segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

.: Sesc Pinheiros recebe Claudio Barros em “Solo de Marajó”, do Grupo Usina


Com direção de Alberto Silva Neto, o espetáculo faz temporada de 12 de janeiro a 11 de fevereiro, de quinta a sábado, às 20h, no Auditório (3º andar) do Sesc Pinheiros. Foto: JM Conduru


Sozinho sobre o palco vazio, Claudio Barros conta oito histórias que, reunidas, fazem um retrato dos modos de vida do povo habitante de pequenos povoados à beira dos rios, no norte do Brasil. O ator constrói narrativas, usando apenas o corpo e a voz, que levam o espectador a imaginar pessoas, paisagens, cores, sons e cheiros que constituem o universo amazônico. O espetáculo faz temporada de 12 de janeiro a 11 de fevereiro, de quinta a sábado, às 20h, no Auditório (3º andar) do Sesc Pinheiros.

A obra do romancista paraense Dalcídio Jurandir - fonte dramatúrgica do espetáculo - traduz a complexidade da região, onde a riqueza e a exuberância da vida ligada ao ambiente natural contrastam com um drama social histórico, consequência da exploração predatória e da violação de direitos que resultam em desigualdades sociais alarmantes. Foi a percepção desse viés político do autor que levou o grupo Usina a construir uma poética cênica a partir de histórias breves extraídas do romance "Marajó", lançado por Dalcídio e publicado em 1947.

O espetáculo, que estreou em 2009, foi apresentado na época em 11 municípios paraenses, apoiado por um edital privado, o programa Rumos, do Instituto Itaú Cultural. O projeto do Usina apresenta um escopo de temas e soluções estéticas que retira o imaginário amazônico do estereótipo, reconquistando para o palco, além da representação da paisagem física, os dramas da paisagem humana.


Sobre direção e atuação
Alberto Silva Neto iniciou no teatro como ator, em 1987. Atuou nos grupos Palha, Experiência e Cuíra do Pará. É Doutor em Artes Cênicas e professor da Escola de Teatro da Universidade Federal do Pará. Foi um dos fundadores da Usina Contemporânea de Teatro. Desde 2004, dirige os espetáculos do grupo.

Claudio Barros começou no teatro em 1976. Teve passagem por importantes grupos de Belém como Experiência e Cena Aberta. Foi um dos fundadores do Grupo Cuíra do Pará. Atua também no cinema, como produtor e preparador de elenco. Hoje integra a equipe de criadores da Usina, atuando em “Solo de Marajó”.


Ficha técnica
"Solo de Marajó" com Cláudio Barros
Obra original:
 "Romance Marajó", de Dalcídio Jurandir (1947).
Dramaturgia, iluminação, encenação e direção: Alberto Silva Neto.
Dramaturgia, figurino e atuação: Claudio Barros.
Fotos de divulgação: JM Conduru Neto.
Coordenação de Produção: Vanda Dantas.


Serviço
"Solo de Marajó" com Cláudio Barros
De 12 de janeiro a 11 de fevereiro. Quinta a sábado, às 20h.
Local: Auditório (3º andar).
Capacidade: 98 lugares
Ingressos: R$ 30 (inteira); R$ 15 (meia: estudante, servidor de escola pública, + 60 anos, aposentados e pessoas com deficiência); R$ 9 (credencial plena: trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes).
Duração: 60 minutos.
Classificação: 12 anos.

.: "Histórias Quase Verdadeiras" estreia nesta segunda baseada em Suassuna


Adaptação do filme "O Auto da Boa Mentira" vai ao ar em quatro episódios, com história inédita exclusiva para a TV. Na imagem, o palhaço Romeu (Jackson Antunes) em "Vidente" de "Histórias Quase Verdadeiras". Foto: Helena Barreto/divulgação

Dizem que mentira tem perna curta. Se isso é verdade, a bichinha corre rápido, viu! Boas risadas e garantia de diversão estão na série "Histórias Quase Verdadeiras", derivada do filme "O Auto da Boa Mentira", baseada nos "causos" bem-humorados de Ariano Suassuna. A partir de frases clássicas do poeta e escritor falecido em 2014, a série é dividida em quatro episódios sendo um deles uma história inédita exclusiva para a TV.

As tramas têm um ponto em comum: a mentira! Ela é sempre a protagonista das histórias que reúnem grande elenco como Leandro Hassum, Nanda Costa, Renato Góes, Jackson Antunes, Luis Miranda, Giulia Gam, Zezé Polessa, entre outros. Com direção de José Eduardo Belmonte e roteiro assinado por João Falcão, Tatiana Maciel e Célio Porto, a obra é uma coprodução da Cine Group com a Globo Filmes e estreia dia 2 de janeiro na TV Globo com exibição na segunda, terça, quinta e sexta após a novela "Travessia".

Mentiras de diferentes formas e estilos. E sob a ótica única de Ariano Suassuna. Para o diretor José Eduardo Belmonte, a obra torna-se especial por tratar de forma bem-humorada a cultura da mentira na sociedade brasileira. “O Ariano Suassuna tinha uma fascinação por mentirosos, não os que mentiam para prejudicar os outros, mas porque isso mostrava a capacidade de invenção do povo brasileiro diante de adversidades”, destaca o diretor. “O público pode esperar alegria em histórias narradas há tempos, mas que falam muito sobre o agora. São tempos difíceis, mas a alegria aumenta a capacidade de resistir a dor”, complementa Belmonte. "O Auto da Boa Mentira" do qual a série "Histórias Quase Verdadeiras" é derivada venceu o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro na categoria júri popular na edição de 2022.

Inédito na TV aberta e agora em formato de série, "Histórias Quase Verdadeiras" estreia na segunda, dia 2 de janeiro, com o episódio "O Farsante". A história mostra o subgerente de RH, Helder (Leandro Hassum), um "zé ninguém" que é confundido com um comediante de sucesso e passa a gostar do mal-entendido. Mas um encontro inesperado com Caetana (Nanda Costa) pode fazê-lo mudar de opinião. 

Em seguida, "Vidente", no ar no dia 3, relata a trajetória de Fabiano (Renato Góes), um jovem que não acredita em nada, mas fica intrigado quando ouve um mistério circense envolvendo sua mãe (Cássia Kis) e seu pai, morto há anos. Na história, ele precisa da ajuda do palhaço Romeu (Jackson Antunes) e de cuidado para que ele próprio não seja feito de palhaço.

Já o terceiro episódio, que também é o inédito, "Verdades no Ar", será exibido na quinta-feira, dia 5, traz a história inédita das três amigas: Jô (Giulia Gam), Maria Elizabeth (Cristina Mutarelli) e Ana Cristina (Zezé Polessa), que viajam juntas para Bariloche. Mas o fato de ficarem "engavetadas" lado a lado por tanto tempo no avião pode trazer à tona verdades difíceis de encarar.

