sexta-feira, 10 de setembro de 2021

.: Chris Standring recria clássicos no CD "Wonderful World"


Por
 Luiz Gomes Otero, jornalista e crítico musical.

Guitarrista, compositor e arranjador, Chris Standring é um dos artistas mais prolíficos e bem-sucedidos da cena do jazz contemporâneo. Com 13 singles no Top 10 da Billboard e 6 singles que alcançaram o primeiro lugar na parada, agora lança "Wonderful World", seu 14º álbum solo, um excelente projeto com releituras de clássicos, que é totalmente diferente de tudo que ele já fez antes.

Ao contrário de todos os seus outros projetos, ele compôs apenas uma das músicas do álbum e concentrou-se em colocar seu próprio toque exclusivo nas músicas do chamado "Great American Songbook", com canções consagradas dos anos 30, 40 e 50. E ainda encontrou espaço para incluir How Insensitive (Insensatez), do nosso maestro soberano Tom Jobim.

O álbum também conta com uma orquestra de 19 músicos, algo que ele sempre quis fazer. Standring explica que escolheu essas músicas porque também poderiam ser arranjadas para uma orquestra completa ou um trio. “Acho que há algo mágico no som de uma guitarra e uma orquestra tocando juntas, mas nem sempre estarei em situações em que seja possível usar uma orquestra. Portanto, os arranjos tinham que ser flexíveis o suficiente para funcionar em um ambiente de trio”, complementou.

Standring se propôs a fazer um álbum de música que fosse reduzido à sua essência. Ele não estava interessado em pirotecnia que mostrasse seus talentos consideráveis. Em vez disso, ele preferiu mostrar arranjos de trio aberto e orquestrações que soariam nostálgicas, mas atualizadas com uma sensibilidade contemporânea.

O resultado, como era de se esperar, ficou acima da média. Ouvir How Insensitive com um discreto arranjo de cordas ao fundo deu um tom nostálgico na medida certa. E a versão da clássica Night and Day, de Cole Porter, ficou excelente, assim como Alfie (de Burt Bacharach) e Autumn In New York.

Como solista, Standring apresenta várias influências, passando por Wes Montgomery e Joe Pass, entre outros. Seu toque característico é facilmente reconhecido pelo ouvinte. Randy Brecker, Kathrin Shorr (que canta What a Wonderful World, única faixa com vocal), Peter Erskine, Harvey Mason, David Karasony, Chuck Berghofer, Darek Oles, Geoff Gascoyne complementam o grupo responsável pelo acompanhamento.

"Wonderful World" é aquele tipo de disco que merece ser ouvido apreciando-se faixa a faixa. E de preferência com um bom e providencial copo de vinho.

"What a Wonderful World"

 
"Night and Day"

"How Insensitive"


.: Tudum: os dez anos da Netflix em retrospectiva e curiosidades incríveis


Um aniversário tão importante como esse merece uma retrospectiva daquelas, não é mesmo? Desde setembro de 2011, quando a Netflix chegou ao país, muito mudou no cenário do streaming, mas algo permanece o mesmo: a paixão do brasileiro por grandes histórias e o amor dos fãs pelos títulos. Juntamos dez curiosidades sobre fãs brasileiros nessa última década que você precisa saber.


1. O Brasil dominou a arte de maratonar logo de cara. Séries como "Sense8", "Narcos" e "Breaking Bad" foram os primeiros a serem devorados de uma só vez¹.


2. Feriado é sinônimo de Netflix: o Dia do Trabalho e Tiradentes² estão entre as datas com mais horas assistidas no país nos últimos 10 anos.


3. O público ama uma produção nacional e sempre responde "sim" quando a mensagem "Tem Alguém Assistindo?" aparece: "Tudo Bem no Natal que Vem", "Bom Dia, Verônica" e "Cidade Invisível" foram os títulos brasileiros que ficaram mais tempo no Top 10 do país.


4. E quando não estavam vendo Mais Brasil na Tela, estavam viajando o mundo através de "Desejo Sombrio", "Lupin" e "Toy Boy"³;


5. Quando não estavam assistindo, os brasileiros estavam tweetando: o Brasil tem a base de fãs mais ativa de toda América Latina no Twitter, além do perfil com o maior número de seguidores no mundo4.


