sexta-feira, 24 de setembro de 2021

.: Tudo sobre "Um Lugar ao Sol", estreia com conflitos humanos e familiares


Cauã Reymond interpreta os gêmeos Christian e Renato, separados na infância. Foto: Globo/Fabio Rocha.

Todos tecemos nossas vidas com o mesmo novelo: o da realização dos sonhos. Mas, e quando, ao invés de possibilidades e caminhos, surgem barreiras e entraves? Se para você todas as portas estivessem fechadas e subitamente uma se abrisse, sob a condição de deixar sua identidade para trás, você iria adiante? Esses questionamentos irão ecoar na trama central da próxima novela das nove da TV Globo, "Um Lugar ao Sol" – primeira obra completamente inédita, nesta faixa horária, desde o início da pandemia do coronavírus. 

Criada e escrita por Lícia Manzo, a história mantém a marca dos trabalhos da autora, em que conflitos humanos e familiares são o fio condutor da narrativa. Os gêmeos Christian e Christofer (Cauã Reymond) encarnam realidades polares: a dos sonhos realizados e a dos que foram cruelmente frustrados. Ao perderem a mãe no parto, em Goiânia, os irmãos são separados prestes a completarem um ano de idade. Um deles é adotado por um casal do Rio de Janeiro; o outro é encaminhado pelo pai, sem recursos, a um abrigo. 

Assim, Christofer - rebatizado Renato pelos pais adotivos - e Christian crescem em realidades opostas, sem saber da existência um do outro. “No momento em que o abismo que separa pobres e ricos no Brasil é tamanho, me parece um desafio oportuno dar protagonismo a Christian, socialmente excluído e invisível, e Renato, seu extremo oposto”, afirma Lícia Manzo. A direção artística é de Maurício Farias que, após 20 anos à frente de séries e programas de humor na Globo, retorna à dramaturgia diária. “Fiquei muito feliz quando fui convidado para dirigir a novela da Lícia porque ela era uma das autoras que eu tinha vontade de trabalhar. Adoro fazer novelas e espero, nesse projeto, conseguir unir a experiência que tenho na dramaturgia com os anos no humor”, comenta o diretor.

Em "Um Lugar ao Sol", os caminhos dos irmãos Christian e Renato finalmente convergem quando os dois completam 18 anos. Ao se despedir no leito de morte do homem que sempre acreditou ser seu pai, Renato descobre sua verdadeira origem, assim como a existência do irmão gêmeo de quem fora separado. Revoltado, confronta a mãe adotiva, Elenice (Ana Beatriz Nogueira), que mente ao filho, dizendo que seu irmão e o pai biológico estão mortos. Ao mesmo tempo, Christian, que com 18 anos é obrigado a deixar o abrigo para menores onde cresceu, em Goiânia, também descobre ter sido separado do irmão. 

Inteligente e dedicado aos estudos, Christian deixa o abrigo e, sozinho no mundo e sem perspectivas, é rapidamente confrontado com a realidade do país.  Subempregado, vê-se obrigado a arquivar seus sonhos, e apenas a existência do irmão afortunado – seu extremo oposto – parece iluminar sua vida. Na esperança de encontrar Christofer, decide partir então para o Rio de Janeiro. Antes, despede-se de Ravi (Lauan do Amaral), seu irmão de coração, dez anos mais novo, criado no abrigo com ele.

Christian desembarca no Rio movido pela esperança de encontrar o irmão, enquanto o destino lhe prega uma peça: Renato segue para a Europa com uma passagem só de ida, disposto a ficar longe da vida que descobriu ser uma farsa. Dez anos se passam. Dez anos em que Christian peregrina como ambulante na porta do Engenhão, em jogos do Botafogo, na esperança de encontrar o irmão. Sua única pista: um recorte de revista onde um jovem idêntico a ele, com a camisa alvinegra, assiste a uma partida na Tribuna de Honra do estádio. Uma busca vã, como o tempo logo irá lhe ensinar...

Aos 28 anos, Christian segue para a rodoviária para receber Ravi (Juan Paiva), que acaba de completar a maioridade. Por intermédio de Ravi, que passa a morar com ele, Christian conhece Lara (Andréia Horta). A conexão entre os dois é instantânea. Batalhadora, Lara foi criada em Minas Gerais pela avó, Noca (Marieta Severo), e veio para o Rio de Janeiro cursar Gastronomia. Apaixonado, o jovem reconcilia-se então com a própria vida, desistindo da busca inglória pelo irmão perdido. Voltando a acalentar o sonho de um futuro melhor e possível, dentro da própria realidade, planeja casar-se com Lara para, juntos, abrirem um pequeno negócio.  

Novamente, no entanto, o destino se interpõe: Ravi é preso injustamente, acusado por um roubo que não cometeu, e Christian precisa levantar o dinheiro da fiança. Sem alternativa, acaba aceitando fazer um carreto para o tráfico e, inadvertidamente, contraindo uma dívida ainda maior. Ameaçado de morte e num beco sem saída, aceita a proposta de Lara: venderem o que têm para livrar Ravi, fugindo em seguida para a casa da avó em Minas Gerais.

Contrariando o impossível, no entanto, na noite marcada para a fuga, Christian encontra, ao acaso, Renato (que acaba de voltar ao Brasil). Após uma intensa madrugada juntos, os irmãos serão novamente separados, mas, desta vez, em caráter definitivo. Instável e problemático, ao tomar conhecimento da dívida do irmão, Renato sobe o morro em seu lugar. Tomado pelo irmão, é morto pelos traficantes.

“É um conflito entre manter sua essência, seguir as coisas que você acredita, e aproveitar uma oportunidade que a vida te dá de romper com tudo isso. Com alguns custos, é claro, como abandonar uma série de valores e também um grande amor”, analisa o diretor Maurício Farias.

Idêntico ao irmão recém falecido, e, num primeiro momento, tomado por ele pelo porteiro do prédio, por sua namorada (a exuberante Bárbara, Alinne Moraes), e pela mãe adotiva, Christian aplica-se então a emular personalidade e comportamento do irmão, tornando-se seu duplo. Decidido a deixar o passado para trás, assume a identidade de Renato, tendo Ravi como único confidente.

