sexta-feira, 8 de outubro de 2021

.: "O Ovo de Ouro" volta em cartaz no Sesc Vila Mariana com Duda Mamberti


O espetáculo "O Ovo de Ouro", com texto de Luccas Papp e direção de Ricardo Grasson volta para três sessões especiais no Sesc Vila Mariana nos dias 15, 16 e 17 de outubro, com sessões sexta e sábado, às 21h e domingo, às 18h. Foi o último trabalho nos palcos do ator Sérgio Mamberti, que será substituído em cena pelo filho Duda Mamberti. A peça trata sobre  função do Sonderkommando ou comandos especiais, unidades formadas por prisioneiros selecionados para trabalhar nas câmaras de gás e nos crematórios dos campos de concentração nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Foto: Leekyung Kim


"O Ovo de Ouro", com texto de Luccas Papp e direção de Ricardo Grasson volta para três sessões especiais marcando o retorno da programação presencial do Teatro Antunes Filho Sesc Vila Mariana nos dias 15, 16 e 17 de outubro, com sessões sexta e sábado, às 21h e domingo, às 18h. Com direção de Ricardo Grasson, peça traz no elenco Duda Mamberti, Leonardo Miggiorin, Rita Batata, Ando Camargo, além do próprio autor. O público também poderá adquirir o livro "Sérgio Mamberti: Senhor do Meu Tempo" (Edições Sesc), escrita pelo ator, junto ao jornalista Dirceu Alves Jr.

O espetáculo que estreou em 2019 celebrando os 80 anos de Sérgio Mamberti, morto em setembro de 2021, trouxe à tona a função do Sonderkommando ou comandos especiais, unidades de trabalho formadas por prisioneiros selecionados para trabalhar nas câmaras de gás e nos crematórios dos campos de concentração nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.

Obrigados a tomar as atitudes mais atrozes para acelerar a máquina da morte nazista, esses prisioneiros conduziam outros judeus à câmara de gás, queimavam os corpos e ocultavam as provas do Holocausto. Quem se recusava a desempenhar esse papel era morto, quem não conseguia mais desempenhar a função, era exterminado com os demais.

Contada em diferentes momentos, a trama revela a vida de Dasco Nagy, interpretado agora por Duda Mamberti, que foi Sonderkommando e sobreviveu ao campo de concentração de Auschwitz-Birkenau. Em cena, dois planos são apresentados – a realidade e a alucinação – para retratar a relação do protagonista Dasco Nagy quando jovem (Luccas Papp) com seu melhor amigo Sándor (Leonardo Miggiorin), com a prisioneira Judit (Rita Batata) e com o comandante alemão Weber (Ando Camargo). No presente, Dasco é entrevistado, já em idade avançada, por uma jornalista, narrando os acontecimentos mais horrorosos que viveu no campo de concentração e descrevendo a partir do seu ponto de vista os horrores e tristezas da Segunda Guerra Mundial.

“O texto surgiu da minha necessidade de não deixar morrer esse pedaço tão importante da História que é a Segunda Guerra Mundial, o nazismo e o Holocausto. A ideia de escrever a peça começou em 2014, quando eu fui apresentado ao universo do Sonderkommando por meio de um pequeno artigo em uma revista. Essa figura do judeu que tem que auxiliar com o extermínio do próprio povo mexeu muito comigo e minha noção de humanidade, e me incentivou a tentar entender por que eles faziam isso, por que eles não se recusavam”, explica Luccas Papp. 

Para Duda Mamberti, o espetáculo é especial, pois foi o último trabalho do seu pai em cena nos palcos. “Estudamos juntos a peça, pois durante o processo de montagem eu batia texto com ele. Já fiz alguns personagens que ele viveu no teatro ou no cinema, mas esse trabalho é mais uma homenagem que eu presto a ele. Eu estou muito feliz por isso. O espetáculo também é especial por ser o primeiro depois da pandemia. É um momento de felicidade, voltar a sentir o teatro, viver aquele frio na barriga, são sensações de prazer indescritível. Além da importância do texto do Luccas, que serve para alertar as pessoas que o que vale é o amor e não o ódio e que a gente tem que seguir o caminho do amor.

A dualidade interna entre ser obrigado a auxiliar na aniquilação de seu próprio povo e o medo da morte transforma o Sonderkommando em um complexo personagem a ser debatido. Nesse contexto são muitas as questões discutidas, desde o significado real de humanidade, o medo da morte, os limites da mente e da alma humana e a perda da própria identidade.

A peça, que cumpriu temporada no Sesc Santo Amaro e no Teatro Porto Seguro, está indicada ao Prêmio Bibi Ferreira nas categorias Melhor Ator para Sérgio Mamberti, Texto para Luccas Papp e Ator Coadjuvante para Leonardo Miggiorin.

A encenação
A montagem tem como inspiração e referência, a sétima arte, em todos os seus desdobramentos, nuances e dezenas de relatos deixados pelos sobreviventes dos campos de extermínio. “Apontamos no tempo presente, o encontro entre a jornalista e o sobrevivente, de forma fantasmagórica, alucinógena, imprimindo uma atmosfera vibratória, de vida pulsante às cenas e aos personagens. Quando nos transportamos, ilusoriamente, ao campo de concentração, ao passado concreto, vivido pelos personagens apontamos uma atmosfera fria, enclausurada, suspensa e sem vida, que nos conduz imageticamente àquelas sensações de crueldade”, explica o diretor Ricardo Grasson.

A dramaturgia foi inspirada em uma pesquisa sobre obras que discutiam os temas do Holocausto e da Segunda Guerra Mundial. Entre elas, destacam-se os livros Sonderkomamando: No Inferno das Câmaras de Gás, de Shlomo Venezia, e Depois de Auschwitz, de Eva Schloss; e o filme O Filho de Saul, de László Nemes, vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro de 2016.