6. Não podiam faltar "Stranger Things", "O Mundo Sombrio de Sabrina" e "Outer Banks", que dividem o pódio entre as séries mais comentadas nas redes sociais5;


7. Spoilers? Temos! Os fãs brasileiros costumam falar sobre eles em média duas vezes mais que o resto da América Latina6! Quem aí se lembra da "Loira do Spoiler"?


8. Quando não estavam dando spoilers (ou evitando), os fãs estavam pedindo. "Quero" foi a palavra mais popular da década entre os fãs brasileiros7… ou melhor: "Quero na minha mesa agora".


9. Sabia que os brasileiros são especialistas em criar fã clubes e páginas dos títulos nas redes sociais? Elas são as mais seguidas (e mais numerosas) de toda a América Latina8. Tem uma favorita? Não se esqueça de participar da Batalha Tudum de Fandoms.


10. Para encerrar com chave de ouro: na última década o mundo se tornou fã do Brasil. Modo Avião e Pai em Dobro foram os dois títulos que apareceram mais nos Top 10 ao redor do mundo, em pelo menos 50 países! É Mais Brasil na Tela e no Mundo.


¹As primeiras séries mais maratonadas por quem assinou a Netflix entre outubro de 2012 e outubro de 2017. É considerado maratona quando uma pessoa completa a série em menos de sete dias.

²Com base na média diária de horas assistidas.

³Três títulos estrangeiros (tirando USA) que passaram mais tempo no Top 10 do Brasil.

4Com base na atividade no Twitter entre 2012 e 2020.

5Com base na atividade no Twitter entre 2012 e 2020. 

6Com base na atividade no Twitter entre 2012 e 2020.

7Com base na atividade no Twitter entre 2012 e 2020.

8Com base na atividade no Twitter entre 2012 e 2020.


Sobre a Netflix:
A Netflix é o principal serviço de entretenimento por streaming do mundo. São 209 milhões de assinaturas pagas em mais de 190 países com acesso a séries, documentários e filmes de diversos gêneros e idiomas. Quem assina a Netflix pode assistir a quantos filmes e séries quiser, quando e onde quiser, em praticamente qualquer tela com conexão à internet. Assinantes podem assistir, pausar e voltar a assistir a um título sem comerciais e sem compromisso.



.: Se não estivesse em "A Fazenda 13", Bil Araujjo apresentaria o "BBB 22"


Por 
Helder Moraes Miranda, editor do Resenhando.

Corre à boca pequena que, se Bil Araujjo não estivesse confinado em "A Fazenda 13" seria ele o sucessor natural de Tiago Leifert, que anunciou a saída da Globo logo após o término do "The Voice", em novembro. Quanto a Tiago, uma saída honrosa da emissora seria com o fim da "Super Dança dos Famosos", mas... sabe-se que existem profissionais que vestem mesmo a camisa de uma empresa. Ou talvez Leifert esteja precisando de novos ares, como ir para a CNN que, dizem, não tem os cachês tão polpudos como na época em que foi lançada no Brasil.

Será que os dois jotas no sobrenome de Bill é obra da numerologia ou ele quis transformar um Araujo comum em nome artístico? O que importa é que o rapaz é um exemplo de superação, já que Bil encara o terceiro reality de 2021. Em tempos de crise, com a gasolina chegando a R$ 7 em alguns estados brasileiros e o quilo de arroz cujo valor está pela hora da morte é preciso afirmar: ele é um sábio. 

Logo, dentro do confinamento, Bil, além de não gastar com a alimentação, também não precisará ficar sabendo das bobajadas que alguns políticos e seus amiguinhos andam espalhando por aí. E, se tudo der certo, morará "na faixa" pelo menos por três meses - e não importa a que preço essa moradia saia, tendo em vista que ele, como uma das "lendas" do celeiro, terá de conviver. 

À primeira vista, não é muito difícil deduzir que as pessoas a que ele terá de conviver são de difícil convivência. Nada que alguém que trocou beijos com Karol Conká no início do ano não enfrente com os pés nas costas, diga-se de passagem. Enquanto o reality não começa, o esporte favorito de alguns fanfiqueiros de plantão é shippá-lo com algumas das famosas já confirmadas. 

Seria o ship do momento #Billeide, #Billrraco ou #Billiziane? Se bem que #Bemmily pode ser uma bomba com radiotividade estratosférica. Talvez depois ele queira fugir para os braços da Mamacita Patombá. E, se fizermos as contas direitinho, é possível concluir que, somando o tempo de todas as participações, no "Big Brother" e no "No Limite", mais o que se espera que ele renda na "Fazenda", talvez ele ultrapasse a marca de um mês de confinamento.




