sexta-feira, 29 de setembro de 2023

.: Crítica: "Resistência" entrega futuro caótico e esperança numa criança

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em setembro de 2023


O longa de ficção científica "Resistência", em cartaz no Cineflix Cinemas, dirigido por Gareth Edwards, o mesmo de "Rogue One", apresenta um caos futurista gerado pela Inteligência Artificial, ou seja, num futuro apocalíptico ainda haveria uma maior  dificuldade tendo robôs humanóides 
atuando na reprodução de padrões de comportamento semelhantes ao humano por tecnologia.

Nos primeiros minutos, a trama apresenta um casal apaixonado que aguarda a chegada de um bebê. Contudo, o ciclo entre os dois é interrompido por 5 anos. Enquanto tenta seguir em frente sem a parceria (Gemma Chan, de "Eternos"), Joshua (Washington), um ex-agente das forças especiais, é recrutado para caçar e matar o Criador, o arquiteto esquivo da IA avançada que desenvolveu uma arma misteriosa com o poder de acabar com a guerra e com a humanidade. 

Joshua embarca na missão atravessando linhas inimigas até que se depara com o território ocupado pela IA e a arma ... apenas para descobrir que a arma capaz de acabar. Contudo, a IA está sob a forma de uma criança.

Nessa aventura futurística há caos, mas também amor mesclada com a esperança do melhor para as próximas gerações.  Assistir "Resistência" é mergulhar num futuro imaginário, retratado com certa proximidade, uma vez que há os impactos na realidade causados pela Inteligência Artificial. Vale a pena conferir no Cineflix Cinemas!


Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link. Compre seus ingressos no Cineflix Cinemas Santos aqui: vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 


"Resistência" ("Creator") Ingressos on-line neste link
Gênero: aventura, suspense. Classificação: 14 anos. Duração: 2h15. Ano: 2023. Idioma: inglês. 
Distribuidora: 20th Century Studios. Direção: Gareth EdwardsRoteiro: Gareth Edwards, Chris Weitz. Elenco: John David Washington (Joshua), Gemma Chan (Maya), Ken Watanabe (Harun), Sturgill Simpson (Shipley), Madeleine Yuna Voyles (Alfie). Sinopse: Do escritor/realizador Gareth Edwards chega o thriller épico de ação e ficção científica, passado no meio de uma guerra futura entre a raça humana e as forças da inteligência artificial. Joshua (Washington), um ex-agente das forças especiais em luto pelo desaparecimento da sua mulher (Chan), é recrutado para caçar e matar o Criador, o arquiteto esquivo da IA avançada que desenvolveu uma arma misteriosa com o poder de acabar com a guerra... e com a própria humanidade. Joshua e a sua equipe de agentes de elite atravessam as linhas inimigas e entram no coração sombrio do território ocupado pela IA... apenas para descobrir que a arma que acaba com o mundo, que ele foi instruído a destruir, é uma IA sob a forma de uma criança.

Trailer

.: Uyara Torrente traz o seu quebra-cabeça musical em disco

 
Por Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico cultural. Foto: Marco Novack

Integrante da Banda Mais Bonita da Cidade, a paranaense Uyara Torrente está lançando seu primeiro disco solo, intitulado "Montada em Seu Cabelo". Um trabalho que se assemelha a um mosaico musical, com canções inéditas de autores contemporâneos e releituras de composições que marcaram a sua formação musical. O disco já está disponível nas plataformas de streaming.

Lançar um álbum solo representou um desafio, conforme explica Uyara. “Porque está intrinsecamente ligado aos processos pessoais, que trazem consigo inevitavelmente as inseguranças, os medos, tudo isso está presente ali. Como uma fotografia sonora”. A ideia surgiu em 2017 e acabou começando a tomar forma em 2021

Para o ouvinte, fica a impressão de uma cantora com uma voz suave e marcante, que canta um repertório convincente. Flertes com uma MPB imersa no estilo indie e um  vocal de timbre cool. Destaque para as deliciosas releituras de "Nuvem Passageira" (sucesso de Hermes de Aquino nos anos 70) e "Sereia" (hit de Lulu Santos que foi lançado originalmente por Fafá de Belém).

Entre as canções inéditas se sobressaem as faixas "Ela Vem", "Sol do Meio Dia" e "Pudera", que contam com arranjos marcantes. Uyara parece ter sido influenciada pela chamada Vanguarda Paulista, representada pelo Grupo Rumo. A cantora Ná Ozzetti poderia ter sido uma de suas influências.

