sexta-feira, 2 de maio de 2025

.: "Confinado": Bill Skarsgård mostra versatilidade assumindo novos riscos

Prestes a voltar aos cinemas com "Confinado", Bill Skarsgård definitivamente não é um ator avesso a desafios. Ao longo dos anos, o astro colecionou papéis que o tiraram da sua zona de conforto, seja pela caracterização intensa, seja pelas exigências emocionais de cada um dos seus projetos. Porém, no novo lançamento da Diamond Films, que chega aos cinemas de todo o Brasil em 29 de maio, ele dá um passo além e assume novos riscos. 

"Tinha algo em 'Confinado' que era tão diferente do que eu estava fazendo, e eu costumo instintivamente seguir um rumo que é o completo oposto do meu projeto atual [na época, 'Nosferatu'], só para continuar me desafiando", revelou o ator à Entertainment Weekly. "É mais divertido assim."

Despido de próteses e camadas de maquiagem, Skarsgård encarna em "Confinado" um homem comum: um jovem pai que, penando para pagar as contas, acredita encontrar uma saída fácil no roubo de uma SUV aparentemente abandonada. Mas, para seu azar, o carro não era a solução dos seus problemas, e sim o início de todos eles. Isso porque o veículo pertence a William (Anthony Hopkins), uma figura misteriosa que, determinada a punir o protagonista por sua audácia, faz do seu carro uma verdadeira prisão sobre rodas. 

Ainda que a trama angustiante seja um atrativo e tanto para o longa, foi essa faceta mais comum do protagonista que atraiu Skarsgård para o projeto do diretor David Yarovesky. "Gostei dessa qualidade de doninha de rua do Eddie", relembra o astro, referindo-se ao protagonista. "Este pai meio caloteiro, uma pequena doninha de rua." 

Era de se imaginar que, diante de um personagem aparentemente tão ordinário, o trabalho de Skarsgård seria mais simples. Contudo, o confinamento do seu personagem, que à princípio soava uma vantagem, representou um desafio à parte: por um lado pelas demandas físicas de gravar em um espaço tão restrito como um carro, por outro por ser uma experiência essencialmente solitária. 

"Era só eu e a câmera por boa parte do filme. E foi estranho estar sozinho durante tanto tempo", explica. "Chegou a um ponto em que há situações muito intensas acontecendo e você precisa atuar, algo que não é sempre fácil. Pode ser uma jornada literalmente torturante, quando seu personagem é torturado ao longo da história."

Por isso, para além da honra de trabalhar com uma lenda do cinema como o ator Anthony Hopkins, tê-lo como parceiro de cena na reta final de "Confinado" foi também um alívio. "Ele ama esse personagem. Ele tinha tantas ideias e uma perspectiva particular sobre o William, trazendo elementos que ele mesmo criou", afirmou Skarsgård durante a première do filme em Nova York, lembrando dos improvisos durante as cenas que ele mesmo chamou de "tête-à-tête com direito a risada maníaca, sangue e insanidade”. Ou, como Hopkins as definiu: "somos apenas dois loucos em um carro, Bill".

Com distribuição da Diamond Films, a maior distribuidora independente da América Latina, "Confinado" estreia em 29 de maio nos cinemas.



Sobre a Diamond Films

A Diamond Films é a maior distribuidora independente da América Latina. Fundada em 2010, se destaca por distribuir os melhores filmes independentes da indústria cinematográfica. Atualmente, a empresa atua em sete países da América Latina: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Peru e México. No ano de 2016 começou a atuar no mercado europeu, por meio da sua filial na Espanha. No Brasil desde 2013, a Diamond Films distribuiu títulos como “Os Oito Odiados”, “Moonlight - Sob a Luz do Luar”, “Green Book - O Guia”, “Moonfall – Ameaça Lunar”, “No Ritmo do Coração”, “Spencer”, “A Pior Pessoa do Mundo”, “Órfã 2: A Origem”, “One Piece Film Red”, “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo”, “Fale Comigo”, “Zona de Interesse”, “Anatomia de Uma Queda” e “Guerra Civil”.


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.: Clássico: a lagarta comilona chegou na Companhia das Letrinhas

Com mais de 50 milhões de exemplares vendidos mundialmente, "Uma lagarta muito comilona" está chegando de cara nova na Companhia das Letrinhas! A obra de Eric Carle, que já recebeu diversos prêmios, é um clássico da literatura infantil e vem encantando gerações desde a década de 1960.

A nova edição é maior e mais anatômica, tem acabamento cartonado e capa dura, além de cantos arredondados. Com uma história interativa, que introduz os dias da semana e mostra também a beleza do crescimento e da transformação, esse é um livro perfeito para ler com bebês!

