quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

.: Crítica: "Gato de botas 2: O último pedido" exalta o aprender a valorizar


Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em janeiro de 2023


O herói peludo que ganhou o primeiro filme solo em 2011 (Gato de Botas) está de volta em "Gato de botas 2: O último pedido". Em cartaz no Cineflix Cinemas, após perder oito vidas numa "vida louca", assume uma postura completamente medrosa e evitando cruzar o caminho do Lobo Mau (Wagner Moura). Para tanto, enterra -literalmente- tudo o que lhe resta de associação como o destemido Gato de Botas e passa a viver numa linda casa -que lembra a da animação do estúdio concorrente, "Encanto"- sob os cuidados de uma criadora de gatos. 

Com o tempo, ele que, inicialmente é rebelde, aceita usar luvinhas nas patas, come, bebe e dorme com o gigante grupo de bichanos, mantendo a barba grande, para dificultar qualquer reconhecimento de quem foi um dia. No entanto, chegam os três ursos e Cachinhos Dourados ao "esconderijo perfeito". Aliás, é pela conversa da família do crime que o Gato vislumbra uma segunda chance, para não mais fugir de quem ele realmente é. Sendo necessário buscar a realização de seu desejo -na base do custe o que custar ou quase isso, já que tem somente uma vida.

Mesmo sem querer -de modo algum e declaradamente-, faz amizade com um novo frequentador da casa que se disfarça de gato, mas, na verdade, é um cachorrinho feio, perdido e sem nome. Assim, ele e o cão embarcam na busca da Estrela dos Desejos e esbarram em Kitty Pata-Mansa (Salma Hayek), antigo amor do Gato. Contudo, ela também quer o mapa para chegar na tal Estrela e pedir por ter em quem confiar. Seguindo variados trajetos, surgem ainda os três ursinhos, Cachinhos Dourados e o mimado João Trombeta que, por fim, fica como o verdadeiro antagonista, ainda que tenha uma passagem pequena na trama. 

A animação da Dreamworks tem um visual belíssimo e um roteiro certeiro. De colorido vibrante que gruda os olhos do público na telona, é capaz de fisgar a atenção já quando começa mostrando a paixão do Gato de Botas pela veneração que recebe dos admiradores até ser informado que perdeu oito vidas, sobrando-lhe somente uma. No entanto, nada como uma história de amor não resolvida para tornar tudo mais emocionante, pois é a corajosa Kitty quem avisa o Gato que "quando só se tem uma vida, isso a torna especial".

"Gato de botas 2: O último pedido" é justamente sobre aprender a valorizar quem nos ama, incluindo nossas qualidades e sabendo dos nossos defeitos. Nessa história de amor pela família, com toques cômicos, surgem elementos de outras histórias fantásticas, como por exemplo, a bolsa mágica da babá "Mary Poppins" ou o Grilo Falante do clássico "Pinóquio" -que ganhou uma impecável versão por Guillermo del Toro. Até chifres de unicórnios bebês são arremessados para matar, mesmo criando efeito lindo. Sim! A animação Dreamworks trata a morte, em meio a uma história limpa, sem firulas.

A animação que pode ser assistida na versão dublada e legendada, destaca a voz de Wagner Moura. Na pele do Lobo que é a própria Morte -e praticante das artes marciais-, há entradas do personagem que causam incontestáveis momentos para se arregalar os olhos. Detalhe: os efeitos das cenas de lutas remetem aos de outras animações Dreamworks, "Kung Fu Panda" e o mais recente "Os Caras Malvados" -os traços dos Lobos são semelhantes mesmo que cada um tenha tons diferentes. 

A produção dirigida por Joel Crawford, o mesmo das sequências de "Trolls" e "Os Croods", é sem dúvida um excelente resgate do bichano espadachim capaz de fazer o olhar mais fofo do universo. De quebra, planta a esperança no público, uma vez que na cena final, faz o Gato referir-se a amigos de longa data que estão em "Tão Tão Distante". Curiosidade sobre como todos estão? Sim. Ainda maior depois dessa provocação e ainda ver o menino da Dreamworks passear pelos sucessos do estúdio, incluindo, "Shrek", antes de o filme começar. "Gato de botas 2: O último pedido" é imperdível!! Que venha uma nova aventura do ogro mais amado de todos os tempos com a turma toda!


Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm


Filme: "Gato de botas 2: O último pedido" (Puss In Boots: The Last Wish)
Classificação: Livre
Diretor: Joel Crawford
Roteiro: Marcos Bernstein e Victor Atherino
Duração: 1h42
Elenco: Antonio Banderas (Gato de Botas), Salma Hayek (Kitty Pata-Mansa), Harvey Guillen (Perro), Lobo Mau (Wagner Moura)


Trailer




.: Adaptação de Elena Ferrante, "A Vida Mentirosa dos Adultos" chega à Netflix


Após o sucesso da adaptação do livro "A Filha Perdida" na Netflix, outra obra de Elena Ferrante chega à plataforma de streaming. Baseado no romance homônimo publicado pela Intrínseca em 2020, a série  "A Vida Mentirosa dos Adultos" estreia nesta quarta-feira, dia 4 de janeiro, com Valeria Golino e Giordana Marengo nos papéis principais. A produção de seis episódios é dirigida por Edoardo De Angelis e tem roteiro assinado por Laura Paolucci, Francesco Piccolo e pela própria autora, cuja identidade é mantida em segredo. Lançado pela editora Intrínseca, o livro de 432 páginas é traduzido por Marcello Lino.

Aclamado pela crítica e sucesso entre os fãs, "A Vida Mentirosa dos Adultos" traz as marcas registradas de Ferrante, como o olhar feminino e a narrativa sob pressão, capaz de abordar temas cada vez mais profundos. A história gira em torno das descobertas perturbadoras da protagonista, Giovanna, a respeito da vida adulta. 

