Querido diário,
Na noite de ontem, assisti no Cineflix o tão esperando "Homem-Aranha Sem Volta Para Casa", claro que foi emoção pura. Imagine só ver o meu herói favorito numa nova história e reviver algo que aconteceu lá nos anos 2000, quando o primeiro longa do miranha estreou com Tobey Maguire. Na época, as cadeiras dos cinemas não eram numeradas, assim, eu e maridão, ainda namoradinhos, ficamos na fila do gargarejo. Sim! A sala de cinema estava lotadaça. Assistimos bem na cara. E não é que a história se repetiu?! Ontem ocupamos as cadeiras A6 e A7.
Poster do artista Julien Rico Jr
Mas, diário, quero registrar algo que deixei passar. É que vivi duas semanas insanas tentando assistir todos os filmes franceses do Festival Varilux -e não consegui, infelizmente. Daí bateu o cansaço e parei de contar as minhas peripécias por aqui. Foi mal, diário! Bom, posso dizer que todos os filmes que assistimos são incríveis. Super recomedo! Aqui ó: resenhando.com/search/label/Resenhas%20de%20filmes
No entanto, um outro filme mexeu e muito comigo. Diário, desde quando assisti, não parei de pensar em "Não Olhe Para Cima". É um filmaço que faz muitas e consistentes críticas, seja pela forma que vivemos desrespeitando a natureza, a obsessão com as redes sociais, a idolatria de artistas vazios e sem nada a acrescentar, a desvalorização da família, a sociedade escanteando as mulheres e rotulando-as como loucas e, claro, a forma que a humanidade prioriza o dinheiro acima de tudo. Contudo, algo muito bem apontado é o fato de os governantes colocarem em risco a vida de todos sempre visando qualquer chance de embolsar uma grana.
"Não Olhe Para Cima" é um super filme que usa uma história com fundo de ficção científica, mas deita e rola para mostrar os abusos que acontecem descaradamente no meio político. A ideia de encher o bolso às custas das vidas dos outros é evidenciada. E não há como deixar de estabelecer conexões entre as consequências vividas nos E.U.A. e no Brasil.
A nós, o nada digno e atual presidente do Brasil, na tentativa de lamber as botas de Trump -que no filme é uma presidente interpretada brilhantemente por Meryl Streep-, conseguiu cegar o povo. Quem fez questão de lutar por centavos no aumento da condução, agora, é roubado de todas as formas, inclusive perdendo direitos trabalhistas duramente conquistados ao longo de tantos anos, mantendo discurso negacionista.
Só não vê, quem não quer... Mas aí que está "Não Olhe Para Cima", pois o cometa está vindo e não haverá para onde correr.
Beijinhos pink cintilantes e até amanhã,
Donatella Fisherburg