“Milhares de pais, avós e crianças em todo o mundo gostam deste livro, de sua história e de suas imagens. Tenho que admitir que fiquei surpreso ao ver minha lagarta se tornar tão popular assim. Fico feliz em saber que uma história esperançosa de uma lagarta que se transforma em linda borboleta é tão querida por tantas pessoas.” – Eric Carle

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quinta-feira, 1 de maio de 2025

.: Crítica: "Thunderbolts*" é muito bom e dá fôlego para Novos Vingadores


Por: Mary Ellen Farias dos Santos, editora do Resenhando.com

Em maio de 2025


Quem fora da adolescência, ainda não se pegou num vazio repleto de desânimo com dúvidas confusas sem possíveis respostas e soluções, enquanto se deixou ser levando pelas mãos do lado sombrio a mergulhar num vácuo de total solidão, que se pronuncie. Tal sensação de angústia e desgosto, capaz até de tirar o brilho no olhar dos humanos, é o mote da nova produção da Marvel Studios: "Thunderbolts*"

Toda a dica do rumo da história é dada nos primeiros minutos de filme na forma de desabafo da espiã e assassina da Sala Vermelha, Yelena Belova (Florence Pug, "Não se Preocupe, Querida"), a nova Viúva Negra, uma anti-heróina que perdeu a inspiração. Contudo, antes de desistir de tudo, aceita uma última missão de Valentina Allegra de Fontaine (Julia Louis-Dreyfus, "Seinfield"). 

Para tanto, a jovem procura o pai Alexei (David Harbour, "Stranger Things" e "Noite Infeliz"), o "aposentado" Guardião Vermelho para conversar. No entanto, ele agora é um solitário motorista com o sonho de trabalhar para a ricaça Valentina -o que futuramente, nas 2 horas e 6 minutos de filme acaba sendo de grande importância.

Enquanto o público é envolvido pela sensação de aborrecimento humano de Yelena, um ser poderoso surge entre outros combatentes da poderosa e cheia de si, Valentina que, por não contar com uma chance remota de seu plano, acaba reunindo anti-heróis bastante poderosos. Com dinheiro suficiente, a dona de mechas brancas nos cabelos consegue trazer o lado sombrio de um soldado que passou por um experimento.


Tal qual uma grande revelação, um frágil humano tem o seu pior lado potencializado levando a todos que encontra pela frente a um vácuo sombrio. Eis o tão aguardado Sentinela (Lewis Pullman, de "Top Gun - Maverick") que carrega consigo fortemente algo que Yelena vem tentando desvendar para saber lidar. E para melhorar a evolução da trama, o querido Soldado Invernal (Sebastian Stain, "Gossip Girl") entra em cena -aliás para o grupo dos imperfeitos.

"Thunderbolts*" é excelente por fugir do entretenimento esquecível e apresenta uma boa trama com diversas tragédias particulares, o que provoca reflexões, ainda que entregue muita pancadaria do início ao fim. Contudo, deixa nítido que a Marvel busca sair da fórmula desgastada nos filmes de heróis, a ponto de perder um pouco o toque solar e piadista e acertar no soturno e contextualizado muito presentes nos longas da DC.

Mais sóbrio e cheio de meandros que fazem refletir, "Thunderbolts*" ainda faz umas piadinhas, tal qual o maravilhoso "Deadpool & Wolverine" deitou e rolou, mas neste, não há exagero, afinal a própria equipe sem um nome escolhido, daí o asterisco no título, "Thunderbolts*", não bota fé em si. Aqui há muita incredulidade, talvez até da própria Marvel, mas o filme é muito bom a ponto de dar fôlego para a chegada dos Novos Vingadores -mesmo que com "Z".

O longa dirigido por Jake Schreier ("Cidades de Papel") vale a ida ao cinema, pois transparece ser um belo recomeço de uma nova era de bons filmes da Marvel Studios, pois nem mesmo a saída de Steven Yeun e a chegada de Lewis Pullman para interpretar o Sentinela alterou o resultado final. "Thunderbolts*", que tem duas cenas pós-créditos e deixa tudo encaminhado para o novo "Quarteto Fantástico" e "Vingadores: Doomsday", é ultra imperdível!