Aos 12 anos, ouve o pai dizer que ela é feia e, pouco tempo depois, ele deixa a família e o confortável apartamento no centro de Nápoles para nunca mais voltar. Na verdade, o pai a compara com a tia, irmã dele, persona non grata na família, sinônimo de tudo considerado mau e indesejável. Começa, então, a jornada de Giovanna em direção à parte baixa de Nápoles, região mais pobre da cidade, para conhecer a tia renegada.

Os encontros com a tia Vittoria são o ponto de partida para o embate com inúmeras questões existenciais, que de certa forma preparam a passagem de Giovanna para a vida adulta. Nessa busca solitária, ela se defronta com os erros e pecados cada vez mais aparentes de pais outrora perfeitos e o despertar da própria sexualidade. 

Ao longo dos anos, acompanhamos os percalços da transição da infância protegida de Giovanna para uma adolescência exposta às complexidades daqueles que a cercam, evocando também a possibilidade de levar a vida adulta como nenhuma outra mulher fizera até então. Um romance extraordinário sobre transições, paixões e descobertas. Você pode comprar "A Vida Mentirosa dos Adultos", de Elena Ferrante, neste link.


O que disseram sobre o livro
“Espero que ela prossiga por muito tempo lidando com os mesmos temas e ideias, indo cada vez mais fundo neles e dando de tudo isso uma síntese ainda mais poderosa do que a pancada que já é essa vida mentirosa.” ― Caetano Galindo, O Globo

“Ferrante constrói de maneira extraordinária as constrangedoras lembranças da adolescência que esperamos esquecer.” ― The Guardian

“Ferrante demonstra novamente que é imbatível.” ― The Times


Lançamento do novo livro de Elena Ferrante coincide com estreia de série
"As Margens e o Ditado"o novo livro de Elena Ferrante, será lançado nesta quarta-feira, dia 4 de janeiro, coincidindo com a estreia da série "A Vida Mentirosa dos Adultos" na Netflix, baseada no romance anterior da autora. É dos antigos cadernos de escola primária que a escritora resgata suas primeiras lembranças de escrita.

Naquele período, como toda criança, ela foi ensinada a escrever respeitando o espaço delimitado pelas linhas pretas horizontais e pelas duas margens vermelhas verticais - uma à esquerda e outra à direita - de cada página. Não demorou para o seu gosto por organização ser desafiado pelo ímpeto de dissolver as margens que aprisionam a escrita e a própria natureza feminina.

Em "As Margens e o Ditado", que chega às lojas pela Intrínseca, com tradução de Marcello Lino, a autora, que é uma das vozes mais instigantes da literatura contemporânea, fala sobre a própria jornada como leitora e escritora, além de oferecer um raro olhar sobre as origens de seus caminhos literários. 

As margens e o ditado reúne três palestras, interpretadas pela atriz Manuela Mandracchia, por ocasião das Umberto Eco Lectures, e um ensaio composto para o encerramento da Conferência de Italianistas sobre Dante, lido pela estudiosa e crítica Tiziana de Rogatis. Nos textos, não faltam menções a algumas das principais referências literárias de Ferrante, em especial mulheres, como Virginia Woolf, partindo de brilhantes reflexões a respeito dos trabalhos de Emily DickinsonGertrude SteinIngeborg Bachmann

Ela também cita livros que a inspiraram na hora de criar algumas das protagonistas que marcaram sua obra, além de contar como criou e quais as motivações de suas emblemáticas personagens Lenù e Lila, deixando pistas do quanto as duas incorporam o próprio dilema da literatura para a autora. Além de discorrer sobre suas lutas e sua formação intelectual, Ferrante descreve os perigos do que ela chama de “língua ruim” e sugere maneiras pelas quais a tradição há muito excluiu a voz das mulheres. Partindo de suas brilhantes reflexões a respeito dos trabalhos de autoras notáveis, ela propõe, então, uma fusão do talento feminino.

 Entre os muitos detalhes de seu processo criativo, Ferrante também trata da questão da narração em primeira pessoa e de seu fascínio pela observação atenta do mundo que a cerca. Em seu conjunto, as três palestras ("A Caneta e a Pena", "Água-marinha" e "Histórias, Eu") e o ensaio ("A Costela de Dante") dão corpo a um livro ao mesmo tempo sutil e potente, com as reflexões e angústias que atravessam a obra de uma das autoras mais consagradas da atualidade. As margens e o ditado trata de aventuras na literatura, sejam elas dentro ou fora das margens. Você pode comprar o livro "As Margens e o Ditado", de Elena Ferrante, neste link.


Sobre a autora
Elena Ferrante é o pseudônimo de alguém cuja verdadeira identidade é desconhecida pelo público. É autora de "As Margens e o Ditado""A Vida Mentirosa dos Adultos", "Um Amor In­cômodo", "A Filha Perdida", do infantil "Uma Noite na Praia" e da não-ficção "Frantumaglia", todos publicados pela editora Intrínseca, além de "Dias de Abandono" e dos volumes da "Tetralogia Napolitana", que a consagrou como uma das mais importantes escritoras contemporâneas. Em 2021, ela recebeu o prêmio Belle van Zuylen do Festival Internacional de Literatura de Utrecht pelo conjunto de sua obra e o prêmio Sunday Times de Excelência Literária. Compre "A Vida Mentirosa dos Adultos", de Elena Ferrante, neste link.




