrito o que escreveu”.

O diretor também elogia bastante o trabalho do ator Rabah Nait Oufella, no papel de Karim D., um personagem complexo, e, nem sempre agradável. “Acredito que Rabah foi bem sucedido, e achou o equilíbrio certo para o protagonista. Ele não é simpático, mas também não é um monstro, nem uma vítima. Ele foi capaz de transmitir a complexidade do personagem”, disse o cineasta à Variety.

Ainda inédito também no circuito francês, "@Arthur Rambo - Ódio na Rede" foi exibido nos festivais de Toronto e San Sebastian, onde foi bem recebido e as questões contemporâneas do filme destacadas. “A decisão de trazer a história em apenas uma noite e dois dias traz o senso de urgência do tempo real”, escreve o Screen Daily.

Filme: "@Arthur Rambo - Ódio na Rede"
Direção:
Laurent Cantet
Roteiro: Laurent Cantet, Fanny Burdino e Samuel Doux
Produção: Marie-Ange Luciani
Elenco: Rabah Naït Oufella, Sofian Khammes, Antoine Reinartz
Direção de fotografia: Pierre Milon
Trilha Sonora: Chloé Thévenin     
Montagem: Mathilde Muyard
Gênero: drama, suspense
País: França
Ano: 2021
Duração: 87 minutos.

Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.

Teaser de "@Arthur Rambo - Ódio na Rede"


.: Fresno e Lulu Santos se unem no clipe de "Já Faz Tanto Tempo"

Foto: Camila Cornelsen


O poder de Lulu Santos para traduzir sentimentos, tempos e situações é algo inigualável. Então, para a Fresno, não havia participação mais certeira do que a de Lulu numa canção – de refrão pop – sobre uma relação que "não sai do pensamento" e difícil de superar. “Já Faz Tanto Tempo” é o nome da faixa que marca esse encontro entre Lucas Silveira, Gustavo Mantovani e Thiago Guerra, e Lulu Santos. Parte do nono disco da carreira do grupo, Vou Ter Que Me Virar, a canção ganhou na última sexta-feira, 26 de novembro, um registro audiovisual no canal de YouTube da Fresno (assista aqui). “O grande acontecimento desse clipe e dessa música é ter Fresno e Lulu juntos”, resume Lucas sobre o videoclipe que traz Camila Cornelsen na direção. 

“Quando decidimos que teria uma participação na faixa, não houve nenhuma outra possibilidade se não o Lulu, porque ter ele ali com a gente parece que faz a música pertencer a um outro tempo. Tem uma parada meio anos oitenta na canção que lembra muito os rocks dele”, reflete Silveira, sobre o convite que surgiu por meio  das redes sociais. “A Fresno tem uma carga de emoção muito forte e uma tristeza, quase um desespero, que eles processam na base do som e da fúria. São, de fato, emo. Não é algo que eu esteja inteiramente desacostumado, uma parte de mim também sente isso. Eu estou em casa”, comenta Lulu

Inicialmente, “Já Faz Tanto Tempo” foi feita para integrar uma versão deluxe do álbum sua alegria foi cancelada, em 2019. Passados dois anos, Lulu chegou a pensar que a banda tinha se esquecido dessa canção, mas a mudança de planos foi resultado da pandemia e de alguns caminhos escolhidos pelo grupo. “Quem esqueceria uma música com Lulu Santos?! A faixa ficou tão boa que a gente achou que não faria jus deixar ela em um deluxe. Tínhamos a noção de que quando fosse lançada ia ser foda”, conta o vocalista da Fresno.

“Já Faz Tanto Tempo” é o segundo single de Vou Ter que Me Virar e sucede o clipe da faixa-título (assista aqui). Enquanto essa composição versa sobre sentimentos conflitantes, o grupo é muito bem resolvido com a sua liberdade de criação, que carrega diversas referências musicais. Juntos, eles fazem um convite à mistura do pop de Lulu com a amplitude sonora da Fresno. A realidade, como entoado nos versos, é que a canção “não sai do pensamento”.


