segunda-feira, 1 de agosto de 2022

.: Leonardo Boff reúne contos e histórias indígenas em livro


Em "O Casamento entre o Céu e a Terra - Contos dos Povos Indígenas do Brasil", o autor reúne relatos, mitos e histórias dos povos originários brasileiros. Nova publicação conta com ilustrações da artista indígena Daniela Ramos (danirampe) e apresentação do escritor Daniel Munduruku.


"As histórias indígenas - erroneamente chamadas de 'mito' - nos revelam exatamente onde moram os milagres da vida: na comunhão, na partilha, na fartura, no pertencimento, na tolerância. Ler as histórias indígenas apenas com a cabeça não nos permite sentir a verdade que elas trazem dentro de si e que precisam ser ouvidas com o coração. Fica aqui, pois, meu convite: leiam essas histórias não com a cabeça, mas com o coração, que é o centro de todos os sentidos. É dentro dele que mora a magia, o sagrado, o mistério." - Introdução por Daniel Munduruku


Professor, teólogo, filósofo, escritor e um dos principais defensores dos direitos humanos no Brasil, Leonardo Boff lança nova edição de "O Casamento entre o Céu e a Terra - Contos dos Povos Indígenas do Brasil", publicado pela editora Planeta. No livro, o autor reúne relatos, mitos e histórias dos povos originários brasileiros, com o objetivo de ressaltar suas inestimáveis contribuições na constituição cultural do país.

A publicação é dividida em duas partes: na primeira, diversas narrativas apresentam a epistemologia indígena, seus costumes, modos de pensar e compreender a natureza; na segunda, são apresentadas informações a respeito desses povos, como as etnias e línguas que se estendem pelo território brasileiro, bem como quais elementos contemporâneos fazem parte de nossa herança indígena.

Recolhidas ao longo dos anos e através de visitas a diversas etnias, as histórias dão explicações poéticas a fenômenos da natureza: “Como são grandes observadores, acumularam enorme sabedoria. Como nós, eles também perguntam: ‘Por que existem o dia e a noite? Por que as estrelas têm brilho diferente? De onde veio o guaraná, de que gostamos tanto?’. Para responder a essas indagações, contam estórias interessantíssimas. E elas nos enchem de encantamento”, afirma o autor no prefácio. Cada história é capaz de nos conectar à sabedoria ancestral das comunidades indígenas, reforçando sua importância na cultura brasileira.

Esta nova edição propõe uma abordagem literária, sem perder o contexto didático do livro quando foi originalmente lançado. Além de um viés inovador, a publicação da editora Planeta conta com ilustrações da artista indígena Daniela Ramos (danirampe) e apresentação do escritor Daniel Munduruku. Em um momento de ameaças reais ao meio ambiente e ao futuro dos povos originários no Brasil, a nova edição de "O Casamento entre o Céu e a Terra" torna-se essencial para colocarmos as culturas e as tradições indígenas no centro do debate. Você pode comprar o livro "O Casamento entre o Céu e a Terra", de Leonardo Boff, no link.


Trechos do livro
Depois de ter vivido feliz com Denaquê por muitos e muitos anos, e ensinado aos Karajá a cultivar o milho, a mandioca e tantas coisas saborosas, Tainá-Can voltou ao céu para continuar a brilhar eternamente. E junto levou sua amada Denaquê. Por isso, como companheira inseparável, também brilha no céu, sempre junto da estrela-d’alva, também uma estrela singela e de brilho esmaecido.

Nunca mais deixaram de comer essas raízes. E foi assim que elas se tornaram o principal alimento dos Tupi-Guarani, das demais etnias e da maioria dos brasileiros, fazendo farinha, beijus e cauim. Chamaram então as raízes de Mandioca, que significa “casa de Mandi” ou também “corpo de Mandi”.

O Espírito das Águas teve pena imensa de Yara. Acolheu seu corpo machucado. Inspirou-lhe vida e devolveu-lhe todo o esplendor de sua beleza. Mas, para que não pudesse nunca mais ser violada, transformou-a em sereia. O “índio” não existe. O que existe são centenas de nações indígenas, algumas tão diferentes das outras como é diferente o Brasil da Austrália.

Viemos de um projeto civilizacional que se estrutura ao redor do poder-dominação sobre os outros povos, as outras classes e a natureza. Esta sistemática agressão pode destruir a nós e à vida. Por isso, é urgente que aprendamos formas alternativas de relação para com a natureza. E os indígenas nos mostram o caminho.


Sobre o autor
Leonardo Boff cursou filosofia e teologia, doutorando-se nas duas disciplinas pela Universidade de Munique-Alemanha, em 1970. Ingressou na Ordem dos Frades Menores, franciscanos, em 1959. Durante 22 anos, foi professor de Teologia Sistemática e Ecumênica em Petrópolis, no Instituto Teológico Franciscano, além de professor de Teologia e Espiritualidade em vários centros de estudo e universidades no Brasil e no exterior.

É doutor honoris causa em política pela universidade de Turim (Itália) e em teologia pela Universidade de Lund (Suécia), tendo ainda sido agraciado com vários prêmios no Brasil e no exterior, por causa de sua luta pelos direitos humanos. Em 1984, em razão de suas teses ligadas à Teologia da Libertação, foi submetido a um processo no Vaticano, pelo qual foi punido.

Em 1992, sendo de novo ameaçado pelas autoridades de Roma, renunciou às atividades de padre. É autor de mais de 60 livros nas áreas de teologia, espiritualidade, filosofia, antropologia e mística. A maioria de sua obra está traduzida nos principais idiomas modernos.