.: O mundo pós pandemia é tema da 4ª edição da Cátedra Barão do Rio Branco


Promovido pela U:Verse - Centro Universitário, evento acontece de forma online e totalmente gratuita, de 20 a 24 de setembro. Imagem de um dos encontros da Cátedra de 2020. Luiz Carlos Beduschi (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, FAO), Nicolò Giangrande, Juliana Gargiulo (FAO), André Luiz Costa Corrêa

Organizada pelo Reitor da U:Verse, Prof. Dr. André Luiz Costa Corrêa e pelo Diretor da Cátedra Barão do Rio Branco, Prof. Dr. Nicolò Giangrande, a Cátedra deste ano traz dois eventos em um. A primeira parte é no formato de Winter School, com aulas ministradas por Mestres e Doutores internacionais. Depois dessas aulas, a Cátedra oferece uma segunda fase em formato de Conferência com palestrantes de renome internacional.

A Cátedra é uma ponte que liga o conhecimento teórico à prática e une a U:Verse com instituições acadêmicas estrangeiras e organizações internacionais. É um fórum anual de discussões sobre as relações econômicas e políticas internacionais, que começou no Acre (onde fica a U:Verse) de forma presencial. Com a pandemia do novo Coronavírus, migrou para o online,ganhou o mundo e hoje está se transformando em um dos principais eventos para discutir os maiores eixos das relações internacionais. Ao final do evento os participantes recebem um certificado do curso.

Com cinco temas centrais sobre o mundo pós-pandemia, a Cátedra de 2021 traz docentes e palestrantes de destaque no cenário acadêmico e político nacional e internacional. São eles: Prof. Dr. Michele Carducci (Universidade do Salento, Itália), Eng. José Manuel Ferreira Fernandes (Deputado europeu e Presidente da Delegação do Parlamento Europeu para as relações com a República Federativa do Brasil), Prof. Fernando Iglesias (Deputado argentino e Presidente da Comissão Mercosul da Câmara dos Deputados da República Argentina), Dr. Marco Brunitto (diretor da LIDE Itália), Dr.a Francesca Tortorella, Ma. Antonella Maia Perini, Ma. Melisa Tatiana Slep, Prof. Dr. Andrea Califano, Prof. Dr. Roberto Lampa, Prof.a Dr.a Maria Cláudia S. Antunes de Souza (Universidade do Vale do Itajaí, UNIVALI), Prof.a Dr.a Danielle Anne Pamplona (Pontifícia Universidade Católica do Paraná, PUC-PR) e Me. Germán Zarama (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, OCDE).

Sempre com introdução e moderação do Professor Doutor Nicolò Giangrande, Diretor da Cátedra Barão do Rio Branco da U:VERSE, economista italiano, Doutor europeu em Economia Política pela Universidade do Salento (Itália) com sanduíche na Universidade de Cambridge (Reino Unido), os cinco temas centrais que perpassam esses cinco dias de Cátedra são: 

  • Os desafios macroeconômicos no pós-Covid. 
  • Como repensar os dados, as políticas públicas e a cooperação. 
  • O federalismo, a integração regional e o desenvolvimento sustentável   na encruzilhada da pós-pandemia.
  • O papel da justiça climática no pós-pandemia.
  • As relações entre Brasil, Mercosul e União Europeia no pós-pandemia.

O diretor da Cátedra, Nicolò Giangrande comenta a importância de se fazer um encontro como este no momento pelo qual o mundo está passando,“A Cátedra Barão do Rio Branco é um programa internacional e interdisciplinar da U:Verse aberto a todos que permite discutir, refletir e entender a complexidade extraordinária do mundo atual. Nesta quarta edição, o objetivo é repensar o mundo pós-pandêmico levando em conta as crises que a pandemia explicitou”.

“A internacionalização da didatica e da pesquisa é uma prioridade estrategica da U:Verse. A Cátedra Barão do Rio Branco é um evento acadêmico de alto nível internacional que organizamos anualmente e que surge em um período no qual precisamos extrapolar as fronteiras e estreitar as relações internacionais", completa o Reitor da U:Verse, André Luiz Costa Corrêa.