Mas não pense que o som de Uyara se classifica como alternativo. Ela tem uma forte essência pop nos arranjos e na produção musical em si. Produz música que pode ser ouvida nas rádios ou até mesmo em trilhas de novelas ou minisséries da TV. E o mais legal é que ela não precisa fazer concessões para atingir isso. Tudo flui naturalmente. Tomara que Uyara estenda sua turnê para outros estados. Porque o público precisa  conhecer melhor o seu trabalho.

 "Ela Vem"

"Pudera"

"Sol do Meio Dia"

.: Com inéditos, "50 Poemas Macabros" mostra a face sombria de Vinicius


Mais frequentemente lembrado por seus versos de amor, Vinicius de Moraes sempre cultivou um apreço pelo feio e o grotesco. Não que uma característica exclua a outra - em sua poesia, o belo e o mórbido andam de mãos dadas. Estes "50 Poemas Macabros" apresentam ao leitor uma faceta que marca toda a produção do poeta, mas poucas vezes recebeu destaque como um dos principais atributos da obra do poeta. 

De cemitérios a campos de concentração, caminhando entre fantasmas ou corpos decompostos, está aqui o Vinicius de Moraes fúnebre e escatológico, aquele que pode ser considerado, "com a devida atenção, o principal herdeiro no século XX da poesia grotesca levada a efeito por Cruz e Sousa e Augusto dos Anjos", como escreve Daniel Gil, que organiza a seleção e assina o posfácio.

Com projeto gráfico especial e ilustrada por Alex Cerveny, a antologia inclui ainda sete poemas inéditos, extraídos de documentos do Arquivo-Museu de Literatura Brasileira (AMLB) da Fundação Casa de Rui Barbosa: "A Morte sem Pedágio", "A Consumação da Carne", "Poema de Aniversário", "Cara de Fome", "Parábola do Homem Rico", "Desaparição de Tenório Júnior" e "O Sórdido". Compre o livro "50 Poemas Macabros", de Vinicius de Moraes, neste link.

Sobre o autor
Vinicius de Moraes nasceu em 1913, no Rio de Janeiro, e morreu em 1980 na mesma cidade. Consagrado como um dos principais poetas de língua portuguesa, foi também cronista, crítico de cinema, dramaturgo, compositor, cantor e diplomata, tendo deixado sua marca incontornável na cultura brasileira. Garanta o seu exemplar de "50 Poemas Macabros", escrito por Vinicius de Moraes, neste link.

.: "A Segunda Mãe", de Karin Hueck, é um romance distópico e surpreendente


Lançado pela editora Todavia, "A Segunda Mãe", de Karin Hueck, é um romance distópico e surpreendente que revela, num pano de fundo de uma crise conjugal, as diversas formas de opressão da sociedade. No livro, o casamento de Madalena e Andrea parece perfeito. Andrea espera o segundo filho das duas e ocupa um cargo importante no governo federal. Lena, por sua vez, não precisa trabalhar e é responsável pelos cuidados domésticos e por Rosa, a filha do casal. Elas vivem em uma casa confortável e sem muros em um bairro de classe alta recém-inaugurado na cidade, têm amigas, afazeres, planos. É em um piquenique planejado com esmero por Lena para celebrar o aniversário de Rosa que a fresta de tensões e frustrações entre o casal aparece.

A crise conjugal, a maternidade, as relações de poder e as desigualdades existentes nos relacionamentos, as pequenas e as grandes escolhas do cotidiano — esses são alguns dos temas que recortam este romance. E, no entanto, apesar dessas questões tão atuais, aos poucos a história revela não se passar no presente. A narrativa distópica habilmente construída por Karin Hueck se descortina em vários níveis. O romance trata das diversas opressões que se infiltram até entre quem aparenta ser igual — isso em um mundo que já conseguiu eliminar uma das formas mais cotidianas de dominação. Assim como as tensões do casamento das personagens, que aos poucos se acentuam, a história desdobra-se em discussões sobre os papéis de gênero, as estruturas sociais, o amor e a violência.

"A Segunda Mãe" é um romance de estreia surpreendente. Com sua prosa leve e vertiginosa, posiciona Karin Hueck como uma romancista corajosa e atenta aos temas mais urgentes de nossos tempos. Compre o livro "A Segunda Mãe", de Karin Hueck, neste link.