.: "Nossa Senhora do Nilo", de Atiq Rahmi, estreia no cinema nesta quinta


Baseado em romance autobiográfico de Scholastique Mukasonga, filme aborda as origens do genocídio em Ruanda Longa estreia nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador, Goiânia, Curitiba, Florianópolis, Santos e Niterói


Partindo das experiências pessoais da escritora Scholastique Mukasonga, o drama histórico "Nossa Senhora do Nilo" ("Notre-Dame du Nil"), dirigido por Atiq Rahimi, estreia na rede Cineflix Cinemas e traz como cenário principal a escola que dá nome ao filme, um colégio interno católico situado no alto de uma colina para meninas da elite ruandense. Vivendo isoladas do mundo, pouco sabem o que está acontecendo em seu país, até que a realidade bate à porta. O longa-metragem chega aos cinemas no dia 5 de janeiro, com distribuição da Pandora Filmes. No Brasil, o livro foi lançado pela editora Nós e pode ser adquirido neste link.

O afegão Rahimi, que assina o roteiro com Ramata-Toulaye Sy, trabalha pela primeira vez com um material que não é seu – ele tem em seu currículo filmes como “A Pedra da Paciência”. "Nossa Senhora do Nilo" foi premiado no Festival de Berlim de 2020 com o Urso de Cristal da mostra Generation 14plus. O diretor conta que conhecia pouco sobre Ruanda antes de realizar o filme. “Sabia sobre o genocídio de 1994, uma tragédia que, na minha mente, é como o fratricídio que aconteceu em meu país e começou dois anos antes. Nos dois casos, começou como uma questão política, e, depois, se tornou problemas étnicos, de raça e até de religião.”

Rahimi, que também é escritor, conheceu Mukasonga num evento literário em 2008, e leu "Nossa Senhora do Nilo" assim que foi originalmente publicado, em 2012, e gostou muito, mas nem desconfiava que pouco tempo depois mergulharia no universo do romance para realizar um filme. Na obra e em Ruanda, o cineasta conta que encontrou algo que o fascina tanto como diretor de cinema e escritor: a relação entre a violência e o sagrado. “Tanto Ruanda quanto o Afeganistão, nos anos de 1970, estão sob um regime totalitário. Não são as pessoas que decidem o sistema político, mas uma elite e os tecnocratas. O genocídio de 1994 não aconteceu de repente, mas suas origens estão em 1959, quando a monarquia foi deposta, e depois em 1973 com a perseguição às elites e aos intelectuais”.

Com dificuldade de encontrar jovens atrizes em Ruanda para fazer o filme, o diretor criou um workshop em Kigali, e rodou o longa no distrito Rutsiro, numa escola católica que ainda mantém alguns edifícios antigos. “Fica no alto das montanhas, e é difícil de se alcançar, mas quando você chega no topo, e vê aquela igreja é impressionante”.

Mukasonga conta que seu romance nasceu de um desejo de abordar o tema da discriminação, e a personagem Virginia, no livro e no filme, é baseada em suas experiências. “Mesmo que eu não estivesse completamente ciente disso... Eu me voltei à ficção para colocar alguma distância entre os acontecimentos e eu mesma, do contrário seria muito destrutivo. Mas durante a escrita a realidade acabou se impondo. De uma forma ou de outra, eu tinha que contar essa história”.

Ela também conta que a escolha de Rahimi para dirigir o filme foi perfeita. “Ele é afegão, eu, ruandense, temos muito em comum. Eu também acompanhei cada passo do filme, li diversas versões do roteiro. O que era mais importante para mim, é que fosse filmado em Ruanda, no mesmo contexto do romance”.

A revista Variety aponta que o filme "é uma antecipação iluminadora de uma tragédia, uma história fielmente adaptada de um romance essencial”“É uma história que deixa uma impressão profunda, e Rahimi filma de maneira sensível”, escreve o The Hollywood Reporter. "Nossa Senhora do Nilo" será lançado no Brasil pela Pandora Filmes.

Sinopse de "Nossa Senhora do Nilo"
Ruanda, 1973. Nossa Senhora do Nilo é um conceituado colégio interno católico situado no alto de uma colina, onde garotas são preparadas para pertencer à elite ruandense. Com a proximidade da formatura, essas meninas, sejam elas hutu ou tutsi, compartilham o mesmo dormitório e dividem sonhos e preocupações. Mas em todo o país, assim como dentro da escola, antagonismos profundos ecoam, mudando a vida dessas jovens - e de toda a nação - para sempre. Imagens de um simbolismo profundo fazem alusão à violência genocida que em 1994 tomaria conta de todo o país.

Os críticos de cinema do portal Resenhando.com assistem as estreias dos filmes no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, Gonzaga, em Santos, no litoral de São Paulo. Confira os dias, horários e sinopses dos filmes para você ficar por dentro de tudo o que acontece no mundo do cinema. Programação do Cineflix em outras localidades neste link ou no app Cineflix.


Sobre o livro
Escrito por Scholastique Mukasonga, o livro "Nossa Senhora do Nilo" foi lançado no Brasil pela editora Nós. Conta a história de uma escola para meninas, situada no alto das montanhas da bacia do Congo e do Nilo, em Ruanda, a 2500 metros de altura e próxima à nascente do grande rio egípcio, aplica rigorosamente um sistema de cotas étnicas que limita a 10% o número de alunas da etnia tutsis. 

Quando os líderes do poder hutu tomam conta do local, o universo fechado em que têm de viver as alunas torna-se o teatro de lutas políticas e de incitações ao crime racial. Os conflitos são um prelúdio ao massacre ruandês que aconteceria tempos depois. Em "Nossa Senhora do Nilo", Scholastique Mukasonga, sobrevivente do massacre, conta as experiências-limites pelas quais passaram as jovens do colégio, numa narrativa pungente que encantou o mundo. Compre o livro "Nossa Senhora do Nilo", de Scholastique Mukasonga, neste link.