O episódio final, com exibição na sexta, dia 6, é "Mentira ou Consequência", que brinca com uma frase de Suassuna sobre o preconceito sofrido por quem nunca foi à Disney. Nela, a estagiária Lorena (Cacá Ottoni) se sente invisível na empresa de publicidade de Norberto (Luis Miranda), e sonha com o ‘pseudointelectual’ Felipe (Johnny Massaro). 

"Histórias Quase Verdadeiras" estreia dia 2 de janeiro na TV Globo com exibição na segunda, terça, quinta e sexta após ‘Travessia’. A série de quatro episódios é uma adaptação do filme "O Auto da Boa Mentira", baseado em contos de Ariano Suassuna. "Histórias Quase Verdadeiras" tem direção de José Eduardo Belmonte e roteiro de João Falcão, Tatiana Maciel e Célio Porto. Guel Arraes assina a produção associada, e a produção executiva está a cargo de Fatima Pereira, Luciana Pires, Mônica Monteiro e Rômulo Marinho. A obra é uma coprodução da Cine Group com a Globo Filmes.

.: “Poliana Moça”, do SBT: resumos dos capítulos 206 ao 210

“Poliana Moça”

Resumos dos capítulos 206 ao 210 (02.01 a 06.01)


 

Capítulo 206, segunda-feira, 02 de janeiro

Tânia manda Waldisney e Violeta ficarem de olho em Poliana (Foto: Lourival Ribeiro/SBT)


João, Kessya, Luigi e Bento visitam Poliana e relembram momentos do passado através de fotos da infância. Luca avisa Waldisney e Violeta que quer sair do esquema de bandidagem deles; os vilões falam que a única saída é desaparecer. Ruth alerta Renato que ele está invadindo o espaço dela. Tânia diz para Waldisney e Violeta da probabilidade de Pinóquio e Poliana se encontrarem e solicita que a dupla fique de olho na garota. Poliana acorda durante a noite, caminha pela casa e se depara com Pinóquio. A filha de Otto estava preocupada com o amigo androide. Em conversa com Poliana, Pinóquio afirma que a sua missão de vida é ajudar as pessoas. Otto desperta e esbarra com a filha na cozinha; Pinóquio se esconde rapidamente. Helô revela para Ruth que precisa de uma licença para se afastar do cargo no colégio, já que deseja fazer especialização fora do país; Ruth pergunta se essa decisão tem a ver com Renato. Poliana tenta novamente ir para a escola. Jeff avisa a Brenda e Raquel para não conversar nada sobre Tânia e ‘Luc4Tech’ perto da Celeste, e informa que Tânia e Celeste são mãe e filha.


Capítulo 207, terça-feira, 03 de janeiro

Celeste é ignorada por Raquel e Brenda (Foto: Lourival Ribeiro/SBT)


Poliana consegue entrar na Escola Ruth Goulart para assistir as aulas, Waldisney e Violeta observam a garota de longe. A turma do colegial faz uma festa surpresa para Poliana. Alguns policiais abordam Waldisney e Violeta. Poliana procura por Pinóquio na escola. O clubinho ‘Yupechlo’ fala para Poliana sobre acontecimentos estranhos no colégio, Poliana já desconfia ser obras de Pinóquio. Poliana vai até a casa de máquinas e encontra com Pinóquio. O androide chora por não ter uma família. Parente da mãe biológica de Pedro e Chloe cancela encontro com Eugênia; a mãe de criação se sente angustiada. Brenda e Raquel ignoram Celeste no trabalho. Luca fica nervoso e grita com os funcionários.


Capítulo 208, quarta-feira, 04 de janeiro

A atriz Stella Miranda em participação especial como Valdinéia, mãe de Waldisney (Foto: Lourival Ribeiro/SBT)


Waldisney e Violeta contam para Tânia que foram abordados por policiais e que os homens os reconheceram como agentes do LUC1; Tânia fica brava. André diz para Durval que está de rolo com a filha dele; Durval passa mal. Poliana pergunta para o pai o que faria se o Pinóquio aparecesse; ele rebate que desligaria o androide. Após escapar da prisão, Roger volta para o esconderijo. Waldisney e Violeta perguntam como ele conseguiu fugir da cadeia; ele revela que contou com ajuda de Valdinéia [Stella Miranda], mãe de Waldisney. Valdinéia aparece no local e surpreende o filho. Glória notifica Otto que Roger abandonou a cadeia da delegacia e não sabe se deseja o filho por perto dela. Tânia diz que tem um acordo de damas com Valdinéia, já que ela comandou o Jardim Bem-Te-Vi no passado. Depois de tanto tempo longe, Valdinéia conversa com o filho. Durval conta para Raquel e André que o novo genro vai ficar para jantar e oficializar para a família inteira o relacionamento deles. Otto diz para Glória que Roger, provavelmente, vai procurar a mãe e aconselha a matriarca entregar o filho. Otto pensa em plano para achar Roger e incriminar Tânia. Pinóquio deixa chocolate na mesa de Poliana e na mesa da Helô. No jantar, Gael e Benício aprontam com André.


Capítulo 209, quinta-feira, 05 de janeiro

Luca recebe mensagem de ameaça e desconta em funcionários (Foto: Lourival Ribeiro/SBT)


Helô acha que o chocolate que estava na mesa dela era presente da Ruth, mas Ruth diz que não foi ela que deu o chocolate. Renato convida Helô para jantar com ele e Ruth; a coordenadora nega. Tânia começa a vigiar Poliana na porta da escola. Poliana encontra chocolate na mesa e João observa com olhar enciumado. Helô fala para Renato que não gostou do chocolate como forma de presente; o professor de música nega que foi ele. Valdinéia recebe pagamento de Tânia; ela declara ser pouco e cobra um valor mais alto. Roger vai atrás de um dinheiro guardado no cofre da mãe Glória. Pinóquio se veste de fantasma e assusta as crianças do ‘Yupechlo’. Luca recebe mensagem de Tânia ameaçando acabar com ele se o jovem sair do negócio; Luca desconta raiva nos funcionários. Desconfiado de um admirador secreto que agradou Poliana com um chocolate, João segue Poliana pela Ruth Goulart. Poliana se encontra com Pinóquio na casa de máquinas. João entra na casa de máquinas e se surpreende. Roger invade o apartamento de Glória acreditando que ia estar vazia e se depara com a mãe e com o irmão.  Otto e Glória afirmam que precisam da ajuda de Roger.


