domingo, 2 de agosto de 2009

.: Resenha crítica da animação "A Era do Gelo 3"

Um por todos e todos por um
Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em agosto de 2009


Enquanto que alguns casais são formados, como por exemplo, Scrat e Scratte, a preguiça atrapalhada, Sid, tenta ser "mãe" e coloca todos seus amigos na maior confusão do período jurássico. Saiba mais do imperdível A Era do Gelo 3!


Colorido vibrante encorpado em uma história muitíssimo engraçada. "A Era do Gelo 3", animação dirigida pelo brasileiro Carlos Saldanha, chega na terceira sequência sem perder o bom-humor e a genialidade, ou seja, a equipe não perdeu a mão, apenas melhorou o que já era bom e tinha começado em 2002, sem pretensão. Em 2006 o encanto do longa animado foi mantido e incluiu novos personagens, os quais em A Era do Gelo 3, colaboraram para que a rede de amizade aumentasse ainda mais. Só para ter uma idéia, até o querido e cômico Scrat ganhou uma "namorada", a esquilo fêmea Scratte.

Manny, Sid e Diego formam o trio de mamíferos que só faz presepada atrás de presepada. Juntos, desde que socorreram uma criança indefesa, eles estão mais engraçados do nunca. Em A Era do Gelo 3, os amigos do coração estão em constante estado de alerta para qualquer sinal (mesmo que seja uma alarme falso) de Ellie, pois a mamute fêmea está prestes a se tornar uma super mamãe. 

Embora a felicidade esteja irradiando na vida de Manny, tal acontecimento cria sensações diversas em seus companheiros de aventura, o tigre dentes-de-sabre, Diego e, a preguiça, Sid. Enquanto que Manny espera seu filhotinho, Sid, pensa em formar sua própria família e segue em busca da primeira que "encontrar" e acaba num vale perdido. Para completar o desequilíbrio deste triângulo fraterno, Diego decide reaver o seu lado selvagem adormecido, e, para tanto, resolve partir e deixar o "bando".

Com esta separação repentina, não dá outra, a não ser confusões e mais confusões "jurássicas", o que implica em novos personagens para "alegrar" ainda mais a história. Sim, eu disse jurássicas. O atrapalhado Sid, dá ritmo na história quando, em um vale perdido, "encontra" três ovos de dinossauros e decida adotá-los.

Como é de se esperar, os ovos não estavam abandonados e a preguiça vira prisioneira de seu próprio "desejo". Para salvá-lo das garras ferozes da mamãe dinossauro a turma toda, incluindo Diego e Ellie (mesmo estando prestes a dar à luz), parte rumo ao vale mais do que perdido para salvar Sid.

É neste ambiente totalmente novo que conhecemos o insano Buck, um caçador de dinossauros, ou seja, um perfeito profissional no quesito jurássico. A jornada do grupo é bastante interessante e divertida, tendo sempre a "participação coadjuvante", porém instigante e curiosa do esquilo Scrat, junto de sua "esposa" e a bendita noz. Vale tudo por uma noz, inclusive um tango nem tão romântico assim. É então que perguntas ficam martelando na cabeça durante o desenrolar da história: Afinal, ele ama mais a noz ou a "esposa"? Será que ele vai deixar a noz por um amor verdadeiro?

Em meio a vários e vários impasses o longa de Saldanha conquista a perfeição, pois agrada a toda a família. Sem exceção! Vale a pena conferir A Era do Gelo 3, nos cinemas enquanto ainda está em cartaz. Não só por ser uma animação de valor, mas por ter em seu diferencial algo bastante inovador (assim como Bolt - Super cão): cenas em 3D na medida certa. E, como dizia antigamente uma certa garota propaganda: "- Isto não é magia, é tecnologia!". Então não deixe de embarcar nesta magia digital repleta de bom-humor e genialidade!


Filme: A Era do Gelo 3 (Ice Age: Dawn of the Dinossaurs, EUA)
Ano: 2009
Gênero: Animação/Aventura
Duração: 96 minutos
Direção: Carlos Saldanha
Roteiro: Michael Berg, Peter Ackerman
Elenco: Ray Romano/Diogo Vilela (Manny), Denis Leary/Márcio Garcia (Diego), Queen Latifah/Cláudia Jimenez (Ellie), John Leguizamo/Tadeu Mello (Sid), Alexandre Moreno/Simon Pegg (Buck)

.: Resenha crítica de "Inimigos Públicos" com Johnny Depp

Talento à prova de balas
Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em agosto de 2009


Filme de gângster estrelado por Johnny Depp é sensacional. Saiba mais de Inimigos Públicos!


Ele é um quarentão com talento para dar, vender e emprestar. Para não desmentir, Johnny Depp, protagonista de "Inimigos Públicos", dá um show de atuação e consegue agradar até os desinteressados em assuntos pouco convencionais como máfia e criminalidade. Com brilhantismo, no longa dirigido por Michael Mann, Johnny não faz caretas hilárias (como em A Fantástica Fábrica de Chocolate) ou usa seus trejeitos irreverentes (como na saga Piratas do Caribe), ele simplesmente (com todo nobreza de ator) interpreta a frieza de um gangster.

Junto dele, em cena, está Christian Bale (o Batman moderno) na pele do policial Melvin Purvis (Christian Bale). É justamente Purvis quem está incumbido de capturar o grande assaltante de bancos, John Dillinger. Até porque este é seu forte, pelo menos é o que fica registrado logo no início do longa, em um momento à moda antiga: Purvis "pega" o bandido Pretty Boy Floyd com uma tremenda bala na barriga, após um breve duelo em um pomar, a céu aberto. 

À frente desta organização com a pretensão de pegar todas as "maçãs podres" da sociedade americana está J. Edgar Hoover. Este, por sua vez, convida Purvis para ajudar a formar FBI (Bureau de Investigação Federal), e assim, unificar as operações em todo os Estados Unidos e, claro, assim, prender o ladrão mais "escorregadio" de todos os tempos. 

Em meio a vários tiroteios e muito sangue esparramado na cidade, o descarado Dillinger mostra suas várias facetas, algumas encantadoras e outras perturbadoras. Assim, na telona, o inimigo público Nº1 mostra-se romântico, calculista, ágil, galenteador, aventureiro, amigo, parceiro, esbanjador, entre outros. Ao seguir cada passo dado pelo ladrão, fica praticamente impossível não aceitá-lo como um "mocinho às avessas". Provavelmente, quando as luzes da sala de cinema acenderem, alguém estará defendendo-o com unhas e dentes, principalmente pelo fato de não ter gostado do final da história. 

Por meio das cenas escuras é possível mergulhar a fundo no submundo da criminalidade que dominava os Estados Unidos, nos anos 70. No entanto, para os que não são chegamos em películas que seguem esta temática, muitas cenas escuras de tiroteios podem ser monótonas e "intermináveis". E como, o que vale é o conjunto da obra, o longa de Mann consegue segurar bem a pressão e moderniza os anos 70 com propriedade. Vale a pena conferir este super longa, embora este não seja "o filme da sua vida"!