O evento acontece online de 20 a 24 de setembro, das 12h às 14h (horário de Brasília). As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site: bit.ly/Catedra2021 Mais informações e programação completa pelo site: https://catedra.uverse.com.vc/



quinta-feira, 9 de setembro de 2021

.: Tati Quebra-Fazenda: a mulher que irá unir o Brasil e outros seis de "A Fazenda"

Por Helder Moraes Miranda, editor do Resenhando.

Em um Brasil polarizado por times de futebol, religiões e política, somente ela, uma mulher com a intensidade de uma dinamite, conseguirá unir os coraçõezinhos dos brasileiros. Essa façanha, por incrível que pareça, irá acontecer a partir de uma emissora declaradamente bolsonarista! Tati Quebra-Barraco, ou melhor, como ela se autointitula agora: Tati Quebra-Fazenda! 

Uma mulher capaz de aglomerar paixões de ame-a ou deixe-a, a indiferença passa longe dela, que deu uma repaginada no lookinho para ficar gata no reality. Certa ela, que tem tudo para ser uma ilustre participante que promete, até o final do ano, puro suco de entretenimento. 

Há no elenco sete participantes que parecem ter saído do filme de Quentin Tarantino - "Os Sete Odiados", lembra? Por coisas que fizeram fora do confinamento e querem uma narrativa de redenção à la Biel - mulheres, esqueçam, a Record dá o benefício da dúvida apenas aos homens - ou você se lembra de alguém do sexo feminino que fez algo controverso fora do confinamento e não foi eliminada rapidinho?

Na verdade, são seis odiados por atitudes de fora e um que é detestado por não ter feito absolutamente nada. Este é Arcrebiano, que não marcou presença enquanto esteve confinado em dois realities da Globo e agora é promessa de ser uma planta em mais um, ou pelo menos estar na galeria dos primeiros eliminados no panteão dos reality shows.

No elenco, também estão confirmados Victor Pecoraro - ex-"As Aventuras de Poliana", Mussunzinho, o Mussum Júnior, Liziane Gutierrez, aquela que ficou famosa por desacatar policiais em uma festinha clandestina durante a pandemia, Nego do Borel, ex-best friend da "Anira", Mileide Mihaile, ex do Safadão. Um elenco promissor, só faltaram as musas do "Barraco no Leblon" mas, quem sabe, elas estão entre os outros 14 a serem divulgados. Sonhar não custa nada e, sendo assim, Tati Quebra-Fazenda tem a missão de pacificar o país.


.: O bufê de sangue de "American Horror Story: Double Feature"


Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em setembro de 2021

No quarto episódio de "American Horror Story: Double Feature", intitulado "Blood Buffet", o público vai direto ao passado, há cinco anos, no mês de outubro, quando The Chemist (Angelica Ross) chega a Provincetown e negocia com o fã das cores, Holden Vaughn (Denis O´hare), uma casa. Afinal, o ambiente dali é calmo. O bisbilhoteiro faz perguntas necessárias para que o público entenda mais da personagem com poder de mudar a trama. Assim, temos The Chemist na cidade dos vampiros artistas.

 
Identificando-se como química biológica, The Chemist aborda Mickey (Macaulay Culkin) e o leva até a casa dela. Por quê? O objetivo é descobrir o nível de ambição do rapaz. Para tanto, quer saber de sonhos, não os que temos ao dormir, mas os de vida. Assim, os dois estabelecem um acordo com remuneração. Mickey fica responsável por levar artistas até a mulher das misturas.


Em tempo, a aparição de Tuberculosis Karen (Sarah Paulson) é rápida, mas fortalece a amizade dela com Mickey, como quem divide o consumo de drogasTambém pudera, ontem Sarah brilhou no episódio de estreia de "American Crime Story: Impeachment", tão irreconhecível quanto no visual de drogada.

Um cantor do bar "Muse" vira alvo de Mickey. Logo, temos a primeira vítima do experimento. Antes uma nova música entra para a trilha sonora da série: "Don´t Go Change Me", de Billy Joel. Nessa volta ao passado,  a história de uma grande figura dessa décima temporada, Belle Noir (Frances Conroy), é apresentada. 



Sem sucesso, vende somente um livro, ainda que a escritora tenha feito uma linda leitura interpretativa de um capítulo de "Martha´s Cherry Tree", para uns gatos pingados. No finalzinho do evento, The Chemist se apresenta e vê potencial no talento de Belle. Já o marido, sem fazer sexo como ela há dois anos, humilha, apenas a esposa do modo mais cruel possível, incluindo a produção escrita. 