Capítulo 210, sexta-feira, 06 de janeiro

Roger rouba dinheiro da mãe (Foto: Lourival Ribeiro/SBT)


Otto pede para Roger entregar todo esquema criminoso da Tânia, já que ela tentou prejudicá-lo. Poliana e Pinóquio contam toda história do androide para João. Roger diz que vai ajudar a família, mas que antes precisa ir ao banheiro, neste momento, Roger rouba o dinheiro de Glória. João fica preocupado com a existência de Pinóquio. Em outro instante, através dos dutos de ar, Pinóquio escuta Poliana conversar com João, o garoto pergunta se Otto já sabe do paradeiro do androide, Poliana nega, já que o pai deseja desligar o boneco. João fala que seria melhor compartilhar tudo com Otto. Chateado com o assunto, Pinóquio acha que não pode confiar em mais ninguém. Benício sofre com os haters da internet. Roger vai para o esconderijo e mostra sacola de dinheiro roubado para Waldisney, ele conta que quase entregou todo esquema para a Glória; Tânia escuta tudo e ameaça Roger. Roger vai ao encontro de Luca e propõe trabalhar juntos contra o Cobra. Tarde da noite, Celeste segue Tânia até a comunidade. Jeff se encontra com Otto e o pai da Poliana faz uma proposta para Jeff.


Sábado, 07 de janeiro

Resumo dos capítulos da semana


A novela “Poliana Moça” vai ao ar de segunda a sábado, às 20h30, no SBT

domingo, 1 de janeiro de 2023

.: Crítica: "Pearl - A Origem de X" parece "O Mágico de Oz", mas é "Psicose"

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em janeiro de 2023


Em "Pearl - A Origem de 'X'", o ano é 1918, quando a jovem Pearl (Mia Goth) cansada de viver presa na fazenda, ao lado da mãe histérica -parecida com a de "Carrie, a Estranha"- e do pai em cadeira de rodas que não profere uma palavra que seja, alimenta um grande sonho e desenvolve uma verdadeira obsessão por alcançar a fama. Como? Tornando-se uma estrela de cinema na época de ouro de Hollywood. Num estilo Dorothy de "O Mágico de Oz", usando macacão, a mocinha que se apresenta para os animais dali, vai de bicicleta até a cidade, para comprar remédio. 

Ao fugir para desfrutar do prazer de apreciar produções cinematográficas, esbarra no belo projecionista (David Corenswet) que lhe desperta um interesse adormecido. Afinal, o marido de Pearl, Howard, está lutando na guerra. Sem revelar suas verdadeiros intenções, na volta para casa, ela encontra num espantalho, um Homem de Palha, a saída para ser seu par de dança e, claro, para externar o prazer reprimido.


No entanto, a figura de Dorothy é rapidamente desassociada de Pearl, uma vez que ela se mostra uma implacável matadora em nome de conseguir o que tanto deseja, desde animais a pessoas. Todavia, mesmo com a chance de uma audição, por não se enquadrar nos padrões, ela é eliminada. Sem chance de chegar às telas de cinema, Pearl age novamente de modo cruel, mesmo com quem mostrava ter algum apreço por ela. 

Sem limites e com sede por matar, Pearl ainda que tente atuar, assim como a mãe dela aponta, não consegue esconder a verdadeira essência que carrega e encarna Norman Bates em "Psicose". Tanto é que oferece uma ceia para convidados em estado pavoroso, o que também faz lembrar de "Rocky Horror Picture Show" quando Frank n Furter remove o tampão da mesa em que todos os presentes saboreiam a refeição até que se revela a localização do motoqueiro Eddie.

O filme de Ti West, produção de terror slasher de primeira, além de fazer referências a produções do gênero, usa locações e cenas similares a do filme antecessor, "X - A Marca da Morte". Entre elas, a do dedo indicador pousado nos lábios de Pearl pedindo silêncio. Bem construído, o longa garante uma cena final emblemática transbordando o show de atuação de Mia Goth que sorri de modo forçado enquanto deixa escorrer lágrimas -de ódio ou alegria. Em 1h42m, "Pearl" que parece "O Mágico de Oz", mas tem muito de "Psicose", vai além do sangue jorrando ao criticar padrões e as amarras que vida dá enquanto destrói um sonho. Imperdível! 


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm

Filme: "Pearl - A Origem de 'X'" (X)

Gênero: Terror/Slasher

Duração: 1h 42m

Diretor: Ti West

Classificação indicativa: 18 anos

Data de lançamento: 26 de janeiro de 2023 (Brasil)

Roteiro: Mia Goth, Ti West 

Produção: Ti West, Jacob Jaffke, Harrison Kreiss, Kevin Turen

Elenco: Mia Goth (Pearl), David Corenswet (Projectionist), Tandi Wright (Ruth), Alistair Sewell (Howard), Matthew Sunderland (Pearl's father), Amelia Reid (Margaret), Todd Rippon (Director),  Lauren Stewart (Pianist), Gabe McDonnell, Grace Acheson (Ticket Taker)

Trailer

Leia +

.: Resenha crítica de "Festival Rocky de Terror", The Rocky Horror Picture Show



.: Todos os romances de Luis Fernando Verissimo em edição exclusiva


Luis Fernando Verissimo, um dos escritores mais celebrados do Brasil, é famoso por suas crônicas e seus personagens emblemáticos. Dos mais de 80 títulos publicados, seis deles são romances, agora reunidos neste box: "O Jardim do Diabo", "O Clube dos Anjos", "Borges e os Orangotangos Eternos", "O Opositor", "A Décima-segunda Noite" e "Os Espiões".

Todos têm em comum o humor fino e irônico, além da temática que envolve uma mescla de gênero policial e questões do universo literário. Afinal, Verissimo nunca escondeu sua admiração por tramas de espionagem e reflexões sobre o ato de narrar e a própria literatura. Você pode comprar a caixa com todos os romances de Luis Fernando Veríssimo neste link.



"O Jardim do Diabo"
Um thriller bem-humorado que tem como protagonista um escritor que leva uma existência pacata e insossa, até o dia em que ocorre um assassinato e a cena do crime é igual à que ele descreveu em seu último livro. A partir daí, ficção e realidade se entrelaçam num jogo perigoso e surpreendente. Uma mulher é encontrada esfaqueada em seu quarto - na parede, com sangue da vítima, palavras escritas em grego. Essa foi a cena que a polícia encontrou, mas também a descrita no último romance de Estevão, autor de histórias policiais populares, publicadas em formato de bolso e vendidas em bancas de jornal.

Quando o inspetor Macieira o procura para tentar entender o que aconteceu, seus dias monótonos à frente da máquina de escrever chegam ao fim. Uma trama complexa e alucinante que só a inteligência e humor refinado de Luis Fernando Verissimo poderiam criar. Publicado originalmente em 1987 - e revisto pelo autor em 2005 -, "O Jardim do Diabo" foi a estreia dele no romance e logo conquistou milhares de leitores. Misturando citações de clássicos da literatura, metalinguagem, comédia e drama, este é um romance de muitas camadas, mas leitura fácil. Uma obra-prima do mestre Verissimo. Você pode comprar individualmente "O Jardim do Diabo", de Luiz Fernando Verissimo, neste link. 