Trecho do livro
Tomé ergueu as sobrancelhas. Navegava por território desconhecido agora. Tudo que sabia era baseado em aulas e livros de história, nos vídeos e filmes que haviam sobrevivido dos tempos passados. Sentiu os pensamentos ficando confusos, as coisas à sua frente ganhando tamanhos desproporcionais, a mão da menininha do tamanho de um fogão, a cadeira de cabeleireiro na mesma altura de um gato. Ficou pensando o que responderia a Rosa. Pelos relatos, parecia mesmo que homens matavam e batiam em gente, mas ela não se lembrava dessa época.

Nenhuma pessoa viva havia nascido quando eles ainda andavam pelas ruas. Olhou para Madalena implorando socorro.

— Sim, mas isso foi há muito, muito tempo. Não tem mais homem nenhum por aí. — Madalena socorreu a amiga e se agachou para ficar à altura da filha, como mandam os manuais de educação parental.

— Mas não é verdade que eles matam?

Madalena e Tomé se entreolharam.

— É verdade, filhota. Parece que eles matavam, sim.

— Por que eles faziam isso?

Tomé aproveitou para dar uma volta. Madalena ficou quieta por um minuto. Ela não tinha lembranças, mas ouvira as histórias. Registros de pessoas assaltadas à mão armada, indo para o trabalho, com o almoço na mochila. Relatos de famílias vivendo atrás de grades e alarmes, reunidas em frente à televisão, ouvindo histórias de criminosos cruéis. A polícia, que deveria proteger, mas matava. Mulheres espancadas por maridos no domingo à tarde. Estudantes estupradas em festas por rapazes que juravam ser seus amigos. Crianças, dentro de suas casas, abusadas por padrastos, tios, primos. Homens que bebiam e depois se espancavam. Homens que assistiam futebol e em seguida se espancavam. Homens que se olhavam atravessado no trânsito e se espancavam depois. Como explicar isso a uma criança?

— Eles são mais violentos, filha. Por isso, moram nos alojamentos.

Havia evidências o suficiente, que vinham de todas as sociedades do mundo. Os grandes clássicos da literatura versavam sobre batalhas, os filmes se passavam inteiros em meio a tiroteios e explosões, o noticiário de antigamente mostrava todos os dias os mesmos engravatados tomando decisões para machucar mulheres, crianças, a Terra, eles mesmos.

Não havia como negar a violência. Uma em cada cinco mulheres estupradas ao longo da vida. Cinquenta mil assassinatos ao ano no país. E ainda havia as guerras. Combates travados por anos a fio por soldados uniformizados, pilotos anônimos desmanchando bombas no ar. Líderes autoritários assinando papéis timbrados que ordenavam o extermínio de etnias inteiras. Ditadores que tiravam do povo para dar aos seus. Presidentes que faziam troça de pestes. Generais, autocratas, déspotas, genocidas, terroristas, todos homens. Eles existiram, sim, não havia dúvida, eram exatamente desse jeito que Rosa tinha descrito, e quase levaram a humanidade à ruína.

Sobre a autora
Karin Hueck nasceu em 1985, em São Paulo. Publicou livros infantis e de não ficção, entre eles "O Lado Sombrio dos Contos de Fadas" (HarperCollins, 2023). Entre 2018 e 2019, foi pesquisadora convidada de política e gênero na Universidade Livre de Berlim. A segunda mãe é seu primeiro romance. Garanta o seu exemplar de "A Segunda Mãe", escrito por Karin Hueck, neste link.

.: São Paulo: drag Morgan McMichaels, de "RuPaul´s Drag Race", faz show

Evento, comandado pelo empresário e DJ Thi Araújo reunirá também outras dez drags queens brasileira, em noite que marca a chegada do bar-balada Pink Flamingo em São Paulo. Foto: Divulgação

Famosa por participar da segunda temporada do reality "RuPaul´s Drag Race", um sucesso mundial, a drag queen britânica Morgan McMichaels, desembarcará pela primeira vez no Brasil para show inédito em São Paulo. Uma das mais aclamadas de sua edição, Michaels comandará a estreia do bar-balada Pink Flamingo na Terra da Garoa, nesta sexta-feira, 29 de setembro.

O evento produzido pelo empresário e DJ Thi, promete celebrar a arte Drag trazendo também outras dez atrações nacionais da cena LGBTQIA+. Entre elas, a ganhadora do “Caravana das Drags”, Hellena Borgys. Além de Shannon Skarllet, fenômeno do “Drag Race Brasil”, e Chloe V, representante brasileira da segunda temporada do “Queen Of The Universe”.