Ficha Técnica:

Produtora - Seiva

Diretora / Dir. Fotografia - Camila Cornelsen

Produtora Executiva - Marcela Sutter

Coordenadora de Produção - Samira Smid

Assistente Direção - Thales Banzai

Diretor de Produção - Anderson Boscari

Assistente Produção - Erika Figueira de Andrade

Assistentes de Set - Everton Santos de Oliveira (Dolar), Gabriel Amadio

Enfermeira - Bethania de Barros de Ramos

1º Assistente de Câmera - Cristian Soares da Cruz

2º Assistente de Câmera - Andre Toledo Silva Fridman

Video Assist - Millena Rosado Silva

Logger - Renato Groberman Hojda

Steadicam - Gustavo Morozini Batista

Direção de Arte - Otávio Texeira Françoso

Contra Regra - Marcelo Augusto de Miranda

Produtor de Arte - Marcio Gomes de Carvalho (Lelou)

Ajudante Arte - Fernando Arruda Augusto

Ajudante Arte - Victor Passarelo

Stylist - Carolina Otárola de Albuquerque

Ass. Styling - Álvaro Vinicius Soares Pereira

Hair & Make-up - Laura La Laina

Fresno Veste: Vans, John John, Ellus, Replay, Calzedonia, Singapura, Ami Paris, Prada

Gaffer - Vinícius Santos Corrêa

Assistente de Elétrica - Jonathan brayan rosa da silva

Assistente de Elétrica - Ícaro Batista de Macedo

Geradorista - Pablo Veridiano

Maquinista - Adilson da Silva Pinheiro

Assistente de Maquinaria - Walter Severino

Assistente de Maquinaria - Douglas Reis Candido

Montagem - Thales Banzai

Colorista - Caio Deziderio

VFX Partículas - jhony

VFX Analógico - Rollinos

VFX AR - NOVAS FRONTEIRAS


Novas Fronteiras | LED UNREAL ENGINE

Diretor Criativo de Tecnologias - Diogo José da Costa Pinto

Produtora - Gabriela Lacerda de Alcantara Bezerra

Assistente de Operação - Leonardo Artur Martins da Silva

Assistente de Operação - Mau Schram

Técnico Painel Led - Renan Braz Ribeiro

Assistente de Operação - Gabriel de Oliveira Ferreira da Silva


Alimentação

Flor de Lotus


Transporte

Aguimar Celestino de Aguiar

João Batista Souza dos Santos

Juarez  Ratti Carro de Camera

Gleison Simões Ferreira

William Macedo Leite

Motoboy - Tarcisio


Equipamentos

Locadora Highlight 

Monster Cam

Digital 35

WN Equipamentos

Quanta

Aguia Caixa de Produção e Infra


Equipe Banda

Filmmaker / Making Of - Douglas Cerqueira Mendes

Roadie - Bruno Leonardo Gobi


Apoio

Locadora Highlight

Monster Cam

Novas Fronteiras

Assista “Já Faz Tanto Tempo”


.: Podcast “Maldição Urbana” mergulha nas lendas urbanas brasileiras


Original Pod360, podcast tem elenco estrelado e episódios semanais. Nizo Neto, Mauro Ramos, Chris Couto e Erick Bougleux estão no elenco. O roteiro é de Kenny Lopes e Paula Febbe.

A palavra folclore, como muitos sabem, vem do inglês. É a junção das palavras folk, povo e lore, conhecimento. Ou, para ser mais específico, um conhecimento tribal, ou crença. Assim sendo, podemos considerar as lendas urbanas adições ao folclore, e assim como em lendas do nosso folclore nacional, como saci, curupira, mula-sem-cabeça, a maior dificuldade é determinar a origem dessas histórias.

Desvendar a procedência de lendas urbanas, e estabelecer se há verdade ou apenas delírio coletivo por trás das histórias. Este é o trabalho de Eduardo Sanchez, historiador, jornalista, e personagem principal de “Maldição Urbana”, novo podcast de ficção original da Pod360, o maior hub brasileiro dedicado ao universo podcast.

Ambientada nos anos 1980, a história é contada através dos registros em fita da ambiciosa, ainda que imprudente, pesquisa do historiador. Aconselhado pelo padre Paulo Pellegrino, Eduardo mergulha a fundo nas lendas urbanas mais populares no Brasil. Cético, imagina que sua inquisição irá revelar a ardileza humana por trás das macabras histórias, fenômenos sociológicos que, como o folclore, pode ser explicados racionalmente.