"O Clube dos Anjos"
Uma confraria de gourmets que não renuncia ao prazer da comida, ainda que isso possa significar sua própria morte. Um verdadeiro ensaio sobre a natureza humana, o clássico livro de Luis Fernando Verissimo é também uma insólita e bem-humorada celebração a um dos mais notórios pecados capitais: a gula. A história de um seleto grupo que, desde a juventude, se reúne para apreciar o prazer da gula em jantares luxuosos. Quando um misterioso cozinheiro aparece para reavivar os encontros da confraria, assassinatos começam a acontecer após cada refeição. E então o grupo entra numa espiral, em que a perspectiva da morte só aumenta o prazer da comida. "O Clube dos Anjos", publicado originalmente em 1998, foi o terceiro volume da série "Plenos Pecados", lançada pela editora Objetiva entre 1997 e 2002, em que sete autores escreveram sobre os pecados capitais. Você pode comprar individualmente "O Clube dos Anjos", de Luiz Fernando Verissimo, neste link. 


"Borges e os Orangotangos Eternos"
Volgestein, um cinquentão solitário que sempre viveu protegido entre os livros de sua biblioteca, recebe inesperadamente a oportunidade de ir a Buenos Aires para um congresso sobre Edgar Allan Poe. Ali, ele tem o privilégio de conhecer seu ídolo - Jorge Luis Borges -, mas logo se verá envolvido no centro de um crime. Publicado originalmente em 2000, "Borges e os Orangotangos Eternos" foi o sexto volume da coleção "Literatura ou Morte", em que a Companhia das Letras convidou escritores para escreverem sobre outros escritores célebres da literatura mundial - Luis Fernando Verissimo escolheu Jorge Luis Borges. O resultado é uma verdadeira ode à literatura e à ficção policial, escrita por um de nossos grandes mestres.

A história é narrada por Vogelstein, que tem sua pacata vida sacudida pelo destino quando é convidado para um congresso da Israfel Society, formada por especialistas em Edgar Allan Poe. Desta vez a sociedade se reunirá em Buenos Aires, onde, para sua surpresa, Vogelstein conhecerá ninguém menos que Jorge Luis Borges. E, por circunstâncias criadas aparentemente pelo amor à literatura, ele se verá no centro de um crime rocambolesco envolvendo demônios arcanos e os mistérios da cabala. Sem querer, alguém poderá pronunciar certas palavras mágicas e pôr em risco a existência do mundo dos homens... Você pode comprar individualmente "Borges e os Orangotangos Eternos", de Luiz Fernando Verissimo, neste link. 


"O Opositor"
Um jornalista de São Paulo vai a Manaus fazer uma reportagem sobre plantas alucinógenas e logo se vê envolvido em uma misteriosa trama envolvendo as organizações mais poderosas do mundo. O opositor é um livro vertiginoso, desconcertante, em que o leitor vai sendo enfeitiçado pelo divertido texto de Verissimo. 

Quarto romance publicado por Luis Fernando Verissimo, "O Opositor", que saiu pela primeira vez em 2004, foi também o quinto volume da coleção "Cinco Dedos de Prosa", em que a editora Objetiva convidou autores para escreverem histórias inspiradas em cada um dos dedos das mãos - Verissimo ficou com o polegar.

O narrador é um repórter paulista que viaja a Manaus para escrever uma matéria e é seduzido por Serena, uma mulher com os dois polegares decepados que lhe prepara chás alucinógenos. Num raro momento de sanidade, ele entra num bar e conhece Polaco, um homem grande e vermelho que parece estar sempre bêbado. No bar ― que acaba se revelando uma metáfora do próprio Brasil ―, Polaco conta sua história. Você pode comprar individualmente "O Opositor", de Luiz Fernando Verissimo, neste link. 


"A Décima Segunda Noite"
A versão moderna de "Noite de Reis" - a comédia mais luminosa de William Shakespeare -, criada por um dos escritores mais geniais do Brasil. Originalmente publicado em 2006, "A Décima Segunda Noite" foi parte da coleção "Devorando Shakespeare", da editora Objetiva. O livro se passa em Paris e é povoado por vários tipos singulares, como travestis que jogam futebol, brasileiros abastados e diplomatas misteriosos, além de Henri, o papagaio bisbilhoteiro e falastrão que narra esta história e é capaz de citar Søren Kierkegaard e John Lennon numa mesma frase.

Luis Fernando Verissimo diz que, apesar das liberdades que tomou na adaptação de "Noite de Reis", criando personagens e modificando situações, manteve os traços do original: "Os finais, tanto o de Shakespeare quanto o meu, são felizes para a maioria dos personagens, principalmente para os namorados", diz ele. Você pode comprar individualmente "A Décima-segunda Noite", de Luiz Fernando Verissimo, neste link. 


"Os Espiões"
Um editor que se encanta pelo manuscrito enviado por uma mulher que assina como Ariadne, conhecida na mitologia grega como a filha do rei de Creta que ajudou Teseu a sair do labirinto depois de matar o Minotauro. Mas em "Os Espiões", Verissimo cria uma Ariadne às avessas, que vai enfeitiçando o protagonista e seus amigos de bar, os deliciosos e risíveis espiões deste livro. Este é o primeiro romance de Luis Fernando Verissimo que não nasceu de uma encomenda editorial. "Esse aí eu mesmo resolvi me encomendar", diz ele, que se manteve fiel ao seu estilo, dentro das temáticas envolvendo o gênero policial e o universo da literatura.

O protagonista desta história é um frustrado funcionário de uma pequena editora, que não costuma ter boa vontade com pessoas, menos ainda com os originais que recebe. Até que, um dia, algo chama a sua atenção no envelope branco que chega com a correspondência: uma caligrafia cursiva trêmula, com uma florzinha no lugar do pingo do i. Dentro, ele encontra as primeiras páginas de um livro de confissões escrito por uma tal Ariadne, que promete contar sua história e depois se suicidar. Em sucessivas cartas, que chegam toda terça-feira, Ariadne narra sua aventura envolvendo crime e paixão numa pequena cidade do interior. Amante de histórias policiais, o editor fica fascinado pela autora. Inspirado por John le Carré, ele vai convencendo seus amigos de bar a acompanhá-lo numa missão tão fascinante quanto patética: encontrar e salvar Ariadne. Você pode comprar individualmente "Os Espiões", de Luiz Fernando Verissimo, neste link. 