Aimée Lumière, Carrie Myers, Gigi Moore, Naomi Leakes, Mahina Starlight, Sasha Zimmer e Penelopy Jean, também completam o time de estrelas brasileira que se apresentarão no evento. 

quinta-feira, 28 de setembro de 2023

.: 12x2: AHS Delicate tem "Rock-a-bye" para embalar pesadelo de Anna Victoria

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Em setembro de 2023


Desesperada com a ideia de estar sendo stalkeada, a famosa atriz Anna Victoria Alcott (Emma Roberts) leva o caso para a polícia -que vê a situação como uma pegadinha ou resultado de medicamentos tomados pela estrela. É nesse embalo que começa o segundo episódio da 12ª temporada de "American Horror Story: Delicate", intitulado "Rock-a-bye" que consegue tornar tudo ainda mais empolgante, quando Anna Victoria concorre a um prêmio cinematográfico.

Em contrapartida, a atriz teme as perserguições que vem passando. Para amenizar, a agente e amiga Siobhan Corbyn (Kim Kardashian) oferece a loira um frasco dizendo ser de B12 que é tomado de modo confiante. Confusa em situações estranhas, Anna é mergulhada no medo de perder o bebê. Até que faz a primeira ultrassom do feto com o doutor Andrew Hill (Denis O'hare). Emocionada com o sucesso da implantação, Anna segue pensando na carreira a ponto de experimentar o vestido original da cantora Madonna, usado no Oscar de 1991.

Assim, no segundo episódio a confusão mental de Anna sobe para um nível assustador. E como se trata de uma temporada de AHS, a destruição de um sonho acontece. Se até o momento a nova temporada está excelente? Não há dúvida. Que venha o terceiro episódio!


Exibição: 27 de setembro de 2023
Elenco: Emma Roberts (Anna Victoria Alcott), Matt Czuchry (Dexter Harding), Kim Kardashian (Siobhan Corbyn), Annabelle Dexter-Jones (Sonia Shawcross), Michaela Jaé Rodriguez (Nicolette), Denis O'Hare (Dr. Andrew Hill), Cara Delevingne (Ivy), Julie White (Io Preecher), Maaz Ali (Kamal)

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm 


  

.: Globo Livros lança edição de luxo de “Rita Lee: uma Autobiografia”


O best-seller "Rita Lee: Uma Autobiografia", que transformou a maneira de os artistas contarem a própria história e se tornou um dos maiores sucessos editoriais do país, ganha edição de luxo pela Globo Livros. Essa homenagem para Rita Lee tem a cara — e as ideias — dela: o projeto, iniciado em 2020, teve a nova capa pensada por Rita e Guilherme Samora, o Phantom, responsável também pelas fotos de ficha policial, as quais Rita sugeriu que ocupassem a capa e a quarta capa.

“Em 2020, Rita e eu começamos a pensar nesta edição de luxo de sua primeira autobiografia. Planejávamos lançá-la no ano seguinte. Entretanto, ela decidiu focar a criação de um novo livro infantil ("Dr. Alex e Vovó Ritinha: uma Aventura no Espaço"), e o lançamento dessa edição especial acabou ficando para depois. Apesar disso, a maior parte das ideias aqui presentes surgiram de papos com Rita. A capa dura com a brincadeira das duas imagens semelhantes àquelas usadas em fichas policiais foi sugestão dela. Assim como o tom metálico nas letras e o fitilho, que serve como marcador de página. Outra ideia que surgiu quando discutimos o projeto foi um caderno de fotos extra. Na edição padrão, algumas das imagens escolhidas por nós ficaram de fora. Desta vez, decidimos manter os quatro cadernos anteriores e adicionar mais um. Uma espécie de bônus — todas essas fotos com legendas escritas por Rita (prontas desde 2016!). E temos mais algumas surpresinhas por aí. Esta edição, além de uma homenagem à nossa padroeira-gênia-deusa-fada-roqueira-escritora-guru-etc., é uma forma de celebrar os fãs e a todos aqueles que embarcaram e embarcarão nesta viagem. Rita pra sempre!”, conta Phantom neste livro de luxo.

Na edição padrão (2016), devido à falta de espaço, algumas das imagens escolhidas por Rita Lee ficaram de fora. Desta vez, além dos quatro cadernos de fotos, um novo foi adicionado. É um bônus, com 37 fotos e muitas inéditas, como aquela em que Rita aparece ajudando a derrubar o muro de Berlim. Compre a edição especial de "Rita Lee: Uma Autobiografia" neste link.

 
Outras curiosidades da nova edição:

  • A capa é dura, com o nome de Rita em cobre metálico.
  • As folhas de guarda são especiais, com uma foto inédita de Rita de bobo da corte.
  • A lateral terá pintura tie-dye, um pedido de Rita.
  • Há um fitilho marcador de página laranja, cor que lembra a capa da edição padrão.
  • A primeira tiragem virá com dois minipôsteres.