Ficha técnica
Título: "O Casamento entre o Céu e a Terra - Contos dos Povos Indígenas Brasileiros"
Autor: 
Leonardo Boff
Ilustrações:
Daniela Ramos
Texto de introdução: Daniel Munduruku
Editora: Planeta
Páginas: 240
Link na Amazon: https://amzn.to/3S4If1H

.: “Poliana Moça” chega ao centésimo capítulo com emoções e tensões

Após sequestro, Poliana quer saber como o pai está (Foto: João Raposo/SBT)


A novela juvenil do SBT, “Poliana Moça” chega ao centésimo capítulo com muitas emoções e tensões nos acontecimentos de sexta-feira, 05 de agosto. Enquanto Luigi conta para o irmão Mario que beijou Song, Roger, Otto e Marcelo abandonam o cativeiro no qual foram matidos enquanto estavam sequestrados. Os irmãos mais velhos levam Marcelo, muito ferido, ao hospital, que, devido a um trauma na cabeça, fica internado em estado grave. 

Bento recebe flores em nome de Ruth, o que com que o sobrinho reconheça a mensagem de Renato e questione a tia sobre suposto envolvimento amoroso com o professor de música. Luísa se emociona ao ver o marido na UTI. 

Emocionada, Poliana pergunta ao pai se os sequestradores o machucaram, mas Otto não quer comentar sobre o ocorrido. Por sua vez, Gleyce resiste em fazer festa de aniversário de casamento. Vinícius e Raquel decidem conversar sobre o relacionamento deles. Dr. Davi encontra a família de Marcelo para dar resultado clínico final do paciente.

A novela “Poliana Moça” vai ao ar de segunda a sábado, às 20h30, no SBT

Otto, Roger e Marcelo em cativeiro (Foto: Lourival Ribeiro/SBT) 

.: Entrevista com Sergio Guizé: em "Mar do Sertão" será Zé Paulino

Sergio Guizé comenta o trabalho em "Mar do Sertão", ator será Zé Paulino, personagem que após um acidente é dado como morto. Foto: Rede Globo/Divulgação


Zé Paulino (Sérgio Guizé), vaqueiro da fazenda Palmeiral, é um rapaz honesto e corajoso, que vive para o trabalho e para Candoca (Isadora Cruz), seu grande amor. É filho de Daomé, meeiro da fazenda, por quem tem adoração. Aliás, é seguindo o exemplo do pai que Zé Paulino trata a todos com respeito, o que faz com que ele seja uma pessoa muito querida em Canta Pedra. O rapaz também é muito leal ao patrão, coronel Tertúlio (José de Abreu), dono da fazenda.

No início da trama de "Mar do Sertão", Zé Paulino e Candoca estão noivos, em meio aos preparativos para o casamento. Candoca é professora e, assim como o vaqueiro, luta pela melhoria das condições de vida do povo da cidade. A jovem sonha se tornar médica e tem total apoio do noivo. 

Esse conto de fadas, no entanto, será interrompido quando Zé Paulino sofre um acidente e é dado como morto. Tertulinho (Renato Góes), que já estava dando suas investidas em Candoca há um bom tempo mesmo sendo rejeitado, vê a tragédia como uma oportunidade de finalmente conquistá-la. Quando Zé Paulino volta para Canta Pedra, 10 anos depois, em busca de justiça, ainda terá que aprender a lidar com a nova realidade: Candoca, seu grande amor, casada com seu rival.  

"Mar do Sertão" é uma novela criada e escrita por Mario Teixeira com direção artística de Allan Fiterman. A obra é escrita com Marcos Lazarini, Claudia Gomes e Dino Cantelli, e com colaboração de Carol Santos. A direção geral é de Pedro Brenelli com Bernardo Sá, Natália Warth e Rogério Sagui. A produção é de Silvana Feu e a direção de gênero de José Luiz Villamarim. Confira a entrevista com Sergio Guizé!

 

Como você define seu personagem, Zé Paulino?

Sérgio Guizé: O Zé Paulinho é um homem honesto, corajoso, que trabalha como vaqueiro na fazenda Palmeiral e tem muita gratidão pelo patrão, o coronel Tertúlio (José de Abreu). Ele é completamente apaixonado pela noiva, Candoca, mas seu castelo começa a ruir quando Tertulinho, o filho do coronel, volta da capital para Canta Pedra e começa a dar em cima de Candoca. 

 

Zé Paulino será dado como morto e volta depois de 10 anos. Como isso vai impactar na personalidade do personagem?

Sérgio Guizé: Após o acidente, Zé Paulino vai reaprender a viver sem Candoca e sem a vida que ele construiu em Canta Pedra. Será uma jornada de tentar entender tudo o que aconteceu na ausência dele e de tentar acabar com as injustiças das quais o povo da cidade sempre foi vítima na mão dos poderosos. Será um misto de emoções.

 

Zé Paulino e Timbó têm uma relação muito próxima, de respeito e de amizade. Fale um pouco sobre essa ligação.

Sérgio Guizé: Acredito que o Zé Paulino entende que, mesmo sendo analfabeto, o Timbó sabe mais sobre a vida do que muita gente que estudou. Zé Paulino admira a sabedoria do amigo para cuidar da terra e preservar a memória de seus antepassados.

 

O que mais te encanta em "Mar do Sertão"?

Sérgio Guizé: O que mais me encanta são os questionamentos que o Mario Teixeira propõe com o texto dele. Ao mesmo tempo em que estamos contando uma história de amor, temos temas como a preservação do meio ambiente, a concentração de poder na mão de poucos, a força feminina, entre outros. É bonito ver a trajetória de alguns personagens fazendo de tudo para salvar aquela terra que é tão importante para eles.