O que disseram sobre a obra de Luis Fernando Verissimo

"Luis Fernando Verissimo combina inteligência, senso de humor apuradíssimo e domínio absoluto dos múltiplos recursos da nossa língua — cujas transparências ele é capaz de enxergar como poucos. [...] É um mestre. Desses que a gente, ao mesmo tempo, ama e admira." — Ana Maria Machado

"Cada texto de Verissimo apreende misteriosamente a aura da cultura coletiva que nos dá sentido, valor, olhar crítico e humor, esse jeito de ver e de sintetizar as coisas de uma vida comum que só os bons poetas e raros prosadores têm." — Cristóvão Tezza

"Certeiro. O homem de frases inesperadas. O homem que escreve, não fala. Quando fala, coloca o dedo na ferida. Ou no coração. Verissimo, o silencioso mais eloquente do Brasil." — Ignácio de Loyola Brandão

"Em sua geração de romancistas no Brasil, Verissimo pode ser comparado aos maiores, como Moacyr Scliar e Rubem Fonseca, tendo em relação a eles a sensível diferença de uma criativa visada irônica, nascida de seu ponto de vista sempre cético, mas invariavelmente a favor das pessoas de bem e da inteligência." — Luís Augusto Fischer"Verissimo possui a rara arte de tornar simples e fácil aquilo que é complexo e obscuro. Verissimo tratou daquilo que somos e parecemos, daquilo que exibimos e ocultamos. Talvez ele mesmo, em sua calada modéstia, pense que seu tema sejam os brasileiros. Mas seus personagens são universais." — Mia Couto 

“Verissimo é capaz de armar uma trama, construir bons personagens e dar coerência a assuntos heterogêneos, e mesmo díspares. A linguagem meticulosa e exata desse mestre da síntese aponta para algo grande. Outra singularidade é a combinação de humor e ironia, que resulta numa expressão cômica, sempre crítica, sutil e inteligente. [...] Uma curiosidade: o romance policial O opositor é ambientado em Manaus e tem um personagem bigodudo com cara de jambo. O nome dele é Hatoum. Lembro que ri muito.” ― Milton Hatoum

"Luis Fernando Verissimo é um grande escritor, uma unanimidade brasileira. No entanto, nem sempre foi assim. Ele era rotulado como ‘grande’ ― mas grande humorista. E, por uma espécie de preconceito cultural, achava-se que a Literatura com L maiúsculo e humor eram incompatíveis. Um texto literário tinha de ser, necessariamente, um texto sério ― no sentido de carrancudo. Foi um dos grandes méritos de Verissimo provar que isso não tem de ser assim. Verissimo escreve como quem respira, mas esta respiração é sobretudo inspiração. De sua inteligência e cultura brotam sem cessar ideias originais, que alargam o horizonte cultural dos leitores. E, principalmente, fazem a nossa vida melhor." — Moacyr Scliar

“Ninguém escreve como ele, ninguém escreve melhor do que ele, com total domínio do fraseado, do ritmo, da cadência e da articulação das ideias.”  ― Sergio Augusto

"Não conheço ninguém, além do Luis Fernando Verissimo, capaz de reunir tantas condições de gênio: a inteligência, o senso de humor, a presença de espírito." — Zuenir Ventura


Sobre o autor
Luis Fernando Verissimo, um de nossos escritores mais queridos e populares, nasceu em Porto Alegre, em setembro de 1936. Criador de tipos marcantes como a Velhinha de Taubaté, Ed Mort e As Cobras, seus livros já ultrapassaram os milhões de exemplares vendidos. Conquistou inúmeros prêmios literários e foi traduzido em mais de 15 países. Além disso, é torcedor do Internacional, toca saxofone e ainda é ótimo desenhista.  Compre a caixa com todos os romances de Luis Fernando Veríssimo neste link.

.: Show "Pérolas Negras" reúne Zezé Motta, Alaíde Costa e Eliana Pittman


De Cartola a Criolo, as cantoras Zezé Motta, Alaíde Costa e Eliana Pittman, em encontro inédito, abrem a agenda musical do Sesc Santo André. Foto: Murilo Alvesso


Em janeiro, a música brasileira em seus diversos estilos ocupa os finais de semana no Sesc Santo André. Para começar, três divas da canção, Zezé Motta, Alaíde CostaEliana Pittman, se unem no show inédito "Pérolas Negras", que percorre clássicos de compositores e compositoras negros em duas apresentações, nos dias 6 e 7 de janeiro.

O show inédito é dedicado à reflexão sobre a participação e contribuição de compositoras e compositores negros na música brasileira. Três mulheres negras importantíssimas da cultura musical de todos os tempos se reúnem à frente de um repertório que abrange gêneros e estilos diversos, de Cartola a Criolo, passando por Milton Nascimento, Candeia, Jorge Ben, Johnny Alf, Cartola, Martinho da Vila, Gilberto Gil, Tim Maia, Luiz Melodia, Djavan, Leci Brandão, Paulinho da Viola e Ataulfo Alves.

Zezé Motta tem 50 anos de carreira e é uma das mais respeitadas atrizes e cantoras da música brasileira. Tem mais de dez discos lançados, inclusive um deles dedicado a Luiz Melodia e Jards Macalé, "Negra Melodia". Alaíde Costa é cantora e compositora, precursora da Bossa Nova, e com 60 anos de trajetória artística. Tem parcerias com Vinicius de Moraes, Tom Jobim, Geraldo Vandré e Johnny Alf. Eliana Pittman tem 50 anos de carreira, atuou em mais de 30 países e começou sua carreira ao lado do pai, o saxofonista americano Booker Pittman, de quem herdou toda influência jazzística. O show Pérolas Negras tem direção musical do violonista Joan Barros e direção artística de Thiago Marques Luiz.


Serviço
Show "Pérolas Negras"
Sexta-feira, dia 6 de janeiro, das 20h às 21h30. Sábado, dia 7 de janeiro, das 19h às 20h30.
Sesc Santo André - Rua Tamarutaca, 302, Vila Guiomar, Santo André.
Telefone: (11) 4469-1200. Site: www.sesc.org.br.
Ingressos: R$ 40 (inteira), R$ 20 (meia-entrada) e R$12 (credencial plena).
Estacionamento: R$ 6 (portadores de credencial plena válida) e R$ 11 (público geral).
Classificação indicativa: 12 anos.
Duração: 90 minutos. 


.: Daniel Satti volta aos palcos com "O Homem Mais Inteligente da História"


Ator fala da nova temporada de "O Homem Mais Inteligente da História” que fica em cartaz de 21 de janeiro a 30 de abril em São Paulo no Teatro Torres. Foto: Cris Fiori

O espetáculo "O Homem Mais Inteligente da História", estrelado por Daniel Satti, fez durante todo o ano turnê nacional por diversas regiões do país. Sucesso, a peça é uma adaptação do livro homônimo do psiquiatra e escritor best-seller Augusto Cury, escrita junto a Francis Helena Cozta, e a direção é coletiva do elenco.

O espetáculo voltará para mais uma temporada, de 21 de janeiro a 30 de abril, no Teatro Torres, Satti fala mais do ano com a peça e da estreia no streaming da HBO Max do longa “O Faixa Preta - A Verdade História de Fernando Tererê”, prevista para março de 2023. "Estaremos em São Paulo de janeiro a abril, depois seguiremos com a turnê da peça pelo nordeste, sul e centro-oeste. Além disso, a produção vislumbra a possibilidade de ida à Europa. É uma sensação incrível, porque cada plateia reage de uma forma. Ao final das apresentações, nos deparamos com pessoas emocionadas, que trazem o reconhecimento de estarmos levando uma mensagem de amor e reflexão a todos. Isto é muito significativo pra mim, afinal, este é um dos principais papéis do artista", completa.