Filme: Inimigos Públicos (Public Enemies, EUA)
Ano: 2009
Gênero: Policial
Duração: 140 minutos
Direção: Michael Mann
Roteiro: Ann Biderman, Michael Mann, Ronan Bennett
Elenco: Johnny Depp, Christian Bale, Marion Cotillard, Jason Clarke, Stephen Dorff, Billy Crudup, Branka Katic, Stephen Graham

sábado, 1 de agosto de 2009

.: Entrevista com Robson Reis, cartunista, criador de Crepusculinho

“Eu sempre fui bom para fazer paródias e brincar com histórias. Enquanto lia (Crepúsculo, de Stephenie Meyer) tive tantas ideias engraçadas que resolvi fazer duas tirinhas. E ficaria só nisso.” - Robson Reis

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em agosto de 2009


Com muita simpatia e atenção, o criador de Crepusculinho, em entrevista EXCLUSIVA ao Resenhando.com fala sobre suas produções e planos na carreira de cartunista. Saiba tudo de Robson Reis!


O talento para desenhar é uma incrível ferramenta para dar vida a tudo o que a imaginação permite. O cartunista Robson Reis, esbanjando este talento, deu vida (em tirinhas) ao maior sucesso do mercado editorial da atualidade, a saga Crepúsculo, da escritora Stephenie Meyer, e conquistou mais fãs para as suas criações bem-humoradas. Sem pretensão, enquanto lia as obras da escritora, o cartunista teve ideias engraçadas e resolveu fazer duas tirinhas. Surgia então, o Crepusculinho. Em entrevista EXCLUSIVA ao Resenhando.com, o cartunista favorito dos jovens dá detalhes sobre a criação deste sucesso virtual, além de falar sobre outras produções, como Orkutonauta e planos para a carreira. Saiba mais de Robson Reis!




RESENHANDO - Você é o cartunista favorito dos adolescentes. Quando embarcou na magia das tirinhas? 
ROBSON REIS - Acho meio surreal as pessoas terem gostado tanto da tirinha. Sou grato pela recepção, porque foi feito totalmente sem pretensão e a cada dia aumenta a proporção e a aceitação. Acho divertido interagir com o público, ver os comentários. Tento responder todo mundo que entra em contato comigo. Na época que lancei Crepusculinho eu trabalhava fazendo outra tirinha chamada Orkutonauta que satirizava as sorte do dia do Orkut (www.orkutonauta.blogspot.com). Embarquei na magia das tirinhas abrangendo mais a magia das histórias em quadrinhos quando ganhei meu primeiro gibi quando eu nem sabia falar direito. Tenho esse gibi até hoje. Era uma edição da revista do Mickey em que ele recebia a visita do seu amigo alienígena chamado Esqualidus.


RESENHANDO - Você é jovem. Pretende seguir nesta área? Por que? 
ROBSON REIS - Desde criança sempre fui fascinado por histórias em quadrinhos e por volta dos 6 anos falei para a minha mãe: "- Mãe quero ser desenhista de história em quadrinhos e quero desenhar para sempre". Tenho a imagem desse dia e dessa decisão na minha cabeça como se tivesse acabado de acontecer. Nessa época eu desenhava o dia todo e nunca mais parei. Estou com 28 anos, nunca trabalhei fora da área e pretendo continuar. Trabalhei com agências de publicidade, fazendo freelance, e também ensinando desenho.


RESENHANDO - Quais cartunistas foram e continuam sendo fonte de inspiração no seu trabalho? 
R. R. - Nossa! Foram vários. Eu sempre fui fã dos desenhistas brasileiros que desenhavam as edições dos gibis da Disney, porém, a política nacional de não dar crédito aos desenhistas me impediram de saber quem eram as pessoas que eu admirava. Sei que as histórias que gostava do Tio Patinhas eram desenhadas por Carls Barks. Dos gibis de super heróis sempre me agradaram desenhistas que conseguiam trabalhar de maneira bem limpa o traço, como Sal Buscema, John Romita e John Romita JR. A família Kirb e trabalhos europeus como Asterix e Tintin. Adoro trabalhos nacionais como os do Laerte, Glauco, também de chargistas como Quinho, Chico e Paulo Caruso. Sem contar que também tenho muita influência de anime e mangá, desde antes de ser moda. Meu estilo acaba sendo uma fusão, uma mistura de muita coisa que li, e de desenhos animados que assisti.



RESENHANDO - Você é fã da saga Crepúsculo? Como surgiu a ideia de "animar" as histórias de Stephenie Meyer? 
R. R. - Eu li o primeiro livro da saga. Não sabia que existia toda essa horda de fãs, nem sabia de filme, nem nada. Aí terminei e achei interessante. Eu sempre fui bom para fazer paródias e brincar com histórias. Enquanto lia tive tantas ideias engraçadas que resolvi fazer duas tirinhas. E ficaria só nisso. Mandei para a amiga que me indicou o livro, ela viu adorou e disse que eu devia mandar para o Foforks (www.foforks.com.br) na sessão de fanart. Peguei e enviei. E foi uma bola de neve, me convidaram para participar do site como colaborador e as meninas que acessam o Foforks fizeram campanha pedindo que eu ficasse. Aceitei. Meio que entrei de gaiato na história que era muito maior do que eu poderia imaginar. 


RESENHANDO - O fato de ter se identificado com o personagem Emmett foi importante na criação de Crepusculinho? 
R. R. - Eu me identifiquei com o Emmett, mas não acho que tenha influenciado muito na criação. A criação foi fluindo a cada semana, às vezes nem tenho ideia da tirinha, e ela nasce de acordo com o personagem que escolho.


RESENHANDO - Sabe se a escritora tem conhecimento de suas tirinhas? Afinal, sua produção está sendo divulgada fora do Brasil. Fale sobre o sucesso fora no exterior.
R. R. - Na verdade não sei se a Steph já viu as tirinhas. Sei que o perfil oficial dela e do ator Peter Facinelli (que interpreta Dr. Carlisle no filme) adicionaram o My Space do Crepusculinho. Tenho recebido recados do Japão, Portugal, Alemanha. Mas não tenho ideia de como está a repercussão fora do país. A meta é começar a lançar as tirinhas simultaneamente em português e em inglês para facilitar a divulgação. Gostaria de um dia saber se a autora viu a tirinha e o que achou.


RESENHANDO - Você criou outros personagens antes de Crepusculinho. Estes foram inspirados em pessoas reais ou em personagens?
R. R. - Tenho muitos outros personagens, histórias e situações criados por mim que ainda não foram lançados, é muito material para ser produzido que não tem nenhuma relação com Crepusculinho. Sempre fui bem inventivo. Crio personagens e histórias com facilidade, isso acaba sendo também um problema por que crio muito mais rápido do que sou capaz de produzir, agora estou tentando, paralelamente com Crepusculinho, começar a lançar minhas criações. Algumas foram inspiradas em pessoas reais, mas a maioria eu invento do nada. Gosto de imaginar pessoas, criar situações, ver como essa pessoa inventada reage e ver a vida do personagem nascer.



RESENHANDO - Quais as novidades que o público pode esperar para a saga Crepusculinho? Conta com algum projeto maior, como por exemplo, publicação impressa? 
R. R. - Crepusculinho cresceu demais, e ainda não tenho muita noção do tamanho. Para conseguir atender as pessoas de modo satisfatório eu comecei a produzir uma história em quadrinhos com os personagens e vai ser lançada no Rio de Janeiro dia 13 de setembro no evento promovido pela loja Ice Queen e vai se chamar Crepusculinho in Rio. Vai ser impressa, não tem editora e vai ser independente vendida só pela internet ou em eventos.