Incógnito, assiste a Lara enterrar o suposto corpo de Christian e segue rumo a uma nova vida, onde terá que lidar com as consequências de sua escolha. “Gostaria de trazer para a conversa diária de quem nos assiste questões como integridade, ética, corrupção e desigualdade social – não de um ponto de vista estatístico ou factual, mas íntimo, subjetivo e humano”, avalia a autora Lícia Manzo. "Um Lugar ao Sol" é uma novela criada e escrita por Lícia Manzo, com direção artística de Maurício Farias e com direção geral de André Câmara e Maurício Farias.

.: CCXP Worlds 21 abre inscrições para o Artists’ Valley

Artistas interessados em expor seus trabalhos no maior festival de cultura pop do planeta têm até 13 de outubro para se inscrever gratuitamente no site do evento


A CCXP Worlds 21 já abriu, quinta-feira, 23 de setembro, as inscrições para o Artists’ Valley by Santander. Os artistas de quadrinhos interessados em expor seus trabalhos na edição virtual do maior festival de cultura pop do mundo, que no ano passado contou com mais de 3,5 milhões de visitantes em sua plataforma, têm até as 23h59 do dia 13 de outubro para realizar as inscrições por meio do site do evento: https://www.ccxp.com.br/artists-valley . Assim como em 2020, as inscrições para os artistas do Artists’ Valley da CCXP serão gratuitas. O line-up completo com os nomes dos selecionados será divulgado no dia 5 de novembro. Para acessar o manual do artista e entender todas as regras, cliqu e aqui . A CCXP Worlds 21 acontece nos dias 4 e 5 de dezembro, de forma totalmente virtual.

Para Ivan Costa, cofundador da CCXP e curador do Artists' Valley, o coração da CCXP ficará marcado, em 2021, como um espaço com um conteúdo ainda mais diverso e muita interatividade. "Teremos uma plataforma reformulada e contemplando inúmeras melhorias apontadas pelos próprios artistas em 2020", explica Costa. Entre as atualizações, estão o aumento de itens que o artista poderá exibir e vender, além de uma interface que irá permitir ao usuário marcar como favoritas as mesas que mais gostar de visitar. A personalização da mesa pelo expositor e a possibilidade de interagir com o cliente fora do site, por meio de um aplicativo de mensagens, são outros atrativos no momento de fechar o negócio.

Em 2020, a CCXP Worlds contou com mais de 600 artistas. Ivan Costa confirma que o Artists’ Valley seguirá ampliando o protagonismo das artistas mulheres e LGBTQIAPN+. "No ano passado, 4,3% dos trabalhos tinham como temática a diversidade e artistas mulheres representaram 36,4% deste palco. Acreditamos que os números devem ser maiores em 2021", destaca Costa.

Sobre o Artists’ Valley by Santander: Considerado o coração do festival, o local recebe quadrinistas e ilustradores, promovendo a interação entre fãs e artistas, que comercializam suas artes originais, prints e sketchbooks, entre outros materiais. Dentre as obras, estão uma vasta gama de temas como super-heróis, jornalismo, charge, aventura, erótico e ficção-científica, entre outros. Na plataforma, os visitantes poderão buscar os trabalhos não só pelo nome do quadrinista, mas também por assunto, gênero, etc. Cada artista terá uma página onde será possível conversar com o fã por chat e abrir a câmera para realizar sua própria live. Para este ano, um novo feature envolvendo as lives será incorporado na página de Artists’ Valley dentro da plataforma. As sessões abertas ficarão destacadas para o internauta.

Artistas do mundo inteiro poderão apresentar seus trabalhos, interagir com os fãs e vender artes originais. O Artists' Valley by Santander da CCXP Worlds 21 contará com convidados para entrevistas ao vivo, bate-papos e conteúdos inéditos. Também estão previstas lives simultâneas de artistas do mundo todo, masterclasses exclusivas e batalhas de quadrinistas.

Outro produto da CCXP aguardado pelos fãs é o Road to Artists’ Valley, um documentário de quatro episódios que fará um aquecimento para o festival, contando como esta área se tornou, em poucos anos, o maior Artists' Alley do mundo. O conteúdo inédito terá imagens de arquivo exclusivas e depoimentos das maiores lendas dos quadrinhos, que prometem emocionar os apaixonados por cultura pop.

Assim como todo conteúdo on demand, as mesas virtuais do Artists’ Valley by Santander da CCXP Worlds 21 ficarão abertas mesmo após o término do evento. O prazo de fechamento é no dia 05 de janeiro de 2022.

Sobre a CCXP: Em 2020, a CCXP Worlds: A Journey of Hope recebeu 3,5 milhões de pessoas em seu primeiro ano no formato virtual devido à pandemia da Covid-19. Com alcance de 139 países e mais de 30 milhões de visualizações nos palcos ao vivo, o evento bateu recordes e se estabeleceu novamente como o maior festival de cultura pop do planeta. Outras informações podem ser encontradas em ccxp.com.br.

quinta-feira, 23 de setembro de 2021

.: 10x6: "Red Tide" de AHS mostra que o "inverno mata", inclusive em Hollywood


Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em setembro de 2021



Homens ao mar de Provincetown, California, um achado: o corpo da Chefe Burleson (Adina Porter). Esses são os primeiríssimos minutos do sexto episódio de  "American Horror Story: Double Feature", batizado de "Winter Kills" que encerra a primeira parte de "Red Tide". Na sequência, em uma reunião de habitantes reencontramos a treinadora Beiste de "Glee", (Dot-Marie James), que aqui é uma policial sedenta por trazer justiça à cidade em que coisas estranhas acontecem durante o inverno. 

Em tempo, a nova personagem é muito mais durona e corajosa até ser alertada que é melhor "deixar as coisas como estão, pois o inverno é a paga do verão". Afinal, os cabeças da sala sabem o que é melhor para a região. Sim! Logo, nada mais será feito por ela.



Enquanto isso, no núcleo do talento da escrita, Ursula (Leslie Grossman) sugere que Harry (Finn Wittrock) deve se matar, afinal nunca produzirá algo tão incrível. Uma dica do que está por vir?! Bem, ao menos Harry decide que ele e a filha, Alma (Ryan Kiera Armstrong) irão parar com as pílulas pretas que realçam o talento. Qual a desculpa dele? Querer ter uma família normal. É quando pensamos: Sério?! Depois de fazer o que fez com a tão bondosa Doris (Lily Rabe)? Assim, deseja-se ardentemente que Harry tenha a paga.