O Resenhando.com é parceiro da rede Cineflix Cinemas desde 2021. Para acompanhar as novidades da Cineflix mais perto de você, acesse a programação completa da sua cidade no app ou site a partir deste link. No litoral de São Paulo, as estreias dos filmes acontecem no Cineflix Santos, que fica no Miramar Shopping, à rua Euclides da Cunha, 21, no Gonzaga. Consulta de programação e compra de ingressos neste link: https://vendaonline.cineflix.com.br/cinema/SAN



"Thunderbolts*" (Thunderbolts*). Ingressos on-line neste linkGênero: ação, aventuraClassificação: 16 anos. Duração: 2h06. Direção: Jake Schreier. Roteiro: Lee Sung Jin, Eric Pearson, Joanna Calo. Elenco: Florence Pugh, Sebastian Stan, David Harbour, Lewis PullmanSinopse: Tentando deixar suas vidas problemáticas para trás, dois irmãos gêmeos retornam à sua cidade natal para recomeçar, apenas para descobrir que um mal ainda maior está esperando para recebê-los de volta. Confira os horários: neste link

Trailer "Thunderbolts*"


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.: Livro explica por que é preciso romper com a paternidade conservadora


Como uma forma de entender a figura paterna, o professor universitário Jeder Janotti Jr. escreveu o livro "Mãe, o Pai Não Vai Chorar?", publicado pela editora Ipê da Letras. Na obra, ele mostra os efeitos da paternidade conservadora na própria vida, além de como a rigidez e distância emocional do pai dificultaram as relações familiares. Nessa autoficção, o autor aborda a masculinidade paterna imposta aos homens e os ritos de passagens que transformam dinâmicas familiares

Inspirado na figura paterna - homem de rotinas rígidas, afeito aos bares, às amizades masculinas e à distância emocional com a família - o escritor e doutor em Ciências da Comunicação, Jeder Janotti Júnior, traduz no livro a inquietação diante dos rigores da masculinidade paterna. Com sensibilidade, aborda a lenta decadência física e psicológica do pai até sua morte — momento que dispara uma intensa rememoração de vivências e palavras não ditas.

Nos últimos encontros com o progenitor, o autor se lembra que o pai não conseguia mais caminhar, mas também não aceitava as próprias fragilidades apesar de depender do filho para tarefas simples. Ao revisitar outras lembranças marcantes - as viagens e afazeres durante a infância, a construção da casa da família e os lutos ao longo da vida -, Jeder confronta os ritos de passagem e as heranças emocionais transmitidas através das gerações, como a falta de aproximação física e afetiva entre os homens.

Por meio de uma linguagem imagética e lírica, Jeder Janotti Júnior destaca a mãe como arrimo familiar, uma vez que ela desempenhou múltiplos papéis para preencher as lacunas deixadas pela ausência emocional e falta de carinho do pai. Com uma prosa rica em detalhes, o escritor transcende a experiência pessoal para abordar questões cotidianas sobre identidade, conexões de afeto e as sensações que moldam a subjetividade de cada pessoa.

"Mãe, o Pai Não Vai Chorar?" é para todos aqueles que buscam fazer as pazes com a criança interior, por meio de reflexões sobre temas como o machismo, a desigualdade social e o medo de envelhecer. “Ao invés de pensar a narrativa memorialista como catarse ou como remédio, o livro é uma espécie de phármakon — termo grego que se refere à escrita como forma de ampliar o conhecimento. Mostra a potência da narrativa e seus limites para refletir sobre o existir”, conclui o escritor. Apoie o Resenhando.com e compre o livro "Mãe, o Pai Não Vai Chorar?" neste link.


Sobre o autor
Doutor em Ciências da Comunicação pela Unisinos RS, Jeder Janotti Jr. é professor titular da Universidade Federal de Pernambuco, onde coordena o Laboratório de Análise de Música e Audiovisual no Programa de Pós-Graduação em Comunicação. Além de autor de ensaios e livros de ficção, ele conta com um apanhado de publicações acadêmicas, dentre as quais destacam-se “Heavy Metal com Dendê”, “Aumenta Que Isso Aí É Rock and Roll”, “Rock me Like The Devil: a assinatura das cenas e das identidades metálicas” e “Gêneros Musicais em Ambiências Comunicacionais”.

Em 2018, lançou pela Titivillus Editora seu primeiro romance “Levedação”, que narra as peripécias de um aluno de doutorado brasileiro em Montreal. Em 2021, publicou pela Intermeios o livro ensaio “Memorial de Antiajuda Acadêmica”. "Mãe, o Pai Não Vai Chorar?" é o segundo romance dele, marcado por tons autoficcionais, publicado pela Ipê da Letras. Apoie o Resenhando.com e compre o livro "Mãe, o Pai Não Vai Chorar?" neste link.

.: " Vitaminas" estreia nesta sexta-feira, dia 2, no auditório do Sesc Pinheiros


Com direção de Rodolfo Amorim e Clayton Mariano, a peça aborda a depressão e outros transtornos psíquicos que se tornaram epidêmicos a partir da década de 80. Na imagem, as atrizes Lígia Fonseca e Jessica Mancini. Foto: Jonatas Marques

Quatro trajetórias se cruzam em um panorama da sociedade americana da década de 80. São histórias privadas, em que a intimidade dos relacionamentos amorosos parece não se encaixar à promessa de sucesso pessoal. Com texto de Clayton Mariano, que também assina a direção ao lado de Rodolfo Amorim, o espetáculo adulto Vitaminas estreia nesta sexta-feira, dia 2 de maio, no Auditório do Sesc Pinheiros. No elenco estão Ericka Leal, Fani Feldman, Igor Mo, Jessica Mancini, Jonathan Moreira, Lígia Fonseca e Victor Bittow.