Sua jornada, contudo, revela aspectos sobrenaturais das histórias, colocando em xeque sua percepção da realidade. Em meio ao seu devir intelectual, Eduardo recorda o conselho oferecido por padre Paulo, aquela estranha paráfrase nietzschiana que soava herética nos lábios sacros do pároco: “Quando se olha longamente para dentro do abismo, o abismo acaba olhando para dentro de você”.

"O podcast mergulha nas lendas urbanas que todo brasileiro conhece, mas que nem sempre sabe de onde veio. Poder consolidar essas histórias em um projeto de ficção, que conta com um time de primeira, é uma grande satisfação", disse Felipe Lobão, sócio e head de conteúdo da Pod360. “Maldição Urbana” conta com dez episódios, disponibilizados semanalmente, sempre às quartas-feiras, em todas as plataformas de áudio.


Elenco estrelado
Nizo Neto
, filho do humorista Chico Anysio e da atriz e vedete Rose Rondelli, ganhou notoriedade com suas performances em atrações globais, como as novelas “Sinhá Moça” (1986), “A Próxima Vítima” (1995) e “O Cravo e a Rosa” (2000), além de sua extensa atuação no teatro, rádio e como comediante. Além de interpertrar o protagonista Eduardo Sanchez, Nizo assina ainda a direção do podcast. "Dirigir Maldição Urbana está sendo um grande prazer porque é um projeto que une duas paixões: terror e áudio drama", afirma Nizo.

Mauro Ramos é ator, dublador e locutor. Sua voz é conhecida do público brasileiro em personagens como Pumba ("O Rei Leão"), Shrek (onde substituiu o humorista Bussunda) e James “Sulley” Sullivan ("Monstros S/A"). É ainda o dublador oficial de atores como Geoffrey Rush, Forrest Whitaker, John Goodman, Gary Oldman, Danny DeVito e muitos outros. Em “Maldição Urbana”, ele dá vida ao misterioso padre Paulo Pellegrino.


As Lendas
● A Loira do Banheiro
● Matinta Pereira
● Casa da Dona Yayá
● Castelinho da Rua Apa
● Mulher de Branco
● Papa Figo
● Corpo Seco
● O terço


Ficha técnica:
Elenco:
Nizo Neto, Mauro Ramos, Chris Couto, Erick Bougleux
Roteiro: Kenny Lopes, Paula Febbe
Direção: Nizo Neto
Direção de conteúdo: Felipe Lobão
Direção executiva: Marcos Chehab e Tiago Bianco
Produtora: Pod360

.: Documentário A Pedra, de Davidson Candanda, na plataforma Todesplay

A partir da vivência de três pessoas pretas, obra levanta questões sobre o racismo na educação. Foto: divulgação


O documentário "A Pedra", de Davidson Davis Candanda, aborda as conquistas de três personagens, Roberto Borges, Heloisa da Costa e Adelson Martins, na luta e resistência antirracista, além de tratar sobre o racismo na educação. Roberto Borges é professor de mestrado em Relações Étnico-Raciais do Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio de Janeiro (Cefet-RJ), curso que ajudou a criar. Heloise da Costa é professora e realiza, numa escola municipal da Favela do Complexo da Penha (RJ), um projeto sobre a construção da identidade de crianças negras no ensino fundamental. Adelson Martins, tem 42 anos e tenta terminar o ensino médio e gerir seu próprio negócio, com a ajuda da esposa.

Com duração de 81 minutos, o documentário é uma produção do Coletivo Siyanda - Cinema Experimental Negro, que objetiva assumir a responsabilidade de criar imagem e representação do povo preto de maneira respeitosa.

A produção pode ser conferida na Todesplay, plataforma de streaming voltada para exibição de conteúdo identitário, dando prioridade a produções audiovisuais negras, LBGTQ+ e indígenas. O documentário A Pedra tem classificação livre.


Serviço:

Plataforma Todesplay

Assinatura: R$ 6,90 nos primeiros 10 meses

segunda-feira, 29 de novembro de 2021

.: "Encanto" é linda animação Disney de roteiro que não se sustenta

Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em novembro de 2021


O colorido vibrante e a musicalidade dos teasers e trailers formaram a dupla perfeita para convencer o público a ir ao cinema para assistir "Encanto", a 60ª animação da Disney. E toda a alegria visual e musical fisgam o público desde o início e seguem lado a lado até a conclusão da produção que homenageia a América Latina. "Encanto" é lindo! No entanto, há um problema grave que não cria qualquer elo com quem está do outro lado da telona e deixa a sensação de ser um novo "O Galinho Chicken Little" pela história rasa e que não se sustenta.