 

O que o público deve esperar da novela?

Sérgio Guizé: Estamos fazendo uma novela que fala do interior do Brasil e de sua gente. Veremos tipos universais representados, mas de uma forma especial, conduzidos pelo texto do Mario e pela direção do Allan Fiterman e equipe. É uma história alegre, com muitas cores e muita leveza, que espero que o público se identifique e goste bastante. 


domingo, 31 de julho de 2022

.: Crítica: "A Morte Te Dá Parabéns" é um thriller sem defeitos

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em julho de 2022


Uma garota cheia de si que morre por vezes seguidas. Este seria o resumo em poucas palavras do longa da Blumhouse, "A Morte Te Dá Parabéns" que acumulou mais de US$ 122 milhões nas bilheterias mundiais. Contudo, a produção dirigida por Christopher B. Landon vai além da mudança de comportamento da mocinha má e ainda bebe na fonte do clássico filme com Bill Murray, "Feitiço do Tempo", com o qual, de fato, estabelece uma grande ligação. 

Em 1h36, o público conhece a linda e enjoada estudante universitária Tree Gelbman (Jessica Rothe) que acorda na cama do dormitório do também universitário Carter (Israel Broussard). Grosseira e egocêntrica, segue a vida cercada por outras moças ocas e tão arrogantes quanto ela. Na verdade, Tree mostra o quanto se diverte quando maltrata os outros, inclusive o próprio pai que a acorda por ligação justamente no dia do aniversário dela. 


Recebe os cumprimentos das amigas pela nova fase da vida, ganha um cupcake com velinha e, por fim, o encontro com o assassino. Ao morrer -dia após dia-, Tree renasce e revive tudo. Inicialmente, faz tudo quase que do mesmo jeito até que se dá conta de como seu dia irá terminar -e recomeçar. Assim, ela se empenha em descobrir quem está por trás da máscara de bebê que a mata brutalmente todo dia. Nesse processo repetitivo, ela tenta alterar certas ações para escapar viva. Logo, a esnobe vai baixando a guarda enquanto segue nesse looping macabro. Faz uma autoavaliação no qual constata o quão detestável é e até faz amizade com Carter. 

Embora seja espelhado no romântico "Feitiço do Tempo""A Morte Te Dá Parabéns" é totalmente aterrorizante, pois é um terror slasher -subgênero de filmes de terror quase sempre envolvendo assassinos psicopatas que matam aleatoriamente. "A Morte Te Dá Parabéns" garante bons e inesperados sustos. Nele há a mocinha, que é a "final girl" -embora seja o único alvo do assassino-, Tree enfrenta quem a ameaça e busca pelo verdadeiro assassino atrás da máscara, além de um perfeito jogo de intrigas e, claro, uma boa e certeira vingança, tal qual sempre se vê em clássicos do terror como "Lenda Urbana", "Pânico", "Eu Sei O Que Vocês Fizeram no Verão Passado" e "Sexta-feira 13"

Todos os elementos de um thriller sem defeitos estão no longa com orçamento de US$ 4,8 milhões. O filme surpreende com uma edição envolvente que colabora para o crescimento da trama, assim como a revelação do assassino. Além de garantir uma trilha sonora com Demi Lovato e seu hit "Confident", música que descreve bem a protagonista. "A Morte Te Dá Parabéns" é um filmaço de terror da nova geração que já tem pinta de clássico. Imperdível!


Filme: "A Morte Te Dá Parabéns" ("Happy Death Day")

Gênero: Terror/Thriller

Classificação: 14 anos

Ano de produção: 2017

Direção: Christopher B. Landon

Duração: 1h36

Data de lançamento: 12 de outubro de 2017 (Brasil)

Elenco: Jessica Rothe (Tree Gelbman), Israel Broussard (Carter Davis), Jason Blum, Ruby Wylder Rivera Modine (Lori Spengler), Rachel Matthews, Phi Vu (Ryan Phan)


Mary Ellen Farias dos Santos, editora do portal cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm

Trailer




.: Última semana do monólogo "Virgínia", com Claudia Abreu, no Sesc 24 de Maio

Com temporada até dia 7 de agosto e direção de Amir Haddad, "Virginia" marca a estreia da atriz como autora teatral. Livro com o texto da peça foi publicado pela editora Nós, que edita Virginia Woolf no Brasil Na imagem, Claudia Abreu no espetáculo "Virginia"; Foto: Rogério Faissal

A atriz Cláudia Abreu apresenta a última semana de "Virgínia", seu primeiro monólogo, que foi idealizado e escrito por ela a partir da vida e da obra de Virginia Woolf (1882-1941) no Sesc 24 de Maio. Em cena, a atriz interpreta a genial escritora inglesa, cuja trajetória foi marcada por tragédias pessoais e uma linha tênue entre a lucidez e a loucura. A estrutura do texto se apoia no recurso mais característico da literatura da escritora: a alternância de fluxos de consciência, capaz de ‘dar corpo’ às vozes reais ou fictícias, sempre presentes em sua mente.

"Virginia" é o resultado dos vários atravessamentos que Virginia Woolf (1882-1941) provocou em Claudia Abreu ao longo de sua trajetória. A vida e a obra da autora inglesa são os motores de criação deste espetáculo, fruto de um longo processo de pesquisa e experimentação que durou mais de cinco anos. Primeiro monólogo da carreira da atriz, o solo - em cartaz até dia 7 de agosto no Sesc 24 de Maio - marca ainda a sua estreia na dramaturgia e o retorno da parceria com Amir Haddad, que a dirigiu em "Noite de Reis" (1997).