RESENHANDO - Qual o processo de produção das tirinhas publicadas em seu blog? Quanto tempo precisa para produzi-las? Qual personagem de Crepúsculo é mais trabalhoso para ser produzido? 
R. R. - Quando iniciei a tirinha não pensei que fosse durar muito e resolvi trabalhar com momentos chave da história e acabei não seguindo nenhuma cronologia. Quando vi que o público cresceu, resolvi começar a trabalhar uma linha de tempo parecido com a do livro e seguir alguns fatos. Com isso eu vejo em que ponto está a história e como posso trabalhar a situação. Então, faço um esboço e crio os diálogos. Se eu não rir, eu normalmente paro, e começo de novo do nada. E acho que o personagem mais difícil de ser feito é a Rosalie por que ela tem que estar sempre linda. Mas nada fora do normal, criei o estilo de desenhá-los para que não fosse complicado. Levo em média uma hora para preparar o desenho da tirinha, mas a idéia as vezes fico matutando por dias. Por que não basta ser engraçado, tem que ser fofo.


RESENHANDO - Qual o papel da internet no avanço de suas produções? 
R. R. - Fundamental, antes para conseguir mostrar minhas criações eu tinha que além de desenhar, montar uma revista e imprimir, em xerox mesmo e tentar arranjar alguém que comprasse, eu tinha um público bom com meus fanzines, mas existia um gasto e pouco público. Agora com a internet eu produzo, coloco na web e o mundo todo pode ter acesso, por um custo mínimo.


RESENHANDO - Qual a sua dica para os pretendem seguir o seu caminho artístico?
R. R. - Ter persistência, não desistir e sempre tentar melhorar, por mais que falem que seu trabalho está ótimo. Sempre tente se superar. Só assim irá aprender e se conhecer como artista, além de ter consciência do que sabe ou não fazer e como resolver o desenvolvimento de sua obra. Quando receber um crítica negativa não pode se ofender e sim pegar e estudar como consertar. Muita gente não leva ilustradores e desenhistas a sério, mas muito disso vem do próprio artista que não se valoriza. Quem tem um sonho e pretende realizá-lo não pode desistir.



PING PONG
Gosto de: Pizza
Detesto: Interesse
Um livro: O caso da borboleta Atíria
Um escritor: Neil Gaiman

quinta-feira, 2 de julho de 2009

.: Em casa: filmes brasileiros são boa opção de lazer e cultura

Por: Patrick Selvatti
Em julho de 2009


Prata da casa: Enquanto nas salas de exibição novos títulos atraem o interesse do público - como Divã e Jean Charles, por exemplo – filmes que já saíram de cartaz estão disponíveis agora nas melhores locadoras.


O cinema brasileiro está cada vez mais em alta. Enquanto nas salas de exibição novos títulos atraem o interesse do público - como "Divã" e "Jean Charles", por exemplo – para você que prefere o aconchego doméstico às filas de cinema, filmes que já saíram de cartaz estão disponíveis agora nas melhores locadoras. E tem opções para todos os gostos: da comédia ao policial, sempre com muita dose de romance e música.

Para quem deseja dar boas risadas, a melhor pedida é o filme "Se Eu Fosse Você 2". Repetindo a dupla que deu certo na primeira vez, Tony Ramos e Glória Pires retornam a cena ainda mais hilários neste longa de Daniel Filho. Trata-se de um bom filme para reunir a família na sala, mas atente-se para a classificação indicativa de 10 anos. Já o filme "A Casa da Mãe Joana", de Hugo Carvana, é menos engraçado, mas é garantia de algumas risadas, principalmente pelo elenco estelar: José Wilker, Pedro Cardoso, Laura Cardoso, Antonio Pedro Borges, Agildo Ribeiro e Arlete Salles, por exemplo. Neste caso, a classificação indicativa é de 14 anos.

Se o seu estilo é mais romântico, a sugestão mais aplicável é o filme Romance, de Guel Arraes – o mesmo dos sucessos "O Auto da Compadecida" e "Lisbela e o Prisioneiro". Por outro lado, você pode também optar por algo menos açucarado em "Os Desafinados", de Walter Lima Jr. O filme traz muita bossa nova e um elenco “bem afinado”: Rodrigo Santoro, Cláudia Abreu, Selton Mello, Ângelo Paes Leme, Jair de Oliveira e Alessandra Negrini.

Agora, se sua estação é um filme de mais ação, com enfoque social e alguma violência, não deixe de assistir "Última Parada 174". Neste longa, o diretor Bruno Barreto aborda com muita sensibilidade o drama dos personagens envolvidos na tragédia do sequestro do ônibus 174 no Rio de Janeiro – tendo como ponto central não a tragédia, mas o desfecho da vida de pessoas que se cruzam em um ambiente marcado pela violência, pobreza e falta de perspectivas. Já Linha de Passe, de Walter Salles, conta a história de quatro irmãos que vivem na periferia de São Paulo em um clima de mais esperança, apesar das dificuldades sociais. Preste atenção na atriz Sandra Corveloni, que vive a mãe desta família: ela ganhou o prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes em 2008.

Sendo assim, prepare a pipoca, porque as opções são variadas e de excelente qualidade.


quarta-feira, 1 de julho de 2009

.: Entrevista com Juliano Cazarré, ator da minissérie da Globo e de Tropa de Elite

“... Não estou pronto pra lidar com assédio nenhum, e se alguém me interromper um jantar num restaurante, vou achar ruim” - Juliano Cazarré


Por: Patrick Selvatti
Em julho de 2009


Resenhando em Fúria: Juliano Cazarré, ator da minissérie da Globo e de Tropa de Elite, desnuda sua alma só para você.



O ator Juliano Cazarré, de 28 anos, é gaúcho de nascimento, e brasiliense de formação. Chegou na capital federal ainda recém-nascido e graduou-se em Artes Cênicas pela UnB (Universidade de Brasília), em 2004. Vive em São Paulo há cerca de três anos, em busca de trabalhos. E o resultado já é bem-sucedido. Neste ano, debuta na TV Globo, em duas séries consecutivas: Força tarefa e Som e fúria. Mas sua experiência já é vasta. Na TV a cabo, atuou no seriado Alice, da HBO, em 2008.

No teatro, seu berço, já percorreu o País com a peça Adubo Ou A Sutil Arte de Escoar Pelo Ralo, dirigida por Hugo Rodas e aprovada com louvor por Fernanda Montenegro. Já no cinema, Cazarré estreou há pouco seu sexto longa-metragem, A Festa da Menina Morta, de Matheus Nachtergaele. Anteriormente, atuou em A concepção e Meu mundo em perigo, de José Eduardo Belmonte, Tropa de Elite, de José Padilha, Nome Próprio, de Murilo Salles – pelo qual foi indicado ao prêmio de melhor ator no festival de Gramado, em 2008 – e O Magnata, de Chorão e Jonnhy Araújo. E ainda estará nos longas Salve geral, de Sérgio Rezende, e Augustas, de Francisco César Filho. 

Nesta entrevista EXCLUSIVA para o Resenhando, Juliano fala sobre sua paixão pelo cinema, a relação de amor com os palcos e sua insegurança em relação à televisão.




RESENHANDO – Você faz parte de uma nova geração de atores que saíram de Brasília para alcançar o sucesso no País. Como é a sua relação com a Capital Federal, já tão reconhecida como celeiro de grandes nomes da cultura brasileira?
JULIANO CAZARRÉ – Fui criado em Brasília, amo a cidade e sinto falta da qualidade de vida e dos amigos que tinha por lá. Mas me parece que, nesse momento, é melhor ficar por aqui, Sampa, mesmo. Brasília é uma cidade excelente para criar, mas o mercado para atores é fraco.