O espetáculo aborda a depressão e outros transtornos psíquicos que se tornaram epidêmicos a partir da década de oitenta, confrontando o Realismo da literatura norte-americana, ao atual conceito de Realismo Capitalista, defendido por Mark Fisher. A peça enxerga na “falta de alternativa” neo-liberal o crescimento da indústria cultural de Hollywood que coloniza o imaginário brasileiro pós-ditadura.

Uma paródia crítica do "American way of life" que, ao mesmo tempo em que vigora enquanto ideologia dominante em nossa sociedade, naufraga enquanto projeto estético e político. Uma peça que enxerga o fracasso como alternativa para uma sociedade onde só os vencedores têm vez.

A peça explora um realismo sujo e minimalista, que impõe um humor que não cai em um sarcasmo desalmado e com um calor que emana do próprio desfrute de narrar, estruturam essa dramaturgia baseada nos limites da intimidade e da vida privada. Investigando pequenos eventos do cotidiano, muitas vezes banais, mas que de tão íntimos parecem inacessíveis ao voyeurismo latente da sociedade atual.

“A intimidade que abordamos é em tudo oposta ao gesto da superexposição tão corrente em nossa sociedade atual. Está mais para o negativo dessa falsa felicidade que se propagandeia e se expõe através das redes com uma urgência inexplicável sem sentido. Olhamos para os recalques, para aquilo que não se vende. Nos debruçamos nesses pequenos e poderosos afetos que insistem em contrariar a ordem fetichista do capital: o luto, o trauma, a vergonha, a angústia, a inveja, entre tantos outros considerados impróprios ao sistema, para, basicamente, encarar tudo aquilo que em silêncio nos relembra que ainda somos humanos”, contam os diretores Clayton e Rodolfo.

“Trabalhamos com referências das centenas de 'filmes-da-sessão-da-tarde' e das 'séries-enlatadas' que povoam nosso imaginário, que continuam até hoje fazendo sucesso nas novas plataformas streamings. Podemos dizer que eles constituem uma espécie de passado comum, que nenhum de nós viveu. Um passado fabricado em Hollywood. Para nós é como se fosse possível escovar a contrapelo (lembrando a famosa imagem de W. Benjamin), esse imenso imaginário de melodramas familiares que tanto fizeram parte de nossas vidas e talvez arrancar deles aquilo que há ainda de potente, ou seja, aquilo que ele esconde, o seu fracasso e sobretudo tudo aquilo que nos torna, brasileiros, e ocidentais em geral, parte dessa mesma cultura colonizada”, completam.


Sinopse de "Vitaminas"
Em "Vitaminas", quatro trajetórias se cruzam em um panorama da sociedade americana da década de 80. São histórias privadas, em que a intimidade dos relacionamentos amorosos parece não se encaixar à promessa de sucesso pessoal. O fracasso como sintoma e resistência ao neo-liberalismo.


Sobre Núcleos de Pesquisa do Grupo XIX de Teatro
"Vitaminas" tem origem nos Núcleos de Pesquisa do Grupo XIX de Teatro, que passaram de uma ação paralela às suas atividades artísticas (com caráter de uma pedagogia livre) para o centro da criação do XIX, culminando na sua última edição, com a criação de 4 espetáculos, em que cada artista do grupo assina uma direção.

Os resultados desses Núcleos deixaram de ser apenas “aberturas de processo” para se transformarem em peças inéditas que ganham força e relevância para além d sede do grupo. Cada um dos trabalhos produzidos acabaram se tornando um referência aguda de questões urgentes da cena, tanto no conteúdo quanto na forma. Ganharam vida própria, ocupando festivais, sendo contemplados em importantes editais, estreando e cumprindo temporadas em instituições relevantes.

"Vitaminas" estreia agora no Sesc Pinheiros, inaugurando uma nova fase do Grupo XIX de Teatro, que passa a pensar formas de criar e ocupar a cidade, para além da Vila Maria Zélia, onde ficou sediado por cerca de vinte anos e, agora, se vê obrigado a desocupar seu armazém.