A relação de Claudia com Virginia Woolf começa em "Orlando", montagem assinada por Bia Lessa, em 1989. Aos 18 anos, ela travou contato inicial com a escritora de clássicos como "Mrs Dalloway", "Ao Farol" e "As Ondas". No entanto, somente em 2016, com a indicação de uma professora de literatura, que a atriz reencontrou e mergulhou de cabeça no universo da autora. Após ler e reler alguns livros, incluindo as memórias, biografias e diários, a vontade de escrever sobre Virginia falou mais alto.

"Eu me apaixonei por ela novamente. Fiquei fascinada ao perceber como uma pessoa conseguiu construir esta obra brilhante com tanto desequilíbrio, tragédias pessoais e problemas que teve na vida. Como ela conseguiu reunir os cacos?’, questiona a atriz, que enxerga "Virginia" também como um marco de maturidade em sua trajetória: ‘o texto também vem deste desejo de fazer algo que me toca, do que me interessa falar hoje. De falar do ser humano, sobre o que fazemos com as dores da existência, sobre as incertezas na criação artística, e também falar da condição da mulher ontem e hoje. Não poderia fazer uma personagem tão profunda sem a vivência pessoal e teatral que tenho hoje’, avalia.

A dramaturgia de "Virginia" foi concebida como inventário íntimo da vida da autora. Em seus últimos momentos, ela rememora acontecimentos marcantes em sua vida, a paixão pelo conhecimento, os momentos felizes com os queridos amigos do grupo intelectual de Bloomsbury, além de revelar afetos, dores e seu processo criativo. A estrutura do texto se apoia no recurso mais característico da literatura da escritora: a alternância de fluxos de consciência, capaz de ‘dar corpo’ às vozes reais ou fictícias, sempre presentes em sua mente.

"Fazer o monólogo foi uma opção natural neste processo, pois todas as vozes estão dentro dela. Eu nunca quis estar sozinha, sempre gostei do jogo cênico com outros colegas, mas a personagem me impeliu para isso", analisa Claudia, cujo processo de criação se desenvolveu a partir de uma série de improvisações que fez ao longo dos últimos anos, em especial durante o período pandêmico, já acompanhada por Amir Haddad.

A chegada de Amir ao projeto vem ao encontro do desejo de Claudia em encenar o seu próprio texto. "Ele tem como premissa a liberdade, permite que o ator seja o autor de sua escrita cênica, isso foi fundamental em todo o processo. O ator é um ser da oralidade, a maior parte do texto foi escrita a partir do que eu improvisava de maneira espontânea e depois organizava como dramaturgia", relata a atriz, que se aventurou na escrita pela primeira vez com o roteiro da série "Valentins", em 2017, da qual também é cocriadora.Malu Valle, que assina a codireção da montagem, chegou no processo quando Amir se recuperava de covid e contribuiu em toda a etapa final de "Virginia".

Leia +:
Você pode comprar o livro da peça "Virgínia: Um Inventário Íntimo", escrito por Claudia Abreu, neste link.

Você pode comprar os livros de Virgínia Woolf neste link.

Ficha técnica:
Espetáculo:
"Virgínia".
Idealização, dramaturgia e atuação: Cláudia Abreu.
Direção: Amir Haddad. 
Codireção: Malu Valle.
Direção de movimento: Marcia Rubin.
Figurinos: Marcelo Olinto. 
Iluminação: Beto Bruel. 
Trilha sonora com colaboração de José Henrique Fonseca: Dany Roland. 
Operação de som: Bruna Moreti. 
Assistente de iluminação / operação de luz: Igor Sane. 
Operação de som nos ensaios: Máxima Cutrim. 
Design gráfico: Carolina Pinheiro. 
Fotos: Rogério Faissal, Pablo Henriques e José Henrique Fonseca.
Assessoria de imprensa: Vanessa Cardoso e Pedro Neves.
Direção de produção: Dadá Maia. 
Produtores associados: Cláudia Abreu, Dadá Maia e Mario Canivello.
Temporada até dia 7 de agosto. Quintas, sextas e sábados, às 20h. Domingos, às 18h.
Local: Sesc 24 de Maio (Teatro) - Rua 24 de Maio, 109 - 350 metros do metrô República.
Ingressos: R$ 40 (inteira), R$ 20 (meia) e R$ 12 (credencial plena). Venda on-line no site sescsp.org.br/24demaio e presencial, nas bilheterias das unidades Sesc SP.
Classificação: 14 anos. 
Duração do espetáculo: 60 minutos.

.: Grupo XPTO apresenta "Colapso" no Centro Cultural Vila Itororó


Terça-feira, dia 2 de agosto, às 17h30, o Grupo XPTO apresenta a quarta performance do projeto “Kintsukuroi - A Metamorfose dos Escombros”, contemplado pelo 37º Programa de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo. O trabalho é um exercício de construção e desconstrução no qual quatro intervenções cênicas acontecem simultaneamente num mesmo espaço a partir de diferentes suportes visuais. A sessão será gratuita e acontecerá no Centro Cultural Vila Itororó, em São Paulo.

A palavra Kintsukuroi evoca a arte japonesa que busca valorizar os objetos que se quebraram - os pedaços que faltam, as lascas perdidas - preenchendo suas fissuras com ouro. Toda a pesquisa está sendo desenvolvida através da linguagem do Teatro de Objetos e tem como ponto de partida processos de resgate da memória por meio da interação com objetos que façam parte de um imaginário relacionado às nossas histórias de vida.