Eis que na conversa "em família", Ursula fala do código moral de Harry no tempo errado. Certíssima, embora seja uma mulher de atitudes totalmente questionáveis. Contudo, o combinado entre Harry e Alma é o de parar a ingestão das pílulas, mas é num abraço de urso e um sorrisinho para Ursula que assustam tanto quanto Reagan na cama do clássico "O Exorcista". Assim, Belle Noir (Frances Conroy) deixa um recadinho no berço do bebê para Harry que cai feito um pato. 

Contudo, Ursula com seu discurso ácido vai até os zumbis vampirescos sem talento e tal qual uma mulher de bom coração, oferece uma saída aos vagantes. Uma nova fórmula para modificar a situação dos seres assustadores. Verdade?! Juntando o útil ao agradável, Ursula atrai tanto Harry e Alma, que pretende resgatar o filhinho recém-nascido para voltar a antiga vida, quanto os sem talento e a desgraça acontece diante dos olhos do público e o desfecho é entregue exatamente como o imaginado. 



Três dias depois, em Hollywood, um massacre acontece em plena luz do dia com direito a filmagens amadoras e, numa casa chique e grande, está o clube da Luluzinha do mal, que inclui Alma na discussão dos problemas que levaram para a terra das produções cinematógraficas. Seguindo o modo Ryan Murphy de séries musicais, Alma faz uma apresentação de violino diante de uma mesa julgadora. A escolha é entre a menininha e um rapaz. Numa salinha, os dois frente e frente e sabemos mais uma vez como a história acabará para o corrente de Alma. Não é mesmo?!



Num encontro com um mestre o arte da escrita, Ursula é convidada ao palco. Empunhando o microfone aos participantes, associa a escrita ao fato de sangrar. Claro! Ursula entende muito disso. Para tanto, A verdade é que ela aproveita a ocasião de estar diante de aspirantes a escrita para oferecer a eles a pílula preta. E ainda reforça que a escolha é deles, cuspir ou engolir, e assim surgem pragas sem talento por toda a cidade. Algo que remete ao episódio de "American Horror Stories", o spin-off de AHS, no episódio "Drive-In"



Vale lembrar a minissérie "Hollywood", de Ryan Murphy, em que aborda os bastidores podres das produções hollywoodianas. Como a mente criadora faz seus personagens circularem por ambientes similares, assim termina a primeira parte de "American Horror Story: Double Feature". Com um desfecho insosso ao colocar os pálidos sem talento espalhados por Hollywood. Decepcionante, mas o jeito é esperar a segunda parte da décima temporada!


Seriado: American Horror Story
Temporada: 10
Episódio 6: "Winter Kills" "Inverno Mata)""
Exibido em: 22 de setembro de 2021, EUA.
Elenco: Sarah Paulson (Tuberculosis Karen), Evan Peters (Austin Sommers), Lily Rabe (Doris Gardner), Finn Wittrock (Harry Gardner), Frances Conroy (Belle Noir),  Billie Lourd (Lark), Leslie Grossman (Ursula), Adina Porter (Chefe Burleson), Angelica Ross (The Chemist), Macaulay Culkin (Mickey), Ryan Kiera Armstrong (Alma Gardner)


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do www.photonovelas.com.br. Twitter:@maryellenfsm






.: "Canção da Mudança", de Amanda Gorman, a poetisa da posse de Biden

Poetisa que marcou a posse de Joe Biden estreia na literatura infantojuvenil.

Ativista em prol da educação, do meio ambiente e da equidade racial, Amanda Gorman ficou conhecida em todo o mundo ao declamar seu poema “The Hill We Climb” na cerimônia de posse do presidente americano Joe Biden. Agora a prestigiada poetisa faz sua estreia na literatura infantojuvenil com "Canção da Mudança", livro ilustrado que convida as crianças a construírem um mundo mais inclusivo.        

Uma jovem corajosa não teme a mudança. Ela sabe que o medo é paralisante e que o novo traz também a esperança. Em uma jornada musical, a menina descobre o legado da ancestralidade, o valor da tolerância e do amor, e encontra personagens que, juntos, percebem que quando unimos diferentes vozes temos mais força para escrever a história. 

Com belas ilustrações do renomado artista Loren Long, "Canção da Mudança" é uma obra comovente e inspiradora, que aborda temas como empatia, diversidade e cidadania. De forma sensível, Amanda Gorman compõe uma melodia esperançosa que convida à ação todos que desejam mudar o mundo, independentemente da idade.

O que disseram sobre o livro

“Uma canção que vai inspirar leitores de qualquer idade a ter esperança no futuro e iniciativa para melhorá-lo.” ─ Publishers Weekly

Sobre a autora
Amanda Gorman
 é a poetisa mais jovem a ter participado da cerimônia de posse presidencial dos Estados Unidos. É defensora do meio ambiente, da equidade racial e da igualdade de gênero. O ativis­mo e a poesia de Gorman receberam destaque em diversos programas e veículos, como The Today Show, PBS Kids, CBS This Morning, New York Times, Vogue, Essence e O, The Oprah Magazine. Em 2017, foi a primeira escritora a receber o título de National Youth Poet Laureate, da Urban Word, um programa que apoia jovens poetas.

Também é autora da coletânea de poemas "Call Us What We Carry" e de uma edição especial do poema “The Hill We Climb”. Após terminar a graduação na Universidade Harvard com distinção cum laude, Amanda  voltou a mo­rar em sua cidade natal, Los Angeles, na Califórnia. Foto: Danny Williams.

"Canção da Mudança", de Amanda Gorman e Loren Long
Tradução: Stephanie Borges
Páginas:32 páginas
Editora: Intrínseca
Link do livro na Amazon: https://amzn.to/3o37cxY



.: Entrevista: Sandra de Sá, o Girassol inconfundível do "The Masked Singer"


Como voz e personalidade marcantes, a cantora logo foi reconhecida pelo público. "Foi a maior emoção da minha vida", revelou a cantora após ser desmascarada. Foto: Globo/Kelly Fuzaro


O mistério que todo mundo sabia está confirmado! O Girassol do "The Masked Singer Brasil" é a cantora Sandra de Sá. Na última terça-feira, dia 21, o Girassol foi desmascarado, após perder o combate final para a Arara, cantando "As Rosas Não Falam" de Cartola. “Foi a maior emoção da minha vida. Depois do nascimento do meu filho foi o momento mais intenso e mais tranquilo. Foi a coisa mais linda! Não sei explicar a emoção que eu senti. As pessoas saberem que eu sou eu é muito forte. E não só pela voz, mas tinha gente que falava do jeitinho do braço, de toda expressão corporal. Eu acho que é uma questão de amor. É isso! Eu vejo muito amor em tudo isso”, conta Sandra.  

