sábado, 27 de novembro de 2021

.: Crítica: "Casa Gucci" é filmaço de ritmo frenético e elenco estelar


Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em novembro de 2021


Gucci é uma grife italiana fundada em 1921 e, claro, ao longo desses 100 anos foi envolvida em muitas histórias -nem todas positivas. Logo, a mais macabra delas é a representada em 2h 38min, no longa dirigido por Ridley Scott, "Casa Gucci", em cartaz no Cineflix. 

Nesse recorte acompanhamos a história do casal Patrizia Reggiani e Maurizio Gucci, entre 1970 a 1990, que termina nos registros policiais e, fatalmente, respingando na marca da família, fundada por Guccio Gucci. Contudo, a relação conturbada, não se restringe ao casal, mas entre os que construíram uma marca gigante.

Assistir a adaptação da história de grandes nomes da moda é sempre uma chance de dar fim a certas curiosidades ou entender como fatalidades aconteceram. Seja no formato seriado, como foi para Versace, em "American Crime Story: O Assassinato de Gianni Versace", ou, no caso de "Casa Gucci", nos cinemas.

A produção que apresenta uma trama cheia de caminhos surpreedentes tem um ritmo, por vezes, frenético. Além de um elenco com grandes nomes para os personagens importantes, como por exemplo, Lady Gaga interpretando Patrizia Reggiani, quem faz a história acontecer e deixa tudo de pernas para o ar. Ela é o personagem agente da trama que assume o protagonismo descaradamente.

Maurizio Gucci (Adam Driver), filho de Rodolfo Gucci (Jeremy Irons) leva uma vida comum, até o fim da primeira página, pois embora ande pela cidade de lambreta, vive sendo observado por um segurança do pai. Claro! Ele é um herdeiro Gucci. E, sim, do personagem o que se vê na telona é uma apatia marcante. Um cara chato, até esbarrar em Patrizia -ou ela perseguí-lo e forçar uma aproximação que deu justamente no casamento deles.

Patrizia entra para a família, pois numa briga com o pai, Maurizio dá uma -mais ou menos- de São Francisco de Assis e abandona a riqueza. Assim, ele passa a viver na humilde casa dos Reggiani e ajuda a cuidar dos caminhões do pai da moça. E como toda história precisa de um ou vários "mas", em "Casa Gucci", Patrizia e Maurizio recebem uma ligação do tio, Aldo Gucci (Al Pacino). 

É justamente aí que tudo começa a mudar, Patrizia consegue se aproximar do tio Gucci. É assim  que conhecemos o alucinado Paolo Gucci (Jared Leto), primo de Maurizio, numa brincadeira esportiva em família. E não há como deixar de elogiar, o camaleão Jared Leto. Inicialmente, está irreconhecível, além de convencer totalmente no papel de um excêntrico e ignorado pelo pai, Aldo.

Nesse meio tempo de história, já se cria uma barreira com Rodolfo Gucci, homem frio que só se importa com a fortuna da família e, assim como Aldo, ignora o filho e, consequentemente, a esposa dela. Embora, ao saber que Patrizia espera um filho, melhora um pouco no quesito respeito por Maurizio.

A trama que é uma verdadeira cama de gato para Maurizio Gucci acontece de modo ágil, do tipo que não permite distração, nem mesmo uma piscadela e, muito menos, um cochilo do espectador mais dorminhoco que seja. 

"Casa Gucci" é envolvente e traz o melhor dos atores que nele encenam, com espaço para Salma Hayek brilhar no papel de Giuseppina "Pina" Auriemma, personagem que também faz a história acontecer em um ritmo acelerado. A produção de Ridley Scott com roteiro de Becky Johnston e Roberto Bentivegna tem glamour, amor, ódio, vingança e a dose certa para grande elenco brilhar em cena. Filmaço imperdível!

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm

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Filme: Casa Gucci (House of Gucci)

Data de lançamento: 25 de novembro de 2021 (Brasil)

Diretor: Ridley Scott

Música: Harry Gregson-Williams

Roteiro: Becky Johnston; Roberto Bentivegna

Distribuição: United Artists (Estados Unidos); Universal Pictures (Internacional)

Companhia(s) produtora(s): Metro-Goldwyn-Mayer; Bron Creative; Scott Free Productions

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