A performance “Colapso” é construída a partir de quatro intervenções simultâneas. Na primeira intervenção, diversos “operários” chegam com fardos de roupas criando uma pequena montanha no centro da cena.  A segunda acontece sobre uma mesa com pedaços de tijolos que lembram construções precárias em miniatura. A terceira intervenção acontece num aquário com terra onde são enterrados pequenos bonecos de plástico. A quarta intervenção utiliza também um aquário onde “nadam” diversos pedaços de papel de seda, manipulados por atores, que se desmancham com o passar do tempo.


Serviço
Local:
Centro Cultural Vila Itororó – R. Maestro Cardim, 60 – Bela Vista – São Paulo.
Data: 2 de agosto. Terça, às 17h30.
Classificação indicativa: livre.
Ingressos: grátis.
Duração: 45 minutos.
Projeto contemplado pelo 37º Programa de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo.

.: On-line: Laura Proença e Felipe Roque em cartaz na peça "Ensaio Gota d'Água"

Texto icônico de Chico Buarque e Paulo Pontes é revisitado por Antonio DeBonis e leva a direção de Stella Maria Rodrigues. Espetáculo terá única apresentação dia 2 de agosto, pelo Sympla

Desenvolvido pela atriz Laura Proença, o projeto "Alimentando a Alma com Arte", que já produziu apresentações on-line de textos de dramaturgos como Nelson Rodrigues, Miguel Falabella e Arnaldo Jabor, estreia no dia 2 de agosto uma adaptação da clássica peça de Chico Buarque e Paulo Pontes, "Gota d'Água".

Laura e Felipe Roque darão vida ao casal Joana e Jasão, na tragédia carioca que é uma adaptação de "Medeia", de Eurípedes. A protagonista já foi vivida no teatro por Bibi Ferreira,  na antológica montagem de 1975 e, mais recentemente, por Laila Garin. A nova versão tem texto de Antonio DeBonis e leva a direção de Stella Maria Rodrigues.

Nesta adaptação, a ação se passa durante um ensaio do espetáculo "Gota D'Água" (de Chico Buarque e Paulo Pontes), em que o casal de atores que vive os protagonistas, Joana e Jasão, vê suas vidas misturadas com a história do texto original. O limite entre a realidade e a ficção dá o tom dessa montagem criada por Antonio DeBonis. Uma grande crise se estabelece na vida desse casal (Laura Proença e Felipe Roque) através desta obra-prima do nosso teatro.

"É interessante colocar a história a partir de um ensaio de dois atores. Eles vivem uma situação similar à do casal Joana e Jasão, da peça do Chico e do Paulo Pontes. Só que sem aquele peso. Eles tiveram um episódio de traição e tal, um pouco menos dramático", conta ela.

Para a atriz, viver a personagem que coube a Bibi Ferreira, sua madrinha, é mais do que especial. "Tem uma simbologia muito grande, pois Joana foi uma das grandes personagens da minha querida Bibi. Mesmo sendo um ensaio, confesso que muitas vezes fico tomada de emoção com a beleza do texto e lembro do quão grandiosa era a interpretação dela", diz.


Serviço
Alimentando a Alma com Arte apresenta "Ensaio Gota D'Água"
. Terça-feira, dia 2, às 21h. 120 minutos. 14 anos. De R$10 a R$60. (ingresso solidário). No Sympla, neste link.

Leia +
Você pode comprar o livro da peça "Gota D'Água", de Chico Buarque e Paulo Pontes, neste link


.: “Poliana Moça”, do SBT: Resumos dos capítulos 96 ao 100

“Poliana Moça”

Resumos dos capítulos 96 ao 100 (01.08 a 05.08)

Elenco jovem reunido (Foto: Lourival Ribeiro/SBT)


Capítulo 96, segunda-feira, 01 de agosto

Violeta e Waldisney disfarçados em conversa com Roger (Foto: Bruno Correa/SBT)


Poliana não consegue contato com Éric; ela liga para Bento e comenta sobre o comportamento e ansiedade do menino. João escuta o papo entre Bento e Poliana a respeito de Éric, e promete não alarmar o assunto. Disfarçados, Waldisney e Violeta se encontram com Roger; Waldisney revela estar nos noticiários por ser reconhecido no evento da websérie na Ruth Goulart.  Precisando tirar Otto do seu caminho, Roger bola um plano e divide com os comparsas. Formiga agradece a Vinícius por conversar com Durval e convencê-lo a admitir novamente o amigo. João solta, sem querer, para Helena e Song, informações sobre Éric. Jefferson flagra Sérgio de pijama e saco de dormir na “Onze”. Na escola, Poliana fica preocupada com a ausência de Éric. Antônio visualiza fotos com Violeta, se emociona e tenta ligar para a filha; Dona Branca chega no momento e acredita que ele está a traindo. Poliana vai até Helô perguntar sobre o caso de ansiedade de Éric; a coordenadora dá uma aula sobre causas e efeitos do distúrbio. O plano de Roger dá início e Waldisney serve de isca.


Capítulo 97, terça-feira, 02 de agosto

Waldisney e comparsas (Foto: Lourival Ribeiro/SBT)


Juntos, Otto, Roger e Marcelo encontram com Waldisney; Otto alega que quer o Pinóquio de volta. Duas mulheres encapuzadas chegam em cena e atiram nos irmãos. Inconscientes, as vítimas são sequestradas. João pede desculpas para Poliana por vazar privacidade de Éric. Renato questiona Ruth se ela está tendo um caso com Otto. Brenda e Raquel ficam amoladas com Celeste e seus benefícios na empresa. Renato flerta com Ruth, logo em seguida com Helô. Os filhos de Glória são levados para o esconderijo de Waldisney e Violeta. Poliana consegue contatar Éric e pede desculpa por não aceitar o convite e ir à sua casa. Luísa não consegue se comunicar com Marcelo e começa a ficar preocupada. Otto anuncia a Violeta, que revelou ao Antônio sobre a filha estar envolvida com o crime. Branca convida Antônio para um passeio para elevar o ânimo dele; eles praticam tirolesa. Sara declara à Poliana que Otto sumiu.