.: Rapper Don L em show "Roteiro para Ainouz - Vol. 2" no Sesc Bom Retiro


Repertório do show de Don L discute passados, presentes e futuros possíveis do Brasil, englobando colonialismo, organização popular, amor e revolução. Foto: divulgação

O rapper Don L apresenta no Sesc Bom Retiro o show "Roteiro para Ainouz - Vol. 2", com o seu mais recente trabalho, que traz versões propositivas de sonoridades contemporâneas como o rap, o funk, o trap e o drill, além de soul e MPB, despertou paixões. O disco usa a vinda de Don L para São Paulo - seu antecessor trata de sua chegada à cidade - para discutir passados, presentes e futuros possíveis do Brasil, englobando colonialismo, organização popular, amor e revolução.

O artista ganhou, com este álbum, os prêmios de Artista do Ano da APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) e melhor álbum no Prêmio Arcanjo, a obra figurou no pódio das principais listas de lançamentos de 2021 e fez muito barulho nas redes sociais. Sua versão ao vivo traz adaptações dinâmicas das canções para o palco, emolduradas por projeções e uma cenografia de cinema de Terceiro Mundo.


Serviço
Rapper Don L apresenta o show "Roteiro para Ainouz - Vol. 2" no Sesc Bom Retiro 
Dias 6 e 7 de janeiro, sexta e sábado, das 20h às 21h. Ingresso: R$ 40 (inteira), R$ 20 (meia-entrada) e R$ 12 (credencial plena). Classificação indicativa: dez anos.


Máscara
O uso de máscara segue obrigatório em espaços fechados.

Estacionamento do Sesc Bom Retiro
O estacionamento do Sesc oferece espaço para pessoas com necessidades especiais, carros de baixa emissão, carros elétricos e bicicletas. A capacidade do estacionamento é limitada. Os valores são cobrados igualmente para carros e motos. Entrada: Alameda Cleveland, 529.  Valores: R$ 5,50 a primeira hora e R$ 2 por hora adicional (Credencial Plena). R$ 12 a primeira hora e R$ 3 por hora adicional (Outros). Valores para o público de espetáculos à noite R$ 7,50 (Credencial Plena). R$ 15 (Outros).


Transporte
Aos finais de semana e feriados o Sesc Bom Retiro oferece transporte gratuito entre a Estação da Luz e o Sesc Bom Retiro. Embarque e desembarque na saída da CPTM/José Paulino/Praça da Luz. Ida: Quinta (dia 12), sextas e sábados, das 17h30 às 19h50. Quinta (dia 26 de janeiro), das 19h50 às 22h. Domingos, das 15h30 às 17h50. Volta: ao término do espetáculo no teatro.


.: Espetáculo "O Cego e o Louco" estreia no Teatro Sérgio Cardoso


O  espetáculo "O Cego e o Louco" estreia no Teatro Sérgio Cardoso e fica em cartaz entre os dias 20 de janeiro a 26 de fevereiro. Na peça teatral, Nestor (Alexandre Lino) é um pintor cego, de personalidade forte, que, apesar da deficiência visual, domina o frágil e taciturno Lázaro (Daniel Dias da Silva), alguns anos mais jovem, com quem divide a solitária rotina em um apartamento decadente. 

Entre os dois se estabelece uma dinâmica própria, eventualmente perversa, em que o cuidado fraterno cede lugar ao rancor desenfreado, mas também com momentos e situações inusitadas e divertidas. Até que a chegada de Lúcia, uma encantadora vizinha que se mudou recentemente para o prédio, ameaça desestruturar essa relação. Eles a convidam para uma visita e é nessa noite de espera que a montagem se concentra, quando os traumas do passado dos irmãos vêm à tona, embalados por delírios, sonhos e culpas, levando a um final surpreendente.


Serviço:
"O Cego e o Louco"
De 20 de janeiro a 26 de fevereiro, de sexta a domingo, às 19h. Dias 17, 18 e 19 de fevereiro não haverá sessão.
Local: Teatro Sérgio Cardoso - Sala Paschoal Carlos Magno
Endereço: Rua Rui Barbosa, 153 – Bela Vista. São Paulo (SP)
Capacidade: 149 lugares (143 lugares e 6 espaços de cadeirantes)
Duração: 60 minutos
Classificação: 12 anos
Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada)
À venda pelo Sympla neste link.

terça-feira, 3 de janeiro de 2023

.: Espetáculo infantil "Momo e o Senhor do Tempo" estreia no Sesc Bom Retiro


Espetáculo narra a história de uma menina órfã que aparece misteriosamente em uma cidade e pouco a pouco ensina as crianças do lugar a despertarem novamente o prazer de brincar. Foto: João Caldas Filho

Baseado na obra de Michael Ende, a estreia do espetáculo "Momo e o Senhor do Tempo", com direção de Carla Candiotto, no Sesc Bom Retiro. O espetáculo narra a história de Momo, uma menina órfã que aparece misteriosamente em uma cidade e vai morar nas ruínas de um antigo teatro abandonado, pouco a pouco ensina as crianças do lugar a despertarem novamente o prazer de brincar.

Ela ouve as pessoas, faz com que aprendam a ouvir e a valorizar as relações entre amigos, os encontros e as ideias diferentes, com empatia e atenção. Tudo parece fazer sentido até que seres cinzas aparecem e começam a frequentar a cidade com uma finalidade clara: comprar o tempo das pessoas. Esse tempo que as pessoas têm, que as fazem aprender a ser criativas, é roubado e trocado por uma moeda que não deixará os cidadãos felizes.