"The Masked Singer Brasil" é uma coprodução TV Globo e Endemol Shine Brasil e tem supervisão artística de Adriano Ricco (TV Globo) e direção artística de Marcelo Amiky (Endemol Shine Brasil). Com apresentação de Ivete Sangalo, com Camilla de Lucas nos bastidores, o reality vai ao ar às terças-feiras na TV Globo, após Império, e também é exibido no Multishow, às quartas-feiras.  


Conta um pouco da experiência de participar do "The Masked Singer Brasil"?
Sandra de Sá - 
É uma coisa muito incrível. Eu só sei explicar que me fez muito bem poder participar de uma coisa tão importante neste momento que todo mundo está estranho por conta da pandemia. E trouxe um alento para os corações. Um respiro para as pessoas e para os próprios artistas que participaram. É muito lindo a gente lidar e respeitar uma pessoa que a gente não sabe quem é. Eu estou muito leve. Estou cheia de asas... 
 

Como foi vestir a fantasia pela primeira vez? 
Sandra de Sá - 
Vestir a fantasia pela primeira vez foi um encantamento incrível, ainda mais quando entrei no palco. 


A fantasia foi o maior desafio para você?
Sandra de Sá - 
Eu já avisei à produção que a parte de baixo da fantasia eu quero para mim. Foi um desafio grande e eu estou muito orgulhosa do que eu fiz.  
 

E o repertório? Como foi feita a escolha?
Sandra de Sá - 
Eu sugeri algumas músicas e sempre falava que eu não queria sair do programa sem cantar "Eu Quero Botar Meu Bloco na Rua". No dia em que a produção avisou que eu ia cantar essa música, falei: "Missão cumprida"


Como é ver todo mundo e não ser visto? 
Sandra de Sá - 
É essa sensação de você escancarar seu coração para as pessoas e sentir o que estar acontecendo. Foi uma experiência incrível! Sentir isso tudo sem precisar falar nem tocar ninguém. Eu quero muito que todo mundo tenha sentido o quanto que o sentimento é importante. Ele não tem cor, não tem cara e nem estética. E te invade, arrepia, faz os olhos encherem de água. É incrível.  


Como foi para você ser reconhecida pelo seu jeito, pela seu expressão corporal? 
Sandra de Sá - 
Foi a maior emoção da minha vida. Depois do nascimento do meu filho, acho que foi o momento mais intenso e mais tranquilo. A coisa mais linda! Não sei explicar a emoção que eu senti. As pessoas saberem que era eu é muito forte. E não só pela voz, mas tinha gente que falava do jeitinho do braço, de toda expressão corporal. Eu acho que é uma questão de amor. É isso! Eu vejo muito amor em tudo isso. E desde o começo as pessoas sabiam que era eu. Nos últimos tempos eu não me lembro de ter experimentado uma emoção tão forte. Eu estou até agora emocionada com todo mundo que deixou recado para mim nas redes sociais.  


E entrando no bolão, tem suspeita de quem sejam os outros participantes?
Sandra de Sá - 
Eu tenho! Eu estou torcendo para todos. Mas o Jacaré e o Astronauta são meus preferidos.
  


.: Poesia e mundo digital se encontram no livro "O Novo no Ovo"


Evento de lançamento da obra de Paula Valéria Andrade acontecerá em 29 de setembro. Livro premiado conta com exclusivo projeto gráfico e editorial de Guto Lacaz.


Em 29 de setembro, às 19 horas, no canal YouTube da Casa das Rosas, en São Paulo, acontece a live de lançamento do livro “O Novo no Ovo”, da poeta Paula Valéria Andrade. Coeditado pela editora SPVI BOOKS e Sempiterno, a autora apresenta uma nova leitura do cotidiano urbano em um projeto de poesia experimental e digital.

O evento será realizado em dois blocos de uma hora, com uma programação de apresentação do livro, exibição das fotografias, e as pílulas poéticas do videobook, seguidas das pílulas sonoras do Audiolivro. A live terá a participação dos artistas que colaboraram no projeto.

O trabalho é resultado do fluxo corrente da pesquisa estética de Paula Valéria Andrade e utiliza de diferentes mídias e suportes para construir sua narrativa. Com uma linguagem transmídia, denominada verbivocovisual, o livro engloba poesia, grafia, fotografia, escultura, poesia-visual, desdobrados em performance, sonoridade e imagem por meio de áudio livro e videobook. Os links podem ser encontrados no livro impresso e nas redes sociais – Soundcloud; Instagram; YouTube.

Ao longo das 112 páginas, Paula Valéria traz como referência a mescla de linguagens experimentais, das ruas, gírias e dialetos. A publicação tem como inspiração a pesquisa de autores modernistas brasileiros e eruditos, surrealistas, concretistas e neoconcretistas, como Marcel Duchamp, Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade, Maria Martins, Alice Walker, Allen Ginsberg e o movimento Beatniks. Eventos regionais mensais serão realizados para o lançamento de “O Novo no Ovo” pelo Brasil.

O prefácio é de Hamilton Faria; o posfácio e pós-poema é de Roberto Bicelli; e o epílogo é uma análise semiótica de Davi Kinski. A edição impressa, gráfica e digital de “O Novo no Ovo” possui o projeto gráfico e editorial de Guto Lacaz. O ensaio fotográfico é da autora ao lado da fotógrafa Patrícia Scavone. O livro também tem a colaboração da artista Angelita Cardoso (artista plástica da escultura).

O projeto de poesia transmídia tem participações especiais dos artistas Fernando Vieira no videobook e de Paloma Klisys no áudio livro. As atrizes Suia Legaspe, Jeyne Stakflett, Bebel Ribeiro, Gabi Costa e Geraldine Quaglia vocalizam as leituras no SoundClouds. A arte é de Gabriel Kolyniak com fotografia de Patrícia Scavone. O projeto editorial é coedição da SPVI BOOKS com a Sempiterno. O livro pode ser adquirido nas principais livrarias físicas e digitais.