RESENHANDO – No cinema, sua carreira é marcada pela atuação como personagens densos, vestidos de muito naturalismo, como vemos em A concepção e A festa da menina morta. Isso foi proposital?
JC – Eu gosto de filmes e diretores arriscados, e desde A Concepção um trabalho vem puxando outro nesse campo. Estou feliz e surpreso com isso. Já o naturalismo é uma coisa que eu gosto de buscar e acho que o cinema é o lugar pra isso. Mas gosto de outras linguagens e adoraria fazer um filme mais expressionista, mais estilizado. Infelizmente só o Zé do Caixão faz isso no cinema nacional...


RESENHANDO – Em recente entrevista, você declarou que, se não tivesse fazendo esse cinema mais visceral, você estaria fazendo teatro em Brasília. Qual é a sua relação com o teatro, que é onde você fez escola?
JC – Amo o teatro e gostaria de fazer um teatro de pesquisa corporal e vocal, e de escrever pra teatro também. Mas ainda não consegui entrar no teatro em São Paulo. Isso se deve também ao fato de eu gostar e valorizar tanto o teatro que não quero fazer qualquer coisa. Dá muito trabalho criar uma peça, então estou esperando para fazer a coisa certa. 


RESENHANDO – Como você está lidando com a chegada à televisão? O que você sente de diferente em comparação ao teatro e ao cinema e como você coloca cada um em seus planos?
JC – Espero conseguir fazer bons personagens nos três veículos. O que me move, na verdade, o que eu quero é o bom personagem. 



RESENHANDO – Dentro de pouco tempo, surgirão só papéis em novelas e você certamente chegará ao posto de galã que a televisão sempre rotula. Está preparado para lidar com esse assédio?
JC – Espero que não surjam só papéis em novelas, e acho que não vai ser assim. Agora, não estou pronto pra lidar com assédio nenhum, e se alguém me interromper um jantar num restaurante, vou achar ruim. Eu sou ator porque gosto de atuar, não tenho a menor vocação para celebridade. Mas penso que o meu estilo de atuação não é um estilo que cative o grande público da TV, sei lá.


RESENHANDO – Você é um artista completo, que também escreve e dirige. Filho de escritor e irmão de cineasta, pretende investir também na escrita e na direção? 
JC – Um conto meu (Ana Beatriz) foi adaptado para um curta-metragem, que, inclusive, foi premiado no último Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Eu também roteirizei e dirigi um média-metragem, Véi. Aí respondo: sim, eu gostaria de ir para esses lados, mas preciso me qualificar para tal. Sou novo e tenho muito que aprender. 


RESENHANDO – Quem são os atores que te inspiram e o que você procura trazer de cada um deles para seu ofício?
JC – Marlon Brando, Osmar Prado e Wagner Moura, pela verdade. Selton Melo, pelo carisma. Matheus Nachtergaele pela técnica apurada. Daniel de Oliveira, pela entrega. Johnny Depp, pela maneira lúdica com que constrói seus tipos. Daniel Day Lewis por reunir todas essas características. E Meryl Streep, porque é perfeita, infalível, sobre-humana, divina quase.



RESENHANDO – Qual é seu livro de cabeceira e as músicas que marcaram sua história?
JC – O Apanhador no Campo de Centeio, talvez. Mas tem tanto livro que eu amo!!! Música, talvez os álbuns Cantoria 1 e 2, com Elomar, Xangai, Vital Farias e Geraldo Azevedo.


RESENHANDO – Pode adiantar quais são os seus planos para o futuro?
JC – Estou em Sampa, fazendo testes como sempre. Lendo os gregos como sempre. Vamos ver o que as fiandeiras me reservam. A todos, um abração. Axé.

.: Resenha de "O Reacionário", Nelson Rodrigues

Nelson Rodrigues: O homem por trás do mito
Por: Helder Miranda


Obra lançada pela Agir aproxima leitor dos pensamentos de Nelson Rodrigues. Saiba mais de O Reacionário – Memórias e Confissões!


"O Reacionário – Memórias e Confissões", o célebre livro de crônicas de Nelson Rodrigues lançado em 1977, tem o maior mérito de toda a extensa obra do controverso escritor e dramaturgo: aproximar do leitor parte dos pensamentos do homem que está por trás de toda a polêmica de seus textos e ideias neles contidos. Agora, relançado pela Agir, promete superar o feito de quando chegou às livrarias.

À época, ainda vivo, Nelson Rodrigues era visto com certa desconfiança, sob o rótulo de “reacionário”. Agora, anos depois de sua morte, é material de estudo, respeitado e há quem o considere um gênio. Tudo isso muda a maneira de ler as 130 crônicas desta coletânea. Juntas, como um quebra-cabeça, elas dão um panorama sobre quem é Nelson Rodrigues, pergunta difícil de ser respondida em um primeiro momento.

Tornar os pensamentos de Nelson Rodrigues acessíveis é difícil, mas o livro cumpre essa tarefa com maestria. Personagens absolutamente reais, como Otto Lara Resende, o inimigo político Alceu Amoroso Lima, o psicanalista Helio Pelegrino e o jornalista Cláudio Mello de Souza, entre tantos outros perfis conhecidos da vida real surgem, misturados com outros, como a ricaça com nariz de cadáver, a estagiária de sandália e calcanhar sujo, a atriz inteligente, todos reunidos para contar grandes histórias da vida real.

São crônicas, escritas de março de 1967 a dezembro de 1973 para as colunas Memórias (do jornal Correio da Manhã) e Confissões (O Globo), que não perdem em nada para a ficção rodriguiana. Confirmam-se nelas algo que já se desconfiava na ficção: o escritor julgava, e qualificava muito, as pessoas. Há, também, a ideia de que Nelson Rodrigues, discreto e um tanto tímido, passava como testemunha ocular dos fatos, muitas vezes despercebido – encontrando seu lugar, e a merecida notoriedade, nas letras.

Características pouco divulgadas de Nelson Rodrigues, como quanto o assassinato de seu irmão, Roberto Rodrigues, na redação de A Crítica, o deixou traumatizado, ou a delicadeza, ao confessar que sempre teve medo de ser cego, e o mal veio em sua filha, que nasceu sem visão, podem ser vistas. Mais do que a chance de reencontrar, ou redescobrir Nelson Rodrigues em um momento muito mais propício a conhecer alguém que foi vítima do seu tempo e de duas ideias, o livro passa longe de ser um apanhado de frases de efeito.

A reedição, muito bem cuidada – seja pela encadernação luxuosa, pela diagramação de qualidade ou pelas notas de rodapé com informações relevantes – ainda vem complementada por um quadro cronológico, com fatos-chave da época em que as crônicas foram escritas, ajudando, assim, o leitor construir um panorama geral do contexto em que os textos foram elaborados. Reacionário? Não, a temática confessional do livro aponta para apenas uma resposta: um libertário, que não existiria sem as suas repetições, é verdade.



Livro: O Reacionário – Memórias e Confissões
Autor: Nelson Rodrigues
728 páginas
Ano: 2008
Editora: Agir

sexta-feira, 19 de junho de 2009

.: Resenha de "Crepúsculo" com Kristen Stewart e Robert Pattinson


Uma história de amor que mexe com o coração
Por: Mary Ellen Farias dos Santos


Um vampiro milenar apaixonado por uma adolescente comum que veio da cidade grande. Saiba mais de Crepúsculo!


Ok. No quesito perfeição o longa dirigido por Catherine Hardwicke não atinge a nota máxima, porém, a história de Stephenie Meyer ganhou mais agilidade, sem perder todo o romantismo entre Bella e Edward. Crepúsculo é uma produção simples e sem pretensão de ser um blockbuster.