Ficha técnica
Espetáculo: "Vitaminas"
Direção: Rodolfo Amorim e Clayton Mariano
Elenco: Ericka Leal, Fani Feldman, Igor Mo, Jessica Mancini, Jonathan Moreira, Lígia Fonseca e Victor Bittow
Dramaturgia: Clayton Mariano
Cenário: Rodolfo Amorim
Objetos de cena: Jessica Mancini
Figurino: Lígia Fonseca
Iluminação: Daniel Gonzalez
Contrarregra: Roberto Oliveira
Produção: grupo XIX de teatro e Andréa Marques 

Serviço
Espetáculo "Vitaminas", de Clayton Mariano
Auditório do Sesc Pinheiros: R. Pais Leme, 195 - Pinheiros
De 2 a 23 de maio de 2025
Quinta a sábado, às 20h
85 minutos
14 anos
Ingressos: R$ 15,00 a R$ 50,00
Link: https://www.sescsp.org.br/programacao/vitaminas/

.: "Otto Lara Resende ou Bonitinha, Mas Ordinária" prorroga temporada


Com direção de Nelson Baskerville, peça "Otto Lara Resende ou Bonitinha, Mas Ordinária ou no Brasil Todo Mundo é Peixoto" prorroga temporada no Teatro de Contêiner após sucesso das primeiras apresentações. Espetáculo transforma tragédia de Nelson Rodrigues em uma distopia para discutir as hipocrisias brasileiras e o avanço da extrema direita. Foto: Jennifer Glass


O premiado diretor Nelson Baskerville parte de uma das famosas tragédias cariocas de Nelson Rodrigues (1912-1980) para criar um espelho cruel das hipocrisias brasileiras na distopia "Otto Lara Resende ou Bonitinha, Mas Ordinária ou no Brasil Todo Mundo é Peixoto". O espetáculo ganha uma nova temporada no Teatro de Contêiner, entre os dias 4 a 18 de maio.

No elenco, estão Alana Fagundes, Alessandra Rabelo, Camila Brandão, Davi Parizotti, Deborah Kövesi, Donato Caranassios, Filipe Barral, Gui De Rose, Isa Scoralick, João Rodriguez, Júlia Castanheiro, Lauro Fagundes, Leonardo Van der Neut, Lia Bennatti, Luciana Marcon, Marcio Araujo, Maria Estela Modena, Naiara de Castro, Nelson Fioque e Sabrina Larisse.

Em um cenário sufocante de pneus e borracha, a peça acompanha Edgard, um homem marcado pela miséria apesar de anos de dedicação ao patrão Werneck. Ele recebe do chefe uma proposta tentadora: casar-se com Maria Cecília, jovem rica e "bonitinha" , mas envolta em um passado controverso. O dilema entre dinheiro e moralidade o arrasta por um universo de desejos reprimidos, traições e valores distorcidos.

A encenação expõe as principais hipocrisias da sociedade brasileira, intensificadas pelo recente avanço da extrema direita no país, que ficou camuflada durante muitos anos. E, para representar essa sociedade corrompida pelo poder e pela aparência, aparecem em cena figuras mascaradas com sacolas plásticas de supermercado e vestidas com figurinos manchados por lama. A trilha sonora do espetáculo, executada ao vivo, mescla sucessos de Astor Piazzolla (Vuelvo al Sur e Adios Nonino) com uma variada lista de músicas brasileiras, que vão de Roberto Carlos a José Augusto. Elas embalam as desventuras de Edgard que, por uma situação de miserabilidade, vê-se na encruzilhada entre tornar-se um “próspero” milionário ou honrar a educação e ética transmitida por seu pai.

Sobre Nelson Baskerville
Ator, diretor e autor teatral, além de artista plástico, Nelson Baskerville nasceu em Santos em 1961. Ele recebeu importantes prêmios da cena teatral brasileira, como o Shell 2011 de melhor diretor por “Luis Antonio-Gabriela”, além do APCA de 2011 de melhores espetáculo, o júri popular do Prêmio Governador do Estado e o CPT de melhor diretor e melhor conjunto, pelo mesmo espetáculo. 

Também foi indicado ao Prêmio Shell 2017 pela direção de Eigengrau de Penelope Skinner; ao Prêmio Shell 2013, por seu trabalho de direção e iluminação em “As Estrelas Cadentes do Meu Céu são feitas de Bombas do Inimigo” com a cia Provisório-Definitivo; e o Prêmio Shell 2018 de melhor direção por “Os 3 Mundos” de Fabio Ba e Gabriel Moon no Teatro Popular do Sesi.

Diretor-fundador da AntiKatártiKa Teatral (AKK) dirigiu em 2005, “Camino Real” de Tennessee Williams e “17 X Nelson – o Inferno de todos nós”. Dirigiu em 2007 o grupo do Teatro Oficina de Portugal na peça “Dublin Carol” (Cântico de Natal), de Conor McPherson, na cidade de Guimarães. Formado pela EAD (Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo) em 1983 e graduado em Licenciatura em Teatro pela Uni-Ítalo, Nelson trabalhou como ator e assistente de direção de Fauzi Arap durante os anos de 1980, quando integrou a premiada montagem de "Uma lição longe demais" , de Zeno Wilde. Trabalhou no grupo TAPA entre 1989 e 1991 nos espetáculos "A Megera Domada" , "Solness, o Construtor" e "Senhor de Porqueiral ". 