Sobre Paula Valéria de Andrade
Paula Valéria Andrade é poeta, escritora, professora, artista audiovisual, diretora de arte e criação. Publicou mais de 20 livros, sendo de poesia, arte-educação, didáticos, antologias, prosas e livros infantis. Conquistou os prêmios literários Jabuti, UBE e APCA, entre outros, em Portugal, Itália, Alemanha e EUA. Foi “Menção Honrosa Poesia” em 2016, na FALARJ. Em 2017, foi júri do Prêmio São Paulo de Literatura.

É laureada - Casa França-Brasil - pela APALA- RJ, 2018. Em 2019, foi poeta convidada a representar o Brasil no 15º FIPQ (Festival Internacional de Poesia de Quetzaltenango na Guatemala). Ainda em 2019, palestrou a convite da FLIB (Feira Literária de Bonito), no Mato Grosso do Sul, sobre sua poesia e a idealização do coletivo “Feminino Infinito” que criou, é curadora e organiza a quatro anos em São Paulo, com mais de 150 mulheres poetas e artistas de todo o Brasil.

Em 2020, participou novamente como poeta na edição 16º FIPQ – Guatemala, em versão digital. Colaborou em 2019, 2020 e em 2021 como poeta brasileira e tradutora convidada, na Revista Francesa “Passereles Extra-Muros - Revue ENTRE DEUX RIVES” Paris nº 17 e nº 18.  Em 2020, foi poeta convidada da Feira Literária de Campina Grande, na Paraíba. No mesmo ano, ganhou o concurso internacional britânico e publicou seu poema PANDEMIC PORTRAITS no “Positive Images Peace Festival Poetry 2020”, Coventry-UK. Selecionada a integrar o “Dossiê Poetas Contemporâneas do Brasil” com 34 poetas brasileiras, publicado pela P-o-e-s-i-a.Org em parceria com a Unicamp e enviado às Universidades de Harvard, Princeton, NYU, Sorbonne, University of Zurich e Portugal, em 2021.

É selecionada como poeta e articuladora do “Mulherio das Letras Portugal”, no Brasil, para eventos e publicações. Recentemente, publicou os livros “Amores, Líquidos e Cenas”, da Ed. Laranja Original, 2018, e “A Pandemia da Invisibilidade do Ser” 2019 - Prêmio Guarulhos de Literatura – Livro do Ano – 2º lugar | 2020. Contemplada (3º lugar) no Prêmio Proac-SP 2020 - livro “O Novo no Ovo” - um desdobramento digital de poesia transmídia, de e-book, áudio livro e vídeo book - a ser lançado em setembro/2021 na Casa das Rosas em São Paulo.


Serviço:
Lançamento do livro de poesia "O Novo no Ovo"
Autora:
Paula Valéria Andrade
Ano: 2021
Páginas: 112
Formato: 21 x 25
Lançamento: setembro 2021
Coedição: SPVI BOOKS & Sempiterno
Prêmio PROAC 19/2020 | Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo


Live de lançamento:
Dia:
29 de setembro de 2021.
Horário: das 19h às 21h.
Local: YouTube da Casa das Rosas.
Site: Canal YouTube Casa das Rosas.
Endereço: Avenida Paulista, 37 - São Paulo.


Lives confirmadas:
Festival da Palavra Unesp - Assis -
7 de outubro, às 15h
Casa da Palavra - ABC - Santo André - outubro (data/hora em definição)
Festival Conexões Atlânticas - Lisboa - Livraria Barata - 27/28 de novembro


.: Maria Gadú é a atração do Som do Sesc em live gratuita neste sábado


Em live no YouTube, a cantora apresenta sucessos como “Shimbalaiê”, “Bela Flor” e “Dona Cila”. A abertura fica por conta de Duda Brack. Foto: Fernando Banzi


A cantora e compositora Maria Gadú é a atração do projeto Som do Sesc, neste sábado, dia 25 de setembro, às 20h. A artista apresenta em live o show “Pelle”, no qual toca sozinha sua guitarra e seu violão de forma intimista e muito particular. O repertório inclui “Shimbalaiê”, “Bela Flor” e “Dona Cila”, entre outras composições importantes da sua trajetória artística. A transmissão será pelo canal do Sesc RJ no YouTube (/portalsescrio).

Quem abre o show é a cantora Duda Brack, com “Voz e Solidão”. Ela apresentará um repertório tangenciado por uma temática existencialista que une pérolas como “Sueño com Serpientes” (canção de Silvio Rodriguez eternizada nas vozes de Mercedes Sosa e Milton Nascimento), “Azeite" (Alziera E, Imatar Assumpção e Jerry Espíndola), “Dear Prudence” (Beatles) e “Hora do Almoço” (Belchior), além de canções autorais inéditas.  

O encontro das artistas representa um cruzamento de gerações e estéticas musicais, característica do projeto Som do Sesc, que ocorria sempre às terças-feiras no Sesc Ginástico, Centro do Rio. Por conta da pandemia, o projeto vem ocorrendo em plataforma digital. 


Serviço
Projeto Som do Sesc
Maria Gadu em live do show “Pelle”.
Abertura:
Duda Brack com o show “Voz e Solidão”.
Sábado, dia 25 de setembro, às 20h.
Canal do Sesc RJ no YouTube (/portalsescrio).
Classificação: livre.
Grátis.
Realização: Sesc RJ.


quarta-feira, 22 de setembro de 2021

.: A fofoca sexual de Clinton em "American Crime Story: Impeachment"


Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em setembro de 2021


O terceiro episódio de "American Crime Story: Impeachment", "Not To Be Believed", começa seguindo o título. Assim, o público é levado para setembro de 1995 e conhece Matt Drudge (Billy Eichner), comentarista político americano, criador e editor do Drudge Report, fofoqueiro que revira o lixo da CBS. Em casa, enquanto prepara "uma quase bomba", após agir como um rato, conecta o computador na internet e é bem interessante recordar o barulho da conexão discada. Nessa apresentação, fica claro o perigo que Drudge representa, com direito a ameaça direta de outros jornalistas.

Passados quase dois anos, em março de 1997, reencontramos a amarga e futriqueira Linda Tripp (Sarah Paulson),  mulher irritante, mas muito humilhada no trabalho. Cheia de ideias, liga para a ex-colega de trabalho da Casa Branca, Kathleen Willey (Elizabeth Reaser), e promete revelar coisas do passado, inclusive certa experiência mais íntima de Clinton com Kathleen . 