Para que não se repita
“Em tempos de pouco diálogo, imposição de ideias e ideologias, censura e extremismos é fundamental debatermos esses temas tão duros e atrozes para que os erros que provocaram tanto sofrimento no passado não se repitam. É necessário e quase que um dever recordarmos as atrocidades do holocausto nazista, para que a história vivida no final dos anos trinta e início dos quarenta, não volte a nos assombrar. Para que as novas gerações, não testemunhas deste período da história, saibam o que aconteceu e onde a intolerância pode nos conduzir. Auschwitz e outras tristes lembranças do holocausto, podem até escapar da memória, mas jamais deixarão os corações de quem viveu a tragédia, especialmente de quem se atribui a responsabilidade de manter viva, por gerações, as imagens da perversidade humana. Uma das formas de evitar a repetição de tais tragédias coletivas é recordá-la, para que não ressurjam no horizonte, sinais do restabelecimento de ódios raciais, extremismos comportamentais e ideologias sectárias, formando o caldo cultural do qual o nazismo se alimentou e  cresceu”, completa Ricardo Grasson.


Ficha técnica
Espetáculo: "O Ovo de Ouro". Texto: Luccas Papp. Direção: Ricardo Grasson. Elenco: Duda Mamberti, Leonardo Miggiorin, Rita Batata, Ando Camargo e Luccas Papp. Voz em off: Eric Lenate. Cenografia e visagismo: Kleber Montanheiro e Edgar Cardoso Desenho de Som e Trilha sonora original: L.P. Daniel. Desenho de luz: Wagner Freire e João Delle Piagge. Videomapping: André Grynwask e Pri Argoud (Um Cafofo).  Figurinos e adereços: Rosângela Ribeiro. Assistente de Direção: Heitor Garcia. Operação de Luz: João Delle Piagge. Camareira: Elizabeth Chagas. Posticeria Facial: Feliciano San Roman. Assistência de Palco: Pedro Didiano e Hel Prudencio. Cenotécnico: Alicio Silva. Aderecista: Ronaldo Dimer. Costureiras: Vera Luz e Noeme Costa (In memoriam) Alfaiataria: JC. Assistente de iluminação: Alessandra Marques. Assistente de Figurino: Eduardo Dourado. Supervisão de Conteúdo: Vinicius Britto. Conteúdo Histórico: Lucia Chermont, Marcio Pitliuk Franthiesco Ballerini e Priscila Perazzo. Assessoria Linguística e Fonética de Liturgia Judaica: Beto Barzilay. Idealização: Luccas Papp e Ricardo Grasson. Produção: NOSSO cultural. Direção de produção: Ricardo Grasson. Produção Executiva: Heitor Garcia e Fernando Maia. Gestão de Projeto: Lumus Entretenimento. Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes. Fotos: Leekyung Kim.


Serviço:
Espetáculo "O Ovo de Ouro" no Sesc Vila Mariana
Dias 15, 16 e 17 de outubro - Sexta e sábado, às 21h. Domingo, às 18h.
Classificação: 12 anos.
Duração: 90 minutos.
Sesc Vila Mariana - Rua Pelotas, 141. Telefone - 5080-3000.
Ingressos - R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia entrada, credencial MIS e credencial plena do Sesc).



.: "Caravana das Drags", o reality show de Xuxa Meneghel e Ikaro Kadoshi


A série acompanhará a competição entre artistas drag em uma viagem pelo Brasil em um ônibus extravagantemente decorado. Idealizado por Tatiana Issa e Guto Barra, da Producing Partners, o reality show estará disponível no Prime Video em mais de 240 países e territórios ao redor do mundo

O Amazon Prime Video anunciou o reality show brasileiro Original Amazon: "Caravana das Drags". O programa seguirá artistas drag brasileiras de todo o país em uma competição pelo título de "Drag Suprema" enquanto elas viajam para várias cidades brasileiras em um ônibus extravagantemente decorado. Xuxa Meneghel, a mais famosa apresentadora da televisão brasileira, e Ikaro Kadoshi, uma das drag queens mais respeitadas do meio, serão as apresentadoras. O formato de "Caravana das Drags" foi criado e desenvolvido exclusivamente para o Prime Video e estará disponível no serviço em mais de 240 países e territórios em todo o mundo.

A competição contará com artistas drag de todo o país, que farão um tour por diferentes cidades do Brasil e irão enfrentar diferentes desafios inspirados nas tradições culturais de cada local. O show terá um grupo de jurados composto pelas apresentadoras e convidados especiais que representarão a cultura local de cada cidade. Ao final de todos os episódios, uma drag será eliminada, até que restem as finalistas.

"Estamos empolgados com esta ideia incrível para um reality show que junta viagens e uma competição para celebrar a arte drag, tudo isso enquanto levamos o público para conhecer diversos locais do Brasil em grande estilo. Nos sentimos muito sortudos por ter Xuxa e Ikaro como apresentadoras e poder reunir drags de diversas cidades diferentes. Mais do que uma competição entre artistas talentosas, acreditamos que Caravana das Drags mostrará a diversidade e pluralidade do nosso país, proporcionando aos nossos clientes uma experiência única de cultura drag cheia de alegria e brilho", disse Malu Miranda, Head de Conteúdo Original Brasileiro do Amazon Studios.