Nesse momento, Momo e seus amigos vão enfrentar os seres cinzas para recuperar seu "tempo perdido", o tempo de conversar com amigos... o tempo de brincar. E fará isso com a ajuda do Senhor do Tempo e de Cassiopeia, uma tartaruga que não tem pressa nenhuma. Você pode comprar o livro "Momo e o Senhor do Tempo", de Michel Ende, neste link.


Serviço
"Momo e o Senhor do Tempo".
De 8 de janeiro a 12 de fevereiro. Domingos, das 12h às 13h10. Sessão extra no feriado, 25 de janeiro, quarta-feira, das 12h às 13h10. Ingressos a R$25 (inteira), R$ 12,50 (meia-entrada) e R$ 7,50 (credencial plena). A partir de sete anos. Grátis para crianças até 12 anos. 


Máscara
O uso de máscara segue obrigatório em espaços fechados.


Estacionamento do Sesc Bom Retiro
O estacionamento do Sesc oferece espaço para pessoas com necessidades especiais, carros de baixa emissão, carros elétricos e bicicletas. A capacidade do estacionamento é limitada. Os valores são cobrados igualmente para carros e motos. Entrada: Alameda Cleveland, 529.  Valores: R$ 5,50 a primeira hora e R$ 2 por hora adicional (Credencial Plena). R$ 12 a primeira hora e R$ 3 por hora adicional (Outros). Valores para o público de espetáculos à noite R$ 7,50 (Credencial Plena). R$ 15 (Outros).


Transporte
Aos finais de semana e feriados o Sesc Bom Retiro oferece transporte gratuito entre a Estação da Luz e o Sesc Bom Retiro. Embarque e desembarque na saída da CPTM/José Paulino/Praça da Luz. Ida: Quinta (dia 12), sextas e sábados, das 17h30 às 19h50. Quinta (dia 26 de janeiro), das 19h50 às 22h. Domingos, das 15h30 às 17h50. Volta: ao término do espetáculo no teatro.

.: Pelé é homenageado por Mauricio de Sousa nas redes sociais


Reprodução Instagram @mauricioaraujosousa: Pelé e Pelezinho juntos

O desenhista Mauricio de Sousa já havia divulgado algumas homenagens ao seu amigo Pelé. Uma delas é um texto sobre como ele convenceu Pelé a publicar o personagem Pelezinho, que remetia à sua infância, enquanto o jogador achava que o personagem deveria ser adulto e com alguns superpoderes.

Os filhos de Pelé, Kelly e Edinho, crianças na época, votaram a favor de que o Pelezinho deveria ser pequeno, e assim ficou decidido.  Agora, Mauricio publicou um desenho do Pelé adulto junto com o Pelezinho criança, com a seguinte frase: "Toda vez que uma criança brincar com uma bola vamos lembrar de Pelé."

.: Grátis: Grupo Matizes Dumont e o Julian Campos em cursos e oficinas


Atividades atendem desde os mais experientes na técnica até aqueles que nunca tiveram nenhum contato com o bordado. As inscrições são on-line e têm início no dia 4. Foto: Bordado Matizes Dumont/Divulgação


Em janeiro, a programação do Sesc Avenida Paulista está baseada na temática das linhas, com o projeto “Entrelinhas”, cujas atividades vão desde técnicas manuais até atividades esportivas do programa Sesc Verão. Nas oficinas de artes manuais, o bordado é a prática em destaque.

O grupo Matizes Dumont ministra, de 11 a 15 de janeiro, quarta a domingo, duas oficinas por dia, às 11h e às 15h. Além do trabalho a partir da técnica, o grupo propõe a criação de uma roda de afeto e bordado permeada por histórias e danças circulares, que culminam na construção coletiva de painéis, que seguem com o grupo no movimento que dá nome ao curso, “Bordar para Fluir: Escritas Feitas de Águas e Seres”.

Já no período entre 17 e 20 de janeiro, terça a sexta, o artista visual e ilustrador Julian Campos apresenta as oficinas “Bordado Livre: Quadrinhos Bordados”, às 14h30 e “Transferência de Imagem e Bordado”, às 19h. A participação nas oficinas acontece mediante inscrição prévia, na Central de Relacionamento Digital do Sesc SP, a partir de 4 de janeiro para aqueles que têm a Credencial Plena do Sesc e, para o público em geral, nos dias 6, 7 e 8 de janeiro. 

O grupo Matizes Dumont, criado há mais de 30 anos em Pirapora (Minas Gerais), reúne artistas que bordam a brasilidade com uma linguagem poética livre. Seu trabalho mistura o fazer criativo à literatura e a dança circular, em que o bordado é o fio que conecta à tradição e à cultura popular brasileira. Nestas oficinas, além de propor a criação de painéis coletivos, o grupo trabalha, junto aos participantes, na peça “Painel Rio que Sonha”, que vem sendo bordada desde 1999 e serve de bandeira do grupo em sua luta pela defesa da natureza e das águas do Rio São Francisco. Estes encontros são um convite para escrever por meio do bordado uma mensagem aos seres e às águas de São Paulo, somado à experiência do fazer coletivo. 

Para os iniciantes ou aqueles que não tem nenhum conhecimento no bordado, Julian Campos apresenta os procedimentos introdutórios da técnica no curso “Bordado Livre: Quadrinhos Bordados”, na qual, ao longo dos quatro encontros, prepara o participante para a criação de seu desenho bordado. Ao final do curso, ele tem o próprio quadrinho bordado pronto para ser colocado na parede. Já no curso “Técnicas de Imagem e Bordado”, Julian aborda as formas de transferência de imagens impressas (offset/laser/toner) sobre tecido e a possibilidade de intervenções com bordado livre nestes resultados. Artista visual e ilustrador, Julian Campos realiza trabalhos em diversas técnicas de fazer manual, como gravuras, bordado, cerâmica e colagem. É artista colaborador do Núcleo de Livros de Artista da Casa Contemporânea, em São Paulo/SP, onde coordena o Entre Pontos - Grupo de Estudos e Produção em Bordado e Arte Têxtil. 