Foi também integrante do "Núcleo dos Dez de Dramaturgia" , coordenado por Luis Alberto de Abreu. Foi professor do Teatro Escola Célia-Helena durante 20 anos. Em 2008, adaptou e dirigiu “Por que a Criança cozinha na Polenta” de Agaja Veteranyi, (20 prêmios em 12 festivais pelo Brasil incluindo melhor direção, adaptação e trilha sonora). Adaptou e dirigiu com sua companhia AntiKatártiKa Teatral (AKK), “A Vida”, “1Gaivota – É Impossível Viver sem Teatro” – de Tchekhov e “A Geladeira” de Copi. Na televisão atuou na minissérie “Maysa” e nas novelas “Viver a Vida” e “Em Família”, todas de Manoel Carlos com direção de Jayme Monjardim. Atuou também nas séries “O Negócio” da HBO, “Carcereiros” de Eduardo Belmonte, “Onde está meu coração” para a Rede Globo, “Coisa Mais Linda” e “Sintonia” da Netflix assim como nos longas-metragens “Doutor Gama” de Jefferson D, “Papai é Pop” de Caito Ortiz e “Madame Durocher” de Andradina Azevedo e Dida Andrade.


Sinopse de "Otto Lara Resende ou Bonitinha, Mas Ordinária ou no Brasil Todo Mundo é Peixoto"
A distopia criada por Nelson Baskerville a partir da tragédia carioca de Nelson Rodrigues ressurge como um espelho cruel das hipocrisias brasileiras, amplificadas pelo recente avanço da extrema direita. Edgard, um homem marcado pela miséria apesar de anos de dedicação ao patrão Werneck, recebe uma proposta tentadora: casar-se com Maria Cecília, jovem rica e "bonitinha" , mas envolta em um passado controverso. O dilema entre dinheiro e moralidade o arrasta por um universo de desejos reprimidos, traições e valores distorcidos.

Ficha técnica
Espetáculo "Otto Lara Resende ou Bonitinha, Mas Ordinária ou no Brasil Todo Mundo é Peixoto".
Texto: Nelson Rodrigues.
Direção e encenação: Nelson Baskerville
Assistência de direção: Brunna Martins
Elenco: Alana Fagundes, Alessandra Rabelo, Camila Brandão, Davi Parizotti, Deborah Kövesi, Donato Caranassios, Filipe Barral, Gui De Rose, Isa Scoralick, João Rodriguez, Júlia Castanheiro, Lauro Fagundes, Leonardo Van der Neut, Lia Bennatti, Luciana Marcon, Marcio Araujo, Maria Estela Modena, Naiara de Castro, Nelson Fioque e Sabrina Larisse.
Desenho da coreografia: Fernando Fecchio
Cenografia: Nelson Baskerville
Figurino: Davi Parizotti
Assistentes de figurino: Patrícia de Simone e Alex Andrade
Costureira: Claudia Moreno
Iluminação: Alê Passos
Sonoplastia/música ao vivo: Filipe Barral
Operador de som: Alê Passos
Mídias sociais: Déborah Kovezi
Fotos: Jennifer Glass
Produção: Ocanga Produções e Inbox Cultural


Serviço
Espetáculo "Otto Lara Resende ou Bonitinha, Mas Ordinária ou no Brasil Todo Mundo é Peixoto", com texto e direção de Nelson Baskerville
@bonitinhamasordinariasp
Temporada: 4 a 18 de maio, às sextas e aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 18h
Teatro de Contêiner Mungunzá - Rua dos Gusmões, 43, Santa Ifigênia
Ingressos: R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia-entrada)
Venda on-line neste link.
Gênero: Drama
Classificação indicativa: 18 anos
Duração: 110 minutos



.: Leonardo Miggiorin em cartaz em São Paulo com a peça "Não Se Mate"


Leonardo Miggiorin mescla humor, Carlos Drummond de Andrade e ficção científica em espetáculo inédito de Giovani Tozi. Inspirada no poema homônimo de Carlos Drummond de Andrade, "Não Se Mate" está em cartaz no Teatro Itália com participação especial de Luiz Damasceno e Caio Paduan. Foto: Priscila Prade


Carlos Drummond de Andrade é um dos mais importantes autores brasileiros e um grande colaborador para a vanguarda modernista que revolucionou a literatura no Brasil. Equilibrar a fluência entre o erudito e o popular é o primeiro desafio de Leonardo Miggiorin em "Não Se Mate",  em cartaz no Teatro Itália, com sessões de sábado a terça-feira, às 20h00. No espetáculo, que marca a estreia do ator, diretor e produtor Giovani Tozi como dramaturgo, Miggiorin busca alinhar a frequência dos poemas de Drummond à dramaturgia humorada e futurista de Tozi.