Sem esquecer da primeira denúncia de sexo oral com Clinton, o terceiro episódio vai para mais longe dos dois núcleos apresentados, Paula Jones (Annaleigh Ashford) e marido treinam atuação até que se desentendem, mas a TV mostra que o escândalo com o presidente deu certo. O caso Jones estampa a capa da revista Newsweek. Todo o rebuliço é resgato ao fim do episóido, pois Paula enche os olhos para o valor combinado a receber pelo caso, enquanto que o marido faz questão de um pedido de desculpas. No entanto, os advogados do diabo também agem.


Por outro lado, em "Not To Be Believed" há uma Monica, apaixonada, que presenteia Clinton com um livro da época de estudante. Ele, por sua vez, oferece Coca-Cola. Numa outra sala mais reservada, conversa vai, conversa vem. Até que o presidente começa o papo de que o que os dois fazem "não ser certo para ela e nem para a família dele". Sem muito mais, Monica é dispensada pelo presidente. 

Na tentantiva de ainda trabalhar na Casa Branca, Mônica desabafa e segue as ordens de Linda: escrever um e-mail para Clinton sobre como se sente. No entanto, é Linda quem redige o texto. No dia seguinte, os dois se reencontram e fica a promessa de que a amizade continua, sem perder o emprego. Ao menos até a página 2 da história.

Enquanto Linda tece toda a trama, o Michael Isikoff (Danny Jacobs) faz um combinado com a mulher de contendas para estabelecerem uma relação bastante interessante. Contudo, ele perde o furo da notícia, pois Drudge publica o que sabe a respeito da relação extraconjungal do presidente. Michael avisa Linda sobre o roubo da história e, então, os dois se encontram num salão de beleza. Nesse lugar inusitado, Linda conta tudo o que sabe sobre Monica e Clinton. E ainda destaca que "ele usa mulheres como toalhas de papel".

Em tempo, Sarah Paulson não passou fome nessas gravações, por várias cenas ela faz uma boquinha. Contudo, é nítida a fome dela pela atuação e entrega uma mulher ardilosa que sabe montar o jogo a ponto de levar todos os pontos. Com direito a nome e sobrenome estampado na revista. Que venha o episódio "The Telephone Hour", pois há fome do público pela série do lado de cá!


Seriado: American Crime Story: Impeachment
Temporada: 3
Episódio 3: "
Not To Be Believed"
Exibido em: 21 de setembro de 2021, EUA.
Elenco: Sarah Paulson (Linda Tripp), Beanie Feldstein (Monica Lewinsky), Annaleigh Ashford (Paula Jones), Margo Martindale (Lucianne Goldberg), Edie Falco (Hillary Clinton), Clive Owen (Bill Clinton), Billy Eichner (Matt Drudge), Elizabeth Reaser, Judith Light (Susan Carpenter-McMillan), Anthony Green (Al Gore), Cobie Smulders (Ann Coulter), Colin Hanks, Taran Killam (Steve Jones), Mira Sorvino (Marcia Lewis), Kathleen Turner (Susan Webber Wright), Dan Bakkedahl (Kenneth Starr), Joseph Mazzello (Paul Begala), Blair Underwood (Vernon Jordan), Kevin Pollak (Bernie Nussbaum), Patrick Fischler (Sidney Blumenthal)

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do www.photonovelas.com.br. Twitter:@maryellenfsm



.: Capítulo 8: "As Winsherburgs" em "Doce Fantasia"


Por: Mary Ellen Farias dos Santos

 

Com o carro parado, ao se dar conta de que atropelou alguém, Lolita, permaneceu sem se mover, em estado de choque, quando deixou escorrer uma lágrima pelo olho esquerdo. Samantha, decidida e prática, rapidamente abriu a porta do carro e correu até a mulher.

Aparentemente, a jovem que Lolita acertou com o carro não se feriu em nada, apenas deixou um dos calçados voar longe e nada falava. Enquanto uma e outra perguntavam se ela estava bem, as irmãs não pensaram muito e resolveram colocar a mulher no carro até o hospital Santa Clara. E no trajeto o silêncio fez o momento ser de total apreensão.

As gêmeas, nervosas, acabaram tropeçando nas palavras ao tentar explicar o que acontecera para a recepcionista. Quando Lolita foi apontar para a mulher, logo cutuca Samantha que também se vira, e é iniciada busca pela jovem atropelada, mas a mulher havia simplesmente desaparecido.

Seria impossível ter entrado direto para atendimento, uma vez que naquela noite o plantão estava tranquilo e a situação da quase paciente não era grave -aparentemente.

 

*  *  *

Ellen e Mary já tinham voltado para a casa dos Winsherburgs após passar a manhã no Colégio Santa Helena. Mary e Tarissa conversavam por chamada de vídeo longe da mãe, professora, que aproveitava o tempo de o arroz ficar pronto para o almoço entre mãe e filha, assim começou a separar o material que iria usar no dia seguinte de aula.

Folheou um livro em busca de rever o conteúdo a ser trabalhado e, com os estalos da geladeira ecoando pelo corredor, nem percebeu quando Mary chegou sorrateiramente atrás dela, ergueu o celular com a câmera filmando tudo, em alto e bom som e colocou para tocar a introdução de três segundos do clássico “I feel good”, na voz de James Brown.

Ao contrário do que esperava, Ellen não jogou algo para o alto ou gritou de susto como nos vários vídeos que rolam pelas redes sociais. A dona Winsherburg foi certeira. Com a mão fechada, deu um tapão na face de Mary, numa resposta rápida e impensada por qualquer um que quer se defender do perigo.

Com o coração acelerado, Ellen simplesmente perguntou o que fora aquilo. Mary permaneceu sem reação a ponto de nem ter voz suficiente para responder.

A filha se encheu de vergonha, primeiro pela audácia da brincadeira e depois por ter ficado com uma das bochechas mais vermelhas do que um morangão. Como resultado, somente colocou as mãos no rosto, pousando uma delas diretamente na área que estava quente igual ao sertão nordestino.

Definitivamente, Mary não esperava uma reação forte e precisa de Ellen. Na verdade, ficou arrasada com aquele tapão. Sem saber lidar com a situação, abaixou a cabeça e foi para o quarto, segurando firmemente a pedra misteriosa, quando alertou a mãe que iria usar o notebook enquanto a comida não ficava pronta.

O pior é que o arroz daquele almoço queimou.