.: Espetáculo "Voz de Vó", sobre mulher em busca de lembranças, estreia


Nesta quinta-feira, dia 28 de setembro, estreia no Teatro do Sesi-SP o espetáculo "A Voz de Vó", que fala sobre memória, família, relações, afetos, perdas e, principalmente, amor. Com dramaturgia final de Sara Antunes - que assina a direção, com supervisão artística de Vera Holtz – é uma criação poética que aborda a perda da memória, mas também a fabulação. Um projeto que reúne uma equipe comprometida com a narrativa de uma história repleta de emoção, afetos, humor, amor e descobertas. A partir do dia 22 de setembro o Teatro do Sesi-SP será palco de uma viagem pela busca das memórias de uma vida.

Clarisse Derzié Luz interpreta a Vó que está com Alzheimer e vai, com a ajuda de seus netos, em busca das suas memórias perdidas. Essa viagem, num jogo lúdico, leva a plateia a emoções afetivas e muitos desses sentimentos podem remeter a casa de cada um dos expectadores. As crianças criam mundos para as ausências da avó, buscando ressignificar as falhas, dando sentidos e preenchimentos aos buracos vazios, acalorados de fantasia.

“Mais do que fazer um espetáculo para criança queremos proporcionar uma experiência dentro do sentir da infância a todo público, experimentar o mundo através da brincadeira, da canção, do jogo lúdico. É neste desenrolar da narrativa oral que queremos fazer viver a 'Voz de Vó'”, diz Sara, que também é a idealizadora do projeto.

A direção de arte, assinada por Analu Prestes, costura esses fragmentos como uma linha que aborda o tempo e transforma a memória numa grande colagem recheada de natureza, risos, brincadeiras e muita imaginação. “Contar uma história sobre memórias, infância e uma vó que amava os pássaros e música, nos remete às nossas lembranças mais profundas”.

Demian Pinto e Gui Calzavara que assinam a direção musical, se pautou na construção de uma sonoridade afetiva, fragmentos sonoros que se unem em um mosaico de lembranças. O som se apresenta pelo afeto. “Dizem que a música é a única coisa que a gente nunca esquece”. Wagner Pinto criou o desenho de luz para um ambiente fantasioso, ajudando a contar a saga dessa família.

A produção é assinada pela Gávea Filmes, com vasto currículo de trabalhos no teatro e, também, no audiovisual. Com estreia e temporada no Teatro do Sesi-SP, que completa 60 anos de promoção de grandes obras para os mais diversos públicos, sempre com ingresso gratuito, a peça contará com sessões de quinta e sexta, exclusivas para grupos e escolas, e sábados e domingos para todo o público.

Um importante equipamento cultural na Cidade de São Paulo, promovido pelo Sesi-SP, que é um agente ativo fomentador de produções originais, apostando em novas visões artísticas por meio de projetos selecionados via edital de chamamento, assim como com a montagem inédita "Voz de Vó". A instituição desempenha uma fundamental mediação entre público e obra, proporcionando, muitas vezes, a primeira experiência com o teatro, aos mais diversos públicos, enquanto espaço de formação e usufruto. 

Uma atividade de lazer e sensibilidade, que reverbera na compreensão de questões complexas, em consonância com os acontecimentos e temas discutidos na atualidade, sob a ótica lúdica e poética das crianças nas artes da cena. Finalizando, Sara conta que Voz de Vó “é para minha avó, que queria ser atriz e quando teve Alzheimer, lembrava do teatro e pedia para os atores, em conversa com a televisão, esperarem por ela para o ensaio”.