"Encanto", da Walt Disney Animation Studios, conta a história dos Madrigal, uma família extraordinária que vive escondida nas montanhas da Colômbia, em uma casa mágica conhecida como Encanto. Os membros da família tem dons diversos, menos Mirabel, uma jovem de 15 anos que não encontra um lugar na família. Seria a falta de mágica em Maribel que pesa a aparência e não convence em toda essa jovialidade? Está mais para uma quase balzaquiana, perto dos 30.


Enquanto a animação batalha para mostrar que todos são importantes, independente de dons, ao fim, "Encanto" retorna a ponto inicial e tudo o que conta é derrubado por terra. Um exemplo, é o fato de cada personagem se sentir bem somente caso tenha um dom mágico. Quando a casa dos Madrigal vai perdendo a magia, os habitantes sofrem também. 

A irmã fortona de Maribel chega a dizer não ser ninguém sem a força. Contudo, antes do fim de 1h 49min, ela volta a erguer peso e estampa toda felicidade. E você se pergunta: e a importância de cada um sobre ser quem é independente dos dons?! A verdade é que "Encanto" engana por vezes. 

Em resumo, pode-se dizer que é a história de uma família com dons, exceto uma, Maribel, sendo que todos vivem em uma casa mágica. Não mais do que isso, pois quando Maribel consegue se entender com a irmã metidona a perfeita que faz flores mimosas, parece que irá caminhar para as diferenças entre irmãs, algo no estilo "Frozen". Ora segue pelo caminho avó e neta, o que lembra "Pocahontas", mas logo fica claro que em nada tem a ver e ainda acontece da pior forma. A vó de Maribel é uma viúva amargurada e ainda desconta tudo na sem dom. 

É impossível não se questionar sobre todo o bullying que Maribel é vítima. Aliás, "Encanto" reforça e muito a ideia de que os primeiros ataques psicológicos são feitos justamente por familiares. Daí toda a necessidade de Maribel tentar a todo custo se encaixar em algo que não é dela, ter um dom mágico, para ao menos se fazer perceber.

Outro ponto decepcionante é que o fato de uma das filhas da vovó viver com uma nuvem acima. Contudo, raramente vemos arco-íris, enquanto que temporais e muita chuva, com frequência. Geralmente, de cara feia e querendo descontar a raiva em alguém. E não é que quando a história parece valorizar todos os personagens e sua essência, a da nuvem, segue exatamente fazendo chover?! Pois é, ela seguiu sendo raivosa.

"Encanto" anima qualquer um, mas apenas pelo visual e a sonoridade. A propósito, a trilha sonora original de Lin-Manuel Miranda e a instrumental desenvolvida pela compositora Germaine Franco, é belíssima. E tudo o que se vê no filme é a incrível explosão de cores típicas da Disney, além de referências a tantos filmes de sucesso deles como "Monstros S.A", ao apresentar uma sequência de portas. Embora quase não tenha uma história, vale a pena conferir "Encanto"!

Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm


Filme: Encanto

Data de lançamento: 25 de novembro de 2021 (Brasil)

Diretores: Byron Howard, Jared Bush

Música: Lin-Manuel Miranda

Produção: Clark Spencer; Yvett Merino Flores

Idioma: inglês

Companhia(s) produtora(s): Walt Disney Pictures; Walt Disney Animation Studios

.: Milton Nascimento tem três álbuns reeditados no streaming

 

Foto: João Couto

Um dos artistas mais originais e que criou um movimento à parte na música popular brasileira, Milton Nascimento, acaba de completar 79 anos e o marketing estratégico da Sony Music não fez por menos e, dando prosseguimento ao projeto de digitalização de seu catálogo, incluindo a restauração de tapes analógicos e projetos gráficos originais, completou a discografia do artista registrada em seus estúdios nas plataformas de streaming.

Com isto, o disco mix “RPM e Milton Nascimento” (1987) e o álbum “Miltons” (1988) chegam pela primeira vez às plataformas digitais. O exponencial “Yauaretê” (1987), que até então não estava disponível em todas as plataformas digitais, poderá ser desfrutado sem quaisquer restrições ainda esse mês. A discografia do artista na Sony também passará por um processo de otimização no YouTube, a partir deste mês de novembro, para disponibilizar todas essas músicas para os usuários da plataforma.