Para afogar as mágoas, Belle chega ao "Muse', desabafa com Mickey e é possuída pelo ritmo que não é o ragatanga. Drogada, dança como se estivesse em outra dimensão. Até querer mais e ter em mãos a pílula que exterioriza talentos. E acontece a mágica Com Belle Noir, a ponto de escrever um livro de uma só vez. Como não amar Frances Conroy nessa sequência?! Missão impossível! 


Como todo objeto de estudo, Bella que se destaca, tem um atendimento diferenciado do primeiro experimento. Por outro lado, as coisas fogem do controle por conta da intensa sede por sangue. "Abandonado" e proibido de voltar a falar com The Chemist, o ex-cantor do "Muse", a primeira vítima da química, ataca moradores e faz jus ao nome do episódio. 



E como sempre dá para melhorar, na tela surge Austin Sommers (Evan Peters) de drag queen, cantando "Magic Man", da clássica banda Heart. Contudo, uma participação especialíssima é a da drag queen Eureka. Como não amar a junção de RuPaul´s Drag Race e American Horror Story?! OK. Em "RuPaul´s Drag Race: All Stars 6", foi feita uma paródia de AHS. Mas ver uma drag como Eureka numa história de horror é de deixar qualquer fã dos dois programas pra lá de empolgado. Sensacional!



Em meio a drag queens, descobrimos que foi Belle quem iniciou Austin na pílula do talento. Nele, o efeito é praticamente automático, assim como a sede. Eis que num momento "Rocky Horror Picture Show", Austin de corpete, meia-calça e botas enormes, persegue Eureka, mas o desfecho é de fazer o queixo cair por ser pra lá de inesperado. Que venha o quinto episódio logo, please!!


Seriado: American Horror Story
Temporada: 10
Episódio 4: "Blood Buffet"
Exibido em: 8 de setembro de 2021, EUA.
Elenco: Sarah Paulson (Tuberculosis Karen), Evan Peters (Austin Sommers), Lily Rabe (Doris Gardner), Finn Wittrock (Harry Gardner), Frances Conroy (Belle Noir),  Billie Lourd (Lark), Leslie Grossman (Ursula), Adina Porter (Chefe Burleson), Angelica Ross (The Chemist), Macaulay Culkin (Mickey), Ryan Kiera Armstrong (Alma Gardner)


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do www.photonovelas.com.br. Twitter:@maryellenfsm





.: "Upstate" acrescenta uma dose a mais de humanidade aos dramas familiares


Por 
Helder Moraes Miranda, editor do Resenhando.

Escrever um romance deve ter uma dose a mais de exposição para o crítico literário James Wood, autor do emblemático livro "Upstate", lançado recentemente no Brasil pela SESI-SP Editora. Qualquer deslize ou passo em falso pode ser um atrativo para as críticas mais contundentes. Em um livro fala sobre relações familiares em rota de colisão, o risco é ainda maior.

Felizmente, não é o que acontece em "Upstate", e a diferença está na sutileza do texto e dos detalhes que permeiam a obra. Não se sabe se o livro é tão bom porque Wood, entre os mais influentes críticos da língua inglesa, sabe as técnicas para encantar, emocionar e prender o leitor, ou se o autor é realmente este poço de sensibilidade que emana em cada uma das 248 páginas que saltam aos olhos dos leitores. 

A impressão é que James Wood uma mistura alguém que sabe todas as técnicas, mas tem um diferencial: tem sensibilidade e talento - sem essas características, não adiantaria nada ter todas as técnicas disponíveis. Mas não é só isso. O autor dos livros "A Coisa Mais Próxima da Vida" e "Como Funciona a Ficção" acrescenta em "Upstate" uma dose a mais de humanidade aos dramas familiares. É por isso que os personagens são tão profundos e críveis. 

Há um drama famliliar e um clima de tensão que ronda as histórias e o inconsciente de cada personagem, mas existe, também, uma catarse que faz com que o leitor, que torce para que a bomba exploda e os conflitos apareçam, passe a se identificar e queira colocar a própria vida em pratos limpos. 