"Caravana das Drags" é produzido pela Producing Partners. A série foi criada com exclusividade para o Prime Video pelos showrunners Tatiana Issa e Guto Barra. O anúncio mostra o foco do Amazon Prime Video em fornecer conteúdo local diverso para membros Prime em todo o Brasil e ao redor do mundo, que inclui as recentes estreias de séries aclamadas pela crítica "Manhãs de Setembro" e "Dom", juntando-se a uma lista crescente de Originais Amazon brasileiros, como "5X Comédia", "Soltos em Floripa", "Tudo ou Nada: Seleção Brasileira" e "Desjuntados"; e produções globais premiadas, incluindo "Jack Ryan" de Tom Clancy, "Good Omens", "The Boys", "Homecoming" e "The Marvelous Mrs. Maisel", tudo no Prime Video, que está disponível sem custo extra para membros Prime. O Prime Video está disponível no Brasil sem custo extra para uma assinatura Prime por apenas R$ 9,90 por mês ou R$ 89 por ano; novos clientes podem saber mais em https://www.amazon.com.br/prime e inscrever-se para uma avaliação gratuita de 30 dias.




quinta-feira, 7 de outubro de 2021

.: 10x8: "AHS: Double Feature" traz a mistura de humanos e alienígenas

Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em outubro de 2021


"Inside", o segundo episódio da segunda parte da série American Horror Story: Double Feature, intitulada de "Death Valley", retoma com o ex-presidente Dwight 'Ike' Eisenhower (Neal McDonough) ofertando ajuda ao atual presidente: John F. Kennedy (Mike Vogel). Enquanto que o ex-presidente quer alertar a respeito da tão famosa área 51, John pensa se tratar sobre espionagem russa.



Enquanto Kennedy e nós entendemos melhor o que de fato acontece nesse início engenhoso de episódio, uma história do passado sobre uma aparição de algo do outro lado. Com quem aconteceu essa situação estranha? Ninguém mais, ninguém menos do que Marilyn Monroe (Alisha Soper). No entanto, um bêbado de boca mole, o vice-presidente Nixon (Craig Sheffer, o Keith de One Tree Hill) liga para o ex-presidente de madrugada e avisa que é preciso estar preparado para tudo. São essas falas que nos deixam também de antenas ligadas.


Uma volta ao passado em nove anos, quando Eisenhower era o então presidente debatendo sobre as criaturas do espaço com a força aérea. Entretanto, a mulher-alienígena, que já conhecemos no episódio anterior, adentra a reunião expondo regras sobre a criação de seres parte humanos, parte alienígenas. A reunião tem sangue jorrando na sala e até uma "autoexplosão". Sinistro!


Contudo, é um nascimento que agita bem mais o episódio, garantindo sangue jorrando pela tela, inclusive. Depois de descobrirmos o tanto que a senhora Eisenhower (Sarah Paulson) é chatinha, sem contar nos olhares que dá, metendo medo, principalmente, em quem está do lado de cá. Também pudera, "Maime Eisenhower" tem muito o que querer manipular. Ao menos fica bem exposto nas cenas seguintes.


Com esse toque feminino, a relação de Nixon e Eisenhower em foco faz a trama ganhar um sentido mais histórico, embora Maime seja quem dita a forma de se dançar a música. Contudo, o feito de Maime é descoberto pelo marido na tentativa de Nixon convencê-lo a não lutar contra os alienígenas. Acontece uma D.R., a resposta é dada com levitação e olhos leitosos. Uma surpresa de arrepiar e fazer o queixo cair!  E Sarah Paulson manda mais uma vez muito bem na interpretação. 


Nos dias atuais, os jovens grávidos fazem uma direção um tanto que perigosa em busca de uma consulta médica. Kendall (Kaia Gerber) é a motorista e, por sorte, a única a não passar mal mesmo estando também com um barrigão. Assim, ela lidera a conversa sobre o tema da segunda parte da temporada de AHS enquanto que o carro saculeja até o destino.


Numa ginecologista, o quarteto tenta entender a situação pós-abdução. A resposta vem com um exame de ultrasom medonho. Mais uma vez Kendall manda bem, pois sabe usar direitinho o aparelho na barriga de um dos amigos. Fora da sala, a médica pede ajuda, pois está apavorada. Logo o lugar é invadido por um agente de terno preto e óculos, que mais faz lembrar o Mister Bubbles da animação "Lilo & Stich". Por outro lado, nele não há nada de amigo, afinal, empunha uma arma com precisão.



Num ambiente completamente estranho, com quase nada e excesso de clareza, tal qual alguns videoclipes de Lagy Gaga, Kendall e seus amigos flutuam deitados. Ela é a única a acordar e perceber estar num experimento, questionadora, ela descobre que a gravidez deles é a esperança para o futuro. Ao menos a E.T. (Angelica Ross), finalmente cala a falante. Ufa!


Como se estivesse num manicômio para grávidos, no lugar todo branco, ali, todos tal qual anjinhos estão muito bem comportados como que dopados. Até Kendall está mais pensativa. Stevie Jobs dá as caras por lá. Mas ele não faz parte do experimento, não. Até as roupas de Jobs são diferentes dos demais, a habitual camisa manga longa preta e calça jeans, tal qual a forma a que ele é muito retratado, nada de vestidos branquinhos que quase todos os presentes usam.


Em meio a tanta loucura em cena, ouvimos que "a vida há de encontrar um caminho" para a dúvida que não quer calar personagens e público: como que os seres sairão dos rapazes?! Não espere que a resposta seja dada, nem por meio de palavras ou alguma imagem. Por aqui, fica tudo na dedução. Que venha "Blue Moon" para esclarecer as outras questões!!


Seriado: American Horror Story
Temporada: 10
Episódio 8: "Inside" "(Dentro)"
Exibido em: 6 de outubro de 2021, EUA.
Elenco: Sarah Paulson (Mamie Eisenhower), Neal McDonough (Dwight 'Ike' Eisenhower), Kaia Gerber (Kendall), Lily Rabe (Amelia Earhart), Rebecca Dayan (Maria), Leslie Grossman (Dra. Calico), Cody Fern (Valiant Thor), Nico Greetham, Rachel Hilson, Angelica Ross, Isaac Powell, Craig Sheffer (Richard Nixon), Alisha Soper (Marilyn Monroe), Mike Vogel (John F. Kennedy), John Sanders (Buzz Aldrin), Briana Lane


* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm

.: Capítulo 9: "As Winsherburgs" em "Acenando Através de uma Janela"

Por: Mary Ellen Farias dos Santos

 

Mary sentia muita fome, queria até correr para almoçar com a mãe, mas estava intrigada no nível mais alto da curiosidade que um ser humano pode suportar. Enquanto que a mãe não perdia a paciência e soltava um berro ecoante bem no corredor da casa, a jovem Winsherburg tentou ligar os pontos soltos para entender como que a blogueira descobriu o nome verdadeiro dela uma vez que tinha se identificado como Celeste. Sem contar que tinha entrado em contato por mensagem no blog.