Ficha técnica
Espetáculo "Voz de Vó". Dramaturgia e direção: Sara Antunes. Supervisão artística: Vera Holtz. Direção de arte - cenário e figurino: Analu Prestes. Direção de produção: Bianca De Felippes. Direção musical: Demian Pinto e Gui Calzavara. Desenho de luz: Wagner Pinto. Direção de movimento e preparação corporal: Victoria Ariante. Programação visual: Analu Prestes e Camila Landulfo. Desenhos, colagens e bordados: Analu Prestes. Videografismo: Vic Von Poser. Preparação vocal: Patricia Antoniazi. Elenco: Clarisse Derzié Luz, Demian Pinto e Gui Calzavara. Crianças: Antônio de Oliveira (Tito), Benjamim de Oliveira (Bento), Nick Araújo (Bento), Pietro Leite (Tito) e Rodrigo Viegas (Bento). Participação afetiva: Analu Prestes e Vera Holtz. Produção executiva e adm. temporada: Roberta Viana. Assist. direção: Henrique Landulfo. Assist. direção de arte - cenário e figurino: Camila Landulfo. Assist. produção RJ: Gabriela Newlands. Assist. produção SP e Contrarregra: Paolo Oliveira. Produção de luz: Carina Tavares. Assist. iluminação: Gabriel Greghi e Gabriela Cezário. Visagismo: Kazuo Hair Design. Pesquisa de figurino: Maura Begliomini. Peruca: Malonna. Fotógrafa: Alessandra Nohvais. Criação, captação e mídias sociais: gaTú Filmes / Gabriel Metzner e Arthur Bronzato. Making of: Pietra Baraldi. Assist. de videografismo: Ana Lopes. Op. de vídeo: André Voulgaris. Op. de som: Enrico Baraldi. Op. de luz: Guilherme Orro. Microfonista: Jessica Silva e Rodrigo Gava. Camareira: Cristiane Felix da Silva. Costureira: Nalva Costa. Maquinista: Guilherme Felipe. Adereços: palhAssada ateliê soluções cenográficas. Audiodescrição: Marcia Martins. Intérprete de Libras: Bruna Sabino. Assessoria jurídica: Roberto Silva. Contabilidade: Contar Contadores. Agência elenco infantil: Agência Cintra. Bem estar: Keiko`s Prevenção e Saúde. Assessoria de imprensa: Morente Forte. Produção: Gávea Filmes. Realização: Sesi-SP.

Serviço
Espetáculo "Voz de Vó". Centro Cultural Fiesp - Teatro do Sesi-SP. Endereço: Av. Paulista, 1313 (em frente à estação Trianon-Masp do metrô). Temporada: 28 de setembro a 17 de dezembro de 2023. Sessões: quinta e sexta, 11h e 15h (exclusivas para escolas e grupos), e sábado e domingo, 15h. Sessões com tradução e interpretação em Libras e audiodescrição: 29/10, 26/11 e 3/12. Ingressos: Gratuitos. Reservas antecipadas pelo site: sesisp.org.br/eventos (as reservas abrem todas as segundas-feiras, a partir das 8h, para as apresentações que acontecem na mesma semana). Duração: 60 minutos. Classificação: livre. Gênero: infantil. Reservas para grupos e escolas pelo e-mail: ccfagendamentos@sesisp.org.br.

.: #SemanaDoCinema no Cineflix tem entrada a R$ 12


Acontece de 28 de setembro a 04 de outubro a #SemanaDoCinema na rede Cineflix Cinemas. Tem sessão no escurinho com precinho especial de R$ 12 cada ingresso. Em cartaz , na unidade em Santos, estão as estreias "Filha Do Rei Do Pântano", "Resistência", "Nosso Lar", "Ruim Pra Cachorro" e "Patrulha Canina: Um Filme Superpoderoso", além do documentário "Elis & Tom, Tinha De Ser Com Você" e o drama "Som da Liberdade". 

Confira a programação da semana no Cineflix Cinemas e assista na unidade mais perto de você: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN

O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. 

No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.

.: Com Jodie Foster e Issa López, "True Detective: Terra Noturna" estreia


A série HBO Original "True Detective: Terra Noturna" estrelada por Jodie Foster, vencedora do Oscar e indicada ao Emmy, e Kali Reis, estreia no domingo, 14 de janeiro, às 21h na HBO e HBO MAX. Com seis episódios ao todo, semanalmente um capítulo será lançado aos domingos.

Dirigida pela renomada diretora mexicana Issa López, o enredo da produção se inicia em uma longa noite de inverno em Ennis, no Alasca, quando os oito homens que operam a Estação de Pesquisa Tsalal Arctic desaparecem sem deixar vestígios. Para solucionar o caso, as detetives Liz Danvers (Foster) e Evangeline Navarro (Reis) terão que enfrentar a escuridão que carregam dentro de si e investigar as verdades assombradas que estão enterradas sob o gelo eterno.

No elenco estão Jodie Foster, Kali Reis, Finn Bennett, Fiona Shaw, Christopher Eccleston, Isabella Star LaBlanc e John Hawkes. Ainda, a série conta com participações de Anna Lambe, Aka Niviâna, June Thiele, Diane Benson e Joel D. Montgrand.