Longe de ser um livro de autoajuda, "Upstate" conduz o leitor a uma jornada interna e paralela aos conflitos do livro. Enquanto lê, é possível questionar dúvidas existenciais e rir de si mesmo, já que o livro não é um dramalhão - mas uma espécie de catalisador de mudanças. Há uma maneira fácil de viver a vida? Por que não vivê-la, então? Há dramas que são desnecessários ou é preciso vivê-los com toda a intensidade possível? Quando a tristeza em doses cavalares torna as pessoas insuportáveis?

O livro gira em torno do investidor imobiliário bem-sucedido Allan Querry que, já em idade avançada, precisa enfrentar uma crise familiar em uma viagem com as filhas ao longo de seis dias. Confinados em um mesmo espaço, eles precisam se enfrentar. Nada é o que parece, pois há diversas camadas entre o personagem principal e as filhas Vanessa, uma filósofa com depressão desde a adolescência, e Helen, executiva de uma gravadora. Apesar de bem-sucedidas, as irmãs nunca se recuperaram do divórcio amargo dos pais e da morte precoce da mãe. Mais do que um romance, "Upstate" é um livro para aqueles que precisam enfrentar questões e resolver as próprias dores para seguir em frente. 

Você pode comprar o livro "Upstate", de James Wood, publicado pela SESI-SP Editora, neste link.

Ficha técnica
Livro: "Upstate" | Autor: James Wood | Tradutor: Leonardo Fróes | Editora: SESI-SP Editora | 
Páginas: 248 | Formato: 14 x 21 cm | Link na Amazon: https://amzn.to/2Vk4WpW

.: Crítica: "Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis”, novo filme Marvel

Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em setembro de 2021


"Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis" é a história de um herói que poderia ser qualquer um. Tanto é que ganha a simpatia do público com rapidez. Embora retrate a humanidade de um jovem asiático, que trabalha como manobrista e aproveita o mínimo de lazer para curtir a vida em karaokês com a amiga Katy (Awkwafina), a trama inclui um universo fantástico com direito a dragões -um chega a lembrar o do clássico "A História Sem Fim"- e seres fofos, mesmo sem cabeça surgem na telona -algo como em "Animais Fantásticos e Onde Habitam"- que fazem a história acontecer e rendem lindas imagens.

A nova produção do estúdio Marvel apresenta o jovem chinês, Shang-Chi (Simu Liu), criado pelo pai em reclusão, sendo treinado em artes marciais para a grande vingança da família. Ao concretizar o plano, percebe que o pai não é o humanitário que dizia ser. Para tanto, opta manter distância. Daí o fato de ser um rapaz comum, igual a qualquer um.

Contudo, o enredo está enraizado nos desencontros em família, assim como os diferentes pontos de vistas para o fato trágico que pai, filho e filha compartilham. "Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis", é uma linda homenagem à cultura asiática e artes marciais. Embora tenha muita ação, é um longa também pautado no feminino, bem intensificado com sequências importantes tendo a mãe, a irmã e a amiga do herói. 

"Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis" estabelece muitas conexões com o Universo Marvel, algumas claras como a participação de Wong (Benedict Wong). O longa de 2h12m apresenta duas cenas pós-créditos empolgantes que se conectam com o futuro da Marvel. Que venham os novos Vingadores!


Em parceria com o Cineflix Cinemas, o Resenhando.com assiste aos filmes em Santos, no primeiro andar do Miramar Shopping. O Cineclube do Cineflix traz uma série de vantagens, entre elas ir ao cinema com acompanhante quantas vezes quiser - um sonho para qualquer cinéfilo. Além disso, o Cinema traz uma série de projetos, que você pode conferir neste link.


Filme: Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis

Data de lançamento: 2 de setembro de 2021 (Brasil)

Diretor: Destin Cretton

Roteiro: David Callaham; Destin Daniel Cretton; Andrew Lanham

Produção: Kevin Feige; Jonathan Schwartz

Baseado em: Shang-Chi; de Steven Englehart; Jim Starlin

Companhia(s) produtora(s): Marvel Studios

Elenco: Simu Liu, Awkwafina, Meng'er Zhang, Fala Chen, Florian Munteanu, Benedict Wong, Michelle Yeoh, Tony Leung


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do www.photonovelas.com.br. Twitter:@maryellenfsm


Trailer de "Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis"



.: Das tranças da Rapunzel ao black da princesa: os contos de fada de 2021


Os cabelos loiros e lisos dos tradicionais contos de fadas foram substituídos pelos volumosos blacks nos lançamentos da escritora Isabel Cintra. Publicados em janeiro nos EUA e em julho no Brasil, "A Princesa e Espelho""O Pequeno Grande Alfaiate" se destacam quando o objetivo é representar as crianças pretas que nunca se enxergaram nas tradicionais produções do gênero.