Produzido por Márcio Ferreira, então empresário do artista, “Miltons” (1988) era mais informal e menos grandiloquente que seus álbuns mais recentes até então, tendo na banda de base, entre outros, dois velhos amigos, o tecladista Herbie Hancock e o percussionista Naná Vasconcelos (além de Robertinho Silva em duas faixas). Composto basicamente de regravações, trazia apenas duas inéditas, “River Phoenix – carta a um jovem ator”, escrita – letra e música – por Bituca para homenagear o ídolo, após ficar encantado por sua atuação no filme “Conta Comigo” – e “Sêmen”, em parceria com o saudoso Fernando Brant. As demais faixas eram regravações de obras já consagradas. 

Uma pelo 14 Bis (“Bola de Meia, Bola de Gude”, originalmente composta para o espetáculo “O Último Trem”, do Grupo Corpo, que ganhou letra de Brant a pedido do grupo, que a estourou em seu segundo álbum, de 1980), duas por Nana Caymmi (“Fruta Boa”, outra da dupla Milton e Brant, e “Sem Fim”, do baixista Novelli com o poeta Cacaso) e outra por César Camargo Mariano (que havia registrado sua parceria com Bituca “Don Quixote” em seu álbum do ano anterior, “Ponte das Estrelas”).

Milton também gravou uma adaptação livre para o standard latino “La Bamba”, que ganharia letra de seu próprio punho somente 15 anos depois, a fim de presentear sua afilhada Maria Rita (rebatizada de “A Festa”, tornou-se o primeiro sucesso da cantora). Também releu uma canção que se tornou clássica em sua própria interpretação, “San Vicente”, que lhe abriu as portas para o intercâmbio com artistas da América Latina em 72 quando a registrou no clássico álbum “Clube da Esquina”, transformando sua casa numa república livre para artistas das Américas de passagem pelo país. Finalmente, “Feito Nós”, recente parceria gravada em dueto no ano anterior com o roqueiro Paulo Ricardo, então integrante do RPM, neste álbum ganhava novo arranjo.


A propósito, em 1987 o RPM era o grupo mais popular do país, alcançando a cifra inédita de 2.500.000 de cópias do álbum “Rádio Pirata Ao Vivo”, lançado pela então CBS, hoje Sony Music. Daí que o disco mix (no formato de um LP, mas com duas faixas) “RPM e Milton Nascimento” foi um lançamento bastante festejado à época. Produzido e mixado pelo expert Mazzola, trazia a referida faixa de trabalho “Feito Nós”, com música de Milton e letra de Paulo Ricardo, numa pegada mais roqueira; e “Homo Sapiens”, com música de Paulo e letra de Milton.

No mesmo ano, Bituca – que desde 1969 mantinha em paralelo uma exitosa carreira e discografia voltada para o mercado exterior – lançava em 87 seu primeiro álbum internacional com produção fixada no Brasil (a cargo do mesmo Mazzola). A então CBS não mediu esforços para tornar “Yauaretê” um álbum de penetração mundial, já que o anterior, mesmo sem tal ambição, havia chegado às paradas da Billboard.


Agora disponível em todas as plataformas de streaming, trata-se de uma excelente oportunidade do público redescobrir parcerias vocais de Milton com Paul Simon (“Vendedor de Sonhos”) e autorais com Cat Stevens e Márcio Borges (“Mountain”) ou reouvir seu velho hit “Morro Velho” com concepção de arranjo do mago Quincy Jones. Também ouvirá os tecladistas americanos Herbie Hancock e Don Grusin, o saxofonista Wayne Shorter e o trompetista Jerry Hey passeando por suas faixas, ao lado dos nossos Robertinho Silva, Nelson Ayres, Celso Fonseca, Túlio Mourão, Rique Pantoja, Heitor T.P., do grupo Uakti, entre outros craques.

Eles ajudaram a imortalizar temas como a politizada “Carta à República” e a existencial “Meu Mestre Coração” - as faixas mais badaladas do álbum no país - , além de “Canções e Momentos”, revelada um ano antes num dueto com Maria Bethânia em seu badalado LP “Dezembros” – todas, parcerias com o onipresente Fernando Brant.