Serviço
Oficina | “Bordar para Fluir: Escritas Feitas de Águas e Seres”
Com Matizes Dumont

De 11 a 15 de janeiro de 2023. Quarta a domingo, às 11h e às 15h.
Classificação etária: 16 anos.
Onde: Tecnologias e Artes - 4° andar.
Duração: 180 minutos.
Capacidade: 20 vagas.
Inscrições: on-line, a partir de 4 de janeiro para Credencial Plena Sesc SP e, para o público em geral, nos dias 6, 7 e 8 de janeiro.  


Curso | “Bordado Livre: Quadrinhos Bordados”
Com Julian Campos
De 17 a 20 de janeiro de 2023. Terça a sexta, às 14h30.
Classificação etária: 16 anos.
Onde: Tecnologias e Artes - 4° andar.
Duração: 120 minutos.
Capacidade: 12 vagas.
Inscrições: on-line, a partir de 4 de janeiro para Credencial Plena Sesc SP e, para o público em geral, nos dias 6, 7 e 8 de janeiro. 


Curso| “Transferência de Imagem e Bordado”
Com Julian Campos
De 17 a 20 de janeiro de 2023. Terça a sexta, às 19h.
Classificação etária: 16 anos.
Onde: Tecnologias e Artes - 4° andar.
Duração: 120 minutos.
Capacidade: 12 vagas.
Inscrições: on-line, a partir de 4 de janeiro para Credencial Plena Sesc SP e, para o público em geral, nos dias 6, 7 e 8 de janeiro. 


Sesc Avenida Paulista
Avenida Paulista, 119, São Paulo.
Telefone: (11) 3170-0800.
Transporte público: Estação Brigadeiro do Metrô - 350 metros.
Horário de funcionamento da unidade: terça a sexta, das 10h às 21h30. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30.
Horário de funcionamento da bilheteria: terça a sexta, das 10h às 21h30. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30.

.: Precarização do trabalho é o mote de "Comida nas Costas, Barriga Vazia"


Com 30 anos de história, o coletivo tem como linha de pesquisa a comédia popular brasileira e traz um humor crítico para tratar de um tema tão custoso para a nossa sociedade. Fotos: Leekyung Kim


No dia 6 de janeiro de 2023, o espetáculo "Comida nas Costas, Barriga Vazia", novo trabalho da Fraternal Companhia de Arte e Malas Artes, volta em cartaz no Espaço Parlapatões, com direção de Ednaldo Freire e dramaturgia de Alex Moletta. O espetáculo fica em cartaz no Espaço Parlapatões até dia 19 de fevereiro de 2023. O elenco é formado por Aiman Hammoud, Clóvis Gonçalves, Giovana Arruda, Ian Noppeney, Luiã Borges, Maria Siqueira e Mirtes Nogueira.

"Comida nas Costas, Barriga Vazia" propõe-se a ser um grito de guerra e socorro, ouvido dos próprios entregadores. A equipe de criação entrevistou diversos motoristas de aplicativos e entregadores, como o Paulo Galo, dos Entregadores Antifascistas. O absurdo, o grotesco e o hiperbólico deste cenário caótico levou a dramaturgia direto à Idade Média e a linguagem estética ao épico cômico. “Trazemos o humor para aproximar o público ao absurdo que estamos vivendo”, diz Ednaldo Freire. 

Situar a peça na Idade Média é, mais do que uma escolha artística, uma crítica social: “ainda passamos pelos mesmos problemas? Não evoluímos nada no que diz respeito à classe trabalhadora, que fortalece a economia e luta constantemente pela sobrevivência?”, conta o dramaturgo Alex Moletta, que avança: “Observamos uma classe abastada e dominante mantida, a duras penas, por outra classe que sobrevive numa guerra diária para pagar seus boletos e fazer seus corres. Neste trabalho, continuamos não só a tecer a crítica àqueles que exploram, mas também a buscar mais empatia com a grande massa de trabalhadores proletariados deste país”.


Sobre o espetáculo
Em 2017, a Fraternal Companhia de Arte e Malas Artes estreava o espetáculo Nosotros, um mergulho na experiência imigratória latino-americana em São Paulo e o tema era: os trabalhadores explorados pela indústria têxtil. “O cenário que encontramos foi desolador e nos provocou a continuar uma pesquisa ainda mais aprofundada sobre o universo do trabalho”, conta o dramaturgo. 

Nos últimos anos, sobretudo durante a pandemia, a Cia observou que as condições já precárias da grande maioria dos trabalhadores foi piorando: “a concentração de riquezas, a fragmentação de processos, a indústria 4.0 e as perdas constantes de direitos fizeram os trabalhadores não terem mais opção: “o que aparecer eu faço, não tem outro jeito”, conclui.


Sinopse
Imaginem que o mundo que a gente vive não deu certo. Agora imaginem Pluto, o Deus grego do dinheiro, sendo convencido pelo Diabo a criar um mundo novo, com tecnologia 4.0, num tempo que não é esse! Assim começa a história de JÃO, um desmemoriado entregador de aplicativo na idade média que precisa sobreviver a condições absurdas e medievais de trabalho para ganhar o pão de cada dia.