Além das mensagens de amor, coragem e perseverança dos clássicos contos de fadas, os protagonistas de "O Pequeno Grande Alfaiate" e "A Princesa e Espelho" se apresentam ao público infantil com um objetivo a mais: representar as crianças pretas que nunca se enxergaram nas produções do gênero. A proposta é da coleção da escritora paulista Isabel Cintra, que vive atualmente em Estocolmo, capital da Suécia.

Publicadas inicialmente em inglês e ilustradas por Zeka Cintra, irmão da autora, as produções exibem rainhas e princesas com seus poderosos blacks e tudo que eles simbolizam. Apesar de estar sutilmente representado nas narrativas, o racismo não é a temática central dos enredos. “Quero que as crianças pretas vejam que também podem ser as rainhas, princesas e protagonistas de qualquer história”, explica a autora.

Em "O Pequeno Grande Alfaiate", o pequeno Akim mostra ao pai Jafar, e também para todos os pequenos leitores, que é preciso muita coragem e otimismo para enfrentar os desafios da vida. Já "A Princesa e Espelho" revela que a beleza está na sua forma mais pura, sem qualquer tipo de padrão: o sentimento amor sempre resistirá, sendo maior que todas as vaidades do mundo.

Isabel lançou seu primeiro livro em 2015 e, até o momento, são sete título publicados, todos com o apoio do talento nato do irmão. Tem participado de produções e eventos que divulgam a literatura em língua portuguesa fora do Brasil, especialmente na Europa, em cidades como Frankfurt, Paris e Londres. Além da coleção de contos de fadas, é autora de "Corvo-Correio", também lançada na Angola.


Sobre a autora
Paulista de São Joaquim da Barra, Isabel Cintra acredita no poder dos livros em mudar pessoas, bem como na importância da representatividade estar presente em sua escrita. É autora de Bem-vindo à cidade, Lisboa, 2016, participou da I Antologia Internacional do Mulherio das Letras – Contos e Poesias, do IV Sarau da Paz – Ausburg, 2018 e, com o conto "Corvo-Correio", esteve entre os premiados do Prêmio Off Flip de Literatura 2017, em Paraty (RJ). Atualmente vive em Estocolmo, Suécia.

Sinopse de "O Pequeno Grande Alfaiate"
Havia uma pequena e humilde aldeia nos arredores do Castelo do poderoso Rei Raidar. Local onde Jafar e o pequeno Akim construíram sua simples casa. A vida era difícil para pai e filho, até que a grande e única oportunidade de suas vidas aparece de repente. Com o coração cheio de esperança, Akim mostrará a seu pai que é preciso muita coragem e otimismo para enfrentar os desafios da vida. Você pode comprar "O Pequeno Grande Alfaiate", escrito por Isabel Cintra, publicado pela editora Underline Publishing, neste link.


Ficha técnica
Livro: "O Pequeno Grande Alfaiate"
Autora: Isabel Cintra
Editora: Underline Publishing
Páginas: 
45 páginas
Formato:  25,5 x 20,25
Link do livro no Amazon: https://amzn.to/3l6gBBI

Sinopse de "A Princesa e o Espelho"
Quando o desejo pela beleza extrema tenta superar o amor e a vaidade torna-se o bem mais precioso, uma fada doce e muito sábia aparece para transformar tudo em harmonia novamente. Um lindo conto de fadas com reis, rainhas, princesas, muita magia, representatividade e tanto a nos ensinar! Você pode comprar "A Princesa e Espelho", escrito por Isabel Cintra, publicado pela editora Underline Publishing, neste link.


Ficha técnica
Livro: "A Princesa e Espelho"
Autora: Isabel Cintra
Editora: Underline Publishing
Páginas: 51 páginas
Formato:  25,5 x 20,25
Link do livro no Amazon: https://amzn.to/3nchSdh

.: "Medley": Roteirista premiada Keka Reis estreia na literatura juvenil


Depois da indicação ao Prêmio Jabuti em 2018 e 2019 com dois livros infantis, a escritora Keka Reis lança pela VR Editora, selo Plataforma21, "Medley ou Os Dias que Aprendi a Voar", livro de estreia na literatura juvenil. A obra é inspirada no primeiro longa-metragem adolescente da roteirista, premiado em festivais estrangeiros como o México Internacional Film Festival e top 10 no Bluecat Screenplay Contest, um dos mais prestigiados concursos de roteiro dos Estados Unidos.