"True Detective: Terra Noturna" é uma série HBO Original com Issa López como showrunner, escritora, diretora e produtora executiva. Jodie Foster também assina a produção executiva, ao lado de Barry Jenkins, Adele Romanski e Mark Ceryak, pela PASTEL. Ainda, Mari Jo Winkler, Chris Mundy, Alan Page Arriaga, Steve Golin, Richard Brown, Woody Harrelson, Matthew McConaughey, Cary Joji Fukunaga e Nic Pizzolatto assinam a produção executiva. Princess Daazhraii Johnson, Cathy Tagnak Rexford e Sam Breckman são produtores.

quarta-feira, 27 de setembro de 2023

.: Crítica: "Estranha Forma de Vida", curta é o melhor filme do ano

Por Helder Moraes Miranda, editor do portal Resenhando.com. 

"O amor que não ousa dizer seu nome" é uma frase da linha final do poema "Two Loves", de Lorde Alfred Douglas, escrita em setembro de 1892 e publicada na revista de Oxford The Chameleon em dezembro de 1894. É uma expressão que ganhou notoriedade ao ser mencionada por Oscar Wilde como eufemismo para a homossexualidade, no processo em que foi condenado por atos homossexuais envolvendo sua relação com o autor da frase. É esse amor que não ousa dizer o nome o tema central do curta-metragem  "Estranha Forma de Vida", do aclamado Pedro Almodóvar, em cartaz no Cineflix Cinemas.

Esqueça "Barbie" e "Openheimer". O melhor filme do ano é um curta-metragem que aposta em todos os elementos que consagraram o diretor. Mas é principalmente a intensidade que dá a maior tonalidade ao filme. Dizem que é nos menores frascos que se encontram as melhores fragrâncias e, nesse caso, é também nos menores filmes que se concentram as melhores histórias. Com um quê de "O Segredo de Brokeback Mountain", o filme conta a história de dois cowboys que vivem em lados opostos da justiça. Um não quer que o filho seja preso, o outro quer prendê-lo. O que complica ainda mais a situação é que ambos já se relacionaram amorosamente.

"Estranha Forma de Vida" relata de maneira crua e vertiginosa a prática peculiar que as pessoas têm de dificultar a própria vida. Podem ser felizes, mas não o são. Preferem seguir outros caminhos em vez de ceder ao que sentem. Em relação aos personagens, o de Pedro Pascal quer e encontra no interesse amoroso o impasse de alguém que não se aceita e está fadado a viver o que não é, mesmo que tente ser. Ethan Hawke é a personificação do "não". Ele nega a si mesmo como a quem bebe água. É um jeito insólito de ser ele mesmo. Coitadinho, tanto drama condensado no melhor filme do ano.

O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN.


"Estranha Forma de Vida" ("Strange Way Of Life") Ingressos on-line neste link
Gênero: faroeste, drama. Classificação: 16 anos. Duração: 1h21. Ano: 2023. Idioma: inglês. 
Distribuidora: O2 Filmes. Direção: Pedro Almodóvar. Roteiro: Pedro Almodóvar. Elenco: Pedro Pascal, Ethan Hawke, Manu Rios. Sinopse: Depois de 25 anos separados, o rancheiro Silva (Pascal) cavalga pelo deserto para visitar seu velho amigo Jake (Hawke), o xerife de Bitter Creek. O que vem a seguir é uma tarde de intimidade compartilhada, reconciliação e lembranças. No entanto, no dia seguinte, a revelação da conexão dos dois homens com um crime local sugere que há mais no encontro deles do que apenas uma viagem pela estrada da memória. Nos cinemas a partir de 14 de setembro e em breve na MUBI.

Sala 1 (legendado) 
21/9/2023 - Quinta-feira: 16h10 - 20h30
22/9/2023 - Sexta-feira: 16h10 - 20h30
23/9/2023 - Sábado: 16h10 - 20h30
24/9/2023 - Domingo: 16h10 - 20h30
25/9/2023 - Segunda-feira: 16h10 - 20h30
26/9/2023 - Terça-feira: 16h10 - 20h30
27/9/2023 - Quarta-feira: 16h10 - 20h30

Trailer de "Estranha Forma de Vida"

.: Biografia de Jimi Hendrix traz relatos inéditos sobre sua vida e obra



Livro conta com mais de 300 entrevistas e desvenda mistérios da carreira meteórica do maior guitarrista de todos os tempos.