No estilo de filme para a televisão conhecemos Isabella Swan. A adolescente decide morar com o pai na cidade interiorana, conhecida como Forks, depois que a mãe decide casar-se novamente. Embora deteste o excesso de frio, a chuva e o verde de Forks, Bella encanta-se infinitamente por um membro da família Cullen, Edward.

Os dois se conhecem no colégio e enfrentam as dificuldades do amor entre uma humana e um vampiro milenar. Em meio a vampiros não vegetarianos vemos Edward lutando contra o amor que sente por Bella, pois, sabe que quanto mais a ama, mais a coloca em perigo. Até porque Bella provoca a sede de sangue em Edward.

MUDANÇAS: Para os mais detalhistas, além dos problemas com os efeitos especiais (seja em um salto de Edward na floresta ou no brilho dele exposto ao sol), outro descompasso da produção está na troca de momentos chave, os quais são aguardados pelos leitores, porém acontecem em cenas ou cenários totalmente diferentes.

Entre eles está quando Bella conhece os mais jovens da família Cullen. Sim. Tudo acontece no refeitório, mas todos já estão sentados. "Foi ali, sentada no refeitório, tentando conversar com sete estranhos curiosos, que eu os vi pela primeira vez. [...] Olhei de lado para o rapaz bonito, que agora fitava a própria bandeja, desfazendo um pãozinho em pedaços com os dedos pálidos e longos. Sua boca se movia muito rapidamente, os lábios perfeitos mal se abrindo. Os outros três ainda pareciam distantes e, no entanto, eu sentia que ele estava falando em voz baixa com eles".

No filme, os irmãos entram como se estivessem sendo apresentados, e, já na mesa dos Cullen, não há comida. Como estão em um refeitório e não comem? Boa sacada da diretora. No entanto, algumas mudanças não são tão legais. Seja a inserção de um laptop para o uso de Bella (no livro ela conta somente com um micro velho com internet ruim) ou quando o primeiro contato entre os dois acontece somente dentro do Volvo prateado (e não durante a aula de Biologia). Em meio a acertos e erros na história, o longa agrada (tranquilamente) ao público jovem.

DVD - Edição Dupla: O lançamento da Paris Filmes, região 4, trará o filme (colorido) originado pelo romance de Stephenie Meyer, homônimo, com os atores: Christian Serratos, Nikki Reed, Elizabeth Reaser, Robert Pattinson, Justin Chon, Catherine Hardwicker, Kellan Lutz, Kristen Stewart, Michael Welch, Peter Facinelli, Taylor Lautner. Tem recomendação para espectadores acima de 12 anos.

LOCADORAS: O DVD de Crepúsculo (Twilight), disponível para locação, será lançado em 8 de abril (data prevista de entrega nas locadoras). A versão terá formato widescreen e sem extras.

LUA NOVA: O fenômeno Crepúsculo (Twilight, 2008) já está com a sequência em andamento, isto é, na segunda metade do mês de abril foram iniciadas as filmagens de Lua Nova. Junto ao triângulo amoroso formado por Kristen Stewart (Bella), Robert Pattinson (Edward) e Taylor Lautner (Jacob), retornam Ashley Greene (Alice), Peter Facinelli (Carlisle), Elizabeth Reaser (Esme), Kellan Lutz (Emmett), Nikki Reed (Rosalie), Jackson Rathbone (Jasper), Edi Gathegi (Laurent), Rachelle Lafevre (Victoria) e Billy Burke (Charlie Swan).

Contudo, as locações do filme que estão divididas entre Vancouver, no Canadá, e Toscana, na Itália terão novidades no elenco. Entre as novidades estão Charlie Bewley (Demetri), Jamie Campbell Bower (Caius), Daniel Cudmore (Felix), Christopher Heyerdahl (Marcus), Dakota Fanning (Jane), Cameron Bright (Alec), Noot Seer (Heidi), Michael Sheen (Aro), Graham Greene (Harry Clearwater) e Tinsel Korey (Emily). Na direção, nada de Drew Barrymore ou tantos outros nomes cogitados, Lua Nova terá Chris Weitz (A Bússola de Ouro) como diretor e será lançado no Brasil pela Paris Filmes, simultaneamente, em 20 de novembro.

TEASER: Lua Nova (The Twilight Saga: New Moon), o segundo filme da cinessérie Crepúsculo, já conta com um vídeo de divulgação circulando na web. O vídeo promocional editado pela Entertainment Tonight vai ao ar no dia 23 de abril com entrevistas e cenas do filme.

SUCESSO NAS PRATELEIRAS: O romance de estréia de Stephanie Meyer, sucesso absoluto de vendas, ocupou o primeiro lugar na lista do New York Times, posição a qual permaneceu durante mais de um ano. Em todo o mundo vendeu 45 milhões de livros, sendo 20 milhões em apenas três meses. No Brasil, os livros ocupam as primeiras colocações na lista dos campeões de venda. Crepúsculo, Lua Nova, Eclipse e Amanhecer venderam 45 milhões de exemplares em 37 países. Aqui no Brasil, as vendas já somam 700 mil desde o lançamento do primeiro título, em abril de 2008. Enquanto acumula elogios diversos da crítica internacional, a escritora tem seu mérito por envolver (em massa) o público adolescente, embora a série de livros seja adequada para todas as idades. A história com seres sobrenaturais com sede de sangue continua em outros três livros: Lua Nova, Eclipe e Amanhecer (com lançamento previsto para o final do mês de junho deste ano).


Filme: Crepúsculo (Twilight, EUA)
Ano: 2008
Gênero: Suspense / Romance / Drama / Fantasia
Duração: 122 minutos
Direção: Catherine Hardwicke
Roteiro: Melissa Rosenberg e Stephenie Meyer (livro)
Elenco: Kristen Stewart, Robert Pattinson, Billy Burke, Ashley Greene, Nikki Reed, Kellan Lutz, Peter Facinelli, Cam Gigandet

segunda-feira, 8 de junho de 2009

.: Resenha de "Crepúsculo", Stephenie Meyer


Uma tentação chamada Crepúsculo
Por: Mary Ellen Farias dos Santos

Uma lindíssima história de amor narrada em grande estilo. Saiba mais do grande sucesso editorial, Crepúsculo, de Stephenie Meyer!



"Nunca pensei muito em como morreria - embora nos últimos meses tivesse motivos suficientes para isso -, mas, mesmo que tivesse pensando, não teria imaginado que seria assim. (...) Sem dúvida era uma boa forma de morrer, no lugar de outra pessoa, de alguém que eu amava. Nobre, até. Isso devia contar para alguma coisa"


"Crepúsculo", de Stephenie Meyer reúne os ingredientes dos grandes sucessos literários: um enredo intrigante, personagens cativantes, cenários do cotidiano com um toque de mistério e uma narração bem amarrada e de tirar o fôlego. Resultado: o livro virou mania entre os adolescentes. Embora o sucesso de Crepúsculo seja visto com muito preconceito -rotulado até de "modinha"-, não há qualquer dificuldade para os leitores -iniciantes e avançados- destruírem tal mito e embarcarem também nesta fantástica história com tempero na medida certa.

Basta folhear as primeiras páginas do livro que não haverá outra opção a não ser lê-lo sem parar. Contudo, na necessidade de uma parada, o leitor continua sendo provocado a continuar a leitura. Também pudera, enquanto o livro está fechado, na cabeceira de sua cama, a "tentação" das mãos segurando uma maçã de um vermelho inebriante (que remetem a história de Adão e Eva e ao conto de "A Branca de Neve") convidam a um mergulho livre na incansável história de amor de Isabella Swan e de Edward Cullen.