A montagem teve sua estreia nacional com apresentações esgotadas no CCBB Rio de Janeiro, fez temporada no CCBB Belo Horizonte e foi convidada para a abertura da Semana Drummondiana em Itabira, Minas Gerais, cidade natal do poeta. O título é inspirado no poema homônimo de Carlos Drummond de Andrade, lançado em 1962 como parte da "Antologia Poética" organizada pelo próprio autor. A narrativa também incorpora outros poemas icônicos de Drummond, como "Poema das Sete Faces", "E agora José" e "Uma Pedra", entrelaçando-os com a história.

O autor conta que os poemas foram sendo incorporados ao texto de forma muito natural. "Tentei fazer com que minha vontade pessoal não se sobressaísse ao que a obra me pedia. Dessa forma, procurei escutar o personagem e, mesmo sendo muito fã dos poemas de Drummond, me contive ao que era indispensável na condução da história”Outros dois elementos norteiam o texto escrito por Tozi: a noção de causalidade, levantando questões sobre livre-arbítrio, determinismo e a natureza da realidade; e as viagens no tempo, trazendo a hipótese de mudar passado e futuro mutuamente, criando uma rede intrincada de causalidade circular onde tudo está conectado.


Psicologia e teatro
Na história, Leonardo Miggiorin interpreta Carlos, um artista plástico que atravessa um momento complexo de perdas que afetam diretamente seu equilíbrio emocional. Apesar do tom humorado, em que o personagem ainda consegue rir de si mesmo, o texto propõe um mergulho psicológico e traz à tona o drama dos jovens que, por não enxergarem razões para viver, decidem tirar a própria vida. 

A abordagem psicológica do texto ganha força graças ao entendimento e à intimidade de Miggiorin com o tema, já que ele é formado em psicologia. Atualmente, Miggiorin concilia a carreira de ator com atendimentos clínicos e, durante a pandemia, realizou uma pós-graduação em psicodrama.

Sobre esse interesse, o ator comenta: "Sempre quis estudar psicologia antes mesmo de pensar em ser ator. Mas a carreira na atuação surgiu de surpresa e deu certo, então aproveitei ao máximo, pois é algo que amo e me realiza muito. Neste momento da minha vida, a psicologia está a serviço da arte”. "Não Se Mate" tem suas origens nos tempos de pandemia, quando foi lançada uma primeira versão. Leonardo Miggiorin divide a cena, de forma virtual, com o veterano Luiz Damasceno, que completou 80 anos em 2021. Consagrado nos palcos, Damasceno interpreta José, um homem misterioso que começa a enviar mensagens para o celular de Carlos.


Parceria com Damasceno
Damasceno e Tozi já são parceiros de trabalho há tempos. Em 2009, estrearam como pai e filho em "O Colecionador de Crepúsculos", de Vladimir Capella; interpretaram o mesmo homem em diferentes idades em "Pergunte ao Tempo", de Otavio Martins; foram dirigidos por Jô Soares, lutando em lados opostos em "Tróilo e Créssida", de William Shakespeare; e participaram juntos de várias outras produções.

Sobre a parceria, Tozi comenta: "Os trabalhos de teatro que mais me fizeram feliz sempre têm a participação do Damasceno. Eu brinco que ele é meu pai teatral, porque aprendo tudo com ele. Nunca pensei que um dia eu fosse dirigi-lo, e agora que aconteceu, percebo que os grandes atores, além dos recursos técnicos e do talento nato, possuem uma generosidade imensa e um respeito absoluto em transmitir o essencial deste ofício". Tozi, que além de uma sólida carreira como ator, neste trabalho idealiza, produz, dirige e agora assina a dramaturgia: não vê fronteira entre um ofício e outro. “Sei que sou um homem de teatro e que no teatro e do teatro quero viver. Enquanto os deuses me permitirem fazer tantas coisas, me oferecendo oportunidades e saúde, vou aproveitar. Como bem disse Drummond: 'Hoje beija, amanhã não beija, depois de amanhã é domingo e segunda-feira ninguém sabe o que será’".


Sinopse  curta
Uma pedra no meio do caminho pode ser um problema que imobiliza ou apenas um motivo de desvio por uma rota surpreendente. Carlos enfrenta um momento complicado de perdas e não consegue se livrar da sensação e imobilidade. Não se sente motivado pra nada. A partida da mãe, o término com a namorada e a dispensa do trabalho foram gatilhos para um quadro depressivo que quase o fez desistir de tudo. As mensagens inesperadas de um homem misterioso acendem uma nova luz nas perspectivas do jovem e mudam o rumo da história. 