Jimi Hendrix tornou-se um mito além de seu tempo. Dono da guitarra flamejante mais famosa do planeta, foi catapultado ao sucesso de forma tão rápida quanto sucumbiu ao vício em drogas – que levou à sua morte prematura aos 27 anos a 18 de setembro de 1970. Apesar de seu estrondoso sucesso, sua verdadeira biografia é pouco conhecida. “Jimi Hendrix: Uma Sala cheia de Espelhos”, lançamento da editora Seoman, escrito pelo jornalista Charles R. Cross, o mesmo autor da biografia de Kurt Cobain, preenche esta lacuna.

A obra traz respostas e curiosidades sobre uma carreira recheada de polêmicas. Charles R. Cross pinta um profundo e fascinante retrato desse gênio da música que conseguiu sair da pobreza para o sucesso, colocar fogo no mundo do rock e inadvertidamente pôr fim em seu próprio talento. Sua biografia mostra de forma crua a imagem quase sobrenatural de um homem que estava destinado a ser um astro.

Uma referência à música “Room Full of Mirrors”, composta em 1968, o título do livro já é uma provocação ao que será desvendado pelo autor e mostra a múltipla personalidade do artista. A canção, que nunca foi lançada oficialmente durante a vida de Hendrix, conta a história de um homem aprisionado em um mundo de reflexos de si mesmo, tão poderoso que o persegue até nos sonhos. Ele se solta ao estilhaçar os espelhos e, ferido pelos cacos de vidro, busca um “anjo” que possa libertá-lo.

Em visita ao pai de Jimi Hendrix, Al, nos anos 2000, o biógrafo de Hendrix viu uma peça de arte, criada pelo músico em 1969, que consistia em uma moldura com cinquenta pedaços de um espelho estilhaçado, engastados em argila, na exata posição que teriam ocupado quando o espelho foi partido. Al Hendrix apontou que “essa era a Sala Cheia de Espelhos de Jimi”.  “Tendo em mãos a manifestação física desse conceito, é impossível não pensar na profunda complexidade do homem que criou essa música”, conta Ross na apresentação da biografia.

Fruto de uma pesquisa profunda que envolveu, inclusive, a redescoberta do túmulo da mãe de Jimi Hendrix, Lucille Hendrix Mitchell, pelo autor, quando ao lado de um coveiro vasculhou as alas de lápides em ruínas em Greenwood Memorial Park (EUA), “Jimi Hendrix: Uma Sala cheia de Espelhos” inclui informações de um ponto de vista até então inédito: a verdade sobre sua saída do serviço militar, um relato alucinante de Woodstock e os detalhes de seus muitos, muitos amores. Essas e outras curiosidades sobre a vida privada de Hendrix, numa grande reportagem investigativa formatada em livro, que homenageia esse grande ícone da música do século XX. Compre o livro “Jimi Hendrix: Uma Sala cheia de Espelhos”, de Charles R. Cross, neste link.


O que disseram sobre o livro

"Um Hendrix muito mais íntimo que o apresentado em  as biografias anteriores. Cross não poupou esforços para juntar as peças desta história. Divertido, pungente, provocante e, às vezes, perturbador.” – Seattle Post-Intelligencer

“O livro detalhado e envolvente do Sr. Cross torna ainda mais poderosa a lembrança de Hendrix.” – Janet Maslin, The New York Times

“O verdadeiro teste de uma biografia do rock'n'roll […] é a habilidade com que o autor lida com fatos, traz à tona a verdade e desconstrói mentiras, rumores e mitos […] Jimi Hendrix – Uma Sala Cheia de Espelhos é excelente e muito bem-sucedido nesse sentido.” – Christian Science Monitor

“Uma revelação […] um retrato excelente, provavelmente imbatível, tanto por sua comovente descrição da juventude de Hendrix e a emocionante ascensão dele à fama, quanto por seu caráter definitivo como destruidor de mitos.” – Los Angeles Times Book Review


Sobre o autor
Charles R. Cross é autor do best-seller do New York Times, “Mais Pesado Que o Céu: Uma Biografia de Kurt Cobain”, e das biografias Led Zeppelin: Heaven and Hell; Backstreets: Springsteen, the Man and his Music e Here We Are Now: The Lasting Impact of Kurt Cobain. Foi editor da The Rocket, revista sobre música e entretenimento do Noroeste dos Estados Unidos, de 1986 a 2000, a primeira publicação da história a dar uma capa para o Nirvana. Mora próximo a Seattle e é colaborador de diversos jornais e revistas. Garanta o seu exemplar de “Jimi Hendrix: Uma Sala cheia de Espelhos”, escrito por Charles R. Cross. neste link.

Postagens mais antigas → Página inicial
Tecnologia do Blogger.