Capítulo 98, quarta-feira, 03 de agosto

Antônio e Branca conversam sobre Violetta (Foto: João Raposo/SBT)


Antônio conversa com Branca sobre a ausência da filha. Luísa conta à Glória que os filhos foram atrás de Waldisney. Otto acredita que Roger está do lado dos vilões e está encenando em pleno cativeiro. Violeta e Waldisney afirmam que os sequestrados já viram os rostos deles e que precisam se livrar dos irmãos. Formiga vai até a “Luc4tech” cobrar o dinheiro que a Celeste está devendo. Glória, Luísa e Durval visitam Poliana e contam sobre o sequestro do pai. Formiga diz para Vinícius que Raquel não é apaixonada pelo amigo. Mario encontra Pinóquio no sótão de sua casa e se assusta. Marcelo é nocauteado por Violeta. Sara consegue localizar o celular de Otto. Luigi e Song tentam se beijar novamente e são interrompidos. Jefferson convida Sérgio para morar um tempo em sua casa. Mario deixa Pinóquio ocupar sua casa com uma condição: tirar a “máscara” e o capuz.


Capítulo 99, quinta-feira, 04 de agosto

Momentos antes do beijo tão aguardado (Foto: Lourival Ribeiro/SBT)


Song ensina Luigi a dançar; eles flertam e finalmente rola o beijo. Nanci chora por Waldisney e as notícias que circulam dele; Antônio revela que a parceira do crime de Waldisney é a filha dele, Violeta. Junto com Durval e Luísa, a polícia chega até o local onde os filhos de dona Glória encontraram Waldisney; polícia localiza o celular do Otto. Vinícius recusa encontro com Raquel. Gleyce e Henrique comemoram o aniversário de casamento e Henrique quer fazer uma festa para celebrar o amor deles; Gleyce não se anima com a ideia. Tânia chega na mansão e fica sabendo da notícia do namorado.


Capítulo 100, sexta-feira, 05 de agosto

Após sequestro, Poliana quer saber como o pai está (Foto: João Raposo/SBT)


Luigi conta ao Mario que beijou a Song. Roger, Otto e Marcelo abandonam o cativeiro; os irmãos mais velhos levam Marcelo, muito ferido, ao hospital. Marcelo sofre um trauma na cabeça e fica internado em estado grave. Bento recebe flores em nome de Ruth; o sobrinho reconhece a mensagem de Renato e questiona a tia sobre suposto envolvimento amoroso com o professor de música. Luísa se emociona ao ver o marido na UTI. Poliana pergunta ao pai se os sequestradores o machucaram; ele não quer comentar sobre o assunto. Gleyce resiste em fazer festa de aniversário de casamento. Vinícius e Raquel decidem conversar sobre o relacionamento deles. O Dr. Davi encontra a família de Marcelo para dar resultado clínico final do paciente.


Sábado, 06 de agosto

Elenco jovem reunido (Foto: Lourival Ribeiro/SBT)

Resumo dos capítulos da semana


A novela “Poliana Moça” vai ao ar de segunda a sábado, às 20h30, no SBT


Otto, Roger e Marcelo em cativeiro (Foto: Lourival Ribeiro/SBT) 

sábado, 30 de julho de 2022

.: Crítica: "Paradise: Uma Nova Vida", o "Brokeback Mountain" italiano


Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em julho de 2022 


Na Sicília, um vendedor de raspadinhas, presencia um assassinato. Para piorar a situação, ele e o mafioso (Giovanni Calcagno) trocam olhares, o que leva o comerciante imediatamente ao programa do governo para proteção às testemunhas. Em cartaz na Rede de Cinemas Cineflix, a comédia dramática italiana, "Paradise: Uma Nova Vida", faz com que o protagonista assuma uma nova identidade. Ao passar a atender por Calogero (Vincenzo Nemolato), deixa seu lugar de origem, todos os familiares, além da esposa grávida, Lucia (Selene Caramazza). 

Sozinho e sempre sobressaltado, nos Alpes italianos, ele vive numa pousada tão afastada que é um total marasmo e ainda tem o nome de "Paradise". O roteiro de Davide Del Degan e Andrea Magnani, em 1h26, faz acontecer situações inimagináveis e, claro, encena o reencontro entre o assassino mafioso e a testemunha. Contudo, o rumo tomado é surpreendente, o que gera muitas risadas com um certa dose de apreensão. Por vezes, remete ao filme de Ang Lee, "O Segredo de Brokeback Mountain", porém adaptado para a realidade italiana.

O texto ágil e cheio de sacadas, numa conversa por telefone, alerta Calogero solenemente para que não dance com seu opressor. No entanto, ao ser desafiado, acaba decidindo arriscar tudo sendo parceiro na dança com direito a oferta de jantar. O longa dirigido por Davide Del Degan encontra um jeitinho de mostrar a dança folclórica italiana, chamada de Schuhplattler, enquanto que cria um elo entre testemunha e assassino, para que entrem numa trama de perfeito compasso. 