No romance vampírico tudo começa quando a jovem Bella está de mudança para a cidade de Forks. Ela que vivia com a mãe e o padrasto em Phoenix, cidade de muito sol e calor intenso, decide morar com seu pai, Charlie, o chefe de polícia de Forks, cidadezinha cheia de verde, muita chuva e neve. Tudo o que Bella mais detesta, apesar de não ter olhos claros, cabelos ruivos e uma pele bronzeada.


"Eu não me relaciono bem com as pessoas da minha idade. Talvez a verdade seja que eu não me relaciono bem com as pessoas, e ponto final. Até a minha mãe, de quem eu era mais próxima do que de qualquer outra pessoa do plante, nunca esteve em sintonia comigo, nunca esteve exatamente na mesma página. Às vezes eu me perguntava se via as mesmas coisas que o resto do mundo. Talvez houvesse um problema no meu cérebro".


E assim, na primeira noite, a típica adolescente encontra dificuldades para dormir. Contudo é em Forks High School, com 358 alunos, que a história da jovem ganha ritmo. Já no estacionamento da escola, em sua picape dos anos 50, Bella percebe a grande quantidade de carros velhos, destacando-se somente um Volvo reluzente. Enquanto está "perdida" para a próxima aula "conhece" Eric.

É no refeitório, ao conversar com sete estranhos, que Bella vê pela primeira vez os Cullen. Ao notar os rostos diferentes, inumanamente lindos e nomes incomuns (Edward, Emmet, Rosalie, Jasper e Alice), ela descobre que os filhos de Carlisle e Esme são distantes dos outros alunos. Em contraponto, é Bella quem, aos poucos, acaba com este afastamento.

Enquanto Edward luta contra o desejo pelo (cheiro bom do) sangue de Bella, sem deixar de sentir amor pela novata da escola, sua colega de classe, o inimaginável acontece e reforça o sentimento dos dois: Edward a salva de um atropelamento.


"Por um segundo o silêncio foi absoluto, antes que começasse a gritaria. No tumulto repentino, eu podia ouvir mais de uma pessoa gritando meu nome. Mas com mais clareza ainda, podia ouvir a voz baixa e frenética de Edward Cullen no meu ouvido.

- Bella? Está tudo bem?

- Eu estou bem. - Minha voz parecia estranha. Tentei me sentar e percebi que ele me segurava junto à lateral de seu corpo num aperto de aço.

- Cuidado - alertou ele enquanto eu me esforçava. - Acho que você bateu a cabeça com força.

Percebi uma dor latejante acima da orelha esquerda.

- Ai - eu disse, surpresa.

- Foi o que eu pensei. - Pela voz dele, tive a surpreendente impressão de que ele reprimia o riso."


Ao desmistificar o ser vampiresco, Bella apaixona-se ainda mais por quem aquele que deveria manter distância, até porque uma parte de Edward desejava sugar-lhe a vida. E numa relação de amor e desejo, os dois jovens embarcam rumo ao inusitado, o namoro de uma humana de 17 anos e de um morto-vivo (que nasceu em 1901, mas desde 1918 assumiu esta forma de "vida"). Em meio a muitas declarações de amor, os dois percebem a importância de suas famílias e descobrem a beleza de amar alguém pela primeira vez.

AUTORA: Stephenie Meyer formou-se em literatura inglesa na Brigham Young University. Sobre este romance (Crepúsculo), ela diz: "Sempre admirei a capacidade de alguns escritores de criar situações de fantasia impossíveis e depois acrescentar personagens que são tão profundamente humanos que suas perspectivas tornam a situação real. Espero que Crepúsculo proporcione a mesma experiência a seus leitores". A escritora mora com o marido e três filhos em Glendale, no Arizona.

SUCESSO: O romance de estréia de Stephanie Meyer, sucesso absoluto de vendas, ocupou o primeiro lugar na lista do New York Times, posição a qual permaneceu durante mais de um ano. Em todo o mundo vendeu 45 milhões de livros, sendo 20 milhões em apenas três meses. No Brasil, os livros ocupam as primeiras colocações na lista dos campeões de venda. Crepúsculo, Lua Nova, Eclipse e Amanhecer venderam 45 milhões de exemplares em 37 países. Aqui no Brasil, as vendas já somam 700 mil desde o lançamento do primeiro título, em abril de 2008.

FAÇANHA - Enquanto acumula elogios diversos da crítica internacional, a escritora tem seu mérito por envolver (em massa) o público adolescente, embora a série de livros seja adequada para todas as idades. A história com seres sobrenaturais com sede de sangue continua em outros três livros: Lua Nova, Eclipe e Amanhecer (com lançamento previsto para o final do mês de junho deste ano).

CURIOSIDADES: A autora Stephenie Meyer é grande admiradora da escritora Jane Austen, principalmente de romances como Razão e Sensibilidade e Orgulho e Preconceito. Para compor os quatro livros da saga de Crepúsculo ela inspirou-se nos seguintes clássicos da literatura:
- Crepúsculo: Orgulho e Preconceito
- Lua Nova: Romeu e Julieta
- Eclipse: O Morro dos Ventos Uivantes
- Amanhecer: O Mercador de Veneza e Sonho de uma noite de Verão
Fonte: blig.ig.com.br/powerteen/

FILME: O fenômeno Crepúsculo (Twilight, 2008) já é garantia de venda, seja pelo livro -esgotado em muitas livrarias- ou por produtos relacionados. No entanto, o longa que estreou no Brasil em dezembro de 2008, acumulou muitas críticas negativas ao redor do mundo. Em um estilo telefilme, a produção de Catherine Hardwicke, realizado com baixo orçamento, não é muito fiel ao livro. E, em umas alterações e outras derruba seus baldes de gelo no público que já conhece a história (em seus mínimos detalhes), principalmente em cenas importantes que causam expectativas e decepcionam por terem sofrido alterações ou até cortes. Por essas e outras cositas é melhor fazer o caminho mais correto: primeiro leia o livro e depois veja o filme. Ao chegar no final de tal trajeto, tire sua próprias conclusões e veja o que mais lhe agrada. Caso o assunto, seja o visual das personagens, este não há o que comentar, né!

Livro: Crepúsculo
Autora: Stephenie Meyer
102 páginas
Ano: 2008
Tradução: Ryta Vinagre
Editora: Intríseca

quarta-feira, 3 de junho de 2009

.: O teatro rodrigueano em Vestido de Noiva

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em junho de 2004


Os detalhes e as surpresas da boa narrativa.


Imagine-se em um teatro de luzes apagadas. "Buzina de automóvel. Rumor de derrapagem violenta. Som de vidraças partidas. Silêncio. Assistência. Silêncio". É assim que começa a peça Vestido de Noiva (1943), de Nelson Rodrigues. O jogo de luzes e som, além da ruptura temporal entre real, alucinação e memória (mudança de cenários) são fatores que causam em certo estranhamento no espectador, mas ao mesmo tempo o aproximam, pois é necessário que cada detalhe seja bem entendido.