- Como ela descobriu o meu WhatsApp?, perguntou Mary em pensamento.

Não tinha mais como se demorar ou iria ver uma Ellen muito brava na porta do quarto também.

Devorando a refeição como se não houvesse amanhã, Mary fingiu estar bem em relação ao tapa que levou de Ellen, por dentro era consumida pela dupla loucura que acontecera com ela minutos antes. O que era um tapa dado por reflexo perto de uma blogueira saber o nome e o número de telefone dela?

Sorrindo para disfarçar o vulcão em erupção interna, fez a refeição com Ellen como se nada tivesse acontecido. As duas conversaram sobre amenidades e uma pauta que ganhou força foi o seriado “The Big Leap”.

- Não, mãe! Você não pode desligar a TV depois de assistir “9-1-1”. Desde o dia 20 de setembro está rolando a nova série “The Big Leap” que é muito parecida com “Glee” só que não é de canto, mas dança. Tem os desajustados, mas eles requebram para participar do reality show que é o nome da série.

Ellen faz cara de pensativa até que comenta desabafando:

- Fizeram tantas série parecidas... Não sei se estou preparada para me apegar a outras histórias com o segmento similar.

Antes que soltasse mais uma nova desculpa Mary complementa.

- Mãe, sei que a senhora é Ryan Murphete desde o ventre materno e mesmo quase sempre reclamando dos finais decepcionantes das temporadas, mantém total fidelidade a ele. Só acho que vai gostar. E muito. Basta só dar uma chance. Podemos assistir juntas?!

Ellen tombou a cabeça para o lado como quem tinha se dado por vencida na batalha até que disse:

- Ok. Combinado. Podemos ver na sala e faço pipoca!

*  *  *

Samantha e Lolita trabalhavam concentradas na revisão do próximo roteiro para o canal “Mentes em Fuga” quando ouviram alguém reclamando do tapetinho.

Sim! As duas sabiam bem que era Apolo.

Samantha não pensou duas vezes, correu para abrir a porta, mas com o cuidado de antes confirmar se era mesmo o primo, focou no olho mágico e, para surpresa da gêmea, que já estava assustada com as histórias de Lolita, não viu ninguém para entrar. Aterrorizada, não sabia se contava para a irmã que o primo não estava lá ou se tornava a olhar. Sam morria de medo de corredores de prédios, pois nunca tirou a má impressão após assistir “Espíritos – A Morte Está ao Seu Lado”.

*  *  *

Mary não queria envolver Tarissa nessa história da blogueira. Logo ela que era a mais best das best friends. Quanto mais o tempo ia virando passado e o Sol do dia já não brilhava em reflexo no chão de seu quarto, ela não encontrava outra opção. Precisava falar com Tarissa.

Por um segundo, Mary imaginou Melinda como uma agente secreta, não sendo um membro das “Três Espiãs Demais”, mas como uma autêntica James Bond Woman. Seria ela um personagem misterioso de “007: Sem Tempo para Morrer”?

Ao bater a cabeça de lado, na quina da cômoda para pegar o brinco de deixara cair, Mary parou de divagar. Nem tempo de resmungar um “ai” de dor foi capaz. Tinha ido longe demais. Pegou o celular e quando ia selecionar a foto da amiga para contar tudo e ter uma ideia de como lidar com essa nova situação, recebeu uma ligação pelo zap: era Melinda.

Atendeu com a voz trêmula:

- Melinda?!

Do outro lado da linha ela respondeu:

Oi! Sim! Você mandou uma mensagem para mim e eu...

Mary teve a única reação improvável: desligou o aparelho e o jogou na cama.

*  *  *

De costas para a entrada, Samantha procurava uma forma melhor de dizer o que havia acontecido quando foram dadas as típicas batidas na porta por Apollo. Não era algo no estilo Sheldon Cooper, mas a exata marca do primo das Winsherburgs dizer que estava ali e tinha esquecido as chaves.

 Lolita levanta a cabeça para tentar entender como que Samantha ainda não havia deixado ele entrar, mas tudo foi respondido pelo próprio Apollo:

- Bom dia, minhas lindas!, entoou o cumprimento numa grande alegria enquanto beijou a testa de Sam.

- Caraca! Já estava aqui quase batendo à porta, quando ouvi o porteiro me chamando na escadaria. Tem correspondência e não parece ser conta para pagar.

Apollo dá uma risada e coloca o papel em cima da mesa, ao lado do computador. Atento, ele percebe que Lola está revisando um roteiro e rapidamente puxa a cadeira para pertinho dela.

Apollo disfarçava muito bem, mas era apaixonado por Lola. Sempre foi. Parecia coisa de menino, mas aquele sentimento nunca foi passageiro. Ellen e Eva, as mães dos primos sempre diziam para ele, por ser mais velho e entendia, que não podia. E assim, ele foi reprimindo o verdadeiro amor que sentia por Lola e tentava transformar em carinho de irmão mais velho. Contudo, doía em Apollo ver Lola com namorados que sequer a valorizavam. Como era o caso de Leo, com quem Lola estava ainda na parte do flerte e mensagens carinhosas.

Sam volta com uma bandeja de chá preparado com folhas de pitanga colhidas da árvore no quintal de casa e quando, Lola menos espera, a irmã começa a falar sobre a mulher atropelada que sumiu do hospital.