Sua discografia na Sony Music traz ainda dois álbuns interessantes, “Txai” (1990) e “O Planeta Blue na Estrada do Sol - Ao Vivo” (1991). O primeiro foi fruto de uma viagem do cantor pelo rio Juruá, afluente do rio Amazonas, a fim de descobrir sons dos povos da Floresta Amazônica, incluindo os de diversas tribos indígenas, que foram devidamente registrados no álbum, entremeados a obras autorais que os tiveram como inspiração. 

Também havia baladas românticas como “Coisas da Vida” (com Brant) e a obra-prima “A Terceira Margem do Rio”, numa parceria com Caetano Veloso, em referência ao mais famoso conto de Guimarães Rosa. Com este álbum, tornou-se até então o único artista brasileiro e conquistar o primeiro lugar na parada de World Music da Billboard, além de Músico do Ano, pela revista Downbeat em 90, pela Downbeat Reader’s Pool, em 91 e pela Downbeat Critics Pool, em 92.

Já o seu álbum ao vivo de 1991 era o registro de um show em que mergulhava num Brasil profundo e afetivo, buscando revigorá-lo por meio de canções próprias, com letras de Fernando Brant (“Vevecos, Panelas e Canelas” e “Planeta Blue”) e de compositores de sua preferência, como Tom Jobim e Dolores Duran (“Estrada do Sol”), Caetano Veloso (“Um Índio”), Chico Buarque (“Brejo da Cruz” e “Beatriz”, esta com Edu Lobo), sem esquecer do clássico atemporal “Luar do Sertão”, de João Pernambuco e Catulo da Paixão Cearense, composta na virada do século XIX para o XX. Com essa pequena mostra de quatro álbuns e um disco mix você pode ter ao alcance de um clique o Milton latino, o Milton africano e o Milton universal. Estão todos soltos lavando a nossa alma. Como disse certa vez Aldir Blanc, “Todos os Miltons são reNascimentos”.


.: Novo podcast aborda teorias da conspiração em histórias aterrorizantes


A escritora e roteirista Paula Febbe, uma das mais importantes autoras de terror do país e que lançou recentemente seu sétimo livro, "Vantagens que encontrei na morte do meu pai", é a apresentadora do novo podcast original Spotify. "Teorias de Quinta" acompanha teorias da conspiração mais elaboradas, as famosas Creepy Pasta. O podcast é produzido pela Pod360, maior hub brasileiro de podcasts profissionais.


O podcast "Teorias de Quinta". Um original Spotify, apresentado pela escritora e psicanalista Paula Febbe, autora brasileira de diversos livros de terror, entre eles o recém-lançado "Vantagens que Encontrei na Morte do Meu Pai", publicado pela editora Darkside Books.

"Teorias de Quinta" é produzido pela Pod360 - maior hub brasileiro dedicado exclusivamente à produção e gestão de podcasts profissionais = o programa tem episódios semanais que levam ao público histórias de fantasmas, assombrações e lendas aterrorizantes, acompanhadas das teorias da conspiração mais elaboradas, as famosas Creepy Pasta.

Nesse podcast de gelar a espinha, Paula conduzirá os ouvintes para um mundo de horror e obscurantismo, atravessando o véu da sanidade para explorar o desconhecido de forma completamente absurda e bem humorada. “Pouca gente sabe, mas os autores de terror geralmente têm muito bom humor, e o 'Teorias de Quinta' mostra esse absurdo que o terror carrega e vice-versa. Diretamente das catacumbas do Spotify para os seus ouvidos”, afirma Paula Febbe, aos risos.

“Nós, que respiramos podcast na Pod360, estamos muito felizes em saber que nossa produção e conteúdo está alinhada com os objetivos criativos e estratégicos do Spotify”, comenta Felipe Lobão, sócio e head de conteúdo da Pod360. No "Teorias de Quinta", todas as quintas-feiras estreia uma nova história de arrepiar. Ou mesmo para rir muito.