É neste jogo de espaço e tempo que Nelson Rodrigues prepara o espectador. Contudo, marcante acontece. O uso deste recurso não limita o espectador, pelo contrário o faz fica próximo dos fatores para depois juntar a compreender a perturbadora história da jovem Alaíde. Na transgressão de tempo, ação e espaço o espectador vive com Alaíde o conflito, caminhando paralelamente com as emoções da personagem. Com a ruptura temporal Nelson Rodrigues cria um teatro perturbador, cheio de reflexões. E nos deixa várias perguntas que para serem respondidas é preciso criar uma lógica. É ao juntar a 'mensagem' que pode-se perceber o quanto Nelson Rodrigues cutuca a sociedade de classe média, burguesa, em que a aparência era mais importante (sociedade hipócrita).

É por meio das reflexões de Alaíde que o espectador passa a conhecer a verdadeira Alaíde, mulher reprimida que só tem coragem de ser livre quando está entre a vida e a morte (alucinando). Neste estado Alaíde vive o conflito com Madame Clessi, mulher por quem ela se apaixonou, por ser livre, uma prostituta. Enfim, Vestido de Noiva é uma peça em que o afastamento do decoro ao invés de distanciar o espectador, os acontecimentos simplesmente aproximam ainda mais o espectador.

História: Alaíde é uma jovem inconformada com as convenções sociais que reprimem a mulher. No entanto, a jovem só opõem-se a estas convenções enquanto alucina. Com seu poder de sedução manipula as pessoas e rouba os namorados da irmã. Alaíde casa-se com Pedro, que junto de Lúcia planejam e desejam com intensidade a morte de Alaíde. A jovem encontra o diário de Clessi, uma prostituta, antiga moradora da casa de Alaíde, é aí que ela se vê apaixonada por esta mulher que viveu livremente e teve coragem de fazer tudo o que desejava. Um dia um acidente de automóvel leva Alaíde. Pedro e Lúcia casam-se, mas a 'presença' de Alaíde na hora do casamento é percebida quando Lúcia pede o buquê, e "Alaíde, como um fantasma, avança em direção da irmã, por uma das escadas laterais, numa atitude de quem vai entregar o buquê. Clessi sobre a outra escada. Uma luz vertical acompanha Alaíde e Clessi. Todos imóveis em pleno gesto. Apaga-se, então, toda a cena, só ficando iluminado, sob uma luz lunar, o túmulo de Alaíde. Crescendo da Marcha Fúnebre. Trevas".

terça-feira, 2 de junho de 2009

.: O amor está nas telas, um tema universal

O amor está nas telas
Por: Amanda Aouad
Em junho de 2009


No mês de aniversário do Resenhando, o mesmo em que se comemora o Dia dos Namorados, Amanda Aouad fala sobre seis grandes cenas de amor do cinema.


O amor é o tema universal. Presente em praticamente todos os filmes, consegue arrancar suspiros, com casais apaixonados, mesmo em filmes de ação como Exterminador do Futuro ou Matrix. Uma seleção das melhores cenas de amor do cinema seria, então, uma tarefa árdua e controversa. Qual o critério a ser utilizado? A química entre os atores? A construção técnica da cena? A música marcante que sempre acompanha uma cena de beijo? Diversas são as formas de se escolher uma lista de melhores e o gosto pessoal sempre acaba sendo decisivo. 

Foi então, que pensei: o que mais alimenta e embala os nossos sonhos de amor no cinema? A paixão! A capacidade de entregar-se a uma emoção. A abnegação do personagem em prol do outro. A identificação com um sonho maior: sentir-se especial para alguém. Foi então, que veio a idéia de aproveitar os seis anos do Resenhando, em um mês em que se comemora o dia dos namorados, para comentar, sob este prisma, seis grandes cenas de amor do cinema. 

Falando em amor, lembramos logo da cidade mais romântica de todas. Paris, mesmo em meio a guerra, surge no imaginário coletivo como sonho ideal. “Sempre teremos Paris”, diz Humphrey Bogart à uma chorosa Ingrid Bergman, em uma cena de Casablanca. O avião está partindo para cidade luz, ele precisa convencê-la a ir, ficará mais segura do que ali em Casablanca, o momento é de guerra. Então, por amá-la, ele a manda embora da maneira mais controversa possível, prometendo que eles nunca irão se separar. Não há quem resista. 

Se Paris é a cidade luz, reduto dos enamorados, Nova York é a cidade de quem quer subir na vida. Audrey Hepburn, em Bonequinha de luxo, é Holly Golightly uma garota de programa que só pensa em casar com um milionário. Mas, o amor é insistente e aparece na figura de seu vizinho Paul Varjak (George Peppard), um escritor pobre. Tudo leva a crer que ela irá embora sem admitir o que sente, até que debaixo de uma chuva imensa, seu gatinho de estimação pula do táxi, forçando-a a ir atrás. Quando está quase desistindo, surge Paul com o bichano no colo e os dois se declaram. Irresistível, tocante. Uma cena memorável, com certeza. 

Mas, nem só de alegrias vive o amor. Às vezes, o ser amado não consegue enxergar que o que está em sua frente e é preciso lembrá-lo de que ali está apenas “uma mulher pedindo a um homem que a ame”, como fez Anna Scott (Julia Roberts) em Um Lugar Chamado Notting Hill, em uma cena de tirar o fôlego, principalmente pela interpretação contida de um assustado Hugh Grant. 

Pior, é quando a pessoa que a gente ama está tão no fundo do poço, que não é possível erguê-la. É preciso se afundar junto com ela. Maior prova de amor que Robin Williams deu no filme Amor Além da Vida, quando decide ficar no “inferno” junto com sua esposa, pois sem ela, sua existência não tinha sentido. A força do gesto de amor dele acabou salvando os dois, despertando-a e levando-os de volta para a casinha idealizada, no “céu”. 

Mas, a prova de que mesmo com dor e sofrimento, amar vale sempre a pena está em Brilho Eterno de uma Mente sem Lembrança. Ao perceber que sua amada apagou suas memórias, Joy (Jim Carrey) resolve se submeter ao mesmo processo. Porém, enquanto vai esquecendo tudo que viveu com Clementina (Kate Winslet), ele vai se dando conta de que valeu a pena e que não quer deixá-la ir. O momento crucial do filme é uma das mais belas cenas de amor do cinema, não tenho dúvidas. Quando em sua última lembrança, na casa de praia, eles têm a conversa definitiva. O mar invadido tudo, ele angustiado porque acabou e sua memória está sendo apagada. Mas, o amor é mais forte e fica uma ponta de esperança: “Encontre-me em Montauk”, ela sussurra em seu ouvido. 

E para provar que brasileiro também sabe amar no cinema, pensemos em qual a maior prova de amor de uma pessoa pode dar a outra. Antônio (Gustavo Falcão) de A Máquina, amava tanto a sua Karina (Mariana Ximenes) que levou o mundo para ela. Em uma loucura, ele promete viajar no tempo, só para chamar a atenção de todos para a cidade onde vivem e de onde Karina estava querendo sair, pois ali, nada acontecia. A cena de sua volta, já com o plano traçado para provar sua viagem, o vento e a chuva caindo sobre a multidão que assiste à cena e os dois apaixonados comemorando é difícil de sair da mente. E está entre as mais românticas de todos os tempos. Porque não importa a cena. Amar, seja na tela ou na vida real, vale sempre a pena. 

* Amanda Aouad – Roteirista, pós-graduada em Cinema e em Roteiro

segunda-feira, 1 de junho de 2009

.: O Resenhando.com elencou as seis entrevistas mais clicadas

Por: Mary Ellen Farias dos Santos
Em junho de 2009


Marian Keyes, Meg Cabot, Carmo Dalla Vecchia, Luana Piovani, Danni Carlos e Thaeme Mariôto são os entrevistados mais acessados neste aniversário do Resenhando. Saiba mais!