Lolita fica brava a ponto de arquear severamente as sobrancelhas, pois por algum tempo havia esquecido esse ocorrido.

- Não me venha lembrar dessa bizarrice, não!, resmungou Lola.

Contudo, os celulares dos três primos tocam simultaneamente com o seguinte lembrete: “NOVO RECADO! Alguém deixou uma mensagem para você. Para resgatar, ligue *1001 ou responda OK e receba seus recados por SMS! Apenas R$ 1,29/semana.”

Susto? Nada. A surpresa maior ainda estava por vir via interfone quando o porteiro chamou e o primo atendeu.

- Olá, Apollo! Aqui é o Kaliel, da portaria. Tem uma senhora querendo subir. O nome dela é Petra.

*  *  *

No quarto de Mary um clarão toma conta do lugar e a silhueta de uma mulher ganha forma junto de um forte estrondo. Ela cai e tenta fazer um mínimo aceno, grita por socorro, mas ninguém a ouve. Nem mesmo Ellen que está na sala, ali, próximo.

 

I'm waving through a window

I try to speak, but nobody can hear

So I wait around for an answer to appear

While I'm watch, watch, watching people pass

I'm waving through a window, oh

Can anybody see, is anybody waving back at me?

Waving through a window, trilha sonora do musical da Broadway “Dear Evan Hansen”



.: Perdeu algum capítulo? Confira todos aqui!


*Mary Ellen Farias dos Santos é criadora e editora do portal cultural Resenhando.com. É formada em Comunicação Social - Jornalismo, pós-graduada em Literatura, licenciada em Letras pela UniSantos - Universidade Católica de Santos e formada em Pedagogia pela Universidade Cruzeiro do Sul. Twitter: @maryellenfsm 


Assista em vídeo como história ilustrada




.: "Retratos" de Pablo Bernasconi reúne 90 obras do artista plástico

"Retratos", lançamento da Catapulta Editores, reúne 90 dos melhores retratos que o artista plástico, Pablo Bernasconi produziu nos últimos anos.

Sutileza, carisma e humor são algumas das características que o artista plástico argentino, Pablo Bernasconi, traz em suas obras. Com um estilo marcante, Pablo desconstrói imagens de personagens mundialmente famosos, como Madonna e Vinícius de Moraes, para reconstruí-los de uma maneira simbólica e peculiar. "Retratos", lançamento da editora Catapulta, reúne 90 das principais obras do artista nos últimos anos. 

Segundo o artista, os retratos ilustrados no livro são chamados "conceituais''. “Retrato conceitual é um retrato que descreve o personagem e descreve, sobretudo, a opinião que eu tenho sobre ele”, comenta Pablo, que usa objetos para representar figuras humanas, como cadeira, almofada e até mesmo diversos tipos de alimentos. Dessa forma, "Retratos" propõe ao leitor que descubra os sinais e os códigos que, posteriormente, lhe permitirá decifrar todo o conteúdo proposto pelo artista. 

Junto das ilustrações, o lançamento também traz frases ditas por cada uma das personalidades, em português e na língua original do personagem. Além disso, "Retratos" também conta um pouco sobre a biografia de Pablo, o que aproxima o leitor das propostas do artista e do conceito utilizado em suas obras. 

Ao longo de 208 páginas, o leitor vai se deparar com uma obra diferente em cada folha cheia de detalhes, que começam já na capa do livro, emoldurada e ilustrada com um dos retratos do artista. “Tento alcançar um equilíbrio, e que esses detalhes não deixem a imagem hermética. Se coloco algo muito conhecido, deposito: afasto a possibilidade do leitor entender o que quis dizer. Nem enigmático nem sofisticado o suficiente para que não se entenda nada”, comenta o artista sobre suas ilustrações e os detalhes que as formam. Você pode comprar "Retratos", com 90 obras de Pablo Bernasconi, lançado pela editora Catapulta, neste link.

.: Entrevista: Mart’nália, o Jacaré desmascarado do "The Masked Singer"


A cantora brilhou durante a participação marcante no reality show. Foto: Globo/Kelly Fuzaro

Na última terça-feira, dia 5, foi a vez do Jacaré ser desmascarado no "The Masked Singer Brasil". Com toda sua animação, Mart’nália deu vida ao personagem que encantou o público e os jurados por suas escolhas de repertório e excelente desenvoltura no palco. “Eu quis cantar coisas que não fossem próximas do meu repertório como cantora, para dificultar porque a brincadeira era aparecer mascarada para o público. Então, fomos pensando em músicas para gente se divertir no palco”, conta Mart’nália.  

Conta um pouco da experiência de participar do ‘The Masked Singer Brasil’?
Mart’nália - Foi muito legal! Um convite muito especial que me permitiu levar divertimento para as pessoas neste momento difícil. Foi um presente para mim. 


Como foi vestir a fantasia pela primeira vez? 
Mart’nália -
Os figurinistas são maravilhosos! Todas as fantasias são lindas e na minha eles capricharam, e eu devolvi esse presente incorporando o Jacaré. Foi uma experiência muito boa. Eu me senti quase na avenida, como mestre-sala.  


E o repertório? Como foi feita a escolha?
Mart’nália - 
Eu quis cantar coisas que não fossem próximas do meu repertório como cantora, para dificultar porque a brincadeira era aparecer mascarada para o público. Então, fomos pensando em músicas para gente se divertir no palco. A única que tinha mais a ver comigo foi quando cantei Michael Jackson. Eu também quis fazer uma homenagem ao Ney Matogrosso. 


Como é ver todo mundo e não ser visto? 
Mart’nália - 
Foi muito engraçado ver eles chutando nomes que não o meu. Eles me surpreenderam com nomes como Fafá de Belém, Fafy Siqueira... Tantos talentos maneiros, eu achei muito divertido. Nos bastidores foi mais tranquilo para mim, eu não sou muito de falar. Todo mundo ficava disfarçado com capuz, máscara e luva. Foi bem legal!  