Roteirista premiada Keka Reis , finalista do Jabuti 2018 e 2019, explora amadurecimento infantojuvenil, luto, relacionamentos amorosos e o despertar para a sexualidade em lançamento publicado pelo selo jovem da VR Editora. Depois da indicação ao Prêmio Jabuti em 2018 e 2019 com dois livros infantis, a escritora Keka Reis mergulha em "Medley ou Os Dias que Aprendi a Voar", livro de estreia na literatura juvenil.

A obra é inspirada no primeiro longa-metragem adolescente da roteirista, premiado em festivais estrangeiros como o México Internacional Film Festival e top 10 no Bluecat Screenplay Contest, um dos mais prestigiados concursos de roteiro dos Estados Unidos. Como sugere o título e capa da produção, a protagonista é nadadora.

A presença do esporte na vida da jovem permeia a narrativa para além das piscinas: a atividade é como um grande espelho da subjetividade de Lola e dos desafios que precisa enfrentar durante a fase de transição da infância para a vida adulta. A notícia da morte do pai, por exemplo, recebida sem muita explicação por parte da mãe aos quase quatro anos, mudou para sempre a vida da personagem. 

É na viagem de férias, longe da mãe e do irmão, que a relação de Lola com a vida, e com ela mesma, começa a se transformar. Em Salto Bonito, cidade imaginária que ganhou até um mapa no início do livro, a protagonista se expõe a novas amizades, a primeira paixão e ao despertar para a sexualidade, sempre com a problemática da perda precoce e inexplicada do pai como pano de fundo.

Ambientada no início dos anos 1990 e repleta de referências musicais, literárias e cinematográficas, "Medley ou Os Dias que Aprendi a Voar" retrata o adolescer da protagonista tímida em uma época de conexões estabelecidas presencialmente. Memórias há muito esquecidas e outras partes de uma nova Lola emergem durante as 232 páginas da narrativa.


Sinopse do livro:
Lola é uma menina que não sente nada. Ela se considera um forno autolimpante entupido. Isso, ao menos, é o que ela acha. Mas basta Lola começar a contar sua história e logo percebemos que sente tudo e mais um pouco. Lola é o tipo de garota capaz de entrar numa piscina gelada antes das cinco da manhã para treinar. Ela é campeã de natação. Forte, estoica, disciplinada e cheia de inseguranças.

A beleza dessa história está em acompanhar o desenvolvimento de Lola, dentro e fora da piscina. Um desenvolvimento gradual e alucinante. Sozinha numa cidade do interior, ela faz um mergulho profundo nas lembranças (que não tem) do pai, e no mistério que envolve a morte dele. A verdade é que Lola é uma adolescente de sentimentos represados, mas ao se apaixonar, vai desbravar um oceano de novas emoções.


Sobre a autora:
Keka Reis é escritora, roteirista e dramaturga. Nos anos 1990, escreveu, produziu e dirigiu programas na MTV. Como roteirista, tem colaborado desde 2006 em filmes e inúmeras séries para a TV. Estreou na literatura com "O Dia em que a Minha Vida Mudou por Causa de Um Chocolate Comprado nas Ilhas Maldivas", seguido por "O Dia em que a Minha Vida Mudou por Causa de Um Pneu Furado" em Santa Rita do Passa Quatro", finalistas do Prêmio Jabuti em 2018 e 2019, respectivamente. Seu primeiro livro também virou peça de teatro, eleita a melhor na categoria infantojuvenil em 2019. "Medley ou Os Dias que Aprendi a Voar" surgiu de um roteiro cinematográfico premiado em diversos festivais internacionais.

Você pode comprar o livro "Medley ou Os Dias que Aprendi a Voar", escrito por Keka Reis, publicado pela VR Editora, neste link.


Ficha técnica
Título: "Medley ou Os Dias que Aprendi a Voar" | Autora: Keka Reis | Editora: VR Editora 
- selo Plataforma21º | Páginas: 232 páginas | Formato: 21 x 14 cm. | Link do livro na Amazon: https://amzn.to/2X89pwW.



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