Sete minutos depois, recomposta, Ellen arrumou a louça na mesa para o almoço com a filha, sem gritar, o que Bernardo achava muito feio. Então, para avisar Mary que estava tudo pronto, mandou uma mensagem pelo WhatsApp.

Melhor escolha.

A filha tinha começado a assistir o documentário “Mamãe morta e querida” que retrata o caso macabro entre mãe e filha, Gypsy Rose e Clauddine Blanchard. Mary havia assistido a série “The Act” e ficara estarrecida com a atitude macabra da jovem. Acreditava que iria diminuir a raiva que ficou de Gyspy e seu plano perverso. Sem contar que aquela história era 100% real.

Imagine se Ellen entrasse no quarto e entendesse tudo errado?! Afinal, Ellen era o tipo de mãe pra lá de dramática. Certamente chamaria o detetive Bira do canal Fatos Desconhecidos.

*  *  *

No dia seguinte, as gêmeas, numa pausa no trabalho, saboreavam umas delícias na Cafeteria Dollywood. Enquanto Samantha não parava de mastigar, Lolita pesquisava na internet. Como aquela mulher sumiu? Naquele momento, ela se sentiu igual a um personagem na série “Supernatural”, sendo que ela assumiu o papel do irmão mais novo, o Sam, enquanto que Samantha era perfeitamente o Dean.

Eis que Lolita encontra uma notinha jornalística a respeito de um atropelamento, de ontem, mas há quatro quadras de distância.

- Samantha, olha isso!

Distraída e mais envolvida com os lambiscos matinais, a irmã somente olhou, sem dar a mínima atenção. Estava interessada em se dedicar ao pecado da gula.

- Samantha! Presta atenção!, ralhou Lola com a irmã.

- A foto da câmera de segurança... Dá para ver que é a mulher do acidente comigo, mas não é no mesmo lugar!

Involuntariamente, Sam arregalou os olhos e deixou um donut que levaria a primeira mordida cair virado na mesa.

- Mana! Não é possível isso!!

Lolita sente um forte arrepio na espinha, mas é no olhar de Samantha que o medo maior é representado. Quem levava tudo na brincadeira simplesmente chorou ao se dar conta da situação:

- Será que era uma bruxa?! Por que assim, surge do nada, é atropelada, colocamos no nosso carro e daí evapora. Aliás, leu o livro “HEX”, de Thomas Olde Heuvelt?! Samantha se embanana toda para falar o sobrenome até que esbraveja um “Ah!”.

Lola fecha a cara e pede para a irmã levar a situação a sério.

- Você e a Mary só ficam assistindo essas séries cheias de coisas do outro mundo, com espiritinho. Mana, isso é realidade. Já não basta o som da agência funcionar quando desligado?! E até me chamou...

Samantha fica boquiaberta e logo retruca:

- Som ligando sozinho?! Ah, não! Ainda chamou você?! Isso aí não é série de terror, mas de “WandaVision”!

Irritada, Lola ameaça ir embora e fala:

- A vida não é fantasia!

*  *  *

Antes de se juntar à mãe para almoçar, Mary recebe mensagens no WhatsApp.

 

Olá, Mary!? Aqui é a Melinda! Podemos conversar?!

 

 

 

Feels like I'm dreaming, but I'm not sleeping

(sweet, sweet fantasy)

Fantasy

Sweet fantasy

You're my fantasy

Sweet fantasy

Sweet, sweet fantasy

 

Fantasy, Mariah Carey



*~~~~ Capítulo 9: "As Winsherburgs" em "Acenando Através de Uma Janela" ~~~~*


*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura, licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos e formada em Pedagogia pela Universidade Cruzeiro do Sul. Twitter: @maryellenfsm 


Assista em vídeo como história ilustrada




.: Marisa Orth vira "Bárbara" em primeiro espetáculo solo da carreira


Com a luta contra o alcoolismo como tema central, a montagem traz ainda reflexões de Marisa em um texto emocionante de Barbara Gancia e cheio de pitadas cômicas. O espetáculo, com idealização e direção de Bruno Guida e dramaturgia de  Michelle Ferreira, estreia dia 22 de outubro, no Teatro FAAP, em São Paulo. Foto: divulgação/ Bob Wolfenson


“Há pessoas cujas vidas imploram para ser escritas”. Este pequeno trecho, de autoria do sempre genial Ruy Castro, foi extraído do prefácio de “A Saideira: Uma Dose de Esperança Depois de Anos Lutando Contra a Dependência” (editora Planeta), a celebradíssima autobiografia em que a escritora e jornalista Barbara Gancia expõe de peito aberto um tema de sua vida, que é tabu até hoje para muitos: a luta contra o alcoolismo.

E como há pessoas cujas vidas imploram também para ser representadas e ganhar novos contornos, as tragicômicas histórias dos mais de 30 anos de dependência do álcool e suas consequências contadas no livro finalmente ganham os palcos em "Bárbara", um espetáculo solo estrelado por Marisa Orth

A estreia nacional será no palco do Teatro FAAP, em São Paulo, no dia 22 de outubro, com sessões às sextas e aos sábados (às 21h) e domingos (às 18h), em curta temporada somente até 12 de dezembro. Apresentado pelo Ministério do Turismo, com patrocínio de Seguros Unimed e apoio de IBR - LAM, “Bárbara” já tem ingressos disponíveis pelo site www.teatrofaap.com.br ou na bilheteria do Teatro Faap (R. Alagoas, 903 ' Higienópolis).

Dada a imensa repercussão que o livro causou desde seu lançamento, bem como as inúmeras e necessárias palestras que Barbara Gancia tem feito sobre o tema nos últimos anos, o desafio da montagem sempre foi o de não realizar uma simples transposição para o palco. “Como encenar algo já definitivo e tão bem relatado em um livro? Ao mesmo tempo em que a gente pensava nisso, sempre houve a certeza de que ‘A Saideira’ possui uma força cênica e precisava ganhar o palco para tocar outros públicos”, diz Marisa Orth.

A solução criada pelo diretor e idealizador do projeto, Bruno Guida, apostou em recursos cênicos simples e no jogo com a platéia, elementos que somente o teatro pode oferecer. Com uma dramaturgia livremente inspirada no livro, a autora Michelle Ferreira, utiliza algumas situações extraídas do livro, bem como inventa outras histórias, para dar forma à essa "nova Barbara ficcional”. “Bárbara” ganhou, assim, uma encenação limpa, privilegiando o trabalho de atriz em um texto forte, cômico e ao mesmo tempo emocionante. 