"Paradise: Uma Nova Vida" tem a dose certa de drama e alivia ao se esbaldar na comédia quando Calogero decide "brincar com a sorte" nesse paraíso de neve. Assim, Calogero, muda a cor dos cabelos, tenta usar uma espingada e prepara pratos especiais. E tudo fica ainda mais interessante quando o lado emotivo do assassino é exposto pelo próprio. O filme coloca na telona um desfecho surpreendente e extremamente provocante. Imperdível!

Em parceria com a rede Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - uma oportunidade para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.


Filme: "Paradise: Uma Nova Vida"  ("Paradise")

Duração: 1h26

Gênero: comédia dramática

Diretore: Davide Del Degan

Roteiro: Davide Del Degan e Andrea Magnani

Classificação: 14 anos

Ano de produção: 2019 

Distribuidora: Arteplex Filmes

Elenco: Vincenzo Nemolato, Giovanni Calcagno, Katarina Cas e Selene Caramazza


Mary Ellen Farias dos Santos, editora do portal cultural www.resenhando.com. É jornalista, professora e roteirista. Twitter: @maryellenfsm

Trailer







.: Entrevista: João Vitti relembra o trabalho em "O Cravo e a Rosa"


"'O Cravo e a Rosa' é uma unanimidade entre o público, não conheço quem não goste da novela", constata o ator em entrevista. Na imagem, João Vitti caracterizado como o personagem Serafim Amaral Tourinho. Foto: Nelson Di Rago

A novela "O Cravo e a Rosa" foi um marco na carreira de João Vitti. Além de seu personagem, o jornalista Serafim, ser um dos mais lembrados entre os que viveu até hoje, o ator decidiu fazer um importante movimento em sua vida durante o trabalho na novela. "'O Cravo e a Rosa' me trouxe tanta alegria que rompi com todos os preconceitos que eu tinha em relação ao Rio de Janeiro e decidi sair de São Paulo com minha família para viver na cidade onde sou feliz há mais de 20 anos", conta o ator. 

Novelas de época são os trabalhos na TV que o ator guarda com mais carinho. Para ele o processo de preparação é estimulante. "Amo fazer personagens que viveram em outros tempos. Aliás, muita gente me diz que tenho 'cara de personagem de época'. Antes de 'O Cravo e a Rosa' tinha feito 'Éramos Seis' e 'O Direito de Nascer', que de certa forma me ambientaram para esse trabalho", acredita. Em entrevista, o ator revela um pouco mais sobre o trabalho na obra e os bastidores.

"O Cravo e a Rosa - Edição Especial" tem autoria de Walcyr Carrasco, coautoria de Mário Teixeira e colaboração de Duca Rachid, direção-geral de Walter Avancini e Mário Márcio Bandarra e direção de Amora Mautner. A direção de núcleo é de Dennis Carvalho. 


Como está sendo relembrar "O Cravo e a Rosa" e sentir o retorno do público?
João Vitti -
Assisto sempre que posso e com muita alegria. "O Cravo e a Rosa" é uma unanimidade entre o público, não conheço quem não goste da novela. 


Na sua opinião, quais fatores fazem a novela ser sucesso em todas as exibições?
João Vitti - 
Acredito que a fonte está no talento e inspiração do Walcyr Carrasco em sua adaptação para a TV da obra de Shakespeare, "A Megera Domada", e no elenco extraordinário que o Dennis Carvalho e o Walter Avancini reuniram.  


Qual a importância desse trabalho em sua carreira?
João Vitti - 
Poder contracenar e aprender com grandes atores que admiro e respeito como Ney Latorraca, Luís Melo, Carlos Vereza, Eva Todor, Pedro Paulo Rangel, Eduardo Moscovis, Adriana Esteves, Drica Moraes, entre outros, e ter tido a oportunidade de ser dirigido pelo mestre Walter Avancini. E na minha vida pessoal "O Cravo e a Rosa" me trouxe tanta alegria que rompi com todos os preconceitos que eu tinha em relação ao Rio de Janeiro e decidi sair de São Paulo com minha família para viver na cidade onde sou feliz há mais de 20 anos.
 

O que você mais gostou ao interpretar esse personagem?
João Vitti - 
Amo fazer personagens que viveram em outros tempos. Aliás, muita gente me diz que tenho "cara de personagem de época". Antes de "O Cravo e a Rosa" tinha feito "Éramos Seis" e "O Direito de Nascer", que de certa forma me ambientaram para esse trabalho

 
Conte um pouco sobre a personalidade do jornalista Serafim.
João Vitti - 
Serafim é um autêntico caça-dotes, ambicioso, interesseiro e covarde. 


Como foi a parceria com o elenco, alguma mais especial?
João Vitti - 
Todos os encontros foram especiais e significativos. A história dos bastidores, as relações de amizade e companheirismo que foram sendo construídas entre os atores, diretores e equipe também aparecem subjetivamente na tela da TV, refletindo uma aura de muito brilho e alto astral. Parte considerável do sucesso da novela tem suas raízes nesse valor inestimável e essencial para um trabalho onde iríamos conviver quase diariamente por muitos meses. 


Qual a principal lembrança que você guarda do período de gravação da trama e dos bastidores?
João Vitti - 
São muitas as boas lembranças que guardo das gravações e dos bastidores, mas nada se compara as caronas que eu dava para o Ney Latorraca quando voltávamos dos Estúdios Globo. Era uma hora de gargalhada me segurando para não fazer xixi na calça. O Ney é uma pessoa incrível, por quem eu tenho um carinho imenso. 

 
Até hoje o público fala da novela com você, mesmo antes da reprise? 
João Vitti - 
Sim, sempre e com muito carinho.