A peça traz a trajetória do cientista Marco Polo, vivido por Satti, especialista no funcionamento da mente, quando ele é desafiado pela ONU a estudar a inteligência de Jesus, o homem mais famoso da história. "É uma história para aprender e refletir. Existem algumas mensagens muito importantes que, para o público atento, fará uma enorme diferença. No enredo, Marco Polo é ateu e se recusa a mergulhar de início nessa busca, alegando não discutir religião, mas é instigado por uma plateia de intelectuais a realizar essa empreitada. Depois de muita resistência, ele aceita o desafio. Abordamos temas como a gestão da emoção, autocontrole, criatividade, solidariedade e amor", finaliza. Você pode comprar o livro "O Homem Mais Inteligente da História", de Augusto Cury, neste link.

.: "O Grande Recuo", de Paolo Gerbaudo, fala sobre o que vem depois do colapso


Desde a recessão econômica de 2008, e mais recentemente com a pandemia do coronavírus, as certezas que ditaram por décadas o capitalismo ocidental foram postas em xeque. A crise do projeto neoliberal gerou, à direita e à esquerda, clamores pela volta do Estado intervencionista como mecanismo de contrapeso entre a coletividade e o caos econômico, geopolítico e ecológico desatado pelo capital globalizado. Este é o tema do livro "O Grande Recuo", de Paolo Gerbaudo, lançado no Brasil pela editora Todavia.

"O Grande Recuo" é o momento em que a tese neoliberal e a antítese populista dos anos 2010 engendram uma síntese estatista, levando a uma reordenação do discurso político em torno da pergunta “o que devemos fazer com o Estado?”, e não mais “o que podemos esperar do mercado?”. As ideias-chave que emergem desse novo discurso neoestatista são soberania, proteção, controle e segurança — uma pauta, portanto, radicalmente distinta daquela dos anos 1990 e 2000 e que marca o fim do neoliberalismo como era ideológica.

Neste "O Grande Recuo", ao apresentar um panorama do presente, o sociólogo italiano Paolo Gerbaudo investiga conflitos e alianças de classe, os inimigos da direita nacionalista e da esquerda socialista, o novo intervencionismo estatal e a ascensão e queda da globalização. Para tratar dessa nova ordem política, revisita as ideias sobre Estado encontradas em Platão e Aristóteles, o contrato social descrito em Hobbes e Rousseau, a visão socialista do Estado em Marx, Gramsci e Poulantzas, bem como a crítica do liberalismo na sociologia econômica de Karl Polanyi.

Para o autor, a política contemporânea não é apenas um momento negativo, uma etapa na qual “o velho está morrendo e o novo ainda não pode nascer”, na famosa máxima de Gramsci. No "Grande Recuo", um protetivismo social que reafirme princípios de igualdade e democracia, prepare a sociedade para os efeitos devastadores da mudança climática e assuma o controle do destino coletivo é, afinal, o caminho que desponta na encruzilhada. Você pode comprar "O Grande Recuo", de Paolo Gerbaudo, neste link.

Sobre o autor
Paolo Gerbaudo é sociólogo e dedica-se à pesquisa da política no século XXI. Dirige o Centre for Digital Culture do King’s College de Londres. Compre "O Grande Recuo", de Paolo Gerbaudo, neste link.


sábado, 31 de dezembro de 2022

.: Crítica: "X - A Marca da Morte" vai do pornô ao slasher de roer as unhas


Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em dezembro de 2022


A gravação do filme pornô "A Filha do Fazendeiro" é o pano de fundo para o longa de terror slasher "X - A Marca da Morte / (X)" que resgata a essência dos clássicos filmes do gênero ao retratar jovens felizes e cheios de vida com a prática sexual plena, o que os coloca, automaticamente, na lista de futuros mortos de formas cruéis e chocantes. Em 1h45m, a produção dirigida por Ti West, apresenta um grupo formado pelo idealizador e roteirista Wayne (Martin Henderson) que leva elenco e equipe de gravação, rumo a uma fazenda do Texas como locação.


A produção de baixo orçamento que acontece dentro de "X", tem Wayne como a mente por trás da criação, capaz de não informar ao senhor Howard a respeito do que será feito no espaço alugado. Contudo, as gravações acontecem até que, a mulher do fazendeiro passa a fazer aparições fantasmagóricas -e com maior frequência. 

Acredite, embora coloque na tela cenas de sexo, "X - A Marca da Morte" garante bons sustos e mortes inesperadas. Com determinação, os anfitriões simplesmente fazem acontecer o que se vê nas cenas iniciais do filme mostrada num zoom vagaroso, atrás de uma porta até chegar a um cenário de massacre. Entretanto, a pilha de mortos no ambiente rural vai crescendo, inicialmente com o sumiço de RJ (Owen Campbel).


Com o pontapé dado para que o sangue jorre com fartura pela tela, no meio da noite, acontece uma disputada corrida pela sobrevivência. Tem até uma cena que remete ao clássico "O Iluminado". É justamente do assassinato de RJ  em diante que o longa passa a tirar o fôlego. Sem contar que fica evidente que a senhorinha não atua sozinha na caça, mas recebe ajuda valiosa para a matança.

O longa ainda tem um elenco com nomes de famosos como Jenna Ortega ("Wandinha" e "Pânico 5") que interpreta Lorraine a namorada caladona do filmador RJ (Owen Campbell), Brittany Snow ("Hairspray" e "A Escolha Perfeita") na pele da atriz pornô, Bobby-Lynne Parker, o rapper Kid Cudi ("Não Olhe Para Cima" e "Westworld") como um ator pornô e Mia Goth ("Ninfomaníaca" e "Emma"), na pele da ambiciosa pela fama, Maxine. Vale a pena conferir uma vez que a produção promete uma trilogia com "Pearl" e "Maxxxine"!


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm


Filme: "X - A Marca da Morte" (X)

Gênero: Terror/Thriller

Duração: 1h 45m

Diretor: Ti West

Classificação indicativa: 18 anos (contém drogas, conteúdo sexual e violência extrema)

Data de lançamento: 11 de agosto de 2022 (Brasil)

Elenco: Jenna Ortega (Lorraine), Mia Goth (Maxinne), Brittany Snow (Bobby-Lynne Parker), Kid Cudi (Jackson Hole), Stephen Ure (Howard),  Martin Henderson (Wayne Gilroy), Owen Campbell (RJ), Bryony Skillington, James Gaylyn (Sheriff Dentler), Simon Prast (Televangelist), Geoff Dolan (Deputy), Matthew J. Saville



Trailer

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.: "As Margens e o Ditado" fala sobre os caminhos literários de Elena Ferrante


"As Margens e o Ditado" é o novo livro de Elena Ferrante. Nos breves ensaios reunidos nesta coletânea instigante, lançada pela editora Intrínseca, a autora, que é um dos maiores fenômenos da literatura contemporânea, discorre sobre a própria jornada como leitora e escritora, oferecendo um raro olhar a respeito das origens de seus caminhos literários.