Repercussão da versão digital
"Não Se Mate" teve uma primeira versão virtual que estreou em 2021, atraindo a atenção da imprensa e sendo destaque no caderno de cultura dos principais veículos do país, como O Estado de S.Paulo e O Estado de Minas. O espetáculo foi um sucesso de crítica, recebendo cinco estrelas no Uol com a afirmação: "'Não Se Mate' se destaca como uma das principais obras da temporada". José Cetra, da APCA, observou: "Leonardo Miggiorin interpreta com total entrega e muito talento, regido pelo diretor Giovani Tozi, também autor desse importante espetáculo"

Entre o público especializado, "Não Se Mate" recebeu elogios como: "Uma viagem estética, poética, humana e muito, muito emocionante. Tozi aponta um caminho com esta obra, já antológica”, Marco Antônio Pâmio, ator e diretor teatral. Juca de Oliveira, ator e dramaturgo: "Denso, terrível, engraçado, quase trágico. Adorei o espetáculo, ótimo!”. Jô Soares, ator, diretor, apresentador e humorista: "Excepcionalmente bem feito, uma loucura”.


Ficha técnica
Espetáculo "Não Se Mate". Texto e direção: Giovani Tozi. Com poemas de Carlos Drummond de Andrade. Com Leonardo Miggiorin. Participação especial: Luiz Damasceno e Caio Paduan. Cenário: Duda Arruk. Design de Luz: Rodrigo Pivetti e Cesar Pivetti. Operador de som: Barbara Frazao. Operador de luz: Cesar Pivetti. Diretor de palco: Douglas Fernandes Medrado. Figurino: Fábio Namatame. Trilha Sonora Original: DW Ribatski. Vídeo: Luz Audiovisual. Fotografia: Priscila Prade. Redes Sociais: Gatú Filmes. Assessoria de Imprensa: Fernanda Teixeira e Mauricio Barreira - ArtePlural. Produção Executiva: Thomas Marcondes. Assistente de Produção: Bruno Tozi. Produção e administração financeira: Carlos Gustavo Poggio. Contadora: Andressa Cherione. Produção: Tozi Produções.Idealização: Giovani Tozi.


Serviço
Espetáculo "Não Se Mate"
Estreia: dia 26 de abril,  sábado, às 20h. Temporada: de 26 de abril a 25 de maio. Sessões: de sábado a terça, 20h. Teatro Itália (292 lugares) - Av. Ipiranga, 344 – República/São Paulo. Ingressos: Inteira: R$ 80 |Meia: R$ 40. Vendas na Sympla. Classificação indicativa: 10 anos. Duração: 75 minutos.

quarta-feira, 30 de abril de 2025

.: Míriam Leitão é eleita como imortal da Academia Brasileira de Letras

Míriam Leitão | Créditos: Rafaela Cassiano

A jornalista e escritora Míriam Leitão foi escolhida nesta quarta-feira (30/04) como a mais nova imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL). Autora de seis livros publicados pela Intrínseca, Míriam passa a fazer parte do grupo de cinco mulheres que integram a atual formação da prestigiosa instituição, onde ocupará a cadeira sete, vazia desde o falecimento do diretor e roteirista Cacá Diegues, em fevereiro de 2025. 

Com uma extensa e renomada carreira no jornalismo, Míriam também encontrou sucesso na literatura ao vencer em 2012 o Prêmio Jabuti de Não Ficção por Saga brasileira. No ano passado, recebeu o Troféu Juca Pato de Intelectual do Ano, entregue pela União Brasileira dos Escritores. O trabalho jornalístico que a tornou conhecida nacionalmente pode ser constatado em obras essenciais como o livro-reportagem Amazônia na encruzilhada, publicado em 2023. Míriam transita por diferentes gêneros e temáticas, explorando assuntos relevantes de forma sensível e baseada em extensas pesquisas. Seu primeiro romance, Tempos extremos — que ganhou edição comemorativa de dez anos em 2024 —, é um exemplo da potência de sua prosa e de sua inigualável capacidade de emocionar o público e levantar debates necessários. 

Míriam Leitão nasceu em Caratinga (MG). É jornalista de TV, rádio, jornal e mídia digital. Em cinquenta anos de profissão, recebeu diversos prêmios, entre eles o Maria Moors Cabot, da Universidade Columbia de Nova York. Como escritora, ganhou o Jabuti de Livro do Ano de Não Ficção em 2012 por Saga brasileira. Também pela Intrínseca publicou História do futuro: o horizonte do Brasil no século XXI (2015), A verdade é teimosa (2017), a coletânea de crônicas Refúgio no sábado (2018), com a qual foi finalista do Jabuti, A democracia na armadilha (2021) e "Amazônia na encruzilhada"(2023).


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