Como são essas abordagens?
João Vitti - 
As pessoas iniciam a abordagem comigo rindo ao falar sobre o jornalista Serafim. 


Você é muito autocrítico ao rever um trabalho antigo?
João Vitti - 
Depois do trabalho não, mas durante sim. Não gosto de assistir minhas cenas quando estou gravando, com o trabalho no ar.


.: Zabelê convida Baby do Brasil para o show "Auê” no Sesc Santo Amaro

O álbum reverencia e perpetua a obra de seus pais em um dos movimentos mais importantes da música brasileira nos anos 70.

No próximo dia 5, sexta-feira, às 21h, o palco do Sesc Santo Amaro torna-se cenário de um encontro entre gerações: Zabelê convida sua mãe, Baby do Brasil, para o show do novo álbum "Auê", título inspirado na música “Auê com Você” da matriarca. O segundo álbum de sua carreira é um resgate musical dos Novos Baianos e reverencia a legado dos pais na música brasileira.

Com uma estrutura sólida de influências musicais que perpetuam desde seu nascimento, momento em que os pais estouravam nas rádios do Brasil e do mundo, Zabelê propõe um encontro entre o presente e (que celebra) o passado por meio de releituras de clássicos que atravessaram o tempo nas vozes de Baby do Brasil e Pepeu Gomes, e que agora são revisitados com o seu toque musical numa sonoridade moderna e pop.

Exemplo disso é “Preta Pretinha” (Moraes Moreira e Luiz Galvão, 1972) que traz novos elementos, como a participação de Carlinhos Brown em rap inédito escrito pelo compositor e que “abre a porta e a janela”, após um momento de pandemia, para esta memória afetiva.

Memória afetiva esta que é executada pela cantora enquanto corre com a barca por outros clássicos, como “Masculino e feminino” (1983), “Deusa do amor” (1983), “Telúrica” (1982) e a inédita “Menina do Brasil”, música que divide a composição com seus pais e com o produtor Wagner Fulco - e que tem versos costurados como “Menina do rio que bate um pandeiro / Sacode a Bahia e o chão brasileiro” em referência aos títulos de sucesso de Baby e Pepeu. Ingressos à venda na Rede Sesc na modalidade on-line e nas bilheterias das unidades.


Serviço
Show "Auê" - Com Zabelê e participação de Baby do Brasil
Quando:
5 de agosto, sexta-feira
Horário: 21h
Local: Teatro
Classificação: 14 anos
Ingressos: R$ 40 (inteira), R$ 20 (meia-entrada para estudantes, +60 anos e aposentados, pessoas com deficiência e professores da escola pública) e R$ 12 (Credencial Plena válida).


Sesc Santo Amaro
Bilheteria e horário da unidade:
Terça a sexta, das 10h às 21h30. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30.
Endereço: Rua Amador Bueno, 505, Santo Amaro, São Paulo.
Unidade acessível
Estacionamento da unidade: R$ 5,50 a primeira hora e R$ 2 por hora adicional (Credencial Plena); R$ 12 a primeira hora e R$ 3 por hora adicional (outros).
Preço único mediante apresentação de ingresso (a partir das 18h): R$ 7,50 (Credencial Plena) e R$ 15 (outros).
Disponibilidade: 158 vagas para carros e 36 para motos. A Unidade possui bicicletário gratuito.

.: Jornalista Carlos Orsi autografa livro sobre negacionismo e ciência em SP


Na próxima terça-feira, dia 2 de agosto, Carlos Orsi, jornalista científico ganhador do Prêmio Jabuti e diretor do Instituto Questão de Ciência, estará na Livraria Martins Fontes da Avenida Paulista, em São Paulo, para uma sessão de autógrafos de seu novo livro: "Negacionismo & Desafios da Ciência", lançado pela Editora de Cultura.

Clara, direta e de fácil entendimento, a obra é uma ótima opção para quem quiser se aprofundar nesse assunto, que ganha cada vez mais atenção e gera preocupação em veículos de imprensa, comunidade médica e científica, classe política e na população em geral.

Como explica Orsi, a recusa a encarar fatos e a considerar a ciência na tomada de decisões de alta repercussão contêm na atualidade um potencial catastrófico, inédito na história. “Negacionistas no lugar errado, na hora errada, podem causar a morte de milhares ou milhões”, diz, caso da ineficaz cloroquina defendida no Brasil para combater a covid-19. Você pode comprar o livro "Negacionismo & Desafios da Ciência", de Carlos Orsi, neste link. 


Sobre o autor
Jornalista formado pela ECA-USP, Carlos Orsi é pioneiro em divulgação científica pelos canais virtuais, tendo trabalhado no Grupo Estado. Foi repórter especial e colunista do Jornal da Unicamp e também na revista Galileu. Em 2021, ganhou o Prêmio Jabuti em “Não ficção - Ciências”, com a microbiologista Natalia Pasternak, com o título "Ciência no Cotidiano: Viva a Razão, Abaixo a ignorância!". Além de especialista em informação científica, é fundador do Instituto Questão de Ciência e editor-chefe da revista Questão de Ciência.


Serviço
Sessão de autógrafos do livro 
"Negacionismo & Desafios da Ciência", com Carlos Orsi 
Data:
2 de agosto
Local: Livraria Martins Fontes (Avenida Paulista, 509)
Horário: 19h

Livro: "Negacionismo & Desafios da Ciência"
Autor: 
Carlos Orsi
Editora: ‎
Editora de Cultura
Páginas: ‎112
Dimensões: 12 x 0.7 x 18 cm
Link na Amazon: https://amzn.to/3ScwXII

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