Ao longo de quatro textos - três palestras inicialmente escritas para os cidadãos de Bolonha, por ocasião das Umberto Eco Lectures, e um ensaio do encerramento da Conferência de Italianistas sobre Dante e outros clássicos -, Elena Ferrante fala de suas influências, lutas e sua formação intelectual; descreve os perigos do que ela chama de “língua ruim” e sugere maneiras pelas quais a tradição há muito excluiu a voz das mulheres. 

Partindo de brilhantes reflexões a respeito dos trabalhos de Emily Dickinson, Gertrude Stein, Ingeborg Bachmann e outras, a autora propõe uma fusão do talento feminino. Ao refletir sobre o tênue equilíbrio entre seu gosto por limites e organização - por permanecer dentro das margens - e seu desejo por desordem e clamor, ela indica uma passagem secreta para o processo de criação de suas obras mais conhecidas: a "Tetralogia Napolitana", "Dias de Abandono", "A Filha Perdida" e "A Vida Mentirosa dos Adultos". A autora também aborda quais as motivações e os dilemas que suas emblemáticas personagens Lenù e Lila carregam. "As Margens e o Ditado" é uma obra sobre aventuras na literatura, sejam elas dentro ou fora das margens. Você pode comprar o livro "As Margens e o Ditado", de Elena Ferrante, neste link.


Sobre a autora
Elena Ferrante
é o pseudônimo de alguém cuja verdadeira identidade é desconhecida pelo público. É autora de "A Vida Mentirosa dos Adultos", "Um Amor In­cômodo", "A Filha Perdida", do infantil "Uma Noite na Praia" e da não-ficção "Frantumaglia", todos publicados pela editora Intrínseca, além de "Dias de Abandono" e dos volumes da "Tetralogia Napolitana", que a consagrou como uma das mais importantes escritoras contemporâneas. Em 2021, ela recebeu o prêmio Belle van Zuylen do Festival Internacional de Literatura de Utrecht pelo conjunto de sua obra e o prêmio Sunday Times de Excelência Literária. Compre o livro "As Margens e o Ditado", de Elena Ferrante, neste link.

.: Entrevista: Keilla Júnia, a campeã da 11ª temporada do "The Voice Brasil"


Mineira de Matozinhos, a artista mais jovem da final, com apenas 18 anos, conquistou na última quinta-feira, dia 29, o título de campeã do "The Voice Brasil" numa noite de apresentações surpreendentes. Com mais um título, Michel Teló se torna heptacampeão do reality. Foto: 
Ellen Soares/gshow


A grande potência da voz e a habilidade com instrumentos escondem a pouca idade de Keilla Júnia. Mineira de Matozinhos, a artista mais jovem da final, com apenas 18 anos, conquistou na última quinta-feira, dia 29, o título de campeã do "The Voice Brasil" numa noite de apresentações surpreendentes.

Representante do Time Teló, Keilla disputou o troféu com Bell Lins, Juceir Jr e Mila Santana, e recebeu 51,78% dos votos do público. Fã declarada de Whitney Houston, na decisão, ela soltou a voz com “I Will Always Love You”, e cantou um sucesso de Roberto Carlos - “Como É Grande o Meu Amor por Você” - na segunda rodada dos finalistas.

Keilla sempre teve muita habilidade com música; toca violão, violoncelo e outros instrumentos que aprendeu sozinha. Começou a cantar na igreja aos 3 anos, e mais tarde entrou para a Orquestra Jovem da cidade. Chegou ao "The Voice" de forma avassaladora, virando as quatro cadeiras com sua interpretação de “Rise Up”, hit conhecido na voz de Andra Day e que repetiu no palco após a consagração do resultado.

Sempre elogiada por seu técnico, chegou à semifinal depois de ser escolhida por ele para passar direto por duas fases do programa. Um momento marcante de sua trajetória no reality foi a "Batalha"’ com Gisele de Santi, cantora pela qual tem enorme admiração. Feliz com a vitória, Keilla agora descreve a sensação única de ser coroada como a voz da temporada: “Quando falamos sobre superação, falamos sobre acreditar nos nossos sonhos; muitas vezes desacreditam o que queremos, e estar no ‘The Voice’ é mostrar que realmente podemos estar onde quisermos”

Sete vezes campeão do "The Voice", Michel Teló não esconde o encantamento pelo dom da participante que acompanhou durante todas as fases do programa. “Quando ouvi a Keilla cantar e virei a cadeira para ela, eu já sabia que ela poderia ser uma finalista. Era claro para mim, tanto que é possível ver a minha reação: fiquei desesperado, eu queria muito ela no meu time e a oportunidade de trabalharmos juntos. Sabia que ela estaria entre as vozes favoritas”, conta. Sobre sua evolução ao longo da temporada, Teló destaca que Keilla já chegou pronta: “Para mim, foi muito fácil trabalhar com ela. Keilla é uma cantora diferenciada, chegou completíssima ao programa. Ela trouxe esse talento, essa voz ímpar, esse carisma, essa luz. É muito bom quando ela sobe ao palco e, na postura dela, brilha, canta tão bonito e nos emociona”, observa o técnico. Confira, a seguir, a entrevista com a campeã Keilla Júnia.

 
Qual a sensação de receber o título do "The Voice"?
Keilla Júnia -
A sensação é única, porque quando falamos sobre superação, falamos sobre acreditar nos nossos sonhos; muitas vezes desacreditam o que queremos, e estar no ‘The Voice’ é mostrar que realmente podemos estar onde quisermos, e que o nosso lugar é onde queremos estar. Para mim, é uma sensação maravilhosa. 


O que mudou da Keilla das "Audições às Cegas" para a Keilla campeã do "The Voice Brasil"?
Keilla Júnia -
 A Keilla que entrou aqui continua com a mesma humildade, porque eu sei que isso é o mais importante. Mas a Keilla que sai daqui está mais confiante, de cabeça erguida, por saber que esses sonhos são possíveis. 


Qual foi o momento mais marcante da sua trajetória no reality?
Keilla Júnia - 
Até então tinha sido a minha ‘Batalha’ com a Gisele de Santi, mas não tem como algum momento ser mais importante do que a final. Eu relembro a minha trajetória inteira, desde que entrei, até hoje, quando estou com o título na mão, sem acreditar ainda. Essa é a fase mais importante para mim.   


Como foi a parceria com o Teló durante a temporada?
Keilla Júnia - 
Foi muito gostosa. Eu sempre dizia que eu gostaria que ele fosse meu técnico se eu viesse para o "The Voice", então, estar no time dele, estar com ele, foi uma sensação incrível; esses momentos nunca voltarão, mas é essa experiência que eu carrego comigo. Estar com o Teló só reforçou mais uma vez o que eu disse: sonhos são possíveis.