“Em 2017 o governo Michel Temer estabelece a reforma trabalhista e previdenciária, sob a justificativa de acabar com o desemprego e promover o desenvolvimento econômico. Entretanto o que se observou foi o recrudescimento do desemprego e aprofundamento da precarização do trabalho, agravado pela pandemia. As poucas conquistas históricas expressas na consolidação das leis do trabalho, foram destruídos pela nova reforma, arrastando uma legião de desempregados para a chamada uberização. A eles foi vendido a falsa ideia de que no novo sistema, todos são empreendedores e patrões podendo estabelecer a sua própria jornada de trabalho. Entretanto, todos nessa nova ordem, são submetidos a um patrão virtual, uma plataforma que impõe regras, metas sem nenhuma contrapartida ou direitos", afirma Ednaldo Freire.

Ficha técnica
 "Comida nas Costas, Barriga Vazia"
Autor:
Alex Moletta. Consultoria de texto: Luís Alberto de Abreu. Direção: Ednaldo Freire. Músicas / Direção musical: Carlos Zimbher. Cenário / Figurinos: Luiz Oliveira Santos. Preparação corporal / Coreografia: Tatiane Guimarães. Adereços: Fábio Lusvarghi. Designer gráfico: Toni D’agostinho e Natália Negretti. Fotografia: Leekyung Kim. Assessoria de imprensa: Pombo Correio. Operador de luz: Marco Vasconcellos. Operador de som: Marcos Carreira. Contrarregra: Pitty Santana. Elenco: Aiman Hammoud, Clóvis Gonçalves, Giovana Arruda, Ian Noppeney, Luiã Borges, Maria Siqueira e Mirtes Nogueira.


Serviço
 "Comida nas Costas, Barriga Vazia"
De 6 de janeiro a 19 de fevereiro de 2023
Espaço Parlapatões: Praça Franklin Roosevelt, 158 - São Paulo
Quintas, sextas e sábados, às 21h; domingos, às 19h.
Ingressos: Contribuição espontânea
Duração: 100 minutos
Classificação indicativa: 12 anos
Acessibilidade: dois lugares para obesos e dois lugares para cadeirantes.
Projeto contemplado pela 38° edição do programa municipal de Fomento ao teatro para a cidade de São Paulo - Secretaria Municipal de Cultura

.: Oficinas de criações mágicas para crianças no Sesc Santos


Ewald Cordeiro é o Mister Duds, um mágico não muito tradicional que utiliza de materiais cotidianos com muita arte, educação e tecnologia para conduzir os pequenos pelos estudos do encantamento em "Criações Mágicas com o Mister Duds". Foto: Maurice Pirotte

Já pensou vivenciar o encantamento enquanto conversa sobre ciências, fabrica a sua própria mágica e ainda leva suas criações para casa? Ewald Cordeiro é o Mister Duds, um mágico não muito tradicional que utiliza de materiais cotidianos com muita arte, educação e tecnologia para conduzir os pequenos pelos estudos do encantamento em "Criações Mágicas com o Mister Duds". De 3 a 24 de janeiro, terças, das 15h às 17h. Sete anos. Grátis. 

"Malabares na Palma das Mãos" é realizada pelo coletivo Circo Periférico, que convida a jogar malabares com aro, bolinhas e pratos de equilíbrio, mostrando que há muitas maneiras de praticar malabares. De 4 a 25 de janeiro quartas, das 15h às 17h. Sete anos. Grátis.  


"Criações Mágicas com Mister Duds" com Ewald Cordeiro
Local: 
Sala 3
De: 3 a 24 de janeiro. Terças, das 15h às 17h 
A partir de sete anos
Duração: 60 minutos por turma
Inscrições no local com quinze minutos de antecedência.

"Malabares na Palma da Mão!" com  coletivo Circo Periférico
Local: 
Foyer do Teatro do Sesc. De 4 a 25 de janeiro. Quartas-feiras, das 15h às 17h 
A partir de sete anos Duração: 60 minutos por turma
Inscrições no local com quinze minutos de antecedência .

Sesc Santos 
Rua Conselheiro Ribas, 136, Aparecida - Santos
(13) 3278-9800
www.sescsp.org.br/santos 

Orientação para acesso à unidade: 
Uso de máscara obrigatório

Bilheteria Sesc Santos - Funcionamento
Terça a sexta, das 9h às 21h30 | Sábado, domingo e feriado, das 10h às 18h30 

Estacionamento em espetáculos (valor promocional – mediante apresentação de ingresso): R$ 6 (credencial plena) R$ 11 (visitantes). Para ter o desconto, é imprescindível apresentar no caixa a credencial plena atualizada. 

Bicicletário: gratuito. Uso exclusivo para credenciados no Sesc. É necessária a apresentação da credencial plena atualizada e uso de corrente e cadeado por bicicleta. 100 vagas.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

.: Lista: três filmes que estrearam no streaming e mereciam a telona

Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em janeiro de 2023


Em 2022 tivemos muitas produções cinematográficas incríveis, as quais já listamos aqui no Resenhando.com, inclusive (Cineflix: lista dos dez melhores filmes que estrearam nos cinemas em 2022). Contudo, três filmes eram merecedores de estamparem as telonas dos cinemas, mas estrearam diretamente no streaming e deixaram o gostinho de se pensar por vezes e vezes: "imagine ver essas cenas passando nas telas dos cinemas". Confira a lista e assista essas obras-primas! 


"Pinóquio por Guillermo Del Toro"

A mente mágica do diretor Del Toro, ao lado de Mark Gustafson, apresenta uma linda releitura para a história do menino desobediente que quando mente faz o nariz crescer. "Pinóquio por Guillermo Del Toro", produção da Netflix que soma 1h 57m, começa com uma história de pai e filho, migra para a magia, esbarra na história do menino que está aprendendo tudo e desobedece a Gepeto, chegando a ser escravizado, mas também, a animação com toques sombrios, explora temas como a opressão fascista. 