"The Masked Singer Brasil" é uma coprodução TV Globo e Endemol Shine Brasil e tem supervisão artística de Adriano Ricco (TV Globo) e direção artística de Marcelo Amiky (Endemol Shine Brasil). Com apresentação de Ivete Sangalo, com Camilla de Lucas nos bastidores, o reality vai ao ar às terças-feiras na TV Globo, após a novela "Império", e também é exibido no Multishow, às quartas-feiras.  



.: Documentário "A Meia Voz" chega às plataformas de streaming


Com direção de duas mulheres, o longa documental sobre amizade e exílio foi o grande vencedor do Cine Ceará em 2020.

O documentário cubano "A Meia Voz" ("A Media Voz") chega às principais plataformas digitais em 15 de outubro. Com distribuição da Synapse Distribution, o longa acompanha a história de duas cineastas cubanas que fogem do país em busca de um futuro melhor. Anos mais tarde, elas se reencontram e compartilham suas memórias, e a paixão pelo cinema, através de fotos e filmes de duas vidas cotidianas. 

Escrito e dirigido por Heidi Hassan e Patricia Pérez Férnandez, elas afirmam que "a migração é um processo doloroso, independentemente de onde você venha, mas no caso dos cubanos tem um componente adicional porque implica um duplo desenraizamento: o de sua cultura e fundo social e outro, do seu político-ideológico".

O documentário autobiográfico ganhou, no Cine Ceará, em 2020, o Troféu Mucuripe nas categorias de "Melhor Longa-metragem" e "Melhor Montagem", para Heidi, Patricia e Diana Toucedo. Como parte da premiação de melhor longa, o filme recebeu um prêmio em espécie para impulsionar a divulgação e distribuição do filme no país. "A Meia Voz" estará disponível para compra e aluguel na Claro Now, Vivo Play, Amazon, iTunes/Apple Tv, Google Play e YouTube Filmes.



quarta-feira, 6 de outubro de 2021

.: "American Crime Story: Impeachment" gera revolta com cenas de arrepiar

Por: Mary Ellen Farias dos Santos 

Em outubro de 2021


O quinto episódio de "American Crime Story: Impeachment""Do You Hear What I Hear?" dá a Monica Lewinsky (Beanie Feldstein) um encontro romântico no período natalino de 1997. É no trabalho, encontrando Linda Tripp (Sarah Paulson) que informa a amiga de que usará o vestido GAP na entrevista de emprego em Nova York. Com a informação de que o D.N.A. é mantido por anos num tecido, ainda sim, ou seja, Linda usa de artimanhas para que a jovem não lave o tal vestido azul com prova de que fez sexo com o presidente. Para tanto, dá seu melhor para convencer Lewinsky a mudar os planos.

Numa sala, homens engravatados debatem a inocência e culpa de Clinton (Clive Owen) no caso Jones. Afinal, todo o escândalo pode gerar o impeachment do presidente dos Estados Unidos. Discussão pra lá e pra cá, até que Clinton liga para Monica no meio da noite. Ao menos pergunta se a acordou. O que ele quer saber? Como que o nome de Monica foi arrolada no caso de Paula. 


Na sequência, o quinto episódio garante uma cena de arrepiar e é quando uma mulher que conhecia Paula Jones reluta para não se envolver no caso de assédio sexual, mas conforme é interpelada por uma dupla de representantes de Paula, aos poucos abre a porta de casa, até o momento em que aceita um cartão de contato. Quando os dois dão as costas, ela confirma que a acusadora de Clinton fala a verdade. "Tudo o que ela disser de mal sobre ele, é verdade!" Foi de arrepiar!

Paula Jones faz o juramento "de falar a verdade, somente a verdade". Diante dos advogados, a vítima recebe o típico tratamento tal qual uma culpada pelo abuso sexual de um homem, no caso, o presidente dos Estados Unidos. Momento que faz rolar lágrimas e recordar da influencer brasileira que foi abusada sexualmente, sendo tratada como causadora do estrupo que sofreu. Enfim, só deixa claro que o tempo passa, mas tais costumes não mudam. Seja nos Estados Unidos ou no Brasil.

Monica encontra Linda na festa de Natal que promove em casa. A sensação dela diante daquele circo é tão fácil de ser compreendida. Num misto de nervoso e coragem, ela parte até Linda para conversar sobre o que está acontecendo. As duas vão para o carro de Monica e a jovem revela que irá negar até o fim sobre o que houve entre ela e Clinton. O que Linda faz? Desconversa e deixa a amiga no carro.

No entanto, Monica sempre pede para ser usada, pois ainda liga para Linda e deseja um "Feliz Natal". Convenhamos, dá raiva do tanto que Lewinsky é tonta quando se trata da parceira de trabalho. Em um novo ambiente, Linda entrega as fitas das conversas com Monica ao advogado dela, é informada que fez algo ilegal e que pode ir para a cadeia.


Monica mantém o bico fechado, uma vez que seu emprego na Casa Branca é garantido por Clinton, desde que ela execute o que ele comenda. Para tanto, presenteia a moça com diversos mimos, inclusive com algo que simboliza coragem. Por quê? Ela esta indo para Nova York. O que ela solta a ele? "Você é o meu mundo". No entanto, o mais impressionante é a retribuição de Clinton: "Vá para Nova York. Fique bem".


Eis que a informação sobre as fitas das conversas gravadas por Linda chegam nos engravatados que defendem Clinton, o que é um bomba astronômica. O interesse de Linda é tornar as gravações legais e, para tanto, vai microfonada a um encontro com Monica. Com facilidade, Lewinsky deixa claro que irá mentir sobre não ter feito sexo com Clinton. Monica suspeita que Linda esteja com microfone, após ela passar as mãos no peito, logo cai na conversa da amiga-ursa. 