 

Como foi a escolha do seu repertório para a noite da final?
Keilla Júnia - 
Foi escolhido pelo meu técnico, mas ele já conhece os meus gostos. Ele sabe que gosto muito de Whitney Houston, Roberto Carlos... queríamos muito emocionar o público. As escolhas foram bem acertadas.  

 

O que planeja para a sua carreira musical daqui para frente?
Keilla Júnia - 
Planejo crescer muito, gravar discos, as minhas músicas; o que eu mais quero é viver da música. Quero ser muito conhecida. Estou aqui para que as pessoas vejam qual é a minha verdadeira essência e que eu possa passar isso para multidões e multidões.  

 

"The Voice Brasil" tem direção artística de Creso Eduardo Macedo, e apresentação de Fátima Bernardes, com Thais Fersoza nos bastidores. A produção é de Valesca Campos, e a direção de gênero é de Boninho. O reality foi exibido às terças e quintas após a novela "Travessia". 

.: Solo "Boa Noite Boa Vista" retrata imigração e estreia no Sesc Pompeia


Com direção de Antonio Januzelli, espetáculo nasce da experiência do próprio ator e dramaturgo Eduardo Mossri e encerra trilogia de peças sobre refúgio e direitos humanos. “Nós, os recém-chegados, representamos a força de viver de nossos antepassados, para agregar no solo onde chegamos, mas isso somente se mantivermos a nossa identidade” - trecho da peça. Foto: Soraia Costa 

Mais do que nunca é fundamental discutir a questão da imigração, sobretudo diante de episódios trágicos como a guerra na Ucrânia e o refúgio de milhares afegãos fugidos do Talibã. Este é justamente foi o tema escolhido pelo ator e autor Eduardo Mossri como ponto de partida para o solo "Boa Noite Boa Vista", com direção de Antônio Januzelli, que estreia no Sesc Pompeia no dia 17 de janeiro de 2023. 

O trabalho encerra uma trilogia de solos teatrais estrelada por Mossri sobre imigração, interculturalidade e a valorização dos Direitos Humanos. A sequência é composta ainda pelos bem-sucedidos monólogos “Ivan e os Cachorros” (2012), da inglesa Hattie Naylor, e “Cartas Libanesas” (2015), do paulista José Eduardo Vendramini, que foram apresentados em diversos festivais no Brasil e no exterior e concorreram a prêmios como Shell, APCA e Aplauso Brasil.

A dramaturgia de "Boa Noite Boa Vista" surge da experiência vivida pelo próprio Eduardo Mossri, que, em 2020, viajou a Roraima com apoio do Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados do Brasil para conhecer de perto a vida de imigrantes, em sua maioria venezuelanos, que deixaram sua terra-natal fugindo da grave crise socioeconômica e política enfrentada pelo país nos últimos anos. Na ocasião, o ator tinha acabado de encerrar sua participação na novela “Órfãos da Terra” (2019), de Duca Rachid e Thelma Guedes, da Rede Globo, que também tratou dessa questão.

O solo ainda é motivado pelas comemorações aos 75 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 2023. Esse documento é fundamental para nos lembrar sobre os horrores ocorridos durante a II Segunda Guerra Mundial para que algo assim não se repita no futuro. “A julgar, infelizmente, por esse movimento atual e mundial de força retrógada e antidemocrática, a necessidade de reavivar os direitos essenciais a todos os seres humanos se faz ainda mais vital, como: o direito à vida, à liberdade, à segurança pessoal, o direito de não ser mantido em escravidão ou servidão, nem submetido a tortura”, filosofa Mossri.

Sobre a encenação
Apoiada em um encontro entre os relatos de imigrantes, as reflexões de Mossri sobre essa questão da imigração e a recriação poética das histórias, a dramaturgia surge com o intuito de lançar um olhar sensível para as milhares de pessoas que são obrigadas a saírem de seus países e enfrentam a xenofobia e condições precárias para tentarem sobreviver em sua nova terra. 

Estruturalmente, a dramaturgia segue um caráter de saga, jornada, uma grande viagem que tem como guia esse narrador que conta e que recria, que narra e revive, em um refinado jogo de épico e dramático. Para tal, o texto é dividido em três camadas: o diário de bordo, a recriação das histórias vividas e as histórias criadas com o público.

O ator, em um palco totalmente vazio, recebe esse público e estabelece desde o início uma relação franca e direta com a plateia, baseando-se em uma presença viva de convívio mútuo, um “eu, nós, aqui e agora”. O que permitirá desenvolver o conceito de “peça-conversa”, que por vezes conta, por outras vive, para em seguida ouvir esse público, numa profunda comunhão. 

O convite à imaginação é um forte aliado dessa encenação, sob o comando do diretor Antônio Januzelli, em mais um trabalho que faz uso do “laboratório do ator”, como busca de uma memória original. Abrindo mão de qualquer efeito espetaculoso, o intérprete se concentra no uso da palavra e de sua imediata corporificação, dividindo-se entre os inúmeros personagens, variando músicas e modulações vocais, sem nunca perder de vista a comunicação com o outro.


Sinopse
Um ator faz uma viagem-intervenção a Roraima, conhece a realidade das pessoas em situação de refúgio, cria um diário de bordo e o abre ao público. Dando continuidade à pesquisa sobre a migração, as cartas são atualizadas, e um novo espetáculo ganha vida: “Boa Noite Boa Vista”.  Com uma dramaturgia inédita, o intérprete faz uso dessa experiência vivida para falar de temas como: ancestralidade, xenofobia, empatia e celebração à vida.

Ficha técnica
“Boa Noite Boa Vista”
Texto:
Eduardo Mossri
Direção: Antonio Januzelli
Atuação: Eduardo Mossri
Iluminação: Marisa Bentivegna
Figurinos: A Equipe
Interlocução dramatúrgica: José Eduardo Vendramini, Camila Valiengo, Karen Menatti e Carolina Fabri
Designer
gráfico: Filipe Anjo
Fotos: Soraia Costa
Assessoria de imprensa: Pombo Correio
Produção executiva: Myriam de Queiroz Telles
Produção: Eduardo Mossri e BOBOX Produções
Idealização: Eduardo Mossri e Antonio Januzelli


Serviço
"Boa Noite Boa Vista", de Eduardo Mossri
Temporada:
17 de janeiro a 17 de fevereiro de 2023
Terça a sexta, às 20h30
25 de janeiro: sessão às 17h30 
Ingressos: R$ 30 (inteira), R$ 15 (meia-entrada) e R$ 9 (credencial plena).
Sessão com intérprete de libras no dia 8 de fevereiro.
Sesc Pompeia - Rua Clélia, 93, Água Branca
Classificação: 12 anos
Duração: 60 minutos
Acessibilidade: espaço acessível a pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. 

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