Toda narrativa será de desconstrução e os elementos cênicos colaboram nesse sentido. O espetáculo conta com Direção de Movimento e Suporte Cênico  de Fabricio Licursi, Direção de Arte de Gringo Cardia, Figurinos de Fause Haten, Designer de Luz de Guilherme Bonfanti, Trilha Original de André Abujamra, Efeitos especiais de G2 FX/ Rick Passos e Fotos de Bob Wolfenson. A Realização é da Palco 7 Produções, de Marco Griesi; Rega Início Produções, de Renata Alvim; e Solo Entretenimento, de Daniella Griesi.

Como nada é por acaso no Teatro, “Bárbara” surge exatamente às vésperas da celebração de 40 anos da vitoriosa carreira de Marisa Orth. Uma das atrizes mais versáteis de sua geração, com imensa contribuição na TV, Teatro Musical, Cinema e Música, Marisa volta às suas origens para comemorar a data. "Bárbara vai ser um exercício para mim de multitarefas, eu como atriz posso estar me exercitando, em tantas frequências: tem bastante humor, tem papo reto com a plateia, tem um trabalho de composição corporal, explorando coisas que eu sempre desejei fazer e mesmo assim é uma peça simples, é uma peça de 'contação' de uma história que a gente achou relevante, emocionante e que nos inspirou a criar uma outra história. Estou muito entusiasmada”, reflete.

Sobre Marisa Orth
Nascida em São Paulo, é filha de Antônio Teófilo de Andrade Orth e Marllene Domingos Orth, e mãe de João Antônio Orth Pereira. Formou-se psicóloga na PUC - SP e atriz pela Escola de Arte Dramática da USP. Ao longo dos seus 40 anos de carreira, sua atividade profissional estendeu-se em Teatro musical, Televisão, Cinema e a Música, tanto em shows, como em gravação de discos. 

Entre seus principais trabalhos estão as participações em Novelas (“Rainha da Sucata”, “Deus nos Acuda”, “Agora É que São Elas”, “Bang Bang”, “Sangue Bom”, “Haja Coração” e “Tempo de Amar”, todas na Rede Globo de Televisão); Programas de humor (“TV Pirata”, “Sai de Baixo”, “Toma Lá Dá Cá”, “Os Aspones”, “S.O.S Emergência”, “Macho Man”, “Edifício Paraíso”, todos também na Rede Globo de Televisão). Nestes programas esteve ao lado de grandes atores como: Miguel Falabella, Adriana Esteves, Aracy Balabanian, Luís Gustavo, Diogo Vilela, Luís Fernando Guimarães e outros.

No cinema, atuou em “Não Quero Falar Sobre Isso Agora”, dirigido por Mauro Farias, “Capitalismo Selvagem”, dirigido por André Klotzel, “Doces Poderes”, dirigido por Lucia Murat, “Boleiros”, dirigido por Ugo Giorgetti, “Por Trás do Pano”, dirigido por Luís Villaça, “Durval Discos”, dirigido por Anna Muylaert, e “O Bilhete Premiado”, direção de Maurício Farias. No Teatro, esteve em vários espetáculos, como “Fica Comigo Esta Noite”, “Seis Personagens à Procura de um Autor”, “O Que o Mordomo Viu”, “A Família Addams”, “O Inferno Que Eu Sou”, “Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos”, e outros. Há 19 anos é diretora fundadora da Escola Spectaculu para jovens de baixa renda da cidade do Rio de Janeiro, já tendo gerado mais de 6.000 empregos.



Sobre Barbara Gancia
Nascida em São Paulo, é jornalista e trabalhou em alguns dos maiores veículos de comunicação do país, como Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo, Pasquim, Elle, Vogue, Status; Rádio BandNews FM; nas emissoras de TV Bandsports, TV Bandeirantes e GNT e na plataforma digital UOL. 

Seu colunismo de humor afiado e agudo senso crítico fizeram história e causaram polêmica por 32 anos no jornal Folha de S.Paulo. Desde 2013 integra o elenco do canal pago GNT no programa "Saia Justa". Em 2018, lançou o livro “A Saideira: Uma Dose de Esperança Depois de Anos Lutando Contra a Dependência”, biografia em formato de tragicomédia em que fala de sua dependência do álcool e de como conseguiu dominar o problema. Barbara está há 14 anos sem beber. 


Ficha técnica
Espetáculo:
“Bárbara”
Com: Marisa Orth.
Livremente inspirado a partir de “A Saideira: Uma Dose de Esperança Depois de Anos Lutando Contra a Dependência” de Barbara Gancia
Idealização e direção:
Bruno Guida
Dramaturgia: Michelle Ferreira
Assistente de direção: Mayara Constantino
Direção de Movimento e suporte cênico: Fabricio Licursi
Direção de arte: Gringo Cardia
Figurino: Fause Haten
Designer de luz: Guilherme Bonfanti
Trilha original: André Abujamra
Efeitos especiais: G2 FX / Rick Passos
Redes Sociais: Mugiu Magenta
Fotos: Bob Wolfenson
Realização: Palco 7 Produções, Rega Início Produções e Solo Entretenimento
Apresentado pelo Ministério do Turismo
Patrocínio: Seguros Unimed
Apoio: IBR – LAM


Serviço
Espetáculo: “Bárbara”
Temporada:
  de 22 de outubro a 12 de dezembro de 2021
Horários: sextas-feiras e sábados, às 21h; sábados, domingos, às 18h
Local: Teatro FAAP
Endereço: FAAP - Fundação Armando Alvares Penteado (R. Alagoas, 903 - Higienópolis)
Capacidade: 310 lugares (seguindo atual protocolo dos Teatros no Plano SP_
Classificação etária: 14 anos
Preço: a partir de R$25


Ingresso
Internet (com taxa de conveniência): www.teatrofaap.com.brBilheteria física (sem taxa de conveniência): Teatro Faap (R. Alagoas, 903 - Higienópolis), de quarta a sábado, das 14h às 20h. Domingo das 14h às 17h. Em dias de espetáculos até o início da apresentação. Telefone (sem taxa de conveniência): (11) 3663-7233 e (11) 3662- 7234, de quarta a sábado, das 14h às 20h. Domingo das 14h às 17h. Em dias de espetáculos até o início da apresentação. O Teatro possui acessibilidade e ar-condicionado.


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