A fantasia musical, ambientada na Itália, narrada pelo escritor Sebastião O. Grilo (Ewan McGregor, que é mais uma vez um literato igual em "Moulin Rouge") começa com a perda de Gepeto durante a Grande Guerra. Sem motivo para viver, o pai entrega-se ao vício da bebida e escanteia o trabalho na marcenaria de lado. Até que percebe o sentido de que "quando uma vida se perde, outra deve crescer".

"Red: Crescer é Uma Fera"

"Red: Crescer é Uma Fera" (Turning Red) é a essência do que é amar uma boy band, no caso o quinteto do 4 Town, que, na animação, teve músicas próprias escritas por Billie Eilish e Finneas. Canções chicletes -típicas- sendo que as amigas entregam a Meilin uma cópia exclusiva em CD, do tipo caseira. Atitude tão comum para a época, detalhes como esse que tornam inevitável não se identificar com a protagonista e sua paixonite pela boy band do momento.

Ambientado em 2002, volta 20 anos na história da humanidade e leva o público para a Chinatown, lá está Ming Lee, ou melhor, Mei Mei, como é chamada pela mãe. Uma boa aluna, que se vê como independente, embora siga fielmente os ideais e preceitos da família. Mas tudo muda de lugar ao fazer 13 e as mudanças passam a ser evidentes. 

"Desencantada"

"Desencantada" (Disenchanted), volta com o conto de fadas real de Gisele (Amy Adams) e Robert (Patrick Dempsey), após quinze anos do longa "Encantada". Ao retratar o depois do "felizes para sempre", usa técnica similar do filme de 2007, mas com um toque moderno, sem o livro em pop-up. Em Andalasia, logo em desenho, Pippin resume a primeira história da princesa Gisele para o filhos esquilos -e para o público. Até que guarda o livro e pega um outro, a segunda parte do conto de fadas.

Assim, em Nova Iorque, após a passagem de tempo, a antiga moradora de Andalassia é mãe de uma linda bebezinha, tem o marido e a filhinha de Robert, Morgan (Gabriella Baldacchino), que agora é uma adolescente cheia de sarcasmo. Longe, Edward (James Marsden) e Nancy (Idina Menzel) são rei e rainha de Andalasia -com tempo para visitas no mundo real. "Desencantada", não é igual ao primeiro filme, mas é tão lindo quanto, além de abordar uma história sobre o poder da memória, as construídas entre Gisele e Morgan.


Leia +

.: Crítica: "Pinóquio" de del Toro arrepia ao ensinar a aceitar e a amar.: Crítica: "Red: Crescer é Uma Fera" é sobre não fingir ser o que não se é

.: Crítica: "Desencantada" não é um novo "Encantada" e usa a magia da memória


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm

.: "Menina em Claro": Rafaela Degani resgata em cada um de nós


A escritora e psicanalista Rafaela Degani lança o livro "Menina em Claro" pela editora Patuá. A publicação traz reflexões sobre a atribulada relação entre uma filha e sua mãe. Um romance intenso envolvendo a conturbada relação entre mãe e filha. A obra “Menina em Claro”, da escritora e psicanalista Rafaela Degani, é um mergulho nas relações humanas, naquilo que é tão primordial e ancestral em cada um de nós.

"Menina em Claro" é o primeiro romance de Rafaela Degani, que nasceu em 1985, em Porto Alegre. Rafaela é autora e organizadora da obra “A Analista Grávida”, publicada pela editora Artes e Ecos, em 2020. Também contribuiu com capítulos para obras como “Racismo por Uma Psicanálise Implicada”, também da Editora Artes e Ecos”, e “Édipo Enigma da Atualidade”, editado pela Sulina, em 1918.

Em seu romance de estreia, Rafaela mescla sua veia de escritora com o olhar psicanalítico ao contar a história de uma filha que escreve para a mãe já morta. Na obra estão presentes o luto e o abandono, mas também a coragem de mergulhar e reviver as próprias dores. “A beleza do romance se concentra também na ambiguidade que é uma terapeuta conversar com a mãe morta, quase num exercício de análise, em que as respostas não estão no outro, mas dentro de si. Um romance que nos coloca em estado de iminência: da raiva, do amor, da solidão e do autoconhecimento”, observa a escritora Vanessa Passos, que assina a orelha do livro.

A história narrada pela protagonista, uma jovem adulta, psicanalista, casada e mãe de uma filha, é um mergulho profundo ao passado, vivenciado no presente e projetado no futuro. A solidão da infância, que marca o enredo do livro e permeia a vida da personagem central, mistura-se à realidade vivida durante o isolamento social ocasionado pela covid-19, período em que o relato se passa e que traz à tona todas as reflexões. Também remete a lembranças da ditadura militar na América do Sul, que se liga à história da família pelo caso do desaparecimento de um tio da protagonista, Julinho, o poeta, em 1966, uma situação que marcou a vida familiar para sempre.

Em 140 páginas de uma escrita profunda, Rafaela convoca os leitores de "Menina em Claro" a se aproximarem das dores trazidas por nossa existência e pelos papéis desempenhados em alguns momentos por cada um de nós – mãe/pai, filha/filho, esposa/esposo e profissional. Mas a obra evoca principalmente relação materna, que inicia com um momento tão delicado para as mulheres, como é o puerpério. É um romance sobre a intimidade da vida cotidiana, das relações familiares e, principalmente da intensidade de ser filha e de ser mãe – e de quando essa relação deixa de existir na prática – marcada pela morte, quando mais nada pode ser resolvido. Você pode comprar o livro "Menina em Claro", de Rafaela Degani, neste link.

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