Mais um ano de vida. Ao seis anos de idade o Resenhando e sua equipe têm muita história para contar. Ao considerarmos os entrevistados do período de julho de 2008 a junho de 2009, encontramos nomes nacionais e internacionais, todos muito importantes. Em conversas francas, as escritoras Marian Keyes, Meg Cabot e Thalita Rebouças mostraram o outro lado de quem cria histórias e personagens de sucesso. Já o escritor Pedro Vieira apareceu por aqui e revelou a força dos jovens na produção literária. Com simpatia, os atores Carmo Dalla Vecchia, Rosana Mulholand e Luana Piovani provaram que beleza tem conteúdo, enquanto que os cantores Arnaldo Antunes, Lobão, Thaeme Marioto e Danni Carlos mostraram seu profundo amor pela música. 

Para festejar o sexto aniversário Resenhando, preparamos uma lista com as seis entrevistas mais acessadas de julho de 2008 a junho de 2009. Saiba um pouco mais dos nossos entrevistados e não deixe de ler o R.G. de cada um deles na íntegra!

A autora de sucessos como Melancia, Sushi e Férias!, líder deste ranking, em entrevista EXCLUSIVA ao Resenhando, revela que tem como principal obstáculo a falta de tempo para produzir seus livros. No entanto, ao falar sobre suas personagens confessa ter grande admiração por suas protagonistas: "Sim, eu sou muito carinhosa com minhas personagens. E eu acho que elas são heroínas porque elas passam por momentos difíceis, e elas sobrevivem e emergem, fortes e sábias".

Já não é novidade que a escritora irlandesa Marian Keyes deu a volta por cima ao lutar contra o vício do alcoolismo. Ela, que atualmente, tem seu lugar garantido no meio literário e grande destaque nas prateleiras das livrarias, conversou com a equipe do Resenhando.com e falou sobre suas alegrias, suas personagens e como é ser uma escritora irlandesa, país com uma história cheia de tradições.


Na sequência temos o ator da Rede Globo, Carmo Dalla Vecchia. Simpático e educado, o "protagonista" dos capítulos finais de A Favorita, que tem em seu currículo profissional nada mais, nada menos que dez novelas, três minisséries e dois filmes, disse ao Resenhando que o sucesso é apenas uma consequência. "Não acho que ele (Zé Bob, personagem de A Favorita) seja minha consagração, porque já fiz vários personagens, e por mais que ele tenha o maior ibope de todos, eu só cheguei a ele pelo trabalho que foi executado até aqui."

Sobre seu último trabalho na televisão, o galã do momento ainda revela: "Eu tive a chance, no Rio de Janeiro, de conhecer algumas pessoas parecidas com o Zé Bob... Mas isso, infelizmente, é uma pena, cada vez parece menor. Pessoas mais engajadas, pessoas com uma ética muito forte, né? O Zé Bob, em termos de conduta, caráter, ética, eu acho que ele é um exemplo a ser seguido."


Nesta disputadíssima corrida das entrevistas mais acessadas, a terceira posição é da escritora Meg Cabot. A autora das séries O Diário da Princesa e A Mediadora, admirada pelo público juvenil, por sua diversidade na escrita, conta que sempre gostou de escrever. "Aos 26 anos, após a morte de meu pai, decidi tentar enviar algumas das histórias que escrevi para uma editora. A maior parte dos editores disse: "Não, obrigado" e me rejeitaram. Após muitos anos, um finalmente disse: "sim". Foi então que me tornei autora. Agora escrever é o meu trabalho e o meu hobby. Então eu escrevo por diversão e por trabalho. É insano".

É quase que impossível não se encantar com alguém tão receptivo e divertido quanto Meg Cabot. Ao falar sobre seus livros a escritora internacional diz: "Dos meus livros, gosto de todos os meus personagens da mesma forma. Ou, é isso o que digo às pessoas. Assim como uma mãe gosta de todos os seus filhos na mesma proporção. Ela encontraria grandes dificuldade se "escolhesse" algum!".


A carinha de anjo e o jeito meigo ajudaram a cantora Thaeme Mariôto a garantir a quarta posição nesta lista de entrevistados do Resenhando. A moça que venceu o programa Ídolos 2007 (SBT) mantém a carreira e continua conquistando grande número de fãs por todo o Brasil, os Thaêmicos. 

A vencedora do Ídolos que viu sua vida mudar da noite para o dia, fala ao Resenhando revela: "Eu não entrei no Ídolos com a intenção de vencer... Em nenhum momento tive certeza da vitória, ainda mais na final onde minha concorrente era a Shirley (com muito talento e já veterana em concursos de música)". Contudo, após embarcar na vida de celebridade musical, ao falar sobre os fãs diz entusiasmada: "Eu amo meus Thaêmicos e nada melhor que o carinho deles por mim... Ixi, tem história, hein?! Um dia eu fui a manicura e na hora em que saí do carro uma menina estava passando por mim de bicicleta (sem as mãos no guidão) e ela levou um susto tão grande que quase caiu, foi por pouco... Tem também as loucuras de fãs!!! Amo!"


Saindo do meio musical, chegamos à televisão, ou melhor, em nossa quinta posição, a atriz Luana Piovani. Irreverente e cheia de opiniões, a Mulher Invisível (protagonista do longa brasileiro), mostra a sua preocupação com o futuro. “As crianças são os adultos que teremos amanhã e eu acho que nós estamos precisando formar pessoas melhores do que as que estão por aí hoje”.

Tomada de sensibilidade ela revela sua preocupação com o público infantil: "Minha comunicação com as crianças é muito fácil. E ninguém merece mais o meu esforço e a minha dedicação do que elas.", diz a atriz.

Ela que tinha acabado de passar por problemas com o ator Dado Dollabela (participante do reality show da Rede Record, A Fazenda), defende o seu humor, sempre questionado pela mídia. "Eu não sou antipática com quem não merece. Jornalista sério tem todo o meu respeito. Mas com quem sai por aí falando besteira, que vem querendo invadir minha privacidade, eu sou mesmo. Mas eu não deixo de viver por conta disso, não. Vou à praia, namoro, saio com meus amigos... Deixo que falem o que quiserem", conclui.


Já a sexta entrevista mais vista pelos internautas do Resenhando é da cantora que, atualmente, participa do reality show da Rede Record, A Fazenda, Danni Carlos. Ela que está compondo músicas no programa exibido todas as noites e muito visto na internet, diz que sua inspiração tem origem nas coisas do cotidiano. “São fragmentos de ‘causos’ de amigos, pedaços da minha história pessoal, coisas que acontecem num horizonte mais próximo a mim”, revela. 

A intérprete de “Coisas Que Eu Sei”, estourou nas rádios e passou a ser conhecida por lançar um CD com canções de própria autoria. Sorte do grande público, que tem mais uma opção de qualidade no pop melódico. Ao falar sobre discos covers e autorais, conta: "Logo meu primeiro CD autoral foi indicado para dois Grammys Latinos – melhor disco de pop rock e melhor canção. Acho que é mais um sinal de Deus de que eu devo continuar nesse sentido. “Música Nova” foi o CD me deu maior reconhecimento, até no exterior. Fui elogiada por pessoas como Ney Matogrosso, Arnaldo Antunes, Vanessa da Mata. Então, estou contente. Mas gostaria de continuar com os dois, porque eu não posso negar que cantar em inglês me rendeu bons frutos."
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