Não há como negar que o epísódio anterior desacelerou a trama e passou a mensagem de não aconteceria mais tantas outras coisas com as fitas das conversas gravadas. Contudo, o quinto episódio trouxe mais ritmo e plantou empolgação na espera de "Man Handled". Que venha o sexto episódio logo, pois ACS está incrível! 


Seriado: American Crime Story: Impeachment
Temporada: 3
Episódio 5: "Do You Hear What I Hear?
"
Exibido em: 5 de outubro de 2021, EUA.
Elenco: Sarah Paulson (Linda Tripp), Beanie Feldstein (Monica Lewinsky), Annaleigh Ashford (Paula Jones), Margo Martindale (Lucianne Goldberg), Edie Falco (Hillary Clinton), Clive Owen (Bill Clinton), Billy Eichner (Matt Drudge), Elizabeth Reaser, Judith Light (Susan Carpenter-McMillan), Anthony Green (Al Gore), Cobie Smulders (Ann Coulter), Colin Hanks, Taran Killam (Steve Jones), Mira Sorvino (Marcia Lewis), Kathleen Turner (Susan Webber Wright), Dan Bakkedahl (Kenneth Starr), Joseph Mazzello (Paul Begala), Blair Underwood (Vernon Jordan), Kevin Pollak (Bernie Nussbaum), Patrick Fischler (Sidney Blumenthal)

* Mary Ellen é editora do site cultural www.resenhando.com, jornalista, professora e roteirista, além de criadora do photonovelas.blogspot.com. Twitter:@maryellenfsm



.: Roteiro de "O Lobo Atrás da Porta" conta a história real da Fera da Penha


Lançamento do livro “O Lobo Atrás da Porta” (192 páginas, BrLab Edições), que reúne roteiro e curiosidades sobre o filme premiado de Fernando Coimbra. Um dos precursores da atual onda de obras baseadas em crimes reais, também chamadas de true crime, o filme “O Lobo Atrás da Porta” é a história de uma vingança passional que destrói uma família.

Estrelada por nomes como Leandra Leal, Milhem Cortaz, Juliano Cazarré e Thalita Carauto, o  roteiro é inspirado na história de uma mulher que sequestrou e matou a filha de seu amante nos anos 60, caso que ficou popularmente conhecido como A Fera da Penha. O filme teve estreia mundial em 2013, no Festival Internacional de Toronto. Ganhou o prêmio Horizontes Latinos no Festival de Cinema de San Sebastián e outros troféus nos festivais de Havana, Miami, Guadalajara e Rio de Janeiro, entre outros. 

Além de fotos de cena, anotações, manuscritos e imagens de making of, o livro traz uma conversa inédita do autor com o elenco, organizada especialmente para a publicação. Participaram do encontro as atrizes Leandra Leal e Fabíula Nascimento, o ator Milhem Cortaz, o roteirista Miguel Machalski, a montadora Karen Akerman e o autor Fernando Coimbra, moderados por Flavia Guerra e Rafael Sampaio. O prefácio é da atriz e escritora Fernanda Torres, especialmente preparado para a publicação.

Durante a conversa editada no livro, o elenco e equipe relembram do roteiro e das filmagens realizadas há exatos dez anos, em 2011, e ressaltam a importância da publicação. A atriz Leandra Leal, por exemplo, comenta: "Eu acho incrível essa publicação para qualquer pessoa que queira estudar roteiros. A maioria dos roteiros que leio, eu encontro em sites estrangeiros. É um processo muito rico não só para estudar o roteiro, mas também o processo de direção, de entender as soluções, os caminhos. Além de ser um registro da nossa memória, do nosso cinema. Isso é muito importante. E o roteiro do Lobo é muito incrível, um dos melhores do cinema brasileiro. E, do meu ponto de vista como atriz, ele era tão preciso, que eu imediatamente colei na personagem da Rosa".   

Sobre a natureza trágica da história e o gênero true crime, o autor comenta que "Na hora em que eu conheci a história que inspirou o filme, entendi que ela era mais trágica do que o normal. E que a assassina se entregou. Ela não queria defesa, assumiu tudo, foi um suicídio em vida. Resolvi mostrar pontos de vista humanos no meio da tragédia. O oposto do que faz o sensacionalismo", considera Fernando.

O livro é voltado para cinéfilos, roteiristas, atores, estudantes, escritores e qualquer pessoa apaixonada por cinema, dramaturgia e interessada em compreender o processo de criação e realização de um filme. O livro é o segundo exemplar da coleção "Roteiros do Cinema Brasileiro", que já conta com “Que Horas Ela Volta?”, de Anna Muylaert. Com prefácio inédito de Fernanda Torres“O Lobo Atrás da Porta” estará à venda na Amazon neste link.


Fernando Coimbra
Estudou cinema na Escola de Comunicações e Artes da USP. Escreveu e dirigiu nove curtas-metragens antes do seu primeiro longa: “O Lobo Atrás da Porta”. O filme teve estreia mundial em 2013, no Festival Internacional de Toronto. Ganhou prêmio Horizontes Latinos no Festival de Cinema de San Sebastián e outros troféus nos festivais de Havana, Miami, Guadalajara e Rio de Janeiro. Coimbra dirigiu para Netflix dois episódios da primeira e da terceira temporada da série Narcos. Em 2018, lançou Sand Castle, o seu primeiro filme realizado nos EUA com o selo Natflix Original. Na Cinemax/Fox, dirigiu um episódio Outcast, serie criada por Robert Kirkman.

Você pode comprar o roteiro de “O Lobo Atrás da Porta”, escrito por Fernando Coimbraneste link.