Uma apresentadora aterrorizante
Paula Febbe é autora de sete livros de terror. Ela tem uma escrita brutal e bastante característica em que expõe o pior que há no ser humano, assim, na cara, sem floreios. Escolhida como um dos novos nomes do terror nacional para integrar o time da editora Darkside Books, Paula ganhou diversos prêmios no cinema com o filme de curta metragem "5 Estrelas", que co-escreveu com o diretor Fernando Sanches. Dentre eles, o Prêmio Aquisição Canal Brasil no Festival Ibero-Americano de Cinema. 

O filme também fez parte da seleção oficial do LABRFF, em Los Angeles e do Festival FANTASPOA, no ano de 2020, mesmo ano em que Paula foi a roteirista do documentário "Fetiche", de Heitor Dhalia, também inspirado por um conto da autora. Em 2021, 5 Estrelas ainda foi finalista do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro.

.: Autor da novela “Os Mutantes”, Tiago Santiago lança livro sobre magia


Autor de diversas novelas de sucesso, Tiago Santiago lançou o livro “Os Caminhos do Mago”, uma obra sobre a magia, na realidade. “Vivemos num universo mágico. A magia não é apenas matéria de ficção e fantasia, a magia é real, ela é a realização da vontade”, expressa o autor.

O interesse do novelista pelo tema vem de sua infância, quando queria entender por que alguns homens e mulheres conseguiam realizar milagres. Suas pesquisas sobre a magia o levaram, ainda na adolescência, à Kabbalah. “Nos estudos acadêmicos, em Sociologia e Antropologia, passei a investigar o pensamento mágico, que existe em todas as culturas humanas”, pontua.

No livro, o autor explora diversos aspectos mágicos da realidade, com o objetivo de compartilhar ferramentas para que cada leitor encontre seus próprios caminhos mágicos de realização. “Os Caminhos do Mago” narra as experiências mágicas do autor, em diversas tradições, a alquimia, o esoterismo, Helena Blavatsky, a magia de Wicca, de Abraxas, a ayahuasca, seu encontro com Paulo Coelho, a geometria sagrada, Crowley, o espiritismo, religiões de origem africana, zen, budismo, hinduísmo, xamanismo, sufismo, hassidismo, entre outras.

É um livro de filosofia, ocultismo e de autoajuda ao mesmo tempo, A obra pode ajudar o leitor a encontrar caminhos para suas realizações, sempre para o amor e o bem, sem nenhuma prática que possa fazer mal a alguém. Você pode comprar o livro neste link.


Sobre Tiago Santiago
Tiago Santiago tem uma carreira de fenômenos de audiência, desde sua estreia como roteirista, quando ajudou a escrever "Vamp", em 1991, que até hoje faz sucesso na Globoplay. Seguiram-se muitos outros sucessos em novelas da TV Globo ("Olho no Olho", "Uga Uga", "Malhação 2001", "O Quinto dos Infernos", "Kubanacan") e em programas como "Você Decide", do qual foi coordenador de roteiros durante muitos anos.

Na TV Record, o autor tirou a emissora do patamar de zero pontos de ibope, com a novela anterior, para o pico de 25 pontos de audiência, com a nova versão de "A Escrava Isaura", e 30 pontos, com "Prova de Amor", até hoje a novela de melhor média de audiência da Record, atualmente em sua terceira reprise, de novo chegando a pontuar na liderança, assim como aconteceu também com a trilogia de novelas "Os Mutantes".

Tiago Santiago credita o sucesso em TV, que lhe rendeu um contrato milionário com o SBT, durante alguns anos, a toda a grande experiência acumulada, com histórias encantadoras, inspiradas em clássicos e na vida real, com interesses para todas as gerações. Quase todos os trabalhos de Tiago Santiago em TV foram fenômenos de audiência, voltados para as grandes questões humanas, e isso os mantêm atuais, mesmo com o passar do tempo.

O autor não descarta voltar a escrever para a TV no Brasil, mas resolveu dar uma guinada em sua vida, em busca de expandir a carreira internacional. Reside há alguns anos em Los Angeles, onde tem projetos em desenvolvimento, na indústria de Hollywood. Decidiu lançar livros porque é apaixonado pela literatura, e acredita que os livros têm mais poder do que as novelas, para perpetuar suas mensagens. Como contador de histórias, o autor acredita que tem a missão de compartilhar conhecimento, ao lado do bom entretenimento.

"Os Caminhos do Mago"
Autor: Santiago, Tiago
Ano: 2021
173 páginas
Editora: TXS
Você pode comprar o livro neste link.



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