Ficha técnica
“O Lobo Atrás da Porta”
Roteiro de: Fernando Coimbra
Prefácio: 
Fernanda Torres
Edição e organização:
Rafael Sampaio
Revisão e preparação: Ana Paula Gomes
Edição e transcrição de texto: Belisa Figueiró
Projeto gráfico e diagramação: Marcelo Sodré Aka cão fila
Link do livro na Amazon: https://amzn.to/3lbgJkS


.: "O Pato - Uma Distopia à Brasileira", livro inspirado em Trump e Bolsonaro


Uma distopia ainda mais insana e surrealista do que a política brasileira - e você sabe que a concorrência é grande! Livremente inspirado em fatos e personagens da história recente do Brasil e do mundo, "O Pato - Uma Distopia à Brasileira", romance de estreia do jornalista paulistano Gabriel Fabri, chega em formato e-book. O livro concorre ao 6º Prêmio Kindle de Literatura.

 “O livro nasceu da minha vontade absurda de furar o Pato da Paulista, lá em 2015”, conta o escritor. “Como eu não podia, literalmente, furá-lo, comecei a desenvolver essa história, que ganhou novos contornos com a ascensão de Bolsonaro: aquele pato de borracha, afinal, está na gênese do que possibilitou que o presidente fosse eleito”. 

 Na trama, tudo começou com uma multidão erguendo um pato amarelo e gigante nas ruas. Com os políticos em total descrédito, era necessário um outsider para reestabelecer o equilíbrio e o patriotismo da nação por meio de um grande acordo nacional — e, de acordo com o clamor do povo, tão cansado de políticos de carne e osso, o único que poderia articular a Nova Política era alguém que estava além da falibilidade humana: o Pato, um novo governante — de borracha.

Em Patown, capital da Patolândia, cujas ruas são arborizadas com as mais naturais árvores de algodão doce, a jovem Alice se considera um “patinho feio” e equilibra as responsabilidades de “cidadã de bem” da melhor maneira possível: enquanto cultiva uma atração secreta pela melhor amiga, também sonha em ser pedida em casamento durante o baile de formatura pelo capitão do time de futebol. Tudo continuaria como um mero desejo secreto se não fosse a estranha voz que Alice ouve em sua assistente pessoal, uma voz que traz uma mensagem e faz um desafio, forçando-a a questionar os dogmas e a vida dentro dos muros de Patown, seu País das Maravilhas, onde as garotas precisam ter cabelo rosa, e os garotos, azul. Os muros são uma referência aos muros de Donald Trump.


Na contramão das distopias tradicionais
Além de se inspirar livremente em figuras e acontecimentos da política recentes, o livro tem como referências desde obras consagradas da cultura pop, como o filme "Meninas Malvadas" e as distopias "Jogos Vorazes" e "O Conto da Aia", até obras com toques surrealistas como as dos cineastas David Lynch, Luis Buñuel e Alejandro Jodorowsky.

 “Trazer uma pegada pop para o livro, com referências a clipes de Katy Perry e Kylie Minogue, inclusive, foi importante para dar um verniz de alienação à história: a protagonista vive sob um governo totalitário, uma ditadura religiosa, mas acredita que vive no país das maravilhas”, explica o autor. “Ela vive dentro de uma bolha, simbolizada pelos muros que separam Patown de seus arredores.”

 Um dos pontos mais curiosos da obra é o uso do surrealismo. “Essa foi uma saída que encontrei para responder à pergunta: por que alguém se interessaria por uma distopia enquanto estamos vivendo em uma? O surrealismo distancia o leitor dos acontecimentos recentes, mergulhando-o em um mundo de fantasia - uma fantasia macabra -, além de colocar O Pato na contramão das distopias tradicionais, que pintam um mundo de pesadelo, mas com tintas realistas. O que me interessa, aqui, é o absurdo e não o realismo, pois são absurdos, também, os tempos que vivemos”.

 
“Os leitores de Jogos Vorazes cresceram”
Apesar de ter personagens adolescentes, "O Pato - Uma Distopia à Brasileira" é totalmente voltado ao público adulto, e fala sobre política, sexo e religião sem censura, sem tabus e com muita ironia. “Os leitores de Jogos Vorazes cresceram, então, não faz sentido ter uma protagonista tão idealizada e nem deixar certos temas de fora, mesmo que parte da ação se passe entre os muros de um colégio”, explica Fabri. O romance inclui uma protagonista que deseja explorar a sua sexualidade, para além do que é permitido pelas leis heteronormativas de Patown. “É raro ver o tema da bissexualidade ser retratado na literatura, especialmente no gênero distópico, por isso quis explorar com honestidade essa fase de descobertas, confusões e incertezas”, explica o autor.

Gabriel, que também teve sua própria experiência com “bolhas” nos colégios de elite de São Paulo, trouxe muito de sua vivência como um garoto excluído para as páginas. “Por esse lado, o livro tem uma conotação positiva, de esperança, que é raro em uma distopia: Alice se sentia um ‘patinho feio’, como eu me senti por quase duas décadas, e vai tentar dar a volta por cima”, revela. “Tudo o que eu queria era ser o garoto mais popular da escola e eu era o menos (risos).  

 
Sobre o autor
Gabriel Fabri é jornalista especializado em cinema. É autor de “Fora do Comum - Os Melhores Filmes Estranhos” e “Fora do Comum - Vol. II: Filmes Ainda Mais Estranhos”, livros que deram origem à cinelist oficial “Filmes Fora do Comum”, do Telecine. Colaborou com críticas para o livro “O Melhor do Terror dos Anos 90” (Editora Skript, 2021).


Você pode comprar "O Pato - Uma Distopia à Brasileira", de Gabriel Fabrineste link.


Ficha técnica
"O Pato - Uma Distopia à Brasileira"
Autor: 
Gabriel Fabri
Páginas:
197
Disponível na Amazon em Ebook Kindle
Link do livro na Amazon: https://amzn.to/3BgGmX4


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